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13 de ago. de 2011

Beto Guedes, 60; “Who’s next”, 40; baixista peladão do QOTSA pode ser preso; o “último” CD do Coldplay; a-ha de volta; o DVD da ZD; e o banner do ano.



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E o sábado, chegou, hein? E como dizia aquele cara (quem mesmo??), o que é que tem pra hoje?? Vocês viram que eu comecei o dia com Gal Costa e Maria Bethânia cantando a “Oração da Mãe Menininha”. E hoje faz 25 anos que Mãe Menininha do Gantois morreu. Quem acompanha esse blog sabe o quanto venero Dorival Caymmi, e quanto gosto, musicalmente, de Gal e de Bethânia. Mas vou te dizer uma coisa: essa música é uma das coisas mais chatas que já ouvi na minha vida.

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E esse sábado é dia de festa para Beto Guedes, que fica sessentão. É difícil de acreditar, porque se a gente fechar os olhos, parece que quem está cantando é uma criança. Eu me lembro do Renato Russo dizendo que sempre teve vontade de gravar um disco com as músicas do Beto Guedes, porque o considerava um grande compositor, “mas aquela voz...” Hoje quis eleger a música do Beto Guedes que eu mais gostasse. Se eu te disser que perdi meia hora escolhendo, você acredita? Não, né? Até mesmo porque não demorei mais de 30 segundos...



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Eu me lembrei logo da versão que os Paralamas do Sucesso gravaram de “Feira moderna” em seu “Acústico MTV”. Sem dúvidas, a melhor "não música" dos Paralamas, se é que vocês me entendem...



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Hoje também é dia de lembrar do “mestre do suspense” Alfred Hitchcock, que naseceu no dia 13 de agosto de 1899. Saca quando rolam aquelas discussões intermináveis em mesa de bar? Uma delas é “qual o melhor filme do Hitchcock”. Alguém pode citar qualquer um que ele tenha feito, e, dependendo do seu argumento, conseguirá convencer os demais de que, de fato, aquele é "O melhor filme do Hitchcock". De minha parte, já desisti de tentar catequizar os outros com relação a essa questão. Sou sempre voto vencido, e todos dizem que estou doido quando cito “O terceiro tiro” como a obra-prima de Hitchcock. O mais curioso é que esse filme não é um suspense ou filme de terror (e talvez esse seja o motivo de as pessoas torcerem o nariz para a minha indicação), mas sim uma grande comédia. De humor negro, é verdade. Mas uma grande comédia, certamente a melhor que já vi.



“Mestre do suspense”??

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Partindo para amanhã, dia 14 de agosto... Nesse domingão, qualquer um tem um bom motivo para tirar a poeira de um LP e soltar no toca-discos. “Who’s next”, o clássico do The Who completa 40 anos amanhã. Para mim, é o grande álbum do The Who. E eu até tenho uma explicação para isso... “Who’s next” foi lançado logo após a ópera-rock “Tommy” (1969). Fico pensando no quanto a banda ficou presa ao formato de uma ópera-rock, quando da composição de “Tommy”. Então, dois anos depois, imagina a explosão de ideias do grupo?? Ela está em “Who’s next”. E a melhor música do The Who também está em “Who’s next”...



Não é??

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DROPS:










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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

• A Superheavy, banda de Mick Jagger, divulgou o videoclipe de seu primeiro single, “Miracle worker”.



• “Otis”, o primeiro videoclipe da dupla Kanye West + Jay-Z:



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Não tem muito tempo que escrevi sobre o CD “Pelo sabor do gesto – Em cena”, de Zélia Duncan. Disse que o CD pecava por não ter o show completo, mas esperava que o DVD e o blu-ray corrigissem tal falha. E corrigiram. O vídeo chega às lojas na última semana do mês com a apresentação completa. Contando com participações especiais de Fernanda Takai, John Ulhôa, Marcelo Jeneci, Christian Oyens e Paulinho Moska, o DVD/BD traz 24 músicas. São elas:
1. Boas Razões
2. Ambição
3. Telhados De Paris
4. Se Um Dia Me Quiseres
5. Intimidade
6. Tudo Sobre Voce
7. Felicidade
8. Esporte Fino Confortavel
9. Aberto
10. Se Eu Fosse
11. Duas Namoradas
12. Defeito 10
13. Cedotardar
14. Borboleta (Participação Especial: Marcelo Jeneci)
15. Todos Os Verbos
16. Pelo Sabor Do Gesto
17. Os Dentes Brancos Do Mundo
18. I Love You
19. Por Isso Corro Demais
20. Sinto Encanto
21. O Tom do Amor (Participação Especial: Moska)
22. Flores
23. Nem Tudo
24. Catedral

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Cara, quando vi esse banner acima, eu achei que fosse brincadeira, alguma montagem de algum desocupado para fazer piadinha na internet... Mas não... É sério mesmo! Não preciso nem comentar nada, né??

2 de ago. de 2011

Ópera para começar o dia; saudades do Gonzagão; o álbum ao vivo da Zélia Duncan; a dancinha do B.Springsteen; e o Clash fazendo propaganda de Londres.



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Hoje decidi começar o dia ouvindo Marina Lima. E acho que vocês não vão reclamar. “Acontecimentos” é uma das músicas que mais gosto, e ela pertence ao álbum “Marina Lima”, lançado em 1991. Ninguém canta com mais charme do que Marina Lima. Fato.

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Vamos de ópera agora? Eu gostaria de ter um espaço maior para escrever sobre ópera, um dos gêneros que mais gosto. Hoje eu tenho um bom motivo. Foi no dia 02 de agosto de 1921, portanto há 90 anos, que Enrico Caruso, tido por muitos o maior tenor de todos os tempos, partiu dessa pra melhor. Caruso viveu apenas 48 anos, mas o suficiente para entrar para a história. A gravação abaixo é a de “Vesti la giuba”, a ária mais famosa da ópera “Pagliaci”, de Ruggiero Leoncavallo, cujo libreto mistura a encenação de um espetáculo de circo e a vida real dos seus personagens. Na ária, presente no encerramento do primeiro ato, o tenor começa a delirar por causa da desconfiança de que sua mulher está o traindo. Enquanto ele se maquia tal qual um palhaço, ele se pergunta: “Você pensa que é um homem?” E conclui: “Você não é nada além de um palhaço!” Na encenação do circo, o povo ri quando o Arlequim rouba a Colombina do palhaço. Mas aquilo é encenação? Não para o palhaço. A sua vida real é mera repetição do espetáculo. “Ria, palhaço, de seu amor arruinado! Ria da dor que envenena o seu coração!”



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Outro que também merece ser lembrado hoje é Luiz Gonzaga. No dia 02 de agosto de 1989, o compositor pernambucano, o Rei do Baião, faleceu em consequência de uma parada cariorrespiratória.



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Exatos dez anos após a morte de Luiz Gonzaga, estreva nos cinemas dos Estados Unidos o longa “O sexto sentido”. Foi o único filme de M. Night Shyamalan que prestou, é verdade. Os que vieram em seguida foram umas grandes bombas. Mas esse “O sexto sentido” é bom demais. Certamente, o filme mais assustador que já vi. Confesso que fiquei alguns bons meses depois de ver o filme com medo de ir ao banheiro de madrugada. É sério... Vamos relembrar o trailer??



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Tenho escutado bastante nas últimas semanas o novo álbum da Zélia Duncan, “Pelo sabor do gesto – Em cena”. O álbum de estúdio, “Pelo sabor do gesto”, foi um dos melhores de 2009. Ele acabou originando um belo show, no qual Zélia Duncan teve a coragem suficiente para mostrar todas (eu disse: TODAS) as músicas do novo álbum. Ninguém reclamou. O show também foi um dos melhores de 2009. No último mês de março, Zélia Duncan subiu ao palco do Teatro Municipal de Niterói, a sua cidade-natal, para registrar o espetáculo em áudio e vídeo. O CD já saiu – o DVD e o BD chegam em breve. O CD traz nove faixas gravadas ao vivo, todas originárias do álbum de estúdio (a versão ao vivo de “Telhados de Paris” ficou mais deliciosa do que a de estúdio), com exceção de “Felicidade”, de Luiz Tatit. Quatro faixas bônus (que faziam parte do repertório do show) foram registradas em estúdio. Destaque especial para a regravação de “Por isso eu corro demais” (Roberto Carlos) e “Defeito 10:Cedotardar”, de Moacyr de Albuquerque e Tom Zé). Aguardemos o DVD e o BD, que, esperamos, venha com o show na íntegra.



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Ninguém passa imune a internet mesmo… Não bastassem os fãs que filmam os micos que alguns artistas pagam em cima do palco, agora alguns vídeos bem estranhos têm surgido por aí. O último é o que mostra os ensaios de Bruce Springsteen para um videoclipe. E o mais curioso: o tal videoclipe nunca foi ao ar. Trata-se de uma versão para “Dancing in the dark”, que acabou sendo reprovada pelo cantor, em 1984. Ele não gostou do “conceito” do diretor Jeff Stein, que teria sido “literal demais”. O que vocês acham disso??



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Em seguida, Springsteen convocou o diretor Brian de Palma para filmar um novo videoclipe para a mesma canção. Ele registrou uma apresentação do cantor, na cidade de St. Paul, e não levou a letra ao pé da... letra. Achei essa segunda versão bem melhor. Mas, cá entre nós, algumas das dancinhas do vídeo reprovado foram bem usadas por Springsteen em cima do palco, não??



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E já que estamos falando do Boss, vocês se lembram daquela história do Ronald Reagan, então candidato a presidência dos Estados Unidos, ter usado a música “Born in the USA” em sua campanha eleitoral? Regan, muito mal assessorado pelo jeito, achou que a letra “elogiava” o país, quando na verdade, baixava o sarrafo na Guerra do Vietnã. Olha esse trecho, por exemplo (em tradução livre): “Então eles colocaram um fuzil na minha mão / Me enviaram para uma terra estrangeira / Para ir e matar o homem amarelo...” Pois bem, a Inglaterra está caindo na mesma esparrela. Sabe qual música os gênios estão usando para divulgar, em propagandas institucionais, os Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem?? “London calling”. Isso mesmo: “LONDON CALLING”, do The Clash. Imagina a galera dos outros países vendo aquelas imagens da cidade, com o fundo musical: “The ice age is coming, the sun is zooming in / Meltdown expected and the wheat is growing thin / Engines stop running but I have no fear / London is drowning and I live by the river”?? Pelo menos é divertido, né?

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Ah, ficou com vontade de escutar a música? Vamos então na versão de Bruce Springsteen??



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O Foo Fighters realizou uma turnê faz pouco tempo. Até aí, nada demais. Isso se os shows não tivessem sido feitos em garagens de casas de fãs. Essa turnê foi registrada pela banda em um documentário de 40 minutos, que eu não consegui desgrudar os olhos do monitor. Dá uma olhada:



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Para finalizar por hoje, um vídeo engraçadinho do Slash transformado em desenho animado da Disney. Ah, ficou legal, né??

5 de jul. de 2011

Uma terça com Bowie e Creedence; a época em que podíamos chorar pela seleção; as esquisitices da Björk e do The Horrors; e pérolas de Wilson Baptista.

Oi pessoal! Mais um dia... Nublado, chuvoso feio... Pelo menos, tenho uma boa notícia para vocês. Hoje é terça-feira...



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David Bowie é um gênio, né?? E ainda tem gente chata e boba que diz que o primeiro disco dele é chato. Agora me responda: tem como achar um álbum que tenha “Love you till Tuesday” chato??
Hein??

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E sabe qual música foi lançada no dia 05 de julho de 1975??



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Agora me responda: quem é que canta melhor do que o Paul Rodgers?? Freddie Mercury?? Hein?

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E já que estamos falando de rock, também foi em um dia 05 de julho, só que de 1968, que chegou às lojas o álbum de estreia do Creedence Clearwater Revival. Não é o melhor trabalho da banda, eu sei. Mas, poxa, e o que a gente vai dizer de “Suzie Q”? E de “I put a spell on you”?



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Agora acho que já estou preparado para levar as primeiras pedradas do dia. Eu vou confessar aqui que não gosto da Björk. Vou além: acho a Björk uma verdadeira mala. Vi um show dela em algum Tim Festival da vida (seria o de 2006??), e tenho certeza que foi um dos shows mais chatos que já assisti. Não consigo levá-la a sério, definitivamente. De qualquer maneira, fica aqui a lembrança dos 18 anos de seu álbum de estreia, “Debut”. (E eu acabei de chegar à conclusão que não tenho nenhum, nenhunzinho CD da Björk. Pelo jeito, não me fez falta...)



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Ah, e a quem interessar possa, a Björk revelou detalhes de seu próximo (o sétimo) álbum de estúdio, "Biophilia". Em entrevista ao Guardian, a cantora islandesa disse que a sonoridade está puxada para a folk music - "uma folk music do nosso tempo", em suas palavras. "Eu nunca fui muito chegada a Warhol e toda essa coisa pop. É um pouco superficial, e eu prefiro folk. Pessoas. Humanos", filosofou. O álbum será lançado no dia 26 de setembro. Concomitantemente, serão lançados dez (dez?? isso mesmo??) aplicativos para iPad sobre o álbum.



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Só para falar um pouco de futebol, que eu já estou com saudades. Ontem à noite, estava lendo o blog do genial André Barcinski, onde ele fez a (mais que cabível) pergunta: “Alguém ainda se importa com a seleção canarinho?” Bom, eu não me importo faz tempo. E tem mais: torço contra. Uma frase do André Barcisnki traduz todo o meu sentimento: “Para mim, a seleção transmite uma arrogância, uma magnanimidade e uma auto-importância que me fazem torcer contra.” Não preciso dizer mais nada. A seleção brasileira está morta. E tenho saudades de um tempo em que nem sabia o que era futebol, como há exatos 29 anos, quando as pessoas ainda tinham motivo para chorar pela seleção canarinho.



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"Skying", o terceiro álbum da sensacional banda The Horrors só será lançado oficialmente na próxima segunda-feira. Mas ele já foi liberado todinho pelo próprio conjunto. Estou ouvindo pela segunda vez seguida. É bom...



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Para quem ainda não viu, esse encontro do Josh Homme + Eddie Vedder + Strokes está bem legal. A faixa gravada por eles é “Mercy mercy me”, delícia de Marvin Gaye. A faixa fará parte do álbum "Live from nowhere near you: Volume 2", disco beneficente que irá arrecadar fundos para a organização Outside In, que ajuda moradores de rua nos Estados Unidos. O álbum ainda conta com faixas de Elliot Smith, Decemberists, Modest Mouse e Ryan Adams. O disco sai no próximo dia 19.



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Ontem estava ouvindo o CD duplo que a Biscoito Fino lançou, “O samba carioca de Wilson Baptista”. Até agora, um dos melhores lançamentos do ano aqui no Brasil. O CD duplo traz mais de 80 músicas (das cerca de 600 compostas pelo “Maestro Caixa de Fósforos”). O primeiro disco é recheado de participações especiais, como as de Zélia Duncan (“Que malandro você é!”), Wilson das Neves (“Louca alegria”), Mart’nália (“Não me pise o calo”) e Céu (“Nega Luzia”). Já o segundo CD é mais especial ainda, com as faixas do ótimo espetáculo “O samba carioca de Wilson Baptista”, estrelado pelos atores/cantores Rodrigo Alzuguir e Claudia Ventura. São 59 faixas no total, incluindo as célebre compostas na “polêmica” com Noel Rosa (“Mocinho da Vila”, “Frankenstein da Vila”), além de “Transplante de coração”, em gravação original de Wilson Baptista, semanas antes de sua morte.

28 de out. de 2010

Garrincha, Zélia Duncan, Ben Harper, Queen, Diogo Vilela, Foo Fighters, MJ, Velvet Revolver, Bob Dylan, Suede, Batman, Gorillaz, Mogwai, Drums, Lennon

Fantástico o esporro de John Lennon... Hehehe...



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Que tal o novo videoclipe do The Drums, "Me and the moon", hein?? Eu gostei...



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A banda escocesa Mogwai anunciou em seu site oficial que vai lançar um novo álbum, "Hardcore will never die, but you will", no dia 14 de fevereiro do ano que vem. A produção ficou a cargo, mais uma vez, de Paul Savage. As faixas do novo disco são as seguintes: "White noise", "Mexican grand prix", "Rano pano", "Death rays", "San Pedro", "Letters to the metro", "George square Thatcher death party", "How to be a werewolf", "Too raging to cheers" e "You're Lionel Richie".

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Já está disponível na iTunes Store, o novo EP do Gorillaz, "iTunes session" (capa acima), com oito faixas ao vivo, além de uma entrevista de 37 minutos com Murdoc Niccals e 2D. No dia 22 de novembro, a banda de Damon Albarn lançará o single "Doncamatic (All played out)". O repertório de "iTunes session" é o seguinte: "Clint Eastwood", "Dirty Harry", "Feel good Inc", "Kids with guns", "Stylo", "Glitter freeze", "On melancholy hill" e "Rhinestone eyes".

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O terceiro filme da nova série do Batman vai se chamar... "The dark knight rises". Bem original, não?? O britânico Christopher Nolan será novamente o diretor, e Christian Bale fará o papel principal.

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Na noite de ontem, o Suede se apresentou no pequeno Bush Hall, em Londres. Foi uma espécie de aquecimento para o show que acontecerá na O2 Arena, na mesma cidade, no dia 07 de dezembro. Brett Anderson e companhia apresentaram 19 músicas, incluindo os sucessos "Killing of a flashboy", "Trash" e "To the birds", que farão parte da coletânea "The best of Suede", que será lançada no Reino Unido, na próxima segunda feira. O setlist do show foi o seguinte: "This Hollywood life", "Killing of a flashboy", "Trash", "Filmstar", "Animal nitrate", "Heroine", "Pantomime horse", "My insatiable one", "The drowners", "She", "Can't get enough", "Everything will flow", "The asphalt world", "So young", "Metal Mickey", "The wild ones", "New generation", "Beautiful ones" e "To the birds". Dá pra sentir o gostinho com o vídeo abaixo...



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Parece que agora o Velvet Revolver vai voltar mesmo. Em entrevista à Kerrang!, o guitarrista Slash confirmou que está procurando um novo vocalista para substituir Scott Weiland. A banda, inclusive, já estaria testando novos cantores em estúdio. "Estamos experimentando dois caras, nesse momento. Vamos ver no que vai dar. Vocês não devem conhecer um deles. O outros, vocês, definitivamente, conhecem", disse o guitarrista. Pela internet, rolam boatos que Mike Patton (Faith No More) seria o futuro vocalista da banda. Mas Slash negou mais uma vez. "É definitivamente um boato. Mas eu adoro o estilo vocal do Mike."

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"Thriller", de Michael Jackson, vai virar filme. Diversos estúdios de Hollywood estão interessados em levar o sucesso que MJ gravou em 1982 para as telas. Sites especializados em cinema estão noticiando que o coreógrafo Kenny Ortega deve dirigir o filme. O filme vai contar a história da própria música, ou seja, uma extensão do clássico videoclipe. Vamos ver o que que sai...

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Dave Grohl deve estar com saudades do Nirvana. Explico: já em estúdio gravando o novo álbum do Foo Fighters, Grohl convocou o produtor Butch Vig para produzir o álbum - ele também foi o resposnável por "Nevermind" (1992)-, e o baixista Krist Novoselic para participar de uma faixa do novo álbum. "Ele apareceu aqui em uma noite, e tocou baixo numa canção", disse Grohl à BBC. Bob Mould, do Hüsker Dü, também participa do disco. O Foo Fighters já marcou shows em Londres, no mês de julho de 2011.

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Partindo para a televisão, hoje vamos lembrar também de Diogo Vilela, um dos grandes atores do país. Pode ser na comédia ou no drama, Diogo é um dos melhores atores que já vi atuar. Sempre na dele, longe dos holofotes, ele só aparece mesmo quando é para mostrar a sua arte. A primeira recordação que tenha dele na televisão foi na novela "O sexo dos anjos", de 1983. Depois, Diogo apareceu em "Sassaricando" (1987), "Deus nos acuda" (1992), "Quatro por quatro" (1994), entre outras. Isso sem contar, claro, com o "TV Pirata", o melhor humorístico que já vi na TV, e no "Toma lá, dá cá". Diogo Vilela faz 53 anos hoje. Parabéns!



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No dia 28 de outubro de 1977, o Queen lançava um de seus álbuns mais importantes: "News of the world". Bom, quase todos os álbuns do Queen podem ser chamados de "importantes". Mas esse é diferente. A começar pela dobradinha inicial "We will rock you" / "We are the champions", que passou a encerrar todos os shows da banda de Freddie Mercury, até o derradeiro, no Knebworth Park, no verão inglês de 1986. Além dessas duas faixas, que, sim, valem o disco, o Queen ainda soava mais roqueiro do que nunca, em canções como "Sheer heart attack" e "Get down, make love". E o que dizer das pungentes "Spread your wings" e "My Melancholy blues"? Pois é... É um clássico de verdade.



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Quem faz 41 anos hoje é o músico norte-americano Ben Harper. Confesso que sempre tive uma certa implicância com Ben Harper. Achava aquele rock estilo meio surfista um pouco aguado. Até que Ben Harper lançou o álbum "White lies for dark times" (2009), com a sua nova banda, a Relentless7. Putz, que som, bicho. Chapei. Melhor ainda foi o DVD ao vivo que veio em seguida: "Live from the Montreal International Jazz Festival" (2010). A banda em cima do palco é impressionante. E, além das canções próprias, ela apresentou uma versão antológica (veja bem: antológica mesmo!!) de "Under pressure", que o Queen e o David Bowie gravaram em 1981. Se todos os covers fossem feitos assim...



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Hoje está tendo festa lá em Niterói também! A grande Zélia Duncan completa 46 anos atravessando grande momento em sua carreira. O seu último trabalho, "Pelo sabor do gesto", para mim, foi o melhor álbum brasileiro de 2009, e "Telhados em Paris", a melhor música. Escrevi isso no SRZD quando fiz o balanço do ano passado. E não mudei de opinião não. Zélia está sendo corajosa ao apresentar todas as músicas desse novo álbum no show. Poucos artistas fazem isso. Mas ZD tem certeza da qualidade de seu trabalho. E o show rtealmente é fantástico. Tomara que saia em DVD.



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UMA PAUSA PARA A PROPAGANDA: Já que a gente tem que aturar Dilma e Serra na televisão todo dia pedindo o nosso voto, vou aproveitar o espaço aqui para pedir um voto para quem realmente merece. O livro "O leitor apaixonado", de Ruy Castro, está concorrendo ao prêmio Jabuti de melhor livro de 2009. Para votar, é molinho. Basta clicar aqui, digitar e-mail e CPF, votar no melhor livro de ficção (Chico Buarque está concorrendo), e depois no melhor livro de não-ficção, onde entra "O leitor apaixonado". Não perdi mais de 30 segundos para votar.

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Outro dia falei aqui sobre os 70 anos do Pelé. E hoje vou homenagear aquele que talvez seja o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos: Garrincha. Se vivo fosse, Mané estaria completando 77 anos hoje. Não é preguiça não, mas acho que não vale a pena ficar aqui citando os feitos de Garrincha, se a melhor biografia brasileira versa exatamente sobre o craque. Eu li "Estrela solitária: Um brasileiro chamado Garrincha", de Ruy Castro, logo que saiu. Devia ter uns 13 anos. E chorei bastante com a história do Mané. Mesmo para quem não gosta de futebol, é altamente recomendável. Outro momento que não me esqueço foi o show "Verde anil amarelo cor de rosa e carvão", de Marisa Monte. Durante a música "Balança pema", de Jorge Ben, os telões ao fundo do palco passavam imagens de dribles fantásticos do Garrincha. Tudo a ver com a música. Dá para relembrar com o vídeo abaixo. E salve Mané!



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29 de ago. de 2010

Resenhando: Wilson Simonal, Iron Maiden, Martinho da Vila, Brian Wilson, Yoko Ono

“Mexico ‘70” – Wilson Simonal
Quando o sensacional box “Wilson Simonal na Odeon” chegou às lojas, em 2004, um fã do cantor enviou um e-mail para Max de Castro perguntando sobre a ausência do álbum “Mexico ‘70” na caixa. Na ocasião, Max nem sabia da existência do disco. Alguns meses depois, ele descobriu a capa do álbum em uma revista especializada, e foi correr atrás dos fonogramas. “Mexico ‘70”, na verdade, foi gravado entre janeiro e março de 1970, em sessões esparsas. Quando a seleção brasileira de futebol estava no México para disputar a Copa de 70, Wilson Simonal (então o artista mais popular do país) foi se encontrar com os seus amigos jogadores e fez uma temporada de shows que durou três meses naquele país. Na ocasião, aqui no Brasil saiu o compacto duplo com “Aqui é o país do futebol”, e a Odeon mexicana lançou “Mexico ‘70”, logo após a Copa do Mundo vencida pelo Brasil. E, 40 anos depois, logo após o fiasco da seleção do Dunga, “Mexico ‘70” é lançado pela primeira vez no Brasil. No repertório de 12 faixas, é possível ver como Simonal queria porque queria entrar no mercado internacional, com faixas cantadas em italiano (“Ecco Il tipo che io cercavo”) e inglês (na linda versão de “Raindrops keep fallin’ on my head”, “I’ll never fall in love again” e a dobradinha “Aquarius” / Let the sunshine in”, do musical “Hair”). “Aqui é o país do futebol” também está presente em “Mexico ‘70”, assim como boas gravações (inéditas) de “Ave Maria no morro” e “Eu sonhei que tu estavas tão lindas”. No total, são cinco gravações raras e sete inéditas. Uma peça obrigatória nesse intricado quebra-cabeça chamado Wilson Simonal.

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“The final frontier” – Iron Maiden
Que o Iron Maiden vem usando e abusando de faixas longuíssimas, desde o advento do CD, isso não é novidade para ninguém. O seu último CD, “A matter of life and death” (2006), contém 10 faixas em 72 minutos. O novo álbum, “The final frontier”, é bem parecido. São dez faixas em 76 minutos. Mas a grande diferença está em sua sonoridade. Que fique claro, de cara, que ela não está nem pior nem melhor. Mas, sim, bem diferente. O fã que pensou que a turnê “Somewhere back in time” (na qual a Donzela revisitou os seus clássicos) animaria a banda a gravar músicas diretas com caras de hit, se enganou. “The final frontier” é, de longe, o álbum mais difícil do Iron Maiden. A batida tribal-eletrônica de quase três minutos da faixa de abertura “Satellite 15... The final frontier” é um bom indício de que as coisas estão diferentes. Muita gente, inclusive, vem comparando “The final frontier” com “Somewhere in time” (1986). Mas, tirando a estética futurista da capa, não tem nada que ver. Não há nenhuma “Wasted years” em “The final frontier”. Mas há faixas que beiram o progressivo, como “Isle of Avalon”, e o épico, como acontece em “The talisman” e “When the wild wind blows”. O Iron Maiden fica com mais cara de Iron Maiden em poucas faixas, como na direta e rápida “El Dorado” e em “Mother of mercy”, canção que lembra bastante “Ghost of the navigator”, de “Brave new world” (2000). Certamente até a própria banda achou o novo álbum tão difícil, que optou que os shows da nova turnê começassem com uma música de outro álbum – no caso, “The wicker man”, de “Brave new world”. O que é bem raro em se tratando de Iron Maiden, diga-se de passagem.

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“Filosofia de vida” – Martinho da Vila
Para turbinar o lançamento do documentário “Filosofia de vida” (já nas lojas em DVD), de Edu Mansur, Martinho da Vila colocou nas lojas a trilha sonora do filme. Com o mesmo nome do documentário, o CD é, mais ou menos, um best of da carreira do sambista, com oitos sucessos e músicas obscuras regravadas e as outras seis faixas pescadas de álbuns antigos. Com relação às regravações, destacam-se a faixa-título (parceria com Marcelinho Moreira e Fred Camacho), uma das mais lindas de Martinho (“Meu destino eu moldei / Qualquer um pode moldar / Deixo o mundo me rumar / Para onde quero ir / Dor passada não me dói / E nem curto nostalgia / Eu só quero o que preciso / Pra viver meu dia-a-dia”), o clássico “O pequeno burguês” e “Meu Off Rio”. Nas regravações, versões ao vivo de “Madalena do Jucu” e do maior samba-enredo de todos os tempos, “Aquarela brasileira”, de Silas de Oliveira. Vale destacar ainda a versão instrumental do choro “Um a zero”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, com a pianista Maíra Freitas, e a segunda gravação (e que fecha o álbum) de “Filosofia de vida”, nas vozes de Martinho da Vila e de Ana Carolina. Em suma, “Filosofia de vida” funciona como um bom souvenir do documentário. Os fãs vão gostar. Mas para o ouvinte mais eventual de Martinho da Vila, talvez seja mais jogo procurar um outro CD do sambista, como o ao vivo “3.0 Turbinado” (1999) ou o ótimo tributo a Noel Rosa, “Poeta da cidade”, lançado no início desse ano.

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“Reimagines Gershwin” – Brian Wilson
O que Brian Wilson e os irmãos George e Ira Gershwin têm em comum? A genialidade, diriam alguns. Mas agora, há mais outra coisa em comum: o álbum “Reimagines Gershwin”, que o ex-Beach Boy colocou nas lojas no início desse mês. No total, são 14 faixas de autoria dos Gershwin e que Brian Wilson regravou ao seu estilo. Dessas 14 faixas, duas são parcerias mesmo entre George Gershwin e Brian Wilson, eis que não estavam finalizadas, cabendo a Wilson dar os retoques finais. O resultado oscila durante a audição. Comecemos pelas duas parcerias (“The like in I love you” e “Nothing but love”), que configuram dois grandes momentos, que poderiam estar em qualquer álbum clássico dos Beach Boys, com os seus lindos arranjos vocais e melodias naquele velho estilo que fez a fama da banda. Já as quatro faixas pescadas da ópera “Porgy and Bess” (“Summertime”, “I loves you Porgy”, “I got plenty O’ nutin’” e “It ain’t necessarily so”) são as mais fracas de “Reimagines Gershwin”. Talvez pelo fato de o tom formal da ópera não ter combinado muito com o estilo pop de Wilson. As coisas voltam a entrar nos eixos na bossa “’S Wonderful” (será que Brian Wilson anda ouvindo muito o “Amoroso”, de João Gilberto?) e em “They can’t take that away from me” e “I got rhythm”, que trazem o melhor resumo do que seria uma música dos irmãos Gershwin interpretada pelos Beach Boys. Simplesmente fantástico. “Love is here to stay”, “I’ve got a crush on you” e “Someone to watch over me”, por sua vez, poderiam ter ficado mais interessantes. Mas no final das contas, o saldo é (bem) positivo.

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“Mrs. Lennon” – Vários Artistas
Odiada por muitos e amada por poucos, Yoko Ono ficou mais conhecida como “a pessoa que separou os Beatles”. Ela pode até ter tido a sua responsabilidade pelo fato. Mas a verdade é que dificilmente o quarteto de Liverpool prosseguiria junto por muito tempo com a morte de Brian Epstein. Ademais, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr não eram mais apenas “os caras do bar”, e os seus egos já estavam do tamanho do céu. Enfim, uma boa forma de redimir Yoko Ono é ouvir o CD “Mrs. Lennon”, que o selo Discobertas, de Marcelo Fróes, colocou nas lojas. São 16 faixas escritas por Yoko e interpretadas por 16 cantoras brasileiras, da experiente Cida Moreira a novata Hevelyn Costa, passando por Zélia Duncan, Silvia Machete, Kátia B, Angela Ro Ro, entre outras. Como geralmente acontece nesse tipo de projeto, há muitos altos e baixos. Mas, felizmente, os altos superam os baixos. Pra começar, vale destacar a comovente interpretação voz & piano de Cida Moreira para “Mrs. Lennon”. Zélia Duncan enche “Goodbye sadness” de delicadeza, enquanto Marília Barbosa & Pelv’s fazem os alto-falantes berrar em “Move on fast”. Angela Ro Ro deu novas (e boas) luzes a “It happened”, e Kátia B encheu “Walking on thin ice” de bossa. Por sua vez, Voz Del Fuego deixou “Kiss kiss kiss” quase ininteligível com os seus sintetizadores e baterias programadas. A dupla Tetine também pecou com a versão modernosa demais de “Why”. Mas, no fim das contas, “Mrs. Lennon” é uma boa introdução à obra da nem sempre compreendida Yoko Ono.

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Abaixo, a faixa de abertura do álbum “The final frontier”, do Iron Maiden.

15 de ago. de 2008

“UM BARZINHO, UM VIOLÃO” DE NOVELAS DOS ANOS 70 CHEGA ÀS LOJAS NA SEMANA QUE VEM

Depois de algum tempo sumido, o projeto “Um Barzinho, Um Violão” retorna com um CD duplo, vendido em dois volumes separados. Todas as 26 canções dos dois álbuns fizeram parte da trilha sonora de alguma novela da década de 70.

Alguns destaques ficam por conta de “Martim Cererê” (da novela “Bandeira 2”), na voz de Zeca Pagodinho, “Como vovó já dizia” (de “Ossos do Barão”), com Lobão, e “Pecado Capital”, faixa de abertura da novela homônima, na interpretação de Jorge Aragão. Já a versão de Caetano Veloso para o sucesso brega de Wando, “Moça”, tem tudo para se transformar em um grande hit na voz do cantor e compositor baiano.

Abaixo segue a relação de faixas dos dois CDs:
Vol. 1:
1) “Carinhoso” - Jessé Sadoc
2) “Pensando Nela” - Papas da Língua
3) “Sonhos” - Paula Toller
4) “Pecado Capital” - Jorge Aragão
5) “Paralelas” - Zélia Duncan
6) “Martin Cererê” - Zeca Pagodinho
7) “Pavão Mysteriozo” - Fernanda Takai
8) “Meu Pai Oxalá” – Moinho
9) “Teletema” - Luiza Possi
10) “Fascinação” - Jorge Vercillo
11) “Enrosca” - Celso Fonseca
12) “Coleção” - Maurício Manieri
13) “Como Vovó Já Dizia” - Lobão

Vol. 2:
1) “Moça” - Caetano Veloso
2) “Broto Legal” - Marjorie Estiano
3) “Pombo Correio” - Elba Ramalho
4) “Você Abusou” - Diogo Nogueira
5) “Eu Preciso Te Esquecer” - Marina Elali
6) “Capitão de Indústria” - Herbert Vianna
7) “Malandragem Dela” - Dudu Nobre
8) “Beijo Partido” - Pedro Mariano
9) “Nuvem Passageira” – Tunai
10) “Um Jeito Estúpido de Amar” - Isabella Taviani
11) “Meu Drama (Senhora Tentação)” – Casuarina
12) “Meu Mundo e Nada Mais” - Alex Cohen
13) “Filho da Bahia” - Margareth Menezes


5 de ago. de 2008

SHOW: “AMIGO É CASA” (SIMONE E ZÉLIA DUNCAN) – COM DIREÇÃO ÁGIL, SIMONE E ZÉLIA DUNCAN ENGRANDECEM “AMIGO É CASA” NO PALCO

Como já vem sendo um costume na indústria fonográfica brasileira, primeiro chega o CD, depois o DVD e aí sim, o artista sai em uma grande turnê Brasil afora. Dessa vez, quem seguiu tal fórmula a risca – com imenso sucesso, até então – foram as cantoras Simone e Zélia Duncan. O CD “Amigo É Casa” foi um dos grandes lançamentos do ano. O DVD, que saiu logo em seguida, com a inclusão de algumas canções essenciais, conseguiu ser melhor. Já o show segue o mesmo espírito do DVD.

Tirando uma mudança de ordem de uma canção ou outra, o repertório do show é igual ao do DVD, ou seja, não houve maiores mudanças e as duas cantoras não se arriscaram a fazer algo diferente. Musicalmente, o show segue a mesma perfeição do DVD, com uma boa direção musical de Bia Paes Leme e excelentes músicos na banda, como os guitarristas Walter Villaça e Webster Santos, bem como o tecladista Leo Brandão. Mas o grande diferencial de presenciar o espetáculo ao vivo é poder notar a ágil direção cenográfica de Andréa Zeni, que, utilizando-se de um mesmo artifício usado por Bia Lessa no show “Dentro do Mar Tem Rio”, de Maria Bethânia, colocou a banda completa no lado direito do palco e deixou um espaço imenso para Simone e Zélia Duncan se movimentarem.

E artistas experientes que são, as duas brilham em cena, utilizando cada centímetro do palco com maestria. Passando a maior parte do show com microfone em punho, Simone e Zélia Duncan se movimentam por todos os flancos do palco e dão nova vida a canções (que já haviam ficado mais vivas ainda no CD e DVD) como “Petúnia Resedá”, “Grávida” e “Ralador”.

Aliás, são nas canções mais animadas como “Ralador” que o show ganha peso. “Agito e Uso” (de Ângela Roro), “Gatas Extraordinárias” (em homenagem a Cássia Eller, que, segundo Zélia Duncan, foi “a cantora mais importante que surgiu nos últimos 18 anos) e “Tô Voltando” fez com que boa parte do público se levantasse das cadeiras. Mas em momentos mais intimistas, a dupla também não deixa a peteca cair. Desde o início do espetáculo, com a música “Alguém Cantando”, praticamente a capella, até o bis com “Jura Secreta” e “Alma” (tanto a que fez sucesso na voz de Simone, quanto a que tocou nas rádios com Zélia Duncan), as duas cantoras usaram e abusaram de momentos melosos.

E, por falar em momentos melosos, Simone, nas canções que cantou sozinha no palco, levou as suas velhas fãs ao delírio, com grandes sucessos como “Encontros e Despedidas”, “Diga Lá, Coração” e “Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção” (o compositor desta última, Erasmo Carlos, estava presente no Canecão, na estréia do show). Já Zélia Duncan, em seu momento solo, fez o caminho oposto, ao apresentar músicas pouco conhecidas, como “Na Próxima Encarnação” e a brilhante “A Companheira”.

À propósito, tirando o momento solo de Simone e o bis, as concessões aos hits foram muito poucas – mais um acerto do show. Quem estava a fim de ouvir canções mais conhecidas de Zélia Duncan, por exemplo, teve que se contentar com uma ótima versão de “Mãos Atadas”, cantada pelas duas. Nem “Não Vá Ainda” (que está presente no DVD) fez parte do roteiro do show no Canecão. Outras canções mais conhecidas foram “Cuide-se Bem”, sucesso de Guilherme Arantes que Zélia Duncan tomou para si, e “Idade do Céu”, que foi outro grande momento da noite.

Mas se não teve “Não Vá Ainda”, Simone e Zélia Duncan incluíram no roteiro a música que dá nome ao show. “Amigo É Casa”, lindíssima poesia de Hermínio Bello de Carvalho (também na platéia), foi ouvida por uma platéia em silêncio sepulcral, que acompanhou atentamente belos versos como “Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar / Se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer / Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha / E oferece lugar pra dormir e comer / Amigo que é amigo não puxa tapete / Oferece pra gente o melhor que tem / E o que nem tem quando não tem, finge que tem / Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão”.

Assim, como já tinha acontecido no CD e no DVD, no palco, Zélia Duncan mostra o seu poder de “se transformar em outras” e, ao mesmo tempo, ajuda Simone a se renovar. Daqui a pouco já é hora de Zélia Duncan pensar qual será o seu novo projeto, e Simone também vai ter que mostrar que, mesmo sozinha, consegue avançar no tempo.

Abaixo, a canção “Amigo É Casa”, gravada ao vivo durante um show em Florianópolis.

Cotação: ****

26 de jun. de 2008

CANTANDO COM A ALMA

Por coincidência, Zélia Duncan e Simone, no decorrer de suas carreiras, gravaram uma música chamada “Alma”. A “Alma” de Zélia Duncan foi composta por Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes, enquanto a “Alma” de Simone é de autoria da dupla Sueli Costa e Abel Silva. Lá pelo finalzinho do show “Amigo é Casa”, Zélia Duncan cantou a “Alma” que fez tanto sucesso na voz de Simone, que, por sua vez, fez o mesmo com a “Alma” de Zélia Duncan.

Essa troca de papéis é emblemática no DVD “Amigo é Casa”, que chegou ao mercado via Biscoito Fino, pouco tempo depois do CD com os melhores momentos do show gravado no belo Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Desde o extra do DVD, que mostra as duas cantoras interpretando a linda canção “Amigo é Casa” (de Hermínio Bello de Carvalho e Capiba), e que acabou ficando de fora do show principal, o mote de todo o espetáculo acaba sendo a amizade mesmo. E o DVD fica muito mais bonito do que o CD, a partir do momento que traduz em imagens a afinidade de Zélia Duncan e Simone. E nada melhor que uma cante a “Alma” da outra, no sentido literal da palavra.

A canção “Amigo é Casa”, que está no extra do DVD, é outra que traduz bem o espírito do projeto: “Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar / Se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer / Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha / E oferece lugar pra dormir e comer / Amigo que é amigo não puxa tapete / Oferece pra gente o melhor que tem / E o que nem tem quando não tem, finge que tem / Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão”.

Como já pôde ser observado desde o lançamento do CD, a união da tradição de Simone com a modernidade de Zélia Duncan gerou um bom trabalho, que acaba ficando muito melhor no DVD. A inclusão de músicas essenciais para o projeto, como as duas versões de “Alma”, faz com que o espírito do projeto seja mais bem compreendido. E além disso, claro, dá ao espectador a oportunidade de ouvir ótimas versões de canções como a serena (e ao mesmo tempo, pesadíssima) “Mar e Lua” (de Chico Buarque), “Vento Nordeste” (mais uma pérola da dupla Sueli Costa / Abel Silva), e os sucessos “Então Me Diz”, “Jura Secreta” e “Não Vá Ainda”. Todas essas últimas três são ótimos duetos de Simone e Zélia Duncan, e a versão acústica – apenas com o bandolim de Zélia – de “Não Vá Ainda” ficou especialmente bonita.

Em “Amigo é Casa”, Zélia Duncan mostra o seu poder de “se transformar em outras” e, ao mesmo tempo, ajuda Simone a se renovar. Isso é bem perceptível nas novas versões de Simone (em momento solo) para “Diga Lá, Coração” e “Encontros e Despedidas”, que são bastante superiores às datadas gravações de estúdio. A verdade é que Simone soa mais cool e com a voz mais lapidada. Zélia Duncan também brilha em suas partes solo, como na ótima “Na Próxima Encarnação” (“Na próxima encarnação / Não quero saber de barra / Replay de formiga não / Eu quero nascer cigarra”) que faz referência ao sucesso “Cigarra”, bem como homenageia Simone. “Cuide-se Bem”, de Guilherme Arantes, também é um outro momento especialmente bonito no show (vídeo abaixo).

Com relação aos momentos em dupla, esses dispensam maiores comentários, especialmente no que diz respeito à versão para “Meu Ego”, de Roberto e Erasmo Carlos, assim como “Petúnia Resedá”, que ganhou arranjo mais moderno e jazzístico, com destaque para as guitarras de Walter Villaça e Webster Santos.

A dupla vai sair em turnê nacional para divulgar “Amigo é Casa” já no final desse mês. A estréia será no dia 27 em Porto Alegre. Entre os dias 01º e 03 de agosto, Simone e Zélia Duncan aportam no Canecão, no Rio de Janeiro.

Cotação: ****1/2


15 de jun. de 2008

RÁPIDAS

O Cansei de Ser Sexy explicou o título de seu próximo álbum, “Donkey”, que será lançado no dia 21 de julho. A banda disse que a escolha do nome é uma referência a seu antigo empresário, que os obrigou a fazer uma turnê. “É uma expressão brasileira... Tipo ‘você é um idiota’. Tipo ‘nós temos um novo empresário, não somos mais idiotas’”, disse Adriano Cintra ao Observer. Após o término da última turnê do CSS, a banda brigou com o seu empresário e constituiu outros.

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A banda Pearl Jam fechou a segunda noite do festival de Bonnaroo de um modo bastante diferente. Ao invés de tocar os seus grandes sucessos, como fazem as bandas que costumam se apresentar em festivais, o Pearl Jam aproveitou para mostrar raridades, lados B e versões para canções de outros artistas. Por exemplo, a primeira música do roteiro foi “Hard to Imagine”, uma balada que a banda praticamente não apresenta ao vivo. “W.M.A.” (vídeo abaixo) foi outra raridade do repertório, e que não era executada pela banda havia 13 anos. O Pearl Jam ainda apresentou dois covers: “Love Reign O’er Me” (The Who) e “All Along the Watchtower” (Bob Dylan). Vedder – que havia participado do show de Jack Johnson, na mesma noite, durante a canção “Constellations” —, como de costume, falou bastante de política, sobretudo a questão do aumento da gasolina, desde que George Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos. E como não poderia deixar de ser, a banda também aproveitou para apresentar alguns sucessos, como “Black”, “Even Flow”, “Betterman” e “Corduroy”.

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Depois de lançar, com grande sucesso, o CD e DVD “Amigo é Casa”, as cantoras Simone e Zélia Duncan vão fazer uma pequena turnê nacional. Os cariocas terão a oportunidade de ver o bom show das cantoras entre os dias 01º e 03 de agosto, no Canecão. Os ingressos já estão a venda, com valores de R$ 20,00 a R$ 120,00.

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A edição do New York Times de hoje dedicou uma grande reportagem a João Gilberto. O jornal falou sobre os 50 anos da bossa-nova e, principalmente, sobre a questão judicial que impede o lançamento dos três primeiros discos de João Gilberto – “Chega de Saudade”, “O Amor, o Sorriso e a Flor” e “João Gilberto” – em CD. Pelo que se pode concluir da reportagem, o problema, infelizmente, está muito longe de ser resolvido. E, dessa forma, as pessoas ficam impossibilitadas de adquirir três dos discos mais importantes da história da música mundial. João Gilberto fará show em Nova York, no próximo domingo, no Carnegie Hall.

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Paul McCartney fez um show na noite de ontem para um dos maiores públicos de sua carreira. Trezentas e cinqüenta mil pessoas foram assistir ao show do ex-Beatle, em Kiev, capital da Ucrânia. O concerto foi o maior da história do país, apesar da tempestade que caiu durante o show, que foi televisionado para toda a Ucrânia. No roteiro da apresentação, velhos sucessos como “Back In The USSR”, “Drive My Car”, “Penny Lane”, “Hey Jude”, “Let It Be” e “Live And Let Die” (vídeo abaixo). Artistas como Elton John e Rolling Stones já haviam se apresentado antes em Kiev, mas com públicos menores que o de McCartney.



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A banda punk Sex Pistols encerrou ontem a segunda noite do festival Isle Of Wight. Durante o show, Lydon, como de costume, ameaçou matar o público, chamou a banda The Police de ‘cuzão’, bebeu licor na garrafa e homenageou o cantor Iggy Pop (com uma versão da canção “No Fun”) e o jogador de futebol Paul Gascoigne. A apresentação durou uma hora e meia, durante a qual a banda tocou sucessos como “God Save The Queen”, “Anarchy In The UK” e “Pretty Vacant”, que começou de forma mais pop e terminou como a versão original (vídeo abaixo). A edição 2008 do festival de Isle Of Wight termina hoje, com shows de bandas como Starsailor, The Kooks e The Police.



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Chester Bennington, líder do Linkin Park desmentiu os boatos de que estaria indo para o Velvet Revolver. “Sou amigo de todos os caras do Velvet Revolver e toquei com todos eles antes. Eu também sou amigo do Scott Weiland [vocalista que foi expulso da banda]. Eu acho que esse boato aconteceu porque o Slash me perguntou se eu poderia participar de um show deles em Las Vegas, no mesmo momento em que Scott saiu da banda. Algumas pessoas acharam que esse convite significava que eu estava deixando o Linkin Park”, disse Bennington em entrevista à revista Kerrang!.

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A banda The Offspring mostrou três novas canções que farão parte de seu próximo álbum, “Rise And Fall, Rage And Grace”, durante show na noite de ontem, no festival Download. As canções, que se chamam “Hammerhead”, “You’re Gonna Go Far Kid” e “Half Truism”, foram misturadas a velhos sucessos, como “Hit That”, “The Kids Aren’t Alright” e “Self Esteem”, em um repertório de 20 músicas. Abaixo, um podcast que a banda fez momentos antes do show, para a revista Kerrang!.

3 de mai. de 2008

SIMONE E ZÉLIA DUNCAN EQUILIBRAM TRADIÇÃO E MODERNIDADE

A idéia do projeto nasceu para algumas poucas apresentações acústicas, mas as cantoras Simone e Zélia Duncan foram além e gravaram um CD e um DVD ao vivo e, provavelmente, vão sair em turnê. A união da tradição de Simone com a modernidade de Zélia Duncan gerou um bom trabalho que, se de um lado renova a obra de Simone, retarda um pouco a de Zélia Duncan que vinha de um ótimo disco (“Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”).
Se não acrescenta tanto à obra de Zélia Duncan como acrescenta a da cantora baiana, “Amigo é Casa” mostra, mais uma vez, o poder de Zélia “se transformar em outras”. Depois de gravar discos de música pop, MPB, sambas tradicionais e tornar-se uma “Mutante”, Zélia escorrega um pouco para o lado mais popular da cantora Simone. E, como de costume, o faz com maestria. E de quebra, ajuda Simone a se renovar. Basta ouvir, por exemplo, as novas versões de Simone (em momento solo) para “Diga Lá, Coração” e “Encontros e Despedidas”, que são superiores às datadas gravações de estúdio. Neste “Amigo é Casa”, Simone soa mais cool e com a voz mais lapidada.
Assim como Simone, Zélia Duncan também tem a sua parte solo no CD. E é daí que sai o melhor momento do show. “Na Próxima Encarnação” é o ponto alto do disco, com um ótimo arranjo do qual se sobressai o acordeom de Léo Brandão e uma letra magnífica (“Na próxima encarnação / Não quero saber de barra / Replay de formiga não / Eu quero nascer cigarra”) que faz referência ao sucesso “Cigarra”, bem como homenageia Simone. Zélia também segura bem sozinha em “A Companheira” (uma bela letra de Luiz Tatit), o samba “Kitnet” e a delicada “Cuide-se Bem”, de Guilherme Arantes.
Mas os momentos em dupla que acabam sendo o melhor (e a própria razão de ser) do CD ao vivo mesmo. “Meu Ego”, de Roberto e Erasmo Carlos, é um grande momento, assim como “Petúnia Resedá”, que ganhou arranjo mais moderno e jazzístico, com destaque para as guitarras de Walter Villaça e Webster Santos. O belo início com “Alguém Cantando”, de Caetano Veloso, com as duas cantoras somente acompanhadas do piano de Léo Brandão, também é sublime, ao contrário de “Grávida”, que já tem a própria autora Marina Lima como a sua intérperte definitiva.
Os quatro números finais são os mais empolgantes do roteiro. A homenagem a Cássia Eller, com um arranjo bem suingado para “Gatas Extraordinárias”, e o samba “Ralador” são revigorantes. Nesta canção, Simone mostra que é uma das maiores intérpretes de samba do país. No boogie-woogie “Agito e Uso”, é a vez de Zélia Duncan brilhar e segurar uma Simone mais contida. O final, com “Tô Voltando” (sucesso de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós”) é a chave de ouro do projeto.
E se o DVD tiver as músicas que fizeram parte do roteiro do show, e que ficaram de fora do CD, como “Não Vá Ainda”, “Jura Secreta” e o ótimo medley “Alma” (Suely Costa) / “Alma” (Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes), vai ser melhor ainda.

Cotação: ***1/2

15 de abr. de 2008

ENCONTRO DE ZÉLIA DUNCAN COM SIMONE CHEGA ÀS LOJAS EM MAIO

Com previsão de lançamento para o dia 02 de maio, o CD “Amigo é Casa”, gravado ao vivo em São Paulo em outubro passado, traz o registro do espetáculo que uniu as cantoras Zélia Duncan e Simone. O DVD ainda não tem data de lançamento.
O repertório do disco (que não contém a íntegra do show) traz sucessos já gravados por Zélia (“Mãos Atadas”) e Simone (“Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção”, “Tô Voltando”, “Petúnia Resedá” e "Encontros e Despedidas"). “Não Vá Ainda” e “Jura Secreta”, infelizmente, ficaram de fora da edição do CD.
A canção “Gatas Extraordinárias”, de Caetano Veloso, e já gravada por Cássia Eller, também está presente, em um dueto das duas cantoras. Outra ausência sentida é o dueto de Zélia e Simone no medley "Alma" (Suely Costa) e "Alma" (de Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes, e que foi o maior sucesso do álbum "Sortimento", de Zélia). Tomara que esteja ao menos no DVD.

Abaixo, a relação de músicas do CD:
1) Alguém Cantando
2) Petúnia Resedá
3) Grávida
4) Kitnet
5) Cuide-se Bem
6) Na Próxima Encarnação
7) A Companheira
8) Mãos Atadas
9) Meu Ego
10) Idade do Céu
11) Diga Lá, Meu Coração
12) Medo de Amar
13) Encontros e Despedidas
14) Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção
15) Gatas Extraordinárias
16) Ralador
17) Agito e Uso
18) Tô Voltando

14 de abr. de 2008

UMA AULA (RAZOÁVEL) DE SAMBA

O Carnaval passou há tempos e um bom lançamento da gravadora Biscoito Fino acabou meio que perdida nas lojas de disco. Entre tanta coisa dispensável, “Aula de Samba – A História do Brasil Através do Samba-Enredo”, de fato, é um disco que, apesar de seus altos e baixos, está longe de ser dispensável. Como o próprio título diz, foram gravados vários sambas antigos que contam um pouco a história do País. (Está certo que alguns são bem duvidosos, como “O Grande Presidente”, que fala de Getúlio Vargas, e que foi enredo da Mangueira, em 1956. Mas a grande interpretação de Alcione compensa a letra.)
Entre os destaques, “Exaltação a Tiradentes”, samba do Império Serrano, de 1949, e defendida aqui por Chico Buarque. Outro do Império que está entre os grandes momentos do CD é “Heróis da Liberdade” (1969), na qual Maria Rita mostra que o seu disco de sambas fez muito bem a ela. Zélia Duncan também dá o seu recado em “Benfeitores do Universo”, samba da Cartolinhas de Caxias, de 1953.
Por outro lado, as decepções ficaram com Simone que deixou o clássico “Aquarela Brasileira” (mais um do Império Serrano, de 1964) bem chata. Fernanda Abreu também não conseguiu encontrar o tom correto no lindo “Os Sertões”, samba de 1973, da Em Cima da Hora.
De toda a sorte, a idéia de Martinho Filho foi muito legal. Só o fato de resgatar velhos sambas é ótimo. Nas vozes de grandes cantores então, fica melhor ainda.

Cotação: ***