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5 de set. de 2011

Os 65 anos do inigualável Freddie Mercury; os 20 da explosão do R.E.M.; o novo álbum do Red Hot; Prince caloteiro?; o novo videoclipe do Foo Fighters.



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Eu sei que esse blog andou meio largado nos últimos dias. Mas, acredite, ando sem tempo até de respirar. Muita coisa acontecendo, livro nas lojas, entrevistas de divulgação... Mas hoje arrumei um tempo para tentar colocar alguma ordem nisso aqui. Nesse fim de semana, aproveitei para ver uns DVDs que já estavam cobertos de poeira. Relembrei muita coisa. E o DVD mais marcante que vi foi o “Familiar to millions”, do Oasis. Não colocava esse vídeo para rodar fazia uns, sei lá, quatro, cinco anos... E como ele é bom, viu? Deu até para sentir o cheiro da cerveja naquele estádio de Wembley...

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E hoje eu tenho um motivo mais do que especial para não deixar de atualizar o blog. Isso porque nesse dia 05 de setembro, comemoramos os 65 anos do nascimento do Freddie Mercury. Sessenta e cinco! Já parou para pensar se ele estivesse vivo? Será que ainda teria pique para fazer aqueles shows antológicos?? Eu não tenho dúvida que sim. Em um exercício mais louco de imaginação, eu até pensei em um show do Queen nesse novo Rock in Rio, que começa daqui a poucos dias... A impressão que eu tenho é a de que o Freddie Mercury estaria com a mesma cara hoje em dia, cantando do mesmo jeito, e levantando os estádios mundo afora... Ah, que saudade!!



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Ah, agora eu vou ter que relembrar o Queen no Rock in Rio... Alguém estava lá??



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No dia 05 de setembro de 1991, o R.E.M. atravessava a fronteira entre o indie e o mainstream. Hoje, essa classificação de indie e maistream é praticamente inexistente. Mas em 1991, essa fronteira era imensa. E o R.E.M. alcançou um sucesso sem precedentes com a música “Losing my religion”, presente no álbum “Out of time” (1991). O videoclipe rodou alucinadamente na MTV, e, há exatos 20 anos, o conjunto de Michael Stipe, Mike Mills, Peter Buck e Bill Berry papava seis estatuetas do Video Music Awards, da MTV, incluindo o de melhor vídeo do ano. Bons tempos em que valia a pena ficar na frente da televisão vendo um VMA...



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E hoje faz 15 anos que o Jota Quest colocou nas lojas o seu primeiro álbum – excluindo um independente, lançado em 1995. À época, a banda se chamava J. Quest, e o álbum, auto-intitulado, vendeu bastante (hoje acumula 200 mil cópias vendidas), a reboque de sucessos como “As dores do mundo”, “Encontrar alguém” e “Vou pra aí”. Por conta de sua sonoridade, menos pop do que a atual, e mais puxada para o soul, muitos fãs consideram esse álbum o melhor do Jota Quest. Eu estou nesse grupo.



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Com um certo atraso, estou ouvindo o ultimo álbum do Red Hot Chili Peppers. A capa de “I’m with you”, certamente, é a mais bacana do ano. Mas e o disco? Bom, em resumo, eu acho que está abaixo da média da banda, mas acima de muita coisa que tem sido lançada nesses últimos anos. Eu fiquei com uma impressão, pelo menos nessa primeira ouvida, que a banda perdeu um pouco da “alegria” que está bem latente em álbuns como “Californication”(1999) e “By the way” (2002). Parece que o grupo ficou mais sério, mais adulto, não sei se por conta da saída do guitarrista John Frusciante. Aliás, que falta ele faz. Para quem pensa que só um vocalista é insubstituível em uma banda, é bom dar uma escutada em “I’m with you”. A sensação é de que está faltando alguma coisa. E está mesmo. “I’m with you” ainda assim é superior ao gorduroso “Stadium arcadium” (2006). O novo álbum segue uma receita comum nos últimos trabalhos do RHCP, com algumas músicas esculpidas para o sucesso, casos de “Police station”, “Happiness loves company” e o primeiro single, “The adventures of rain dance Maggie”. Mas a melhor faixa mesmo é “Goodbye Hooray”, mais pesada, e com um super trabalho do baixista Flea. Acredito que “I’m with you” ainda pode crescer muito no palco, ainda mais ao lado dos sucessos antigos do Red Hot Chili Peppers. Sorte de quem conseguiu comprar ingresso para o próximo dia 24.



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DROPS:











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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

O novo videoclipe do Foo Fighters, “Hot buns”:



Eu estava me lembrando da história, que conto no livro do Rock in Rio, que Dave Grohl, quando tocou aqui no Rio de Janeiro em 2001, se hospedou no hotel sob o pseudônimo de Freddie Mercury...


A nova música do Justice, “Audio, vídeo, disco”, em sua versão oficial:



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Ah, e vamos finalizar com ele, mais uma vez??


6 de jul. de 2011

A pergunta da NME; dia dos gênios Júlio Barroso, Arnaldo Baptista e Louis Armstrong;”Run, Forrest, run”; a capa mais bonita de 2011; e Noel “SHITBAG”.



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Ontem eu recebi a New Musical Express dessa semana, e me deparei com essa capa. E aí? Você tem a resposta para a pergunta da NME??

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Essa indagação me lembrou uma música, que vou eleger a tal “música do dia”:



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Falem o que quiser, mas, para mim, Paul Simon está no mesmo patamar do Bob Dylan. Discorda? Então leia isso:

“The words of the prophets are
written on the subway walls
And tenement halls”

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Além de Paul Simon, eu tenho um bando de gênio para falar aqui hoje. E começo com Louis Armstrong. Hoje faz 40 anos que esse grande músico e cantor partiu lá para o andar de cima. E a minha homenagem aqui vai na voz de um outro gênio:



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Também foi num dia 06 de julho que o poeta e DJ Júlio Barroso, mentor da Gang 90 e gênio do Rock Brasil partiu dessa pra melhor. Em 1984, ele voou da janela de seu apartamento em São Paulo. A causa da morte ninguém sabe. É a maior lenda do BRock. E são exatamente os gênios que cultivam as maiores lendas.



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Hum... Essa música da Gang 90 está no “Plunct Plact Zuuum”!! Como é que a Biscoito Fino nunca lançou isso em DVD?? A minha infância está toda nesse programa...

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Hoje também é aniversário de Arnaldo Baptista. Outro louco genial.

Currículo:
1) Mentor dos Mutantes.
2) Gravou “Lóki!” (1974).

Preciso dizer mais alguma coisa??



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Em 06 de julho de 1994 estreou o filme que eu mais vi na minha vida: “Forrest Gump”. E certamente também a trilha sonora que mais ouvi na minha vida. Tudo nesse filme dispensa comentários.



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E aí? Deu vontade de ver o filme de novo?? (Eu coloquei a cena de abertura exatamente para que você reveja esse filme...)

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“I’m with you”, novo disco do Red Hot Chili Peppers, só chega às lojas no dia 30 de agosto, mas a capa, elaborada pelo artista britânico Damien Hirst, já foi divulgada.



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Agora me responda: capa mais bonita do ano??

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E o Noel Gallagher, hein? Hoje é notícia em tudo que é lugar. Em uma entrevista coletiva, realizada na cidade de Londres, o ex-guitarrista do Oasis deu detalhes de seu primeiro álbum solo, que será lançado no dia 17 de outubro. O título será “High flying birds”. A produção ficou a cargo de David Sardy, responsável pelos dois últimos trabalhos do Oasis. Uma turnê de divulgação (que contará com músicas do Oasis no set list, segundo o guitarrista) terá início uma semana depois que o disco chegar às lojas. Noel ainda aproveitou a ocasião para falar sobre o seu segundo (?!?) álbum solo, ainda sem data definida de lançamento (mas já gravado).

As faixas de “High flying birds” são as seguintes:
1 - "Everybody's On The Run"
2 - "Dream On"
3 - "If I Had A Gun..."
4 - "The Death Of You And Me"
5 - "(I Wanna Live In A Dream In My) Record Machine"
6 - "AKA... What A Life!"
7 - "Soldier Boys And Jesus Freaks"
8 - "AKA... Broken Arrow"
9 - "(Stranded On) The Wrong Beach"
10 - "Stop The Clocks"

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???????????????????????????????????????

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E a música nova do Mumford & Sons, hein? Que tal??



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E a New Musical Express elegeu os 100 melhores videoclipes de todos os tempos.
O top 10 ficou assim:
10) The Prodigy - "Smack My Bitch Up"
9) Sigur Rós - "Viðrar Vel Til Loftárása"
8) Beastie Boys - "Sabotage"
7) Weezer - "Buddy Holly"
6) Foo Fighters - "Everlong"
5) Björk - "All Is Full of Love"
4) Soundgarden - "Black Hole Sun"
3) Chris Isaak - "Wicked Game"
2) Radiohead - "Just"
1) Johnny Cash - "Hurt"


29 de nov. de 2010

John Grant, Suede, Pink Floyd, Elton John x Oasis, U2

Agora é oficial: o U2 se apresenta no Brasil no dia 09 de abril, em São Paulo, no estádio do Morumbi, com abertura do Muse. Os ingressos, que começam a ser vendidos no dia 07 de dezembro, custarão R$ 70,00 (cadeira superior amarela); R$ 180,00 (pista); R$ 220,00 (arquibancada amarela); R$ 240,00 (arquibancadas azul, vermelha, vermelha especial e laranja); R$ 340,00 (cadeira inferior A e B); e R$ 380,00 (cadeira superior azul 1, cadeira superior azul premium, cadeira superior vermelha e cadeira superior laranja).Haverá pré-venda de ingressos para clientes dos cartões Citibank, incluindo os cartões Credicard e Diners, nos dias 04 e 05 de dezembro. Membros do site oficial do U2 poderão comprar os bilhetes já no dia 01º de dezembro.

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Quem anda meio irritado com Noel e Liam Gallagher é Elton John. Segundo ele, os irmãos ex-integrantes do Oasis são dois "turrões estúpidos" por terem perdido a oportunidade de conquistar os Estados Unidos. "Eles eram enormes na Grã-Bretanha, eram enormes nos Estados Unidos, foram até lá, brigaram entre si, cancelaram a turnê e nunca conquistaram a América", disse à Absolute Radio. "Essa oporunidade, você só tem uma vez. Essa é a diferença entre garotos e homens. Coldplay, Muse, U2, The Police e outros conjuntos... Esses são os homens, e todo o resto são os garotos", completou o Sir.

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Nick Mason, baterista do Pink Floyd, desistiu de fazer um show com a sua banda. O motivo é justo. A apresentação aconteceria na residência de uma socialite em Oxfordshire, no mesmo local onde Roger Waters e David Gilmour tocaram juntos no primeiro semestre desse ano. "Esse evento privado não é a ocasião para um retorno do Pink Floyd. A princípio, eu disse que ia participar, mas vi que era um evento de caridade muito pequeno, para pessoas de terno. Não acho certo transformar algo pequeno em um grande evento. Temos que guardar a volta para algo como o 'Live 8'", disse o músico à Classic Rock.

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"Eu me sentia incompleto, à procura de quem realmente era. E essa primeira encarnação dos Suede havia tudo isso: um sentimento de confusão, de falta de pertencimento. Ninguém com vinte e poucos anos percebe o que quer que seja da vida, mas isso faz parte da beleza do rock n'roll." (Brett Anderson, do Suede, em entrevista à revista portuguesa Blitz)

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O final do ano está chegando (jááá??), e as listinhas de melhores de 2010 já começam a pipocar por aí. A revista britânica Mojo fez a sua com os melhores álbuns. O grande vencedor foi "Queen of Denmark" (capa acima), de John Grant, ex-vocalista dos Czars. Confesso que ainda não ouvi esse disco, mas vou correr atrás. O top 10 completo é esse aqui:
10) Doug Paisley - "Constant companion"
9) The Coral - "Butterfly house"
8) Phosphorescent - "Here's to taking it easy"
7) Midlake - "The courage of others"
6) Paul Weller - "Wakes up the nation"
5) The Black Keys - "Brothers"
4) Edwyn Collins - "Losing sleep"
3) MGMT - "Congratulations"
2) Arcade Fire - "The suburbs"
1) John Grant - "Queen of Denmark"

28 de ago. de 2010

Robbie Williams, Oasis, Ingrid Bergman, Charlie Parker, Edu Lobo, Beatles, Zico, Axl, Gilberto Gil, Big Four, Interpol, Ozzy Osbourne

O LIVRO DA SEMANA: Bom, essa semana eu encontrei um tempo para ler "Eu sou Ozzy", autobiografia de Ozzy Osbourne. Vou dizer que fiquei bem surpreso. Pensava que fosse um livro meia-bomba, sem muito nexo, mas, na verdade, até que Ozzy se lembrou de muita coisa interessante. Assim, ele detalha os bastidores de cada álbum e de cada turnê do Black Sabbath e de sua carreira solo. Lógico que também há bastante espaço para as loucuras desse inglês de Birmingham. Quer saber com detalhes como foi o episódio da mordida no morcego? Tá tudo no livro. Mas, atenção: o estômago deve ser forte pra encara essa história e outras, como o emprego pré-fama de Ozzy, em um abatedouro de bois, ou então o episódio em que arrancou a cabeça de uma singela pombinha, no meio de uma reunião, para impressionar os executivos de sua gravadora. Ozzy fala também sobre o caso do suicídio de um adolescente que escutava a sua música enquanto estourou os miolos. A morte estúpida e surreal do amigo e guitarrista Randy Rhoads é lembrada no capítulo mais comovente da autobiografia. O Rock in Rio ganhou pouco destaque. E, pelo jeito, as lembranças de Ozzy do festival não são tão boas: "Tinha esperado ver a Garota de Ipanema em cada esquina, mas não vi nenhuma. Havia só um monte de crianças pobres correndo pelo lugar como ratos. As pessoas eram ou absurdamente ricas ou viviam nas ruas - parecia não haver nada no meio", escreveu. O livro é recheado de histórias hilárias (o encontro com Brian Wilson, por exemplo), mas Ozzy também não deixou de lado os problemas com álcool, drogas, polícia... Em alguns momentos, Ozzy parece estar na frente de seu psicanalista, principalmente quando se diz arrependido de algumas besteiras feitas no passado. Enfim, "Eu sou Ozzy" é obrigatório para quem se interessa pela figura. Mas também pode ser muito bem-vindo para quem queira apenas ler uma história bem, digamos... (existe alguma palavra que seja mais do que "surreal"??).

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Mais um vídeoclipe bem legal estreou por esses dias. É o novo do Interpol, "Barricade". Com o vídeo, a música ficou ainda mais interessante...



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Eu já tinha falado, algumas semanas atrás, sobre o lançamento do DVD/BD "Big Four", projeto que juntou Metallica, Megadeth, Anthrax e Slayer. Hoje temos algumas novidades. Em primeiro lugar, a capa, que está logo aí acima. O legal é que o DVD duplo (ou BD simples) trará os quatro shows na íntegra. Os repertórios podem ser lidos aqui. Haverá também uma edição especial com o DVD duplo, mais cinco CDs (com o áudio de todos os quatro shows), poster, palhetas, fotos e outras frescuras mais.

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"FÉ NA FESTA": Já que falei em Gilberto Gil, uma boa notícia para os seus fãs. "Fé na festa" vai ser gravado para DVD no mês que vem. A gravação acontecerá no Rio de Janeiro, em uma vila no Jardim Botânico.

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UMA MÚSICA PRO FINAL DE SEMANA: "2001", de Rita Lee e Tom Zé, com Gilberto Gil. Repare na guitarra de Lanny Gordin. Monstro!



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Olha só a diferença entre um país sério e o Brasil... Quando a banda do Axl Rose tocou por aqui no primeiro semestre, atrasou umas três horas em cada show. Um bando de mané achou maneiraça a atitude rockstar dele. Pois bem, ontem, no festival de Reading, na Inglaterra, Axl atrasou uma hora. Como existe um acordo entre os organizadores e a prefeitura para o show terminar em uma determinada hora, o som foi cortado do palco. E a banda saiu vaiada. Duvido que, no ano que vem, Axl seja convidado para se apresentar em algum festival europeu. Enquanto isso, por aqui, já estão cogitando no nome do Guns n' Roses para o Rock in Rio 2011...

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Vou finalizar as efemérides desse fim de semana falando de futebol. Na verdade, vou falar sobre um dos maiores crimes da história do futebol. Amanhã vai fazer 25 anos que um animal chamado Márcio Nunes arrebentou o joelho esquerdo do Zico. O crime aconteceu numa partida entre Flamengo e Bangu, pelo Campeonato Carioca de 85, e terminou zero a zero. Com a entrada, Zico rompeu os ligamentos do joelho, e teve que se submeter a diversas cirurgias. Ele nunca mais foi o mesmo. Mas ainda deu o Brasileirão de 1987 para o Flamengo. E, graças a Deus, pude ainda gritar muito o seu nome nas arquibancadas do Maracanã.



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Amanhã também é um dia importante para os beatlemaníacos. Foi no dia 29 de agosto de 1966 que os Beatles se apresentaram pela última vez na frente de um público - excluo aqui o show no telhado da Apple, em 1969, porque aquilo não foi lá um show, digamos, convencional. Tive muita dificuldade em encontrar imagens do show de 29/08/66, que aconteceu no Candlestick Park, em San Francisco. Acho que existe isso em vídeo, mas a gravação não é legal. De qualquer forma, o repertório eu consegui recuperar. E foi esse aqui: "Rock and roll music", "She's a woman", "If I needed someone", "Day tripper", "Baby's in black", "I feel fine", "Yesterday", "I wanna be your man", "Nowhere man", "Paperback writer" e "Long tall Sally".



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De um monstro sagrado do jazz para um monstro sagrado da MPB. Amanhã, o grande Edu Lobo sopra 67 velinhas. Quando penso em Edu Lobo, a primeira coisa que me vem a cabeça é "Ponteio", uma das músicas mais geniais ever. Acompanhado pelo Quarteto Novo, Momento Quatro e Marília Medalha, Edu Lobo apresentou "Ponteio" no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, e foi o grande campeão. Não era para menos, com a sua letra vibrante, e a melodia que passa pelo baião e pelo rock (sim, aquele solo de viola do Heraldo do Monte é puro rock n' roll), "Ponteio" deixou para trás "Domingo no parque" (de Gilberto Gil) e "Alegria alegria" (Caetano Veloso). O mais curioso é que as três canções seguem moderníssimas até hoje. Coisa de gênio mesmo.



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Amanhã também é dia de comemorar o aniversário de outro gênio. Charlie Parker nasceu no dia 29 de agosto de 1920. Um dos maiores saxofonistas da história do jazz, o Bird gravou alguns álbuns que não podem faltar numa boa discoteca do gênero. Ele também compôs preciosidades que são gravadas e regravadas volta e meia por aí, como "Ornithology", "Billie's bounce", "Anthropology" e "Moose the mooche". E se você quiser ouvir um álbum muito bom (mas muito bom mesmo) hoje, recomendo "The Cole Porter songbook" no sax de Charlie Parker. É sublime.



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Vamos passar agora para o dia 29 de agosto? Bora... Vou dar um pulinho no cinema agora, ok? Quero lembrar aqui de uma grande atriz bem marcada por esse dia. Ingrid Bergman nasceu a 29 de agosto de 1915, e morreu a 29 de agosto de 1982. Curioso, não? No dia em que completava 67 anos, a atriz sueca passou dessa pra melhor, vítima de um câncer de mama. E o melhor jeito de lembrá-la é com uma cena que, talvez, seja a mais importante da história do cinema. Aqui!

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Quer uma prova de que o tempo anda passando rápido demais? Então segura essa: hoje faz um ano (um ano!!) que o Noel Gallagher anunciou o fim do Oasis. Na época, eu até pensei que ele poderia mudar de ideia. Mas, pelo jeito, acho que o Oasis não volta nos próximos dez anos - a não ser que a Argentina ganhe alguma Copa antes disso, e o Messi convença os irmãos briguentos. Aí abaixo, uma boa recordação da última passagem do Oasis por essas terras.



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Vou começar o sabadão falando do Robbie Williams. Ele disse outro dia que estaria voltando ao Take That. Achei uma pena. Take That é uma boyband chata pra caramba, com aquelas musiquinhas melosas. Já Robbie Williams, em sua carreira solo, compôs algumas pérolas do pop nos últimos dez anos. Tipo um George Michael. No Wham!, era uma porcaria. Na carreira solo, arrebentou. Mas, voltando ao RW, hoje faz dez anos que ele lançou o seu principal álbum (minha opinião, tá?), "Sing when you're winning". Algumas das suas músicas mais bacanas: "Better man", "Rock DJ", "Kids"...



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Bom dia, pessoal. Sabadão chegou, hein? Sim, antes que me perguntem, eu caí da cama. Estava acordado desde às sete. Cansei de ficar rolando na cama e vim pra cá escrever um pouco. Ah, antes que eu me esqueça, parabéns aos bancários pelo dia de hoje. E também tem mais um bando de coisa que a gente tem que lembrar. Vou começar logo, tá?

15 de ago. de 2010

Resenhando: Oasis, Pato Fu, Cyndi Lauper, Emílio Santiago, Sting

“Time flies... 1994-2009” – Oasis
Para fechar a tampa de 15 anos de bons serviços prestados ao rock n’ roll, o Oasis colocou nas lojas a coletânea “Time flies... 1994-2009”, que, em 27 faixas, dá uma geral em sua carreira. De “Supersonic” (do seminal “Definitely maybe”, de 1994) a “The shock of the lightning” (do derradeiro “Dig out your soul”, de 2008), todos os singles da banda estão na coletânea, incluindo sucessos como “Don’t look back in anger”, “Shakermaker”, “Roll with it” e “Live forever”, e canção menos conhecidas (mas igualmente lindas) como “All around the world”, “Who feels love?” e “Songbird”. Destaque ainda para “Whatever” e “Lord don’t slow me down”, que só haviam sido lançadas em singles, além da faixa escondida “Sunday morning call”. Aqui no Brasil só chegou a versão dupla, com as 27 faixas, mas a boa pedida é a versão limitada que saiu lá fora. Além dos dois CDs com os sucessos, há um DVD com os videoclipes de todas as 27 faixas dos CDs, além de versões ao vivo inéditas de “Gas panic!” e “Little by little”, e comentários dos integrantes do Oasis acerca de cada música. Um CD gravado ao vivo no “iTunes Live: London Festival”, no dia 21 de julho de 2009 fecha o pacote. O bacana dessa apresentação é que ela foi a última gravada da história da banda. O roteiro (que conta com sucessos como “Lyla”, “Rock ‘n roll star”, “Slide away” e “Champagne supernova”) é bem parecido com o dos shows no Brasil no ano passado. Um pacote e tanto para os órfãos dos irmãos Liam e Noel Gallagher. E, ao final de mais de seis horas de música, só resta uma indagação: por que parou?

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“Música de brinquedo” – Pato Fu
No cada vez mais imbecilizado mercado fonográfico brasileiro, às vezes ainda é possível ter boas surpresas. E uma delas é o novo álbum do Pato Fu, “Música de brinquedo”. Só os mal humorados não enxergam que o Pato Fu é uma das bandas mais inteligentes do cenário pop brasileiro, e, dessa vez, o conjunto mineiro deu mais munição para os fãs o adorarem mais e para os mal humorados o odiarem mais. O repertório do novo álbum, somente de covers, pode dar a impressão que o Pato Fu está andando para trás. Mas não é verdade. Ouça, de cara, a versão para “Live and let die”, de Paul McCartney. Aposto que você nunca ouviu nada muito parecido. Isso porque os instrumentos usados são todos de brinquedo: a bateria, o baixo, o pianinho... E isso sem contar com mais algumas dezenas de bugigangas que tiram toda a sorte de barulhinhos, como bichos de pelúcia, teclado-calculadora, e até mesmo um lápis com um circuito de teremim, que faz um som quando encostado no papel. É nesse estilo que saem as outras 11 faixas de “Música de brinquedo”, de “Primavera (Vai chuva)” (de Cassiano e Silvio Rochael, e que fez sucesso na voz de Tim Maia) a “Love me tender” (de Elvis Presley e Vera Matson). O Pato Fu e os seus brinquedinhos ainda passeiam pelas obras de Roberto e Erasmo Carlos (“Todos estão surdos), Titãs (“Sonífera ilha”), Zé Ramalho (“Frevo mulher”) e Paralamas do Sucesso (“Ska”). Melhor que o CD parece que só mesmo o show (que ainda não tive oportunidade de assistir, mas já me falaram mil maravilhas). Tomara que saia o DVD.

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“Memphis Blues” – Cyndi Lauper
Pode parecer incrível hoje, mas lá pelos anos 80, Cyndi Lauper disputava pau a pau com Madonna, o posto de grande cantora pop. Se Madonna tinha “Holiday”, “Like a virgin” e “Papa don’t preach”, Cyndi Lauper não ficava atrás com “Girls Just want to have fun”, “Time after time” e “True colors”. Só que Cyndi Lauper, lá pelo finalzinho dos anos 80, acabou ficando para trás. E, desde então, vem lançando álbuns irregulares, com canções natalinas (“Merry Christmas... Have a nice life”, de 1998), standards do cancioneiro norte-americano (“At last”, de 2003) e no formato acústico (“The body achoustic”, lançado em 2005). Quando as coisas pareciam ter entrado no eixo, com o lançamento de “Bring ya to the brink” (2008) – no qual Lauper, ao seu jeito, voltava a um estilo mais dançante –, eis que agora chega às lojas “Memphis blues”, repleto de clássicos do blues e de participações especiais de gente pra lá de importante. “Memphis blues” traz uma Cyndi Lauper muito mais contida, em 13 músicas, que vão de “Crossroads” (de Robert Johnson, com participação do guitarrista Johnny Lang) a “Rollin’ and tumblin’” (de Muddy Waters). Destaque ainda para “Early in the mornin’”, com direito a Allen Toussaint e B.B. King, e a linda “Just your fool” (faixa de abertura do álbum, com direito à gaita de Charlie Musselwhite). Na edição brasileira, ainda há uma faixa extra, “I don’t want to cry”, com o saxofone de Leo Gandelman. “Memphis blues” pode até ser mais um projeto fora de rota (leia-se “irregular”) de Cyndi Lauper, mas, sem dúvidas, é o melhor deles.

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“Só danço samba” – Emílio Santiago
Emílio Santiago foi outro artista que teve alguns desvios de rota em sua carreira. Lançou discos classudos nos anos 70, e depois partiu para o projeto “Aquarela carioca” que teve sete volumes entre 1988 e 1995, repleto de músicas populares. As vendas aumentaram, mas a crítica não gostou da tal popularização. As coisas voltaram a entrar, mais ou menos, nos eixos, a partir de 1996, com o lançamento de “Perdido de amor”, disco com canções que fizeram sucesso na voz de Dick Farney. O seu último álbum, “Só danço samba”, é dedicado a Ed Lincoln, maestro de cuja banda Emílio foi crooner antes de fazer sucesso. O repertório e os arranjos das músicas são primorosos, o que garantem a “Só danço samba” o posto de um dos melhores discos de MPB lançados em 2010. Além da voz perfeita, Emílio Santiago é acompanhado por alguns dos nossos grandes músicos, como Jorge Helder (baixo), Paulo Braga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Jorjão Barreto (piano) e Dirceu Leite (saxofone). Produzido por José Milton, “Só danço samba” foge do óbvio em um repertório que vai de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (a faixa-título) a Jorge Aragão e Dona Ivone Lara (a deliciosa “Tendência”), passando por Antônio Adolfo (“A cada dia que passa”), João Donato (“Sambou... Sambou”), Durval Ferreira e Orlandivo (“Falaram tanto de você” e “Zum zum zum”) e Mart’nália e Mombaça (“Chega”). Claro que Ed Lincoln também está presente nas faixas “Olhou pra mim” e na sincopada “Deix’isso pra lá”. Que Emílio Santiago permaneça na mesma rota.

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“Symphonicities” – Sting
Um dos maiores compositores da música pop, Sting deve um bom álbum faz muito tempo. Desde 1999, quando lançou “Brand new day”, o ex-Police vem patinando em trabalhos irregulares e muito (mas muito) chatos. “Symphonicities” não foge muito da encheção de saco. Depois de dois álbuns soníferos com o selo da Deutsche Gramophon – “Songs from the labyrinth” (2006) e “If on a winter’s night” (2009) –, Sting insiste na parceria e se junta a orquestras sinfônicas (incluindo aí a imponente Royal Philarmonic Concert Orchestra) para recriar canções de sua carreira solo e do The Police. As músicas escolhidas até que são boas, mas, após a primeira audição, a gente fica doidinho para ouvir as versões originais. “Next to you”, primeiro single do The Police, por exemplo, com as suas cordas atacando, ficou forçada demais. “When we dance” e “Roxanne” ficaram muito parecidas com as versões light gravadas no acústico ao vivo “...All this time” (2001), e “I burn for you” pode ter efeito parecido com o de um Lexotan. Para dizer que nada ficou interessante, sobram “Every little thing she does is magic” e “Englisman in New York”, que ficaram bacaninhas com os arranjos sinfônicos. Mas mesmo assim, ainda é pouco para Sting. E muito pouco para quem deve um bom álbum há mais de uma década.

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Abaixo, o vídeo divertidíssimo de “Live and let die”, uma das canções presentes em “Música de brinquedo”, do Pato Fu.

19 de jul. de 2010

De partir o coração

Boa tarde, pessoal! Bom, disse que ia viajar, mas não ia deixar de dar as minhas postadas. Partilho aqui com vocês uma dor no coração.

Desde pequeno, nunca quis saber de loja de brinquedos. Meu negócio sempre foi loja de discos. Modern Sound, Gabriela, Kaele, Breno Rossi, Gramophone, Hi-Fi (com os seus letreiros em neon vermelho), Aky Discos... Fora do Brasil, tinha a HMV (uma a praticamente cada esquina de Londres e de NY), a Tower Records (símbolo de NY), a Virgin (em várias cidades dos Estados Unidos), a sensacional Fame (em Amsterdã, não sei se ainda existe), a Ricordi (em Roma e Milão, que era cheia de bootlegs maravilho$o$), e por aí vai...

Um dia, deve ter um ano, li uma coluna do Ruy Castro na Folha, na qual ele dizia que já devia ter deixado um apartamento na Modern Sound, mas não se arrependia. Não sei se cheguei a deixar um apartamento nas lojas de disco que citei acima. Mas alguma boa grana eu deixei. E uma das principais foi a Virgin Megastore, especialmente a da Times Square, em Nova York. Meu primeiro CD do Oasis (quando "Rock n'roll star" nem tocava no Brasil) foi comprado lá. A coleção completa dos Rolling Stones também. O "Pop" (U2) e o "Pulse" (Pink Floyd) foram comprados no dia do lançamento, quando a loja ficava aberta até depois da meia-noite, e as filas dobravam a esquina. Descobri "Goodbye yellow brick road", do Elton John, também em alguma prateleira da Virgin. Johnny Cash, Horace Silver, Bob Dylan, Beach Boys, The Byrds, Genesis... E acho que poderia ficar o dia inteiro citando outros artistas e discos que comprei lá.

Voltei a Nova York essa semana pela primeira vez depois que a Virgin fechou. E a cena partiu o meu coração.

O que era assim:



Ficou assim:


Precisa dizer mais alguma coisa?

6 de jul. de 2010

Bill Haley, Toquinho, Arnaldo Baptista, Júlio Barroso, Darkness, Bon Jovi & Rush, Liam, Amy, Oasis x Kasabian, Men At Work, REM+Patti, Ting Tings, Who

Pete Townshend ameaçou abandonar a carreira por conta de problemas auditivos. Mas, para nossa alegria, ele disse que o The Who está vivinho da silva. Tanto que, para 2011, ele pretende sair em mais uma turnê ao lado de Roger Daltrey, possivelmente para tocar "Quadrophenia" na íntegra.

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A dupla The Ting Tings terminou as gravações de seu segundo álbum, que foi gerado em Berlim desde dezembro do ano passado. "O segundo disco é muito diferente do primeiro. Ainda somos nós, e ainda somos pop. Mas este novo trabalho é mais ainda", disse a vocalista Katie White à BBC. A cantora disse ainda que o clima de Berlim teve um impacto muito grande na composição do álbum. "Definitivamente teve um impacto, a começar pelo clima. Nevou durante um mês e meio no inverno." O primeiro álbum da dupla foi "We started nothing", lançado em 2008. Ainda não há previsão de lançamento do novo álbum.

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Enquanto grava o seu novo álbum em Berlim, o R.E.M. aproveita para prestigiar alguns amigos. Depois do show do Pearl Jam na semana passada, ontem, Michael Stipe, Peter Buck e Mike Mills participaram da apresentação de Patti Smith, e interpretaram junto com a cantora, a canção "People have the power".



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A boa de hoje.

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A banda Men At Work foi condenada a pagar royalties por conta de um plágio na música "Down under". A editora Larrikin Music processou a antiga banda de Colin Hay por conta do riff de flauta, que teria sido roubado da música "Kookaburra sits in the old gum tree", composta por Marion Sinclair, em 1934. A editora de música pediu 60% dos lucros de "Down under" (que chegou ao topo das paradas britânica e australiana em 1983), mas levou só 5%.



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MESSI X TORRES; OASIS X KASABIAN: O craque argentino Lionel Messi disse que descobriu o Oasis pouco antes da Copa, através do seu colega de time, Tevez. Mas Fernando Torres, o craque espanhol, mandou um recado para o seu colega através do The Sun: "Eu li que o Messi descobriu o Oasis, e que estava ouvindo as suas músicas antes das partidas nessa Copa. Então, eu digo para ele que se o Oasis é bom, o Kasabian é a melhor banda britânica desde os Beatles". E aí? Quem tem mais bom gosto?

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O pai de Amy Winehouse disse que o novo álbum da filha sai até o Natal. Mas o produtor Mark Ronson acha que não é bem assim. "Amy ainda não começou a trabalhar em seu novo álbum. Quando ela tiver dez canções, entraremos em estúdio", disse Ronson ao The Sun. Ao que parece, a única música que Amy gravou após "Back to black" (2006) foi uma versão para "It's my party", de Lesley Gore, para uma coletânea dirigida por Quincy Jones. A faixa foi produzida por Mark Ronson, que chegou a dizer à BBC que a gravação era "brilhante".

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MODESTO: Liam Gallagher disse, em seu site oficial, que se John Lennon fosse vivo, ele gravaria alguma canção composta pelo ex-vocalista do Oasis. Indagado por um fã qual música seria essa, Liam arriscou "I'm outta time", uma da spoucas do Oasis escrita por Liam, e não por Noel Gallagher.



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Já perceberam que esses prêmios de MPB sempre premiam os mesmos artistas? Quero ver daqui a 20 anos como é que vai ser...

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A coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo de hoje informa que o estádio do Morumbi, em São Paulo, está reservado para um show do Bon Jovi no dia 08 de outubro. Segundo a mesma coluna, o estádio do São Paulo também estaria reservado no dia 06 de outubro: para o show do Rush! Será? O último show da turnê norte-americana ("Time machine Tour") da banda acanadense acontecerá no dia 02 de outubro, e West Palm Beach.

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Ah, George Michael! Fazendo m... de novo!

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Se alguém ficou feliz com a notícia da reunião do The Darkness, pode deixar de ficar. Justin Hawkins disse, em seu twitter, que não volta ao Darkness, desmentindo, assim, a notícia publicada ontem no The Sun, que falava que ele e o irmão tinham feito as pazes. "Estamos em guerra há mais de 30 anos", disse o ex-vocalista.

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Para finalizar as efemérides de hoje, vou falar um pouco de cinema, mais especificamente do filme "O tigre e o dragão". No dia 06 de julho de 2000, estreava em Hong Kong esse belo filme dirigido por Ang Lee e que se tornou referência para os longas de artes marciais. O filme fala sobre duas lutadoras que se encontram no período da Dinastia Ching. Não vou contar mais, porque o filme é, de fato, imperdível. Em 2001, faturou o Oscar de filme estrangeiro, fotografia, direção de arte e trilha sonora (que tem canções de Yo-Yo Ma).



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Ah, eu adoro o rock brasileiro. E fico feliz em homenagear os caras que fizeram parte dessa história. Se o 06 de julho marca o nascimento do gênio Arnaldo Baptista, esse mesmo dia nois traz à lembrança a morte trágica de um outro gênio do nosso rock. Júlio Barroso voou da janela de seu apartamento em São Paulo no dia 06 de julho de 1984. Acidente? Assassinato? Suicídio? Ninguém sabe. Uma morte tão trágica e misteriosa quanto a vida do Júlio Barroso, jornalista, DJ e fundador da Gang 90 & as Absurdettes, uma das primeiras bandas do BRock 80. Com a Gang 90, Júlio participou do Festival MPB-Shell de 1981, e gravou um álbum com o mesmo nome do grupo (relançado recentemente em CD), contando com, pelo menos, quatro clássicos do rock brasileiro: "Noite e dia", "Telefone", "Perdidos na selva" e "Nosso louco amor".



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Da MPB tradicional para o rock. Hoje também é aniversário de um dos maiores gênios do rock brasileiro. Arnaldo Baptista nasceu no dia 06 de julho de 1948 e, com os Mutantes foi responsável por alguns dos grandes sucessos do nosso rock, como "Balada do louco", "Caminhante noturno" e "Ando meio desligado". Tudo bem, Arnaldo foi mais do que genial nos Mutantes, mas, para mim, a sua grande contribuição ao rock tupiniquim foi com o álbum "Loki?", lançado em 1974. O que dizer de músicas como "Será que eu vou virar bolor?" ou "Vou me afundar na lingerie"? Sem dúvidas, um dos maiores (senão o maior) discos de rock produzidos no Brasil.



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Eu já devo ter escrito isso umas cinco vezes, mas vou aproveitar o dia de hoje para repetir a ladainha. Se eu tiver uma dívida de gratidão com um músico que seja, esse músico se chama Toquinho. Explico: quando tinha lá os meus quatro anos de idade, passou na televisão um especial infantil chamado "Casa de brinquedos", com músicas compostas por Toquinho e Mutinho, e interpretada por artistas como Chico Buarque, Baby Consuelo, Moraes Moreira, Simone e Roupa Nova. Na minha lembrança, esse foi o meu primeiro contato com a música. Eu me lembro que um tio rico tinha um aparelho de videocassete e gravou o tal especial para mim. Eu via umas cinco vezes por dia. Não cansava, especialmente de ver Chico Buarque sair de um bando de caderno gigante para cantar "O caderno", uma das músicas mais singelas da Música Popular Brasileira. (Infelizmente, não encontrei na internet o vídeo da "Casa de brinquedos". Quando tiver paciência e tempo, eu carrego lá no Youtube.) Ah, e antes que eu me esqueça, Toquinho completa 64 anos hoje.



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Com esse jogo, o dia hoje será meio curto mesmo, então vamos começar logo. Dia 06 de julho de 2009... Sabe o que temos pra comemorar hoje? Olha, pra começar, os 85 anos do nascimento de Bill Haley, um dos pioneiros do rock n' roll. Quando, em 1952, ele fundou o Bill Haley & His Comets, a história começou a mudar, com a composição de sucessos como "Rock around the clock", "See you later Alligator", além da versão para ""Shake, rattle and roll", de Big Joe Turner. O rock nascia. Depois disso... Bem, depois disso surgiu um tal de Elvis Presley, que você deve conhecer de nome... Bill Haley morreu em 09 de fevereiro de 1981, aos 55 anos de idade.



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E ae pessoal? Muito boa tarde a todos. E hoje tem jogo da Copa de novo, hein? Hum... O que que vai dar, hein? Aqui em casa está todo mundo torcendo para o Uruguai. Mas tenho um pé atrás com o Uruguai porque, volta e meia, os times desse país acabam com o Flamengo na Libertadores. São muito catimbeiros... Sei lá, acho que vou vestir a minha camiusa laranja da Holanda mesmo... E também ficaria feliz de ver a reedição da final da Copa de 1974 entre Alemanha e Holanda. A conferir.

22 de jun. de 2010

Hermeto, Eumir, Cyndi Lauper, Meryl Streep, Karate Kid, Maradona, Cocada, João, Skank, Gaga, Messi & Oasis, Hot Chip, Josh, Bon Jovi, MGMT, Maroon 5

A quem interessar possa, segue abaixo a nova música do Maroon 5, "Misery", que fará parte do CD "Hands all over", com previsão de lançamento para o dia 21 de setembro.



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Adorei essa versão do MGMT para "Anything could happen", do The Clean.



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OLHA O PADEIRO: O Bon Jovi ainda está na metade da sua temporada de 13 shows na Arena O2, em Londres, e já apresentou 54 músicas diferentes. A meta é chegar a 70 canções diferentes. Para tanto, a banda de Nova Jersey está se inspirando nos padeiros. Isso mesmo, nos padeiros... "Você compraria um pão de ontem na padaria? Os set-lists nossos são sempre fresquinhos, entregues sempre às 19h30", disse Jon Bon Jovi ao Gigwise.

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Nunca vi o Josh Homme tão engraçadinho...



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E a briga Planeta Terra x SWU já começou. Para o bem da nação, enquanto o SWU já confirmou Pixies e Dave Matthews Band, o Planeta Terra já agendou apresentações do Phoenix e do Hot Chip. O SWU acontece em Itu (São Paulo) entre os dias 09 e 11 de outubro. Já o Planeta Terra acontece no dia 20 de novembro, em São Paulo (capital). Resta saber quem vai levar o Arcade Fire, a galinha dos ovos de ouro.

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A MELHOR DO DIA: Sabe quem é o mais novo fã do Oasis? Lionel Messi! Deixa eu explicar como aconteceu... Tevez (que joga no Manchester City, time da cidade da ex-banda dos irmãos Gallagher) apresentou os dois primeiros álbuns do Oasis ao seu colega Messi, no avião, durante a viagem para a África do Sul. Desde então, Messi diz estar "obcecado" pela banda. Segundo o tabloide The Sun, Tevez está fazendo com que Messi ouça Oasis todo santo dia. "Eu não estava esperando muito da banda, mas foi uma das melhores coisas que já escutei. Eles são absolutamente fantásticos. 'Supersonic' e 'Live forever' são as minhas favoritas. Escuto Oasis no meu iPod, no hotel, a caminho das partidas e no vestiário. Eu não acredito que demorei tanto tempo para ouvi-los", disse Messi, que ainda ficou decepcionado quando soube que a banda se separou. "Estava vendo algumas apresentações do Oasis no YouTube e imaginei que seria fantástico ver um show ao vivo, em Londres ou em Manchester, mas Tevez me disse que a banda se separou."

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SACANAGEM: Em entrevista à Rolling Stone, que chegou às bancas dos Estados Unidos hoje (capa acima), Lady Gaga disse que vai divulgar o nome de seu novo álbum à meia-noite do dia 31 de dezembro. Quer dizer que o jornalista cultural vai ter que ficar de plantão, é? Para promovê-lo, a cantora pretende tatuar o nome do álbum em seu corpo. Na mesma entrevista, ela também disse que seu novo trabalho será mais raivoso. "A mensagem das novas músicas é mais amarga do que antes". "Eu sou rápida. Alguns artistas levam anos para gravar um álbum. Eu não. Faço música todos os dias", completou.

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Ontem mesmo estava aqui falando sobre o show de gravação do CD/DVD/BD do Skank, e, agora, volto a falar da banda mineira. Lá fora, é comum o lançamento de edições comemorativas de álbuns importantes, com faixas bônus. Já aqui no Brasil, se a gente não consegue encontrar nem a edição original, imagina a comemorativa... Mas o Skank e a Sony Music prepararam algo muito bacana para comemorar os 15 anos do lançamento de "Calango". O CD será relançado no início de julho, em uma edição especial com o álbum original remasterizado, além de oito faixas inéditas, sendo dois remixes ("Te ver" e "A cerca), duas faixas em espanhol ("És prohibido fumar" e "Desesperacion"), além de quatro faixas demo ("Te ver", "Jackie Tequila", "O beijo e a reza" e "Estivador"). Uma excelente ideia - só faltou incluir alguma coisa gravada ao vivo da época do lançamento do álbum - que bem que poderia se tornar regra no mercado fonográfico brasileiro.

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GRANDE JOÃO: João Gilberto cancelou o show que faria no Carnegie Hall, em Nova York, no próximo dia 22, por problemas com "normas internacionais de viagem". O que seriam "normas internacionais de viagem"??

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Saindo da Copa, mas permanecendo no futebol, hoje faz 22 anos daquele famoso gol do Cocada na final do Campeonato Carioca de 1988, no qual o Vasco da Gama venceu o Flamengo por um a zero. Cocada entrou em campo aos 41 do segundo tempo, marcou o gol aos 44, e foi expulso aos 45, após tirar a camisa para comemorar o gol. Talvez mais antológico do que o gol só mesmo a pancadaria que envolveu Romário e Renato Gaúcho logo após o gol. Eu estava no Maracanã, e posso dizer que o Campeonato Carioca era muito mais divertido naquela época.



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E agora está na hora de que, hein? Sessão Copa do Mundo... Taram! Estou gostando de relembrar esses momentos importantes das Copas. Passei os últimos dois meses lendo livros de Copa e vendo os documentários. Então tenho que mostrar que aprendi alguma coisa... Bom, hoje faz 24 anos de dois gols históricos (históricos mesmo) das Copas. Detalhe 1: os dois aconteceram na mesma partida. Detalhe 2: os dois foram marcados pela mesma pessoa. Se é que a gente pode considerar Maradona uma pessoa... Hehe... No jogo Argentina 2 x 1 Inglaterra, pelas quartas de final da Copa do México, Maradona fez o tal gol da "mão de Deus", e aquele outro que ele enfileirou uns cinco jogadores da Inglaterra, inclusive o goleiro. Esse gol é considerado o mais bonito da história das Copas. Também acho. Mas torço para que o Messi faça um mais lindo ainda.



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E já que entramos no cinema, vale lembrar que hoje faz 26 anos que o filme "Karate Kid" estreou. Eu me lembro que vi esse filme no cinema mesmo, e, logo depois, ganhei o LP com a trilha sonora. Não me lembro muito das músicas do filme, mas apenas de uma, a baba "Glory of love", do Peter Cetera. Em compensação, me lembro bem da história do Daniel Sam, que conhece o Senhor Miyagi, em uma briga, e passa a ser seu aluno de karatê. Ém um filme bacana, voltado mais para as crianças. Hoje não tenho interesse em ver essa nova versão do filme. Mas fiquei com vontade de rever a original.



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Vamos de cinema agora? Só vou falar de cinema hoje porque uma grande atriz faz aniversário. Meryl Streep nasceu a 22 de junho de 1949, em Nova Jersey. Olha, só para você ter uma ideia, a atriz teve 16 indicações ao Oscar da Academia (ganhou duas), e 25 para o Golden Globe Awards, com 25 indicações (venceu sete). Meus filmes prediletos com Meryl Streep? "Kramer vs. Kramer", "Entre dois amores", "As pontes de Madison", "Adptação", "As horas", "Julie & Julia"... Nossa, muita coisa. Só sei que se tiver passando filme no cinema, e o nome de Meryl Streep estiver no cartaz, eu tô dentro.



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Agora, mundando 180º de direção, vamos de Cyndi Lauper. A dona de uma das vozes mais... hum... originais da música faz 57 anos hoje... É... Cinquenta e sete. Tá ficando veinha também. Vou confessar que, quando era pequeno, amava Cyndi Lauper. Na primeira viagem que fiz ao exterior, trouxe fitas K7 do "She's so unusual" (1983) e do "True colours" (1986). E, na boa, no início dos anos 80, era impossível não gostar de coisas como "Girls just want to have fun" e "Time after time". Aliás, até hoje é impossível. Pena que Cyndi Lauper tenha tentado coisas que não têm nada que ver com a sua essência pop. Disco de blues? Give me a time, né?



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E já que estamos falando de música instrumental brasileira da melhor qualidade, vamos homenagear também Eumir Deodato, que hoje faz 67 anos. E já que citei os meus álbuns prediletos de Hermeto Pascoal, farei o mesmo com Deodato. Acho que se você quiser conhecer a sua obra de verdade, é melhor começar pelo grupo Os Catdráticos, do qual Eumir fez parte ao lado de gente como Wilson das Neves (bateria), Sergio Barroso (baixo), Geraldo Vespar (um dos maiores, senão o maior, violonistas que o Brasil já teve), Edson Maciel (trombone), entre outros. Os grandes álbuns da banda são "Impulso!" (1964), "Tremendão" (1964) e "Ataque" (1965). Não sei se é fácil encontrar esses CDs. Comprei edições importadas faz uns 10 anos na Tracks lá no Baixo Gávea. E não dou e nem vendo.



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Então vamos falar de coisas mais agradáveis agora. E esse dia 22 de junho está cheio de coisa muitcho lesgal. Para começar, vamos homenagear o nosso dinossauro e mestre Hermeto Pascoal, que nasceu em Lagoa da Canoa (Alagoas), no dia 22 de junho de 1936. Não tem muito tempo, me perguntaram, via twitter, qual era o grande álbum do Hermeto. Não tive dúvidas em responder que era o único álbum que ele gravou com o Quarteto Novo, em 1966. E sabe quem acompanhava Hermeto (piano e flauta) nesse quarteto? Heraldo do Monte (viola e guitarra), Théo de Barros (baixo e violão) e Airto Moreira (bateria e percussão). Bom? Então, procure o disco, não é difícil de achar em CD. É uma das coisas mais geniais da nossa MPB. Pode ter certeza. Outro que vale a pena é um álbum que ele gravou ao lado de Elis Regina, no festival de Montreux, em 1982 (acho). Após a apresentação solo de cada um, os dois se encontraram no palco, e o Bruxo resolveu "desafiar" Elis, viajando na música, para ver se a cantora o acompanhava. Lógico que acompanhou. E, apesar de muito choro e nervosismo, ficou registrado um dos momentos mágicos da música brasileira. Também é fácil achar em CD. Só falta o DVD!



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Algum problema? Tá acontecendo algum problema? Hahaha... E o nosso técnico, hein? Seu Dunga está dando o que falar. Quem não tem Maradona ataca de Dunga mesmo... Mas, falando sério, seu Dunga não é nenhuma anormalidade não. Ele retrata exatamente o nosso povo. Não à toa, é só ver no twitter ou em qualquer mesa-redonda, a quantidade de gente que tem dado apoio a ele. É como disse o Fernando Calazans: quem acha isso bonito é porque deve achar normal, deve fazer isso em casa. De minha parte, sem querer dar uma de bom (até mesmo porque estou longe de ser isso), morro de vergonha desse técnico. E repito: se o Brasil ganhar essa Copa será uma catástrofe. Será a vitória da ignorância, da brutalidade, da burrice e, agora, da grosseria. Dá-lhe Argentina!

18 de jun. de 2010

Saramago, Paul McCartney, Celly Campello, Bethânia, Lucio Mauro Filho, Legião, Ozzy, Iron Maiden, Oasis, Elton John, MJ, Arcade Fire, Local Natives

Mais um clássico da literatura vem aí... Liam Gallagher disse que vai escrever um livro com as suas memórias sobre o Oasis. Se depender da vontade do cantor, pode ser que o livro se transforme em filme. Ele disse que quer colocar as tais memórias em livro "antes que as esqueça". Faz sentido.

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UMA BANDA NOVA QUE EU CURTI: Essa aqui eu conheci na última edição da revista Q. O Local Natives é uma banda de Los Angeles, que lançou o seu álbum de estreia, "Gorilla manor" no finalzinho do ano passado, na Inglaterra. O som é gostoso, e a banda o classifica de "afro-pop". Veja o que você acha.



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Aos pouquinhos, o Arcade Fire vai dando mais dicas do seu novo álbum "The suburbs", que chegará às lojas no início de agosto. Depois de liberar quatro músicas para audição, a banda canadense anunciou a relação das faixas do álbum. Olha só: "The suburbs", "Ready to start", "Modern man", "Rococo", "Empty room", "City with no children", "Half light I", "Half light II (No celebration)", "Suburban war", "Month of may", "Wasted hours", "Deep blue", "We used to wait", "Sprawl I (Flatland)", "Sprawl II (Mountains beyond mountains)" e "The suburbs (continued)".

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A Billboard fez um levantamento para descobrir, com base em sua parada de singles, qual foi o maior hit de Michael Jackson. E o resultado é, no mínimo, surpreendente. O vencedor foi "Say say say", faixa escrita em parceria com Paul McCartney, e que está presente no álbum "Pipes of peace", lançado em 1983 pelo ex-Beatle. A partir de dezembro de 1983, a canção ficou durante seis semanas na primeira posição da parada de singles. "Billie Jean", "I'll be there", "Thriller" e "Rock with you" completam o top 5.



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"Elton John faz show em Israel após outros artistas cancelarem sua apresentações." E daí? Se tem uma coisa chata pra cacete é patrulha ideológica.

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O cara poderia vender essa camisa por uma boa grana no e-Bay. Mas preferiu doá-la para o Museu de Woodstock. Bacana, né?

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O New Musical Express fez uma pesquisa junto aos torcedores da seleção inglesa, para que indicassem músicas de apoio para o time de Lampard, Gerrard, Rooney e GREEN! Algumas das escolhidas foram as seguintes: "Faith" (George Michael), "Back in black" (AC/DC), "Mr Brightside" (The Killers), "The best" (Tina Turner, essa eu não entendi) e "Help!" (Beatles, essa é bem apropriada). Engraçado que, na pesquisa, não houve nenhuma menção ao frango do Green. Tendo em vista, a paixão dos torcedores ingleses, fiquei surpreso.



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Alan McGee, o cara que descobriu o Oasis, disse ao Daily Record que acha que a banda dos Gallagher volta em, no máximo, cinco anos, porque a grana vai falar mais alto. Tomara que fale mesmo. Até mesmo porque, hoje em dia, todo mundo volta algum dia mesmo.

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Que tal o Eddie da nova turnê do Iron Maiden, hein? Eu achei muito bacana. Aliás, um dos mais bacanas que já vi. E ele ainda toca guitarra. Hehehe...



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Está ansioso para ouvir o novo álbum de Ozzy Osbourne? "Scream" já está todinho no perfil do cantor no MySpace. O álbum mesmo, edição física, chega às lojas no dia 22 de junho.

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Curiosamente, dez anos após a batalha campal de Rosário, aconteceu a batalha campal do estádio Mané Garrincha. Durante um show da Legião Urbana em Brasília, houve uma grande confusão entre parte do público e a polícia. Os nervos já estavam a flor da pele. Renato Russo atrasara o show. Um doente mental invadiu o palco e atacou o vocalista da banda por trás. Loucos jogavam bombas no palco. Não tinha como dar certo, e o episódio talvez seja a grande mancha da história da Legião Urbana (embora a banda não seja a principal culpada do episódio). Por volta de 500 fãs se feriram na apresentação, que acabou sendo a última da Legião no Distrito Federal.



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Agora a sessão Copa do Mundo!! No dia 18 de junho de 1978 aconteceu uma das maiores batalhas campais da história das Copas. Não à toa, a partida ficou conhecida como "A batalha de Rosário". Na ocasião, Brasil e Argentina empataram em zero a zero, e a pancadaria rolou solta. Todo jogador abria a sua caixa de ferramentas. Recentemente, a ESPN reprisou o jogo, e realmente foi bem interessante. A Argentina acabou se sagrando campeã mundial em 1978, com uma ajudinha do Peru (sem trocadilho, por favor).



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Nossa, muita gente boa nasceu no dia 18 de junho, hein? Agora, vamos partir para a televisão. Trinta e seis anos atrás nascia Lucio Mauro Filho. Quando eu era pequeno, tipo uns 7 anos, eu frequentava um hotel-fazenda em Teresópolis chamado São Moritz. E ele sempre estava lá, assim como o seu pai, o grande Lucio Mauro. Como ele era uns seis anos mais velho do que a minha galerinha, a gente sempre servia de cobaia para as peças de teatro que ele queria montar, bancando o diretor. Bom, na época, o Lucio Mauro Filho devia ter uns 12 anos de idade. E posso dizer que já tinha muito talento. Uns três anos atrás, vi a peça "Lucio 80-30", escrita por ele próprio, em homenagem ao pai. É de arrepiar. Se ela voltar, assisto novamente. "Paaapiiiiiiiiii!"



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E no dia 18 de junho de 1946 nasceu outra diva da Música Popular Brasileira. Certamente a nossa diva-mor: Maria Bethânia. Assim como Paul McCartney, a cantora baiana também tem trabalhado bastante ultimamente, emendando álbum, turnê, DVD, novo álbum, nova turnê... E cada ano com mais gás. É impressionante. Faz uns 20 anos que não perco uma turnê de Bethânia. E parece que ela está melhor hoje do que, por exemplo, quando fez a turnê do "As canções que você fez pra mim" (1993). O seu último show, "Amor, festa, devoção", para mim, nem é dos melhores da "Abelha-Rainha". Mas talvez tenha sido o grande show da MPB no ano passado. Talvez eu esteja ficando um pouco rigoroso demais com a Bethânia. Mas isso é ótimo. Porque ela só me surpreende. Tenho orgulho de ser geminiano que nem ela. (Ah, a Biscoito Fino me informou, via Twitter, que o DVD de "Amor, festa, devoção" sai agora no início do segundo semestre. Aguardemos.)



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E se o dia 18 de junho de 1942 foi generoso com o rock inglês, também o foi com o rock brasuca. No mesmo dia em que a cegonha trouxe Paul McCartney, nascia em Taubaté Célia Benelli Campello, ou Celly Campello. A cantora foi uma das pioneiras do rock brasileiro, estourando antes mesmo da Jovem Guarda, em 1959, com o hit "Estúpido cupido". Outros sucessos vieram, como "Lacinhos cor-de-rosa" e "Banho de lua". Em 1962, logo após o seu casamento, Celly abandonou a carreira. Ela, que morreu aos 60 anos, tinha, à época do casamento, 20 anos de idade. Os tempos não eram tão modernos...



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No dia 18 de junho de 1942 nascia Paul McCartney. Bom, acho absolutamente inútil gastar palavras com o ex-Beatle, que continua na ativa produzindo bons álbuns, com o seu último de estúdio, "Memory almost full" (2007). Chegaram a cogitar uma visita de Paul ao Brasil no primeiro semestre desse ano. Não aconteceu. E será que vai acontecer algum dia?



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Juro que gostaria de começar o dia de hoje, 18 de junho de 2010, de forma mais alegre. Mas, no nosso mundinho cada dia mais pobre de espírito e de cultura, uma perda como a de José Saramago deve ser chorada por alguns dias. Pensei em escrever várias coisas sobre o escritor português: minhas impressões sobre "Caim", o seu último livro, ou então uma minibiografia dele... Mas acho que o último post de seu blog (abaixo) já diz muita coisa. Ele deixou um recado bem claro para nós: sem ideias, não vamos a lugar nenhum. Nossos heróis estão morrendo. Quem vai sobrar?

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"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma." ("Pensar, pensar", último post do blog de José Saramago)