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28 de nov. de 2010

Resenhando: Kings Of Leon, Milton Nascimento, Elton John & Leon Russell, Diogo Nogueira, Elvis Costello

“Come around sundown”– Kings Of Leon
Há algum modo diferente de começar a resenha de “Come around sundown” dizendo que o Kings Of Leon era uma banda bacaníssima, mas que se transformou em um engodo depois que cismou em fazer parte do mainstream? Depois da primeira audição do álbum, a resposta é não. Assim como o seu antecessor (“Only by the night”, de 2008, aquele da faixa “Sex on fire”), esse “Come around sundown” peca pela sua sonoridade forçadamente pop, bem diferente dos álbuns “Youth and young manhood” (2003) e “Aha shake heartbreak” (2005). Veja bem: não é pecado nenhum uma banda ser pop, é claro. Mas o Kings Of Leon erra a mão pela segunda vez, deixando de lado aquela sua sonoridade original, meio rural, meio rock, com um quê de Strokes. No novo trabalho, a banda de Nashville deixa claro que optou por se transformar em uma banda de rock de arena, como, talvez, um U2. Só falta fazer um som digno de rock de arena, e não o pop descartável, com ar extremamente pretensioso, de faixas como “The end” e “Radioactive”. O que dá mais pena é constatar que “Come around sundown” tem lá os seus bons momentos, representados por canções como a folk “Back down south”, a bonita “Pyro”, além de “Mi amigo”. Nessas faixas, a família Followill mostra sinceridade, algo que lhe vem faltando ultimamente. Mas ainda é o suficiente para acender uma pontinha de esperança de que o Kings Of Leon pode voltar a ser aquela banda bacana do início dos anos 00.

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“...E a gente sonhando” – Milton Nascimento
Em 2008, Milton Nascimento lançou, ao lado do Jobim Trio, um bonito tributo a Antonio Carlos Jobim. Nele, não havia nenhuma música inédita de Bituca. Então, podemos dizer que “...E a gente sonhando” é o primeiro álbum de inéditas de Milton desde “Pietá”, de 2002. E a espera valeu a pena? Certamente, sim. Diferentemente de seus contemporâneos da MPB, Milton sempre aparece com um projeto realmente novo. Ou seja, assim como “Clube da esquina” (1972), “Milagre dos peixes” (1973) e “Pietá”, esse “...E a gente sonhando” não é “apenas” um disco com canções inéditas, mas um álbum conceitual, como se quisesse inaugurar um movimento na música brasileira – embora o novo trabalho não tenha a mesma força dos outros três. Mais uma vez, Bituca investe em novos nomes da cidade mineira de Três Pontas. A bonita balada pop “Olhos do mundo”, por exemplo, é de autoria de Marco Elizeo Aquino (co-produtor do álbum, ao lado de Milton) e de Heitor Branquinho. Os dois artistas da nova geração trespontana também dividem o microfone com Bituca. Já a bela “Gota de primavera” é uma parceria de Milton com Pedrinho do Cavaco. O pianista Ismael Tiso Jr., por sua vez, é o responsável pelo samba-jazz “Do samba, do jazz, do menino e do bueiro”, ao lado de Miller Sol. Ele também divide os vocais com Milton. Flávio Henrique é o autor da letra de “Amor do céu, amor do mar”, cujos versos fazem a ponte com o passado ao relembrar a grande intérprete de Milton, Elis Regina (“Quando sonhei Elis Regina / Um coro de anjos se fez escutar / Meu coração desamparado se encheu de muitas cores / Cobriu todo ar”). Paulo Francisco (Tutuca) canta a canção com o padrinho. E o passado volta em duas parcerias com Fernando Brant, “Me faz bem” (já gravada por Gal Costa, em seu incompreendido “Lua de mel – Como o diabo gosta”, de 1987) e “Espelho de nós” (gravada por Simone de 1989), cujo dueto com o jovem Bruno Cabral faz a gente se sentir na cozinha de Milton. O dueto se repete na faixa-título, composta por Milton em 1965, e gravada (em versão instrumental) pelo Tempo Trio (primeira banda do Bituca). Como nada pode ser tão perfeito, são dispensáveis as regravações de “Adivinha o quê” (de Lulu Santos, e que ganhou um molho mezzo latino, mezzo jazz), “Resposta ao tempo” (invencível na voz de Nana Caymmi) e “O sol”, uma balada pop do Jota Quest, que é pequena demais para a voz de Milton Nascimento. Dificilmente “...E a gente sonhando” terá a mesma força de um “Clube da esquina” ou até mesmo de um “Pietá”. Mas não se pode negar que representa um enorme sopro de criatividade no cada vez mais anêmico mercado brasileiro de discos. Que o próximo não demore tanto.

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“The union” – Elton John & Leon Russell
“The union”, novo álbum de Elton John (dessa vez, em parceria com Leon Russell, multiinstrumentista que já gravou com Jerry Lee Lewis e Rolling Stones, entre outros), é a prova definitiva de que o compositor britânico não precisava ter feito o papelão que fez em sua última turnê no Brasil em 2008: cantar os seus sucessos mais manjados, em versões insossas e com uma voz sofrível. Explico: os últimos trabalhos de Elton John (por exemplo, “Songs from the west coast”, de 2001, “Peachtree Road”, 2004, e “The captain and the kid”, 2006) são bons demais para que ele viva apenas de seu glorioso passado. E “The union” vem se juntar a esse grupo de bons álbuns. A história da parceria entre Elton John e Leon Russell é a seguinte: quando Elvis Costello estreou o seu programa de televisão “Spectacle”, em 2008, Elton John elogiou muito o estilo de Leon Russell (que andava meio sumido, se apresentando em pequenos bares) tocar piano. A troca de gentilezas continuou por um tempo até que os dois resolveram entrar em estúdio, o que resultou no álbum ora lançado, produzido pelo onipresente T Bone Burnett. Deixando o pop descarado de lado, e optando por um rock mais tradicional, nesse novo álbum (gravado ao vivo em estúdio), Elton John relembra os seus melhores momentos, como “Tumbleweed connection”, de 1970. Embora a maioria das pessoas vá dizer que “The union” é “o novo álbum do Elton John”, é bom deixar claro que Leon Russell é o responsável pela composição de boa parte das faixas (outras são de Elton John com o parceiro Bernie Taupin), bem como pelos vocais das mesmas. Certamente, juntamente com o produtor, Russell direcionou o estilo das canções para algo mais adulto e menos pop. Destaque para o rock “Monkey suit”, a bluesy “I should have sent roses” e a linda “Gone to Shiloh”, com participação especial de Neil Young nos vocais. No final das contas, foi bom para ambos os lados. “The union” ressuscitou a carreira de Russell, e deu novos ares a de Elton John. (Lá fora, saiu uma edição especial do álbum, com duas faixas bônus e um DVD com documentário dirigido por Cameron Crowe.)

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“Sou eu – Ao vivo” – Diogo Nogueira
Não é de se estranhar que, hoje em dia, um artista tenha mais álbuns ao vivo lançados do que de estúdio. Diogo Nogueira é um deles. “Sou eu – Ao vivo” (também em DVD) é o segundo registro ao vivo do sambista. Gravado no Vivo Rio, durante a turnê de divulgação de “Tô fazendo a minha parte” (2009), o novo disco junta sucessos colecionados na curta carreira de Diogo Nogueira às músicas do trabalho que estava sendo divulgado à época da gravação. “Sou eu – Ao vivo” tinha tudo para ser um mais do mesmo (como a maioria dos CDs brasileiros que estão nas prateleiras das lojas) se não fossem as participações especiais, que dão um tempero diferente ao projeto. Chico Buarque, presença bissexta nos palcos, prestigia Diogo Nogueira com “Homenagem ao malandro” e “Sou eu”, essa, ao lado de Hamilton de Holanda e de Ivan Lins. Esse último, por sua vez, comparece na sua “Lembra de mim”, que está presente somente no DVD. A bonita parceria de Zeca Pagodinho com Almir Guineto, “Lama nas ruas”, também conta com Hamilton de Holanda. Aliás, é notável (e saudável) o fato de Diogo Nogueira ter deixado o nome do seu pai, o saudoso João Nogueira, de lado, para investir em outros compositores, como Leandro Fregonesi e Ciraninho (em “Amor imperfeito”, com participação de Alcione) e a dupla Serginho Meriti / Claudinho Guimarães (“Da melhor qualili”). Só poderia mesmo ter dispensado a brega até a alma “Vestibular pra solidão” (de Alexandre Pires) e o sambão “Deixa eu te amar”, de Mauro Silva, Camillo e Agepê, e gravado por Simone, no ano passado. De resto, esperamos que a EMI não mande Diogo Nogueira a gravar mais um álbum ao vivo no ano que vem.

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“National ransom” – Elvis Costello
A análise da discografia de Elvis Costello é das coisas mais complicadas para quem trabalha com música. Se o compositor inglês lança hoje um álbum de rock, certamente, no ano que vem, virá um de jazz, e depois um clássico, e por aí vai. Então, chega a ser curioso, o fato de Costello ter mantido a sonoridade básica (algo entre o bluegrass e o rock, transitando um pouco pelo folk, blues, skiffle em “A slow drag with Josephine”, e até balada sinatriana, caso de “You hung the moon”), o mesmo produtor (T Bone Burnett) e até mesmo uma capa bem parecida com a do álbum anterior, “Secret, profane & sugarcane” (2009). Aí você vai me perguntar: então não há diferença entre ambos? Eu respondo: há sim, e para muito melhor. O que já era ótimo no álbum lançado no ano passado, ficou melhor nesse “National ransom”. O motivo é simples. Nesse novo disco, Costello foi menos pretensioso, abusando mais de rocks básicos e melódicos, como em seus primeiros álbuns, casos de “Five small worlds” e da excelente faixa-título. Pode ter certeza que “National ransom” é o melhor álbum de Elvis Costello desde “King of America” (1986), produzido por – quem?? – T Bone Burnett.

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Abaixo, “Radioactive”, single de “Come around sundown”, do Kings Of Leon, em versão ao vivo no SNL:

16 de out. de 2010

Art Blakey, Gene Krupa, Leila Pinheiro, Paul Simon, Jamiroquai, Castrinho, Pink Floyd, Legião Urbana, Diogo Nogueira

Essa é a capa de "Sou eu - Ao vivo", DVD de Diogo Nogueira, gravado no Vivo Rio, e que contou com a participação especial de Chico Buarque. Nos extras, Diogo recebe outros convidados, como Ivan Lins ("Lembra de mim") e Alcione ("Amor imperfeito"), além de cantar um medley de sambas enredo da Portela. O repertório do DVD é o seguinte: "Deus é mais", "Força maior", "Deixa eu te amar", "Contando estrelas", "Lembra de mim", "Razão pra sonhar", "Pelo amor de Deus", "Tô te querendo", "Tô fazendo a minha parte", "Feijoada completa", "Baile no Elite", "Malandro é malandro, mané é mané", "Homenagem ao malandro", "Sou eu", "Lama nas ruas", "Amor imperfeito", "Vestibular pra solidão", "Me leva", "Da melhor qualidade", "A vitória demora mais vem", "Conto de areia" / "Aquarela brasileira" / "É hoje", "Além do espelho" e "Pedras que cantam". Nas lojas na primeira semana de novembro.

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UMA MÚSICA PRO FINAL DE SEMANA: "Giz", da Legião Urbana, ao vivo no Metropolitan/RJ, em outubro de 1994. Um dos grandes shows que já vi. Pena que ninguém lança isso em DVD... Seria bem mais interessante do que reembalar os mesmos discos pela décima vez.



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O baterista do Pink Floyd, Nick Mason, disse que a banda pode voltar a se reunir para shows de caridade. Ele afirmou à BBC News que David Gilmour e Roger Waters estão receptivos com a ideia. "Acho que seria um modo muito bom para a banda se aposentar", disse o baterista. A última vez que a banda se apresentou foi no "Live 8", em 2005. À época, o tecladista Richard Wright estava vivo. Em julho passado, Waters e Gilmour se apresentaram juntos em um evento de caridade.

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E amanhã é dia de dar os parabéns para o grande Castrinho, um dos grandes humoristas brasileiros. "Meu garoto"... "Meu pai, pai"... Hahaha... Alguém se lembra disso? O garoto, amanhã, completa 70 anos.



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Agora vou lembrar de um outro álbum bem bacana. "The return of the space cowboy", do Jamiroquai, chegou às lojas no dia 17 de outubro. Tive a oportunidade de assistir a alguns shows do Jamiroquai, e fico impressionado como o bom gosto da banda foi caindo, caindo, caindo... Esse álbum de 1994, por exemplo, cheio de referências da Motown, é fantástico. Depois, a banda foi escorregando para um lado meio eletrônico demais, que não me agradou. Não estarei no show do Jamiroquai em São Paulo hoje, mas torço para que a banda toque coisas desse tipo...



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Foi no dia 16 de agosto de 1990 que Paul Simon lançou um de seus melhores álbuns. "The rhythm of the saints" aprofundava a viagem do músico norte-americano em novos ritmos. Se o anterior "Graceland" (1986) estava encharcado de referências africanas, o álbum de 1990 ia ao encontro dos ritmos brasileiros. A começar pela introdução da faixa de abertura ("The obvious child"), gravada no Pelourinho pelo grupo baiano Olodum. A lista de brasileiros na ficha técnica de "The rhythm of the saints" é extensa: Raphael Rabello, Naná Vasconcelos, Armandinho, Mingo Araujo, Sidinho Moreira e Milton Nascimento. Marco Mazzola foi um dos produtores do álbum, que chegou ao 4º posto da parada de discos da Billboard.



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E sabe quem vai apagar 50 velas hoje? Hein? Leila Pinheiro, uma das maiores vozes do Brasil. Para mim, o grande álbum de Leila Pinheiro (tipo imbatível mesmo) é "Catavento e girassol" (1996), somente com faixas compostas por Guinga e Aldir Blanc. Considero esse disco um dos melhores lançados no Brasil na década de 90. Uma verdadeira aula de canto e de bom gosto. Recentemente, Leila Pinheiro lançou "Meu segredo mais sincero" (2010), todo com canções escritas por Renato Russo. Já resenhei esse CD aqui no blog, e tive lá as minhas restrições. Mas ainda assim é um bom álbum, e a sua interretação para "Quando você voltar" é de arrepiar. Pensei em colocar esse vídeo aqui para homenagear a cantora. Mas achei um mais interessante. Olha só ela novinha, novinha...



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O dia 16 de outubro não é lá um dos mais felizes para os bateristas. Além da morte de Art Blakey, esse mesmo dia (no ano de 1973) viu a morte de outro gigante do jazz: Gene Krupa. Ele começou a sua carreira na big band de Benny Goodman - participou, inclusive, daquele famoso concerto no Carnegie Hall, em 1938 -, mas não demorou muito para liderar a sua própria banda, a Gene Krupa Big Band.



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Agora é hora de falar de jazz. E jazz do bom, viu? Há vinte anos, o maior baterista da história do jazz partia dessa pra melhor. Art Blakey era um músico tão respeitado, que, mesmo sendo baterista, era o líder de uma banda de jazz: Art Blakey and the Jazz Messengers. Veja bem, quando digo "mesmo sendo baterista", não estou querendo subestimar os especialistas das baquetas, pelo contrário. Mas como o baterista geralmente fica lá atrás, escondidão, não é lá muito comum, ele liderar uma banda. Mas Art Blakey liderava. E uma das mais importantes da história do jazz. Com mais de 130 álbuns gravados, Art Blakey é um dos imortais do jazz.



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Quando era moleque, não tinha erro. Todo dia 16 de outubro tinha que apresentar um trabalho para o tal Dia da Ciência. Como não tenho mais esse tipo de trabalho para fazer, fica aqui a minha lembrança do dia com Gilberto Gil...

15 de jul. de 2010

Marky Ramone, Samuel Rosa, Duro de Matar, Diogo Nogueira, Amy, Queensryche, Hendrix, Cribs, Strokes, Simonal, Arcade Fire, Waters+Gilmour, Weezer

Até semana que vem!!

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A boa notícia para os fãs do Weezer é que a banda de Rivers Cuomo vai lançar um novo álbum no dia 13 de setembro. Ele disse ao Newstimes.com que a banda, antes, vai assinar um contrato com um selo independente. A matéria completa pode ser lida aqui.

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Depois do pocket show no início dessa semana na Inglaterra, Roger Waters afirmou que o colega e (ex-?)desafeto David Gilmour vai participar de uma apresentação sua durante a turnê "The wall", que estreia em setembro. Segundo Waters informou em seu perfil no Facebook, Gilmour vai tocar guitarra em "Comfortably numb". Só resta saber em qual show...

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O Arcade Fire anunciou que o seu novo álbum, "The suburbs", com lançamento na primeira semana de agosto, terá oito capas diferentes. E elas estão aí em cima. Mas vem cá... São diferentes mesmo??

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Atenção fãs de Wilson Simonal: sai na semana que vem um álbum inédito em CD do cantor. "Mexico '70" foi gravado enquanto Simonal acompanhava a seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 1970. Quando os seus filhos Max de Castro e Simoninha idealizaram o box com a coleção completa de Simonal na EMI, esse álbum estava perdido. Devidamente recuperado, "Mexico '70" chega às lojas com as seguintes faixas: "Aqui é o país do futebol", "Raindrops keep fallin' on my head", "Kiki", "Ave Maria no morro", "I'll never fall in love again", "Crioula", "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)", "Aquarius / Let the sunshine in", "Garota de Ipanema", "Ecco il tipo che io cercavo", "As menininhas do Leblon" e "Eu sonhei que tu estavas tão linda".

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Julian Casablancas disse que o novo álbum dos Strokes será "fantástico". No momento, a banda de Nova York está no meio das gravações do sucessor de "First impressions of Earth" (2006). "Está dando trabalho. Está tudo muito bom. Eu ia fazer uma piada e dizer que foi um trabalho de parto, mas não, foi fantástico", disse à XFM. O álbum deve sair entre março e abril de 2011.

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Em chat realizado ontem pelo site Gigwise, no qual a banda The Cribs respondeu perguntas de seus fãs, houve uma revelação interessante. Gary Jarman disse que o próximo trabalho da banda poderá ser um álbum verdadeiramente pop. Segundo o seu irmão, o vocalista Ryan Jarman, o sucessor de "Ignore the ignorant" (2009) será "completamente diferente". "Eu penso que podemos fazer um álbum verdadeiramente pop, e não indie-pop", completou Gary.

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Os herdeiros de Jimi Hendrix estão sendo processados pelo músico Lonnie Youngblood, que alega que, nos anos 60, escreveu diversas músicas com Hendrix e não ganha direitos autorais. Uma das supostas parcerias, "Georgia blues", foi incluída na compilação "Martin Scorsese presents The Blues: Jimi Hendrix" (2003). Youngblood disse que não foi indagado quanto à autorização da inclusão da faixa na trilha sonora, e não teve o seu nome creditado no encarte do CD.

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O Queensryche (certamente a banda que fez o show mais chato que já vi na minha vida, no Rock in Rio de 1991) vai lançar uma edição comemorativa de 20 anos do álbum "Empire". O lançamento será no dia 13 de setembro, e contará com um CD bônus gravado ao vivo no Hammersmith Odeon, em Londres, no dia 15 de novembro de 1990. As faixas ao vivo são as seguintes: "Resistance", "Walk in the shadows", "Best I can", "The thin line", "Jet city woman", "Empire", "Roads to madness", "Take hold of the flame", "Silent lucidity" e "Hand on heart". No show do Rock in Rio, o Queensryche estava divulgando exatamente esse "Empire".

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SÓ PRA FICAR REGISTRADO: Amy Winehouse promete novo álbum para janeiro de 2011.

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No próximo dia 23 de julho (sexta-feira), Diogo Nogueira vai gravar, no Vivo Rio, o seu segundo DVD, "Sou eu". No roteiro, músicas de seu último álbum, "Tô fazendo a minha parte" (como a faixa-título e "Amor imperfeito), canções inéditas e algumas novidades, como "Deixa eu te amar" (Agepê), "Lama nas ruas" (Zeca Pagodinho / Almir Guineto) e um pot-pourri de sambas enredo históricos. O show também conta com a participação de convidados, cujos nomes não foram revelados. Na banda que acompanha Diogo, cracaços como Alceu Maia (cavaco), Dirceu Leite (clarinete, sax e flauta) e Fernando Merlino (teclados). Os ingressos variam entre R$ 40 e R$ 150 (com meia-entrada). Mais informações aqui.

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Agora eu vou falar um pouco de cinema. Vou dizer uma coisa: não conheço ninguém (ninguém!) com mais de 30 anos de idade que nunca tenha visto "Duro de matar". E mesmo quem não viu, dificilmente não conhece John McLane, o primeiro personagem realmente importante de Bruce Willis. O primeiro flme da série "Duro de matar" estreou exatamente no dia 15 de julho de 1988, e eu assisti no cinema - e certamente não tinha idade para entrar. O filme conta a história de um policial (John McClane), que vai visitar a esposa na Califórnia, e, durante uma festa, terroristas sequestram o prédio no qual o evento é realizado. McClane mata umas 78432903293 pessoas e consegue salvar o prédio. Emocionante, não? Para mim, o melhor filme de Natal ever... Hehehe...



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Ah, hoje eu quero homenagear aqui um cara que eu me amarro. Eu ainda me lembro do dia em que ganhei o CD de estreia do Skank. Foi um dos meus primeiros CDs, aliás. Acho que ninguém conhecia o Skank. E quem conhecia dizia que era cópia dos Paralamas do Sucesso. De fato, o primeiro álbum da banda mineira carece um pouco de originalidade. Mas os discos posteriores... O Skank mostrou que é possível fazer música bem popular com muita qualidade. De "É uma partida de futebol" a "Formato mínimo", cada uma do seu jeito, eu gosto de tudo o que o Skank faz. Seja popular ou algo mais sofisticado - aliás, repito aqui que "Cosmotron" é o melhor álbum brasileiro lançado na década de 00. Ah, e por que estou falando tudo isso? Porque, hoje, Samuel Rosa, vocalista, guitarrista e compositor do Skank, completa 44 anos. (Mas a cara continua quase igual a do encarte do primeiro CD...) Ah, e você sabia que ele é psicólogo??



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Hoje também é dia de o baterista Marky Ramone (preciso dizer o nome da banda?) soprar velinhas. Marky, que substituiu Tommy no Ramones a partir de 1978, completa 54 anos. Mesmo que tenha dado um tempo da banda entre 1983 e 87, Marky permaneceu no Ramones até o seu fim, em 1996. Aliás, que saudade dos shows do Ramones. Tive a oportunidade de assistir a dois, e de ainda participar de uma tarde de autógrafos com a banda. Meu "Brain drain" todo assinado está dentro do cofre! Depois, acho que só tive a chance de rever Marky Ramone em dois shows do Pearl Jam, no Rio e em Nova York. A técnica pode até não ser o seu forte. Mas quem consegue tocar as músicas dos Ramones igual a ele?



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Bom dia, pessoal! Como vamos, hein? Olha, já avisei aqui que estou viajando amanhã. Vou fazer o máximo para atualizar esse blog de vez em quando, mas não sei se terei muito tempo. Vou ver alguns shows nessas "férias" e, claro, sobre eles escreverei aqui. No domingo, as resenhas dos CDs serão publicadas normalmente. Mas nessa sexta e sábado, isso aqui vai ficar parado. Na metade da semana que vem, eu tento dar uma atualizada. Mas chega de papo furado. A imagem acima não é para sugerir que eu vá para a Holanda (até mesmo porque não vou para lá, hehe...). "A lição de anatomia do Dr. Tulp" é uma das principais pinturas do fantástico pintor holandês Rembrandt, que nasceu no dia 15 de julho de 1606. O seu museu (localizado na antiga residência do pintor) é um dos lugares mais especiais de Amsterdã, posso garantir. A imagem acima, uma de minahs preferidas, é de 1632, e retrata uma aula de anatomia de Nicolaes Tulp. O objeto da anatomia é o corpo de um assaltante que fora condenado à morte.

2 de jul. de 2008

MULTISHOW PREMIA OS MAIS POPULARES

Como já era de se esperar, o mais do mesmo acabou vencendo o Prêmio Multishow. A cerimônia aconteceu ontem, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e vários artistas competiram em dez modalidades diferentes. Como já era de se esperar, não houve surpresas. Tendo em vista que o voto era popular, os artistas com o maior número de fãs faturaram a estátua. (Ou algum tolinho achava que Caetano Veloso ia ter mais votos do que Di Ferrero, do NX Zero?)

Qualquer premiação no mundo da música é sempre muito bem-vinda. Mas, a verdade é que o prêmio Multishow se destaca como o mais previsível de todos. Por exemplo, na lista de cantoras indicadas, estavam Ana Carolina, Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Maria Rita e Vanessa da Mata. Mas previsível, impossível. No ano que vem, no mínimo três dessas cinco estarão presentes novamente na lista. Alguém tem dúvidas disso? Provavelmente Maria Rita também será indicada pelo DVD ao vivo que acabou de gravar. E nos outros quesitos, pode apostar que o “Multishow Ao Vivo” do Capital Inicial que está prestes a sair vai faturar o prêmio de melhor DVD. Isso se a Ivete não lançar nenhum até lá...

Aliás, mesmo com o voto popular a emissora acabou se dando bem, com dois produtos seus ganhando troféus: melhor DVD (“Multishow Ao Vivo no Maracanã”, de Ivete Sangalo) e melhor show (“Dois Quartos”, de Ana Carolina, que gerou há pouco o DVD “Multishow Ao Vivo”).

Talvez os únicos prêmios que tenham sido exceção foram o de melhor música e o de melhor CD. Vanessa da Mata, com a sua “Boa Sorte / Good Luck” (em dueto com Ben Harper), conseguiu bater NX Zero, Babado Novo e, até mesmo, Ivete Sangalo. O CD “Samba Meu”, de Maria Rita, também conseguiu superar artistas como Pitty, Capital Inicial e Vanessa da Mata.

No resto, não houve maiores surpresas. Charlie Brown Jr. levou o prêmio de melhor videoclipe, Ivete os de melhor DVD – será que alguém imaginava que o excelente DVD “Ao Vivo No Rock In Rio 1”, dos Paralamas do Sucesso, poderia bater o de Ivete? – e melhor cantora, embora nesse quesito a concorrência com outros artistas bastante populares tenha sido acirrada – Ivete competiu com Claudia Leitte e Ana Carolina.

Para melhor show, Ana Carolina levou a melhor, embora um dos melhores shows da carreira de Rita Lee (“Picnic”) tivesse concorrido. O NX Zero também deve ter suado para levar o troféu de melhor grupo, competindo com CPM 22, Jota Quest e Charlie Brown Jr. O seu vocalista também se deu melhor do que Dinho Ouro Preto e Chorão. Samuel Rosa e Caetano Veloso corriam por fora. A revelação Strike bateu revelações bem superiores, como a cantora Ana Cañas e o sambista Diogo Nogueira. E no quesito melhor instrumentista, Radamés Venâncio levou a melhor. Para quem perguntou quem é Radamés Venâncio, a resposta é óbvia: ele é pianista da banda de Ivete Sangalo. Batata! Imagina se o excelente guitarrista Davi Moraes teria vez...

Curioso observar como o site de relacionamentos orkut foi o principal responsável pelo resultado do Prêmio Multishow. Na comunidade de Ivete Sangalo, por exemplo, os seus zelosos moderadores criaram um tópico pedindo para os seus membros votarem na cantora baiana. Desde o dia 23 de abril, tal tópico teve, até o término da votação, 2.256 comentários. Os moderadores tiveram o cuidado de instruírem os seus participantes: “Só é aceito um voto para cada email criado. Para votar mais de uma vez, criem tantos emails puderem (sic). É preciso que nós fãs tenhamos consciência de que para vencer esse prêmio não adianta votar uma vez e achar suficiente. Votem muito!”

Na mesma comunidade, em menos de 24 horas, 2.636 pessoas comentaram sobre o prêmio em um único tópico. Na maior comunidade de Ana Carolina, aconteceu algo parecido: 1.102 comentários em menos de 24 horas também. Na do NX Zero, 2.631 comentários em poucas horas, para o tópico “Prêmio Multishow 2008”.

Sugiro que no ano que vem, ao invés de perder tempo com votação popular, o Multishow premie diretamente os artistas com maiores comunidades do orkut.