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22 de ago. de 2011

Um síndico contra o Depeche Mode; relembrando John Lee Hooker e Luis Carlos Vinhas; o novo álbum do Red Hot; e Bono desmente “palpitações”.



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Bom dia, pessoal... Bom início de semana também... E bom Dia Mundial do Folclore. Apesar desse tempinho meia-bomba, pelo menos aqui no Rio de Janeiro... O fim de semana foi bom, coloquei alguns livros em dia, e também ouvi umas coisas que não escutava havia séculos. Na noite de sexta, o Depeche Mode rolou nervoso. No dia seguinte, embaixo da porta da cozinha, uma cartinha carinhosa assinada pelo síndico, pedindo que eu escutasse música mais baixo, “ainda mais se o som ficar ligado até às sete da manhã...” Assinado: Gerson. Aí eu cheguei a uma certeza irremediável: quem nasce Gerson, das duas uma: ou vai ser síndico de prédio ou gênio do futebol.

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Então vamos falar de coisas sérias. E o primeiro assunto de hoje é John Lee Hooker, que nasceu no dia 22 de agosto de 1917. Pesquisei no YouTube um vídeo magnífico dele:



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Quem faz 50 anos cravados hoje é o Roland Orzabal, metade do Tears For Fears, que, em breve, reaparece aqui no Brasil. O “Seeds of Love” (1989) faz parte do primeiro pacote que ganhei de CDs. Foi em 1990, e meu pai me trouxe do Japão um daqueles disc-mans da Sony – que na época era o máximo – e alguns CDs, acho que uns 10, 12. Por isso que eu nunca vou saber dizer qual foi, de fato, o meu primeiro CD. Meu pai até que soube escolher... Além do disco do Tears For Fears, tinha o “Flowers in the dirt” (1989), do Paul McCartney, o “Greatest hits” (1981), do Queen… Ah, também tinha o “Step by step” (1990), do New Kids On The Block...



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Hoje também é dia de relembrar Luis Carlos Vinhas, o magnífico pianista do Bossa Três, e que, depois, tocou em discos antológicos, como o “Gemini 5” (de 1966, ao lado de Pery Ribeiro e Leny Andrade). Vinhas ainda merece um box daqueles bonitões com a sua obra. Hoje faz 10 anos que ele partiu dessa para melhor. E olha só o que eu descobri no YouTube...



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E faz 30 anos que o Brasil perdeu Glauber Rocha, segundo muitos, “o maior gênio do cinema brasileiro”. Eu já escrevi aqui que não entendo nada de nada. Muito menos de cinema. Mas eu posso dizer que se você quiser ver um filme bem bacana, não perca “Terra em transe”. Facinho de achar em DVD...



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O selo Discobertas ataca com mais um lançamento bem bacana. Trata-se de “Anos 2000”, uma compilação com músicas interpretadas por Milton Nascimento, e que fizeram parte de álbuns de terceiros. Não há grandes raridades, mas muitos dos fonogramas são bem difíceis de encontrar – alguns estão em discos fora de catálogo, inclusive. O maior mérito de “Anos 2000” é agrupar e organizar a obra de Milton Nascimento. Até mesmo porque ele é tido como um dos artistas mais gentis, quando convidado para participar de um projeto conjunto ou de outro artista. Como em qualquer coletânea desse gênero, “Anos 2000”, em alguns momentos soa instável. Mas nada que comprometa o valor do álbum, que conta com faixas bem interessantes, como “Trem do horizonte” (ao lado do super-músico e compositor Christiaan Oyens), “Discovery” (na qual Milton coloca a sua voz ao lado da de Marina Machado, pupila do cantor, que participou do álbum e da turnê “Pietá”, de 2002) e “Sino, claro sino”, ao lado do violão mágico de Raphael Rabello. Que venham os “Anos 1960”, “Anos 1970”, “Anos 1980” e “Anos 1990”...



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DROPS:







17 de ago. de 2011

Elba 60 e Ed 40; remixes do Depeche Mode; Bowie aposentado (?!?); o doc dos Smiths; as novidades da Lady Gaga e do Pearl Jam; e o pior clipe de 2011.



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Agora sim está tudo em seu devido lugar. Perdão pela ausência de ontem. O dia foi corridíssimo. Tive um bate-papo super agradável com o pessoal da Saraiva – um abração a todos! – e, depois, a terceira noite do ciclo de sinfonias de Beethoven, no Theatro Municipal daqui do Rio, com a Orquestra Sinfônica Brasileira e o regente Lorin Maazel, ex-diretor artístico da Filarmônica de Nova York, e que vai comandar a Filarmônica de Munique em breve. O ciclo ainda vai ter mais três apresentações, nas noites de quinta e de sábado, e na tarde de domingo. Se alguém conseguir ingresso, vale muito à pena.

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Então vamos começar pelos aniversários de Hoje. Elba Ramalho completa 60 anos. Não é brincadeira não. A cantora de Conceição da Paraíba está super em forma. O seu último trabalho foi “Marco Zero – Ao vivo” (2010), uma retrospectiva dos seus 30 anos de carreira. Enquanto ela não aparece com nada inédito por aí, vamos relembrar um de seus principais sucessos, ao vivo no Rock in Rio II, em 1991, no estádio do Maracanã. Quem estava lá??



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Quem também comemora data redonda hoje é Ed Motta, que sopra 40 velinhas. Tem gente que acha o Ed Motta meio mala. Eu o considero superdivertido. Especialmente quando ele grava álbuns sensacionais, como “Entre e ouça!” (1992)e “Manual prático para festas, bailes e afins - Vol. 1" (1997), ou então quando resolve disparar a sua metralhadora giratória, especialmente no Facebook, depois de entornar uns Pera-Mancas ou uns Barca Velhas... A coincidência é que Ed Motta também cantou no Rock in Rio II, na mesma noite de Elba Ramalho, 25 de janeiro de 1991. Vamos relembrar??



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Quem matou a Norma, hein?? Aposto na Jandira, e você??

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Em 17 de agosto de 1959 era lançado um dos álbuns mais importantes da história do jazz. “Kind of blue” é considerado a obra-prima de Miles Davis, e o disco mais vendido de jazz em todos os tempos. O sexteto que acompanha Miles é, no mínimo, inacreditável. Olha só: Julian “Cannonball” Adderley (sax alto), John Coltrane (sax tenor), Bill Evans e Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo) e Jimmy Cobb (bateria). Tá bom pra você?? Achei um mini-documentário interessantíssimo no YouTube, sobre a gravação do disco, que vale a pena dar uma olhada:



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Hoje faz dez anos que Frejat lançou o seu primeiro álbum solo, “Amor pra recomeçar”. Um bom disco, diga-se. Pena que Frejat não tenha mantido a pegada em seus trabalhos posteriores. Além da faixa-título, o álbum contou com um outro grande sucesso, “Segredos”, que ainda ganhou um dos videoclipes mais bacanas já produzidos no país.



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Eu sou um cara que não ligo muito para remixes. Acho que tal processo tira muito da naturalidade da música. Abro poucas exceções para ouvir remixes. Atualmente, tenho curtido muito os do álbum “The king of limbs”, do Radiohead. Mas o Depeche Mode ainda é insuperável nesse quesito. Alguns remixes conseguem ser até superiores do que as gravações originais. Em 2004, a banda lançou “Remixes 81...04”, um CD triplo com 37 remixes de clássicos como “Just can’t get enough” e “Personal Jesus”. Agora é a vez de “Remixes 2: 81-11”, mais um CD triplo, com outros 37 remixes. Essa segunda leva está bem aquém da anterior, mas, mesmo assim, ainda vale para quem é fã da banda ou curte remixes. Destaco o trabalho de Eric Pryds em “Never let me down again” (abaixo) e o de Peter, Bjorn and John para “Fragile tension”. Aqui no Brasil saiu apenas uma versão simples com algumas faixas selecionadas.



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A péssima notícia do dia foi a suposta aposentadoria de David Bowie. Segundo o seu biógrafo Paul Trynka, o cantor, que não lança nada inédito desde “Reality”, de 2003, só voltaria a gravar algo se “causasse abalos sísmicos”. “Meu coração diz que ele voltará. Mas minha cabeça diz que isso é improvável. Seria um milagre se ele voltasse, mas milagres podem acontecer”, afirmou Trynka.
É uma nota triste mesmo. Desde que surgiu, no final dos anos 60, David Bowie é um dos artistas mais originais que existe. Acho que o seu maior mérito é arriscar. Ele sempre atira em diversas direções e, em 99% dos casos, acerta o alvo. Tive a chance de ver David Bowie ao vivo duas vezes. A primeira na Apoteose, em 1990, quando ele estava divulgando a sua coletânea “Sound + vision” (1989). Foi um show inesquecível (mais aqui). Não deu tempo de respirar. Pedrada do início (com o seu primeiro hit, “Space oddity”) ao fim, que teve uma versão avassaladora de “Gloria”, aquela do Van Morrison. Depois, acho que em 1998, não tenho certeza, vi um show da “Earthling tour”. O Metropolitan estava bem vazio, e Bowie não quis saber muito de cantar os velhos sucessos – uma das poucas exceções foi “Under pressure”. Mesmo assim, acho que o show foi muito bom.
E do jeito que anda a música hoje, ele nem precisaria causar abalos sísmicos. Bastaria gravar um novo álbum.
Eu ainda tenho esperanças.

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DROPS:










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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

Vai um trechinho do novo documentário do The Smiths, elaborado para o relançamento da coletânea “The best of” da banda?



“Yoü and I”, novo videoclipe da Lady Gaga:



Versão fantástica do Pearl Jam para “Crown of thorns”, do Mother Love Bone, e que estará na trilha sonora do documentário “Pearl Jam twenty”, dirigido por Cameron Crowe:



O Red Hot Chili Peppers também liberou o seu novo videoclipe, o bacanérrimo “The adventures of Rain Dance Maggie”. Olha só (se ainda não tiverem retirado do YouTube...):



Flea e companhia também mandaram mais duas músicas inéditas em um show no Japão, realizado nesse fim de semana. Os títulos são “Factory of faith” e “Ethiopia”:





Em um show na Califórnia, realizado na semana passada, o Green Day apresentou nada menos do que 15 músicas inéditas, incluindo “Amy”, tributo à cantora inglesa recém-falecida:



Snow Patrol lança o clipe “Called out in the dark:



“Meu álbum solo é ‘amazing’”, do modesto Noel Gallagher. Quer ver??



“Brittle heart”, novo vídeo do Brett Andreson:



Nossa, quanto videoclipe hoje!! Esse aqui é o novo do The Kooks, “Is it me”:



Kanye West participa de show do Prince no Swedish Festival:



A Chapel Hill Chorus Community cantando “Everyboy hurts”, do R.E.M.:



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Para finalizar, seria esse o pior videoclipe de 2011??


8 de jul. de 2011

Olha o padeiro!; relembrando Moraes, Los Hermanos e Beck; Robbie Williams solo; novidades dos Strokes, Lenny, Vaccines e R.E.M.; e RIP Billy Blanco.



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Bom dia, pessoal! Mais uma sexta-feira, hein... Melhor dia da semana... Ainda mais com esse sol que (timidamente) volta a brilhar. E hoje, dia 08 de julho, sabe de quem é dia? Do padeiro!! Isso, do padeiro... Explico: 08 de julho é dia de Santa Isabel, a padroeira dos panificadores. Durante o seu reinado em Portugal, ela distribuía, contra a vontade do rei, pão aos pobres. Acabou virando Santa...

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Hoje também é dia de dar os parabéns ao super Moraes Moreira, que completa 64 anos. Então, aproveitando o clima de festas junina, julina e que tais, vamos atacar de...



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Isso me lembra que faltam 76 dias para o Rock in Rio... Não vão chamar o Moraes Moreira, não??

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E quem fica cinquentão hoje é o grande tecladista do Depeche Mode (e DJ também) Andrew Fletcher. O Depeche Mode é uma das bandas que está, fácil, no meu top 5. Impressionante como ela consegue atualizar e adequar a sua sonoridade com o passar do tempo. Só fico meio irritado com o fato de eles não virem ao Brasil. Na última vez, acho que em 2009, já estava tudo certo e, no final das contas, as apresentações foram canceladas. Uma pena, até mesmo porque eles chegaram a dar um show aqui do lado, em Buenos Aires.



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Já que falei de Rock in Rio, lembro aqui de outro maravilhoso artista que tocou na edição 2001. Beck faz 41 anos hoje. O seu show, injustamente, acabou servindo como um longo intervalo entre as apresentações do Foo Fighters e do R.E.M.. Uma pena. O show foi legal. Mas não acho que o palco da Cidade do Rock seja o ideal para uma apresentação do Beck.



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Para os fãs saudosos dos Los Hermanos, lembro que hoje faz dez anos que chegava às lojas o álbum “Bloco do eu sozinho”, considerado por muitos o grande trabalho da banda carioca. Eu fico com o “Ventura” (2003). Mas, claro, o “Bloco do eu sozinho” foi o ponto de ruptura da banda. Ele formatou o som dos LH tal qual o conhecemos. Por isso, apesar de não considerá-lo o melhor álbum do conjunto, devo reconhecer que é o seu trabalho mais importante – e certamente um dos mais importantes do rock brasileiro da década de 2000.



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A boa notícia para os fãs de Robbie Williams é que o cantor anunciou que, após a turnê com o Take That, voltará a sua carreira solo. Ele não falou nada sobre um álbum de inéditas, mas assegurou, em seu site, que “haverá uma turnê solo”.

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Alguns artistas aproveitaram o dia para lançar novos videoclipes, músicas... O primeiro é o The Strokes, que colocou na rede um vídeo bacaníssimo de “Taken for a fool”, a melhor faixa, disparado, de seu último e, hum, fraco (??) álbum “Angles”. Olha lá:



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A banda The Vaccines, novo hype da New Musical Express, e que deve durar uns dois ou três verões, também lançou videoclipe novo hoje. O nome da música é “Norgaard”, e está presente no álbum de estreia da banda, lançado no início do ano, “What did you expect from The Vaccines?”.



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Lenny Kravitz, por sua vez, lançou a nova música “Rock star city life”. Bom, vinte segundos são o suficiente para chegar à conclusão de que essa “nova” música é igual a todas as outras que ele já gravou.



Né?

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Na semana que vem, o R.E.M. lança uma edição especialíssima do álbum “Lifes rich pageant”, de 1986. A nova versão será dupla, com o álbum original remasterizado, e um CD bônus com as “Athens demos”, 19 faixas inéditas em disco, gravadas em março de 1986, antes de a banda iniciar as gravações de “Lifes rich pageant”. O mais interessante é poder escutar as versões cruas de canções que, mais tarde, se transformariam em clássicos, como “Fall on me”, “Cuyahoga” e “Begin the begin”. A íntegra do álbum duplo está aqui.

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RIP Billy Blanco!

5 de dez. de 2010

Resenhando: Depeche Mode, Leoni, INXS, Maria Bethânia, Paul McCartney & Wings

“Tour of the universe: Barcelona 20/21.11.09”– Depeche Mode
O Depeche Mode é uma das bandas que mais dá valor aos registros áudio-visuais de suas turnês. E o faz com razão. Entra turnê, sai turnê, os shows da banda de Martin Gore, Dave Gahan e Andrew Fletcher são sempre bem interessantes – pena que eles nunca venham ao Brasil. Ao invés de se acomodar (como acontece com a maioria das bandas), o Depeche Mode sempre prepara roteiros bem diferentes entre uma turnê e outra, bem ao espírito do grupo. Se na “Exciter tour” (2001), a banda destilava depressão, logo depois, em “Touring the Angel” (2005/2006), o Depeche Mode fazia um dos shows mais coloridos e alegres de sua carreira. O novo DVD (também em CD e BD) “Tour of the universe: Barcelona 21/21.11.09” flagra a banda na turnê de divulgação de seu último (e excelente) álbum de estúdio, “Sounds of the universe” (2009). Turnê que, diga-se, não começou nada bem, com diversos shows adiados por conta de um tumor (felizmente extirpado) na bexiga de Gahan. O DVD traz um show do final da turnê – antes, a banda já tinha rodado boa parte da Europa e dos Estados Unidos. E é aí que reside o problema. Apesar de mostrar uma banda absolutamente à vontade, o vídeo apresenta um repertório muito parecido com a turnê anterior, “Touring the angel” (2006), algo incomum na videografia da banda inglesa. No início da turnê, o Depeche Mode apresentava músicas que, havia tempos, não integrava o roteiro de suas apresentações, como “Master and servant” e “Strangelove”. No decorrer da turnê, essas músicas foram substituídas por outras mais comuns, como “Behind the wheel” e “World in my eyes”. Pena. De qualquer maneira, é sempre bom ouvir a banda interpretar clássicos como “Never let me down again”, “Enjoy the silence”, “Walking in my shoes” e “It’s no good”. E isso sem contar com as boas músicas de “Sounds of the universe”, ainda que uma de suas melhores, “Peace”, também tenha ficado pelo meio do caminho (e, assim, fora do DVD) no decorrer da turnê.

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“A noite perfeita – Ao vivo” – Leoni
Se a gente vivesse na Inglaterra, Leoni seria milionário como um Elton John. Um dos melhores compositores da geração 80 do rock brasileiro, Leoni mostra em seu novo trabalho, “A noite perfeita – Ao vivo”, que continua o mesmo excelente compositor dos tempos do Kid Abelha e do Heróis da Resistência. Poucos artistas conseguem, como Leoni, apresentar um álbum cheio de canções inéditas que, à primeira ouvida, grudam na cabeça. Apesar de ser um trabalho ao vivo, o CD é composto majoritariamente por novas músicas – já o DVD traz sucessos muito bem-vindos, como “Temporada das flores”, “Por que não eu?”, “Exagerado”, “Fórmula do amor”, “Educação sentimental” e “Garotos II”, além de lados B, como “Um herói que mata” (do tempo dos Heróis da Resistência) e “Quem além de você” (do álbum “Outro futuro”, de 2006). Das inéditas, destacam-se a roqueira “Dá pra rir e dá pra chorar” (parceria com Beni Borja), a balada pop “Do teu lado” (com os versos “Canção pra andar do teu lado / Em toda e qualquer cidade / Pra te cobrir de sorrisos / Quando eu chorar de saudade” escritos a quatro mãos com o compositor Rodrigo Maranhão) e “Hora de pular do trem” (com Luciana Fregolente). A faixa-título, a melhor do álbum (e uma das mais deliciosas canções de Leoni), escrita com George Israel, já havia sido lançada pelo parceiro. O show “A noite perfeita” já vem rodando o país desde o final de 2008. Pelo visto, chegou ao CD/DVD na hora certa. O público de Leoni já sabe cantar as inéditas de cor, e a banda Furacão de Bolso, formada por Gustavo Corsi (guitarra), Andrea Spada (baixo) e Lourenço Monteiro (bateria), está super azeitada. Leoni honra a sua geração.

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“Mystify” – INXS
Os mais novos talvez duvidem, mas o INXS já foi uma banda “mega”. Michael Hutchence e seus colegas tiveram pelo menos dois álbum multiplatinados (“Kick, de 1987, e “X”, de 1990), gravaram um vídeo (“Live baby live”, já lançado em DVD) em um estádio de Wembley mais entupido do que privada de posto de gasolina de estrada, e foram headliners de uma noite da segunda edição do Rock in Rio, que aconteceu no Maracanã. Mas se você não tem ideia de nada disso, e ainda colocar para rodar “Mystify”, novo DVD da banda, pode achar que o INXS poderia nem ter existido. Filmado no dia 21 de junho de 1997, no Loreley Festival (Alemanha), durante a turnê de divulgação do álbum “Elegantly wasted” (97), o vídeo traz uma banda fria, apática e sem a mínima graça. Parece que os integrantes da banda envelheceram 40 anos após o “Live baby live”, registrado em 1991. É impressionante a falta de tesão e a burocracia com a qual músicas arrasa-quarteirão como “New sensation”, “Suicide blonde” “Devil inside” e “Whay you need” são executadas. O público alemão não é lá, vai lá, um dos mais animados, mas o seu comportamento nesse show é de causar bocejos dignos de um porre de dry Martini simultâneo a uma ópera de Pergolesi. As músicas que ora estavam sendo lançadas, então, poderiam render uma palestra do tipo “do estrelato ao depauperamento em três passos”. Michael Hutchence partiu dessa pra melhor quatro meses após o show. Algo estranho já rolava no ar. E, caso você não queria sentir, fique com o show bônus, filmado em maio de 1984. São seis músicas mostrando o INXS na flor da idade. E como a banda era boa, viu? “Original sin”, “Don’t change”, “The one thing”... A dúvida é inevitável: com Michael Hutchence vivo, onde estaria o INXS hoje? Seria um U2 ou um Simple Minds?

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“Amor festa devoção” – Maria Bethânia
Fazendo uma comparação grosseira (e com base no que escrevi na resenha do “Tour of the universe”, acima), a Maria Bethânia é uma espécie de Depeche Mode brasileira na hora de lançar DVDs. A uma, porque, nos últimos tempos, não tem um show da “Abelha-rainha” que não saia em vídeo; a duas, porque os repertórios de seus DVDs são absolutamente diferentes entre si. E, ao contrário do Depeche Mode, Maria Bethânia surpreendeu com “Amor festa devoção”, DVD, dirigido por André Horta e Lizanne Paulo, que traz o registro do show de lançamento dos álbuns “Tua” e “Encanteria”, ambos lançados em 2009. No roteiro da apresentação, Bethânia privilegiou as canções desses dois discos, misturando-as com coisas mais antigas, como “Vida” (Chico Buarque), o texto “Olho de lince” (escrito por Waly Salomão, e com aquele célebre verso “quem fala de mim tem paixão”), “É o amor” (Zezé di Camargo) e “Reconvexo” (Caetano Veloso). A propósito, esses foram os únicos grandes sucessos do roteiro que o público cantou junto. Ah, tudo bem, a cantora baiana interpretou “Não dá mais pra segurar (Explode coração)” e “O que é, o que é” (ambas de Gonzaguinha), mas em versões rápidas e a capella, como se quisesse mandar o recado de que elas estavam lá porque cabiam no roteiro, e não como frutos de apelação. Bethânia retorna ao seu show “Rosa dos ventos” (1971) para relembrar “Não identificado” (um dos momentos mais aplaudidos da nova turnê, e que foi dedicado a mãe), e ainda permanece com o mano Caetano em “Queixa”, inédita em sua voz, bem como o bolero “Dama do cassino”. Vale destacar também a lindíssima “Balada de Gisberta”, de Pedro Abrunhosa, com um arranjo grandioso de Jaime Alem. Tudo isso para mostrar que Bethânia, é verdade, não precisa apelar – e já precisou alguma vez? Assim como “Brasileirinho”, esse “Amor festa devoção” é um dos grandes shows de sua carreira. E o DVD está com um tratamento de áudio (mixado por Moogie Canazio), no mínimo, sensacional.

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“Band on the run” (Archive collection) – Paul McCartney & Wings
Dentre as infindáveis discussões travadas pelos alucinados por Beatles está uma sobre o melhor álbum solo dos integrantes da banda. Geralmente, metade fica com “All things must pass”, de George Harrison, e a outra metade, com “Band on the run”, do Paul McCartney & Wings. Pessoalmente, fico com o álbum do guitarrista, mas não dá para negar, jamais, o valor do álbum que Paul lançou em 1973. Gravado em Lagos, na Nigéria, “Band on the run” possui nove faixas, sendo sete clássicos absolutos: a faixa-título, “Jet”, “Bluebird”, “Mrs Vandebilt”, “Let me roll it”, “Nineteen hundred and eighty Five” e “Mamunia”. Com exceção da última, todas foram tocadas nos recentes shows no país. O CD bônus da edição especial que chegou às lojas (lá de fora) na semana retrasada, traz os singles “Helen Wheels” e “Country dreamer”, lançados na mesma época do disco, além de gravações ao vivo. Mas o melhor mesmo é o DVD, com 75 minutos de videoclipes, imagens raras em Lagos e a íntegra do programa “One hand clapping”, com várias versões ao vivo de faixas do álbum, além de outras, como “Live and let die”, “C moon” e “Soily”. A edição em vinil também é super recomendada aos audiófilos. Uma boa aula de como um álbum deve ser mixado para o vinil. Acho que nunca ouvi um som tão vivo na minha vida. Sério. Nos próximos meses, Paul McCartney lançará as edições especiais de “McCartney” (1970), “McCartney II” (1971), “RAM” (1971), “Venus and Mars” (1975), “Wings at the speed of sound” (1976) e “Wings over America” (1977). Hum, bem que esse último poderia vir trazendo o DVD com o show na íntegra, né?

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Em seguida, “Enjoy the silence”, extraído do DVD/BD “Tour of the universe”, do Depeche Mode:

28 de set. de 2010

Tim Maia, TSmiths, Depeche Mode, Miles, Brigitte Bardot, The National, Legião Urbana, Weezer, Klaxons & Lady Gaga, Moz, Arcade Fire & John Legend, DMB

Quem foi ao show da Dave Matthews Band no Vivo Rio, em setembro de 2008, não se esquece. Foram mais de três horas e meia de apresentação, com momentos marcantes, como a homenagem que a plateia fez para o então recém falecido LeRoi Moore em "#41" e o encerramento com "Two step". Agora, quem viu o show tem mais um motivo para não se esquecer. Chega até o final dessa semana às lojas brasileiras o CD duplo "Live in Rio", com mais de duas horas daquela apresentação - pena que alguns momentos ficaram de fora, como "#41". As faixas de "Live in Rio" são as seguintes: "Bartender", "Warehouse", "Stay or leave", "The stone", "Say goodbye", "Corn bread", "Grey street", "Crush", "So much to say", "Anyone seen the bridge?", "Ants Marching", "Jimi thing", "Satellite", "So damn lucky", "Don't drink the water", "Burning down the house" e "Two step".

E o site DMBrasil, do parceirão Rodrigo Simas, informou, em primeira mão, que segundo a Amazon americana, a Dave Matthews Band lançará em novembro o CD ao vivo "Live in New York City". Ainda não há confirmação oficial da banda. A DMB se apresentou no Citi Field nos dias 16 e 17 de julho. Rodrigo lembrou que alguns dos destaques dos shows foram "Big eyed fish" (raridade nos repertórios de shows da banda), "Seek up" (também bem rara), bem como a estreia da até então inédita "Black Jack". Vamos aguardar.

Ah, e a quem interessar possa, restam poucos ingressos para o show da Dave Matthews Band, na HSBC Arena, no Rio, dia 08 de outubro. "Corrão!"

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John Legend cantando "Wake up", do Arcade Fire? Impressionante a capacidade que certos artistas têm de destruir certas músicas...



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Os 13 singles prediletos de Morrissey.
And the winner is... Claro... The New York Dolls!



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Já viram o Klaxons mandando ver em "Bad romance", de Lady Gaga??



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Quem também vai lançar edição de luxo de um álbum importante de sua carreira é o Weezer. "Pinkerton" (1996), chegará às lojas novamente com 16 faixas inéditas. O lançamento será no dia 01º de novembro. O CD duplo contará com o álbum original, além de muitos lados B e gravações ao vivo, algumas durante show da banda no festival de Reading, no mesmo ano de lançamento do álbum. As faixas extras são as seguintes: "You Won't Get With Me Tonight", "The Good Life (Live At Y100 Sonic Session)", "El Scorcho (Live At Y100 Sonic Session)", "Pink Triangle (Live At Y100 Sonic Session)", "Why Bother? (Live At Reading Festival 1996)", "El Scorcho (Live At Reading Festival 1996)", "Pink Triangle (Live At Reading Festival 1996)", "The Good Life (Live At X96)", "El Scorcho (Live And Acoustic)", "Across The Sea Piano Noodles", "Butterfly (Alternate Take)", "Long Time Sunshine", "Getting Up And Leaving", "Tired Of Sex (Tracking Rough)", "Getchoo (Tracking Rough)" e "Tragic Girl.

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Quer ajudar a fazer o próximo álbum da Legião Urbana? É o seguinte: a banda está preparando uma coletânea para novembro. E os fãs podem escolher as músicas. As doze mais votadas farão parte do álbum. Para votar, o fã tem que se cadastrar no site oficial da banda. A votação vai até o dia 30 desse mês. A ideia é legal, mas será que a Legião Urbana não tem material mais interessante para lançar não? Cadê o show no Jockey, no dia da morte do Cazuza? E o DVD do Metropolitan? Será que o fã ainda vai se interessar por uma coletânea com as mesmas músicas repetidas??

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A banda The National vai lançar, no final de novembro, uma nova edição de seu último álbum, "High violet". Além do álbum original, o pacote trará um CD extra com oito faixas: três ao vivo, os dois lados B dos singles lançados de "High violet", duas faixas inéditas (incluindo "You were a kindness", logo abaixo), além de versão alternativa de "Terrible love". As faixas extras são as seguintes: "Terrible love" (Alternate Version), "Wake up you saints" (inédita), "You were a kindness" (inédita), "Walk off" (lado B), "Sin-eaters" (lado B), "Bloodbuzz Ohio" (Live - KCMP), "Anyone's ghost" (Live - Brooklyn Academy of Music) e "England" (Live - Brooklyn Academy Of Music).



PS. Com essa moda de "edições especiais, acho que vou começar a baixar os CDs de graça na internet, e, três meses depois, compro a tal edição especial. Vou me sentir menos otário dessa forma.

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Agora, da música para o cinema. Ou quase... Isso porque Brigitte Bardot era cantora também. Símbolo sexual dos anos 60, a "Brigitte Bardot tá ficando velha", como canta Tom Zé. Hoje ela faz 74 anos. Afastada da vida artística, Brigitte hoje briga pelos direitos dos animais. Preferiu ficar velha longe dos holofotes. Tom Zé tem razão.





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Pode se preparar que, em 2011, você vai ouvir falar muito sobre os 20 anos da morte de Miles Davis. Eu juro que pensei esperar, mas acho que alguns artistas devem ser homenageados sempre. Então por que não lembrar os 19 anos da morte de Miles Davis? É o que estou fazendo. Miles foi tocar o seu trompete divino para os anjos lá em cima no dia 28 de setembro de 1991, vítima de insuficiência respiratória. Ele tinha 65 anos. Tempo suficiente para deixar umas coisinhas por aí, como "Kind of blue" (1959), "E.S.P." (1965), "Filles de Kilimanjaro" (1968), "Bitches brew" (1970), "Live-evil" (também de 70)... Precisava de mais alguma coisa? É por isso que a gente tem que se lembrar sempre de Miles Davis.



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Eu me lembro que no mesmo dia em que levei pra casa o "Strangeway, here we come", eu comprei também o "Music for the masses", do Depeche Mode. E qual não foi a minha surpresa ao constatar, essa semana, que ambos os discos foram lançados no mesmo dia: 28 de setembro de 1987. O Depeche Mode é aquele tipo de banda que eu nunca sei dizer qual é o melhor álbum. Tudo depende do meu estado de espírito. Ultimamente ando mais para "Songs of faith and devotion" (1993) e "Exciter" (2001) do que para "A broken frame" (1982), por exemplo. Mas a minha música preferida do Depeche Mode nunca muda. E o seu nome é "Never let me down again", faixa de abertura de "Music for the masses", que, aliás, ainda conta com outros clássicos, como "Strangelove", "Behind the wheel" e "Little 15". Com muitas guitarras (uma novidade no som do Depeche Mode), esse sexto trabalho do Depeche Mode é um dos álbuns mais vendidos da banda, com quase oito milhões de cópias espalhadas pelo mundo.



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Dia 28 de setembro de 1987. Essa foi a última oportunidade que os fãs do The Smiths tiveram para correr a uma loja e comprar, no dia do lançamento, um álbum da banda de Manchester. "Strangeway, here we come" foi o último disco de canções inéditas de uma das bandas mais amadas da história do rock. Formado por Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce, o Smiths passava por problemas de relacionamento - especialmente entre Moz e Marr, dois geniozinhos pra lá de geniosos. O canto do cisne do conjunto alcançou o segundo posto da parada britânica de discos, e continha clássicos como "Last night I've dreamt that somebody loved me", "I started something I couldn't finish", "Girlfriend in a coma" e "Rush and a push and the land is ours". Foi o primeiro e último álbum do Smiths que tive o prazer de comprar na semana do lançamento.



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Mais umazinha dele??



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Eu vou dizer que tem uns artistas que eu sinto saudade de verdade. E são aqueles que sempre me diziam algo com suas letras. Chorei semanas a morte de Renato Russo. Não porque estava perdendo a Legião Urbana. Na verdade, eu sentia que estava perdendo uma espécie de irmão mais velho. Outro artista que aconteceu isso foi Tim Maia. Para mim, o mais impressionante nele era a sua capacidade de agradar (e conquistar) todas as classes sociais. Todo mundo gostava do Tim Maia. E não tinha como não gostar dele. Nelson Motta, que o conheceu muito bem, escreveu a seguinte introdução em seu livro "Vale tudo - O som e a fúria de Tim Maia": "Minha filha ganhou um gatinho e contei a Tim que ela ia dar o seu nome ao bicho. Ele adorou: 'Já sei, porque é preto, gordo e cafajeste!' O gato era cinzento, magrinho e carinhoso, e só nos deu amor e alegria". Tim Maia estaria completando 68 anos hoje.

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Ô saudade!

23 de set. de 2010

Ray Charles, John Coltrane, Bruce Springsteen, Paulo Ricardo, The Fall, Alice In Chains, Depeche Mode, Neil Young, Partimpim, Cake, Caetano Veloso

Ah, eu tinha que finalizar o post de hoje com ele novamente, né??



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Caetano Veloso vai gravar DVD e CD ao vivo de seu show "Zii e Zie", no Vivo Rio, no dia 08 de outubro. Seguindo o mesmo esquema de "Cê ao vivo", a pista da casa de shows estará livre para os fãs, ou seja, sem mesas e sem cadeiras. A pista custará R$ 40,00 a inteira, e R$ 20,00 a meia. Preço bacaninha. Eu vi a estreia do show, no Canecão, no ano passado, e foi bem legal. Pena Caetano ter escolhido logo o dia 08 de outubro, quando terá a concorrência da Dave Matthews Band e do Bon Jovi, aqui no Rio. Mais informações no site do Vivo Rio.

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Vocês se lembram do Cake? Eu tenho uma vaga recordação de coisas como "Never there", "Frank Sinatra" e a versão de "I will survive". E ainda vi um show deles em algum Free Jazz da vida. Pois bem, após seis anos, o Cake ataca novamente. O nome da nova música é "Sick of you", e, sei não, parece que ela já nasceu velha...



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Será lançado na primeira semana de novembro o novo DVD da Adriana Partimpim, "Dois é show". O grande destaque do repertório é "Um leão está solto nas ruas", que não faz parte de nenhum dos dois álbuns de estúdio lançados por Partimpim. Além do DVD, o pacote trará um CD com o áudio da apresentação, que foi gravada no Vivo Rio. As faixas de "Dois é show" são as seguintes: "Baile partimcundum", "Menina, menino", "Saiba", "Ciranda da bailarina", "Alface", "Canção da falsa tartaruga", "O trenzinho do caipira", "As borboletas", "Alexandre", "O homem deu nome a todos os animais", "Um leão está solto nas ruas", "Gatinha manhosa", "Oito anos", "Bim bom", "Lig-lig-lig-lé", "Lição de baião" e "Baile partimcundum". Também farão parte do pacote os videoclipes de "Fico assim sem você", "Baile partimcundum", "O trenzinho do caipira" e "Gatinha manhosa". Ao que parece, o DVD do antológico show "Maré" nunca será gravado mesmo... Pena.

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Vamos matar mais um pouquinho de saudades?



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Quer ouvir o novo álbum do Neil Young, inteirinho, "Le noise", em primeira mão, cinco dias antes do lançamento oficial? É só clicar aqui.

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Conforme eu já tinha adiantado aqui nessa semana, o Depeche Mode confirmou hoje o lançamento do DVD/CD/BD "Tour of the universe - Live in Barcelona", para o dia 08 de novembro. Gravado no Palau St Jordi - ginásio onde a seleção brasileira de vôlei masculino ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1992, o vídeo traz o registro de 21 músicas, gravadas entre os dias 20 e 21 de novembro do ano passado, além de alguns extras, como um documentário da turnê ("Inside the universe"), videocipes de quatro faixas de "Sounds of the universe" (2009), ensaios filmados em Nova York (de "Wrong" e "Walking in my shoes"), e os sete screen films dirigidos por Anton Corbijn, especialmente para a turnê. "Tour of the universe - Live in Barcelona" será lançado em três formatos: DVD duplo + CD duplo, DVD simples (só com o show) + CD duplo e BD duplo. As 21 faixas do show são as seguintes: "In chains", "Wrong", "Hole to feed", "Walking in my shoes", "It's no good", "A question of time", "Precious", "Fly on the windscreen", "Jezebel", "Home", "Come back", "Policy of truth", "In your room", "I feel you", "Enjoy the silence", "Never let me down again", "Dressed in black", "Stripped", "Behind the wheel", "Personal Jesus" e "Waiting for the night". Ainda haverá quatro músicas extras filmadas nas duas apresentações: "World in my eyes", "Sister of night", "Miles away / The truth is" e "One caress".

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O Alice In Chains lançou um novo videoclipe. "Lesson learned" é uma das melhores faixas de "Black gives way to blue" (2009). E o clipe também está bem bacana. Olha aí:



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Na minha listinha com os meus (100?) álbuns prediletos ever, eu incluo, fácil, fácil, "This nation's saving grace", do The Fall, uma das mais importantes bandas do pós-punk britânico. Lançado em 1985, o nono álbum da banda chegou apenas ao 54º posto da parada britânica, mas, certamente, é o mais importante do The Fall. Tanto que a Spin o elegeu um dos cem mais importantes do período 1985-2005. A relação de faixas de "This nation's saving grace" é a seguinte: "Mansion", "Bombast", "Barmy", "What you need", "Spoilt victorian child", "L.A.", "Gut of the quantifier", "My new house", "Paintwork", "I am Damo Suzuki" e "To Nkroachment: Yarbles". E, hoje, exatos 25 anos após o seu lançamento, esse clássico continua rodando sempre por aqui.



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Do rock internacional para o brasileiro, agora é a vez de homenagear o jornalista Paulo Ricardo, que também foi líder do primeiro fenômeno do BRock, o RPM. Nascido a 23 de setembro de 1963, Paulo Ricardo, atualmente... Bom, confesso que não sei qual o projeto musical de Paulo Ricardo atualmente. Volta e meia, ele surge com algo novo: ressuscita o RPM, grava músicas românticas, monta o PR5, grava clássicos do Rock Brasil ou então músicas em espanhol. Enfim... Uma carreira com os seus altos e baixos. E o maior "alto" certamente foi a turnê "Rádio pirata", que originou o álbum ao vivo de mesmo nome, e que vendeu mais de dois milhões de cópias - até hoje, é um dos mais vendidos de todos os tempos no Brasil. E, coincidentemente, essa turnê, dirigida por ninguém menos que Ney Matogrosso, começou exatamente no dia 23 de setembro de 1985.



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Agora vamos partir para o rock? É bom, porque hoje, Bruce Springsteen sopra 61 velinhas. Eu não entendo porque existe uma barreira tão grande entre Springsteen e o Brasil. Ele é um dos artistas que mais vende disco e ingresso de show nos Estados Unidos e na Europa. Por aqui, parece que não acontece muito. Sinto um certo preconceito, na verdade. Talvez seja porque ele é parecido com o Rambo, sei lá... Ou então ele tenha ficado marcado com "Born in the U.S.A.". "Nacionalista chato", diriam alguns - pelo menos os que não entenderam que, na verdade, a letra era uma crítica ácida aos Estados Unidos, por conta da Guerra do Vietnã. De minha parte, sei que ele compôs algumas das maiores pérolas do rock, como "Born to run", "Dancing in the dark", "Out in the street", "The rising", "Badlands", "Thunder road"... E seus shows não duram menos do que três horas, como mostram os seus últimos DVDs "Live in Barcelona" (2003) e "London calling: Live in Hyde Park" (2010). O cara é um monstro.



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Às vezes eu me pergunto: "tem dias que as coisas conspiram, né"? Hoje é um deles. Saca só quem nasceu no dia 23 de setembro de 1926: John Coltrane. Se eu tiver que citar apenas uma obra de sua autoria, fico com "A love supreme" (1964), uma verdadeira oração em forma de música. É aquele tipo de música que a gente tem certeza que o artista alcançou o nirvana. Que o artista justifica a sua existência. Poxa, eu poderia realmente falar muita coisa aqui de John Coltrane, certamente o meu ídolo do jazz. Mas o tempo é escasso. Então, veja aí embaixo uma das minhas coisas favoritas...



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Bom dia, pessoal! Muito bom começar assim, né? E hoje não poderia ser diferente. Nesse 23 de setembro, celebramos os 80 anos de nascimento de um dos gênios da raça: Ray Charles. Grande pianista, cantor fenomenal, compositor, Ray Charles era completo. Como se não bastasse a infância sofrida, ele ainda ficou cego aos sete anos de idade. Acredito que essa cegueira que tenha alimentado a sua genialidade - assim como a de Stevie Wonder. Seu canto é daquele tipo que vem do fundo da alma. Do fundo da alma de um negro da Geórgia. Do fundo da alma de um negro cego da Geórgia. Do fundo da alma de Ray Charles.

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20 de set. de 2010

Wander Wildner, Ben Webster, Ozzy, Bowie, Sophia Loren, The Drums, MSP, Radiohead, Paralamas, Amy, Pet Shop Boys, U2, Depeche Mode, Waldir Azevedo

Trinta anos sem Waldir Azevedo. Um "Brasileirinho" em homenagem a ele!



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O site de fãs do Depeche Mode Home anunciou que a banda está preparando um registro da "Tour of the universe", a ser lançado em novembro. Segundo o site, o show escolhido foi o de Barcelona, em novembro do ano passado (não se sabe se o do dia 20 ou 21). Haverá três versões do show: DVD simples + CD duplo, DVD duplo + CD duplo e Blu-ray duplo. Além da apresentação (repertórios aqui), o vídeo trará um documentário de 40 minutos de duração, dirigido por Anton Corbijn, além dos videoclipes de "Wrong", "Peace", "Fragile tension" e "Hole to feed". De acordo com o mesmo site, há a probabilidade de o Depeche Mode também lançar um álbum de remixes no ano que vem.

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Parece que o U2 vai aproveitar os 20 anos de "Achtung baby" (a serem completados em novembro do ano que vem) para relançar o álbum. Segundo o cantor John Vanderslice, a banda irlandesa está remasterizando o clássico disco de 91, em uma sala ao lado da sua em um estúdio na cidade de Los Angeles. A revelação foi feita através do Twitter. O U2 já vem, faz algum tempo, relançando os seus álbuns em versões remasterizadas e expandidas. Pela ordem natural das coisas, "Achtung baby", de fato, seria o próximo da fila. E material extra desse álbum é que não falta.

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Sai no dia 01º de novembro a nova coletânea do Pet Shop Boys, "Ultimate Pet Shop Boys". Segundo o site oficial da dupla, o CD englobará 19 faixas em ordem cronológica de lançamento, de "West End girls" a "Love etc" - o repertório completo ainda não foi definido. Se você pensou: "mais uma coletânea do Pet Shop Boys?? Não compro!", terá um bom motivo para já reservar uma cópia: o DVD extra, que traz nada menos que 27 números gravados em programas da BBC, além da apresentação integral no festival de Glastonbury, que aconteceu em junho desse ano. São quatro horas de material visual.

A relação de faixas do DVD é a seguinte:
Ao vivo na BBC: "West End Girls", "Love Comes Quickly", "Opportunities (Let's Make Lots Of Money)", "Suburbia", "It's A Sin", "Rent", "Always On My Mind", "What Have I Done To Deserve This?", "Heart", "Domino Dancing", "Left To My Own Devices", "So Hard", "Being Boring", "Can You Forgive Her?", "Liberation", "Paninaro '95", "Se a vida é", "A Red Letter Day", "Somewhere", "I Don't Know What You Want But I Can't Give It Anymore", "New York City Boy", "You Only Tell Me You Love When You're Drunk", "Home And Dry", "I Get Along", "Miracles", "Flamboyant" e "I'm With Stupid".

Glastonbury 2010: "Heart", "Did You See Me Coming?", "Love Etc", "Pandemonium", "Building A Wall", "Go West", "Two Divided By Zero", "Why Can't We Live Together?", "New York City Boy", "Always On My Mind", "Closer To Heaven", "Left To My Own Devices", "Do I Have To?", "King's Cross", "Jealousy", "Suburbia", "What Have I Done To Deserve This?", "All Over The World", "Se A Vida É", "Viva La Vida"/"Domino Dancing", "It's A Sin", "Being Boring" e "West End Girls".



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Ao que parece, a relação entre Amy Winehouse e Mark Ronson azedou de vez. Segundo a cantora, o produtor do álbum "Back to black" (2006) "está morto". "Ronson, você está morto para mim. Eu escrevo um álbum, e você pega metade do crédito - fazer uma carreira assim? Eu acho que não", escreveu Amy em seu Twitter, nesse fim de semana. Ronson estava trabalhando no novo álbum de Amy Winehouse, que deve chegar às lojas no ano que vem. Vale lembrar que foi a partir de "Back to black", produzido por Ronson, que Amy Winehouse se tornou conhecida.

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Pela foto acima, parece um box mais não é. "Arquivo 3", novo álbum dos Paralamas do Sucesso, que chega às lojas nos próximos dias, é uma coletânea que contempla a fase pós-acidente de Herbert Vianna, entre 2002 e 2009 - nesse período, foram lançados três álbuns de estúdio e dois ao vivo. Diferentemente das outras duas edições de "Arquivo", não há nenhuma faixa inédita nesse terceiro volume - no "Arquivo I" (1990), os Paralamas lançaram "Caleidoscópio", e no "II" (2000), "Aonde quer que eu vá". A relação de faixas de "Arquivo 3" é a seguinte: "A lhe esperar", "Cuide bem do seu amor", "2 A", "O calibre", "Quanto ao tempo", "Na pista", "Seguindo estrelas", "De perto", "Mormaço" (com Zé Ramalho), "Soldado da paz", "Que país é este" (as duas com Dado Villa-Lobos) e "Selvagem / Polícia" (com os Titãs).

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O baixista do Radiohead, Colin Greenwood, publicou um artigo, no site Index of Censorship, sobre a indústria fonográfica. Mas o melhor mesmo foi quando ele escreveu que o Radiohead acaba de completar "mais um grupo de músicas". A expressão "grupo de músicas" (ao invés de "álbum") não foi à toa. Greenwood ainda não sabe como as tais novas canções serão lançadas. Após o lançamento de "In rainbows" (2007), pelo qual os fãs poderiam pagar, na internet, o preço que considerassem justo, a banda ainda quer descobrir uma "melhor forma de levar a sua música aos fãs".

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O Manic Street Preachers lança novo álbum hoje, e o primeiro single, "(It's not war) Just the end of love", já está em alta rotração aí pela internet. "Postcards from a young man" não tem previsão de lançamento no Brasil. Um videoclipe do primeiro single também foi lançado hoje, mas, em todos os sites de vídeo onde procurei, o conteúdo está bloqueado para o Brasil. Ficamos então com a versão ao vivo da mesma canção, apresentada na semana passada, no programa de Jools Holland.



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Uma das grandes sensações desse ano, a banda The Drums perdeu o seu guitarrista. Adam Kessler deixou a banda nesse fim de semana por motivos não explicados. A banda de Nova York publicou um comunicado em seu site, no qual se diz "devastada". Atualmente, o Drums está no meio de uma turnê pelos Estados Unidos, que não será interrompida. O nome do guitarrista-substituto é Tom Haslow. A banda ainda não confirmou se ele será efetivado a membro-oficial.

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E sabe quem faz 76 anos hoje? A grande atriz italiana Sophia Loren. É difícil os norte-americanos pagarem pau para algum artista que não tenha nascido em seu país. Mas para Sophia Loren eles pagam. Também, pudera. A mulher fez algumas dezenas de filmes clássicos (como "A queda do império romano", "O homem de La Mancha", "Quo vadis?" e "El Cid"), era linda e atuava magistralmente. Até um Oscar (em 1962) ela conseguiu faturar, com o filme "Duas mulheres", de Vittorio De Sica e Cesare Zavattini. E o melhor é que, volta e meia, Sophia Loren ainda dá as caras em alguma telona por aí.



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Olha, um dos primeiros shows que assisti na minha vida foi o de David Bowie, na Praça da Apoteose, aqui no Rio de Janeiro. E confesso que fiquei surpreso ao constatar que hoje faz 20 anos que aconteceu esse show. A turnê era a "Sound and vision", na qual Bowie apresentava os seus maiores sucessos. Os roteiros eram absurdos de bom e variavam noite a noite. Na Apoteose, por exemplo, ele começou com "Space Oddity", e terminou com a dobradinha "The Jean Genie / "Gloria", esta segunda de Van Morrison. No ano passado, escrevi um texto mais detalhado com algumas lembranças desse show. Caso seja do interesse, basta clicar aqui. Já o vídeo abaixo não é do show na Apoteose, mas de um em Tóquio, da mesma turnê. Poucos dias após o show no Rio, a Rede Globo passou um especial com os melhores momentos. Eu não tenho mais essa fita de vídeo. E parece que ninguém tem, porque não encontrei nada no YouTube...



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Na última sexta-feira, eu escrevi aqui no blog sobre os 19 anos do lançamento de "No more tears", de Ozzy Osbourne. E eu jamais imaginava que voltaria a falar do Príncipe das Trevas tão rapidamente. Mas o motivo é nobre. Sabe o porquê? Hoje, dia 20 de setembro de 2010, faz 30 anos que "Blizzard of Ozz", primeiro álbum solo de Ozzy Osbourne, chegou às lojas. Ninguém imaginava (e nem o Ozzy) que, após a sua expulsão do Black Sabbath, o seu primeiro álbum solo faria tanto sucesso. Aliás, muito mais sucesso do que qualquer álbum posterior da sua ex-banda. "Blizzard of Ozz" contém algumas das canções mais fortes do cantor, como "Goodbye to romance", "Crazy train" e "Mr. Crowley". E os méritos não são só de Ozzy Osbourne. O finado guitarrista Randy Rhoads ajudou a formatar o som da carreira solo do cantor. A banda ainda contava com Bob Daisley (baixo) e Lee Kerslake (bateria). Pena que, alguns anos após o seu lançamento, "Blizzard of Ozz" teve que ser recolhido das lojas. Isso porque, Bob e Lee ajuizaram uma ação, pedindo uma participação nas vendas. Ozzy (com toda a razão) não quis, eis que eles eram músicos contratados, e o álbum acabou sendo recolhido das lojas. Só que a sua esposa, Sharon Osbourne, teve a "brilhante" ideia de relançar o álbum com o baixista Robert Trujillo e o baterista Mike Bordin refazendo as partes que, originalmente, cabiam a Bob e Lee. Óbvio que ninguém gostou. Agora, parece que Ozzy Osbourne e seus antigos músicos estão chegando a um acordo. E é possível que "Blizzard of Ozz" (assim como o sucessor "Diary of a madman", de 1981, e que passou pelo mesmo problema) volte às lojas no ano que vem. Ficamos na torcida.



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"The Brute". "Frog". Ou Ben Webster. Independentemente do nome ou do apelido, ele foi um dos grandes jazzistas de todos os tempos. Um dos maiores nomes do saxofone tenor, Webster estourou tocando na orquestra de Duke Ellington. Ficou por lá entre 1935 e 1943 para, depis, seguir a sua carreira. Ben Webster sempre gostou de compartilhar. E, não à toa, os seus três grandes álbuns foram gravados em dupla com outros grandes jazzistas: "Coleman Hawkins encounters Ben Webster" (1957), "Ben Webster meets Oscar Peterson" (1959) e "Gerry Mulligan meets Ben Webster" (1959). Clássicos. E hoje faz 37 anos que o "Frog" pulou para o andar lá de cima.



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Bom, como você já devem ter sentido, hoje é o Dia do Gaúcho! Aeee... Parabéns a todos os gaúchos. E, olha, coincidentemente, quem faz aniversário hoje é o grande gaúcho Wander Wildner, nascido em Venâncio Aires, a 20 de setembro de 1959. Wander, que era itegrante d'Os Replicantes, teve grande importância para o punk no Brasil. Atualmente, ele segue em carreira solo. O seu último álbum foi "La canción inesperada", lançado em 2008.



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