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4 de ago. de 2011

Sepultura e Judas Priest no “Dia do Padre”; Ira! e Ultraje no Rock in Rio; o mega box de “Achtung baby”; o show inédito do Queen; e Coldplay ao vivo.



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É isso aí rapaziada. Pauleira para começar o dia de vocês. Quinta-feira... Fim de semana quase chegando... Mas a pauleira do Judas Priest vai em homenagem ao dia de hoje, o Dia do Padre. É uma homenagem a São João Maria Vianney, santo padroeiro dos sacerdotes, que nasceu na França, no ano de 1786. Espero que ninguém venha reclamar da brincadeira no twitter. Afinal, eu poderia ter colocado aquela musiquinha dos Titãs, hein...

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E o que a gente tem nesse Dia do Padre? Vamos começar pelos 110 anos de nascimento de um dos mostros do jazz, Louis Armstrong. Noventa e nove por cento das pessoas o conhecem como o intérprete de “What a wonderful world”, mas eu devo dizer que ele fez coisas muito mais interessantes. Tipo isso aqui:



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De um extremo a outro, hoje também é dia de homenagear Max Cavalera pelos seus 42 anos. Essa discussão nunca vai acabar... O Sepultura é mais bacana com Max Cavalera ou com Derrick Green nos vocais?? Eu acho que é pau a pau. Mas eu aprendi a apreciar o trash metal com a voz de Max. Se teve um álbum que ouvi bastante nos meus 11 anos de idade foi “Arise”. Bati muita cabeça com ele. No Rock in Rio II, em 1991, tive a chance de conhecer Max Cavalera no backstage. Estava um pouco assustado. Ele tinha acabado de sair do palco, mas parou para falar comigo. Pena que o autógrafo que ele me deu não exista mais.



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Há 61 anos estreava nos cinemas um dos filmes mais conhecidos de Billy Wilder. "Sunset boulevard" (ou, no Brasil, “O crepúsculo dos ídolos”) conta a história de uma famosa atriz do cinema mudo de Hollywood, que enfrenta o ostracismo com o advento do cinema falado. A parceria entre os atores William Holden e Gloria Swanson é digna dos anais de Hollywood. Eu gosto muito de filmes cujo o tema principal seja o cinema, em uma espécie de metalinguagem. “A rosa púrpura do Cairo”, de Woody Allen, também é assim. Mas “Sunset boulevard” talvez seja o filme que melhor tenha incorporado esse estilo.



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Depois dos lançamentos dos shows antológicos do Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso e Cássia Eller no Rock in Rio, a gravadora MZA coloca nas lojas agora o CD e o DVD com o show conjunto do Ira! + Ultraje a Rigor no Rock in Rio de 2001. A apresentação das bandas paulistas no Palco Mundo aconteceu meio que por acaso. Ambos estavam escalados para a Tenda Brasil, mas com a desistência de bandas como O Rappa e Skank, elas acabaram promovidas ao palco principal do evento. Os dois conjuntos não desperdiçaram munição, mandando clássico atrás de clássico. Um orgasmo para os saudosos do rock oitentista brasileiro. Enquanto o Ira! interpretava “Gritos na multidão” e “Envelheço na cidade”, o Ultraje não ficava atrás, com “Ciúme” e “Nada a declarar”. As duas bandas se juntaram para uma versão nervosa de “Shoul I stay or shoul I go?”, o clássico do The Clash. O CD e o DVD resgatam essa apresentação. Bom para relembrar e para aquecer o novo Rock in Rio que se aproxima. Só pena que a apresentação esteja incompleta. A música “Telefone” (homenagem do Ira! ao Gang 90, com participação de Fernanda Takai, do Pato Fu, nos vocais) foi limada, assim como a dobradinha “Inútil” / “Nós vamos invadir sua praia”, do Ultraje a Rigor.



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O U2 só estava esperando finalizar a sua “360º tour” para anunciar mais um lançamento. No dia 31 de outubro a banda irlandesa vai despejar o mega box comemorativo dos 20 anos de lançamento de “Achtung baby”, para muitos (inclusive para esse que vos escreve) o melhor álbum da banda. O relançamento ocorrerá em cinco formatos. O mais e$$$pecial será a caixa com dez discos e mais um bando de quinquilharia que vai fazer o fã do conjunto gozar. Serão seis CDs, incluindo o “Achtung baby” e o seu sucessor “Zooropa” (1993) remasterizados e mais quatro discos de raridades nunca lançadas oficialmente e lados B; quatro DVDs, como o documentário “From the Sky down” (que retrata as sessões de gravação do disco), o show da turnê gravado em Sidney (já lançado oficialmente), todos os videoclipes que a banda gravou à época e outras raridades; cinco discos em vinil de sete polegadas, com os singles de “Achting baby”; um livro de 84 páginas de capa dura; e o principal: uma réplica dos óculos de “mosca” que Bono usou na turnê. Outro formato será em LP quádruplo (dois deles em vinil azul!!) com o álbum original, lados B e remixes.

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Enquanto a caixa não sai…



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O Queen também ressurge com um relançamento que vai dar uma força no caixa de Brian May, Roger Taylor, John Deacon e dos herdeiros de Freddie Mercury. O DVD “Queen live at Wembley Stadium” ganhará uma versão comemorativa de 25 anos, que chegará às lojas no dia 05 de setembro, quando Freddie Mercury faria 65 anos de idade. Para quem já tem a edição de DVD que saiu uns oito anos trás, a novidade é a inclusão do show integral de sexta-feira, dia 11 de junho de 1986. O vídeo original conta com a íntegra do show de sábado, dia 12. Somente algumas poucas músicas do show de sexta, quando choveu bastante, foram lançadas anteriormente. O áudio dos dois shows passou por um avançado processo de remasterização em 5.1. Pode parecer preciosismo, mas esse DVD será uma oportunidade de comparar dois shows da mesma turnê da banda que fazia do palco a sala de estar de sua casa. Além das duas apresentações, o DVD traz o documentário inédito “The magic tour”, com entrevistas recentes de Brian May e Roger Taylor.

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Eis um trecho do show de sexta-feira:



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Também em setembro, só que no dia 27, será lançado o CD/DVD/BD “Raw Power live – In the hands of the fans”. O vídeo retrata um show de Iggy Pop ao lado da banda The Stooges, realizado no festival All tomorrow’s parties, em 03 de setembro do ano passado. A ideia é sensacional (embora o resultado ainda seja uma incógnita): seis fãs que estavam na plateia filmaram o show. O vídeo também traz entrevistas com esses mesmos fãs. Dá uma olhada como é que ficou:



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Olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Kimmel...





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Hank Williams será merecidamente celebrado. Artistas como Bob Dylan, Jack White, Norah Jones e Sheryl Crow gravaram músicas inéditas do compositor country, a serem lançadas no álbum “The lost notebooks of Hank Williams”, no dia 4 de outubro. Os manuscritos das canções que serão lançadas foram encontrados em uma pasta de couro de Williams, que morreu e, 1953, aos 29 anos de idade.

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Só escutei hoje a música da nova banda de Mick Jagger, a Super Heavy. “Miracle worker” é bacana, mas um poquinho ragga demais para o meu gosto. E vocês? O que acharam??

4 de jul. de 2011

Novos Baianos com chuva; Foo Fighters 16 anos depois; Prince takes you higher; Erasmo no Municipal; a banda de Jagger; e mais um crime de Miley Cyrus.

Quando eu acordei, tive a certeza cruel e absoluta: hoje é o dia mais feio do ano. As nuvens cinzas, chuva fina, frio e, o pior!, segunda-feira. Vamos começar tudo de novo? Bom, espero que a semana traga algo de bom para a gente. Faço a minha parte aqui e já começo esquentando a semana com os Novos Baianos...



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Já deu uma animada?? Difícil não se animar com os Novos Baianos. Aliás, olha o que eu achei perdido aqui na biblioteca:



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Agora que já tirei a minha onda do dia, vamos falar dos aniversários de hoje. Ou melhor, primeiro de ontem, o dia em que celebramos os 40 anos da morte do Jim Morrison – vocês leram o top 5 de ontem?? E nesse domingo que passou fez 20 anos da estreia de um dos filmes que mais vi na minha infância: “O exterminador do futuro 2 – O julgamento final”. Além do Arnold Schwarzenegger, sabe o que eu mais gostei no filme?? Isso:



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Ontem também fez dez anos que o White Stripes lançou o seu terceiro álbum – e um dos melhores de sua discografia – “White blood cells”. “Elephant” (2003) talvez seja o trabalho imbatível da dupla formada por Jack White e Meg White. Mas a melhor música do White Stripes está em “White blood cells”, e é essa aqui:



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Continuando nessa onda de discos, hoje é dia dos fãs do Foo Fighters espanarem a poeira daquele velho disco de estreia da banda. Parece que foi ontem que o tal baterista do Nirvana resolveu montar uma banda. E lá se vão 16 anos do lançamento do álbum de estreia do Foo Fighters. Ok, o álbum deixava um pouco a desejar. Mas se não fosse ele, a gente não teria “There is nothing left to lose” (1999) ou “Wasting light” (2011)... Né não??



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E por falar em Foo Fighters, a banda fez dois mega-shows no Milton Keynes Bowl, na Inglaterra, nesse fim de semana. Cada uma das apresentações beirou as três horas, com um repertório que abrangeu boa parte do trabalho do grupo. O show de sábado contou com as participações de Alice Cooper e do baterista do Queen, Roger Taylor. Já o de sábado teve a presença do ex-baixista do Led Zeppelin, John Paul Jones. Dá uma conferida aí como foi...





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Voltando às efemérides, hoje também é dia de lembrar Barry White, que partiu dessa pra melhor oito anos atrás. Olha, falem o que quiser do Barry White, mas eu assisti a um show dele no finado Metropolitan daqui do Rio, acho que em 1995, e foi uma das coisas mais animadas que já presenciei, Então vamos animar??



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Ah, sabe o que Barry White me lembra?? Isso:



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No Hop Farm Festival, também próximo a Londres, e também no sábado, quem se apresentou foi o Prince. O show foi extremamente elogiado por sites como Gigwise e New Musical Express. O repertório contou com vários sucessos do baixinho de Minneapolis (“Raspberry beret”, “Kiss”, “Purple rain”, “let’s go crazy”), e ainda teve versões de “Come together” (Beatles), “Don’t stop ‘til you get enough” (Michael Jackson), “Make you feel my love” (Bob Dylan) e “I want to take you higher” (Sly & The Family Stone), essa última com a participação de Larry Graham.





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E o Theatro Municipal daqui do Rio de Janeiro também bombou na noite de sábado, com o show do Erasmo Carlos. Participações de Roberto Carlos e Marisa Monte. Se arrependimento matasse... Parece que vem DVD por aí. Mas enquanto isso não acontece...



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Novos detalhes foram revelados hoje sobre o album da “nova” banda de Mick Jagger, a Super Heavy. O disco de estreia do grupo que o vocalista dos Rolling Stones formou com Joss Stone, Damian Marley, o onipresente Dave Stewart e o compositor AR Rahman será lançado no dia 20 de setembro. O primeiro single do álbum (que ainda não tem título definido) se chamará “Miracle worker”. Em entrevista ao Hollywood Reporter, Jagger comparou a nova banda aos Rolling Stones. É esperar para ver.

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Depois de assassinar “Smells like teen spirit”, do Nirvana, a nova vítima de Miley Cyrus é “On melancholy hill”, do Gorillaz. Se você tiver estômago forte, clique no vídeo abaixo.

22 de dez. de 2010

Concurso cultural - Vencedores

Oi pessoal!

Em primeiro lugar, mil desculpas pela ausência. Ainda vou ficar mais alguns dias afastado do blog. Na verdade, estou afastado da vida real. Estou em janeiro de 1985, e o Tancredo Neves acabou de ser eleito... Sério. Só falta eu ler "A insustentável leveza do ser", ver um show do Barão (com o Cazuza, claro) no Circo Voador e curtir o fim da noite no Crepúsculo de Cubatão...

Bom, chega de enrolação. Só apareci por aqui para anunciar os nomes dos vencedores do concurso cultural do último dia 11 (com atraso, eu sei, eu sei, sorry again...):

1 DVD duplo The Big 4 (Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax) – “Live from Sofia, Bulgaria” - Fernando Neumayer

1 Pacote com CD duplo + DVD Paul McCartney – “Band on the run” - Isabelle Lacerda

1 DVD Queen + Paul Rodgers – “Live in Ukraine” - Lucia Holov

1 Pacote com 1 DVD e 1 CD Maria Gadú – “Multishow – Ao Vivo” - Helder Moraes Miranda

1 Pacote com CD duplo e DVD Rolling Stones – “Get yer ya-ya’s out!” - Louisy Rodrigues

Entrarei em contato com os vencedores por e-mail. Na primeira semana de janeiro, envio os prêmios.

E se eu não aparecer por aqui antes do Natal...

26 de nov. de 2010

Black Eyed Peas, Mick Jagger x Keith Richards, Bon Jovi, Sex Pistols, U2, Madonna, Tina Turner

Acredita que essa doida está fazendo 71 anos hoje?? Esse vídeo de Tina Turner foi gravado no ano passado. E ainda tem gente que fica pagando pau pra Britney Spears, Lady Gaga...



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Se lembra daquele livro "Sex", da Madonna, que quem tinha (eu! eu!) tirava a maior onda? Pois bem, ele está completando 18 anos. E está disponível gratuitamente na internet. Aqui!

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O U2 homenageou ontem, durante show em Auckland, os 29 mineiros neozelandeses mortos nessa semana. Os telões do Mt Smart Stadium arrolaram os nomes dos 29 mortos, enquanto Bono dizia: "As pesoas têm diferentes formas de lidar com a dor. Na Irlanda, a gente canta". Após, a banda mandou "I still haven't found what I'm looking for" (vídeo abaixo) e "One tree hill", em homenagem aos mineiros.



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Há 34 anos, o Sex Pistols entrava para a história do punk lançando "Anarchy in the UK"...



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O Bon Jovi planeja parar por um tempo após o término da atual turnê mundial, no meio de 2011. A banda está na estrada sem parar faz quase dois anos. "Está na hora. Temos que ir para a cama", disse o vocalista Bon Jovi à Billboard. O tempo da possível pausa não foi anunciado.

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Sabe relação de amor e ódio? Então, a Rolling Stone norte-americana elegeu as mais, digamos, importantes no mundo da música. A dupla Mick Jagger e Keith Richards lidera a lista. Em sua autobiografia, "Vida", que saiu no Brasil nessa semana, o guitarrista afirma que Jagger não é lá muito, hum..., bem dotado. O top 10 completo ficou assim: 1) Mick Jagger x Keith Richards; 2) Paul Simon x Art Garfunkel; 3) Steven Tyler x Joe Perry; 4) Roger Daltrey x Pete Townshend; 5) Ray Davies x Dave Davies; 6) John Lennon x Paul McCartney; 7) Roger Waters x David Gilmour; 8) The Everly Brothers; 9) Liam Gallagher x Noel Gallagher; e 10) Axl Rose x Slash. Sei não, mas colocaria os irmãos Gallagher em primeiro lugar...



A duplinha pode brigar, mas é genial, né??

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Depois de muito disse-não-disse, o Black Eyed Peas foi confirmado para fazer o famoso show no intervalo do XLV Super Bowl. A apresentação acontecerá no Cowboys Stadium, na cidade de Arlington, no Texas, em 06 de fevereiro de 2011. A apresentação costuma durar 11 minutos, e a audiência é uma das maiores dos Estados Unidos no ano. Em 2010, a honra da apresentação no half time coube ao The Who. Vamos lembrar?

21 de nov. de 2010

Resenhando: Rock & Roll Hall of Fame, Legião Urbana, R.E.M., Roupa Nova, Weezer

“The 25th Anniversary – Rock & Roll Hall of Fame Concerts”– Vários Artistas
Assistir a um concerto reunindo nomes como Simon & Garfunkel, U2, Mick Jagger, Bruce Springsteen, Metallica, Aretha Franklin, Jeff Beck, Sting, entre outros, pode parecer um sonho. E deve ser mesmo. Esse concerto (na verdade dois, em dias seguidos) aconteceu no Madison Square Garden, em Nova York, no primeiro semestre desse ano para comemorar os 25 anos de existência do Rock & Roll Hall of Fame. Um amigo meu que assistiu ao segundo show tentou me descrever a sensação de ver o U2 com o Mick Jagger em cima do palco, a cinco metros de distância. Consegui imaginar, mais ou menos, como foi. Mas o DVD (também em blu-ray e CD) que chegou às lojas (lá de fora) no início do mês fez o resto do trabalho. De fato, são quase seis horas de ótima música e de encontros sensacionais. Exemplos? São numerosos, mas vamos lá: Metallica + Ozzy Osbourne (em uma versão absurda de “Iron man” / “Paranoid”), U2 + Mick Jagger, Bruce Springsteen + Billy Joel, Stevie Wonder + B.B. King (“The thrill is gone” ficou arrepiante), Paul Simon + David Crosby, Aretha Franklin + Annie Lennox, Jeff Beck + Buddy Guy (em “Let me love you baby”)... Tá bom? Nesse tipo de show, as apresentações, às vezes, tendem a ficar um pouco burocráticas. Decerto, esse “The 25th Anniversary...” não foge à regra em determinados momentos (Crosby, Stills & Nash, é verdade, chega a cansar um pouco). Mas, em sua maior parte, o DVD chega mesmo a arrepiar. Até mesmo com a Fergie grasnando e estragando “Gimme shelter”, ao lado de Bono e de Mick Jagger.

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“Legião Urbana” – Legião Urbana
O dever do ofício me faz escrever sobre o relançamento da obra completa da Legião Urbana em CD (vendidos avulsos ou em luxuoso box) e em LP com gramatura 180 – adiantei o meu presente de Natal me dando a coleção completa em vinil. Bom, falar o quê da obra da Legião? Como diz aquele famoso jornalista lulista, até o mundo mineral conhece a obra de Renato Russo e companhia. Do seminal “Legião Urbana” (1985), com vários cuspes na cara de vocês, como “Será” e “O reggae”, ao póstumo “Uma outra estação” (1997), o da clássica “Clarisse” (a garota que está trancada no banheiro e quer se suicidar), a obra da banda de Brasília prima pela coerência e pela alta qualidade. Disco ruim da Legião? Desculpe-me, mas não existe. Pode até ter aquele que você considera mais fraco, mas ruim? Não. E não se esqueça que o ruim de hoje pode ser o seu predileto de amanhã. Considerei “V” (1991) durante muito tempo um álbum muito difícil. Ouvia pouco. Bom, ele continua sendo difícil. Até ainda mais, atualmente. Mas, hoje, é o meu mantra. Quando “As quatro estações” (1989) foi lançado, os roqueiros mais radicais não entenderam porque Renato Russo estava cantando “Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo” ou então “Ainda que eu falasse a língua dos anjos”. Hoje, acho que todo mundo entende. Outro aspecto que impressiona quando a gente ouve novamente a obra completa da Legião Urbana é observar a sua atemporalidade. Nossa mãe, tem bandinha por aí que fez música ontem, e hoje já soa datada, tanto na sonoridade quanto na letra. Isso não acontece com nenhuma (eu disse NENHUMA!) música da Legião, posso garantir. Se encontrar alguma, por favor, me avise. Agora, eu vou dar uma dica: se você for muito fã da Legião, tiver um toca-discos e alguma grana sobrando, compre a edição dupla em vinil de “A tempestade”. Renato Russo sempre dizia que “até segunda ordem, todo álbum da Legião é duplo”. Na hora H, ele mudava de ideia para o disco não ficar muito caro. Assim, “A tempestade” é o primeiro vinil duplo (de canções inéditas, ressalte-se, ou seja, o “Música para acampamentos” não vale) da história da Legião Urbana. Demorou, mas Renato Russo deve ter ficado feliz.

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“Live from Austin TX” – R.E.M.
O R.E.M. já anunciou que o seu novo álbum de inéditas, “Collapse into now” sairá em breve. No ano passado, chegou às lojas o fantástico CD duplo “Live at the Olympia in Dublin”, com 39 faixas gravadas durante os ensaios abertos para a gravação do álbum “Accelerate” (2008). Um álbum ao vivo, é verdade, mas que não tinha muita coisa a ver com a turnê, que passou pelo Brasil em três memoráveis apresentações em novembro de 2008. Então, a “Accelerate tour” iria passar em branco, logo por uma banda que sempre faz questão de deixar registrado oficialmente algum show da turnê? Mais ou menos. “Live from Austin TX”, novo DVD da banda Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck, não é exatamente um show da turnê do álbum. A apresentação foi gravada para o programa de televisão “Austin City Limits”, no dia 13 de março de 2008, poucos dias antes de “Accelerate” chegar às lojas. Não se tratava de um ensaio, mas de um especial com 75 minutos de duração. Nesse DVD, as canções do álbum surgem da mesma forma que estão registradas no trabalho de estúdio, além de sucessos que viriam a fazer parte da turnê. Mas, caso você tenha ido a algum show do R.E.M. em 2008, esqueça toda a animação e energia da banda. Esse “Live from Austin TX” é frio como um focinho de cachorro quando acorda no inverno. A preocupação em acertar as músicas novas deixa a apresentação muito sem graça – e isso sem contar com o áudio do DVD, que está baixo demais. Mas é lógico que também não dá pra desprezar o lançamento. Afinal, não é sempre que o R.E.M. junta em um mesmo setlist preciosidades como “Drive”, “So. Central rain” e “Fall on me”. E também não é qualquer banda que pode tocar músicas como “Losing my religion”, “Man on the moon” e “Imitation of life” sem jamais cansar o ouvinte. E tem mais: as músicas do “Accelerate” ficam melhores a cada dia que passa. Duvida? Então ouça “Until the Day is done” e “Man-sized wreath”. Pensando bem “Live from Austin TX” é um grande DVD. Realmente, o R.E.M. não consegue fazer nada mal feito.

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“30 anos – Ao vivo” – Roupa Nova
Ninguém pode dizer que o Roupa Nova só vive do passado, afinal, não tem muito tempo, eles colocaram nas lojas o mediano “Roupa Nova em Londres” (2009). Mas muita gente pode dizer que o Roupa Nova tem vivido muito do passado ultimamente. Veja só: “RoupAcústico” (2004), “RoupAcústico 2” (2006) e, agora, “30 anos – Ao vivo”. Por mais que o Roupa Nova seja uma das instituições da MPB com um enorme número de sucessos, não tem como não soar repetitivo. Os dois primeiros discos citados são acústicos, certo, mas esse terceiro não foge muito do esquema. Embora seja notável a preocupação da banda em fazer arranjos um pouco diferentes, no final das contas, não tem muito para onde correr. Entretanto, quem é que está muito interessado em ficar ouvindo material novo, a não ser os críticos rabugentos? A julgar pela empolgação dos fãs do Roupa Nova nesse novo DVD (que também sai em CD com faixas muito mal selecionadas, diga-se de passagem), a banda carioca está fazendo a coisa certa. Do início, com a linda “Sapato velho” até o final, com “Canção de verão” (o seu primeiro sucesso), o Roupa Nova joga pra galera, literalmente. Não tem uma música que a plateia que lotou o Credicard Hall, em julho, não saiba de cor (e cante aos berros). E tome “Linda demais”, “Volta pra mim”, “A força do amor”, “Dona”, “Coração pirata”, “Seguindo no trem azul”, “Clarear”, “Meu universo é você”, “Whisky a gogo”... No CD e no DVD, o Roupa Nova também recebe convidados especiais como Milton Nascimento (“Nos bailes da vida”), Sandy (“Chuva de prata”), Padre Fábio de Mello (em “A paz”, jura que precisava disso??) e Fresno (“Show de rock ‘n roll”). Stanley Netto e Daniel Musy engrossam o caldo nos metais, e a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos faz bonito, ainda que a sua participação seja reduzida. As letras do Roupa Nova, às vezes, são de gosto bem duvidoso. Mas, musicalmente, vamos combinar, a banda é perfeita.

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“Death to false metal” / “Pinkerton” (Edição especial) – Weezer
O Weezer está fazendo um bom pé-de-meia nesse fim de ano. Depois do lançamento do álbum de inéditas “Hurley”, dois meses atrás, agora é a vez de dois (na verdade três, porque um é duplo) CDs em uma tacada só. Vamos começar pela edição especial do clássico “Pinkerton”, lançado originalmente em 1996. Até hoje, os fãs do Weezer dizem que a banda nunca lançou nada igual. E eles têm razão. Ouvindo “Pinkerton” novamente, 14 anos após, fica nítida a sua qualidade. É aquele tipo de álbum que a gente pode afirma que não envelhece. “Tired of sex”, “Across the sea”, “Pink triangle” e “The good life” continuam deliciosas. Além disso tudo, quem comprar essa edição luxuosa de “Pinkerton” (óbvio que só saiu lá fora), ainda vai ter 25 faixas raras ou inéditas, como lados B de singles, muita gravação ao vivo de faixas do álbum (a versão acústica de “El scorcho” é especialmente divertida), takes alternativos de gravação (“Butterfly”, ainda mais crua, ficou ainda mais bonita), além da absolutamente inédita “Tragic girl”. Partindo para “Death to false metal”, trata-se de uma compilação de gravações inéditas do Weezer, “que não entraram nos sete primeiros álbuns da banda porque estávamos ou estranhos demais, ou pop demais, ou metal demais ou punk demais”, conforme Rivers Cuomo explicou ao Toronto Sun, no mês passado. Apesar de as músicas serem, em sua maioria, antigas, o álbum mais parece um novo trabalho da banda. Com todos os senões que isso acarreta, até mesmo porque, todos sabemos que os últimos álbuns do Weezer estão mais pra lá do que pra cá. Por exemplo, a versão para “Unbreak my heart”, aquela mesmo da Toni Braxton, chega a ser risível – o que a banda quis com essa faixa? “Turning up the radio”, a faixa de abertura, lembra o rock adolescente que o Weezer anda fazendo ultimamente, e “Losing my mind” soa pretensiosamente chata. Mas tudo bem, ainda tem algumas coisas que a gente possa se lembrar do Weezer dos velhos tempos, como “The odd couple” e “Blowin’ my stack”. Mas nada que justifique o lançamento de “Death to false metal”, indicado somente para os mais fanáticos.

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Em seguida, veja o encontro de Mick Jagger com o U2, em “Stuck in a moment you can’t get out of”, presente no DVD “The 25th Anniversary – Rock & Roll Hall of Fame Concerts”:

15 de out. de 2010

Pedro Luís, Cole Porter, Antônio Maria, Skank, Mario Puzo, Chaplin, Guns n' Roses, Lady Gaga, REM, Keith Richards, Prince, Weezer, Maria Bethânia

Feliz Dia dos Mestres!



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Chega às lojas na primeira semana de novembro o CD duplo "Amor, Festa e Devoção" (capa acima), de Maria Bethânia. Gravado no Rio de Janeiro, no primeiro semestre, o álbum traz o show completo da turnê que correu o Brasil e a Europa. Além das canções de seus dois discos anteriores ("Tua" e "Encanteria", ambos lançados simultaneamente no ano passado), Bethânia resgatou clássicos como "O que é, o que é" e "Não dá mais pra segurar (Explode coração)", as duas de Gonzaguinha. Um dos principais destaques do show foi a interpretação de "Não identificado" (Caetano Veloso), dedicada, no show, à Dona Canô. As faixas do disco são as seguintes: CD 1: "Santa Bárbara", "Rosa dos ventos", "Vida" / "Olho de lince" (texto), "Feita na Bahia", "Coroa do mar", "Encanteria", "Linha de cabloco", "É o amor outra vez", "Tua", "Fonte", "Explode coração", "Queixa", "Você perdeu", "Dama do cassino", "Até o fim", "Serenata do adeus", "Balada de Gisberta", Medley instrumental: "Zanzibar" / "Seará / "Lia de Itamaracá" / "Desenredo" / "Santo Antônio" / "Fica mal com Deus"; CD 2: "Não identificado", "Curare", "Estrela", "Serra da Boa Esperança", "Doce viola", "Guriatan", "Pescaria", "Saudade dela" / "Ê Senhora" / "Batatinha Rôxa" / "A mão do amor", "Saudade", "É o amor" / "Vai dar namoro", "O nunca mais", "Andorinha", "Bom dia", "Bandeira branca", "Domingo" / "Pronta pra cantar", "O que é, o que é", "Encanteria" e "Reconvexo".

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Para os roqueiros enólogos, que tal um "Pink Floyd The Dark Side of the Moon Cabernet Sauvignon"??

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E que tal "Nothin' on but the radio", a música nova da Lady Gaga, hein?



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Quer ouvir quatro músicas inéditas do Weezer, que farão parte do álbum de raridades "Death to false metal" e da edição especial dupla de "Pinkerton"?? Aqui.

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Prince anunciou uma nova turnê, intitulada "Welcome 2 America". Os primeiros shows acontecerão já em dezembro - as datas certas e os locais ainda não foram confirmados. Segundo a Billboard, Prince receberá diversos convidados nas apresentações, como Janelle Monáe, Sheila E., Maceo Parker, Mint Condition, Esperanza Spalding e Cassandra Wilson. O cantor ainda afirmou que os setlists serão diferentes a cada noite.

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"Eu costumava amar Mick Jagger, mas eu não fui ao seu camarim durante 20 anos. Às vezes eu penso: 'Perdi meu amigo'. E me pergunto: 'Para onde ele foi?'" (Keith Richards, em sua autobiografia, que será lançada nesse final de ano, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha)

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O empresário do R.E.M., Bertis Downs, revelou no Twitter o nome do novo álbum do R.E.M.: "Collapse into now". O disco, que sucederá "Accelerate" (2008), sai no ano que vem. A produção ficou por conta, mais uma vez, de Jacknife Lee.

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Axl Rose surpreendeu o público inglês, ontem à noite, na segunda apresentação do Guns n' Roses na O2 Arena, ao chamar o ex-companheiro de banda Duff McKagan para tocar baixo na música "You could be mine". Após, ele ainda participou de "Nice boys", "Knocking on heaven's door" e "Patience". Segundo o Contact Music, "Duff chegou sem avisar, e de forma completamente inesperada". Agora só falta o Slash...



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"O grande ditador", primeiro filme falado de Charles Chaplin, foi uma das sátiras mais geniais aos regimes opressores. Lançado no dia 15 de outubro de 1940, a sua temática continua atualíssima. Veja só o discurso sensacional (com legendas em português) abaixo. Quem dera tivéssemos um candidato assim, não? Setenta anos se passaram e muita coisa ainda não mudou...



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Uma das perguntas que mais faço é: "Qual o seu livro predileto?" Pode ser até para um político ou um jogador de futebol, nunca deixo de fazer tal pergunta. Acho que, através dela, dá para conhecer bastante a personalidade de uma pessoa. E uma das respostas mais comuns é: "O poderoso chefão", de Mario Puzo. A saga da família Corleone é uma das coisas mais deliciosas que já li e vi. Certamente, ninguém conseguiu escrever sobre a máfia como Mario Puzo, que, se estivesse por aqui, estaria comemorando 90 anos hoje.



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Um dos álbuns mais marcantes do rock brasileiro nos anos 90, "Calango", do Skank, chegou às lojas no dia 15 de outubro de 1994. (Valeu Paulo Marchetti!) Esse disco teve uma importância fundamental para a banda mineira. Foi a partir dele que Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Haroldo Ferreti definiram uma sonoridade própria para a banda, cheia de metais e puxada para o pop-reggae. Depois de "Calango", o Skank passeou por outros territórios musicais. Mas se você perguntar para um fã, qual música melhor define o Skank, certamente ele vai responder que é essa aqui...



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O dia 15 de outubro de 1964 foi negro para a música mesmo. Não bastasse a morte de Cole Porter, Antônio Maria também passou dessa pra melhor na mesma data. Poeta, compositor, cronista esportivo e radialista, Antônio Maria era daqueles caras que estavam em todas. Ele foi uma das figuras mais importantes da história do rádio no Brasil, e também compôs clássicos como "Menino grande", "Ninguém me ama", "Manhã de carnaval", "Valsa de uma cidade" e "Canção da volta", interpretados por gente como Ismael Neto, Dolores Duran, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Gal Costa, Aracy de Almeida e Nat King Cole.



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Hoje também é dia de lembrar de um dos maiores compositores de todos os tempos. Cole Porter morreu a 15 de outubro de 1964, aos 73 anos. A sua lista de clássicos chega a ser estúpida de tão grande. Vou citar alguns que me vêm a cabeça agora: "Night and day", "I love Paris", "De-lovely", "Love for sale", "You do something to me", "I get a kick out of you", "All of you"... Tudo isso regravado por gente como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, João Gilberto, Sarah Vaughan, Miles Davis, Elvis Presley, Louis Armstrong, U2, entre vários outros. Caso você tenha interesse em conhecer Cole Porter melhor, indico duas coisas: o álbum "Ella Fitzgerald sings the Cole Porter songbook" e o filme "De-lovely: Vidas e amores de Cole Porter", com um Kevin Kline, no mínimo, fantástico.



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Boa tarde, pessoal. Atrasadinho hoje. Trabalhei a madruga toda, até o sol raiar. Mas cá estou eu de novo. E vamos começar falando de Pedro Luís, líder d'A Parede. Pode até parecer brincadeira, mas hoje ele completa 50 anos de idade. Tempo que passa...

9 de out. de 2008

MICK JAGGER E DAVE STEWART ESTÃO GRAVANDO JUNTOS, INFORMA SITE

De acordo com o site Hollywoodinsider.ew.com, um porta-voz de Dave Stewart, ex-Eurythmics, está trabalhando com o ‘rolling stone’ Mick Jagger. Maiores detalhes do projeto ainda não foram revelados.

O site informa que Jagger e Stewart foram vistos juntos deixando um estúdio em Los Angeles, recentemente.

26 de jul. de 2008

RÁPIDAS – POUCA VOGAL, HUMBERTO GESSINGER, PAULA TOLLER, CARLA BRUNI, MICK JAGGER

Pouca Vogal é o nome do novo projeto de Humberto Gessinger. O baixista anunciou há poucos dias uma pausa na atividade de sua banda, Engenheiros do Hawaii. O Pouca Vogal é uma parceria entre Gessinger e Duca Leidecker, vocalista da banda gaúcha Cidadão Quem. Ainda não foram fornecidos maiores detalhes acerca do projeto.

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Paula Toller agendou o dia 12 de agosto do Teatro Oi Casa Grande para gravar o seu primeiro DVD solo. O show vai ser o mesmo que a cantora vem percorrendo o Brasil para divulgar o álbum “SóNós”. Ainda não há informações quanto à venda de ingressos para a agravação do DVD.

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Carla Bruni, cantora e primeira-dama da França, chegou ao primeiro lugar da parada de discos da França, com o álbum “Comme Si De Rien N’Etait”. Bruni alcançou o feito ontem e desbancou “Viva La Vida Or Death And All His Friends”, do Coldplay, do topo da parada.

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E hoje, Mick Jagger, líder da banda de rock mais importante do mundo, completa 65 anos. Dessa forma, o vocalista terá direito a uma aposentadoria mensal concedida pelo Estado Britânico, no valor de 360 libras (que equivale a 1,1 mil reais). Mas, levando-se em conta o contrato fechado ontem com Universal Music, Jagger e seus colegas dos Rolling Stones estão bem distantes da aposentadoria. Que assim seja! Em homenagem a Sir Mick Jagger, segue abaixo o lindo videoclipe de “Hard Woman”, canção que foi gravada no álbum “She’s The Boss”, lançado em 1985.

13 de jun. de 2008

QUANDO UMA BANDA FAZ A DIFERENÇA

“The Very Best Of Mick Jagger”, coletânea de sucessos do líder dos Rolling Stones que já está nas lojas, é o exemplo de como um artista, por melhor que seja, dificilmente consegue viver sem a banda que o alçou ao estrelato. (Lógico que existem exemplos a mancheias de artistas que se deram bem na carreira solo, mas não vem ao caso aqui.) Ao lado de Keith Richards e companhia, Jagger brilha, não há dúvidas. Mas na sua irregular carreira solo, o Stone é uma decepção imensa. Aliás, se ele não fosse integrante de uma das maiores bandas de rock do mundo, dificilmente a sua obra solo seria notada.

Pode soar até forte demais dizer que a carreira solo de Jagger beira à mediocridade. Mas, de fato, este adjetivo é bem preciso para qualificá-la. Para quem é fã dos Rolling Stones, uma coletânea de Mick Jagger acaba sendo uma boa opção, por reunir as canções mais importantes de sua carreira solo. Mas nem uma coletânea como essa “The Very Best Of Mick Jagger” consegue mostrar um lado bom em sua obra solo. Pelo contrário, ela evidencia ainda mais a sua irregularidade.

Todos os álbuns solo de Jagger estão representados na compilação. Do superficial “She’s The Boss” (1985) até o mediano “Goddess In The Doorway” (2001), as facetas de Mick Jagger estão todas aqui. E é interessante notar como os seus discos solo estão diretamente relacionados com a obra que os Rolling Stones produziam no momento. Por exemplo: a falta de inspiração de “Undercover Of The Night” (o pior discos dos Rolling Stones, lançado em 1983) está presente em “She’s The Boss” (1985). A eletrônica do início dos anos 80, com todas as suas mazelas (inclusive aquele terrível eco na bateria) é comum aos dois discos, praticamente contemporâneos. Isso pode ser facilmente verificado nas faixas “Just Another Night” e “Lucky In Love”.

Quando os Rolling Stones deram um salto de qualidade, com “Voodoo Lounge” (1994) e “Bridges To Babylon” (1997), isso fica evidenciado em “Goddess In The Doorway” (2001), que não chega a ser um álbum tão ruim, como provam “God Gave Me Everything” e “Joy” (dueto de Jagger com Bono, que não está creditado no encarte do CD). Já “Primitive Cool” (1987) e “Wandering Spirit” (1993) sofrem de falta de originalidade, com canções bem sem-graça, como “Let’s Work”, “Don’t Tear Me Up” e “Sweet Thing”, na qual Mick Jagger tenta fazer algo no estilo “Miss You”, e acaba se dando muito mal.

Além das canções constantes em seus poucos discos solo, a coletânea agrupa uma música que fez parte de um álbum de Peter Tosh. “(You Got To Walk And) Don’t Look Back” é um reggae sofrível que não tinha a mínima necessidade de ser lembrado. Mais duas canções (“Old Habits Die Hard” e “Memo From Turner”) foram feitas para trilha sonora de filmes. Aliás, “Memo From Turner” é o melhor momento do disco. Não por acaso, é uma parceria de Jagger com a sua cara-metade Keith Richards, gravada em 1969.

“The Very Best Of Mick Jagger” também traz canções que estavam inéditas, como “Charmed Life” (de 1992) e “Too Many Cooks (Spoil The Soup)” (de 1973). E como não poderia deixar de ser, a famosa parceria de Jagger com David Bowie em “Dancing In The Street” (vídeo abaixo).

Em resumo, “The Very Best Of Mick Jagger” mata a curiosidade de quem deseja conhecer a obra solo do vocalista dos Rolling Stones. Mas é mais do que suficiente. Os discos originais de Jagger podem ficar nas estantes dos colecionadores.

Cotação: **1/2

3 de jun. de 2008

RÁPIDAS 1

Os sete primeiros álbuns do Radiohead estão disponíveis, a partir de hoje, para download, no site da Apple. A banda de Thom Yorke era uma das únicas bandas inglesas que ainda não tinha licenciado as suas músicas para o iTunes. O negócio foi fechado pela ex-gravadora da banda, EMI, e o fã poderá escolher entre baixar o disco completo ou apenas algumas canções. O último trabalho da banda, “In Rainbows”, já está disponível no iTunes desde janeiro.

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Atendendo aos pedidos de milhares de fãs, a produtora de jogos eletrônicos Activision vai lançar uma edição do campeão de vendas “Guitar Hero” dedicada exclusivamente ao Metallica. O jogo só chegará às lojas em meados de 2009. Maiores detalhes não foram revelados, mas ao que tudo indica, “Guitar Hero: Metallica” deve seguir a mesma estrutura do jogo dedicado ao Aerosmith, que será lançado nesse mês. Abaixo, um video de “Dream On”, tirada do jogo “Guitar Hero: Aerosmith”.



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A banda Foxboro Hot Tubs, o projeto paralelo dos membros do Green Day, fará uma turnê pelo Reino Unido. O grupo, que já fez dez shows em pequenos teatros dos Estados Unidos, anunciou os planos para uma turnê inglesa, em sua página no Myspace. “Obrigado a todos os ‘Tub Heads’ que estiveram presentes na nossa primeira turnê. Haverá mais shows? Na minha cabeça, a Inglaterra”, escreveu o líder da banda Billie Joe Armstrong. Para quem ainda não conheceu o som do Foxboro Hot Tubes, segue abaixo a canção “Mother Mary”.



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A banda Weezer disse que adoraria tocar nos festivais de Reading e Leeds, que acontecerão nesse ano, na Inglaterra. O quarteto de Los Angeles vai lançar o seu novo disco, também conhecido como ‘Red Album’, no próximo dia 16 de junho. Segundo os integrantes da banda, seria muito excitante tocar nesses festivais, ao lado de bandas como Rage Against The Machine, The Killers e Metallica. “Pessoalmente gostaria muito de tocar nesses festivais. É uma grande explosão e eu sinto como se a banda pudesse ir aos diferentes palcos dos festivais, porque sempre existe muita música boa neles”, admitiu o baixista Scott Shriner. Recentemente, o Weezer filmou um videoclipe em que aparecem diversas ‘personalidades’ do site YouTube, como o ex-marido de Britney Spears, Kevin Federline. O vídeo de “Pork And Beans” está logo aí abaixo.



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Segundo Peter Jenner, ex-empresário do Pink Floyd, o festival de Glastonbury perdeu a sua identidade. A declaração ocorreu por conta de Michael Eavis, organizador do festival, recentemente ter recusado uma oferta pessoal de David Gilmour para a banda participar do evento desse ano. Eavis disse, em nota, que não poderia abrir mão de nenhum dos artistas já contratados, ainda que seja em prol do Pink Floyd. Segundo Jenner, tal decisão mostra o quanto o festival está mudado. “Pergunto-me se o que o está acontecendo agora é um sinal de que eles estão perdendo a sua identidade, ao chamar os artistas ‘da moda’ para tocar no festival”, disse o ex-empresário.

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Duffy disse que ainda considera Mick Jagger sexy. A cantora pop descobriu os Rolling Stones quando era criança, através de vídeos dos anos 60. “Ele é sexy, carismático – tudo junto –, até os dias de hoje. ‘Jumpin’ Jack Flash’ foi a primeira música que me lembro de ter escutado, em um vídeo que meu pai tinha”, afirmou Duffy, que dará continuidade à sua turnê em junho e julho, com apresentações nos festivais Accelerator (Suécia), Glastonbury (Inglaterra) e Roskilde (Dinamarca).

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Yoko Ono, viúva de John Lennon perdeu uma briga judicial, na qual pretendia proibir a execução de “Imagine” no filme “Expelled: No Intelligence Allowed”, que discorre sobre a teoria da evolução. Ono e seus dois filhos com Lennon ajuizaram a ação porque os produtores do filme não pediram permissão para o uso da canção na trilha sonora. Ontem, o juiz federal Sidney Stein decidiu a favor dos produtores do video, com o argumento de que a doutrina civil norte-americana permite o uso de material protegido por direitos autorais com o intuito de fazer um comentário simples. A quem interessar, segue abaixo o trailer do filme.



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A banda The Cure fez um show ontem, considerado ‘antológico’ por críticos e fãs, no Hollywood Bowl, em Los Angeles. Robert Smith, Simon Gallup, Jason Cooper e Porl Thompson tocaram os principais sucessos da banda gótica, durante mais de três horas. Grandes hits, como “In Between Days”, “Pictures Of You”, “Friday I’m In Love” e “Boys Don’t Cry” (que fechou a apresentação) estiveram presentes no longo roteiro de 35 canções. A banda, que teve que atender a quatro pedidos de bis, aproveitou para apresentar novas faixas do novo disco a ser lançado em setembro, como “Freakshow”. Abaixo, um vídeo amador feito durante a apresentação, da canção “Boys Don’t Cry”.