Jornalista, autor do livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), ex-trainee e colaborador da Folha de S.Paulo, ex-colunista e redator da International Magazine, e colaborador do site SRZD.
Hoje foi fácil escolher a música do dia. O difícil foi escolher entre as gravações do João Bosco e da Elis Regina para "O bêbado e a equilibrista". A de Elis é perfeita. Mas optei pela de João Bosco, o autor da canção, ao lado do parceiro Aldir Blanc. Eu disse que foi mole escolher a música hoje porque foi no dia 09 de agosto de 1997 que o Brasil perdeu um de seus maiores heróis: Herbert José de Sousa, ou, simplesmente, Betinho. Ou então, “o irmão do Henfil”.
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No sábado escrevi sobre o aniversário do João Barone, mostro da bateria. E hoje é dia de lembrar outro importante batera do rock brasileiro. Guto Goffi, fundador do Barão Vermelho, nasceu no dia 09 de agosto de 1962. E fica aqui a nossa lembrança.
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Você sabia que hoje faz 23 anos que o ator mexicano Ramón Valdés morreu?? Não? Aliás, você nem sabe quem é esse tal de Ramón Valdés? Trata-se do grande Seu Madruga, ídolo de qualquer um com menos de 35 anos de idade. Engraçado notar que ele tenha morrido há tanto tempo. A sua presença diária nas telas dá a impressão que ele está por aí, vivinho da silva, devendo aluguel ao Seu Barriga, apanhando da Dona Florinda, dando cascudos no Chaves e beliscões no Kiko. Não sei se é só impressão. De repente, ele está vivo mesmo...
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Falando agora de rock n’ roll, é hora de lembrar do grande Jerry Garcia, guitarrista, vocalista e líder do Grateful Dead. Jerry Garcia foi um dos maiores doidões da história do rock. Pena ele não ter tido a mesma sorte de um Keith Richards ou um Ozzy Osbourne. Jerry faleceu no dia 09 de agosto de 1995, na Califórnia, vítima de uma ataque cardíaco.
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Do rock para o futebol, agora é hora de falar do Zagallo, um dos futebolistas mais vencedores em todos os tempos. O currículo é de dar inveja mesmo. Foram quatro Copas do Mundo (duas como jogador, uma como técnico e outra como coordenador técnico), e diversos títulos no Botafogo e no Flamengo. Zagallo faz 80 anos hoje. Ele nasceu num dia 13. Mas nasceu em 1931, ou seja, 13 ao contrário. Abaixo, um vídeo de uma das suas grandes conquistas.
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Cá pra nós, quando o Zagallo era técnico da seleção brasileira, as coisas eram bem mais divertidas...
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Não é mesmo, Mano Menezes??
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Quando é lançado algum disco novo do Seu Jorge, a gente nunca sabe o que vem. Seria algo mais popular, como "América Brasil" (2007)? Ou algo menos palatável, como o disco "Cru", de 2004? Só pelo título deste seu novo trabalho ("Músicas para churrasco - Vol. 1"), já dá para imaginar que Seu Jorge ressurge pop. Talvez mais pop do que nunca. As letras, crônicas do cotidiano que qualquer pessoa vai se identificar, são simples e fáceis. Ou seja, numa segunda audição, já dá para cantarolar. É fácil, tudo meio que no estilo “A doida vazou, a doida vazou / Nem quis meu amor, nem quis meu amor.” A sonoridade, puxada para o samba e o samba-rock, também desce bem, embora, em alguns momentos, possa soar um pouco repetitiva. No final, a impressão que fica é que todas as músicas foram compostas para se transformarem em hits instantâneos. E isso não é um elogio, tampouco uma crítica, mas apenas uma contastação. Pelo menos para um churrascão de domingo, esse "Músicas para churrasco - Vol. 1" é uma boa indicação. Sem efeitos colaterais.
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A dupla francesa Justice apresentou uma música nova, em primeira mão, durante o seu show em Los Angeles, nesse fim de semana. A faixa se chama “Audio, video, disco” e me pareceu ser bem boa, apesar da qualidade mais ou menos do vídeo disponível no YouTube:
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Ah, vocês viram o Morrissey interpretando “Sattelite of Love”, do Lou Reed, no show de anteontem, na Brixton Academy, em Londres??
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O cantor Cee-Lo Green também aproveitou para lançar o seu novo videoclipe, “Cry baby”. Eu achei legal, bem no espírito da música. Veja aí o que você acha...
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O pessoal do MGMT se superou em um show realizado também nesse fim de semana, na Califórnia. Antes de a banda começar a tocar, o vocalista James Richardson pediu para que a plateia jogasse o sapato do pé esquerdo no palco. “Uma grande ideia.” Dá uma olhada no que aconteceu:
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Uma das bandas que mais me perguntam a respeito no twitter é o Van Halen. “E aí? Volta ou não volta??” Chego a ficar impressionado e comovido com essa movimentação, até mesmo porque muitas das pessoas que me perguntam certamente nem eram nascidas quando o conjunto lançou o album “1984”, aquele que tem “Jump” e “Panama”. Estava (quase) tudo certo para a banda voltar à ativa, durante um festival marcado em cidades da Austrália, no final do próximo mês. Só que o tal festival foi cancelado porque os seus organizadores não conseguiram contratar uma banda de abertura para o Van Halen. No mínimo, muito mal contada essa história. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos... O Van Halen não se apresenta fora dos Estados Unidos desde 1998.
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E para terminar o dia com mais uma boa lembrança, hoje faz 25 anos que o Queen subiu ao palco pela última vez com a sua formação original, ou seja, com Freddie Mercury nos vocais. A apresentação aconteceu no Knebworth Park e, infelizmente, não existe registro profissional do show gravado em vídeo.
Foi no dia 05 de agosto de 1962 que o mundo perdeu Marilyn Monroe. Muita gente era apaixonada por ela, mas acredito que Elton John tenha sido um dos mais:
“Loneliness was tough
The toughest role you ever played
Hollywood created a superstar
And pain was the price you paid
Even when you died
Oh the press still hounded you
All the papers had to say
Was that Marilyn was found in the nude
Goodbye Norma Jean
From the young man in the 22nd row
Who sees you as something as more than sexual
More than just our Marilyn Monroe”
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Orlandivo Honório de Souza. Ou simplesmente Orlandivo. Hoje esse grande cantor, que anda meio sumido, completa 74 anos. Então vamos lembrar o ex-crooner da banda de Ed Lincoln, que nunca perdeu o balanço.
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Outro monstro da nossa Música Popular Brasileira também faz festa hoje. Estou falando do baterista e percussionista Airto Moreira, que completa 70 anos. Airto foi membro de importantes grupos instrumentais brasileiros, como o Sambalanço Trio (liderado por César Camargo Mariano) e o Quarteto Novo (um dream team que ainda tinha Hermeto Pascoal, Heraldo do Monte e Theo de Barros). Ele também tocou com Miles Davis, antes de ingressar no grupo Weather Report. O guitarrista Carlos Santana também teve a honra de contar com o baterista brasileiro nas gravações de seu álbum “Borboletta” (1974), cuja faixa título foi composta pelo próprio Airto. Um dos maiores orgulhos nacionais.
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Há 45 anos chegava às lojas o que muitos beatlemaníacos consideram o melhor álbum do quarteto de Liverpool. “Revolver” foi o prenúncio de muita coisa que rolou no rock no final dos anos 60. O disco já trazia uma semente do punk na sua primeira faixa, “Taxman”, composta por George Harrison, bem como toda a psicodelia que permearia álbuns importantes do final dos anos 60, como “Pet sounds”, dos Beach Boys, e o próprio “Sgt. Peppers lonely heart’s club band”, o álbum mais famoso dos Beatles (mas nem por isso o melhor, diga-se). Dentre os destaques de “Revolver” estão “Eleanor rigby”, “Got to get you into my life”, “Yellow submarine” e “Here, there and everywhere”.
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Aliás, bateu uma saudade do Paul McCartney…
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É bem provável que o baterista João Barone tenha pedido “Revolver” no seu aniversário de quatro anos. No dia 05 de agosto de 1962, nasceu o melhor baterista do Brasil e um grande conhecedor da história da II Guerra Mundial. Já fiz um curso sobre o tema com o Barone, e o seu conhecimento é impressionante. Além de músico, João Barone escreve bem, como prova o seu livro “Minha Segunda Guerra”, lançado pela Panda Books, em 2009. Ele também dirigiu, em 2006, o documentário “Um brasileiro no Dia D”. No momento, o baterista está apresentando o programa “Esquadrões de Honra: Latino-americanos na II Guerra Mundial”, no History Channel. E quem já teve a oportunidade de ver um show dos Paralamas do Sucesso sabe do que Barone é capaz. Tipo isso aqui...
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Em uma enquete realizada pela revista Rolling Stone americana, o Green Day foi eleito a maior banda punk de todos os tempos. Na maioria das vezes, essas enquetes me fazem cair na gargalhada. Eu fico imaginando um bando de moleque de 10 anos de idade votando que nem loucos na frente do computador. E essa “eleição” prova que eu devo estar certo. Ninguém que conheça música minimamente, e que esteja em sã consciência, é capaz de colocar o punk de boutique do Green Day a frente de bandas como Ramones, The Clash, The Stooges e Sex Pistols. Eu prefiro imaginar que a garotada que votou nem conheça tais bandas. É uma pena. Quando eu era moleque, tinha que escolher um, dois vinis por mês e ficava os escutando por, pelo menos, 30 dias. Isso fez com que eu aprendesse a gostar de algumas bandas. Gostar de discos. Gostar de música. Hoje, temos tudo à nossa disposição, através de um simples clique no computador. A discografia completa do Ramones, por exemplo, pode ser baixada em menos de três minutos. É lamentável que essa “democratização” (embora envolva questões complexas como a pirataria) não tenha ajudado à rapaziada a conhecer as coisas boas de antigamente.
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Então, em homenagem a quem realmente gosta de punk…
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Mick Hucknall jura que o Simply Red acabou. A turnê de despedida durou mais de dois anos. Inclusive, passou pelo Brasil duas vezes. O canto do cisne está no CD/DVD/BD “Farewell – Live in concert at Sydney Opera House”. Para quem viu os shows no Brasil, não há surpresas. E mesmo para quem não viu, também não há. Em 20 músicas do set list, o Simply Red desfia os seus maiores sucessos, um atrás do outro, sem deixar tempo para o espectador respirar. Quem curte, não vai ter do quê reclamar, ao ouvir coisas como “Your mirror”, “Stars”, “The right thing”, “Come to my aid” e “If you don’t know me by now”. Quem não curte vai continuar não curtindo. Simples assim. Mas é inegável que o cantor ruivo com voz negra de Manchester é um hitmaker nato. Suas músicas são a trilha sonora da vida de muita gente. Vai deixar saudade. Pelo menos enquanto não embarcar em uma nova turnê de despedida...
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Aposto que o Liam ficou com inveja do Noel Gallagher... Tudo bem, o álbum do Beady Eye, a nova banda do Liam, é bem bacana, mas ele não conseguiu esgotar os ingressos da sua nova turnê em seis minutos, como o seu irmão. Noel agendou três apresentação no mês de outubro, em Dublin, Edimburgo e Londres, e todos os bilhetes evaporaram em apenas seis minutos. Isso mesmo: SEIS MINUTOS. O álbum “Noel Gallagher’s High Flying Birds” será lançado no dia 17 de outubro.
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Aos interessados, o Blink 182 liberou uma música nova hoje. “Heart’s all gone” estará presente no álbum “Neighborhoods”, que chega às lojas no dia 26 de setembro.
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A Best Coast, uma das bandas hypes do momento, também lançou uma música nova. Para comemorar o número de 50 mil seguidores no Twitter, a vocalista Bethany Cosentino gravou com a sua banda a faixa “How they want me to be”. É interessante, mas muito, muito longe do que andam dizendo por aí.
Bom dia! Início do mês significa dinheiro no bolso, né? Pelo menos para vocês... Segundona começando, e hoje comemoramos o Dia do Selo. Isso mesmo. Duvido que você sabia que existia um Dia do Selo... Em 01º de agosto de 1843, foram emitidos os primeiros selos brasileiros. Agora você nunca mais se esquece, né?? A não ser que, um dia (será??) a gente não precise mais de cartas...
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Como eu não apareci por aqui ontem – um dia de descanso eu mereço –, vou falar de uma grande atriz, uma das mais engraçadas que eu já vi atuar, que teria feito 110 anos de idade. Henriqueta Brieba nasceu em Barcelona, no dia 31 de julho de 1901. Viveu bem, e morreu aos 94 anos, no Rio de Janeiro. Olha só ela fazendo papel de “mãe” do Jô Soares, com o engraçadíssimo quadro da Bô Francineide... Antológico!
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E o que tem pra hoje, gente? Bom, foi no dia 01º de agosto de 1981 que a MTV foi ao ar pela primeira vez nos Estados Unidos. Época boa, em que a MTV ainda tocava música. “Video killed the radio star”, da banda The Buggles, foi o primeiro videoclipe a ir ao ar na emissora.
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E atenção!! Hoje, o maior cantor do Brasil sopra 70 velinhas. Quem é? Lógico que é o Ney Matogrosso. Caramba, 70 anos chega a ser inacreditável... Setenta anos com um corpinho de 25, é verdade. Ney Matogrosso é o cara. Ele consegue transitar em qualquer estilo musical. Canta de tudo: Cartola, Ângela Maria, Cazuza, Eduardo Dussek, Antonio Carlos Jobim... Os seus shows são sempre deslumbrantes. Não sei quais são os melhores. Se aqueles nos quais ele se fantasia, e faz o diabo a quatro no palco, ou aqueles em que se apresenta com figurinos sóbrios, apresentando um repertório mais, hum, antigo... Eu gosto de qualquer jeito. Já devo ter assistido a uns 30 shows do Ney. E nunca, nunca, nunca me decepcionei.
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Ah, mais uma do Ney... Ele merece!
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Os torcedores do Vasco da Gama também têm os seus motivos para comemorar hoje. Há 37 anos, o clube da cruz de malta sagrou-se campeão brasileiro, ao vencer o Cruzeiro por dois a um, no estádio do Maracanã. Ademir e Jorginho Cavoeiro marcaram pelo Vasco, Nelinho, do Cruzeiro, descontou.
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Ah, e que bom que o Vasco da Gama voltou a ser um clube de conquistas. Como nunca deveria deixar de ser.
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Eu tive o grande prazer de receber, recentemente, o CD da banda The Cleaners, formada por Rodrigo “Milk” (vocais e guitarra), José Filho (guitarra), Rodrigo Lima (baixo) e Duca Olimazzi (bateria). “Behind the truth” é uma prova de que pode haver vida inteligente no rock brasileiro – ainda que cantado em inglês. São 12 faixas que nos remetem diretamente a bandas que ainda carregam o rótulo de “indie”, como os Strokes, uma das influências mais visíveis da banda de Mauá. Os destaques de “Behind the truth” são “The daily round” e “Let music be music”. Mais informações da banda no site oficial e no perfil no Myspace.
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E quais são as novidades de hoje, hein?? Vamos começar pela superbanda Chickenfoot – aquela que tem Sammy Hagar, Joe Satriani, Michael Anthony e Chad Smith. O novo álbum do grupo, “Chickenfoot III”, só está agendado para o dia 27 de setembro. Enquanto isso, o primeiro single do disco, “Big foot”, foi liberado ontem. A relação de faixas de “Chickenfoot III” é a seguinte: “Last temptation”, “Alright, alright”, “Different devil”, “Up next”, “Lighten up”, “Come closer”, “Three and a half letters”, “Big foot”, “Dubai blues” e “Something going wrong”.
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Quem também vai lançar algo em breve é o onipresente Damon Albarn. No momento, ele se encontra na República Democrática do Congo, gravando um novo disco, com uma série de participações especiais de músicos locais. A ideia é gravar o álbum em apenas uma semana. A faixa, “Halo”, já finalizada, foi disponibilizada por Albarn. Um pouquinho estranha, verdade. Mas, a julgar pelos últimos trabalhos do Gorillaz, é melhor não chegar a um veredicto precipitadamente.
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O guitarrista Slash é outro que deve surgir com novidades em breve. Um DVD foi gravado na semana passada durante um show no Victoria Hall, em Stoke, na sua cidade-natal de Hampstead, na Inglaterra. Após o show, o guitarrista tuitou: “Stoke foi um fuckin’ blast!! Muita vibração e energia. Será um puta DVD.” O set list do show foi o seguinte: “Been there lately”, “Nightrain”, “Ghost”, “Mean bone”, “Back from Cali”, “Rocket queen”, “Civil war”, “Nothing to say”, “Promise”, “Starlight”, “Doctor Alibi”, “Speed parade”, “Watch this”, “Beggars & hangers-on”, “Patience”, “Godfather Theme”, “Sweet child o’ mine”, “Slither”, “By the sword”, “Mr. Brownstone” e “Paradise city”.
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Nesse fim de semana, o U2 finalmente encerrou a sua “360º tour”. O ultimo dos 110 shows aconteceu no ultimo sábado, em Moncton, Canadá. Foi a maior turnê de todos os tempos. O faturamento chegou a 736 milhões de dólares, e mais de sete milhões e duzentas mil pessoas presenciaram os shows. O U2 quebrou o recorde que pertencia aos Rolling Stones, no dia 10 de abril, na segunda apresentação que a banda irlandesa realizou em São Paulo, quando o faturamento da turnê alcançou 558 milhões de dólares.
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E sabe como o U2 se despediu da “360º tour”?? Assim:
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Depois da polêmica gerada por algumas declarações, segundo as quais, os ataques na Noruega “não foram nada”, comparados com o abate de animais pelas redes de fast food, Morrissey emitiu um comunicado em seu site oficial. Não, ele não se desculpou. Pelo contrário, manteve firme a sua posição. Olha só o que ele escreveu: “As mortes recentes na Noruega foram horríveis. Como é habitual nestes casos, a imprensa dá ao assassino exatamente aquilo que ele quer: fama mundial. Ninguém cita os nomes das vítimas, como se não fossem importantes. Não deviam dizer o nome dele [do assassino], nem fotografá-lo, e levá-lo para longe. O comentário que fiz em Varsóvia pode ser explicado assim: todos os dias, milhões são assassinados de forma rotineira para gerar lucros para a McDonalds e a KFCruelty, mas como estes assassinatos são protegidos por leis, pedem-nos que lhes sejamos indiferentes e não os questionemos. Se, com toda a razão, se sentem horrorizados pelas mortes na Noruega, é natural que também se sintam horrorizados pelo assassinato de qualquer ser inocente. Não podem ignorar o sofrimento animal só porque os animais ‘não somos nós’”.
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Pelo menos ninguém pode acusar Morrissey de incoerência...
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O Radiohead lançou virtualmente três faixas remixadas do álbum “The king of limbs”. São elas: “Feral” (Lone RMX), “Morning Mr. Magpie” (Pearson Sound Scavenger RMX) e “Seperator” (Four Tet RMX). É só clicar aí embaixo…
A versão física do EP (em vinil, inclusive) será lançada hoje, com mais três faixas remixadas: “Give up the ghost”, “Little by little” e “Codex”.
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A versão de “While my guitar gently weeps”, composta por George Harrison, e gravada por Zé Ramalho, estreou no YouTube ontem. O álbum “Zé Ramalho canta Beatles” (capa acima) chega às lojas na semana que vem. O cantor paraibano já homenageou Raul Seixas, Bob Dylan, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, em trabalhos anteriores.
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Gilberto Gil também reaparece com um novo álbum. “Gil+10” foi gravado no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico, em 13 de outubro do ano passado, para comemorar os 10 anos de uma emissora de rádio. O baiano recebeu 10 convidados de peso, como Os Paralamas do Sucesso, Lenine e Milton Nascimento. As faixas do CD “Gil+10” são: “Palco”, “A linha e o linho” (com Lenine), “Aquele abraço” (com Zeca Pagodinho), “Extra II, O rock do segurança” (com Erasmo Carlos), “Torpedo” (com Ana Carolina), “Andar com fé” / “Vida” (com Preta Gil), “Cálice” (com Milton Nascimento), “Lamento sertanejo” (com Milton Nascimento e Maria Gadú), “Acreditar”, “Alguém me avisou” (ambas com Dona Ivone Lara), “Deixar você” (com Mart’nália), “A novidade” (com Os Paralamas do Sucesso) e “Essa é pra tocar no rádio”.
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Também chegou ao mercado nacional, o CD+DVD “The Best of The BBC Vaults”, de Ella Fitzgerald. Sã mais de duas horas de imagens e vídeos da cantora, resgatadas dos arquivos da BBC, em quatro apresentações distribuídas no DVD. O CD traz algumas músicas do DVD, que se divide em quatro partes: “Show of the week: Ella Fitzgerald swings” (gravado para um programa de televisão de 1965), “Ella Fitzgerald sings” (um dos shows mais conhecidos pelos fãs da cantora por já ter sido exibido na programação da BBC diversas vezes), “Ella Fitzgerald at Ronnie Scott’s” (de 1974, exibido pela BBC em 1996, após a morte da cantora) e “Jazz From Montreux” (filmado em 1977). O show no Ronnie Scott’s está logo aí abaixo.
Por favor, não estranhe. Hoje eu quis começar esse blog com música sertaneja. Mas música sertaneja de verdade. E ela tem o seu valor. O melhor exemplo é o vídeo acima, dos dois mestres do estilo, Pena Branca & Xavantinho. Hoje, 13 de julho, é o dia nacional dos cantores e compositores sertanejos. E eles merecem a nossa homenagem. Os sertanejos de verdade, repito. Não estou falando aqui de Luan Santana, Daniel e outras atrocidades, por favor.
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E, olha só, além do dia dos compositores sertanejos, hoje também é o dia mundial do rock. Isso porque foi no dia 13 de julho de 1985 que aconteceu o Live Aid, concerto beneficente organizado por Bob Geldof, em Londres e na Filadélfia, e que reuniu gente como Paul McCartney, Bob Dylan, Mick Jagger, U2, Queen e até mesmo uma reunião do Led Zeppelin.
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O show do Led Zeppelin foi tão tosco, que acabou ficando de fora da edição em DVD do Live Aid lançado uns vinte anos depois. Na falta de John Bonham, Phil Collins (?!?) tocou bateria com a banda. Não foi por culpa do Phil, mas, definitivamente, não ficou legal...
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Não é??
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Seis anos após o Live Aid, em 1991, o mesmo estádio de Wembley onde aconteceu o evento, viu uma das apresentações mais impactantes de sua história. O INXS estava lançando o álbum “X” (1990), e, àquela época, era considerada uma das bandas mais importantes do planeta, batendo de frente até mesmo com o todo-poderoso U2. A apresentação em Wembley foi lançada em VHS, LD e, depois, em DVD. Já o CD ao vivo “Live baby live” traz músicas gravadas em vários shows da turnê, inclusive o antológico que aconteceu no Rock in Rio II, em janeiro de 1991, no estádio do Maracanã.
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Voltando um pouco mais no tempo, hoje é dia de João Bosco soprar 65 velinhas. Ontem, entrou no ar a série “O astro”. E a música de abertura da novela original era interpretada por João Bosco. Lembra? Ou você nem era nascido??
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Cá pra nós, o João Bosco tem músicas melhores, não? Essa aqui, por exemplo...
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“Linha de passe” até me lembrou o meu programa predileto, que a ESPN Brasil transmite todas as noites de segunda. Eu não perco um. Tudo pode acontecer nessa mesa redonda... Quer ver??
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Há 15 anos, O Rappa lançava o seu álbum mais importante. “Rappa Mundi” vendeu que nem água (eu ganhei no amigo oculto do mesmo ano!). Não era para menos. Acho que umas cinco, seis músicas fizeram muito sucesso. Ou você não se lembra de “Miséria S/A”??
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E o nosso Morrissey, hein?? Ele tá sempre por aqui, né? Se lembra, faz umas duas semanas, quando ele fez um show com uma camisa que mandava um site de fãs para aquele lugar? Pois é... O dono do site, David Tseng, foi expulso pelos seguranças de Morrissey, durante um show em Copenhagen, Dinamarca, na segunda passada. Segundo Tseng, os seguranças não deram maiores explicações. O fã reclamou o dinheiro do ingresso perante à Live Nation, empresa organizadora da turnê do ex-Smith, mas ela teria informado que Tseng deveria reclamar com o próprio Morrissey.
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Coisa feia né, Moz??
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Coisa feia foi também o que um fã fez anteontem em um show do Foo Fighters em Londres. Eu escrevi ontem que Dave Grohl não fez por menos, xingou o cara e o expulsou da casa de shows. Consegui encontrar o vídeo hoje...
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(Esse é o típico caso de vergonha alheia...)
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Um cruzeiro com o Weezer??
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Sabe o que isso me lembra???
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E saiu uma musiquinha nova do The Drums! Eu sei lá... Às vezes curto, às vezes não... Vamos ver até onde vai chegar esse conjunto. O primeiro disco até que é bom. Mas não é tudo isso que andaram dizendo não... “Portamento”, o segundo álbum, sai no dia 12 de setembro.
Essa é nossa lembrança para o grande poeta chileno Pablo Neruda, que, hoje, estaria completando 107 anos.
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Um viva também para o sambista Almir Guineto, que faz 65 anos hoje. Pena que Almir Guineto precise da mãozinha de Zeca Pagodinho para ser mais conhecido hoje em dia. Quem compõe algo como “Lama nas ruas” merece a eternidade.
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E hoje faz um ano que Paulo Moura, o grande Paulo Moura, foi tocar o seu saxofone para os anjos lá no andar de cima. Saudades!
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Um dos vídeos de rock mais conhecidos e mais importantes de todos os tempos, “Live at Wembley”, do Queen, foi filmado no dia 12 de julho de 1986. Foram dois shows, um no dia 11 e outro no dia 12. Mas só o segundo foi filmado na íntegra para lançamento em VHS (e, depois, CD e DVD). Antes de o Queen subir ao palco, se apresentaram INXS, The Alarm e Status Quo.
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E essa jaqueta amarela do Freddie Mercury, hein?? Alguém sabe onde tem pra vender??
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Também foi em um dia 12 de julho, mas de 1998, que o Brasil deu adeus ao pentacampeonato na Copa da França. Todo mundo sabe o que aconteceu naquele dia. Ou não... O problema do Ronaldo até hoje não foi explicado. Mas o resultado... Três a zero para a seleção francesa, com um show de Zidane. No frigir dos ovos, foi merecido.
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E por falar em futebol, hoje também é dia de lembrar de João Saldanha, que morreu 21 anos atrás. Jornalista e técnico de futebol, João Saldanha era chamado de “João Sem Medo”. Sabe o motivo??
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Entendeu agora?
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Tem coisas que só acontecem com o Moz...
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Sem comentários...
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Calma, não é nada oficial, mas o produtor Ross Hogarth, em entrevista à Ultimate Guitar, disse que o novo álbum do Van Halen está muito próximo de ser finalizado. “Todo o álbum já foi gravado, e nós estamos muito animados. Já começamos a mixagem, inclusive.” O Van Halen contou com a sua formação clássica (Eddie e Alex Van Halen, além de David Lee Roth), com exceção do baixista Michael Anthony, trocado por Wolfgang Van Halen. Entre setembro e outubro, a banda se apresenta na Austrália. É esperar pra ver...
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O Judas Priest, que toca no Brasil em setembro, também deve lançar disco de inéditas em breve. Segundo o baixista Ian Hill, a quantidade de canções já escritas preenchem um álbum inteiro. Em entrevista ao Rockpages, o músico revelou, inclusive, que as gravações já começaram. A banda tem aproveitado as folgas na turnê para se trancar no estúdio. “Três faixas já estão gravadas e mixadas, e eu acredito que a gravadora já disponibilize algo em breve”, disse.
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Essa é a melhor de todas... Dave Grohl não se conformou com um fã que estava criando confusão durante um show do Foo Fighters em Londres, ontem, e expulsou o sujeito da casa de shows. “Você não vai brigar no meu show, seu bundão. Deixa eu te ver, quem está brigando agora? É o cara com camiseta listrada. Hey motherfucker, olhe para mim, get the fuck out of my show right now”.
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Esse é o Dave!
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E esse é o Foo Fighters tocando Queen (com participação do Brian May e do Roger Taylor) no bis da apresentação:
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Amanhã, Erasmo Carlos vai liberar o download gratuito do primeiro single de seu próximo álbum, “Sexo”, que será lançado no mês que vem. “Kama Sutra” é a primeira parceria de Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes. O novo álbum foi produzido por Liminha. Parece que vem coisa boa por aí...
Olá a todos. Hoje o dia está estranho, hein... Sol brilhando, um frio de doer os ossos e um fantasma correndo no calçadão aqui em frente... Gosto dessas coisas surreais, já disse? Bom, hoje não poderia começar com nada diferente de Ringo Starr. O ex-baterista dos Beatles confirmou shows no Brasil em novembro. Para quem viu o Paul McCartney, certamente será uma experiência incrível. A pré-venda começa no dia 11 de julho. Vamos preparar o bolso? Se eu tivesse que escolher uma música para o set list dos shows, seria essa aqui...
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E hoje, 29 de junho é dia de São Pedro, santo protetor dos viúvos, porteiros, telefonistas e... PESCADORES!! E falou em pescador, a gente lembra de quem?? Hein?
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Grande Dorival Caymmi! O mais curioso é que, ao contrário do que muita gente imagina, Caymmi não sabia pescar. E nem nadar... Li isso na sensacional biografia “Dorival Caymmi – O mar e o tempo”, escrita pela sua neta Stella Caymmi. O livro é um tijolão, fundamental para quem gosta de música. Faz uns cinco anos que devorei o livro em dois dias. Não vai demorar muito para que eu o faça de novo. Caymmi nunca é demais...
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Hoje é dia de comemorar o centenário de um dos maiores compositores de trilha sonora da história. Bernard Herrmann nasceu a 29 de junho de 1911, e é o responsável por trilhas de filmes como “Cidadão Kane”, “Taxi driver” e alguns dos principais longas de Alfred Hitchcock, como “O homem que sabia demais”, “Um corpo que cai” e...
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E por falar em trilhas sonoras, a recomendação de livro hoje é “A música no cinema – Os 100 primeiros anos”, obra de dois volumes escrita por João Máximo. O livro apresenta um mega-panorama das trilhas sonoras desde o cinema mudo. Um dos capítulos (“A batuta do braço direito”) é quase que todo dedicado a Bernard Herrmann. O autor ainda faz uma viagem completa, que começa lá em Griffith, passando pelo Hollywood pós-guerra, o cinema europeu (em especial a nouvelle vague francesa e o neo-realismo italiano), mestre Henry Mancini, o rock dos Beatles e de Elvis Presley, e as trilhas no Brasil, de Carmen Miranda às chanchadas da Atlântida até chegar a filmes mais recentes, como “Cidade de Deus” e “Abril despedaçado”. Mais aula de João Máximo.
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Voltando aos aniversários do dia, hoje vou homenagear aqui o guitarrista Dado Villa-Lobos, ex-Legião Urbana, que completa 46 anos. Apesar de uma carreira solo não muito regular, o cara ainda manda bem quando lança alguma coisa. Hoje, quando se fala em Legião, aparece logo o nome de Renato Russo. Mas desconfio que a Legião Urbana jamais seria a principal banda de rock do Brasil se não fosse o toque de Dado e de Marcelo Bonfá.
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Hora do futebol. Tudo bem, isso aqui é um blog de música, mas nunca vou deixar o futebol de lado. Se você não gosta, é só pular. Sem problema. Hoje faz 25 anos do primeiro jogo de futebol realmente importante que vi: a final da Copa de 1986. Um jogaço. Eu torci para a Alemanha (Rummenigge era um dos meus principais jogadores de botão), mas a Argentina de Diego Maradona acabou levando a melhor na partida, que terminou três a dois. Hoje, acho que foi mais do que merecido o título. Sorte da Copa do Mundo que teve Maradona levantando a sua taça.
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E já que estamos em clima de Copa América, lembro que foi no dia 29 de junho de 1997, que o Brasil faturou o seu primeiro título no torneio, jogando fora de casa. Em La Paz, a seleção canarinho dirigida por Zagallo derrotou os anfitriões bolivianos por três a um, gols de Edmundo, Ronaldo e Zé Roberto.
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Com 100% de aproveitamento nos últimos dois dias aqui no blog, Morrissey volta a atacar. Poucos artistas são capazes de causar tanta polêmica quanto Moz. Qualquer coisa que ele faça vira assunto. Até mesmo cantar as músicas dos Smiths! O ex-baterista da banda, Mike Joyce, criticou o ex-colega por ter cantado algumas canções dos Smiths no último fim de semana, em Glastonbury - no roteiro, "Meat is murder", "There is a light that never goes out", "This charming man", entre outras. Em seu twitter, Joyce, ironicamente, elogiou o show, e completou: "M fazia parte do grupo mas não era a banda". "As canções são de todos. A banda eram os músicos dos Smiths. M era apenas o cantor/letrista", completou. Ainda com relação ao festival, Morrissey declarou ao Guardian que foi difícil competir com a estrutura do palco do U2 (Moz cantou antes da banda irlandesa). "Nós fomos bem, mas a chuva estava fria e o público, ensopado e cheio de lama. Toda vez que eu abria minha boca, engolia chuva", disse. Sobrou alfinetadas para o U2, que, nas palavras do cantor de Manchester, tinha "uma bateria do Star Wars com baquetas que poderiam iluminar o norte da África, e um sistema de som capaz de causar um terremoto".
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Ah, e o novo videoclipe do Coldplay, "Every teardrop is a waterfall"?? Pelo menos dá para dizer que é melhor do que a música, né??
Bom dia, pessoal. Cá estou eu de novo. Segundo dia seguido, e isso já é alguma coisa. Ontem iniciei o post com Morrissey, e hoje escolhi uma outra música para começar os trabalhos. Vou ver se faço isso diariamente. Uma espécie de “Música do dia”. E a de hoje é... TARAM...
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“Maybe I’m amazed” é, de longe, a música que mais gosto da carreira solo do Paul McCartney. Assisti a quatro shows dele aqui no Brasil nesses últimos meses (PoA, SP e dois no Rio), e nada de “Maybe I’m amazed”. Há duas semanas vi o último show da “Up and coming tour” em Las Vegas. E, logo depois de “Let ‘em in”, surpresa... Rolou “Maybe I’m amazed” pela primeira vez na turnê. Antes, logo na segunda música do show, Paul surpreendeu, apresentando, também pela primeira vez na turnê, “Junior’s farm”. Mas a maior surpresa mesmo foi a presença das famílias de George Harrison e de John Lennon na plateia. O musical “Love” (o Cirque Du Soleil com as músicas dos Beatles) estava completando cinco anos naquela semana, e todo mundo foi lá prestigiar. Paul não poupou Yoko Ono e mandou “Get back” no bis de seu show. Mas antes, durante “Give a peace a chance”, fez questão que a imagem da viúva de John ficasse bem no meio do telão do palco. Foi bonito.
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E o que temos para comemorar no dia do assassinato do arquiduque (não a banda) Franz Ferdinand, hein?? (Você também aprendeu na escola que esse fato serviu como estopim da I Guerra Mundial?) Vamos começar com o grande roqueiro do Brasil. Um cara que deve estar se revirando no túmulo com a atual safra do rock tupiniquim – dá pra chamar de safra?? Ele: Raul Seixas, que, se vivo fosse, estaria fazendo 66 anos.
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Olha só que coisa linda que ele escreveu…
“Sonho que se sonha só É um sonho que se sonha só Mas sonho que se sonha junto é realidade”
Verdade, né??
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Quem também comemora aniversário hoje é o cantor, compositor e maluco pernambucano Otto. Quarenta e três anos, ao que parece, bem vividos. Sempre esbarrava com o Otto em Visconde de Mauá, mas já tem um tempo que eu não apareço por lá. Um dos melhores álbuns lançados em 2009 é “Certa manhã acordei de sonhos intranquilos”. Uma pequena obra-de-arte que só uma dor-de-corno é capaz de gerar. Saca só...
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No futebol, hoje é dia de dar os parabéns a Fabian Barthez, um dos carequinhas mais famosos do futebol. Campeão mundial com a seleção francesa em 1998 (você deve se lembrar bem desse dia...), Barthez completa 40 anos hoje. Em 2006, o goleirão foi vice-mundial. Aposto que, se em 2014, Barthez pintar na seleção francesa, ela chega a final. E se for contra o Brasil... Toc-toc...
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Coisa feia, hein, Lady Gaga... Ah, se os seus monstrinhos ficam sabendo disso... Hein?
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Gostei da frase do Bob Fernandes...
“Pedro Cabral descobriu o Brasil em Porto Seguro. E o Brasil descobriu Sergio Cabral em Porto Seguro…”
GÊNIO!
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E que tal a nova música do Wilco, hein?? Ela se chama “I might”. E não me surpreendeu. Boa como (quase) tudo que a banda faz.
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Mais um livrinho que li nos últimos dias: “Rubem Alves & Moacyr Scliar conversam sobre o corpo e a alma – Uma abordagem médico-literária”. O título, longo e um pouco complexo, dá uma impressão errada do livro. Bom, não se trata de um trabalho técnico. Pelo contrário. O livro é fininho (duas horas de leitura, no máximo) e traz a transcrição de um bate-papo entre o teólogo Rubem Alves e o médico (saudoso!) Moacyr Scliar. Em resumo, o livro trata das doenças da alma, que pouca gente dá bola, mas pode ser mais grave do que qualquer outra. Algumas das discussões são imperdíveis, especialmente a que trata a relação sofrimento x arte. Será que é possível produzir uma obra-de-arte sem um mínimo de sofrimento? A resposta não está no livro, mas, com certeza, fará você meditar bastante sobre o tema. Outros pontos também são discorridos de forma leve, como a saúde e a doença na Bíblia, o poder médico e a palavra e seu poder terapêutico. Eu recomendo.
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Mais uma do nosso Morrissey... Durante um show realizado ontem, em Bradford, Inglaterra, ele apareceu com uma camisa na qual se lia "Fuck Morrissey-solo.com". O tal site, idealizado por fãs, tem irritado o ex-vocalista dos Smiths, com as discussões em foruns que falam sobre a vida privada do cantor. Olha só o vídeo:
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Em mais uma daquelas enquetes bem duvidosas, o show do Muse em Wembley, no ano de 2007, foi considerado o evento mais importante que já aconteceu no célebre estádio britânico. O top 5 da pesquisa, conduzida pela Football Association inglesa é o seguinte:
1) 2007 - Muse ("H.A.A.R.P Tour")
2) 1988 - Michael Jackson ("Bad Tour")
3) 1986 - Queen ("Magic Tour")
4) 2009 - Take That ("Circus Tour")
5) 1966 - Final da Copa do Mundo (Inglaterra x Alemanha)
E soam as trombetas do apocalipse... O meu imaginário leitor pensou que esse blog estava morto, humilhado, enterrado... E estava mesmo. Mas ele está de volta. Depois de longo e tenebroso inverno, aproveito o início do... inverno (!!), para ressuscitar isso aqui. Bom, não pense que fiquei esse tempo todo de papo pro ar, sem fazer nada... Trabalhei bastante. Em breve, teremos novidades. Podem aguardar.
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Mas vambora... Pensei durante o feriado todo como voltaria a esse blog. Seria com o mesmo formato de antes? Bom, eu não tive maiores ideias. Não sou daqueles que tem tanto apreço assim pela palavra “mudança”. Então, vamos deixar mais ou menos como antes. Só tem duas coisas que quero combinar desde já com vocês: 1) meus textos serão mais leves e curtos, pois, em tempos de twitter, pouca gente tem saco de ler um texto maior do que uma frase, quiçá, uma oração; 2) não cobrem a minha presença aqui todo dia. Eu não sei como será a minha vida até o final do ano. Mas prometo que sempre que rolar, essa ESQUINA será a minha prioridade.
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Chega de papo. Quero começar os trabalhos com uma música. Morrissey em um clássico dos Smiths. Quem gosta, levanta o dedo...
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Aliás, quem mais poderia escrever algo assim?? “And if a double-decker bus Crashes into us To die by your side Such a heavenly way to die And if a ten-ton truck Kills the both of us To die by your side Well, the pleasure and the privilege is mine”
Hein??
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Agora vou tirar o pó da agenda para ver quem faz aniversário hoje. Hum, na verdade, ontem... Porque no dia 26 de junho, Gilberto Gil completou 69 (69???) anos. Selecionei um videoclipe (com áudio péssimo) de uma música dele que eu adoro: “Roque Santeiro (O rock)”. A música não tem nada a ver com a novela fantástica do Dias Gomes – tirando o fato de ter sido composta na mesma época. Nela, Gil dá as boas-vindas à galera do Rock Brasil, como os Paralamas, Ultraje, Titãs, Lobão... Então, “Caetano, vem ver aquele preto que você gosta...”
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Hoje também é dia de lembrar do grande John Entwistle, eterno baixista do The Who que, ao lado do batera Keith Moon, formou a maior cozinha da história do rock. Há nove anos, em circunstâncias não muito conhecidas até hoje (hum, hum...), Entwistle partir dessa pra melhor. Ele estava em Las Vegas, na véspera da estreia da nova turnê do The Who... Ah, Las Vegas... “Bóóóris the spideeerr...”
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No cinema, há dez anos morria Jack Lemmon, que participou de filmes importantes como “A corrida do século” (1965) e “Aeroporto 77” (1977). Procurei alguma cena dele no YouTube para ilustrar o post, e achei tocante essa que mostra a vitória dele no Oscar de 1974, pelo filme “Sonhos do passado” (1973). O Oscar parecia ser uma festa tão bacana...
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Nesse tempo todo que fiquei afastado do blog, ouvi muitos discos interessantes. Não dá para citar tudo aqui porque vai que eu esqueço de algum, e aí vocês vão pegar no meu pé. Mas se você me perguntar, na lata, qual o melhor álbum que eu escutei em 2011, arrisco dizer que é esse aqui:
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É ou não é?
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Ah, e o que eu andei lendo? Putz, com certeza li mais do que ouvi nesses últimos meses. Aos poucos, eu vou atualizando aqui a minha lista de leitura. Mas eu recomendo, de cara, o clássico “Gigantes do futebol brasileiro”, de João Máximo e Marcos de Castro. A edição original é de 1965, e a editora Civilização Brasileira relançou no mês passado. Além de 14 perfis (devidamente revistos) da obra original, a tal nova edição incluiu mais seis, de gente como Falcão, Rivelino e Romário. Os perfis antigos abrangem craques do nível de Pelé, Garrincha e Tim. Pena que o texto sobre Jair Rosa Pinto, titular da seleção brasileira de 1950, tenha ficado de fora. A família não entendeu a homenagem, e vetou o perfil. Mesmo para quem não gosta de futebol, o livro é obrigatório. Os textos são deliciosos e uma aula de como se deve escrever.
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Isso é notícia velha, mas ainda está valendo. Que tal a música nova do Chico Buarque, hein? Nunca vi tanta discussão sobre uma música nova do Chico. Muitas falando mal de “Querido diário”. Em suma, dizem que “não é o Chico dos velhos tempos”. De minha parte, acho que o Chico já “não é o Chico dos velhos tempos” faz muito tempo. E isso não é uma crítica. Também não achei a canção ruim. Apenas diferente. Daqui a pouco todo mundo se acostuma. E eu só quero ver a loucura que vai ser para comprar ingresso para o show. (Se é que vai ter turnê...)
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Até o final desse ano vai sair a edição comemorativa dos 20 anos do “Actung baby” (1991), clássico dos clássicos do U2. O empresário Paul McGuiness já adiantou que “os fãs terão que pagar um preço alto” pela edição especial. A relação de faixas ainda não foi divulgada, mas o guitarrista The Edge já adiantou que tem coisa que nunca viu a luz do dia. Pelo jeito, a banda irlandesa anda empolgada com o projeto. Tanto que começou a sua apresentação em Glastonbury, na sexta passada, com cinco (isso, CINCO!!) canções de “Achtung baby”: “Even better than the real thing”, “The fly”, “Mysterious ways”, “Until the end of the Word” e “One”. Olha aí embaixo…
A nova banda de Liam Gallagher, Beady Eye, anunciou a data de lançamento de seu álbum de estreia. "Different gear, still speeding" (capa acima) chegará às lojas no dia 28 de fevereiro de 2011, com 13 faixas. Produzido por Steve Lillywhite, o disco foi gravado no RAK Studios, em Londres, no decorrer desse ano. Em março a banda inicia uma turnê pelo Reino Unido. As faixas de "Different gear, still speeding" são as seguintes: "Four letter word", "Millionaire", "The roller", "Beatles and Stones", "Wind up dream", "Bring the light", "For anyone", "Kill for a dream", "Standing on the edge of the noise", "Wigwam", "Three ring circus", "The beat goes on" e "The morning son".
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A banda The Who lançou um novo videoclipe para uma antiga música ("Tattoo"). Veja aí o que você acha.
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Morrissey e Johnny Marr estão juntos. Pelo menos contra David Cameron, primeiro-ministro britânico. Johnny Marr disse, na semana passada, que proibia Cameron de gostar do The Smiths. Moz elogiou o colega ao site de fãs Trueto you.net. "Para todos aqueles que expressaram o seu descontentamento com as palavras de Johnny, gostaria de dizer por qual razão considero que ele está certo. É verdade que a música é uma linguagem universal, a única, e pode ser expressa por todos. No entanto, lembro que David Cameron gosta de caçar, aparentemente por prazer", disse o cantor, que ainda frisou que "não foi para essas pessoas que canções como 'Meat is murder' e 'The queen is dead" foram compostas".
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Para quem viu e gostou do último show do Rush no Brasil, uma grande notícia. A banda canadense vai registrar a "Time Machine tour" em DVD e blu-ray. O show será gravado na Quickens Loans Arena, em Cleveland, no dia 15 de abril. A relação da banda com a cidade é antiga. Foi lá que as suas músicas foram executadas, em uma rádio, pela primeira vez, fora de Toronto, cidade-natal do Rush. O DVD/BD deve sair até o fonal de 2011.
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O Fluminense foi merecidamente campeão ontem. E o seu hino é lindo. Ainda mais nessa interpretação de Arthur Moreira Lima.
Quem foi ao show da Dave Matthews Band no Vivo Rio, em setembro de 2008, não se esquece. Foram mais de três horas e meia de apresentação, com momentos marcantes, como a homenagem que a plateia fez para o então recém falecido LeRoi Moore em "#41" e o encerramento com "Two step". Agora, quem viu o show tem mais um motivo para não se esquecer. Chega até o final dessa semana às lojas brasileiras o CD duplo "Live in Rio", com mais de duas horas daquela apresentação - pena que alguns momentos ficaram de fora, como "#41". As faixas de "Live in Rio" são as seguintes: "Bartender", "Warehouse", "Stay or leave", "The stone", "Say goodbye", "Corn bread", "Grey street", "Crush", "So much to say", "Anyone seen the bridge?", "Ants Marching", "Jimi thing", "Satellite", "So damn lucky", "Don't drink the water", "Burning down the house" e "Two step".
E o site DMBrasil, do parceirão Rodrigo Simas, informou, em primeira mão, que segundo a Amazon americana, a Dave Matthews Band lançará em novembro o CD ao vivo "Live in New York City". Ainda não há confirmação oficial da banda. A DMB se apresentou no Citi Field nos dias 16 e 17 de julho. Rodrigo lembrou que alguns dos destaques dos shows foram "Big eyed fish" (raridade nos repertórios de shows da banda), "Seek up" (também bem rara), bem como a estreia da até então inédita "Black Jack". Vamos aguardar.
Ah, e a quem interessar possa, restam poucos ingressos para o show da Dave Matthews Band, na HSBC Arena, no Rio, dia 08 de outubro. "Corrão!"
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John Legend cantando "Wake up", do Arcade Fire? Impressionante a capacidade que certos artistas têm de destruir certas músicas...
Já viram o Klaxons mandando ver em "Bad romance", de Lady Gaga??
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Quem também vai lançar edição de luxo de um álbum importante de sua carreira é o Weezer. "Pinkerton" (1996), chegará às lojas novamente com 16 faixas inéditas. O lançamento será no dia 01º de novembro. O CD duplo contará com o álbum original, além de muitos lados B e gravações ao vivo, algumas durante show da banda no festival de Reading, no mesmo ano de lançamento do álbum. As faixas extras são as seguintes: "You Won't Get With Me Tonight", "The Good Life (Live At Y100 Sonic Session)", "El Scorcho (Live At Y100 Sonic Session)", "Pink Triangle (Live At Y100 Sonic Session)", "Why Bother? (Live At Reading Festival 1996)", "El Scorcho (Live At Reading Festival 1996)", "Pink Triangle (Live At Reading Festival 1996)", "The Good Life (Live At X96)", "El Scorcho (Live And Acoustic)", "Across The Sea Piano Noodles", "Butterfly (Alternate Take)", "Long Time Sunshine", "Getting Up And Leaving", "Tired Of Sex (Tracking Rough)", "Getchoo (Tracking Rough)" e "Tragic Girl.
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Quer ajudar a fazer o próximo álbum da Legião Urbana? É o seguinte: a banda está preparando uma coletânea para novembro. E os fãs podem escolher as músicas. As doze mais votadas farão parte do álbum. Para votar, o fã tem que se cadastrar no site oficial da banda. A votação vai até o dia 30 desse mês. A ideia é legal, mas será que a Legião Urbana não tem material mais interessante para lançar não? Cadê o show no Jockey, no dia da morte do Cazuza? E o DVD do Metropolitan? Será que o fã ainda vai se interessar por uma coletânea com as mesmas músicas repetidas??
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A banda The National vai lançar, no final de novembro, uma nova edição de seu último álbum, "High violet". Além do álbum original, o pacote trará um CD extra com oito faixas: três ao vivo, os dois lados B dos singles lançados de "High violet", duas faixas inéditas (incluindo "You were a kindness", logo abaixo), além de versão alternativa de "Terrible love". As faixas extras são as seguintes: "Terrible love" (Alternate Version), "Wake up you saints" (inédita), "You were a kindness" (inédita), "Walk off" (lado B), "Sin-eaters" (lado B), "Bloodbuzz Ohio" (Live - KCMP), "Anyone's ghost" (Live - Brooklyn Academy of Music) e "England" (Live - Brooklyn Academy Of Music).
PS. Com essa moda de "edições especiais, acho que vou começar a baixar os CDs de graça na internet, e, três meses depois, compro a tal edição especial. Vou me sentir menos otário dessa forma.
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Agora, da música para o cinema. Ou quase... Isso porque Brigitte Bardot era cantora também. Símbolo sexual dos anos 60, a "Brigitte Bardot tá ficando velha", como canta Tom Zé. Hoje ela faz 74 anos. Afastada da vida artística, Brigitte hoje briga pelos direitos dos animais. Preferiu ficar velha longe dos holofotes. Tom Zé tem razão.
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Pode se preparar que, em 2011, você vai ouvir falar muito sobre os 20 anos da morte de Miles Davis. Eu juro que pensei esperar, mas acho que alguns artistas devem ser homenageados sempre. Então por que não lembrar os 19 anos da morte de Miles Davis? É o que estou fazendo. Miles foi tocar o seu trompete divino para os anjos lá em cima no dia 28 de setembro de 1991, vítima de insuficiência respiratória. Ele tinha 65 anos. Tempo suficiente para deixar umas coisinhas por aí, como "Kind of blue" (1959), "E.S.P." (1965), "Filles de Kilimanjaro" (1968), "Bitches brew" (1970), "Live-evil" (também de 70)... Precisava de mais alguma coisa? É por isso que a gente tem que se lembrar sempre de Miles Davis.
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Eu me lembro que no mesmo dia em que levei pra casa o "Strangeway, here we come", eu comprei também o "Music for the masses", do Depeche Mode. E qual não foi a minha surpresa ao constatar, essa semana, que ambos os discos foram lançados no mesmo dia: 28 de setembro de 1987. O Depeche Mode é aquele tipo de banda que eu nunca sei dizer qual é o melhor álbum. Tudo depende do meu estado de espírito. Ultimamente ando mais para "Songs of faith and devotion" (1993) e "Exciter" (2001) do que para "A broken frame" (1982), por exemplo. Mas a minha música preferida do Depeche Mode nunca muda. E o seu nome é "Never let me down again", faixa de abertura de "Music for the masses", que, aliás, ainda conta com outros clássicos, como "Strangelove", "Behind the wheel" e "Little 15". Com muitas guitarras (uma novidade no som do Depeche Mode), esse sexto trabalho do Depeche Mode é um dos álbuns mais vendidos da banda, com quase oito milhões de cópias espalhadas pelo mundo.
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Dia 28 de setembro de 1987. Essa foi a última oportunidade que os fãs do The Smiths tiveram para correr a uma loja e comprar, no dia do lançamento, um álbum da banda de Manchester. "Strangeway, here we come" foi o último disco de canções inéditas de uma das bandas mais amadas da história do rock. Formado por Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce, o Smiths passava por problemas de relacionamento - especialmente entre Moz e Marr, dois geniozinhos pra lá de geniosos. O canto do cisne do conjunto alcançou o segundo posto da parada britânica de discos, e continha clássicos como "Last night I've dreamt that somebody loved me", "I started something I couldn't finish", "Girlfriend in a coma" e "Rush and a push and the land is ours". Foi o primeiro e último álbum do Smiths que tive o prazer de comprar na semana do lançamento.
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Mais umazinha dele??
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Eu vou dizer que tem uns artistas que eu sinto saudade de verdade. E são aqueles que sempre me diziam algo com suas letras. Chorei semanas a morte de Renato Russo. Não porque estava perdendo a Legião Urbana. Na verdade, eu sentia que estava perdendo uma espécie de irmão mais velho. Outro artista que aconteceu isso foi Tim Maia. Para mim, o mais impressionante nele era a sua capacidade de agradar (e conquistar) todas as classes sociais. Todo mundo gostava do Tim Maia. E não tinha como não gostar dele. Nelson Motta, que o conheceu muito bem, escreveu a seguinte introdução em seu livro "Vale tudo - O som e a fúria de Tim Maia": "Minha filha ganhou um gatinho e contei a Tim que ela ia dar o seu nome ao bicho. Ele adorou: 'Já sei, porque é preto, gordo e cafajeste!' O gato era cinzento, magrinho e carinhoso, e só nos deu amor e alegria". Tim Maia estaria completando 68 anos hoje.