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26 de ago. de 2008

RÁPIDAS – ZECA PAGODINHO, FREJAT, IVETE SANGALO, MARIA RITA, MUDHONEY, OASIS, BEATLES

Na última 6ª feira, Zeca Pagodinho finalizou as gravações de seu novo trabalho. Segundo a assessoria de imprensa do sambista, haverá 13 composições inéditas no álbum (ainda sem título), que deve sair no final de setembro. Até o final do ano, Zeca Pagodinho iniciará uma turnê nacional, que deve começar pelo Rio de Janeiro.

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Também para setembro está agendado o terceiro disco solo de Frejat, que vai se chamar “Intimidade Entre Estranhos”. Dentre os parceiros de Frejat nas composições novas estão Leoni, Zé Ramalho, Zeca Baleiro, Alvin L., Maurício Barros (que também é produtor do álbum), Bruno Levinson, e outros. “Dois Lados”, canção que já toca na novela “Beleza Pura”, estará presente no CD.

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Ivete Sangalo encontra-se em estúdio preparando novo CD e DVD, com previsão de lançamento para o início do ano que vem. As gravações acontecem dentro de sua casa. O nome do pacote será “Pode Entrar”, e contará com a participação de artistas como Gilberto Gil, Roberto Carlos, Alexandre Pires e Saulo Fernandes.

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O novo DVD de Maria Rita, com o registro do show “Samba Meu”, realizado no Rio de Janeiro em junho, sairá em setembro. O vídeo foi dirigido por Hugo Prata, da Zulu Filmes. O show de lançamento do DVD acontecerá no dia 27 de setembro no Vivo Rio, mesma casa de shows onde foi gravado o DVD. Os ingressos já estão à venda.

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O Mudhoney retorna ao Brasil para um show no festival Demo Sul, em Londrina. A banda grunge será a principal atração do evento, que contará também com a Nação Zumbi. Esta será a quarta vez que o Mudhoney vem ao país. O grupo já esteve por aqui em 2001, em 2005 (quando abriram para o Pearl Jam) e em 2007, no festival Porão do Rock, em Brasília. As datas do Demo Sul ainda não foram confirmadas pela produção do evento.

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O Oasis fechou três shows no México em novembro. No dia 26, a banda dos irmãos Gallagher tocam na Cidade do México, e nos dias 28 e 29 em Guadalajara e Monterrey, respectivamente. Muitos artistas têm o costume de passar pelo México antes de se apresentarem na América Latina. Portanto, é hora dos fãs brasileiros da banda inglesa cruzarem os dedos...

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O site da revista Time publicou diversas fotos dos Beatles bem no início de carreira, em Liverpool. Uma das fotos está logo aí abaixo. Quem quiser checar as outras (belas) fotos, basta clicar aqui.

2 de jul. de 2008

MULTISHOW PREMIA OS MAIS POPULARES

Como já era de se esperar, o mais do mesmo acabou vencendo o Prêmio Multishow. A cerimônia aconteceu ontem, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e vários artistas competiram em dez modalidades diferentes. Como já era de se esperar, não houve surpresas. Tendo em vista que o voto era popular, os artistas com o maior número de fãs faturaram a estátua. (Ou algum tolinho achava que Caetano Veloso ia ter mais votos do que Di Ferrero, do NX Zero?)

Qualquer premiação no mundo da música é sempre muito bem-vinda. Mas, a verdade é que o prêmio Multishow se destaca como o mais previsível de todos. Por exemplo, na lista de cantoras indicadas, estavam Ana Carolina, Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Maria Rita e Vanessa da Mata. Mas previsível, impossível. No ano que vem, no mínimo três dessas cinco estarão presentes novamente na lista. Alguém tem dúvidas disso? Provavelmente Maria Rita também será indicada pelo DVD ao vivo que acabou de gravar. E nos outros quesitos, pode apostar que o “Multishow Ao Vivo” do Capital Inicial que está prestes a sair vai faturar o prêmio de melhor DVD. Isso se a Ivete não lançar nenhum até lá...

Aliás, mesmo com o voto popular a emissora acabou se dando bem, com dois produtos seus ganhando troféus: melhor DVD (“Multishow Ao Vivo no Maracanã”, de Ivete Sangalo) e melhor show (“Dois Quartos”, de Ana Carolina, que gerou há pouco o DVD “Multishow Ao Vivo”).

Talvez os únicos prêmios que tenham sido exceção foram o de melhor música e o de melhor CD. Vanessa da Mata, com a sua “Boa Sorte / Good Luck” (em dueto com Ben Harper), conseguiu bater NX Zero, Babado Novo e, até mesmo, Ivete Sangalo. O CD “Samba Meu”, de Maria Rita, também conseguiu superar artistas como Pitty, Capital Inicial e Vanessa da Mata.

No resto, não houve maiores surpresas. Charlie Brown Jr. levou o prêmio de melhor videoclipe, Ivete os de melhor DVD – será que alguém imaginava que o excelente DVD “Ao Vivo No Rock In Rio 1”, dos Paralamas do Sucesso, poderia bater o de Ivete? – e melhor cantora, embora nesse quesito a concorrência com outros artistas bastante populares tenha sido acirrada – Ivete competiu com Claudia Leitte e Ana Carolina.

Para melhor show, Ana Carolina levou a melhor, embora um dos melhores shows da carreira de Rita Lee (“Picnic”) tivesse concorrido. O NX Zero também deve ter suado para levar o troféu de melhor grupo, competindo com CPM 22, Jota Quest e Charlie Brown Jr. O seu vocalista também se deu melhor do que Dinho Ouro Preto e Chorão. Samuel Rosa e Caetano Veloso corriam por fora. A revelação Strike bateu revelações bem superiores, como a cantora Ana Cañas e o sambista Diogo Nogueira. E no quesito melhor instrumentista, Radamés Venâncio levou a melhor. Para quem perguntou quem é Radamés Venâncio, a resposta é óbvia: ele é pianista da banda de Ivete Sangalo. Batata! Imagina se o excelente guitarrista Davi Moraes teria vez...

Curioso observar como o site de relacionamentos orkut foi o principal responsável pelo resultado do Prêmio Multishow. Na comunidade de Ivete Sangalo, por exemplo, os seus zelosos moderadores criaram um tópico pedindo para os seus membros votarem na cantora baiana. Desde o dia 23 de abril, tal tópico teve, até o término da votação, 2.256 comentários. Os moderadores tiveram o cuidado de instruírem os seus participantes: “Só é aceito um voto para cada email criado. Para votar mais de uma vez, criem tantos emails puderem (sic). É preciso que nós fãs tenhamos consciência de que para vencer esse prêmio não adianta votar uma vez e achar suficiente. Votem muito!”

Na mesma comunidade, em menos de 24 horas, 2.636 pessoas comentaram sobre o prêmio em um único tópico. Na maior comunidade de Ana Carolina, aconteceu algo parecido: 1.102 comentários em menos de 24 horas também. Na do NX Zero, 2.631 comentários em poucas horas, para o tópico “Prêmio Multishow 2008”.

Sugiro que no ano que vem, ao invés de perder tempo com votação popular, o Multishow premie diretamente os artistas com maiores comunidades do orkut.

1 de jul. de 2008

IVETE SANGALO GANHA DOIS PRÊMIOS DO MULTISHOW

Aconteceu hoje, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a entrega do 15º Prêmio Multishow, um dos mais importantes da Música Popular Brasileira. Os grandes vencedores foram os seguintes:

Melhor Clipe: Charlie Brown Jr. – “Pontes Indestrutíveis”

Melhor Show: Ana Carolina – “Dois Quartos”

Melhor DVD: “Multishow ao Vivo – Ivete Sangalo no Maracanã”

Melhor CD: Maria Rita – “Samba Meu”

Revelação: Strike

Melhor Grupo: NX Zero

Melhor Música: “Boa Sorte” – Vanessa da Mata e Ben Harper

Melhor Instrumentista: Radamés Venâncio (Banda de Ivete Sangalo)

Melhor Cantor: Di Ferrero

Melhor Cantora: Ivete Sangalo

Não perca amanhã, a análise da premiação.

ÁLBUM: “FLORES DO CLUBE DA ESQUINA” (VÁRIOS ARTISTAS) – A ESQUINA MERECIA COISA MELHOR

A idéia é ótima: reunir diversas cantoras para registrar em estúdio canções dos discos “Clube da Esquina”, dois dos álbuns mais emblemáticos da história da Música Popular Brasileira. Contudo, o resultado ficou bem aquém do esperado. Infelizmente.

Para começar, a seleção das cantoras peca pela irregularidade. Provavelmente o grande produtor Guto Graça Mello quis agradar a todas as tribos, misturando artistas como Ivete Sangalo, Fernanda Takai, Meg Stock e Luiza Possi. Mas a verdade é que faltou unidade a esse “Flores Do Clube Da Esquina”, CD que acabou de chegar às lojas, via EMI. Tivesse uma Zélia Duncan, uma Adriana Calcanhotto ou uma Marisa Monte no meio disso tudo, o resultado poderia ter ficado melhor. Mas na mistura de alhos com bugalhos desse álbum, o ouvinte sai perdendo, bem como a história do Clube Da Esquina.

Muito poucos momentos se salvam no disco. Meg Stock, que põe uma pitada de rock em “Nada Será Como Antes” se sai muito bem, assim como Fernanda Takai, que, ao dividir “Um Gosto de Sol” com Milton Nascimento, brilha por toda as outras artistas juntas. Takai, inclusive, demonstra mais uma vez que pode ter um belo caminho pela frente na seara da MPB.

Mas, voltando ao disco, Marina Machado, embora demonstrando um estranho nervosismo – ela é atualmente uma das melhores cantoras em cima de um palco no Brasil – consegue dar novas cores à “Nuvem Cigana” (também com participação especial de Milton Nascimento). Roberta Sá pode ser considerada a última que manda bem nesse disco, apesar do burocrático arranjo do ótimo Rodrigo Campello, em “Tudo Que Você Podia Ser”.

As outras oito faixas do álbum, por sua vez, são bastante sofríveis. Ivete Sangalo, por exemplo, perde a chance de brilhar por conta de um arranjo latino que beira o cafona em “Cravo e Canela”. Ficou parecida demais com “Soy Loco Por Ti, America”, aquela que abria alguma novela da Rede Globo. Marina De La Riva soou forçada demais em “Dos Cruces”, apesar de não ser dos piores momentos do disco. E Marjorie Estiano, que tem se revelado uma boa cantora, não acrescenta nada a “Trem Azul”.

O caso de “Um Girassol da Cor Do Seu Cabelo” é muito curioso. Uma linda música, com o piano de João Donato e a voz de Vanessa da Mata. Tinha tudo para dar certo... Mas não funciona. Parece que ficou faltando alguma coisa... Já com relação a Luiza Possi – de quem não se pode esperar muita coisa –, ela não surpreende: mata “Paisagem Da Janela”, apesar do arranjo de Paulo Calazans ser um dos melhores do disco. As pouco conhecidas Shirle de Moraes e Mariana Baltar se saem razoavelmente bem em “San Vicente” e em “Cais”, respectivamente. Mas não acrescentam muita coisa.

Além de Milton Nascimento (que fez apenas participações especiais), há uma exceção do sexo masculino em “Flores Do Clube Da Esquina”. Trata-se de Seu Jorge, que divide os vocais de “Me Deixa Em Paz” com Teresa Cristina. Infelizmente, apesar dos dois grandes artistas que são, a canção acaba não dizendo ao que veio.

Em resumo, o álbum serve como uma recordação de um dos momentos mais ricos da nossa música. Mas a impressão que ficou é que foi tudo feito de maneira muito apressada. Um álbum que poderia ter sido um belo tributo a Milton Nascimento, Lô Borges e companhia, acabou se transformando em uma coletânea dispensável. Uma pena.

Abaixo, a canção “Trem Azul”, interpretada por Marjorie Estiano.

Cotação: **

29 de jun. de 2008

NOITE DIFERENTE NO ROCK IN RIO MADRID COM IVETE SANGALO, CARLINHOS BROWN E TOKIO HOTEL

A segunda noite do Rock In Madrid foi bastante diferente do que os fãs roqueiros gostariam de assistir. Depois de um show de ninguém menos do que Neil Young na noite anterior, os organizadores optaram por estilos de música diferentes e a axé-music tomou conta de Arganda Del Rey, na noite passada. Em conseqüência, o público foi um dos mais jovens (e mais animados também) registrados em todas as edições do festival. O número de pagantes – 50 mil – foi maior do que o da noite anterior, mas mesmo assim bem inferior ao que estimava a produção (cem mil pessoas por dia).

A crítica especializada mostrou-se um pouco receosa com as atrações, ainda mais em comparação com o show de Neil Young na noite anterior. “O problema é que, após o apoteótico show de Neil Young na sexta-feira, nada parece brinquedo. O velho homem foi grandioso”, noticiou o jornal El País.


Dois dos principais nomes do carnaval baiano fizeram shows nessa segunda noite de Rock In Rio Madrid. Carlinhos Brown – cultuado pelos espanhóis – fez um show competente, desceu para cantar com a platéia (foto acima), e não levou nenhuma garrafada na cabeça. Ele cantou sucessos conhecidos pelo público, como “Pandeiro-deiro” e “Carlito Marrón”. Para cair de vez nas graças dos espanhóis, o compositor baiano ainda vestiu uma camisa da seleção espanhola, que joga hoje a final da Eurocopa contra a seleção da Alemanha.




Mas antes de Brown, foi a vez de Ivete Sangalo abrir a noite. Com uma grande banda e várias trocas de figurinos, a cantora baiana fez o seu costumeiro show, praticamente idêntico ao álbum “Ao Vivo No Maracanã”. Um problema de som fez com que o show fosse interrompido por alguns minutos, mas nada que tirasse a animação de Ivete e, claro, da platéia espanhola, que respondeu bem e aprovou o show, ainda mais quando a baiana cantou o hit “Corazón Partío”, de autoria do espanhol Alejandro Sanz. E como não é boba nem nada, Ivete encerrou a sua apresentação carregando as bandeiras do Brasil e da Espanha. Logo acima, um vídeo com os bastidores da apresentação de Ivete Sangalo em Madrid.


A banda Tokio Hotel, que havia cancelado um show em Madrid recentemente, levou as suas fãs adolescentes a loucura, assim como já havia feito no Rock In Rio Lisboa no final do mês passado. Durante o show (foto acima), o número de atendimentos médicos disparou e muitas fãs desmaiaram. Antes do show, entretanto, a banda alemã provocou os espanhóis dizendo que a seleção de futebol de seu país ganharia a Eurocopa hoje. Entre as canções do repertório, sucessos como “Ready Steady Go” e “By Your Side”.

O conjunto espanhol de rock El Canto Del Loco encerrou a segunda noite do Rock In Rio Madrid, que retornará na sexta-feira da semana que vem. Um vídeo com os melhores momentos dessa segunda noite pode ser visto aqui.

2 de jun. de 2008

ROCK IN RIO LISBOA 2008 – 1ª SEMANA

Na sexta-feira passada começou a primeira rodada de shows do Rock in Rio – Lisboa. Doze artistas pisaram no Palco Mundo do festival. Mas quem deu mesmo o que falar foi Amy Winehouse, que, depois de alguns meses distante dos palcos, realizou um show que não será esquecido pelos portugueses. E isso não é um elogio. A cantora estava visivelmente embriagada e a sua voz estava bem distante do que o seu público se acostumou.

Em reportagem no Diário Digital, o jornalista João Gonçalves fez um balanço do primeiro dia do festival: “O palco Mundo do Rock in Rio 2008 teve logo na sua noite de estréia um daqueles momentos que ficará na história dos concertos em Portugal com a passagem de Amy Winehouse por Lisboa. Uma atuação decadente que contrastou com a energia aeróbica de Ivete Sangalo que arrasou com a multidão que encheu o Parque da Bela Vista, que foi chegando ao recinto ao som de Paulo Gonzo e foi saindo à medida que Lenny Kravitz prolongava as suas músicas até ao limite do aceitável”.

Já a noite de sábado ficou marcada pela presença de artistas mais voltados para o universo pop-juvenil. A banda brasileira Skank abriu a noite cantando os seus maiores sucessos e o Bon Jovi fez o mesmo no encerramento, com direito ao vocalista Jon Bon Jovi vestido com a camisa da seleção portuguesa. Entre as duas bandas, Alanis Morissette mostrou canções de seu novo disco, e Alejandro Sanz interpretou os seus sucessos latinos.

Já o domingo de festival comemorou o Dia Mundial da Criança, abrindo os seus portões gratuitamente para os menores de dez anos. O dia começou com o Xutos & Pontapés, a banda de rock mais adorada pelos portugueses. Já o Tokio Hotel colocou muita gente para chorar (?!?) com o seu pop-rock descartável, e Joss Stone brilhou com a sua voz perfeita, bem diferente de Amy Winehouse. Encerrando esse primeiro fim de semana de Rock in Rio – Lisboa, Rod Stewart subiu ao palco para cantar os seus maiores sucessos, assim como no primeiro Rock in Rio de 1985, quando o festival ainda era uma exclusividade dos cariocas.

A cobertura da segunda semana do fetival está aqui.

Dia 30 de maio:

Paulo Gonzo – O cantor português abriu o festival quando o Parque de Bela Vista ainda recebia o público, que esgotou todos os 90 mil ingressos para a primeira noite. O seu estilo romântico fez com que o público cantasse as suas canções, principalmente “Jardins Proibidos” e “Quase Tudo”, dois de seus principais sucessos. O cantor ainda atacou com um cover de David Bowie, “Blue Jean”.

Ivete Sangalo – A cantora baiana, que já é conhecidíssima do público português retornou pela terceira vez ao Rock in Rio – Lisboa com os seus grandes sucessos, reeditando quase que o repertório completo de seu CD gravado ao vivo no Maracanã. Os seus principais sucessos, como “Abalou” (a primeira do roteiro, com o palco em chamas), “Sorte Grande”, “Chorando Se Foi” e “Berimbau Metalizado”, estiveram presentes no roteiro. Segundo o Diário Digital, a cantora “levantou poeira, muita poeira, com o era de esperar”.

Amy Winehouse – A cantora inglesa foi a grande decepção da noite de estréia do Rock in Rio Lisboa. Durante o show, Amy chegou a dizer que deveria ter cancelado o seu retorno aos palcos. Foi a primeira vez que a cantora apresentou-se ao vivo após o cancelamento de uma série de shows em novembro. Winehouse, que atrasou a sua apresentação em meia hora, desculpou-se diversas vezes devido à sua fraca voz. “Minha voz não consegue cantar direito e eu não consigo nem segurar o microfone. Mas eu queria tanto estar aqui”, disse a cantora. No roteiro do show, sucessos como “Rehab” (vídeo abaixo), “Valerie” e uma versão de “Cupid”, com a sua letra alterada fazendo referência ao seu marido, atualmente preso. Ao invés de cantar “Eu amo uma garota que não existe”, Amy cantou: “Eu amo um cara que está na cadeia”. O Diário Digital não perdoou: “Amy foi o expoente máximo da figura decadente, e degradante da cultura pop. Um concerto tão mau, tão desastroso que entra diretamente para um lugar de destaque na história das lendas ao vivo, e que acaba por ser memorável. Falhas de voz, perdas de sapatos, enganos nas letras, cantar fora de tom, tudo o que uma estrela decadente deste meio pode oferecer a uma platéia pronta a celebrar a desgraça de uma figura à escala mundial”. O Correio da Manhã também não deixou por menos: “Foi uma estrela decadente a que na noite de sexta-feira passou pelo Rock in Rio Lisboa. Aguardada com enorme expectativa, AmyWinehouse não correspondeu, sendo a protagonista de um espectáculo degradante. Em palco, Amy surgiu com a mão direita envolta em ligaduras e com um ‘chupão’ no pescoço. Decerto uma marca do encontro na prisão com o marido Blake, com quem esteve essa tarde escassas horas antes do concerto, segundo a imprensa britânica. Isso terá provocado alguma ansiedade na cantora de 24 anos, que em palco se mostrou sempre perturbada, sem controle nos movimentos e com falhas na interpretação”.



Lenny Kravitz – O cantor norte-americano encerrou a primeira noite do Rock in Rio – Lisboa mostrando o que sabe fazer de melhor: rock de primeira com longos solos de guitarra. No repertório de 16 canções, estiveram presentes os seus maiores sucessos, como “Fly Away” (vídeo abaixo) e “Are You Gonna Go My Way” (a última do roteiro). Canções de seu último trabalho (“It Is Time For a Love Revolution”), como “I’ll Be Waiting” também estiveram presentes. Uma crítica da imprensa portuguesa foi o fato de Lenny Kravitz ter abusado dos longos solos de guitarra, que teria deixado o show um pouco arrastado.



Dia 31 de maio:

Skank – A banda mineira abriu a noite de sábado quando o sol ainda brilhava forte. No roteiro do show, canções bem conhecidas dos brasileiros – e nem tanto dos portugueses –, como “Garota Nacional”, “Saideira” e a versão de “Beleza Pura”, de Caetano Veloso. Um incidente envolvendo uma fã que supostamente foi agredida por seguranças, no início de “Amores Imperfeitos”, marcou a apresentação (vídeo abaixo). O Diário Digital resumiu a apresentação do Skank da seguinte maneira: “A abrir a noite estiveram os brasileiros Skank que assinaram um concerto bem festivo satisfazendo portugueses, e especialmente a galera brasileira sempre muito bem representada nestes dois dias identificada por camisolas e bandeiras que se agitaram várias vezes durante a atuação da banda de Belo Horizonte”.



Alanis Morissette – A cantor canadense fez um show correto, com a apresentação de várias canções de seu próximo disco “Flavors Of Entanglement”, que será lançado nesse mês. Entre as novidades, “Citzen Of The Planet” (vídeo abaixo) foi uma das mais aplaudidas. Mas foi com os velhos sucessos, como “You Oughta Know”, “Hand In My Pocket”, “Uninvited” (a primeira do Roteiro) e “You Learn” que a cantora levantou o público, que não chegou a lotar o Parque da Bela Vista, como no dia anterior. Segundo a crítica portuguesa, o show de Alanis só não foi melhor do que o do Bon Jovi, que encerrou a noite.



Alejandro Sanz – O show do cantor espanhol foi o mais fraco da noite e não levantou o público português. Com canções mais puxadas para o rock, o cantor romântico cantou várias músicas que a maioria do público não conhecia. O ponto alto do show acabou ficando por conta do hit “Corazón Partio”, que teve a participação especial de Ivete Sangalo. O Diário Digital resumiu a apresentação de Sanz da seguinte forma: “O concerto de Alejandro Sanz ficou meio perdido entre Alanis e Bon Jovi. O espanhol aqui em Portugal vive do êxito de uma canção, e no restante do concerto a maioria da platéia fica indiferente ao ritmo de Sanz tornando o momento aborrecido. Pena o concerto de Alejandro Sanz não ter sido logo o primeiro, ou segundo, da noite”.

Bon Jovi – A banda norte-americana encerrou a segunda noite do festival com os seus maiores sucessos, o que fez com que a imprensa considerasse o seu show o melhor desse primeiro fim de semana de Rock in Rio – Lisboa. Entre os grandes hits do Bon Jovi, estiveram presentes no roteiro do show, “Born To Be My Baby”, “Livin’ On a Prayer” (vídeo abaixo), “You Give Love a Bad Name” e “Wanted Dead Or Alive” (a última do repertório). Durante o show, uma fã tentou invadir o palco, mas foi contida pelos seguranças antes de chegar a Jon Bon Jovi. No bis, o vocalista apareceu com uma camisa da seleção de Portugal, que se prepara para a Eurocopa, levando a platéia ao delírio. “Aos 46 anos John Francis Bongiovi continua com aquela pinta de puto rebelde, e com um impressionante ritmo de palco. Este regresso a Lisboa foi um estrondoso sucesso valendo-lhe até agora o título de melhor concerto da edição deste ano do Rock in Rio. As poses, as baladas, e o grandes êxitos, levam uma audiência na sua maioria trintona ao delírio. Não há quem não acompanhe os refrões. Jon é uma estrela do rock à boa maneira antiga”, escreveu o Diário Digital acerca do show. O Correio da Manhã teve a mesma opinião: “Os Bon Jovi fizeram na noite de sábado um dos mais emocionantes concertos de sempre do Rock in Rio-Lisboa. O grupo, que não tocava há 13 anos em Portugal, levou ao rubro 80 mil admiradores. Com uma vitalidade extraordinária, Jon Bon Jovi, de 46 anos, foi a figura em destaque, terminando o concerto com uma camisola da seleção nacional oferecida pelos fãs”.



Dia 01º de junho:

Xutos & Pontapés – A banda mais popular de Portugal – lá, eles são chamados de ‘Rolling Stones portugueses’ – abriu a noite de domingo do Rock in Rio – Lisboa, que liberou a entrada de crianças de até nove anos, pelo fato de ontem ter sido o Dia Mundial da Criança. A banda portuguesa, que, assim como Ivete Sangalo, participou de todas as três edições do Rock in Rio – Lisboa, cantou os seus principais sucessos, como “O Homem do Leme”, “Circo de Feras” e “Minha Casinha (vídeo abaixo), sendo acompanhada, nesta última, por atletas olímpicos portugueses.



Tokio Hotel – A banda alemã, que levou dezenas de milhares de fãs portugueses para o Parque de Bela Vista, cantou (ora em inglês, ora em alemão) os seus principais sucessos, como “Final Day”, “Monsoon” (vídeo abaixo) e “By Your Side” (a última da apresentação). O Diário Digital não deixou passar o fanatismo dos portugueses pela banda alemã: “Com o rosto dos pais a variar entre a incredulidade pela atitude dos filhos e o olhar de reprovação por nunca terem imaginado ver os filhos em tal estado de excitação (ele era berros, ele era gritos, ele era lágrimas...), a histeria rapidamente tomou conta da assistência mais jovem, à mesma velocidade com que a banda alemã ia debitando, compenetrada, os temas do álbum de estréia”.



Joss Stone – A cantora queixou-se algumas vezes do frio, mas acabou fazendo uma apresentação bastante quente, e que empolgou o público português. O seu grande hit, “U Had Me” fez parte do repertório, assim como “Right To Be Wrong”, “Super Duper Love” (vídeo abaixo) e “Less Is More”, na qual a cantora abusa do reggae e do ska. Atendendo aos pedidos do público português, a cantora voltou ao palco duas vezes e encerrou a apresentação com “No Woman No Cry”, imortalizado por Bob Marley. O jornal Correio da Manhã elogiou o show, mas também registrou o fato de poucas pessoas conhecerem às canções de Joss Stone: “Tem apenas vinte anos e ainda Amy Winehouse nem sonhava com o estrelato já Stone mostrava o que valia. Ontem, descalça e destilando sensualidade, surpreendeu e encantou no Palco Mundo. Pena apenas que a maior parte das suas canções não tenha ainda caído no gosto dos portugueses”. Já o Diário Digital considerou o show de Stone o melhor da 3ª noite: “Mesmo já com alguns pais de saída, porque era chegada a hora de meter as crianças na cama, que amanhã é dia de escola, Joss Stone cantou e encantou em Lisboa, bem apoiada por um excelente coro e bons músicos, mas ainda mais por aquilo que a jovem intérprete revelou ser: não ‘apenas’ uma das vozes mais apaixonantes do soul atual, mas também um poço de sensualidade, empatia, simplicidade. Desfilando alguns dos temas que lhe trouxeram fama, a britânica mostrou saber igualmente ‘comungar’ com o público, ao abandonar o palco e deixar-se tocar pelos muitos fãs que, encostados às grades de segurança, queriam tê-la ali, ao pé, acabando, inclusivamente, a oferecer um dos colares que trazia ao pescoço”.



Rod Stewart – O cantor escocês repetiu no Parque da Bela Vista o show que os brasileiros assistiram em abril. Não faltaram sucessos, como “Sailing” (que encerrou o espetáculo), “Da Ya Think I’m Sexy?”, “Baby Jane” (vídeo abaixo) e “Hot Legs”, durante a qual, como de costume, Stewart chutou várias bolas de futebol em direção à platéia. Apesar do carisma de Stewart, a crítica portuguesa ficou em cima do muro. “Mas, porque o dia era mesmo para todas as idades, os mais resistentes não regressaram a casa sem antes ouvir um ‘velho dinossauro’ do rock, Rod Stewart de seu nome, que mesmo já com uma idade avançada, soube fechar a festa com temas que continuam no ouvido de miúdos e graúdos. ‘It`s a Heartache’, ‘Some Guys’, ‘Have I Told You’, ‘Maggie’ e ‘Sailing’ foram alguns dos muitos sucessos do músico escocês que os presentes na Cidade do Rock levaram no ouvido, para casa, para trautear nos próximos dias e contar aos amigos sobre um Rod Stewart que continua igual a si mesmo: mexido em palco, dando os seus passos de dança, vivendo e transmitindo prazer por estar em palco”, escreveu Francisco Cruz no Diário Digital.