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2 de out. de 2010

Mike Rutherford, Sting, Radiohead, Morumbi, Rock Hudson, Orlando Silva, Calcanhotto, Elis, Emilinha, Tired Pony, Roger Waters, Muse, Lulu, Peanuts 60

Peanuts 60! A primeira tirinha, de 02 de outubro de 1950:


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UMA MÚSICA PRO FIM DE SEMANA: "Papo cabeça", do Lulu Santos. A minha música predileta do Lulu, e que está presente agora em seu "Acústico MTV II". Mas a versão original do "Honolulu" (1990) é melhor...



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Leitores da revista Total Guitar elegeram o riff de guitarra de "Plug in baby", do Muse, o melhor da década. O Muse também aparece na quinta posição da enquete, com "Knights of Cydonia". O top 10 foi o seguinte:
1. "Plug in baby" (Muse)
2. "Slither" (Velvet Revolver)
3. "Afterlife" (Avenged Sevenfold)
4. "The dark eternal night" (Dream Theater)
5. "Knights of Cydonia" (Muse)
6. "No one knows" (Queens Of The Stone Age)
7. "Seven nation army" (The White Stripes)
8. "Halo" (Machine Head)
9. "Mr. Brightside" (The Killers)
10. "Beast and the harlot" (Avenged Sevenfold)



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Roger Waters está sendo criticado por grupos semitas, por conta de um vídeo em seu novo show. Na atual turnê, Waters interpreta o álbum "The wall" (1980) na íntegra. E durante "Goodbye blue sky", um vídeo mostra um avião despejando dólares e Estrelas de Davi como se fossem bombas. Você pode tirar as suas conclusões com o vídeo abaixo.



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Fazia uns dois dias que estava procurando o vídeo do Tired Pony no programa do David Letterman. Finalmente encontrei. Vale a pena. Gostei muito dessa banda.



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Emilinha Borba ou Marlene? Essa era a "guerra" no programa César de Alencar. Aqui, eu fico com a Emilinha Borba. Pelo menos hoje. Já são cinco anos de saudade. Emilinha morreu no dia 03 de outubro de 2005.



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Acredite se quiser, mas houve um tempo em que as emissoras de TV transmitiam programas dedicados à Música Popular Brasileira. E eu estou falando de emissoras abertas, hein?? Bom, amanhã vai fazer 30 anos que um dos grandes momentos da história da televisão brasileira foi ao ar. Estou falando do especial "Elis Regina Carvalho Costa", dentro da série "Grandes Nomes", dirigida por Daniel Filho. Ontem eu revi esse DVD da Elis Regina. Queria destacar algo aqui no blog hoje. Mas ficou difícil. Qual foi o grande momento? O sorriso de Elis enquanto canta "O bêbado e a equilibrista" naquele período de "quase" reabertura? As lágrimas escorrendo em seu rosto durante a interpretação de "Atrás da porta", que vale como uma facada no estômago? A brincadeira de roda com músicos, bailarinos e plateia na emocionante "Redescobrir"? O beijo carinhoso no ombro de César Camargo Mariano durante "Modinha"? Elis se despedindo cantando "Fascinação"? Poderia realçar qualquer desses momentos aqui no blog. Mas, para mim, nada supera esse aqui...



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Amanhã é dia de dar os parabéns a Adriana Calcanhotto, uma das grandes cabeças da Música Popular Brasileira. Eu digo "cabeça" porque Adriana Calcanhotto não é só uma boa cantora. Aliás, eu a considero mais uma produtora do que uma cantora, da mesma forma que Nara Leão. Os seus álbuns são sempre muito bem pensados, com conceitos definidos. E é isso que eu mais admiro nos artistas. Adriana Calcanhotto completa 45 anos amanhã, ao mesmo tempo que coloca nas lojas o CD/DVD "Dois é show!". Mas eu ainda espero o DVD do "Maré". Será que algum dia sai??



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Vamos partir agora para os fatos importantes do dia 03 de outubro? Siiiiiim, responde o auditório. Bom, então vamos começar por Orlando Silva, que estaria comemorando 95 anos nesse domingo. Orlando Silva, com o seu estilo de cantar, plantou a primeira semente da Bossa Nova. E não sou eu quem disse isso não, mas João Gilberto. O "cantor das multidões", como era conhecido, cantou macio grandes clássicos da Música Popular Brasileira, como "Carinhoso" (de João de Barro e Pixinguinha), "Curare" (Bororó), "Rosa" (de Otávio de Sousa e Pixinguinha) e, a minha predileta, "Lábios que beijei" (de J. Cascata e Leonel Azevedo). Orlando Silva fez a transição perfeita entre os cantores de "dó de peito" e o canto suave da Bossa Nova. Ele morreu aos 62 anos, no dia 07 de agosto de 1978, por conta de um acidente cárdio-vascular.



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Muitos dos meus ídolos morreram de Aids, a praga que devastou parte da cultura na década de 80. Há 25 anos, as pessoas não sabiam direito do que se tratava a tal doença. A ignorância era tanta que alguns a chamavam de "câncer gay", ou seja, uma doença exclusiva dos homossexuais. A coisa ficou mais preocupante ainda no dia 02 de outubro de 1985, quando o ator norte-americano Rock Hudson morreu vitimado pela Aids. Ator famoso, ao morrer, Hudson acendeu a luz vermelha para as pessoas que ainda não tomavam cuidado, e achavam que a doença era brincadeira. Mas já era tarde. Muita gente já estava infectada. E, naquela época, a Aids era um atestado de óbito mesmo. Os meus heróis não morreram de overdose. Morreram de Aids.



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Agora vou falar só um pouquinho de futebol, porque um dos templos sagrados do esporte bretão (sempre tive vontade de escrever "esporte bretão") faz 50 anos hoje. Estou falando do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, ou Morumbi, para os íntimos. Eu não sou íntimo do Morumbi (então não posso nem chamá-lo de Morumba), nunca vi nenhum jogo de futebol lá. Mas já vi alguns shows: U2, AC/DC, Madonna... E em novembro estarei lá de novo para ver o Paul McCartney. O Morumbi, que hoje é o quarto maior estádio do país, tem capacidade para 68 mil pessoas. E o primeiro jogo lá realizado (exatamente no dia 02/10/1960) foi São Paulo contra Sporting, de Portugal. Os donos da casa venceram por um a zero, gol de Peixinho.



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Eu me lembro bem do dia em que comprei "Kid A", do Radiohead. Coloquei para rodar imediatamente no CD-player do carro. À época, fui um dos poucos que gostei. E gostei muito. Confesso que tenho uma queda por coisas muito estranhas. E "Kid A", pelo menos quando foi lançado, era considerado muito "estranho". Tive que defender com unhas e dentes o disco do Radiohead em um grupo que tinha para ouvir discos. Ninguém gostou. Muitos não conseguiram nem passar de "Everything in its right place" - para mim, a melhor música do Radiohead. Enfim, hoje é engraçado que muitas dessas pessoas acham o "Kid A" genial. Um período de dez anos pode mudar muita coisa mesmo. E "Kid A" chegou às lojas no dia 02 de outubro de 2000.



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E hoje também é dia de dar os parabéns ao Sting, que faz 59 anos, com carinha de 29. Bom, o que é que eu vou falar do Sting aqui, gente? Bom, os últimos discos dele estão beeeem chatinhos. Esse negócio de gravar música inglesa medieval e também os seus sucessos em arranjos sinfônicos... Sei não, mas acho que o último grande álbum do Sting foi "Brand new day", láááá de 1999. Inclusive, quando ele veio aqui no Rock in Rio 3, ele estava divulgando esse álbum. Foi um bom show, embora muita gente tenha reclamado da ausência de "Every breath you take". Depois disso, teve a reativação do The Police. Mais uma vez, não faltou crítica. Eu achei animal. Vi quatro shows da turnê, todos sensacionais. E, volta e meia, o BD "Certifiable" rola aqui pelas madrugadas. Hum, boa ideia para hoje...



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Ah, chegou o sabadão, hein? Nossa, vocês não imaginam a quantidade de coisa legal que tenho pra escrever aqui no blog hoje. É aquele tipo de dia que dá até gosto trabalhar. Então vamos começar logo. E vamos começar pelo grande guitarrista do Genesis, Mike Rutheford, que hoje completa 60 anos. Aliás, ele não é só o guitarrista, mas um dos fundadores de uma das bandas mais importantes do rock progressivo. Rutherford também gravou dois álbuns solo no início da década de 80 e outros oito com a banda Mike + The Mechanics.

16 de set. de 2010

Lupicínio Rodrigues, B.B. King, Charlie Byrd, Andrea Beltrão, Faith No More, Planeta Terra, Duffy, Slash, Genesis, Pink Floyd, Roger Waters, Radiohead

Já imaginou "Paranoid android", do Radiohead, enquanto você joga "Super Mario Bros."? Aqui embaixo:



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E por falar em Pink Floyd, Roger Waters estreou ontem, em Toronto, a sua nova turnê, na qual apresenta a íntegra do álbum "The wall". Ov ídeo abaixo, de "Run like hell", foi o melhorzinho que encontrei no YouTube. Enjoy!



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O baterista Nick Mason revelou que deseja fazer mais um show com o Pink Floyd. Em entrevista ao Sky News, Mason explicou que "seria bom" que o Pink Floyd fizesse um último show de despedida. "Poderíamos fazer algo parecido com o que foi feito no Live 8", disse. O baterista ainda demonstrou o desejo de que essa derradeira apresentação seja acústica.

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Em entrevista a Billboard, Phil Collins disse que muito (mas muito mesmo) dificlmente o Genesis voltará a se reunir. "Acho que o Genesis acabou. Não me vejo mais fazendo shows com o Genesis. Não porque eu não goste ou não queira. Mas não cabe mais na minha vida. Quero ficar com os meus filhos, e tenho outros interesses", explicou o vocalista/baterista. "Além disso, não consigo mais tocar bateria. Fiz isso a minha vida toda, e agora estou aproveitando outras coisas", completou. O novo álbum solo de Phil Collins, "Going back", chegou às lojas brasileiras nessa semana.

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Acho que os fãs do Slash vão gostar de ver esse vídeo aqui...



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A cantora Duffy anunciou alguns detalhes de seu segundo álbum "Endlessly", que chegará às lojas no dia 29 de novembro. O primeiro single, "Well, well, well", será lançado no dia 21 de novembro. "Endlessly" é o sucessor de "Rockferry", o álbum mais vendido na Grã-Bretanha em 2008. No mundo todo, o disco vendeu 6,5 milhões de cópias, além de ter faturado três Brit Awards e um Grammy. A maior parte das faixas foi composta por Duffy e Albert Hammond Snr, pai do guitarrista dos Strokes, Albert Hammond Jnr. "My boy", "Don't forsake me", "Lovestruck" e "Breath away" são os nomes de algumas das faixas de "Endlessly".

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O Planeta Terra fechou a sua lista de atrações, e divulgou a ordem dos shows, nos dois palcos. O festival acontece no dia 20 de novembro em São Paulo. E os ingressos já estão esgotados. Acho que a mancada dos organizadores foi ter colocado o show do Hot Chip no mesmo horário do Pavement.

Main Stage:
16:00 / 17:00 - Mombojó
17:30 / 18:30 - Novos Paulistas
19:00 / 20:00 - Of Montreal
20:30 / 21:30 - Mika
22:00 / 23:00 - Phoenix
23:30 / 01:00 - Pavement
01:30 / 03:00 - Smashing Pumpkins

Indie Stage:
16:00 / 16:40 - República
17:00 / 18:00 - Hurtmold
18:30 / 19:30 - Holger
20:00 / 21:00 - Yeasayer
21:30 / 22:30 - Passion Pit
23:00 / 00:00 - Hot Chip
00:40 / 01:40 - Empire of the Sun
02:00 / 03:30 - Girl Talk 3rd band


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A notícia ruim de hoje é que o Faith No More anunciou o último show de sua carreira. E ele acontecerá no dia 05 de dezembro, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile. Essa mesma turnê passou pelo Brasil (e pelo Chile também) em novembro de 2009. O tecladista Roddy Bottum escreveu, em seu twitter, que seria "estranho" a banda lançar um álbum de inéditas após 10 anos. Pena. Mas bem que o Faith No More pdoeria aproveitar para fazer uma despedida no Brasil também. É tão pertinho do Chile...

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Partindo para a televisão e para o cinema, agora é hora de dar os parabéns a atriz Andrea Beltrão (16/09/1963), também conhecida como Marilda (ou Marilza, segundo o Paulão da Regulagem), naquela "Grande Família". Mas bem antes de ser a Marilda, Andrea Beltrão fez outros pápéis bacanas, como a inesquecível Zelda Scott ("Armação ilimitada"), Radical Chic (no programa de mesmo nome), Lisa ("A viagem") e Úrsula ("Pedra sobre pedra"). E isso sem contar com as participações em filmes como "Bete Balanço", "Garota dourada", "Rock estrela" e "Pqueno dicionário amoroso".



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Olha só que curioso: teve um outro grande mestre que nasceu no mesmo dia que B.B. King. Charlie Byrd também faria 85 anos hoje. Guitarrista e violonista ligado ao jazz, Byrd foi um dos artistas norte-americanos que melhor fez a ponte do jazz com a Bossa Nova. O álbum gravado ao lado de Stan Getz, "Jazz Samba" (1962), é fundamental para que se entenda o que representou a Bossa Nova nos Estados Unidos. Byrd ainda gravou outros álbuns influenciados pela Bossa Nova, como "Once More! Bossa Nova" (1963) e "Brazilian Byrd" (1965). Byrd morreu no dia 02 de dezembro de 1999, aos 74 anos de idade.



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Desde que anunciou a sua "aposentadoria", acho que já assisti a uns dois shows dele. Ainda bem. B.B. King não consegue ficar longe de seus fãs. E os fãs não conseguem ficar longe de B.B. King. Vi o último show dele, nesse ano, aqui no Rio, e fiquei impressionado com tanta devoção (por parte da plateia e do músico). Tudo bem, uma apresentação de B.B. King não é mais como nos velhos tempos. Hoje, elas são mais curtas, B.B. King tem que ficar sentado o tempo inteiro e, claro, ele não canta como antigamente. Mas se não canta como antigamente, ele continua tocando a sua guitarra como nunca. "Why I sing the blues?", "The thrill is gone", "Everyday I have the blues", "Let the good times roll"... É sempre um deleite escutar essas canções com B.B. King. E, hoje, o mestre do blues completa 85 anos de idade. Aposentadoria? Ah, espera mais uns 15 anos, por favor.



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Bom dia pessoal! E hoje o dia promete, hein... Agenda lotada e um bando de coisa pra resolver. Então, vamos em frente. O dia começou com Lupicínio Rodrigues, o grande compositor gaúcho, que nasceu a 16 de setembro de 1914. A propósito, estava lendo ontem, que hoje é o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Sei não, mas acho que todo dia deveria ser o dia da preservação da camada de ozônio. Caso contrário, estamos fritos. Literalmente.

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19 de jul. de 2010

De partir o coração

Boa tarde, pessoal! Bom, disse que ia viajar, mas não ia deixar de dar as minhas postadas. Partilho aqui com vocês uma dor no coração.

Desde pequeno, nunca quis saber de loja de brinquedos. Meu negócio sempre foi loja de discos. Modern Sound, Gabriela, Kaele, Breno Rossi, Gramophone, Hi-Fi (com os seus letreiros em neon vermelho), Aky Discos... Fora do Brasil, tinha a HMV (uma a praticamente cada esquina de Londres e de NY), a Tower Records (símbolo de NY), a Virgin (em várias cidades dos Estados Unidos), a sensacional Fame (em Amsterdã, não sei se ainda existe), a Ricordi (em Roma e Milão, que era cheia de bootlegs maravilho$o$), e por aí vai...

Um dia, deve ter um ano, li uma coluna do Ruy Castro na Folha, na qual ele dizia que já devia ter deixado um apartamento na Modern Sound, mas não se arrependia. Não sei se cheguei a deixar um apartamento nas lojas de disco que citei acima. Mas alguma boa grana eu deixei. E uma das principais foi a Virgin Megastore, especialmente a da Times Square, em Nova York. Meu primeiro CD do Oasis (quando "Rock n'roll star" nem tocava no Brasil) foi comprado lá. A coleção completa dos Rolling Stones também. O "Pop" (U2) e o "Pulse" (Pink Floyd) foram comprados no dia do lançamento, quando a loja ficava aberta até depois da meia-noite, e as filas dobravam a esquina. Descobri "Goodbye yellow brick road", do Elton John, também em alguma prateleira da Virgin. Johnny Cash, Horace Silver, Bob Dylan, Beach Boys, The Byrds, Genesis... E acho que poderia ficar o dia inteiro citando outros artistas e discos que comprei lá.

Voltei a Nova York essa semana pela primeira vez depois que a Virgin fechou. E a cena partiu o meu coração.

O que era assim:



Ficou assim:


Precisa dizer mais alguma coisa?

23 de mai. de 2010

Resenhando: Keane, Knebworth, Guns n’ Roses, Martinho da Vila, Hole

“Night train” – Keane
Confesso que quando o Keane lançou “Perfect symmetry”, em 2008, fiquei surpreso. O Keane não era das minhas bandas prediletas. Imitação por imitação, ficava com o Coldplay, que, por sua vez, imita outras bandas que imitam outras, e por aí vai, afinal nada se cria, tudo se copia, mesmo. Nada contra a banda seguir o estilo da moda, mas achei bem interessante a guinada do Keane para algo mais dançante em seu álbum de 2008. E o que é que “Night train”, novo álbum (na verdade, um EP com oito faixas) poderia apresentar de bom? Infelizmente, muito pouco. “Night train” é um passo para trás na carreira do Keane. Esqueça canções bacanas como “Lovers are losing” ou “Spiralling”. Em “Night train”, você vai ouvir uma vinheta sem graça (“House lights”), rap – sim!!! rap!!! – em “Stop for a minute” e “Looking back” (ambas com a participação do canadense K’Naan) e uma balada sem inspiração como “My shadow”. Para não dizer que nada se salva, “Back in time” e “Your love” ainda trazem um eco do bom Keane, assim como “Clear skies”, uma canção pop honesta, mas, nada mais do que isso. Tomara que “Night train” tenha sido apenas um pequeno desvio de rota.

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“Live at Knebworth” – Vários
Eu devia ter uns 11 anos de idade, quando ganhei o LP duplo “Live at Knebworth”, comprado no Carrefour pela minha mãe. Naquele tempo, em que eu nem sonhava em baixar o que quisesse na internet, um disco com sucessos de Dire Straits, Robert Plant, Eric Clapton, Elton John, Paul McCartney, Pink Floyd e Genesis era tudo o que mais queria. Ouvi o disco até gastar. Gastar mesmo. O LP trazia os melhores momentos do festival anual que acontecia em Knebworth. A edição registrada no álbum tinha acontecido em 1990, e foi especial porque juntou a maior parte dos artistas que já havia faturado o prêmio Silver Clef. Esse mesmo show que tinha saído em LP ganhou, mais tarde, edição em VHS e, ainda mais tarde, em DVD. Mas agora chegou às lojas o CD duplo. Lógico que o DVD é mais vantajoso. Mas o CD tem um valor especial para esse carinha que escreve essas mal traçadas. Durante anos e anos, ele ouviu esse disco imaginando como foram esses shows. E talvez eles tenham sido mais legais na cabeça dele do que no DVD. Por isso, ele ainda com o CD.

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“In New York – Live at the Ritz 1988” – Guns n’ Roses
Esse show também tem um valor sentimental para mim. Eu me lembro que, às vésperas do Rock in Rio II (em 1991), quando a MTV brasileira ainda engatinhava, essa apresentação do Guns n’ Roses em Nova York passava umas cinco vezes por dia. Era Axl Rose, Slash & Cia. em sua melhor forma, logo após o lançamento do animalesco “Appetite for destruction”. O DVD mostra uma banda em seu auge, no ano de 1988, com toda a fome de palco do mundo – bem diferente do Sr. Axl de hoje. O repertório é paulada atrás de paulada: “It’s so easy”, “Mr. Brownstone”, “Welcome to the jungle”, “Paradise city” e “Knockin’ on heaven’s door”, que, mais tarde, seria definitivamente gravada pela banda no álbum “Use your illusion II” (1991). Pena que a imagem do DVD não seja lá essas coisas. Tomara que o Guns n’ Roses, um dia, ainda lance esse show de forma oficial. Merece. E é bem melhor do que qualquer um que Axl Rose e sua nova banda fizeram nos últimos 15 anos.

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“Poeta da cidade – Martinho canta Noel” – Martinho da Vila
Martinho da Vila, Rildo Hora, Elifas Andreato, Mart’nália, músicos como Beto Cazes, Cristóvão Bastos, e canções de... Noel Rosa. Tinha como dar errado? Claro que não. “Poeta da Cidade – Martinho canta Noel” já é um dos melhores álbuns da rica discografia de Martinho da Vila. O maior mérito do trabalho foi não ter caído na obviedade de escolher os maiores sucessos de Noel Rosa para o repertório. Lógico que “Último desejo” (com a voz um pouco empostada demais de Maira Freitas), “Fita amarela” (com ótima intervenção de Aline Calixto) e “Três apitos” (com a dispensável participação de Patricia Hora) fazem parte do álbum. Por outro lado, podemos relembrar (ou conhecer) pérolas não muito conhecidas de Noel, como “Seja breve” (talvez a melhor faixa do álbum), “Minha viola” (brejeira com a participação de Mart’nália, que também colocou voz em “Rapaz folgado”) e “Cidade mulher”, faixa perfeita para o encerramento de um álbum quase perfeito.

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“Nobody’s daughter” – Hole
Tem umas bandas que acabam e quase ninguém sente falta. O melhor mesmo seria que elas ficassem enterradas para sempre. Mas algumas insistem. E o Hole é uma delas. Liderada por Courtney Love, viúva de Kurt Cobain, a banda não apresenta absolutamente nada de novo em “Nobody’s daughter”, primeiro álbum do Hole desde 1998. Tivesse Courtney se preocupado mais em compor coisas interessantes nesses 12 anos de hiato, o álbum poderia ser melhor. Mas não. Ocupada em fazer cagadas com a imagem de seu falecido marido, ela continua apresentando canções que mais parecem sobras do último álbum do Hole. Caso tivesse sido lançado dez anos atrás, “Nobody’s daughter” poderia ainda ter alguma relevância, mas, hoje, quase nada se salva nesse álbum, como a faixa-título e “For once in my life”, que ainda trazem algo –ainda que pouco – de novo. E o pior é que, no fundo, no fundo, a própria Courtney Love desse saber disso.

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Em seguida, o videoclipe de “Clear skies”, faixa do álbum “Night train”, do Keane.

26 de ago. de 2008

TERCEIRO BOX COM A OBRA DO GENESIS JÁ ESTÁ NO FORNO

O Genesis revelou hoje detalhes da terceira e última caixa que cobre a sua carreira completa. De acordo com as informações constantes no site oficial da banda, a caixa “Genesis: 1970-1975” seguirá o mesmo estilo das duas anteriores, incluindo as versões remasterizadas (em estéreo e em 5.1 surround) dos cinco primeiros álbuns do grupo, bem como DVDs com uma variedade de extras, como trechos de shows, performances para a televisão e novas entrevistas com os integrantes da banda.

Os cinco discos que farão parte do box serão os seguintes: “Trespass”, “Nursery Cryme”, “Foxtrot”, “Selling England By The Pound” e “The Lamb Lies Down On Broadway”.

Mas o supra-sumo da caixa será o CD bônus com faixas raras jamais lançadas anteriormente. “Extra Tracks 1970 to 1975” contém quatro faixas gravadas em 1970 para uma trilha sonora de um documentário sobre a vida do pintor Mick Jackson. Tanto o filme quanto às gravações da trilha foram abortadas, e essas quatro faixas (que nunca haviam visto a luz do dia) foram o que sobrou das sessões.

O DVD que acompanhará o álbum “Selling England By The Pound” será outro ponto alto da caixa, com mais de uma hora e meia de imagens de apresentações realizadas pela banda durante um show na França e em um programa para a televisão italiana.

O box chegará às lojas européias no dia 10 de novembro.

As faixas do CD de raridades são as seguintes:
1) “Happy The Man” (7” Single)
2) “Twilight Alehouse” (B-side – “I Know What I Like”)
3) “Going Out To Get You” (Demo)
4) “Shepherd” (BBC Nightride)
5) “Pacidy” (BBC Nightride)
6) “Let Us Know Make Love” (BBC Nightride)
7) “Provocation” (Genesis Plays Jackson)
8) “Frustration” (Genesis Plays Jackson)
9) “Manipulation” (Genesis Plays Jackson)
10) “Resignation” (Genesis Plays Jackson)

23 de jul. de 2008

CLASSIC ROCK ROLL OF HONOUR NOMEIA OZZY OSBOURNE “LENDA VIVA DO ROCK”

A organização do Classic Rock Roll Of Honour anunciou hoje, os indicados deste ano para os seus seis prêmios, que serão entregues no dia 03 de novembro, em Londres. A organização também confirmou uma homenagem a Ozzy Osbourne, que ganhará o título de lenda viva do rock, No ano passado, o guitarrista Jimmy Page faturou o mesmo prêmio.

E por falar em Page, o Led Zeppelin, tendo em vista a sua apresentação no ano passado, vai concorrer a três prêmios: Melhor banda de rock, Melhor DVD e Evento do ano.

Outros dinossauros do rock, como Iron Maiden, Kiss, Pink Floyd e AC/DC concorrem a prêmios. Outras bandas nem tão antigas, como The Black Crowes e Foo Fighters também vão participar da cerimônia.

A lista completa dos indicados está logo abaixo:

Banda revelação:
Airbourne
Big Linda
Endeverafter
Pride Tiger
Stone Gods
StoneRider

Álbum do ano:
Big Linda – “I Loved You”
Black Crowes – “Warpaint”
Joe Bonamassa – “Sloe Gin”
Alice Cooper – “Along Came A Spider”
Def Leppard – “Songs From The Sparkle Lounge”
Journey – “Revelation”
Opeth – “Watershed”
Stone Gods – “Silver Spoons And Broken Bones”
Uriah Heep – “Wake The Sleeper”
Whitesnake – “Good To Be Bad”

Banda do ano:
Def Leppard
Foo Fighters
Kiss
Led Zeppelin
Whitesnake

Relançamento do ano:
Love – “Forever Changes: Collector's Edition”
Lynyrd Skynyrd – “Street Survivors: Deluxe Edition”
Metallica – “1st Three Albums: Vinyl Reissues”
Pink Floyd – “Piper At The Gates Of Dawn 40th Anniversary Edition”
Wishbone Ash – “Argus”
Yardbirds – “Over Under Sideways Down”

DVD do ano:
AC/DC – “Plug Me In”
The Doors – “Classic Albums”
Genesis – “When In Rome”
Jimi Hendrix Experience – “At Monterey”
Led Zeppelin – “The Song Remains The Same”
The Who – “Amazing Journey”
ZZ Top – “Live From Texas”

Evento do ano:
Hard Rock Hell
Iron Maiden's World Tour
Kiss at the Download Festival
Led Zeppelin at The 02 Arena
Whitesnake/Def Leppard Tour

20 de jun. de 2008

O ‘TOUR DE FORCE’ DO GENESIS EM UM DESLUMBRANTE CENÁRIO

Um dos momentos mais marcantes do mundo da música em 2007 foi o retorno da banda The Police. Mas o que acabou passando despercebido para muita gente, foi que outro grande dinossauro do rock se reuniu para uma enorme turnê, também no ano passado, para engordar os cofrinhos de seus integrantes. A banda, no caso, é o Genesis, que, a despeito de a reunião ter sido incompleta (faltaram Steve Hackett e Peter Gabriel), fez uma grande turnê pela Europa e Estados Unidos.

Seguindo a idéia de bandas como Pearl Jam e The Who, a banda fechou contrato com uma empresa que comercializa pela internet os CDs de todas as apresentações da turnê. Assim, para documentar a turnê com um produto oficial nas lojas de disco, a banda teve a inteligente idéia de selecionar os melhores momentos de cada apresentação e agrupar tudo em um CD duplo – “Live Over Europe”. Agora, com alguns meses de atraso, é a vez do DVD “When In Rome”, que, como o próprio título diz, foi filmado na cidade de Roma, mais especificamente no belo Circo Massimo, com as vistas deslumbrantes da cúpula do Vaticano e do Coliseu. Esse cenário, juntamente com um público de mais de meio milhão de pessoas, faz com esse DVD seja um dos mais deslumbrantes já lançados, ainda mais levando-se em conta a sempre competente direção de David Mallet.

“When In Rome”, na verdade, é uma caixa, com três DVDs embalado em uma luxuosa edição digipack em papelão, que ainda conta com um bonito encarte cheio de fotos. O concerto com quase três horas de duração está dividido nos dois primeiros discos, enquanto o terceiro traz o excelente documentário “Come Rain Or Come Sine”, que, em duas horas de duração mostra os bastidores da turnê de forma extremamente detalhada. E isso sem contar com os extras dos outros dois discos. Cada canção tem direito a um pequeno extra (cada um com uma média de quatro minutos de duração) que mostra os ensaios, bem como reuniões da banda com a equipe técnica de cenógrafos e iluminadores.

Assim como o CD, o DVD traz a roteiro completo da “Turn It On Again Tour”, que se manteve idêntico tanto na Europa como nos Estados Unidos. Um dos grandes diferenciais dessa turnê do Genesis, em comparação às anteriores “We Can’t Dance” (1992) e “Invisible Touch” (1986), é o fato de a banda ter incluído sucessos de todas as fases de sua carreira. Desde canções da fase progressiva, como “Firth Of Fifth”, “I Know What I Like” (um exemplo de comunhão do artista com o seu público), “In The Cage” e “Carpet Crawlers” (do clássico “The Lamb Lies Down On Broadway”), passando pelas canções mais românticas e leves da década de 70 (“Follow You, Follow Me”, “Afterglow”, “Ripples”), o pop dos anos 80 (“Land Of Confusion”, “Turn It On Again”, “Invisible Touch”, “Home By The Sea”) e as músicas do início da década de 90 (“I Can’t Dance”, “Hold On My Heart” e “No Son Of Mine”).

Phil Collins já descartou a idéia dessa turnê ter sido realmente a derradeira do Genesis. Ele já afirmou que pode ser que ocorra mais uma, e até deu a entender que Peter Gabriel e Steve Hackett possam retornar à banda. Mas, de fato, apesar de algumas pessoas torcerem o nariz quanto ao roteiro dos shows, a banda fez um verdadeiro “tour de force” em cima da sua imensa obra. E isso é um grande mérito.

Esta turnê do Genesis foi considerada a maior de 2007, em termos de produção, com o palco mais ‘estiloso’ da história dos grandes concertos, que conseguiu ser grandioso sem soar cafona.
Abaixo, a canção “Carpet Crawlers”, clássico do álbum “The Lamb Lies Down On Broadway”, e que encerrou a apresentação.

Cotação: *****



22 de mai. de 2008

PRESTES A LANÇAR DVD GRAVADO EM ROMA, GENESIS FALA SOBRE O SEU FUTURO

A banda inglesa Genesis se prepara para o lançamento do DVD “When In Rome”, que traz o concerto completo realizado no Circo Massimo para mais de meio milhão de pessoas. O DVD triplo ainda contém um documentário sobre a turnê – “Come Rain Or Come Shine” –, com duas horas de duração, que a retrata do seu início ao final. O vídeo tem previsão de chegar aqui no Brasil na primeira semana de junho. Nos Estados Unidos, sairá no dia 10 de junho, com venda exclusiva nas lojas Wal-Mart.
A banda também está estudando a possibilidade de lançar registros de shows antigos em seu site. Mas já está confirmado que sai ainda esse ano a terceira caixa com os discos antigos do Genesis remasterizados. O box vai trazer os álbuns do início de carreira da banda inglesa, de “Trespass” (1970) até “The Lamb Lies Down On Broadway” (1974). Todos os CDs virão com um DVD bônus com imagens da época.
Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutheford concederam uma entrevista à Rolling Stone, cuja íntegra você lê abaixo.

A turnê foi um imenso sucesso, mas existia algo dentro de você que dizia que as coisas não poderiam correr bem pelo fato de vocês não estarem muito presentes na mídia?
Tony Banks: Nós estávamos com muito medo disso. Quando tivemos a idéia da turnê sabíamos que na Europa ia ser bom, mas não tínhamos noção do formato, se os shows seriam em teatros ou algo do tipo. Finalmente o nosso ‘promoter’ disse que poderíamos fazer uma turnê em grandes estádios. Ele estava muito confiante e fez algumas pesquisas de que isso poderia ser o caminho. Colocamos os ingressos a venda e eles foram vendidos muito rapidamente.

No documentário que consta no DVD, você ensaiaram “In Too Deep”, mas decidiram não executá-la nos shows. Existem outras canções que vocês ensaiaram mas não entraram no show?
Phil Collins: Nós tentamos várias, mas tínhamos que ver como o ritmo do show ia funcionar. Uma vez que a turnê não era muito grande, quando você encontra esse ritmo certo, é normal que você acabe abrindo mão de algumas coisas. Apesar de termos ensaiado outras canções, inclusive tivemos a intenção de tocar “In Too Deep” na perna norte-americana, nós decidimos continuar o mesmo roteiro da Europa, já que ele estava funcionando tão bem.

Por que vocês não levaram a turnê para a América do Sul ou para o Japão?
Phil Collins: Seria legal a gente fazer a América do Sul e o Japão ao invés de Europa e Estados Unidos [risos]. Foi algo pessoal mesmo. Eu tentei travar um pouco a coisa simplesmente porque, sem entrar em maiores detalhes, eu tenho duas crianças e não queria ficar longe delas. Na Europa era mais fácil porque eles podiam me visitar a cada duas semanas.

Por que vocês escolheram o show de Roma para o DVD?
Tony Banks: Foi um show realmente muito especial para nós. O concerto foi gratuito no Circo Massimo, que é um local internacionalmente conhecido, com meio milhão de pessoas assistindo. O tempo estava maravilhoso, sem claridade. Nós decidimos assim porque foi um show único na turnê. Algumas das tomadas dos vídeos, quando você vê o horizonte de Roma, é fantástico. Querendo ou não, toda a cidade de Roma ouviu o show, porque estávamos bem no meio da cidade.

Eu li alguns anos atrás que quando vocês conversaram com Peter Gabriel acerca da possibilidade de uma turnê que teria uma espécie de telão projetando imagens computadorizadas de vocês mais jovens. A tecnologia iria imitar todos os movimentos corporais e as expressões faciais quando vocês executassem “The Lamb Lies Down On Broadway”. Vocês poderiam falar mais sobre o conceito dessa provável turnê de reunião?
Mike Rutherford: Nós tivemos um encontro há quatro anos e veio essa idéia de fazer uma versão do “The Lamb Lies Down On Broadway”, com o Peter Gabriel e o Steve Hackett. Somente alguns shows. “The Lamb…” é um álbum muito visual e como poderíamos fazer muita coisa com esses telões, a gente pensou em algo muito especial. A dúvida era, a partir do momento em que “The Lamb…” é sobre um rapaz porto-riquenho e Peter Gabriel é um senhor inglês, seria difícil fazer essa montagem. Uma idéia que tivemos foi tentar trabalhar com a tecnologia, em que os movimentos de Gabriel no palco seriam sincronizados no telão, com um rosto mais jovem.
Tony Banks: Não me recordo desses detalhes todos. Nós estávamos abertos à idéia mesmo antes de iniciarmos nossa última turnê. É algo que, quem sabe, poderia acontecer sim. Se Peter Gabriel tivesse realmente vontade de fazer, certamente conversaríamos sobre isso. Ele é um homem muito ocupado, ultimamente. Ele esteve entre os cem principais ‘Homens do Ano’ da revista ‘Time’. Ele tem várias outras coisas para fazer no momento. Um espetáculo do “The Lamb Lies Down On Broadway”, 35 anos depois, certamente não é uma de suas prioridades.

Quais seriam as chances reais de uma turnê com Peter Gabriel e Steve Hackett acontecer nos próximos cinco ou dez anos?
Tony Banks: Acho que teria uns 23,5% de chances de ela acontecer.
Mike Rutherford: Eu não tenho idéia. Minha linha é “nunca diga nunca”.
Phil Collins: Considerando que há quatro anos tivemos essa conversa e desde então, ele não lançou álbum algum e nem saiu em turnê, eu penso que os dez anos seriam o tempo mínimo em termos reais. Eu não penso que faremos isso nos próximos dez anos. Se fizermos, estaremos todos em cima do palco, com os rostos de jovens porto-riquenhos [risos].

Existe alguma possibilidade de vocês três comporem músicas inéditas novamente?
Mike Rutherford: Não há nada planejado. Nunca digo nunca. Nós discutimos a idéia e gostamos do nosso processo de composição. É muito excitante o jeito que o Genesis escreve suas canções, começando sem música alguma, apenas fazendo ‘jams’. Um álbum é uma estrada que você pega e não pode parar. Quem sabe?

Existe a possibilidade de novos shows do Genesis, com vocês três?
Mike Rutherford: Nunca digo nunca, mas não há nada planejado.

Eu estava entrevistando Braan Dailer, da banda de metal Mastodon e ele me disse que o Genesis era a sua banda predileta e que Phil Collins era uma de suas maiores influências, além de sempre se inspirar na bateria de “The Lamb…” para as canções do Mastodon. Você conhece essa banda?
Phil Collins: Não, mas vou me informar. Existem pessoas em várias bandas que você jamais vai dizer que eles têm o Gensis como influência. Isto porque eles cresceram ouvindo a gente e acabam se envolvendo com outro tipo de música quando ficam mais velhos, mas as influências originais, de qualquer forma, estarão lá, o que é muito legal. Eu vou ouvir esse grupo.

Phil, eu li que Akon e Pharrell Williams gostariam de trabalhar contigo. Você está aberto para essa idéia?
Phil Collins: Sim, estou ciente disso. Se eu fizer algo, obviamente gostaria de tê-los envolvidos, ao menos para ver o que acontece. Mas, atualmente, não estou fazendo nada. Eu detesto começar a ‘rolar uma bola’ e não ter ninguém para pegá-la. Eu fico lisonjeado que eles tenha expressado esse interesse publicamente, arriscando suas carreiras [risos]. Tudo é possível e certamente vou pensar nisso, se eu pensar em gravar algo.

Vocês podem nos dizer quais os planos para o futuro?
Mike Rutherford: Não tenho muita coisa planejada neste momento. Eu trabalhei com o ‘Mike and the Mechanics’ durante muito tempo. Mas não há realmente nada planejado.
Tony Banks: Quatro anos atrás eu gravei um disco orquestral com a Filarmônica de Londres. Eu realmente gostei muito disso. E recentemente, eu me encontrei escrevendo coisas nessa área novamente. É o que quero fazer: um outro trabalho orquestral. Eu aprendi muito sobre isso ultimamente.

Phil, existe a possibilidade de um novo disco solo?
Phil Collins: Não em um futuro previsível. No momento estou envolvido em construção de modelos de estradas para as crianças. Ou para mim… Estou construindo um modelo de estrada no porão de minha casa. Parece-me que é uma obsessão. Realmente não existe um único quarto para música no momento, em minha casa. Tenho certeza que quando as estradas já estiverem quase prontas, eu irei para o meu pequeno estúdio. Eu tenho uma ou duas coisas terminadas e uma ou duas coisas que estão sendo cozinhadas, mas nada que ainda possa ser considerado um álbum.

Eu li que você está colecionando artefatos do “Alamo”. Qual é a coisa mais legal que você possui nessa coleção?
Phil Collins: Eu tenho todos os tipos de coisas. Tenho rifles, balas de canhão. Eu adquiri um machado outro dia, e alguns documentos. Agora estou fazendo algumas coisas, não eu propriamente… Correndo atrás de outros materiais. É uma coisa da minha infância que eu posso fazer na minha vida adulta porque tenho dinheiro para isso. É tudo muito caro.

13 de mai. de 2008

RÁPIDAS

A banda Slipknot lançará um novo álbum no dia 12 de agosto, quatro anos após o lançamento do último disco, “Vol. 3: (The Subliminal Verses)”. Em depoimento à Billboard, o vocalista Corey Taylor disse que não sabe “se o mundo está preparado para esse álbum”. O disco ainda não terminou de ser gravado, e os nomes das canções não foram divulgados.

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Ozzy Osbourne e Metallica serão as atrações principais do “Ozzfest” deste ano. O festival acontecerá no dia 09 de agosto, no Pizza Hut Park, na cidade de Dallas, Texas. Pela primeira vez – em um total de 12 edições – o “Ozzfest” não será um festival itinerante, que passará por várias cidades. E, ao contrário do ano passado, a entrada não será gratuita.

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A banda canadense Arcade Fire está gravando a trilha sonora do filme “The Box”, do diretor Richard Kelly, e estrelado por Cameron Diaz. Kelly não confirma, mas o produtor Markus Dravs disse ao site Pitchfork que “após as gravações de ‘Viva La Vida’, do Coldplay, agora estou trabalhando com o Arcade Fire em uma trilha sonora do próximo filme de Richard Kelly”. No momento, o filme está em fase de edição e não há previsão de estréia.

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Jay-Z disse que merece respeito de outros artistas. A declaração foi dada pelo fato de Noel Gallagher, guitarrista do Oasis, ter criticado a escalação do rapper para fechar o famoso festival de Glastonbury. “Nós não tocamos guitarra, Noel, mas o hip-hop é um gênero musical como qualquer outro. O fato de eu ser o ‘headliner’ do festival é somente uma progressão natural. O rap ainda está evoluindo. Nós temos que respeitar todos os outros gêneros musicais e andar para frente”, afirmou Jay-Z.

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A briga entre Morrissey e o semanário inglês New Musical Express teve um novo round. Na semana passada, coincidentemente, o ex-vocalista do The Smiths e o editor da revista, Conor McNicholas, fizeram reservas, no mesmo hotel em Los Angeles. O porta-voz de Morrissey explicou a situação ao gerente do hotel, que acabou por expulsar o editor do NME. Na sua última edição, o NME agradeceu ao cantor pelo fato de seu editor ter ficado em uma suíte melhor e um outro hotel. Em dezembro do ano passado, Morrissey processou o semanário inglês por difamação, alegando que o NME teria deturpado declarações de Morrissey, dando a entender que ele tinha preconceito contra imigrantes no Reino Unido.

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Mick Hucknall deixou de lado a sua banda Simply Red e está gravando o seu primeiro álbum solo. O disco se chamará “Tribute To Bobby” e trará clássicos do soul originalmente gravados por Bobby 'Blue’ Bland. “Stormy Monday Blues” e “Cry Cry Cry” serão duas das faixas do disco, que tem previsão de lançamento para a semana que vem, no exterior. Haverá também uma versão dupla, com um DVD documentando os bastidores das gravações. No mês de junho, Hucknall inicia turnê pela Inglaterra.

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Chegou hoje às lojas, a coletânea “Perfil” (Som Livre), do Charlie Brown Jr.. As 16 canções do CD cobrem toda a carreira da banda santista, com destaque para os seus maiores sucessos, como “Proibida Pra Mim”, “Zóio de Lula” e “Papo Reto”. Outras bandas brasileiras de rock também já marcaram presença na série “Perfil”, como Os Paralamas do Sucesso, Los Hermanos e, mais recentemente, Cidade Negra.

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Sairá ainda nesse mês no Brasil, o box de DVDs “When In Rome”, do Genesis. Serão um total de três DVDs, incluindo o concerto completo realizado no Circo Massimo, em Roma, no dia 14 de julho do ano passado, para mais de 500 mil pessoas. No repertório, sucessos de todas as fases da carreira da banda, como “Turn It On Again”, “Hold On My Heart” e “I Know What I Like”. No pacote, mais três horas de documentário sobre a turnê que rodou a Europa e os Estados Unidos no ano passado. Abaixo, a canção “No Son Of Mine”, que fará parte do DVD.