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11 de ago. de 2011

Uma antiga e uma nova do The National; o dia que o rock atravessou a Cortina de Ferro; as sessões do LCD; e a capa de disco mais espetacular de todas.



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Vou começar me desculpando pelo sumiço de ontem. Eu sei que pouca gente notou, então nem vou me preocupar tanto. Mas, para compensar, escolhi uma música de uma banda que eu adoro, o The National, para começar o dia. O show que rolou no Circo Voador, em maio, já está na minha lista de melhores do ano. Foi antológico. Poucas vezes vi uma comunhão tão grande entre artista e plateia. "Runaway" (logo aí acima) foi a primeira música do setlist. Já dá para ter uma noção de como foi esse show...

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E hoje, 11 de agosto, é o Dia da Televisão. Isso porque, hoje também é dia de Santa Clara, a padroeira da televisão. Reza a lenda que lá por volta do ano 1250, Santa Clara já estava velha demais para ir à missa. Entretanto, ela a acompanhava de seu quarto, já que as imagens da cerimônia se projetavam em sua parede. E assim nasceu o primeiro “programa de televisão” da história.



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Essa música também merece ser lembrada hoje...



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Quem complete 55 anos é o ex-baterista do Ramones, Richie Ramone. Ele ficou pouco tempo na banda. Saiu brigado com os outros integrantes porque entendia que deveria ganhar uma participação com a venda do merchandising da banda, tipo camisetas – e quanta gente não veste as camisetas dos Ramones, por aí? Richie gravou três álbuns na banda: “Too tough to die” (1984), “Animal boy” (1986) e “Halfaway to sanity” (1987).



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Ah, mudando completamente de estilo musical, vocês sabem qual música estava no topo da parada da Billboard 25 anos atrás?? Essa aqui:



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No dia 11 de agosto de 1989, o rock atravessou a Cortina de Ferro através do Moscow Music Peace Festival, que aconteceu no Lenin Stadium, com presença de 120 mil pessoas em cada uma das duas noites do evento. O Moscow Music Peace Festival, que promoveu a “paz mundial”, bem como “a luta contra o tráfico de drogas” na Rússia, contou com bandas ícones essencialmente do rock farofa, como Cinderella, Skid Row, Mötley Crüe e Bon Jovi. Ozzy Osbourne (com Geezer Butler no baixo) e os veteranos alemães dos Scorpions fecharam o elenco estrangeiro, que ainda teve a banda russa Gorky Park. O baterista Jason Bonham, filho do lendário John Bonham (Led Zeppelin) se juntou aos integrantes de todas as bandas, no final do evento, para relembrar “Rock and roll", clássico da banda de seu pai. Uma curiosidade é que, durante o festival, pela primeira vez, foi permitido que o público ficasse de pé e dançasse em um show de rock na antiga União Soviética.





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A indicação de hoje é o álbum “London sessions”, o último trabalho do LCD Soundsystem, lançado agora no Brasil. Faz poucos meses que James Murphy anunciou o fim das atividades da banda. Uma pena, porque nesse cenário chamado ridiculamente de “indie”, o LCD era uma das poucas bandas que tinha algo interessante a apresentar. Esse “London sessions” é o canto do cisne, um resumo da turnê de despedida da banda gravado em um estúdio – mas ao vivo, sem muitas maquiagens. Ou seja, o LCD Soundsystem aqui está cru e mais vibrante ainda. Como ele merece ser ouvido. “London sessions” faz um resumão dos três álbuns de estúdio lançados pela banda (o auto-intitulado, de 2005, “Sound of silver”, de 2007, e “This is happening”, de 2010). É um estilo greatest hits live. Tudo o que os fãs curtem está no CD: de “Daft Punk is playng at my house” a “Drunk girls”, passando por “Al my friends”, faixa do álbum “Sound of silver” (2007), e deve ter deixado o New Order com um pouquinho de inveja.



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DROPS:







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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

• O show completo, completinho do Foo Fighters no festival de Lollapalooza:



Prince se apresentando no festival Sziget, na Hungria, para a gente já ir se preparando para o show histórico que acontecerá aqui no Rio, no dia 27 de agosto. O show teve 13 (eu disse 13!!) músicas no bis, e Prince teve que voltar ao palco 4 (eu disse 4!!) vezes:



• A nova música do novo projeto de Noel Gallagher. Ela se chama “The good rebel”, e é a melhor (não) faixa do Oasis em alguns anos:



• “Exile, vilify”, a nova música do The National, e que fará parte da trilha sonora do videogame (isso, eu disse videogame!!) Portal 2:



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Essa aí em cima é a capa de “Fetus”, novo álbum do Flaming Lips - e poderia ser de outra banda?? O feto é de goma comestível. Dentro dele está o pen drive com três músicas: “Enthusiasm for life defeats existential fear Part 2”, “Steven’s moonbow” e “Squishy glass”.

Impressionante o que os artistas estão fazendo para vender discos...

29 de out. de 2010

Frankie Goes to Hollywood, Lídia Brondi, Van Der Sar, Rolling Stones, Pixies, Slash+Fergie, Cee-Lo Green, Nirvana

Olha só o que está voltando...



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É possível alguém se suicidar duas vezes??



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Bem diferente é esse trechinho liberado do próximo videoclipe de Cee-Lo Green, "Bright lights bigger city": música boa e videoclipe bacana.



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"Beautiful dangerous" é o novo videoclipe do Slash, com a participação especial de Fergie. Na boa, música caída e videoclipe caído, hein...



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Para comemorar o lançamento de seu novo site oficial, o Pixies está dando de presente para os fãs o download gratuito do show realizado na edição 2004 do festival de Coachella 2004. A apresentação, que contou com 20 músicas em 60 minutos, pode ser baixado aqui. A banda promete abastecer o site semanalmente com novos shows, mas o download destes será pago. O primeiro, e que já está disponível, é um concerto realizado na cidade de Manchester, em 1988.

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Por conta do lançamento de seu livro "Life", Keith Richards não sai da mídia. Em entrevista à revista alemã Stern, o guitarrista garantiu que o Rolling Stones volta aos palcos no ano que vem. Ele também disse preferir que os shows sejam realizados em salas de espetáculo menores, ao invés de grandes estádios. (Comentário nada a ver: Hahahaha... Imagina um show dos Stones na Via Funchal?) Richards afirmou que, nesse formato, seria possível fazer várias apresentações em uma mesma cidade. Pelo jeito, a turnê vai durar uns cinco anos então...

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Vou partir para o futebol porque agora quero homenagear um dos melhores goleiros que já vi jogar, e que hoje fica quarentão. Edwin van der Sar ganhou tudo o que competiu, menos a Copa do Mundo (azar da Copa do Mundo, não??). Gigante das traves, o goleirão holandês brilhou no Ajax, na Juventus, no Fulham e no Manchester United. A fama foi conquistada no Ajax, time pelo qual foi quatro vezes campeão holandês, e ainda faturou a Liga dos Campeões da Europa (edição 1994/95), uma Copa da UEFA (1991/92), uma Supercopa Européia (1995/96) e o Campeonato Mundial de Clubes de 1995. Pelo Manchester United, foram três campeonatos ingleses, uma Copa da Liga Inglesa, três Supercopas da Inglaterra, uma Liga dos Campeões da Europa e um Campeonato Mundial de Clubes, em 2008. Cá pra nós, nem precisava ganhar Copa do Mundo, né?



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Já que estou falando tanto da minha infância hoje, vou lembrar d uma das atrizes mais gatas que já vi atuar: Lídia Brondi. E não é que aquela gata está fazendo 50 anos hoje?? Não sei como ela anda hoje em dia. Infelizmente, Lídia Brondi deixou a carreira artística de lado para se dedicar à psicologia. Se eu não gostasse tanto do meu analista, eu iria procurá-la. Juro... Engraçado que Lídia Brondi fez três novelas que me marcaram muito: "Roque Santeiro" (de 1985, ela era a única personagem da novela que Sinhozinho Malta respeitava), "Vale tudo" (1988) e "Tieta" (1989). Filha do pastor Jonas Resende, ela é casada com o ator Cássio Gabus Mendes. E eu tive a sorte de ser aluno do seu irmão, Laércio, o melhor professor de português que tive na minha vida.



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Ah, hoje é dia de falar de um dos álbuns que mais ouvi na minha infância. Eu tenho um primo mais velho que eu trocava muito disco quando era criança. E era tipo assim: ele se ligava mais em rock internacional, e eu, em nacional. Tipo, deixava um "Dois", da Legião Urbana na casa dele, e levava um "The works", do Queen. Ou então deixava um "Selvagem?", dos Paralamas do Sucesso, e trazia para casa um "Welcome to the pleasuredome", do Frankie Goes To Hollywood. Pra ser sincero, nem sei se cheguei a devolver esse álbum duplo para o meu primo. Foi um dos vícios da minha infância. E hoje ele completa 26 aninhos de idade. Hum, bons tempos...



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Você já viu homem voar? Não, né? Então deixa eu contar uma história pra vocês. Hoje eu comecei a postar cedo porque simplesmente não dormi. Veja só: estava correndo no calçadão ontem à noite, ouvindo David Bowie, parara, parara, quando, depois de uns cinco quilômetros, uma pedra (tipo aquela da poesia do Drummond) se materializou na minha frente. Os segundos seguintes foram surreais... Catei cavaca por uns 70 metros, até que desisti de tentar me equilibrar e me esborrachei no chão. Resultado: pernas, braços e mãos todas arrebentadas. Um senhor ainda veio me levantar, e a frase que ele me disse me trouxe de volta à realidade: "Ainda bem que você conseguiu colocar a mão na frente, porque sua cabeça ficou a uns quinze centímetros do meio-fio"... Pode acreditar, mas cada tecla digitada aqui dói pra cacete. E olha só o que eu estava ouvindo exatamente na hora em que "levantei voo"...



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"Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo"

("Livros" - Caetano Veloso)

Lindo, não? O Dia Nacional do Livro não poderia passar em branco por aqui. O livro que, várias vezes, é o meu melhor amigo. Pena que os brasileiros leiam tão pouco. Também em um país onde é mais barato comprar um livro importado do que um nacional, isso não chega a ser uma surpresa. Os impostos são altíssimos e ninguém faz nada para melhorar a situação. Mas o que podemos esperar de um país cujo presidente diz se orgulhar de nunca ter lido um livro, né?

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25 de out. de 2010

Pelé, Roberto Menescal, Jon Anderson, Rob Halford, Coldplay, Buffalo Sprigfield, Jeff Beck, Ronson+Michael Jackson, Nine Inch Nails, Gregory Isaacs


(Gregory Isaacs - 15/07/1951 / 25/10/2010)

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O Nine Inch Nails anunciou que vai relançar o seu álbum de estreia, "Pretty hate machine", que saiu, originalmente, em 1989. O vocalista Trent Reznor afirmou que ele próprio remasterizou o áudio para trazer uma experiência melhorada ao ouvinte. "Nos divertimos muito visitando esse nosso velho amigo. Esperamos que vocês gostem", escreveu Reznor no site da banda. O relançamento ocorrerá no dia 22 de novembro.

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A BBC noticiou hoje que o produtor Mark Ronson (responsável por "Back to black", de Amy Winehouse) está trabalhando em um lançamento futuro envolvendo o nome de Michael Jackson. O disco traria canções inéditas do astro que morreu no ano passado. Travie McCoy, lídero do The Gym Class Heroes disse à BBC Newsbeat que Ronson teria confirmado a história a ele. Já Ronson desconversou: "McCoy é um menino travesso. Eu não posso falar nada. Eu nem sei se tenho autorização para abrir a minha boca sobre esse assunto." No próximo dia 22 de novembro, será lançado o DVD triplo "Vision", com todos os 40 videoclipes gravados por Michael Jackson.

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Prestes a se apresentar no Brasil, Jeff Beck lança mais um álbum ao vivo nos próximos dias. "Live and exclusive from the Grammy Museum" foi gravado em abril, e conta com oito músicas. São elas: "Corpus Christi carol", "Hammerhead", "Over the rainbow", "Brush with the blues", "A day in the life", "Nessun dorma", "How high the moon" e "People get ready". O lançamento (físico e na loja virtual da iTunes) acontecerá no dia 01º de novembro.

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BUFFALO SPRINGFIELD AGAIN: Demorou 42 anos, mas o Buffalo Sprigfield se reuniu novamente em cima de um palco, nesse fim de semana. Stephen Stills, Neil Young e Richie Furay se apresentaram no Bridge School Benefit, festival beneficente organizado por Young. A última apresentação da banda havia acontecido no dia 05 de maio de 1968, na Long Beach Arena.



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Quer tirar um soninho? Um estudo feito na Grã-Bretanha pela Travelodge (um grupo de cadeias de hotéis) revelou quais artistas que mais dão sono nas pessoas. O grande vencedor foi o Coldplay, seguido de perto por Michael Bublé e Snow Patrol. O estudo concluiu, ainda, que uma em cada quatro pessoas adormece com o mp3 ligado. No total, seis mil pessoas foram entrevistadas, sendo que 84% ouve música na cama antes de dormir. O top 10 dos artistas que dão sono é o seguinte: Coldplay, Michael Bublé, Snow Patrol, Alicia Keys, Jack Johnson, Taylor Swift, Mozart, Barry White, Leona Lewis e Radiohead.

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Para fechar as comemorações de hoje, vou falar do grande Rob Halford, ex-vocalista de uma das bandas mais importantes da história do heavy metal, o Judas Priest, que esteve aqui no Brasil no Rock in Rio II, que aconteceu em 1991. Dez anos depois, na terceira edição, Halford veio como artista solo, abrindo para o Iron Maiden. Vi os dois shows, e gostei muito da apresentação solo de Halford. Fazendo uma pesquisa, até encontrei um jornal da época com uma resenha de Jamari França, para o Jornal do Brasil, sobre esse show. Sente: "O cantor inglês Rob Halford foi tratado com respeito e bastante aplaudido pela massa metaleira que passou a noite inteira gritando pelos nomes de Sepultura e Iron Maiden. Todos reconheceram que tinham pela frente uma lenda do heavy metal, e ele retribuiu fazendo um set que teve cinco músicas conhecidas da banda que o consagrou, o Judas Priest, além de duas canções do Fight, grupo que formou após deixar o Judas. O set list se completou com seis de seu último CD solo, 'Ressurection'". ("Sua majestade", Jamari França, 21/01/01)



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Futebol, Bossa Nova e, agora, o rock progressivo. Jon Anderson, vocalista do Yes, sopra 66 velinhas nessa segunda feira. Em 2008, o Yes anunciou uma turnê, só que Anderson caiu doente com problemas respiratórios. Após alguns meses de indefinição, a banda decidiu fazer os shows com outro vocalista. Anderson ficou chateado com os seus (ex-?)colegas. Mas os desuses do rock fizeram justiça. A banda teve que cancelar novamente os shows por conta de uma cirurgia de urgência na perna direita do baixista Chris Squire. Eu fiz um trabalho sobre o Rock in Rio recentemente, e conversei com muita gente que esteve lá. Sempre fazia uma pergunta: "Qual foi o show imperdível da primeira edição do Rock in Rio"? Queen, Barão Vermelho, Iron Maiden, AC/DC...? Nenhum deles... A resposta que mais ouvi foi Yes! Então...


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Pelé passa a bola para Roberto Menescal, que hoje completa 73 anos. Pelo que sei, Menescal não é nenhum grande jogador de futebol, mas ele mandava bem em pesca submarina. Tanto que a finada gravadora Elenco bolou essa capa acima para o álbum "A Bossa Nova de Roberto Menescal" (1963), talvez o principal trabalho do violonista, que também gravou discos antológicos com Nara Leão, Maysa, Elis Regina, Leny Andrade e Wanda Sá. Menescal também compôs as trilhas dos filmes "Joana Francesa" e "Bye bye Brasil" (os dois de Cacá Diegues), em parceria com Chico Buarque.



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No Dia Internacional do Macarrão, acho que seria uma boa seguir essa receita da Rita Lee agora no almoço, não?? Hehehe... Olha, eu juro que estava pensando em fazer algo bem legal no sábado para comemorar os 70 anos do Pelé, mas, confesso, bebi pra caceta na sexta. Quando acordei no sábado, o nosso "rei do futebol" já estava com quase 70 anos e 1 dia. O Pelé é aquele tipo de pessoa que a gente até duvida se realmente existe. Eu vi Pelé ao vivo uma vez. E sabe onde foi?? Num show da Legião Urbana. É sério. Foi no antigo Metropolitan, em 1994. Mas não vou homenagear Pelé com Legião, não. Será com Caetano Veloso. Olha só:





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23 de set. de 2010

Ray Charles, John Coltrane, Bruce Springsteen, Paulo Ricardo, The Fall, Alice In Chains, Depeche Mode, Neil Young, Partimpim, Cake, Caetano Veloso

Ah, eu tinha que finalizar o post de hoje com ele novamente, né??



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Caetano Veloso vai gravar DVD e CD ao vivo de seu show "Zii e Zie", no Vivo Rio, no dia 08 de outubro. Seguindo o mesmo esquema de "Cê ao vivo", a pista da casa de shows estará livre para os fãs, ou seja, sem mesas e sem cadeiras. A pista custará R$ 40,00 a inteira, e R$ 20,00 a meia. Preço bacaninha. Eu vi a estreia do show, no Canecão, no ano passado, e foi bem legal. Pena Caetano ter escolhido logo o dia 08 de outubro, quando terá a concorrência da Dave Matthews Band e do Bon Jovi, aqui no Rio. Mais informações no site do Vivo Rio.

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Vocês se lembram do Cake? Eu tenho uma vaga recordação de coisas como "Never there", "Frank Sinatra" e a versão de "I will survive". E ainda vi um show deles em algum Free Jazz da vida. Pois bem, após seis anos, o Cake ataca novamente. O nome da nova música é "Sick of you", e, sei não, parece que ela já nasceu velha...



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Será lançado na primeira semana de novembro o novo DVD da Adriana Partimpim, "Dois é show". O grande destaque do repertório é "Um leão está solto nas ruas", que não faz parte de nenhum dos dois álbuns de estúdio lançados por Partimpim. Além do DVD, o pacote trará um CD com o áudio da apresentação, que foi gravada no Vivo Rio. As faixas de "Dois é show" são as seguintes: "Baile partimcundum", "Menina, menino", "Saiba", "Ciranda da bailarina", "Alface", "Canção da falsa tartaruga", "O trenzinho do caipira", "As borboletas", "Alexandre", "O homem deu nome a todos os animais", "Um leão está solto nas ruas", "Gatinha manhosa", "Oito anos", "Bim bom", "Lig-lig-lig-lé", "Lição de baião" e "Baile partimcundum". Também farão parte do pacote os videoclipes de "Fico assim sem você", "Baile partimcundum", "O trenzinho do caipira" e "Gatinha manhosa". Ao que parece, o DVD do antológico show "Maré" nunca será gravado mesmo... Pena.

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Vamos matar mais um pouquinho de saudades?



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Quer ouvir o novo álbum do Neil Young, inteirinho, "Le noise", em primeira mão, cinco dias antes do lançamento oficial? É só clicar aqui.

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Conforme eu já tinha adiantado aqui nessa semana, o Depeche Mode confirmou hoje o lançamento do DVD/CD/BD "Tour of the universe - Live in Barcelona", para o dia 08 de novembro. Gravado no Palau St Jordi - ginásio onde a seleção brasileira de vôlei masculino ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1992, o vídeo traz o registro de 21 músicas, gravadas entre os dias 20 e 21 de novembro do ano passado, além de alguns extras, como um documentário da turnê ("Inside the universe"), videocipes de quatro faixas de "Sounds of the universe" (2009), ensaios filmados em Nova York (de "Wrong" e "Walking in my shoes"), e os sete screen films dirigidos por Anton Corbijn, especialmente para a turnê. "Tour of the universe - Live in Barcelona" será lançado em três formatos: DVD duplo + CD duplo, DVD simples (só com o show) + CD duplo e BD duplo. As 21 faixas do show são as seguintes: "In chains", "Wrong", "Hole to feed", "Walking in my shoes", "It's no good", "A question of time", "Precious", "Fly on the windscreen", "Jezebel", "Home", "Come back", "Policy of truth", "In your room", "I feel you", "Enjoy the silence", "Never let me down again", "Dressed in black", "Stripped", "Behind the wheel", "Personal Jesus" e "Waiting for the night". Ainda haverá quatro músicas extras filmadas nas duas apresentações: "World in my eyes", "Sister of night", "Miles away / The truth is" e "One caress".

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O Alice In Chains lançou um novo videoclipe. "Lesson learned" é uma das melhores faixas de "Black gives way to blue" (2009). E o clipe também está bem bacana. Olha aí:



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Na minha listinha com os meus (100?) álbuns prediletos ever, eu incluo, fácil, fácil, "This nation's saving grace", do The Fall, uma das mais importantes bandas do pós-punk britânico. Lançado em 1985, o nono álbum da banda chegou apenas ao 54º posto da parada britânica, mas, certamente, é o mais importante do The Fall. Tanto que a Spin o elegeu um dos cem mais importantes do período 1985-2005. A relação de faixas de "This nation's saving grace" é a seguinte: "Mansion", "Bombast", "Barmy", "What you need", "Spoilt victorian child", "L.A.", "Gut of the quantifier", "My new house", "Paintwork", "I am Damo Suzuki" e "To Nkroachment: Yarbles". E, hoje, exatos 25 anos após o seu lançamento, esse clássico continua rodando sempre por aqui.



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Do rock internacional para o brasileiro, agora é a vez de homenagear o jornalista Paulo Ricardo, que também foi líder do primeiro fenômeno do BRock, o RPM. Nascido a 23 de setembro de 1963, Paulo Ricardo, atualmente... Bom, confesso que não sei qual o projeto musical de Paulo Ricardo atualmente. Volta e meia, ele surge com algo novo: ressuscita o RPM, grava músicas românticas, monta o PR5, grava clássicos do Rock Brasil ou então músicas em espanhol. Enfim... Uma carreira com os seus altos e baixos. E o maior "alto" certamente foi a turnê "Rádio pirata", que originou o álbum ao vivo de mesmo nome, e que vendeu mais de dois milhões de cópias - até hoje, é um dos mais vendidos de todos os tempos no Brasil. E, coincidentemente, essa turnê, dirigida por ninguém menos que Ney Matogrosso, começou exatamente no dia 23 de setembro de 1985.



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Agora vamos partir para o rock? É bom, porque hoje, Bruce Springsteen sopra 61 velinhas. Eu não entendo porque existe uma barreira tão grande entre Springsteen e o Brasil. Ele é um dos artistas que mais vende disco e ingresso de show nos Estados Unidos e na Europa. Por aqui, parece que não acontece muito. Sinto um certo preconceito, na verdade. Talvez seja porque ele é parecido com o Rambo, sei lá... Ou então ele tenha ficado marcado com "Born in the U.S.A.". "Nacionalista chato", diriam alguns - pelo menos os que não entenderam que, na verdade, a letra era uma crítica ácida aos Estados Unidos, por conta da Guerra do Vietnã. De minha parte, sei que ele compôs algumas das maiores pérolas do rock, como "Born to run", "Dancing in the dark", "Out in the street", "The rising", "Badlands", "Thunder road"... E seus shows não duram menos do que três horas, como mostram os seus últimos DVDs "Live in Barcelona" (2003) e "London calling: Live in Hyde Park" (2010). O cara é um monstro.



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Às vezes eu me pergunto: "tem dias que as coisas conspiram, né"? Hoje é um deles. Saca só quem nasceu no dia 23 de setembro de 1926: John Coltrane. Se eu tiver que citar apenas uma obra de sua autoria, fico com "A love supreme" (1964), uma verdadeira oração em forma de música. É aquele tipo de música que a gente tem certeza que o artista alcançou o nirvana. Que o artista justifica a sua existência. Poxa, eu poderia realmente falar muita coisa aqui de John Coltrane, certamente o meu ídolo do jazz. Mas o tempo é escasso. Então, veja aí embaixo uma das minhas coisas favoritas...



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Bom dia, pessoal! Muito bom começar assim, né? E hoje não poderia ser diferente. Nesse 23 de setembro, celebramos os 80 anos de nascimento de um dos gênios da raça: Ray Charles. Grande pianista, cantor fenomenal, compositor, Ray Charles era completo. Como se não bastasse a infância sofrida, ele ainda ficou cego aos sete anos de idade. Acredito que essa cegueira que tenha alimentado a sua genialidade - assim como a de Stevie Wonder. Seu canto é daquele tipo que vem do fundo da alma. Do fundo da alma de um negro da Geórgia. Do fundo da alma de um negro cego da Geórgia. Do fundo da alma de Ray Charles.

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27 de jun. de 2010

Resenhando: U2, The Cure, “O Bem Amado”, Dire Straits, Paul Weller

“360º at the Rose Bowl” – U2
Se o U2 está perdendo milhões e milhões com o cancelamento da perna norte-americana da turnê “360º”, um pouco do prejuízo – tanto por parte dos fãs como por parte da banda – pode ser compensado com o DVD/BD “U2 360º at the Rose Bowl”. O vídeo traz o registro completo do show que aconteceu em outubro do ano passado no estádio em Pasadena. O que impressiona mesmo é o tamanho do palco. Certamente ninguém nunca fará algo parecido. Já o repertório é aquele que o U2 apresenta em seus shows turnê atrás de turnê, ou seja, muitos sucessos (“Beautiful Day”, “Vertigo”, “Sunday bloody Sunday”, “One”, “Where the streets have no name”) e canções do mediano último álbum (“No line on the horizon”, “Magnificent” e “Moment of surrender”). Não tem como o fã reclamar. A edição do vídeo, em alguns momentos, peca um pouco por seus excessos. Não precisava de tanto. O palco e a iluminação já dariam conta do recado. O áudio é a verdadeira bola fora. Pelo menos no blu-ray, o som fica estourando nas frequências mais graves. Uma falha realmente grave no primeiro BD do U2. Tanto o BD quanto o DVD duplo apresentam mais umas duas horas de extras (além das mais de duas horas de show), incluindo a primeira música do show (“Breathe”), inexplicavelmente cortada da edição final, um documentário razoável sobre a criação da turnê, bem como videoclipes das músicas novas e os respectivos making ofs. Apesar dos deslizes e das repetições no repertório, “U2 360º at the Rose Bowl” é diversão garantida.

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“Disintegration” – The Cure
Outro dia me perguntaram quais eram os meus cinco álbuns prediletos. Eu respondi: “os cinco eu tenho que pensar, mas tenho certeza que ‘Disintegration’, do The Cure, está entre eles.” Na tristeza ou na alegria, não abro mão dessa obra-prima que Robert Smith e companhia lançaram em 1989, e que tem em “Plainsong” uma das melhores aberturas de um disco de rock em todos os tempos. E a edição de luxo que saiu agora lá fora está a altura do álbum. Para comemorar (atrasado) os 20 anos de “Disintegration”, o Cure colocou nas lojas uma edição tripla para fã nenhum reclamar. O primeiro CD traz o álbum original remasterizado. O som ganhou mais corpo e ficou melhor. Já o CD 2 traz sobras de estúdio do álbum, como versões instrumentais das faixas do CD original (gravadas na casa de Robert Smith ou no estúdio) e a voz-guia de Smith em músicas como “Plainsong” e “Lullaby”. Além de novas versões para faixas que estão no álbum, este CD ainda traz raridades que não entraram no disco, como “Fear of ghosts” e “Delirious night”. O terceiro disco do pacote foi o que mais gostei. Trata-se de uma apresentação ao vivo na Wembley Arena, em 1989, com a íntegra do álbum. Não é melhor do que o de estúdio (e empata pau a pau com a apresentação em Berlim, presente no DVD/BD “Trilogy”), mas é ótimo para ver como eles transpuseram o álbum para o palco na época do lançamento. Essa edição de luxo de “Disintegration” certamente não sairá no Brasil. Por isso, os fãs devem guardar algum para encomendar a edição importada. Vale a pena.

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“O Bem Amado” – Vários
Metade dos filmes brasileiros (pelo menos os que não se repetem na mesmice drogas / polícia) deve ter música interpretada por Caetano Veloso em sua trilha sonora. Essa parece ser a regra. E em “O Bem Amado”, a situação não é diferente. O filme estrelado por Marco Nanini ganhou um CD com dez faixas incluindo “Esta Terra”, composta por José Almino e Caetano Veloso, e cantada pelo segundo. A faixa é interessante, e não esbarra no populacho de “Você não me ensinou a te esquecer”. Zélia Duncan também engrossa o caldo da trilha, com “A vida é ruim”, composta por Caetano. A canção (de estética propositadamente brega) ficou um pouco over com o excesso de cordas. Já Zé Ramalho tenta atualizar “Carcará” com aquele seu jeitão típico, e acaba não acrescentando nada à música de João do Valle e José Cândido. Mallu Magalhães deixa “Nossa canção” (Luiz Ayrão) agradável, cheia de ukuleles, violões havaianos e escaletas. Mas a grande sacada de “O Bem Amado” acaba sendo “A bandeira do meu partido”, composta e interpretada por um debochado Jorge Mautner. As vinhetas “Jingle de Odorico” (com Thalma de Freitas, Nina Becker e Cecília Spyer) e “Boogie sem nome” (com Leo Jaime, Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Leandro Verdeal) devem cair bem dentro do filme, mas, no CD acabam perdendo o propósito. Melhor ficar com “O Bem Amado” original, com canções compostas por Toquinho e Vinicius de Moraes, e arranjos de Rogério Duprat. Esse sim é obrigatório.

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“Alchemy” – Dire Straits
Na hora de citar aqueles discos clássicos ao vivo da história do rock, “Alchemy”, do Dire Straits, constantemente aparece nas listas. Não é para menos. Eu mesmo, na época, em que nem sabia o que era rock, já tinha o K7 duplo. Gravado em 1983 (e lançado no ano seguinte), “Alchemy” traz uma apresentação da banda britânica no Hammersmith Odeon, em Londres. Na época, Mark Knopfler e seus colegas estavam divulgando o álbum “Love over gold”. A banda já tinha quatro discos na bagagem, e acumulava sucessos como “Sultans of swing”, “Tunnel of love”, “Romeo and Juliet” e “Private investigations”. Todas essas canções estão presentes, em versões longas e turbinadíssimas, nesse “Alchemy”, que, agora, ganha a sua primeira versão em DVD e em BD. O som estronda nos alto-falantes, e a imagem também foi restaurada. Lógico que não dá para esperar aquela imagem cristalina no BD, mas posso garantir que está bem melhor do que no velho VHS ou LD. Além do show completo, o vídeo traz um documentário produzido pela BBC, quando do lançamento do segundo álbum da banda (“Communiqué”, de 1979), além de versões alternativas de “Sultans of swing” e “Tunnel of Love”, gravadas no The Old Grey Whistle Test. A única coisa que não deu para entender foi a omissão de “Love over gold”, já que a gravação da música nesse mesmo show no Hammersmith Odeon existe em outros DVDs da banda.

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“Wake up the nation” – Paul Weller
Sempre que sai um novo álbum do Paul Weller, aquelas revistas britânicas saem correndo para decretar que é o melhor álbum solo do ex-líder do The Jam. Mas, dessa vez, eu tive que concordar. “Wake up the nation”, na minha opinião, é mesmo o melhor álbum de Paul Weller. Talvez até melhor do que os gravados com o The Jam. Diferentemente do gordurosíssimo (e bastante elogiado pelos britânicos, à época do lançamento) “22 dreams”, em “Wake up the nation”, Weller apresenta 16 canções coesas, curtas e secas. O início, com “Moonshine” já dá uma boa amostra que o cantor e compositor está em grande forma. Em “Fast car / Slow traffic”, Paul Weller tem um de seus grandes momentos, para qualquer fã do The Jam delirar. Ainda mais quando tomar conhecimento que Bruce Foxton (ex-The Jam) toca baixo nessa faixa. Outras músicas que merecem destaque são as lentas “No tears to cry” e “Andromeda”, bem como a épica “Find the torch, burn the plans”, e a instrumental viajante “Whatever next”. “Wake up the nation” nos deixa com mais vontade de assistir um show de Paul Weller, depois do cancelamento de sua apresentação no Tim Festival de 2008. Quem sabe agora, já que temos tantos festivais em São Paulo no final do ano...

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Logo abaixo, a faixa “Fast car / Slow traffic”, do álbum “Wake up the nation”, do Paul Weller.

6 de jun. de 2010

Resenhando: Iggy and The Stooges, George Israel, Caetano Veloso, Frank Sinatra & Tom Jobim, Zé Ramalho

“Raw power” – Iggy and The Stooges
O terceiro álbum da banda The Stooges (que já se chamava, à época, Iggy and The Stooges) foi lançado em 1973, mas, até hoje, é essencial em qualquer discoteca que se preze. Não fosse por esse motivo, uma edição especial não estaria sendo lançada agora, 37 anos depois. O CD duplo que ora chega às lojas contém o álbum original remasterizado por David Bowie, o que é uma raridade, eis que, desde o seu relançamento em 1997, Iggy Pop optou pela sua própria remasterização, mais limpa, que tirou toda a sujeira (deliciosa) das músicas. Assim, agora, você poderá ouvir clássicos como “Search and destroy” e “I need somebody” da forma como foram concebidos. O CD 2 traz uma apresentação inédita de Iggy e seus Stooges, em outubro de 1973 (logo após o lançamento do álbum), em Atlanta. O show tem pouco menos de uma hora, e consegue ser melhor que o CD originário. Nele, Iggy toca canções ora recém-lançadas (como uma versão arrasadora de “Raw Power”) e adianta músicas que viriam a fazer parte de “Metallic K.O.” (1976), como “Heavy liquid” e “Head on”. Essencial para entender quase tudo o que surgiu no rock a partir dos anos 70.

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“13 parcerias com Cazuza” – George Israel
Pode até soar oportunista o lançamento de um álbum com regravações de músicas do Cazuza. Mas esse está longe de ser o caso de “13 parcerias com Cazuza”, novo trabalho de George Israel. Em primeiro lugar, porque ele fugiu de um repertório óbvio. E em segundo lugar, e mais importante, todas as canções também levam a assinatura de George. Produzido por Dadi, o CD conta com participações de Elza Soares & Marcelo D2 (“Brasil”), Tico Santa Cruz (“A burguesia”), Ney Matogrosso (“4 letras”), Sandra de Sá (“Solidão, que nada”), entre outros. De quebra, ainda tem a participação do próprio Cazuza, no (delicioso) reggae inédito “Você vai me enganar sempre II” (“Você me deixa orgulhoso/ Gostoso te ouvir jurar/ Mentir com esse olhar guloso/ Pra disfarçar”), que contou com a presença luxuosa de Family Man (The Wailers) e Charlie Lalibe (Alphablondy) no baixo e na bateria, respectivamente. “13 parcerias com Cazuza” é um disco bom e, acima de tudo, honesto. Apesar de sua pouca voz, George Israel não poupou esforços para fazer a mais justa homenagem ao poeta do Baixo Leblon. E ele conseguiu. Que Ney Matogrosso se anime a gravar o seu tão adiado projeto com repertório exclusivo de Cazuza.

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“Que de-lindo” – Caetano Veloso
Finalmente Caetano Veloso lançou o último volume de seu box “Quarenta anos Caetanos” – agora já são 43 anos de carreira –, com direito ao CD bônus “Que de-lindo”. Como o disco agrega músicas que não fazem parte dos álbuns oficiais do artista baiano entre 1995 e 2007, há poucas raridades de verdade no pacote. A verdade é que quem consome discos nos últimos anos, certamente terá a maior parte das faixas espalhadas em sua discoteca. Não há nenhuma raridade de verdade, como sobra de estúdio ou alguma canção ao vivo jamais lançada. É uma pena, porque o baú de Caetano não deve ser pequeno. De qualquer forma, o produtor Rodrigo Faour se esforçou para juntar boas canções há muito fora de catálogo, como a versão para “O calhambeque”, que faz parte do pacote “30 anos de Jovem Guarda”, lançado em 1995. Ou então a lindíssima “Merica, Merica”, música composta por Caetano em italiano, e presente na trilha sonora do filmaço “O quatrilho”. Outras nem tão raras assim fecham o pacote, como “A luz de Tieta” (do filme “Tieta”, de 1996, em dueto com Gal Costa), “Céu de Santo Amaro” (lançada originalmente no álbum “Por que não tínhamos bicicleta?”, de Flávio Venturini) e “Maluco beleza”, do CD “Uma homenagem a Raul Seixas – O baú do Raul” (2004). Enfim, “Que de-lindo” consegue, com êxito, organizar um pouco a obra esparsa de Caetano. Mas a gente ainda fica esperando, por exemplo, o registro integral do show “Circuladô”, de 1992/93.

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“The complete Reprise recordings” – Frank Sinatra & Tom Jobim
Difícil dizer para quem foi mais importante o encontro de Frank Sinatra com Antonio Carlos Jobim. Se o álbum “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim” abriu as portas dos Estados Unidos para Tom, ele também foi importante para que Sinatra se reinventasse e vendesse milhões e milhões de cópias. Depois desse álbum gravado em dupla no ano de 1967, foram lançados “Sinatra-Jobim” (1970) e “Sinatra & Company” (1971), que tinham uma faixa ou outra interpretada pela dupla. Agora, para dar uma organizada geral, chegou às lojas (por enquanto lá fora – depois ainda falavam mal do Tom porque ele se dedicava tanto ao mercado norte-americano) o CD “The complete Reprise recordings”, que em 20 faixas rebobina todas as parcerias dos dois artistas – só “Fly me to the moon”, que saiu no “Duets II” (1994), de Sinatra, ficou de fora. Em mais de 60 minutos, Sinatra e Tom nos entregam pepita atrás de pepita: “The girl from Ipanema”, “Quite night of quite stars”, “Triste”, “One note samba”, “Desafinado”, entre outras. Um CD para separar o melhor uísque, apagar a luz e esquecer a vida.

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“Zé Ramalho canta Jackson do Pandeiro” – Zé Ramalho
Zé Ramalho já havia gravado algumas canções compostas por (ou que haviam feito sucesso na voz de) Jackson do Pandeiro. Para organizar tudo, ele e o produtor Marcelo Fróes juntaram as faixas no CD “Zé Ramalho canta Jackson do Pandeiro”, não sem antes gravar seis novas canções. Ao lado de músicas mais do que conhecidas, como “”Chiclete com banana” (com participação especial de Waldonys), “Cantiga do sapo” (aqui na versão constante no álbum “Estação Brasil”, de 2003) e “Um a um”, Zé Ramalho ainda relembra coisas bem raras, como “Ela disse” e “Lá vem a boiada”, essa última em gravação inédita. Uma homenagem merecida de um dos grandes artistas brasileiros da atualidade para um dos grandes artistas de todos os tempos. Tomara que o álbum tenha a divulgação merecida. Todos merecem conhecer a obra de Jackson do Pandeiro.

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Abaixo, a versão de Caetano Veloso para “Maluco beleza”, de Raul Seixas, uma das “raridades” de “Que de-lindo”, CD bônus incluído no box “Quarenta anos Caetanos – 95/07”.

24 de mai. de 2010

Dylan, Guy Fletcher, Duke, Braveheart, Stones, Supertramp, Cribs, Dio, Caetano, Massive Attack, Pearl Jam, Lynyrd Skynyrd

Para esquentar o lançamento de seu novo CD/DVD "Live at Freedom Hall", o Lynyrd Skynyrd liberou a faixa ao vivo de "Gimme three steps" na internet. O lançamento do CD/DVD acontece no dia 21 de junho.



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Achei duca esse vídeo do show do Pearl Jam no Madison Square Garden, na última sexta-feira. No segundo bis da noite, Eddie Vedder chamou Ben Bridwell (vocalista do Band of Horses, que abriu o show) para cantar com ele a clássica "Hunger strike", do Temple of the Dog, banda pré-Pearl Jam, que durou apenas um disco e que tinha entre seus integrantes Eddie Vedder, Jeff Ament, Stone Gossard, Matt Cameron e Mike McCready.



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E que tal o novo videoclipe do Massive Attack, hein? Eu achei interessante...



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A quarta caixa da coleção "Quarenta anos Caetanos" chega às lojas na primeira semana de junho. Esse último box cobre os álbuns de Caetano Veloso lançados entre 1995 ("Fina estampa - Ao vivo") e 2007 ("Cê - Multishow ao vivo"). Além dos 11 CDs lançados por Caetano nesse período, o box vai trazer um CD-bônus de "raridades", mas que nem são tão raras assim - a maioria foi retirada de álbuns de outros aristas, dos quais Caetano participou, ou de trilhas de filme. As faixas do álbum de "raridades" "Que de-Lindo" são as seguintes: "A luz da Tieta" (com Gal Costa); "Vestido de prata" (com Margareth Menezes); "Machado de Xangô"; "Faixa de cetim"; "Céu de Santo Amaro"; "Merica, Merica" (com Jaques Morelembaum e orquestra); "Pedra de responsa" (com Alcione); "Vá morar com o diabo" (com Riachão); "O calhambeque"; "Maluco beleza"; "Meus telefonemas" (com Negra Li); "Lua de São Jorge" (com Olodum); Que de-lindo" ("It´s lovely"); "Cheek to cheek" (com Cauby Peixoto); "Boa palavra" (com Maria Odette); "O fundo" (com João Donato); "O canto de dona Sinhá" (com Maria Bethânia); "Você não me ensinou a te esquecer"; "Ó pai, Ó" (com Jauperi); e "Margarida perfumada" (com Timbalada).

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BEM-VINDO AO SÉCULO XVIII: Parece que o enterro de Ronnie James Dio não será nem um pouco tranquilo. Veja só: a seita religiosa norte-americana Westboro Baptist Church está preparando uma manifestação durante os rituais fúnebres de Dio, que acontecerão em Forest Lawn, no próximo dia 30. Sabe o porquê? Os simpatizantes da seita querem protestar por conta daquele chifre que Dio fazia com o dedos. A seita acusa Dio de adoração ao diabo, incitação à violência e ódio a Deus. O site da tal seita, já conhecida nos Estados Unidos pelo ódio aos homossexuais está hospedado no endereço www.godhatesfags.com. Bem direto... Tem maluco pra tudo.

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A boa de hoje é que o The Cribs já está em estúdio gravando o seu novo álbum. Novidades? Pela primeira vez, eles estão usando teclados (pilotados por Ryan Jarman). Taí, estou curioso para ouvir isso. E também para ouvir a guitarra de Johnny Marr, que deve estar mais à vontade agora na banda.

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PRA QUÊ?: Sabia que o Supertramp voltou? Eles até agendaram uma turnê, a "70-10", que passará por 11 países da Europa. São 40 anos de malice... ops, história. A volta foi idealizada pelo fundador do conjunto, Rick Davies, que se apresentará juntamente com John Anthony Helliwell, Bob Siebenberg, Jesse Siebenberg, Cliff Hugo, Carl Verheyen e Lee Thornburg. Roger Hodgson está fora.

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E no mesmo dia em que comemoramos os 42 anos de "Jumpin' Jack Flash", os Rolling Stones alcançam o topo da parada britânica com um álbum lançado originalmente em... 1972! A versão expandida de "Exile on main st.", que chegou às lojas na semana passada (e que será resenhada aqui no próximo sábado) deu ao grupo o primeiro topo da parada britânica de discos desde 1994 - ano de lançamento de "Voodoo lounge". Impressionante como a indústria do disco se alimenta mesmo dos clássicos e suas "edições especiais" (hoje sai a de "Disintegration", do The Cure). Até mesmo porque são os consumidores mais velhos que ainda gastam dinheiro com CD. Qualquer moleque de 4 anos de idade não teria muita dificuldade em baixar a discografia completa dos Stones...

E só para continuar no mesmo tema, o porta-voz dos Rolling Stones desmentiu a informação do site australiano "Undercover", no sentido de que o baterista Charlie Watts estivesse deixando a banda. Segundo o Undercover, Watts não tocaria mais ao vivo com a banda, limitando-se apenas à gravação de álbuns. Espero que isso não seja verdade. Não teria a mínima graça assistir a um show dos Stones sem aquele cara atrás da bateria.

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Hoje também faz 15 anos que um dos filmes mais famosos de Mel Gibson estreou. "Braveheart" (ou "Coração valente") apresenta a história de William Wallace, guerreiro escocês que luta contra o domínio do rei inglês Eduardo I. Pelo menos quando tinha os meus 14 anos de idade, eu curti o filme. Mas tenho que revê-lo para formar uma opinião. Tenho dúvidas se hoje vou curtir tanto...



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E sabe qual música completa 42 anos hoje? "Jumpin' Jack Flash", dos Rolling Stones. O single foi lançado no Reino Unido a 24 de maio de 1968. Vamos relembrar?



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Hoje vamos também relembrar Duke Ellington. No dia 24 de maio de 1974, o grande maestro, pianista e compositor partia para o andar de cima. Eu não me esqueço do dia em que conheci de verdade a obra de Duke. Era um sábado de manhã, uns 40 graus, calor desgraçdo. Estava de bebobeira pela Gávea, dei um pulo na Tracks e perguntei ao dono da loja o que ele me recomendaria (dentro do jazz) para ouvir naquele sábado de manhã. Saí da loja com "Live at Newport". Ouvindo o CD em casa, entendi perfeitamente a recomendação. Nada poderia combinar mais perfeitamente com um sábado de sol do que o som da big band de Ellington.



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Ah, hoje também é aniversário de um tecladista que eu gosto muito. Pelo nome, pouca gente deve conhecer: Guy Fletcher. Mas se você colocar para tocar o vídeo abaixo, reconhecerá logo o teclado da introdução de "Walk of life". Fletcher foi tecladista do Dire Straits desde 1984, quando a banda gravou "Brothers in arms". Junto com a banda, ele também gravou "On every street" (1991). Atualmente, ele acompanha Mark Knopfler em sua carreira solo. Guy Fletcher completa 50 anos hoje.



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E vamos começar por onde hoje? Pelo aniversário de um dos nossos mestres. Bob Dylan nasceu a 24 de maio de 1941, e hoje completa 69 anos (pois é, o tempo passa até para ele...). Na minha opinião, o mais impressionante em Bob Dylan é que, em uma fase de sua carreira em que tinha tudo para estar caído, ele está produzindo discos excelentes. A "trilogia" "Time out of mind" (1997), "Love and theft" (2001) e "Modern times" (2006) é simplesmente, sensacional. "Together through life" (2009) é um disco menor, mas, mesmo assim, digno. As apresentações que Dylan fez no Brasil em 2008 foram memoráveis. Assisti aos dois shows em São Paulo e ao do Rio de Janeiro, e o mais bacana é que eles foram bem diferentes entre si. Eram umas cinco canções em comum, e o resto era meio que surpresa. Quando ele cantou "My back pages" no Rio, tive que me beliscar... "Like a rolling stone" também foi outro grande momento. Ainda bem que ele cantou esse clássico nas três apresentações.



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Bom dia, pessoal! Mais uma semana começando, hein? Greve de ônibus, trânsito ruim... Pelo menos, o sol está brilhando nesse dia do telegrafista...

13 de mai. de 2010

Caetano, Stevie Wonder, Waldick Soriano, Ritchie Valens, Chet Baker, Dire Straits, Silverchair, Mark Ronson, U2, Devo, Chuck, Klaxons, Stones, Jónsi

Bonitinha essa música nova ("Go do") do Jónsi, né? Estilo parecido com o da sua banda, Sigur Rós.



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Na contagem regressiva para o lançamento da edição especial de "Exile on main st.", os Rolling Stones disponibilizaram uma versão alternativa de "All down the line", que não estará presente no CD físico, que chegará às lojas no final desse mês. Essa versão pode ser ouvida logo abaixo.



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A banda The Klaxons está confiante em seu novo álbum, cujo lançamento já foi adiado algumas vezes. "O nosso produtor Ross Robinson nos transformou em uma banda. Ele nos deu total confiança como músicos, coletiva e individualmente", disse o vocalista Jamie Reynolds ao Daily Star. Ele também afirmou que a sonoridade está mais "grandiosa". Ainda não há previsão de lançamento do álbum.

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Ooopps! Baixou o Dinho Ouro Preto na Lady Gaga...



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Não fui ao show do Chuck Berry aqui no Rio ontem, mas pelo que conta Jamari França, foi uma zorra maravilhosa.

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O Devo já havia anunciado que lançaria o seu primeiro álbum em 20 anos. Mas agora alguns detalhes surgiram. Vamos a eles: 1) "Something for everybody" está sendo produzido por Greg Kurstin; 2) Mark Mothersbaugh, Bob Mothersbaugh, Gerald Casale e Bob Casale estão sendo acompanhados pelo baterista Josh Freese (ex-Guns n' Roses e ex-Nine Inch Nails); 3) o álbum terá participação especial de Santigold. "Something for everybody" estará nas lojas dos Estados Unidos no dia 15 de junho. Quanto a um possível lançamento aqui no Brasil, nem Deus deve saber.

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Sabe quem é esse carinha que saiu na capa do álbum de estreia dos Arctic Monkeys? O nome dele é Chris McClure. A sua banda, The Violet May, está prestes a lançar o seu primeiro single. Chris é irmão de Jon McClure, do Reverend And The Makers. O single "Bright or better" / "This crowd is overcrowded" será lançado no dia 17 de maio. O videoclipe (bacana) pode ser visto aqui.

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Fãs do U2, atenção. A banda anunciou hoje os detalhes do box super-super-super deluxe de "U2360° at the Rose Bowl", que sairá no mês que vem. A caixinha terá os seguintes mimos: um livro de capa dura com 32 páginas, DVD duplo com duas horas de material bônus, um blu-ray, um disco em vinil, três palhetas de guitarra, o programa da turnê, uma edição limitada e numerada do desenho do palco da turnê, além de cinco postais. Quanto é que deve cu$tar esse pacotinho, hein?

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Muito bem bolado o vídeo de "Circuit breaker", canção que fará parte do novo álbum de Mark Ronson, "Record collection". O vídeo foi inspirado no game "Legend of Zelda". "Record collection" será lançado em setembro, e contará com paticipações de Boy George, Jonathan Pearce (The Drums), Nick Hodgson (Kaiser Chiefs) e Dave McCabe (The Zutons).



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O trio Silverchair está trabalhando em um novo álbum, o primeiro desde "Young modern", de 2007. "Estamos animados com a sonoridade emergindo no estúdio. Temos uma surpresa a cada dia", escreveu o baixista Chris Joannou no blog oficial da banda. Ainda não há mais detalhes sobre o projeto, tampouco data de lançamento.

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Ela não desiste.

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CULTURA INÚTIL DO DIA: No dia 13 de maio de 1913, Flamengo e Botafogo disputavam a primeira partida entre si. Resultado: Botafogo 1x0 Flamengo.

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No dia 13 de maio de 1985, chegava às lojas "Brothers in arms", o álbum de maior sucesso comercial do Dire Straits. Somente para se ter uma ideia da grandiosidade do negócio, o álbum foi o mais vendido no Reino Unido durante o ano de 1985. Como se não bastasse, "Brothers In Arms" foi o segundo álbum mais vendido de 1986 (ficou atrás somente do disco de estreia de Whitney Houston) - e olha que o disco foi lançado em maio de 85... Mas isso pode ter uma explicação: em 1985, o CD estava surgindo, e o quinto disco do Dire Straits foi um dos primeiros gravados já com o novo formato em mente. Dessa forma, todo mundo que se aventurava no mundo digital, acabou comprando "Brothers In Arms", que além de ter tido uma propaganda maciça enaltecendo a sonoridade do CD, continha versões maiores para todas as faixas do lado A do LP original, com exceção de "Walk Of Life". Resultado: "Brothers In Arms" foi o primeiro CD da história a vender mais de um milhão de cópias. Ano passado, escrevi um texto bem longo, com detalhes de "Brothers in arms". Se você tiver paciência...

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Hoje faz 22 anos que Chet Baker partiu para o andar de cima. Um dos mestres do jazz, Baker e seu canto miúdo inspiraram João Gilberto na formatação do que veio a ser chamado de Bossa Nova. O excesso de drogas custou ao trompetista uma carreira cheia de altos e baixos. O vídeo abaixo traz o registro de uma apresentação de Baker no Ronnie Scott's, em Londres, dois anos antes de sua morte. Na ocasião, o músico já quase não tinha dentes na boca, por conta das surras que levava dos traficantes de drogas. Chet Baker despencou da janela de um hotel em Amsterdã, na madrugada do dia 13 de Maio de 1988. A sua morte é uma das mais misteriosas da história da música.



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Outro artista que também deve ser lembrado nesse 13 de maio é Ritchie Valens, mais conhecido como o autor de "La bamba". Valens morreu aos 17 anos naquele trágico e famoso acidente de avião do dia 03 de fevereiro de 1959, que também vitimou Buddy Holly e Big Bopper.



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Quem comemoraria aniversário hoje é Waldick Soriano, o meu cantor brega predileto. Waldick nasceu a 13 de maio de 1933 em Caetité, Bahia. Dentre os seus crássicos estão "Eu não sou cachorro não", "Paixão de um homem", "A dama de vermelho" e "Se eu morresse amanhã". O documentário "Waldick, sempre no meu coração", dirigido por Patrícia Pillar, e lançado em 2007, é uma boa pedida para conhecer um pouco mais do artista, que morreu no dia 02 de setembro de 2008, em decorrência de um câncer na próstata.



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E sabe quem nasceu no dia 13 de maio? Vamos começar pelo sensacional Stevie Wonder, que, hoje, completa 60 anos. Wonder é um dos meus compositores e músicos prediletos. Assisti a um show dele no finado Free Jazz (edição de 1995), no também finado Metropolitan. Foi um dos melhores da minha vida, fácil. Os ingressos esgotaram, sem exagero, em poucas horas. Não me lembro quanto custava, mas me lembro bem de uma pessoa, na entrada do Metropolitan, com 800 dólares na mão querendo o meu ingresso. Ainda bem que não vendi. No último (e fantástico) DVD/BD de Stevie Wonder, "Live at last", lá no finalzinho do show, ele diz uma frase que eu gostaria de escrever aqui: "use o seu coração para amar alguém, mas se ele for grande o suficiente, use-o para amar a todos".



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Dia 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura. O show "Noites do norte", de Caetano Veloso, tinha um pouco esse mote. Inclusive, a faixa título do álbum que originou o show era um poema do abolicionista Joaquim Nabuco musicado por Caetano. Vi esse show oito vezes no Canecão. Abaixo segue o poema de Nabuco. De repente o Dunga lê e chega a conclusão de que a escravidão foi ruim.

"A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil.
Ela espalhou por nossas vastas solidões uma grande suavidade; seu contato foi a primeira forma que recebeu a natureza virgem do país, e foi a que ele guardou; ela povoou-o como se fosse uma religião natural e viva, com os seus mitos, suas legendas, seus encantamentos; insuflou-lhe sua alma infantil, suas tristezas sem pesar, suas lágrimas sem amargor, seu silêncio sem concentração, suas alegrias sem causa, sua felicidade sem dia seguinte...
É ela o suspiro indefinível que exalam ao luar as nossas noites do norte."

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Oi pessoal! Boa tarde. E o que tem pra hoje, hein? Bem fácil...