Jornalista, autor do livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), ex-trainee e colaborador da Folha de S.Paulo, ex-colunista e redator da International Magazine, e colaborador do site SRZD.
E como vamos começar essa sexta-feira, hein? Com Branford Marsalis, que faz 51 anos hoje. Branford é o irmão mais velho de Wynton Marsalis, sobre o qual escrevi ontem, comentando o lançamento do seu CD/DVD ao vivo ao lado do Eric Clapton. O trabalho que eu mais gosto do Branford é a sua versão ao vivo (saiu em CD e em DVD) para o “A love supreme”, do John Coltrane. Ficou quase tão bom quanto o original. Não é muito fácil de achar, mas vale a penas correr atrás. O vídeo abaixo dá uma palhinha:
*****
Parece que foi ontem, mas hoje já faz 20 anos que “Leisure”, o álbum de estreia do Blur chegou às lojas. Foi uma estreia e tanto, diga-se. O início com “She’s so high” é a senha de que uma grande banda está surgindo. Hoje está cada dia mais difícil acontecer algo desse tipo. Para mim, o Blur foi uma das últimas grandes bandas de rock. Será que estou ficando velho??
*****
E hoje também faz nove anos que o Coldplay lançou o seu segundo álbum, “A rush of blood to the head”. Eu sempre gostei do Coldplay. Sério! Virou onda falar mal da banda, mas eu acho que ainda é das melhores coisas que surgiram nos últimos anos. Quando o Coldplay lançou o “Viva la vida”, a crítica desceu o pau, classificando-o como pretensioso e tal. Era a U2zação do Coldplay. Eu adorei o álbum. Pode procurar a resenha aqui no blog. Agora, não sei o motivo – a banda nem lançou disco novo –, virou mania falar bem do Coldplay. Acho que foi porque eles participaram dos festivais de Glastonbury e Lollapalooza. Eu ainda gosto bastante do Coldplay, mas confesso que tenho saudades dos tempos de “A rush of blood to the head”. Era uma época em que a banda não lotou nem o Citibank Hall do Rio (capacidade para cerca de dez mil pessoas). Agora, vai tocar para 100 mil pessoas no Rock in Rio, com ingressos esgotados em dois dias...
*****
Outro disco legal para a gente ouvir hoje: “Modern times”, o melhor disco que Bob Dylan lançou nos anos 2000. Hoje faz cinco anos que o álbum chegou às lojas. Eu arrisco dizer que é um dos três melhores de sua carreira, ao lado do “Blonde on blonde” (1966) e do clássico dos clássicos “Time out of mind” (1997).
Bom dia, pessoal! E essa sexta, hein?? Qual vai ser? Alguém já sabe me dizer quem matou a Norma?? Enquanto o mistério não é revelado, vamos comemorar aqui o Dia Mundial da Fotografia. Eu tinha um professor de Fotografia na faculdade, que eu não vou citar o nome. Mas ele era tão querido, mas tão querido, que um colega me disse que a faculdade se dividia em dois grupos: “os alunos que odeiam o tal professor e os alunos que não o conhecem.” Genial, né??
*****
E vocês sabem qual música estava no primeiro lugar da parada da Billboard exatos 55 anos atrás??
*****
Grande Elvis Presley!!
*****
Enquanto eu estiver vivo, todo dia 19 de agosto eu vou homenagear Aracy de Almeida, a maior sambista que esse país já teve. Aracy nasceu no dia 19 de agosto de 1914. A maioria das pessoas a conhecem como a “jurada rabugenta do Show de Calouros”. Mas a tal “caloura rabugenta” era capaz de gravar coisas assim, olha:
*****
E também capaz de dizer coisas fantásticas como isso aqui:
*****
Eu juro que queria ser amigo do John Deacon, o ex-baixista do Queen. Ele compôs duas das músicas mais bonitas que falam de amizade. No dia do amigo, injetei aqui no blog o vídeo de “You’re my best friend”. Hoje é a vez de “Friends will be friends”. Então, parabéns pelos seus 60 anos, John! Espero que você receba as boas vibrações...
*****
Hoje também é dia de homenagear LeRoi Moore, o finado saxofonista da Dave Matthews Band. Foi em 19 de agosto de 2008, que o grande LeRoi foi embora, vítima de um acidente de quadriciclo.
*****
Eu sei que estou atrasado, mas a indicação de hoje é o álbum “Suck it and see”, do Arctic Monkeys. Quando a banda de Sheffield surgiu, eu me apaixonei de cara. E olha que isso é muito difícil de acontecer comigo, especialmente com “bandas da moda”. Vi um show deles em algum Tim Festival em São Paulo, que foi absurdo. Nem esperei para encarar o The Killers, que tocaria em seguida. Quando a banda anunciou o lançamento de “Humbug” (2009), com produção de Josh Homme, do Queens Of The Stone Age, cravei logo que seria um dos melhores álbuns do ano. Mas aí veio a decepção. Não curti muito a sonoridade; achei que o Arctic Monkeys deu uma envelhecida. Mas, agora, com o lançamento desse “Suck it and see”, cheguei à conclusão do quanto “Humbug” foi necessário para o crescimento do conjunto. Nesse novo disco, o Arctic Monkeys conseguiu juntar o frescor de seus dois primeiros álbuns com a maturidade de “Humbug”. Os melhores exemplos estão nas ótimas faixas “She’s thunderstorms” (uma ótima abertura) e “The hellcat spangled shalalala”, com um toque retrô, mas que não deixa de ser moderna. Recomendadíssimo!!
Hoje acordei com uma baita vontade de ouvir Dave Matthews Band. Para mim, pode ser, sempre, qualquer música. A DMB é uma banda tipicamente americana. Uma jam band. Fico feliz que, de uns anos para cá, ela tenha pegado aqui no Brasil. Mas acho que ainda rola um certo preconceito. O que eu mais admiro na DMB são os seus shows. Em média, duram três horas e o repertório varia de apresentação a apresentação. Às vezes rola de eles tocarem três dias seguidos em uma mesma cidade, com três set lists absolutamente diferentes, sem repetir uma única canção. Só as grandes bandas são capazes disso.
*****
Continuando no mesmo ritmo, ou seja, música boa, hoje é dia de lembrar Buddy Guy, que completa 75 anos. Ah, o que escrever sobre Buddy Guy?? Melhor ficar com isso aqui:
*****
Rosinha de Valença, a sensacional violonista brasileira também nasceu em um dia 30 de julho. Se viva fosse, hoje ela estaria completando 70 anos de idade.
*****
Tocava pouco, né??
*****
O dia 30 de julho de 1966 foi histórico para os ingleses. Foi quando – tadinhos – eles ganharam a sua primeira e única Copa do Mundo. O resultado é debatido até hoje. O jogo terminou quatro a dois para a Inglaterra contra a Alemanha Ocidental , no estádio de Wembley. Afinal, aquela bola chutada por Geoff Hurst, quando o placar marcava dois a dois, na prorrogação, entrou não entrou??
*****
Partindo para o cinema, hoje já faz quatro anos que Michelangelo Antonioni partiu para o andar de cima. Quem gosta um pouquinho de cinema já se apaixonou por “Blow up”. E quem gosta muito vibrou com “L’avventura”. Vamos relembrar?
*****
Vocês se lembram que a Legião Urbana tem uma música com esse mesmo título?? Renato Russo era um grande fã do cinema italiano, especialmente de Michelangelo Antonioni.
*****
“Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais”
Grande Renato!!
*****
Um álbum que saiu quando eu estava viajando foi “Chico”, o novo do Chico Buarque. Gostei da maioria das faixas do disco. “Querido diário” é uma toada quase caipira (destaque para a viola caipira de Jaime Alem e para o Quarteto Radamés Gnattali), com o polêmico verso “Amar uma mulher sem orifício”. Já “Rubato”, parceria com o super baixista Jorge Helder, é uma das melhores do álbum. Um sambinha, quase marcha-rancho. Desce gostoso, tipo uma “A banda” atualizada. Outra faixa que desce bem é o samba-salsa “Barafunda”. O dueto com a sua namorada Thais Gulin, na valsinha “Se eu soubesse”, é adorável. Já a melhor letra é a de “Sem você 2”, espécie de “continuação” de “Sem você”, de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes – parte da melodia dessa canção de 1959 é citada pelo violonista Luiz Cláudio Ramos na introdução. Outro dueto valoroso é o de “Sou eu”, samba escrito a quatro mãos com Ivan Lins, e que conta com a voz do grande Wilson das Neves. Já o blues “Essa pequena”, se rolar turnê desse novo álbum, poderia casar perfeitamente com “Ela é dançarina”. As letras são irmãs gêmeas – “Meu dia voa e ela não acorda / Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida”. “Sinhá”, a última do disco, parceria com João Bosco, de coloração afro, certamente é a melhor faixa que Chico Buarque produziu nos últimos 18 anos. Nessa primeira audição, “Chico” caiu melhor do que “As cidades” (1998) e “Carioca” (2006). Acho que temos um novo clássico.
*****
No dia 27 de setembro chega às lojas o box “Sting: 25 years”. O título já denuncia que se trata de (mais) uma coletânea com os sucessos do ex-The Police. São três CDs com 45 faixas dos álbuns solo de Sting. Um pouco gorduroso, diga-se, eis que, em sua carreira solo, Sting lançou nove álbuns de estúdio. Um CD simples bastaria. E o fã que já tem todos os discos de Sting será obrigado a comprar essa nova coletânea por causa do DVD bônus, que traz um show gravado em Nova York, em 2005. As dez músicas do DVD são as seguintes: “Message in a bottle”, “Demolition man”, “Synchronicity II”, “Driven to tears”, “Heavy cloud, no rain”, “A day in the life”, “Voices inside my head” / “When the world is running down”, “Roxanne”, “Next to you” e “Lithium sunset”.
*****
Quem também vem com novidades por aí é o The Who. “Quadrophenia: The director’s cut” será lançado no dia 14 de novembro. A caixa terá uma porção de mimos para os fãs da ópera-rock originalmente gravada em 1973, como CD duplo remasterizado, um DVD com mixagem 5.1, livro de capa dura, fotografias e memorabilia relativa ao “Quadrophenia”, que também sairá em vinil duplo.
*****
Aliás, e ao que tudo indica, no ano que vem, o The Who sairá em turnê para tocar a íntegra do "Quadrophenia". No momento, o vocalista Roger Daltrey está em turnê solo, apresentando a íntegra de “Tommy”. “A razão pela qual não estou na Estrada com Roger, é que a turnê se trata de uma aventura pessoal dele, que está se divertindo bastante. Eu não pertenço a essa turnê. Desejo o melhor a ele, sinceramente, e espero voltar a tocar com ele o ‘Quadrophenia’ no ano que vem”, escreveu o guitarrista Pete Townshend em seu site oficial.
*****
Encontro histórico vai ser o de Bob Dylan com Mark Knopfler. Os dois agendaram uma turnê de sete shows pelo Reino Unido em outubro. Os dois músicos trabalharam juntos em 1979, quando o ex-guitarrista do Dire Straits tocou no álbum “Slow train coming”, de Dylan. Quatro anos depois, ambos voltaram a se reunir, quando Knopfler produziu o álbum “Infidels”, de Bob Dylan. “Estou ansioso para cair na estrada com Bob em um ano tão especial”, escreveu Knopfler em seu site.
“Total”– Gal Costa Poucos artistas conseguem imortalizar uma obra tão coesa. Gal Costa conseguiu tal façanha. Ao menos se levarmos em conta o seu período na gravadora Philips/Polygram (atual Universal). E é essa fase que está presente no box “Total”, que chega agora às lojas com 15 discos gravados por Gal entre 1967 e 83, além do CD duplo de raridades “Divina, maravilhosa”. Tudo bem, lá pelo iniciozinho dos anos 80, Gal Costa patinou em alguns álbuns com roupagens pasteurizadas, especialmente o equivocado “Baby Gal” (1983), de gosto bem duvidoso, diga-se. Mas dá pra absolver a baiana, afinal de contas, meio-mundo da MPB teve lá os seus problemas com aquelas texturas sonoras eletrônicas dos 80’s. E a obra anterior de Gal serviria como “bons antecedentes”, certamente. Veja só a quantidade de clássicos: “Domingo” (1967), o primeiro álbum de Gal, que apresenta uma voz insegura, mas linda e cristalina, ao lado de Caetano Veloso; o seu berro tropicalista, no auto intitulado álbum de 69; “Legal”, de 1970, com os arrepiantes duelos entre a garganta de Gal e os dedos do guitarrista mágico Lanny Gordin; o ao vivo “A todo vapor” (1971), cujo frescor exala o cheio da maresia da praia do Arpoador no início dos anos 70; a obra-prima “Cantar” (1974), com arranjos de mestre João Donato; “Gal canta Caymmi” (1976), o melhor songbook já gravado no Brasil, mas que infelizmente, por questão de direitos autorais, não vem com a sua capa original nessa caixa; “Água viva” (1978), apesar dos arranjos datados, trouxe ao mundo o clássico “Folhetim”, de Chico Buarque... Tudo isso está presente na viagem de “Total”. E o CD extra “Divina, maravilhosa” fecha o box com chave de ouro, com 28 músicas raras, dentre as quais se destacam a versão em estúdio de “Vapor barato”, “Canção da moça” (que Gal gravou para o filme “Brasil do ano 2000”, de Walter Lima Jr.) e “Três da madrugada”, que só foi lançada em um antigo compacto que veio encartado na primeira edição do livro “Os últimos dias de Pauperia”, de Torquato Neto. O áudio dos CDs, que foi remasterizado, está tinindo. E todos os álbuns são acompanhados pela arte original da época do lançamento em vinil – com exceção de “Gal canta Caymmi”.
*****
“Guitar heaven: The greatest guitar classics of all time” – Santana Eu juro que tive boa vontade. Apesar dos últimos álbuns do Santana serem extremamente irregulares, por alguns minutos pensei que “Guitar heaven: The greatest guitar classics of all time” poderia ser um dos discos do ano. O repertório não tem erro. Saca só: “Whole lotta love” (Led Zeppelin), “Back in Black” (AC/DC), “Dance the night away” (Van Halen), “While my guitar gently weeps” (George Harrison), “Riders on the storm” (The Doors), “Smoke on the water” (Deep Purple), “Little wing” (Jimi Hendrix)… Bom, né? O time de convidados-cantores também tem alguns brilharecos: Chris Cornell, Scott Weiland, Ray Manzarek (embora esse não cante, é um dos membros fundadores do The Doors), Joe Cocker, Johnny Lang... Razoável, não? E a guitarra de Carlos Santana? Brilhante, concorda? Mas aí, você coloca a primeira faixa, exatamente “Whole lotta Love”, com Chris Cornell, e descobre que pode ter erro sim. Aliás, erro não, muito erro. Se “Supernatural” (1999) e “Shaman” (2002) já representam o auge da venda barata (ops, barata??) de Carlos Santana, “Guitar heaven” chega a ser o cúmulo. Se nos dois trabalhos supracitados, Santana não teve vergonha de soar cafona em um repertório irregular, nesse novo álbum, acredite, Santana destrói canções (antes) indestrutíveis. Em arranjos pra lá de pasteurizados, feitinhos pra vender bastante, Santana deixa “Back in black” irreconhecível com os vocais de NaS e uma sonoridade modernosa over demais. “Little wing” perdeu toda a sua magia com um arranjo equivocado. Nem a voz de Joe Cocker e a guitarra de Santana salvam. George Harrison deve estar perguntando se Santana enlouqueceu após a versão de “While my guitar gently weeps”, com o vocal meloso e insosso de India.Arie e uma guitarra espanholada bem brega. “Sunshine of your love” com Rob Thomas? Melhor nem comentar. E olha que o pior nem é a participação do vocalista do Matchbox Twenty. Talvez a menos ruim seja “Dance the night away”,que ficou próxima da versão original do Van Halen. Triste notar como um artista tão importante pode ser capaz de perder a relevância de modo tão brutal. Particularmente, não tenho mais a mínima esperança naquele guitarrista que abalou o final da década de 60, com a sua guitarra trovejante.
*****
“Acústico MTV II” – Lulu Santos Lulu Santos vai gravar mais um “Acústico MTV”? Mas com qual repertório, se há dez anos ele gravou uma antologia acústica dupla definitiva? Ao contrário dos saudosistas que lotam os shows de Lulu, o compositor carioca continua compondo e lançando bons álbuns por aí. Ou seja, repertório não falta para um “Acústico II”. E Lulu Santos provou isso, se dando ao luxo, inclusive, de deixar muita coisa boa de fora. Assim como já fizera no primeiro volume do projeto chancelado pela MTV, Lulu optou por algo enxuto, sem aquela frescurada de orquestras e dezenas de convidados especiais. Em “Acústico II”, Lulu conta com a sua banda, cujos integrantes (a maioria, pelo menos) já são bem conhecidos de quem frequenta os seus shows, e apenas uma convidada especial: a cantora Marina De La Riva, que nada acrescentou à “Adivinha o quê”. O baixista Jorge Ailton, que já se revelara um bom compositor com a sua “Atropelada” (presente em “Singular”, álbum anterior de Lulu, lançado no ano passado), agrada mais uma vez, apesar da pouca voz, com “O óbvio”, nesse “Acústico MTV”. Ao contrário do que 99% das críticas vêm dizendo, o repertório do álbum não é composto “basicamente” pelos lados B de Lulu. Com exceção de “Dinossauros do rock” e “Auto estima” (esses sim lados B de verdade), o roteiro da apresentação privilegia sucessos de Lulu Santos. Talvez as pessoas não se lembrem, mas “Papo cabeça” tocou muito nas rádios em 1990, quando “Honolulu” chegou às lojas. O mesmo aconteceu com “Brumário”, hit do genial “Popsambalanço e outras levadas” (1989). “Um pro outro” foi um dos maiores sucessos de “Lulu” (1986), assim como “Minha vida”. E o que dizer de “Tudo azul”, faixa título do álbum lançado em 1984. Lado B? Onde, cara pálida? Completam o repertório músicas que Lulu Santos lançou após o primeiro “Acústico MTV”, como “Baby de Babylon” (que ganhou um arranjo sambossa muito legal), “Já é!” (que ficou perto do lounge) e “Vale de lágrimas”, uma das grandes composições do Lulu, e que está presente em seu “Letra & música”, de 2005. O DVD ainda traz uma trinca dedicada aos heróis de Lulu Santos: “Tuareg” (Jorge Ben), “Odara” (Caetano Veloso) e “Ele falava nisso todo dia” (Gilberto Gil). Que venha o “Acústico III”, em 2020.
*****
“Live in Rio” – Dave Matthews Band Se você entrar no site oficial da Dave Matthews Band, vai encontrar algumas dezenas de gravações de shows da banda. Mas não vai achar “Live in Rio”, que pode ser encontrado nas lojas brasileiras. Sim, aproveitando os shows desse fim de semana no país, a banda, generosa, fez um agrado aos fãs brasileiros, lançando o CD duplo com a antológica apresentação do dia 30 de setembro de 2008 no Vivo Rio. Embalado em um bacaníssimo digipack, o CD duplo traz o show na íntegra com exceção de duas músicas, cortadas por conta do tempo: “You might die trying” e a versão de quase 30 minutos de duração de “# 41”. Em duas horas e trinta e cinco minutos, a Dave Matthews Band fez um tour de force em seu repertório, desde raridades como “Say goodbye” (com a participação de Carlos Malta e seu pífano delicioso) e a explosiva versão para “Burning down the house”, do Talking Heads, até chegar àquelas músicas que todo fã gosta de ouvir, como “Ants marching” (com um solo de violino endiabrado de Boyd Tinsley), “Warehouse” e o grand finale de quase 18 minutos de “Two step”. Quem esteve presente no show sabe que a plateia carioca deu um espetáculo a parte. E isso pode ser notado nesse “Live in Rio”. Chega a ser arrepiante ouvir o público (4,5 mil pessoas que lotaram o Vivo Rio) cantando alto “Say goodbye” e, especialmente, “Jimi thing”. Assim como também chega a ser emocionante ouvir as ótimas versões ao vivo de “Satellite” e “So damn Lucky”, duas das músicas mais lindas da DMB. Dois meses antes da apresentação no Rio, o saxofonista Leroi Moore havia partido dessa pra melhor. No encarte, Rodrigo Simas, que comanda o site DMBrasil, escreveu que “Leroi ficaria orgulhoso”. Tem razão. Ficaria mesmo.
*****
“MPB Especial” – Chico Buarque Volta e meia aparece por aí algum DVD dos programas “Ensaio” e “MPB Especial”, da TV Cultura. Geralmente são bem bacanas, com o artista cantando sucessos de seu repertório entremeados por entrevistas. Os DVDs de Elis Regina, Tim Maia, Ivan Lins, Nara Leão e Cartola, que já foram lançados, são especialmente reveladores. O último lançamento foi o de Chico Buarque, que a Biscoito Fino colocou nas lojas no final do mês passado. Infelizmente, o “MPB Especial” de Chico Buarque é o mais decepcionante da série. Em primeiro lugar, a impressão que fica é que não havia nada ensaiado. Chico não toca praticamente nenhuma música inteira, mas apenas cantarola algumas das 18 músicas listadas no encarte do DVD. Uma pena, eis que o repertório é primoroso, composto por pérolas que Chico não canta mais ao vivo há anos. Sente só: “Tatuagem”, “Meu refrão”, “Ela desatinou”, “Bom conselho”, “Olê, olá”, “Flor da idade”, “Boi voador não pode” e “Caçada”, sendo que essa última é apresentada na íntegra. Na entrevista, Chico fala sobre a peça “Calabar”, censurada à época da gravação do programa (1973), seus parceiros, especialmente Vinicius de Moraes, Toquinho e Ruy Guerra, e ainda sobre seus ídolos, como Ciro Monteiro e Nelson Cavaquinho, sendo que este último também é homenageado com um trechinho de “Cuidado com a outra”. O futebol (especialmente o Fluminense) também é assunto no DVD, que traz algo realmente bacana: o Hino do Politheama, time de futebol de Chico Buarque. Mas muito pouco para os 48 minutos de duração do vídeo. Muito pouco para Chico Buarque.
*****
Abaixo, a primeira faixa de “Guitar heaven: The greatest guitar classics of all time”, novo álbum de Santana, com a participação de Chris Cornell nos vocais.
E vamos terminar o post de hoje com John Lennon?? Claro, né...
*****
Ontem fui ver o show da Dave Matthews Band na HSBC Arena, aqui no Rio. Em primeiro lugar, o show foi um pouco menor do que o do Vivo Rio em 2008. O show de ontem "só" teve três horas de duração. Com ingressos esgotados (apesar de o setor das arquibancadas superiores não ter sido posta à venda), a Dave Matthews Band mostrou um repertório um pouco diferenciado dos shows da recente turnê de verão nos Estados Unidos. O início do show com "Seek up" e "Pig" foi o anúncio de que teríamos algumas surpresas no decorrer da noite. E tivemos mesmo. A começar por algo inusitado. Acredito que, pela primeira vez na história, "Pantala naga pampa" não tenha sido seguida por "Rapunzel" (que só foi apresentada no final da noite). E também acredito que não seja muito comum a banda deixar de fora a segunda parte de "Lie in our graves", emendando-a direto com "Bartender" (que, aliás, foi a primeira música do show do Vivo Rio). Outras músicas foram repetidas nas duas apresentações, como "#41" (mais um grande momento, que ganhou a adesão dos convidados Carlos Malta e Gabriel Grossi), "Crush" e "Ants marching", este última, certamente, a mais cantada pela plateia. Eu senti que a DMB não teve uma grande preocupação em cantar os seus maiores sucessos, como na apresentação de dois anos atrás. Achei isso legal, ainda mais pelo fato de a banda ter incluído várias músicas do "Big Whiskey and the GrooGrux King" (2009), como "Funny the way it is", "Seven" e "Why I am". E isso sem contar com a versão acústica de "Some devil" (somente com Dave) que abriu o bis, uma "Dancing nancies" cheia de improvisos, e a rara "So right", do álbum "Everyday", e que eu nunca tinha visto ao vivo. Quando o último acorde de "Rapunzel" foi executado, já passava das duas e meia da manhã. Tudo muito bom o suficiente para o público nem se importar com o adiantado da hora.
O setlist completo da apresentação foi o seguinte: "Seek up", "Pig", "Shake me like a monkey", "Lying in the hands of god", "Funny the way it is", "Pantala naga pampa", "Grey street", "#41", "So right", "Seven", "Dancing nancies", "Crush", "Lie in our graves", "Bartender", "Why I am", "Crash into me", "Ants marching", "Some devil", "You & me" e "Rapunzel".
*****
Boas novas para os fãs do Wilco. O guitarrista Pat Sansone disse ao Los Angeles Times que a banda entra em estúdio até o final do mês para gravar um novo álbum. "Estamos tirando algumas semanas de folga. No final do mês vamos voltar a trabalhar juntos, começando pelo processo de composição das músicas", disse. O último álbum do Wilco saiu em 2009.
*****
Mais John Lennon!
*****
Já que não lança nada inédito (apesar de ter material suficiente), a Legião Urbana requenta os seus antigos álbuns. Até o final do mês, chega às lojas mais um box (acima) com os oito álbuns de estúdio da banda: "Legião Urbana" (1985), "Dois" (1986), "Que país é este" (1987), "As quatro estações" (1989), "V" (1991), "O descobrimento do Brasil" (1993), "A tempestade" (1996) e "Uma outra estação" (1997). Os discos também serão lançados de forma avulsa. Ao que parece (não tenho certeza), todos eles foram remasterizados. Tomara que estejam melhores do que a edição masterizada em Abbey Road, que tirou a sujeira da banda. Também no final do mês, os oito álbuns chegam às lojas em vinil. "A tempestade" e "Uma outra estação" nunca haviam sido lançados nesse formato.
*****
Quem também lança álbum novo até o final desse mês é o Roupa Nova. Trata-se de "30 anos - Ao Vivo", que traz o registro de uma apresentação da banda no Credicard Hall, em São Paulo, no início de julho. O pacote CD/DVD conta com as participações de Milton Nascimento, Sandy, Pe. Fabio de Melo e Fresno. O repertório é um best of da banda, que, não tem muito tempo, lançou dois volumes de discos acústicos ao vivo. Segue o roteiro do DVD: "Video Game", "Sapato Velho", "Linda Demais", "A Viagem", "Nos Bailes da Vida", "Volta Pra Mim", "A Força do Amor", "Cantar Faz Feliz O Coração", "Seguindo No Trem Azul" / "Anjo" / "Princesa" / "Amar É" / "Amo Em Silêncio" / "Começo, Meio E Fim", "Felicidade" / "Clarear" / "Rap", "A Paz", "Coração Pirata", "Sábado" / "Lumiar" / "Maria Maria", "Chuva de Prata", "Todas Elas", "Dona", "Meu Universo É Você", "Medley Vinhetas", "Show De Rock 'n Roll", "Whisky A Go Go", "Lembranças", "Canção de Verão", "De Ninguém" e o mecley final com "Sweet Child O' Mine" / "Have You Ever Seen The Rain?" / "Staying Alive" / "Twist and Shout" / "Another Brick in The Wall" / "Satisfaction" / "Hotel California" / "Every Little Thing She Does Is Magic" / "We Will Rock You" / "Rock And Roll All Nite" / "We Are The Champions".
*****
Sai na semana que vem o novo álbum de Lenine, "Trilhas" (capa acima). Não se trata de um álbum de inéditas, mas sim de uma coletânea de músicas compostas para novelas, filmes e minisséries. O CD inclui "Aquilo que dá no coração", música de abertura da novela "Passione". O repertório completo é esse: "Aquilo que dá no coração", "De sabugo a visconde", "Quatro horizontes", "Agora é que são elas", "Minha cidade / Menina dos olhos do mar", "A mula sem cabeça", "Não faz mal a ninguém", "Como é bom a gente amar", "Sob o mesmo céu", "Diversidade", "Violenta" e "Alpinista social".
*****
UMA MÚSICA PARA O FINAL DE SEMANA: "YYZ", do Rush. Espero que amanhã, na Praça da Apoteose, o público "cante" essa música da mesma forma de oito anos atrás...
*****
Vamos de mais John Lennon??
*****
E amanhã já vai fazer seis anos que o eterno Super-Homem Christopher Reeve partiu dessa pra melhor. Fica aqui a lembrança!
*****
Ontem mesmo falei aqui sobre os musicais infantis que a Rede Globo passava no iniciozinho dos anos 80. Foram vários: "Casa de brinquedos", "Plunct Plact Zuuum...", "Pirlimpimpim, "A era do Halley" e... "A arca de Noé", o primeiro de todos, e que estreou na televisão no dia 10 de outubro de 1980. Contando com músicas compostas por Vinicius de Moraes e Toquinho, o musical tinha um timaço de intérpretes: Elis Regina, Alceu Valença, Ney Matogrosso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Bebel Gilberto, MPB 4... Putz, você imagina, atualmente, um moleque que tenha a oportunidade de crescer ouvindo isso?? Cada geração tem o que merece...
Por que uma obra-prima dessa não é lançada em DVD, hein??
*****
Bom, agora vamos partir para as efemérides de amanhã? Então vou começar com um dos grandes músicos brasileiros ever. João Theodoro Meirelles, ou simplesmente J.T. Meirelles, nasceu a 10 de outubro de 1940, no Rio de Janeiro. Meirelles iniciou a sua carreira no conjunto de João Donato. Mas depois de arranjar algumas músicas para "Samba esquema novo", de Jorge Ben, Meirelles virou estrela, gravando discos e fazendo muitos shows. Destaco o álbum "O som" (1964), gravado com o Copa 5, grupo formado por Meirelles, Luiz Carlos Vinhas, Dom Um Romão, Manoel Gusmão e Pedro Paulo. (Uma história meio nada a ver: na minha época de advogado, tinha um estagiário vidrado pelo J. T. Meirelles. Aì, no amigo oculto, ele pediu "O som", que tinha acabado de ganhar uma edição em CD. Só que o cara que tirou o nome do meu estagiário deu um CD do... Ivo Meireles! Fantástico, né??)
******
Vamos com mais John Lennon??
*****
O utilíssimo blog do Paulo Marchetti me lembra que hoje faz 15 anos que "Nostalgia da modernidade", um dos grandes álbuns de Lobão, chegou às lojas. Esse álbum foi importante para a carreira do velho "Lobo Mau", porque foi uma espécie de transição entre o seu rock tradicional e a incorporação de novos elementos em seu som. "Nostalgia da modernidade" trazia até samba. Já ouvi muita gente falar que Lobão começou a ficar chato a partir desse disco. Não acho que Lobão tenha ficado chato. Mas que os seus primeiros álbuns eram bem mais bacanas, ah, isso eram... (Como não achei nenhuma música desse álbum em versão original no YouTube, reproduzo abaixo o grande sucesso de "Nostalgia da modernidade", "A queda", só que na versão do "Acústico MTV").
*****
Taiguara faz parte daquele time de artista que, em determinado momento da carreira, faz um sucesso absurdo, para depois desaparecer nas brumas do ostracismo. Nos anos 70, Taiguara compôs algumas das músicas mais executadas do período: "Hoje", "Universo do teu corpo", "Amanda", "Viagem", "Teu sonho não acabou", entre várias outras. Taiguara nasceu no Uruguai, durante uma temporada de apresentações de seu pai, o maestro Ubirajara Silva. Mas, na essência, era brasileiro mesmo. Taiguara nasceu no dia 09 de outubro de 1945 e morreu aos 50 anos.
*****
Hoje é dia de homenagear John Lennon, certo? Com certeza você já leu em pelo menos dez lugares diferentes que hoje ele estaria completando 70 anos de idade e coisa e tal. Hoje vou fazer algo diferente... Ao longo do dia, vou colocar vídeos de algumas das suas músicas que eu mais gosto - vou me restringir à carreira solo. A minha preferida é essa aí que eu já postei: "Working class hero". E olha só que curioso: hoje é aniversário do filho de John, Sean Lennon, que faz 35 anos. É que nem aqui em casa: minha mãe e meu irmão fazem aniversário no mesmo dia.
A Dave Matthews Band anunciou o lançamento de dois álbuns ao vivo para a primeira quinzena de novembro. O primeiro é "Live in New York City" (capa acima), CD duplo que trará o show que a banda fez no estádio Citi Field, no dia 17 de julho desse ano, para mais de 40 mil pessoas. O repertório é esse aqui: "The stone", "Warehouse", "One sweet world", "Funny the way it is", "Seek up", "Seven", "Squirm", "Crash into me", "You might die trying", "Proudest monkey", "Satellite", "Spaceman", "Dancing nancies", "Gravedigger", "Blackjack", "Stay (Wasting time)", "Two step", "Some devil", "Shake me like a monkey", "All along the watchtower". Quem comprar no site oficial da Dave Matthews Band, leva de brinde um CD com quatro músicas apresentadas no show que aconteceu no mesmo estádio, na noite anterior. São elas: "Why I am", "Grey street", "Time bomb" e "So damn lucky".
O outro lançamento é o Live Trax, vol. 19. Para quem não sabe a Live Trax é uma série de CDs ao vivo que a banda só vende em seu site oficial. Eles lançam uma média de três por ano. E a bola da vez agora é "9.30.08 Vivo Rio, Rio de Janeiro, Brazil" (capa acima). Ou seja, é o mesmo show que foi lançado na semana passada aqui no Brasil. Só que agora ganha status de "lançamento mundial", em CD triplo. Para quem reclamou de "Live in Rio" não ter duas canções que foram tocadas no show, pode ficar tranquilo, porque esse Live Trax traz o show completinho. Olha o repertório: "Bartender", "Warehouse", "You might die trying" (inédita), "Stay or leave", "The stone", "Say goodbye", "Corn bread", "Grey street", "Crush", "So much to say", "Anyone seen the bridge?", "Ants marching", "Jimi thing", "Satellite", "#41" (inédita), "So damn lucky", "Don't drink the water", "Burning down the house" e "Two step".
E no site deles você também pode comprar essa camisa bacaníssima aqui:
*****
E o Michael Jackson virou espantalho...
*****
O Gorillaz esteve ontem no programa do David Letterman e deu um show de... 45 minutos! Quer ver?
*****
Hoje foi lançado o novo single do Take That, "The flood". A canção marca o retorno de Robbie Williams à banda. Só digo uma coisa: já estou com saudade da carreira solo dele...
*****
Elton John garantiu que a faixa título do próximo álbum de Lady Gaga, "Born this way", é o "novo hino gay". O cantor, que é amigo de Gaga, disse à MTV que "Born this way" substituirá "I will survive", de Gloria Gaynor. "É a nova 'I will survive', que era o hino gay. Agora teremos um novo hino gay", afirmou. Elton John também disse na entrevista que Lady Gaga é a sua "filha bastarda".
*****
Previsto para sair no dia 29 de novembro, o novo álbum de Duffy terá influência do hip hop. Foi o que ela disse em entrevista à BBC Radio 1. Segundo a cantora galesa, o primeiro single, "Well well well" (que será lançado em 21 de novembro), apresenta uma mistura de ritmos. "Eu gravei com muitas pessoas bem diferentes, em locais diferentes. Gravei com o The Roots, que é o melhor que a América produziu em termos de hip hop, e Albert Hammond [pai do guitarrista dos Strokes, de mesmo nome], que é um compositor fantástico. É uma combinação de mundos diferentes", afirmou. Vamos ver o que que vem, né?
*****
Passando agora para o cinema, hoje é dia de dar os parabéns ao ator - agora quarentão - Matt Damon. O último filme que vi com ele, e recomendo vivamente aqui, foi "Invictus". Damon está muito bem no papel do jogador de rugby François Pienaar. Morgan Freeman interpretando Nelson Mandela também chega perto do sublime. Para mim, um dos grandes filmes desse ano.
*****
Eu também me lembro bem (quando era pequenininho) daqueles especiais infantis que a Rede Globo passava. Nesses musicais, eu tive o meu primeiro contato com gente como Guilherme Arantes, Jorge Ben, Raul Seixas, Toquinho, Chico Buarque, Maria Bethânia, Vinicius de Moraes, Moraes Moreira, entre muitos outros. Outros tempos. Bons tempos. Quando "Pirlimpimpim" foi ao ar, no dia 08 de outubro de 1982, eu tinha três anos de idade. Mas tenho certeza absoluta que minha mãe me colocou na frente da televisão para ver isso aqui...
*****
Taí um dos álbuns que mais marcou a minha infância. "The rise & fall", do Madness, foi aquele tipo de disco que eu digo que ouvi até furar. E eu nem cheguei a ouvir muito os outros trabalhos do Madness. Mas "The rise & fall"... A New Musical Express considera esse álbum, que chegou ao quinto posto da parada britânica (e foi lançado no dia 08 de outubro de 1982), o mais importante da banda. Então, essas foram algumas das músicas que fizeram a minha cabeça nos meus seis, sete anos: "Rise and fall", "Tomorrow's (Just another day)", "Blue skinned beast", "Primrose hill", "Mr. Speaker gets the word", "Sunday morning", "Our house", "Tiptoes", "New Delhi", "That face", "Calling cards", "Are you coming (With me)" e "Madness (Is all in the mind)".
*****
Êta forrozeira boa para uma sexta-feira, né?? Essa é a minha homenagem aos nordestinos pelo dia de hoje. Hoje é Dia do Nordestino, e ninguém melhor que Luiz Gonzaga, pernambucano de Exu, para para marcar a data. E também lembro aqui de Paulinho Nogueira, um dos maiores violonistas do Brasil, que nasceu a 08 de outubro de 1929. Olha só que coisa linda...
Quem foi ao show da Dave Matthews Band no Vivo Rio, em setembro de 2008, não se esquece. Foram mais de três horas e meia de apresentação, com momentos marcantes, como a homenagem que a plateia fez para o então recém falecido LeRoi Moore em "#41" e o encerramento com "Two step". Agora, quem viu o show tem mais um motivo para não se esquecer. Chega até o final dessa semana às lojas brasileiras o CD duplo "Live in Rio", com mais de duas horas daquela apresentação - pena que alguns momentos ficaram de fora, como "#41". As faixas de "Live in Rio" são as seguintes: "Bartender", "Warehouse", "Stay or leave", "The stone", "Say goodbye", "Corn bread", "Grey street", "Crush", "So much to say", "Anyone seen the bridge?", "Ants Marching", "Jimi thing", "Satellite", "So damn lucky", "Don't drink the water", "Burning down the house" e "Two step".
E o site DMBrasil, do parceirão Rodrigo Simas, informou, em primeira mão, que segundo a Amazon americana, a Dave Matthews Band lançará em novembro o CD ao vivo "Live in New York City". Ainda não há confirmação oficial da banda. A DMB se apresentou no Citi Field nos dias 16 e 17 de julho. Rodrigo lembrou que alguns dos destaques dos shows foram "Big eyed fish" (raridade nos repertórios de shows da banda), "Seek up" (também bem rara), bem como a estreia da até então inédita "Black Jack". Vamos aguardar.
Ah, e a quem interessar possa, restam poucos ingressos para o show da Dave Matthews Band, na HSBC Arena, no Rio, dia 08 de outubro. "Corrão!"
*****
John Legend cantando "Wake up", do Arcade Fire? Impressionante a capacidade que certos artistas têm de destruir certas músicas...
Já viram o Klaxons mandando ver em "Bad romance", de Lady Gaga??
*****
Quem também vai lançar edição de luxo de um álbum importante de sua carreira é o Weezer. "Pinkerton" (1996), chegará às lojas novamente com 16 faixas inéditas. O lançamento será no dia 01º de novembro. O CD duplo contará com o álbum original, além de muitos lados B e gravações ao vivo, algumas durante show da banda no festival de Reading, no mesmo ano de lançamento do álbum. As faixas extras são as seguintes: "You Won't Get With Me Tonight", "The Good Life (Live At Y100 Sonic Session)", "El Scorcho (Live At Y100 Sonic Session)", "Pink Triangle (Live At Y100 Sonic Session)", "Why Bother? (Live At Reading Festival 1996)", "El Scorcho (Live At Reading Festival 1996)", "Pink Triangle (Live At Reading Festival 1996)", "The Good Life (Live At X96)", "El Scorcho (Live And Acoustic)", "Across The Sea Piano Noodles", "Butterfly (Alternate Take)", "Long Time Sunshine", "Getting Up And Leaving", "Tired Of Sex (Tracking Rough)", "Getchoo (Tracking Rough)" e "Tragic Girl.
*****
Quer ajudar a fazer o próximo álbum da Legião Urbana? É o seguinte: a banda está preparando uma coletânea para novembro. E os fãs podem escolher as músicas. As doze mais votadas farão parte do álbum. Para votar, o fã tem que se cadastrar no site oficial da banda. A votação vai até o dia 30 desse mês. A ideia é legal, mas será que a Legião Urbana não tem material mais interessante para lançar não? Cadê o show no Jockey, no dia da morte do Cazuza? E o DVD do Metropolitan? Será que o fã ainda vai se interessar por uma coletânea com as mesmas músicas repetidas??
*****
A banda The National vai lançar, no final de novembro, uma nova edição de seu último álbum, "High violet". Além do álbum original, o pacote trará um CD extra com oito faixas: três ao vivo, os dois lados B dos singles lançados de "High violet", duas faixas inéditas (incluindo "You were a kindness", logo abaixo), além de versão alternativa de "Terrible love". As faixas extras são as seguintes: "Terrible love" (Alternate Version), "Wake up you saints" (inédita), "You were a kindness" (inédita), "Walk off" (lado B), "Sin-eaters" (lado B), "Bloodbuzz Ohio" (Live - KCMP), "Anyone's ghost" (Live - Brooklyn Academy of Music) e "England" (Live - Brooklyn Academy Of Music).
PS. Com essa moda de "edições especiais, acho que vou começar a baixar os CDs de graça na internet, e, três meses depois, compro a tal edição especial. Vou me sentir menos otário dessa forma.
*****
Agora, da música para o cinema. Ou quase... Isso porque Brigitte Bardot era cantora também. Símbolo sexual dos anos 60, a "Brigitte Bardot tá ficando velha", como canta Tom Zé. Hoje ela faz 74 anos. Afastada da vida artística, Brigitte hoje briga pelos direitos dos animais. Preferiu ficar velha longe dos holofotes. Tom Zé tem razão.
*****
Pode se preparar que, em 2011, você vai ouvir falar muito sobre os 20 anos da morte de Miles Davis. Eu juro que pensei esperar, mas acho que alguns artistas devem ser homenageados sempre. Então por que não lembrar os 19 anos da morte de Miles Davis? É o que estou fazendo. Miles foi tocar o seu trompete divino para os anjos lá em cima no dia 28 de setembro de 1991, vítima de insuficiência respiratória. Ele tinha 65 anos. Tempo suficiente para deixar umas coisinhas por aí, como "Kind of blue" (1959), "E.S.P." (1965), "Filles de Kilimanjaro" (1968), "Bitches brew" (1970), "Live-evil" (também de 70)... Precisava de mais alguma coisa? É por isso que a gente tem que se lembrar sempre de Miles Davis.
*****
Eu me lembro que no mesmo dia em que levei pra casa o "Strangeway, here we come", eu comprei também o "Music for the masses", do Depeche Mode. E qual não foi a minha surpresa ao constatar, essa semana, que ambos os discos foram lançados no mesmo dia: 28 de setembro de 1987. O Depeche Mode é aquele tipo de banda que eu nunca sei dizer qual é o melhor álbum. Tudo depende do meu estado de espírito. Ultimamente ando mais para "Songs of faith and devotion" (1993) e "Exciter" (2001) do que para "A broken frame" (1982), por exemplo. Mas a minha música preferida do Depeche Mode nunca muda. E o seu nome é "Never let me down again", faixa de abertura de "Music for the masses", que, aliás, ainda conta com outros clássicos, como "Strangelove", "Behind the wheel" e "Little 15". Com muitas guitarras (uma novidade no som do Depeche Mode), esse sexto trabalho do Depeche Mode é um dos álbuns mais vendidos da banda, com quase oito milhões de cópias espalhadas pelo mundo.
*****
Dia 28 de setembro de 1987. Essa foi a última oportunidade que os fãs do The Smiths tiveram para correr a uma loja e comprar, no dia do lançamento, um álbum da banda de Manchester. "Strangeway, here we come" foi o último disco de canções inéditas de uma das bandas mais amadas da história do rock. Formado por Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce, o Smiths passava por problemas de relacionamento - especialmente entre Moz e Marr, dois geniozinhos pra lá de geniosos. O canto do cisne do conjunto alcançou o segundo posto da parada britânica de discos, e continha clássicos como "Last night I've dreamt that somebody loved me", "I started something I couldn't finish", "Girlfriend in a coma" e "Rush and a push and the land is ours". Foi o primeiro e último álbum do Smiths que tive o prazer de comprar na semana do lançamento.
*****
Mais umazinha dele??
*****
Eu vou dizer que tem uns artistas que eu sinto saudade de verdade. E são aqueles que sempre me diziam algo com suas letras. Chorei semanas a morte de Renato Russo. Não porque estava perdendo a Legião Urbana. Na verdade, eu sentia que estava perdendo uma espécie de irmão mais velho. Outro artista que aconteceu isso foi Tim Maia. Para mim, o mais impressionante nele era a sua capacidade de agradar (e conquistar) todas as classes sociais. Todo mundo gostava do Tim Maia. E não tinha como não gostar dele. Nelson Motta, que o conheceu muito bem, escreveu a seguinte introdução em seu livro "Vale tudo - O som e a fúria de Tim Maia": "Minha filha ganhou um gatinho e contei a Tim que ela ia dar o seu nome ao bicho. Ele adorou: 'Já sei, porque é preto, gordo e cafajeste!' O gato era cinzento, magrinho e carinhoso, e só nos deu amor e alegria". Tim Maia estaria completando 68 anos hoje.
Vamos finalizar o post de hoje rindo um pouco? Então segura aí! Cinco anos de saudade de Ronald Golias, um dos gênios do humor... Faz falta.
*****
Mais doido que o Flaming Lips só mesmo o novo videoclipe ("See the leaves") do... Flaming Lips. Não tenho razão??
*****
"I READ THE NEWS TODAY, OH BOY...": O site oficial de Paul McCartney ainda não confirmou, mas o São Paulo Futebol Clube adiantou que o estádio do Morumbi está reservado para dois shows do ex-Beatle em novembro. As apresentações aconteceriam nos dias 21 e 22 de novembro. Agora "só" falta a PlanMusic confirmar para a gente já poder começar a sonhar.
*****
O Daft Punk revelou a capa (acima) e a data de lançamento da trilha sonora de "Tron: Legacy", pela qual é responsável. O álbum chega às lojas no dia 22 de novembro, via Disney Records. De acordo com o release do álbum, o Daft Punk gravou a trilha com "uma sinfonia de uma centena de músicos em Londres". Uma prévia do som pode ser ouvida no vídeo abaixo.
*****
Taí a capa do novo álbum de Vanessa da Mata, "Bicicletas, bolos e outras alegrias", que a Sony Music lança até o final dessa semana. Em seu quarto trabalho de estúdio, a cantora apresenta 12 faixas inéditas, incluindo "Quando amanhecer", que conta com a participação especial de Gilberto Gil. O primeiro single do álbum é "O tal casal" (videoclipe abaixo), que já vem tocando nas rádios. A relação de faixas do álbum é a seguinte: "O tal casal", "Fiu fiu", "Te amo", "Meu aniversário", "Vê se fica bem", "Bolsa de grife", "As palavras", "Bicicletas, bolos e outras alegrias", "Vá", "Moro longe", "O masoquista e o fugitivo" e "Quando amanhecer".
*****
Depois de lançar um dos álbuns mais doidos do ano, o MGMT levou um puxão de orelhas da gravadora. O vocalista Andrew Van-Wyngarden disse ao Daily Record que a gravadora quer "menos liberdade criativa" no próximo álbum. O motivo são as baixíssimas vendas de "Congratulations". O vocalista ainda disse que a gravadora "estará mais envolvida" na produção do álbum. "Já temos ideias em direções diferentes para o próximo trabalho. Estamos menos ansiosos, em um estado de espírito melhor do que em 'Congratulations'", completou Van-Wyngarden.
*****
Chega às lojas na semana que vem, o CD/DVD "Acústico MTV II" (capa acima), de Lulu Santos. O programa, que estreou nesse fim de semana na MTV, traz sucessos que não foram executados no primeiro "Acústico" do compositor, gravado em 2000, além da inédita "E tudo mais". O repertório do CD/DVD é o seguinte: "E tudo mais", "Papo cabeça", "Um pro outro", "Dinossauros do rock", "Vale de lágrimas", "Tudo azul", "Minha vida", "O óbvio" (part. esp. do baixista Jorge Aílton nos vocais), "Adivinha o quê" (part. esp. de Marina De La Riva), "Brumário", "Baby de Babylon", "Já é!", "Pra você parar" e "Auto estima". O vídeo de "Tudo azul", extraído do programa, está logo aí abaixo.
*****
Logo aí abaixo eu falei do álbum de estreia do Meat Loaf. O problema de gravar um excelente disco de estreia é que depois fica difícil se superar. Aì vem aquele rótulo: "a estreia foi boa, mas depois...". Hoje faz 16 anos que a Dave Matthews Band lançou o seu primeiro álbum gravado em estúdio - anteriormente o grupo lançara, de forma independente, o ao vivo "Remember two things" (1993). "Under the table and dreaming" foi uma excelente estreia. Faixas como "Ants marching", "The best of what's around" e "Jimi thing" estão aí para provar. Mas, felizmente, a banda ainda conseguiu se superar nos posteriores "Crash" (1996) e "Before these crowded streets" (1998). Daqui a poucos dias, teremos mais uma oportunidade de ver a banda em ação aqui no Brasil. Vale lembrar que o último show deles aqui no Rio durou três horas e quarenta minutos. Assisti a um show dessa nova turnê em Tampa e gostei muito. A agenda de shows do dia 08 de outubro está conconcorrida. Mas Caetano Veloso e Bon Jovi que me desculpem. Eu não troco um show da Dave Matthews Band.
*****
Nem só de Música Popular Brasileira vive o dia 27 de setembro. Então, hoje vamos dar os parabéns a Michael Lee Aday, mais cnhecido como Meat Loaf, que faz 63 anos. Ator e músico, Aday se destacou mesmo no Meat Loaf, banda que estreou em 1971 com o álbum "Bat out of hell". Estreou muito bem, é verdade. O problema é que ele nunca mais conseguiu se superar, gravando álbuns bem irregulares em seguida.
*****
E já que estou falando de Música Popular Brasileira, lembro que hoje é o aniversário de Renato Barros (27/09/1943), líder do Renato e Seus Blue Caps, banda que estourou na época da Jovem Guarda, e que existe até hoje - são quase 50 anos em atividade. Tudo bem, a banda vive mesmo do passado, e não grava nada de novo faz muitos anos. Mas é sempre divertido relembrar coisas como "Menina linda", "Não te esquecerei" e "Primeira lágrima". Para quem curte, recomendo o box "Renato e Seus Blue Caps", que o Marcelo Fróes produziu para a Sony Music, há uns quatro anos. A caixa traz toda a obra da banda gravada entre 1965 e 1981, em 16 CDs (15 originais e um de raridades).
*****
Bom dia, pessoal! Mais uma semaninha que se inicia, com um tempo nada agradável. Mas, tudo bem, daqui a pouco já é sexta-feira e tudo volta a ficar bom de novo. Por ora, a gente segue aqui trabalhando. E hoje tenho um bom motivo para escrever algumas coisas por aqui. Dia 27 de setembro! Sabe que dia é hoje? Hoje é o Dia da Música Popular Brasileira. Motivo? Foi em um dia 27 de setembro (de 1952) que o cantor Francisco Alves partiu dessa pra melhor. Aí, alguém instituiu o dia de hoje como o dia da MPB. Em tempos tão estranhos para a nossa música (no qual bandas coloridas ganham todos os prêmios possíveis), a minha singela homenagem vai no videoclipe abaixo. Rita Lee perguntava há 34 anos: "Ai, ai, meu Deus, o que foi que aconteceu / Com a música popular brasileira?". Hoje em dia, então, nem se fala...