*****
*****
*****
*****
*****

Não é??
*****
DROPS:
*****
*****

*****

*****
*****
Fantástico o esporro de John Lennon... Hehehe...
*****
Depois de algum tempo sumido, o projeto “Um Barzinho, Um Violão” retorna com um CD duplo, vendido em dois volumes separados. Todas as 26 canções dos dois álbuns fizeram parte da trilha sonora de alguma novela da década de 70.
Alguns destaques ficam por conta de “Martim Cererê” (da novela “Bandeira 2”), na voz de Zeca Pagodinho, “Como vovó já dizia” (de “Ossos do Barão”), com Lobão, e “Pecado Capital”, faixa de abertura da novela homônima, na interpretação de Jorge Aragão. Já a versão de Caetano Veloso para o sucesso brega de Wando, “Moça”, tem tudo para se transformar em um grande hit na voz do cantor e compositor baiano.
Abaixo segue a relação de faixas dos dois CDs:
Vol. 1:
1) “Carinhoso” - Jessé Sadoc
2) “Pensando Nela” - Papas da Língua
3) “Sonhos” - Paula Toller
4) “Pecado Capital” - Jorge Aragão
5) “Paralelas” - Zélia Duncan
6) “Martin Cererê” - Zeca Pagodinho
7) “Pavão Mysteriozo” - Fernanda Takai
8) “Meu Pai Oxalá” – Moinho
9) “Teletema” - Luiza Possi
10) “Fascinação” - Jorge Vercillo
11) “Enrosca” - Celso Fonseca
12) “Coleção” - Maurício Manieri
13) “Como Vovó Já Dizia” - Lobão
Vol. 2:
1) “Moça” - Caetano Veloso
2) “Broto Legal” - Marjorie Estiano
3) “Pombo Correio” - Elba Ramalho
4) “Você Abusou” - Diogo Nogueira
5) “Eu Preciso Te Esquecer” - Marina Elali
6) “Capitão de Indústria” - Herbert Vianna
7) “Malandragem Dela” - Dudu Nobre
8) “Beijo Partido” - Pedro Mariano
9) “Nuvem Passageira” – Tunai
10) “Um Jeito Estúpido de Amar” - Isabella Taviani
11) “Meu Drama (Senhora Tentação)” – Casuarina
12) “Meu Mundo e Nada Mais” - Alex Cohen
13) “Filho da Bahia” - Margareth Menezes
Como já vem sendo um costume na indústria fonográfica brasileira, primeiro chega o CD, depois o DVD e aí sim, o artista sai em uma grande turnê Brasil afora. Dessa vez, quem seguiu tal fórmula a risca – com imenso sucesso, até então – foram as cantoras Simone e Zélia Duncan. O CD “Amigo É Casa” foi um dos grandes lançamentos do ano. O DVD, que saiu logo em seguida, com a inclusão de algumas canções essenciais, conseguiu ser melhor. Já o show segue o mesmo espírito do DVD.
Tirando uma mudança de ordem de uma canção ou outra, o repertório do show é igual ao do DVD, ou seja, não houve maiores mudanças e as duas cantoras não se arriscaram a fazer algo diferente. Musicalmente, o show segue a mesma perfeição do DVD, com uma boa direção musical de Bia Paes Leme e excelentes músicos na banda, como os guitarristas Walter Villaça e Webster Santos, bem como o tecladista Leo Brandão. Mas o grande diferencial de presenciar o espetáculo ao vivo é poder notar a ágil direção cenográfica de Andréa Zeni, que, utilizando-se de um mesmo artifício usado por Bia Lessa no show “Dentro do Mar Tem Rio”, de Maria Bethânia, colocou a banda completa no lado direito do palco e deixou um espaço imenso para Simone e Zélia Duncan se movimentarem.
E artistas experientes que são, as duas brilham em cena, utilizando cada centímetro do palco com maestria. Passando a maior parte do show com microfone em punho, Simone e Zélia Duncan se movimentam por todos os flancos do palco e dão nova vida a canções (que já haviam ficado mais vivas ainda no CD e DVD) como “Petúnia Resedá”, “Grávida” e “Ralador”.
Aliás, são nas canções mais animadas como “Ralador” que o show ganha peso. “Agito e Uso” (de Ângela Roro), “Gatas Extraordinárias” (em homenagem a Cássia Eller, que, segundo Zélia Duncan, foi “a cantora mais importante que surgiu nos últimos 18 anos) e “Tô Voltando” fez com que boa parte do público se levantasse das cadeiras. Mas em momentos mais intimistas, a dupla também não deixa a peteca cair. Desde o início do espetáculo, com a música “Alguém Cantando”, praticamente a capella, até o bis com “Jura Secreta” e “Alma” (tanto a que fez sucesso na voz de Simone, quanto a que tocou nas rádios com Zélia Duncan), as duas cantoras usaram e abusaram de momentos melosos.
E, por falar em momentos melosos, Simone, nas canções que cantou sozinha no palco, levou as suas velhas fãs ao delírio, com grandes sucessos como “Encontros e Despedidas”, “Diga Lá, Coração” e “Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção” (o compositor desta última, Erasmo Carlos, estava presente no Canecão, na estréia do show). Já Zélia Duncan, em seu momento solo, fez o caminho oposto, ao apresentar músicas pouco conhecidas, como “Na Próxima Encarnação” e a brilhante “A Companheira”.
À propósito, tirando o momento solo de Simone e o bis, as concessões aos hits foram muito poucas – mais um acerto do show. Quem estava a fim de ouvir canções mais conhecidas de Zélia Duncan, por exemplo, teve que se contentar com uma ótima versão de “Mãos Atadas”, cantada pelas duas. Nem “Não Vá Ainda” (que está presente no DVD) fez parte do roteiro do show no Canecão. Outras canções mais conhecidas foram “Cuide-se Bem”, sucesso de Guilherme Arantes que Zélia Duncan tomou para si, e “Idade do Céu”, que foi outro grande momento da noite.
Mas se não teve “Não Vá Ainda”, Simone e Zélia Duncan incluíram no roteiro a música que dá nome ao show. “Amigo É Casa”, lindíssima poesia de Hermínio Bello de Carvalho (também na platéia), foi ouvida por uma platéia em silêncio sepulcral, que acompanhou atentamente belos versos como “Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar / Se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer / Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha / E oferece lugar pra dormir e comer / Amigo que é amigo não puxa tapete / Oferece pra gente o melhor que tem / E o que nem tem quando não tem, finge que tem / Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão”.
Assim, como já tinha acontecido no CD e no DVD, no palco, Zélia Duncan mostra o seu poder de “se transformar em outras” e, ao mesmo tempo, ajuda Simone a se renovar. Daqui a pouco já é hora de Zélia Duncan pensar qual será o seu novo projeto, e Simone também vai ter que mostrar que, mesmo sozinha, consegue avançar no tempo.
Abaixo, a canção “Amigo É Casa”, gravada ao vivo durante um show em Florianópolis.
Cotação: ****
Por coincidência, Zélia Duncan e Simone, no decorrer de suas carreiras, gravaram uma música chamada “Alma”. A “Alma” de Zélia Duncan foi composta por Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes, enquanto a “Alma” de Simone é de autoria da dupla Sueli Costa e Abel Silva. Lá pelo finalzinho do show “Amigo é Casa”, Zélia Duncan cantou a “Alma” que fez tanto sucesso na voz de Simone, que, por sua vez, fez o mesmo com a “Alma” de Zélia Duncan.
Essa troca de papéis é emblemática no DVD “Amigo é Casa”, que chegou ao mercado via Biscoito Fino, pouco tempo depois do CD com os melhores momentos do show gravado no belo Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Desde o extra do DVD, que mostra as duas cantoras interpretando a linda canção “Amigo é Casa” (de Hermínio Bello de Carvalho e Capiba), e que acabou ficando de fora do show principal, o mote de todo o espetáculo acaba sendo a amizade mesmo. E o DVD fica muito mais bonito do que o CD, a partir do momento que traduz em imagens a afinidade de Zélia Duncan e Simone. E nada melhor que uma cante a “Alma” da outra, no sentido literal da palavra.
A canção “Amigo é Casa”, que está no extra do DVD, é outra que traduz bem o espírito do projeto: “Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar / Se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer / Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha / E oferece lugar pra dormir e comer / Amigo que é amigo não puxa tapete / Oferece pra gente o melhor que tem / E o que nem tem quando não tem, finge que tem / Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão”.
Como já pôde ser observado desde o lançamento do CD, a união da tradição de Simone com a modernidade de Zélia Duncan gerou um bom trabalho, que acaba ficando muito melhor no DVD. A inclusão de músicas essenciais para o projeto, como as duas versões de “Alma”, faz com que o espírito do projeto seja mais bem compreendido. E além disso, claro, dá ao espectador a oportunidade de ouvir ótimas versões de canções como a serena (e ao mesmo tempo, pesadíssima) “Mar e Lua” (de Chico Buarque), “Vento Nordeste” (mais uma pérola da dupla Sueli Costa / Abel Silva), e os sucessos “Então Me Diz”, “Jura Secreta” e “Não Vá Ainda”. Todas essas últimas três são ótimos duetos de Simone e Zélia Duncan, e a versão acústica – apenas com o bandolim de Zélia – de “Não Vá Ainda” ficou especialmente bonita.
Em “Amigo é Casa”, Zélia Duncan mostra o seu poder de “se transformar em outras” e, ao mesmo tempo, ajuda Simone a se renovar. Isso é bem perceptível nas novas versões de Simone (em momento solo) para “Diga Lá, Coração” e “Encontros e Despedidas”, que são bastante superiores às datadas gravações de estúdio. A verdade é que Simone soa mais cool e com a voz mais lapidada. Zélia Duncan também brilha em suas partes solo, como na ótima “Na Próxima Encarnação” (“Na próxima encarnação / Não quero saber de barra / Replay de formiga não / Eu quero nascer cigarra”) que faz referência ao sucesso “Cigarra”, bem como homenageia Simone. “Cuide-se Bem”, de Guilherme Arantes, também é um outro momento especialmente bonito no show (vídeo abaixo).
Com relação aos momentos em dupla, esses dispensam maiores comentários, especialmente no que diz respeito à versão para “Meu Ego”, de Roberto e Erasmo Carlos, assim como “Petúnia Resedá”, que ganhou arranjo mais moderno e jazzístico, com destaque para as guitarras de Walter Villaça e Webster Santos.
A dupla vai sair em turnê nacional para divulgar “Amigo é Casa” já no final desse mês. A estréia será no dia 27 em Porto Alegre. Entre os dias 01º e 03 de agosto, Simone e Zélia Duncan aportam no Canecão, no Rio de Janeiro.
Cotação: ****1/2
O Cansei de Ser Sexy explicou o título de seu próximo álbum, “Donkey”, que será lançado no dia 21 de julho. A banda disse que a escolha do nome é uma referência a seu antigo empresário, que os obrigou a fazer uma turnê. “É uma expressão brasileira... Tipo ‘você é um idiota’. Tipo ‘nós temos um novo empresário, não somos mais idiotas’”, disse Adriano Cintra ao Observer. Após o término da última turnê do CSS, a banda brigou com o seu empresário e constituiu outros.
+++++
A banda Pearl Jam fechou a segunda noite do festival de Bonnaroo de um modo bastante diferente. Ao invés de tocar os seus grandes sucessos, como fazem as bandas que costumam se apresentar em festivais, o Pearl Jam aproveitou para mostrar raridades, lados B e versões para canções de outros artistas. Por exemplo, a primeira música do roteiro foi “Hard to Imagine”, uma balada que a banda praticamente não apresenta ao vivo. “W.M.A.” (vídeo abaixo) foi outra raridade do repertório, e que não era executada pela banda havia 13 anos. O Pearl Jam ainda apresentou dois covers: “Love Reign O’er Me” (The Who) e “All Along the Watchtower” (Bob Dylan). Vedder – que havia participado do show de Jack Johnson, na mesma noite, durante a canção “Constellations” —, como de costume, falou bastante de política, sobretudo a questão do aumento da gasolina, desde que George Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos. E como não poderia deixar de ser, a banda também aproveitou para apresentar alguns sucessos, como “Black”, “Even Flow”, “Betterman” e “Corduroy”.
+++++
Depois de lançar, com grande sucesso, o CD e DVD “Amigo é Casa”, as cantoras Simone e Zélia Duncan vão fazer uma pequena turnê nacional. Os cariocas terão a oportunidade de ver o bom show das cantoras entre os dias 01º e 03 de agosto, no Canecão. Os ingressos já estão a venda, com valores de R$ 20,00 a R$ 120,00.
+++++
A edição do New York Times de hoje dedicou uma grande reportagem a João Gilberto. O jornal falou sobre os 50 anos da bossa-nova e, principalmente, sobre a questão judicial que impede o lançamento dos três primeiros discos de João Gilberto – “Chega de Saudade”, “O Amor, o Sorriso e a Flor” e “João Gilberto” – em CD. Pelo que se pode concluir da reportagem, o problema, infelizmente, está muito longe de ser resolvido. E, dessa forma, as pessoas ficam impossibilitadas de adquirir três dos discos mais importantes da história da música mundial. João Gilberto fará show em Nova York, no próximo domingo, no Carnegie Hall.
+++++
Paul McCartney fez um show na noite de ontem para um dos maiores públicos de sua carreira. Trezentas e cinqüenta mil pessoas foram assistir ao show do ex-Beatle, em Kiev, capital da Ucrânia. O concerto foi o maior da história do país, apesar da tempestade que caiu durante o show, que foi televisionado para toda a Ucrânia. No roteiro da apresentação, velhos sucessos como “Back In The USSR”, “Drive My Car”, “Penny Lane”, “Hey Jude”, “Let It Be” e “Live And Let Die” (vídeo abaixo). Artistas como Elton John e Rolling Stones já haviam se apresentado antes em Kiev, mas com públicos menores que o de McCartney.
+++++
A banda punk Sex Pistols encerrou ontem a segunda noite do festival Isle Of Wight. Durante o show, Lydon, como de costume, ameaçou matar o público, chamou a banda The Police de ‘cuzão’, bebeu licor na garrafa e homenageou o cantor Iggy Pop (com uma versão da canção “No Fun”) e o jogador de futebol Paul Gascoigne. A apresentação durou uma hora e meia, durante a qual a banda tocou sucessos como “God Save The Queen”, “Anarchy In The UK” e “Pretty Vacant”, que começou de forma mais pop e terminou como a versão original (vídeo abaixo). A edição 2008 do festival de Isle Of Wight termina hoje, com shows de bandas como Starsailor, The Kooks e The Police.
+++++
Chester Bennington, líder do Linkin Park desmentiu os boatos de que estaria indo para o Velvet Revolver. “Sou amigo de todos os caras do Velvet Revolver e toquei com todos eles antes. Eu também sou amigo do Scott Weiland [vocalista que foi expulso da banda]. Eu acho que esse boato aconteceu porque o Slash me perguntou se eu poderia participar de um show deles em Las Vegas, no mesmo momento em que Scott saiu da banda. Algumas pessoas acharam que esse convite significava que eu estava deixando o Linkin Park”, disse Bennington em entrevista à revista Kerrang!.
+++++
A banda The Offspring mostrou três novas canções que farão parte de seu próximo álbum, “Rise And Fall, Rage And Grace”, durante show na noite de ontem, no festival Download. As canções, que se chamam “Hammerhead”, “You’re Gonna Go Far Kid” e “Half Truism”, foram misturadas a velhos sucessos, como “Hit That”, “The Kids Aren’t Alright” e “Self Esteem”, em um repertório de 20 músicas. Abaixo, um podcast que a banda fez momentos antes do show, para a revista Kerrang!.
A idéia do projeto nasceu para algumas poucas apresentações acústicas, mas as cantoras Simone e Zélia Duncan foram além e gravaram um CD e um DVD ao vivo e, provavelmente, vão sair em turnê. A união da tradição de Simone com a modernidade de Zélia Duncan gerou um bom trabalho que, se de um lado renova a obra de Simone, retarda um pouco a de Zélia Duncan que vinha de um ótimo disco (“Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”).
Se não acrescenta tanto à obra de Zélia Duncan como acrescenta a da cantora baiana, “Amigo é Casa” mostra, mais uma vez, o poder de Zélia “se transformar em outras”. Depois de gravar discos de música pop, MPB, sambas tradicionais e tornar-se uma “Mutante”, Zélia escorrega um pouco para o lado mais popular da cantora Simone. E, como de costume, o faz com maestria. E de quebra, ajuda Simone a se renovar. Basta ouvir, por exemplo, as novas versões de Simone (em momento solo) para “Diga Lá, Coração” e “Encontros e Despedidas”, que são superiores às datadas gravações de estúdio. Neste “Amigo é Casa”, Simone soa mais cool e com a voz mais lapidada.
Assim como Simone, Zélia Duncan também tem a sua parte solo no CD. E é daí que sai o melhor momento do show. “Na Próxima Encarnação” é o ponto alto do disco, com um ótimo arranjo do qual se sobressai o acordeom de Léo Brandão e uma letra magnífica (“Na próxima encarnação / Não quero saber de barra / Replay de formiga não / Eu quero nascer cigarra”) que faz referência ao sucesso “Cigarra”, bem como homenageia Simone. Zélia também segura bem sozinha em “A Companheira” (uma bela letra de Luiz Tatit), o samba “Kitnet” e a delicada “Cuide-se Bem”, de Guilherme Arantes.
Mas os momentos em dupla que acabam sendo o melhor (e a própria razão de ser) do CD ao vivo mesmo. “Meu Ego”, de Roberto e Erasmo Carlos, é um grande momento, assim como “Petúnia Resedá”, que ganhou arranjo mais moderno e jazzístico, com destaque para as guitarras de Walter Villaça e Webster Santos. O belo início com “Alguém Cantando”, de Caetano Veloso, com as duas cantoras somente acompanhadas do piano de Léo Brandão, também é sublime, ao contrário de “Grávida”, que já tem a própria autora Marina Lima como a sua intérperte definitiva.
Os quatro números finais são os mais empolgantes do roteiro. A homenagem a Cássia Eller, com um arranjo bem suingado para “Gatas Extraordinárias”, e o samba “Ralador” são revigorantes. Nesta canção, Simone mostra que é uma das maiores intérpretes de samba do país. No boogie-woogie “Agito e Uso”, é a vez de Zélia Duncan brilhar e segurar uma Simone mais contida. O final, com “Tô Voltando” (sucesso de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós”) é a chave de ouro do projeto.
E se o DVD tiver as músicas que fizeram parte do roteiro do show, e que ficaram de fora do CD, como “Não Vá Ainda”, “Jura Secreta” e o ótimo medley “Alma” (Suely Costa) / “Alma” (Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes), vai ser melhor ainda.
Cotação: ***1/2
Com previsão de lançamento para o dia 02 de maio, o CD “Amigo é Casa”, gravado ao vivo em São Paulo em outubro passado, traz o registro do espetáculo que uniu as cantoras Zélia Duncan e Simone. O DVD ainda não tem data de lançamento.
O repertório do disco (que não contém a íntegra do show) traz sucessos já gravados por Zélia (“Mãos Atadas”) e Simone (“Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção”, “Tô Voltando”, “Petúnia Resedá” e "Encontros e Despedidas"). “Não Vá Ainda” e “Jura Secreta”, infelizmente, ficaram de fora da edição do CD.
A canção “Gatas Extraordinárias”, de Caetano Veloso, e já gravada por Cássia Eller, também está presente, em um dueto das duas cantoras. Outra ausência sentida é o dueto de Zélia e Simone no medley "Alma" (Suely Costa) e "Alma" (de Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes, e que foi o maior sucesso do álbum "Sortimento", de Zélia). Tomara que esteja ao menos no DVD.
Abaixo, a relação de músicas do CD:
1) Alguém Cantando
2) Petúnia Resedá
3) Grávida
4) Kitnet
5) Cuide-se Bem
6) Na Próxima Encarnação
7) A Companheira
8) Mãos Atadas
9) Meu Ego
10) Idade do Céu
11) Diga Lá, Meu Coração
12) Medo de Amar
13) Encontros e Despedidas
14) Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção
15) Gatas Extraordinárias
16) Ralador
17) Agito e Uso
18) Tô Voltando
O Carnaval passou há tempos e um bom lançamento da gravadora Biscoito Fino acabou meio que perdida nas lojas de disco. Entre tanta coisa dispensável, “Aula de Samba – A História do Brasil Através do Samba-Enredo”, de fato, é um disco que, apesar de seus altos e baixos, está longe de ser dispensável. Como o próprio título diz, foram gravados vários sambas antigos que contam um pouco a história do País. (Está certo que alguns são bem duvidosos, como “O Grande Presidente”, que fala de Getúlio Vargas, e que foi enredo da Mangueira, em 1956. Mas a grande interpretação de Alcione compensa a letra.)
Entre os destaques, “Exaltação a Tiradentes”, samba do Império Serrano, de 1949, e defendida aqui por Chico Buarque. Outro do Império que está entre os grandes momentos do CD é “Heróis da Liberdade” (1969), na qual Maria Rita mostra que o seu disco de sambas fez muito bem a ela. Zélia Duncan também dá o seu recado em “Benfeitores do Universo”, samba da Cartolinhas de Caxias, de 1953.
Por outro lado, as decepções ficaram com Simone que deixou o clássico “Aquarela Brasileira” (mais um do Império Serrano, de 1964) bem chata. Fernanda Abreu também não conseguiu encontrar o tom correto no lindo “Os Sertões”, samba de 1973, da Em Cima da Hora.
De toda a sorte, a idéia de Martinho Filho foi muito legal. Só o fato de resgatar velhos sambas é ótimo. Nas vozes de grandes cantores então, fica melhor ainda.
Cotação: ***