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4 de out. de 2011

Rock in Rio: Agora só em 2013

Muita gente diz que não aguenta mais esse papo de Rock in Rio. Eu confesso que também não. Desde setembro de 2008, quando iniciei o projeto que veio a se transformar no livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), respiro o festival. Quando, já pela televisão, vi a banda cover do Guns n' Roses encerrar essa quarta edição com "Paradise city", jurei a mim mesmo que só voltaria a pensar em Rock in Rio em 2013 - e isso se a minha coluna ainda permitir que eu compareça a um evento desse porte.
Mas as pessoas têm me "cobrado" alguma opinião sobre esse Rock in Rio 2011. Então, para encerrar o assunto de vez, vamos lá.
Em primeiro lugar, a pergunta mais frequente: "qual a comparação que você faz entre essa edição e as três anteriores que estão presentes em seu livro?" A principal: vivemos em tempos muito chatos.



Não faz nem 11 anos que o Rock in Rio 3 aconteceu, e tudo era muito mais simples. Não existiam os "ônibus especiais", mas sim qualquer ônibus, que a gente pegava na porta da Cidade do Rock, e, em algum momento, acabava chegando ao seu local de destino. Não havia milhares de pessoas na frente do palco com uma câmera fotográfica durante o show inteiro. (Eu juro que um dia quero descobrir a finalidade de as pessoas filmarem um show que está sendo transmitido pela TV e pela internet. Será que querem concorrer ao Oscar??)
Também não existia esse número absurdo de celebridades que falam qualquer asneira na TV, e se tornam mais importantes do que todos os artistas que pisaram no palco. Eu também não me lembro de ter ficado mais de dez minutos em uma fila para comprar um cachorro quente, seja na edição de 1991 ou na de 2001. O que aconteceu? As pessoas estão mais famintas hoje? (Uma experiência fantástica que tive na primeira noite: comprei a ficha da pipoca e uma senhora, acho que gerente da loja, disse que eu teria que esperar 20 minutos para a pipoca ficar pronta. Na dúvida se aquele milho ia mesmo estourar, pedi o meu dinheiro de volta. Insistente que sou, uma semana depois, comprei a mesma pipoca em 10 segundos.)



Nas outras edições, também reparei que os artistas curtiam muito mais a vida. Aconteciam festas homéricas em suítes de hotel, artistas frequentavam o La Mole, casais se formavam nas piscinas dos hotéis, músico era preso por se apresentar pelado no palco, telefones eram jogados das janelas dos quartos de hotel... Nessa edição 2011, os dois fatos extra-palco mais impactantes que ouvi falar foram a festa da Rihanna no iate do Eike Batista, e o jantar da Katy Perry em uma churrascaria em Ipanema. Só. A impressão que tenho é que nenhum músico dormiu no Brasil. Foram teletransportados para o palco do Rock in Rio, fizeram o show e se mandaram.
Agora, as diferenças musicais. Sinceramente, não vi tantas. A mistura de gêneros musicais que sempre norteou todas as edições do Rock in Rio esteve presente novamente. E quem disse que no Rock in Rio não tinha rock, quebrou a cara. Meus ouvidos doeram nos shows do System Of A Down, do Slipknot e do Sepultura. E eu senti o chão da Cidade do Rock tremer com a porrada sonora do Metallica. Nesse quesito, penso que o Rock in Rio cumpriu a sua função de agradar a todas as tribos.



Os shows no Palco Sunset me decepcionaram um pouco. A começar pelo som. Muito ruim em praticamente todos os momentos. Também houve pouco encontro e muito revezamento entre os artistas, o que desvirtuou a proposta do palco. E quando o encontro de fato aconteceu, não senti muita química (ou seria ensaio?) em algumas apresentações. Sandra de Sá e Bebel Gilberto cantando Cazuza beiraram o constrangedor. Corri para a Rock Street e lá estavam George Israel e Guto Goffi, outros dois amigos do Cazuza, mandando bem melhor. Em compensação, Ed Motta cantando clássicos do rock acompanhado por cinco guitarristas, arrasou. Milton Nascimento e Esperanza Spalding seriam fenomenais se a apresentação tivesse acontecido em uma sala para duzentas pessoas. E o Sepultura mandou bem demais (nenhuma surpresa) ao lado do Tambours du Bronx. (Aliás, a pergunta que não que calar: o que o Sepultura estava fazendo no Sunset, e o Glória no Palco Mundo??) Outros shows que gostei no Sunset foram o dos Titãs com os Xutos e Pontapés e o Baile do Simonal.



A apresentação do Erasmo Carlos com o Arnaldo Antunes eu pouco vi. Não consigo entender como é que marcam esse show no mesmo horário em que Frejat está pisando no Palco Mundo. Não teria sido mais óbvio intercalar as apresentações do Sunset com as do Palco Mundo?
E por falar no palco principal do evento, acho que deve ser um consenso quase geral que os dois grandes destaques foram Metallica e Stevie Wonder (ok, ele não precisava ter limado "Ribbon in the sky" do set list para tocar "Garota de Ipanema", mas valeu mesmo assim). O Red Hot Chili Peppers também tirou a má impressão do encerramento do Rock in Rio de 2001 e fez um bom show. Nada como o início de uma turnê para deixar uma banda cheia de tesão. O Coldplay demonstrou maturidade e integridade artística ao arriscar seis músicas novas no show. E o System Of A Down foi tão bom, que deveria ter sido o responsável pelo show de encerramento do festival.



Por outro lado, alguns artistas derraparam no Palco Mundo. Na primeira noite, Elton John bateu ponto no Rock in Rio. Pouca voz e nenhuma vontade. Acredito que ele não deva ter ficado muito surpreso pelo fato de ninguém ter pedido bis. E o que dizer do Jamiroquai? Bom, Paul McCartney nunca deixou de cantar "Hey Jude" e nem os Rolling Stones "(I can't get no) Satisfaction" em seus shows. Mas o Jamiroquai, banda importante que é, se deu ao luxo de deixar cem mil pessoas berrando por "Virtual insanity" ou "Space cowboy". O tributo à Legião Urbana (um dos momentos que eu mais esperava) também poderia ter sido melhor. Faltou um pouco de ensaio, e, no final, quem mandou bem mesmo foi o Marcelo Bonfá cantando "O teatro dos vampiros". Só não consigo entender a necessidade de se repetir duas vezes uma mesma música ("Será") em um show de 50 minutos, levando-se em conta o fato de a Legião ter, pelo menos, uns 40 clássicos.



A Shakira, por sua vez, não tem condições de fechar uma noite de Rock in Rio. Um encerramento com Ivete Sangalo teria sido muito mais digno. E o Guns n' Roses... Bem, parece que foi a segunda banda mais votada no site do festival - só perdeu para o SOAD. Depois de duas horas de espera debaixo de uma chuva de quinto ato do Rigoletto, como dizia Nelson Rodrigues, eis que Axl Rose surgiu no palco para um dos maiores micos da história do Rock in Rio.
Quem elogiou o show certamente não é fã do Guns n' Roses. Quem respeita a história da banda sentiu vergonha (e pena) do que viu.
Em 2013 a gente volta a falar de Rock in Rio. Combinado?




TOP 5: PARA ESQUECER
5) Claudia Leitte na primeira noite do Rock in Rio
4) O som no Palco Sunset
3) As filas imensas da primeira semana, para entrar na Cidade do Rock e para comprar qualquer coisa
2) Shakira encerrando a antepenúltima noite do festival
1) Banda cover do Guns n' Roses fechando a quarta edição do Rock in Rio

TOP 5: PARA NÃO ESQUECER
5) O Red Hot Chili Peppers se apresentando no exato dia em que seu álbum "Blood Sugar Sex Magik" completou 20 anos
4) A Cidade do Rock, lindíssima
3) A homenagem do Metallica ao baixista Cliff Burton, cuja morte completaria 25 anos dois dias após o show
2) Os headliners que não foram (mas poderiam ter sido): System Of A Down, Slipknot e Sepultura
1) Stevie Wonder deitado no palco solando "How sweet it is (To be loved by you)" na sua keytar



PS. Em homenagem aos fãs e a banda, achei melhor terminar o post com "Paradise city" executada pelo Guns n' Roses no Rock in Rio de 1991.

5 de set. de 2011

Os 65 anos do inigualável Freddie Mercury; os 20 da explosão do R.E.M.; o novo álbum do Red Hot; Prince caloteiro?; o novo videoclipe do Foo Fighters.



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Eu sei que esse blog andou meio largado nos últimos dias. Mas, acredite, ando sem tempo até de respirar. Muita coisa acontecendo, livro nas lojas, entrevistas de divulgação... Mas hoje arrumei um tempo para tentar colocar alguma ordem nisso aqui. Nesse fim de semana, aproveitei para ver uns DVDs que já estavam cobertos de poeira. Relembrei muita coisa. E o DVD mais marcante que vi foi o “Familiar to millions”, do Oasis. Não colocava esse vídeo para rodar fazia uns, sei lá, quatro, cinco anos... E como ele é bom, viu? Deu até para sentir o cheiro da cerveja naquele estádio de Wembley...

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E hoje eu tenho um motivo mais do que especial para não deixar de atualizar o blog. Isso porque nesse dia 05 de setembro, comemoramos os 65 anos do nascimento do Freddie Mercury. Sessenta e cinco! Já parou para pensar se ele estivesse vivo? Será que ainda teria pique para fazer aqueles shows antológicos?? Eu não tenho dúvida que sim. Em um exercício mais louco de imaginação, eu até pensei em um show do Queen nesse novo Rock in Rio, que começa daqui a poucos dias... A impressão que eu tenho é a de que o Freddie Mercury estaria com a mesma cara hoje em dia, cantando do mesmo jeito, e levantando os estádios mundo afora... Ah, que saudade!!



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Ah, agora eu vou ter que relembrar o Queen no Rock in Rio... Alguém estava lá??



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No dia 05 de setembro de 1991, o R.E.M. atravessava a fronteira entre o indie e o mainstream. Hoje, essa classificação de indie e maistream é praticamente inexistente. Mas em 1991, essa fronteira era imensa. E o R.E.M. alcançou um sucesso sem precedentes com a música “Losing my religion”, presente no álbum “Out of time” (1991). O videoclipe rodou alucinadamente na MTV, e, há exatos 20 anos, o conjunto de Michael Stipe, Mike Mills, Peter Buck e Bill Berry papava seis estatuetas do Video Music Awards, da MTV, incluindo o de melhor vídeo do ano. Bons tempos em que valia a pena ficar na frente da televisão vendo um VMA...



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E hoje faz 15 anos que o Jota Quest colocou nas lojas o seu primeiro álbum – excluindo um independente, lançado em 1995. À época, a banda se chamava J. Quest, e o álbum, auto-intitulado, vendeu bastante (hoje acumula 200 mil cópias vendidas), a reboque de sucessos como “As dores do mundo”, “Encontrar alguém” e “Vou pra aí”. Por conta de sua sonoridade, menos pop do que a atual, e mais puxada para o soul, muitos fãs consideram esse álbum o melhor do Jota Quest. Eu estou nesse grupo.



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Com um certo atraso, estou ouvindo o ultimo álbum do Red Hot Chili Peppers. A capa de “I’m with you”, certamente, é a mais bacana do ano. Mas e o disco? Bom, em resumo, eu acho que está abaixo da média da banda, mas acima de muita coisa que tem sido lançada nesses últimos anos. Eu fiquei com uma impressão, pelo menos nessa primeira ouvida, que a banda perdeu um pouco da “alegria” que está bem latente em álbuns como “Californication”(1999) e “By the way” (2002). Parece que o grupo ficou mais sério, mais adulto, não sei se por conta da saída do guitarrista John Frusciante. Aliás, que falta ele faz. Para quem pensa que só um vocalista é insubstituível em uma banda, é bom dar uma escutada em “I’m with you”. A sensação é de que está faltando alguma coisa. E está mesmo. “I’m with you” ainda assim é superior ao gorduroso “Stadium arcadium” (2006). O novo álbum segue uma receita comum nos últimos trabalhos do RHCP, com algumas músicas esculpidas para o sucesso, casos de “Police station”, “Happiness loves company” e o primeiro single, “The adventures of rain dance Maggie”. Mas a melhor faixa mesmo é “Goodbye Hooray”, mais pesada, e com um super trabalho do baixista Flea. Acredito que “I’m with you” ainda pode crescer muito no palco, ainda mais ao lado dos sucessos antigos do Red Hot Chili Peppers. Sorte de quem conseguiu comprar ingresso para o próximo dia 24.



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DROPS:











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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

O novo videoclipe do Foo Fighters, “Hot buns”:



Eu estava me lembrando da história, que conto no livro do Rock in Rio, que Dave Grohl, quando tocou aqui no Rio de Janeiro em 2001, se hospedou no hotel sob o pseudônimo de Freddie Mercury...


A nova música do Justice, “Audio, vídeo, disco”, em sua versão oficial:



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Ah, e vamos finalizar com ele, mais uma vez??


22 de ago. de 2011

Um síndico contra o Depeche Mode; relembrando John Lee Hooker e Luis Carlos Vinhas; o novo álbum do Red Hot; e Bono desmente “palpitações”.



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Bom dia, pessoal... Bom início de semana também... E bom Dia Mundial do Folclore. Apesar desse tempinho meia-bomba, pelo menos aqui no Rio de Janeiro... O fim de semana foi bom, coloquei alguns livros em dia, e também ouvi umas coisas que não escutava havia séculos. Na noite de sexta, o Depeche Mode rolou nervoso. No dia seguinte, embaixo da porta da cozinha, uma cartinha carinhosa assinada pelo síndico, pedindo que eu escutasse música mais baixo, “ainda mais se o som ficar ligado até às sete da manhã...” Assinado: Gerson. Aí eu cheguei a uma certeza irremediável: quem nasce Gerson, das duas uma: ou vai ser síndico de prédio ou gênio do futebol.

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Então vamos falar de coisas sérias. E o primeiro assunto de hoje é John Lee Hooker, que nasceu no dia 22 de agosto de 1917. Pesquisei no YouTube um vídeo magnífico dele:



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Quem faz 50 anos cravados hoje é o Roland Orzabal, metade do Tears For Fears, que, em breve, reaparece aqui no Brasil. O “Seeds of Love” (1989) faz parte do primeiro pacote que ganhei de CDs. Foi em 1990, e meu pai me trouxe do Japão um daqueles disc-mans da Sony – que na época era o máximo – e alguns CDs, acho que uns 10, 12. Por isso que eu nunca vou saber dizer qual foi, de fato, o meu primeiro CD. Meu pai até que soube escolher... Além do disco do Tears For Fears, tinha o “Flowers in the dirt” (1989), do Paul McCartney, o “Greatest hits” (1981), do Queen… Ah, também tinha o “Step by step” (1990), do New Kids On The Block...



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Hoje também é dia de relembrar Luis Carlos Vinhas, o magnífico pianista do Bossa Três, e que, depois, tocou em discos antológicos, como o “Gemini 5” (de 1966, ao lado de Pery Ribeiro e Leny Andrade). Vinhas ainda merece um box daqueles bonitões com a sua obra. Hoje faz 10 anos que ele partiu dessa para melhor. E olha só o que eu descobri no YouTube...



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E faz 30 anos que o Brasil perdeu Glauber Rocha, segundo muitos, “o maior gênio do cinema brasileiro”. Eu já escrevi aqui que não entendo nada de nada. Muito menos de cinema. Mas eu posso dizer que se você quiser ver um filme bem bacana, não perca “Terra em transe”. Facinho de achar em DVD...



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O selo Discobertas ataca com mais um lançamento bem bacana. Trata-se de “Anos 2000”, uma compilação com músicas interpretadas por Milton Nascimento, e que fizeram parte de álbuns de terceiros. Não há grandes raridades, mas muitos dos fonogramas são bem difíceis de encontrar – alguns estão em discos fora de catálogo, inclusive. O maior mérito de “Anos 2000” é agrupar e organizar a obra de Milton Nascimento. Até mesmo porque ele é tido como um dos artistas mais gentis, quando convidado para participar de um projeto conjunto ou de outro artista. Como em qualquer coletânea desse gênero, “Anos 2000”, em alguns momentos soa instável. Mas nada que comprometa o valor do álbum, que conta com faixas bem interessantes, como “Trem do horizonte” (ao lado do super-músico e compositor Christiaan Oyens), “Discovery” (na qual Milton coloca a sua voz ao lado da de Marina Machado, pupila do cantor, que participou do álbum e da turnê “Pietá”, de 2002) e “Sino, claro sino”, ao lado do violão mágico de Raphael Rabello. Que venham os “Anos 1960”, “Anos 1970”, “Anos 1980” e “Anos 1990”...



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DROPS:







17 de ago. de 2011

Elba 60 e Ed 40; remixes do Depeche Mode; Bowie aposentado (?!?); o doc dos Smiths; as novidades da Lady Gaga e do Pearl Jam; e o pior clipe de 2011.



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Agora sim está tudo em seu devido lugar. Perdão pela ausência de ontem. O dia foi corridíssimo. Tive um bate-papo super agradável com o pessoal da Saraiva – um abração a todos! – e, depois, a terceira noite do ciclo de sinfonias de Beethoven, no Theatro Municipal daqui do Rio, com a Orquestra Sinfônica Brasileira e o regente Lorin Maazel, ex-diretor artístico da Filarmônica de Nova York, e que vai comandar a Filarmônica de Munique em breve. O ciclo ainda vai ter mais três apresentações, nas noites de quinta e de sábado, e na tarde de domingo. Se alguém conseguir ingresso, vale muito à pena.

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Então vamos começar pelos aniversários de Hoje. Elba Ramalho completa 60 anos. Não é brincadeira não. A cantora de Conceição da Paraíba está super em forma. O seu último trabalho foi “Marco Zero – Ao vivo” (2010), uma retrospectiva dos seus 30 anos de carreira. Enquanto ela não aparece com nada inédito por aí, vamos relembrar um de seus principais sucessos, ao vivo no Rock in Rio II, em 1991, no estádio do Maracanã. Quem estava lá??



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Quem também comemora data redonda hoje é Ed Motta, que sopra 40 velinhas. Tem gente que acha o Ed Motta meio mala. Eu o considero superdivertido. Especialmente quando ele grava álbuns sensacionais, como “Entre e ouça!” (1992)e “Manual prático para festas, bailes e afins - Vol. 1" (1997), ou então quando resolve disparar a sua metralhadora giratória, especialmente no Facebook, depois de entornar uns Pera-Mancas ou uns Barca Velhas... A coincidência é que Ed Motta também cantou no Rock in Rio II, na mesma noite de Elba Ramalho, 25 de janeiro de 1991. Vamos relembrar??



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Quem matou a Norma, hein?? Aposto na Jandira, e você??

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Em 17 de agosto de 1959 era lançado um dos álbuns mais importantes da história do jazz. “Kind of blue” é considerado a obra-prima de Miles Davis, e o disco mais vendido de jazz em todos os tempos. O sexteto que acompanha Miles é, no mínimo, inacreditável. Olha só: Julian “Cannonball” Adderley (sax alto), John Coltrane (sax tenor), Bill Evans e Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo) e Jimmy Cobb (bateria). Tá bom pra você?? Achei um mini-documentário interessantíssimo no YouTube, sobre a gravação do disco, que vale a pena dar uma olhada:



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Hoje faz dez anos que Frejat lançou o seu primeiro álbum solo, “Amor pra recomeçar”. Um bom disco, diga-se. Pena que Frejat não tenha mantido a pegada em seus trabalhos posteriores. Além da faixa-título, o álbum contou com um outro grande sucesso, “Segredos”, que ainda ganhou um dos videoclipes mais bacanas já produzidos no país.



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Eu sou um cara que não ligo muito para remixes. Acho que tal processo tira muito da naturalidade da música. Abro poucas exceções para ouvir remixes. Atualmente, tenho curtido muito os do álbum “The king of limbs”, do Radiohead. Mas o Depeche Mode ainda é insuperável nesse quesito. Alguns remixes conseguem ser até superiores do que as gravações originais. Em 2004, a banda lançou “Remixes 81...04”, um CD triplo com 37 remixes de clássicos como “Just can’t get enough” e “Personal Jesus”. Agora é a vez de “Remixes 2: 81-11”, mais um CD triplo, com outros 37 remixes. Essa segunda leva está bem aquém da anterior, mas, mesmo assim, ainda vale para quem é fã da banda ou curte remixes. Destaco o trabalho de Eric Pryds em “Never let me down again” (abaixo) e o de Peter, Bjorn and John para “Fragile tension”. Aqui no Brasil saiu apenas uma versão simples com algumas faixas selecionadas.



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A péssima notícia do dia foi a suposta aposentadoria de David Bowie. Segundo o seu biógrafo Paul Trynka, o cantor, que não lança nada inédito desde “Reality”, de 2003, só voltaria a gravar algo se “causasse abalos sísmicos”. “Meu coração diz que ele voltará. Mas minha cabeça diz que isso é improvável. Seria um milagre se ele voltasse, mas milagres podem acontecer”, afirmou Trynka.
É uma nota triste mesmo. Desde que surgiu, no final dos anos 60, David Bowie é um dos artistas mais originais que existe. Acho que o seu maior mérito é arriscar. Ele sempre atira em diversas direções e, em 99% dos casos, acerta o alvo. Tive a chance de ver David Bowie ao vivo duas vezes. A primeira na Apoteose, em 1990, quando ele estava divulgando a sua coletânea “Sound + vision” (1989). Foi um show inesquecível (mais aqui). Não deu tempo de respirar. Pedrada do início (com o seu primeiro hit, “Space oddity”) ao fim, que teve uma versão avassaladora de “Gloria”, aquela do Van Morrison. Depois, acho que em 1998, não tenho certeza, vi um show da “Earthling tour”. O Metropolitan estava bem vazio, e Bowie não quis saber muito de cantar os velhos sucessos – uma das poucas exceções foi “Under pressure”. Mesmo assim, acho que o show foi muito bom.
E do jeito que anda a música hoje, ele nem precisaria causar abalos sísmicos. Bastaria gravar um novo álbum.
Eu ainda tenho esperanças.

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DROPS:










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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

Vai um trechinho do novo documentário do The Smiths, elaborado para o relançamento da coletânea “The best of” da banda?



“Yoü and I”, novo videoclipe da Lady Gaga:



Versão fantástica do Pearl Jam para “Crown of thorns”, do Mother Love Bone, e que estará na trilha sonora do documentário “Pearl Jam twenty”, dirigido por Cameron Crowe:



O Red Hot Chili Peppers também liberou o seu novo videoclipe, o bacanérrimo “The adventures of Rain Dance Maggie”. Olha só (se ainda não tiverem retirado do YouTube...):



Flea e companhia também mandaram mais duas músicas inéditas em um show no Japão, realizado nesse fim de semana. Os títulos são “Factory of faith” e “Ethiopia”:





Em um show na Califórnia, realizado na semana passada, o Green Day apresentou nada menos do que 15 músicas inéditas, incluindo “Amy”, tributo à cantora inglesa recém-falecida:



Snow Patrol lança o clipe “Called out in the dark:



“Meu álbum solo é ‘amazing’”, do modesto Noel Gallagher. Quer ver??



“Brittle heart”, novo vídeo do Brett Andreson:



Nossa, quanto videoclipe hoje!! Esse aqui é o novo do The Kooks, “Is it me”:



Kanye West participa de show do Prince no Swedish Festival:



A Chapel Hill Chorus Community cantando “Everyboy hurts”, do R.E.M.:



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Para finalizar, seria esse o pior videoclipe de 2011??


3 de ago. de 2011

Queens Of The Stone Age e Dom Um Romão em comum?; Lady Gaga dá parabéns a Tony Bennet; “+ Jobim Jazz”; o casamento do Flaming Lips; e o clipe do RHCP.



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Dia 03 de agosto. Vocês sabiam que hoje é o Dia do Capoeirista?? Nem eu... Acabei de descobrir. A dança surgiu nos nossos tempos de colônia. Os escravos que chegavam da África vieram com uma dança doida que imitava os animais, com destaque para os pés e o gingado do corpo. Até hoje, a capoeira é um aspecto importante do folclore brasileiro. Eu me lembro que, no Rock in Rio de 2001, o Queens Of The Stone Age fez um show meio estranho. Acho que nem a plateia e nem a banda estavam curtindo muito. Começou com o baixista Nick Oliveri tocando pelado. O público ficou de má vontade. No final do show, na última música, o QOTSA resolveu fazer uma imensa jam session com alguns convidados, que tocavam berimbau e dançavam capoeira. Para quê? A plateia, ansiosa por Sepultura e Iron Maiden, vaiou ainda mais. E o show terminou uns 15 minutos antes do previsto. Uma pena.

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E o Dom Um Romão, hein? Que ele foi um dos maiores bateristas de todos os tempos, todos nós sabemos. E o legal é que ele nasceu exatamente no Dia do Capoeirista, do ano de 1925. Ele participou de discos emblemáticos, como “Canção do amor demais” (1958), aquele no qual Elisete Cardoso foi acompanhada, em duas faixas, por um sujeito à época pouco conhecido, um tal de João Gilberto. Outros álbuns? “Wave”, uma das pérolas discográficas de Antonio Carlos Jobim, e “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”, que promoveu o encontro do Maestro Soberano com Frank Sinatra, ou “The Voice”. Dom Um Romão era um entusiasta da mistura de ritmos africanos com brasileiro. A sua batida, em alguns momentos, lembrava a da capoeira, inclusive. Quer ver como funcionava?? Então aperte o play do vídeo abaixo.



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Tony Bennett, o grande cantor, sopra 85 velinhas hoje. E em plena forma. Sempre curti mais ele do que o Frank Sinatra. Tony tem uma doçura em sua voz que me agrada. Uns quinze anos atrás, tive a oportunidade de assisti-lo ao vivo no Carnegie Hall. Ele estava lançando um álbum em homenagem a Billie Holiday, mas a base do show foi o seu “MTV Unplugged”, lançado em 1994, e que fez imenso sucesso inclusive com o público jovem. Em determinado momento do show, ele deixou o microfone de lado e soltou o seu vozeirão em “Autumn leaves”. Ele estava acompanhado pela sua banda, o trio do pianista Ralph Sharon, mas a única coisa que se ouvia no Carnegie Hall era a sua voz. Sem microfone. Que Tony Bennett ainda tenha muitos anos de vida para nos brindar com a sua voz.



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Olha só quem mandou os parabéns para o Tony Bennett...



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E anota aí na sua agenda que no dia 20 de setembro sai o novo álbum de Tony Bennett. “Duets 2” traz canções famosas, já interpretadas por ele, em duetos. Lady Gaga participa em “The lady is a tramp”, e Amy Winehouse em “Body and soul”. Foi a última gravação de Amy, morta no ultimo dia 23.

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Agora em outro extremo da música, hoje é dia de dar os parabéns a James Hetfield, o líder do Metallica. Os fãs não têm do que reclamar. Daqui a pouco mais de um mês, o Metallica vai se apresentar na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, com abertura do Motörhead. Coisa para metaleiro nenhum botar defeito. Só não dá para entender como é que tem gente que ainda critica...



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E por falar em Rock in Rio... Já está nas lojas de São Paulo – no resto do Brasil deve chegar essa semana ainda – o livro “Rock in Rio – A história do maior festival de música do mundo”. O autor é este mesmo que diariamente bate ponto por aqui. Se eu fosse você, eu comprava esse livro, hein??

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E para continuar no mesmo ritmo de música boa, vai uma lembrança a um dos melhores álbuns de jazz da história. “JuJu”, a obra-prima de Wayne Shorter, foi gravado em uma sessão no dia 03 de agosto de 1964. O time que acompanhou o saxofonista na gravação é de respeito: Elvin Jones (bateria), McCoy Tyner (piano) e Reggie Workman (baixo). Shorter já possuia uma larga experiência, tendo tocado em discos de gente como Miles Davis, Lee Morgan e Art Blakey. Ele também foi integrante da mega-super-hiper-banda Weather Report. “JuJu”, puramente influenciado por John Coltrane, foi o seu álbum como líder que mais fez sucesso.



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Um dos meus álbuns instrumentais prediletos é “Jobim Jazz” (2007), um projeto do instrumentista Mario Adnet, que se juntou a alguns dos melhores músicos do país para gravar versões grandiosas da obra de Antonio Carlos Jobim. Comprei o CD por indicação da vendedora da loja. E não me arrependi. O disquinho rodou no CD player do meu carro durante intermináveis trânsitos entre a Barra da Tijuca e o Centro da cidade, por semanas a fio. No mês passado, saiu o segundo volume desse projeto, que se chama “+ Jobim Jazz”. Difícil dizer qual é o melhor. O primeiro me pegou desprevenido. E, cá pra nós, o que é melhor na vida do que ser surpreendido? Esse segundo, embora siga a mesma fórmula de seu antecessor, não decepciona. Os músicos convidados (como o guitarrista Ricardo Silveira, o baixista Jorge Helder e o pianista Marcos Nimrichter) dão um espetáculo a parte, tanto em canções bem conhecidas de Tom, como “Wave”, além de em pérolas que, graças a Deus, podem ser redescobertas nesse álbum, como “Boto” (originalmente gravada no álbum “Urubu”, de 1975) e o “Barbinha branca”, essa gravada por Luiz Bonfá, em 1955. Duvido que seja lançado um álbum de música instrumental tão interessante quanto esse “+ Jobim Jazz”, em 2011.



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Amy Winehouse, pelo visto, não será esquecida tão cedo. O Coldplay, durante um show na Austrália no último domingo, antes de mandar “Fix you”, relembrou “Rehab”, o sucesso de Amy. Em seu site oficial, a banda de Chris Martin também prestou tributo a cantora: “Há pouca coisa a se dizer sobre Amy Winehouse depois de tudo o que foi dito. É uma perda muito triste. Vamos deixar de lado essa triste ironia e simplesmente deixar o coro australiano cantar.”



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Doideira mesmo aconteceu no show do Flaming Lips, realizado também no domingo, em Montreal. O cantor Wayne Coyne simplesmente realizou um casamento em cima do palco. No bis, antes de cantar “Do you realize?”, Coyne chamou os noivos ao palco e não fez por menos: “Pelo poder dos Flaming Lips, do universo e do LSD, eu vos declaro homem e mulher” (vídeo abaixo). O casal estava fantasiado com figurinos do filme “O mágico de Oz” e, logo após o show, oficializaram a união em cerimônia civil.



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E precisava de cerimônia civil??

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Um relançamento bacana chega em breve às lojas. Trata-se dos três discos lançados pela banda punk paulistana Inocentes. “Pânico em SP” (1986), “Adeus carne” (1987) e “Inocentes” (1989) chegam em edições especiais, principalmente o primeiro, originalmente um EP, que ganha a adição de seis faixas bônus e texto do jornalista Rodrigo Carneiro. Já era tempo. É sempre bom ver as obras mais marcantes do BRock de volta às lojas.



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Vazou na internet a contribuição de Thom Yorke, do Radiohead, em uma faixa do próximo trabalho do duo alemão Modeselektor, “Monkeytown”, que será lançado no dia 04 de outubro. Yorke já havia trabalhado com o Modeselektor em 2007, quando colocou voz na faixa “The white flash”, do álbum “Happy birthday”.

Modeselektor "Shipwreck" with Thom Yorke (MONKEYTOWN015) OUT SEP 30 by Modeselektor

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Quem gravou videoclipe em Los Angeles no último sábado foi o Red Hot Chili Peppers. “The adventures of rain dance Maggie” é primeiro single de “I’m with you”, novo trabalho da banda californiana, a ser lançado em 30 de agosto. Um trecho da gravação foi disponibilizado pela banda no YouTube.



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6 de jul. de 2011

A pergunta da NME; dia dos gênios Júlio Barroso, Arnaldo Baptista e Louis Armstrong;”Run, Forrest, run”; a capa mais bonita de 2011; e Noel “SHITBAG”.



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Ontem eu recebi a New Musical Express dessa semana, e me deparei com essa capa. E aí? Você tem a resposta para a pergunta da NME??

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Essa indagação me lembrou uma música, que vou eleger a tal “música do dia”:



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Falem o que quiser, mas, para mim, Paul Simon está no mesmo patamar do Bob Dylan. Discorda? Então leia isso:

“The words of the prophets are
written on the subway walls
And tenement halls”

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Além de Paul Simon, eu tenho um bando de gênio para falar aqui hoje. E começo com Louis Armstrong. Hoje faz 40 anos que esse grande músico e cantor partiu lá para o andar de cima. E a minha homenagem aqui vai na voz de um outro gênio:



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Também foi num dia 06 de julho que o poeta e DJ Júlio Barroso, mentor da Gang 90 e gênio do Rock Brasil partiu dessa pra melhor. Em 1984, ele voou da janela de seu apartamento em São Paulo. A causa da morte ninguém sabe. É a maior lenda do BRock. E são exatamente os gênios que cultivam as maiores lendas.



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Hum... Essa música da Gang 90 está no “Plunct Plact Zuuum”!! Como é que a Biscoito Fino nunca lançou isso em DVD?? A minha infância está toda nesse programa...

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Hoje também é aniversário de Arnaldo Baptista. Outro louco genial.

Currículo:
1) Mentor dos Mutantes.
2) Gravou “Lóki!” (1974).

Preciso dizer mais alguma coisa??



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Em 06 de julho de 1994 estreou o filme que eu mais vi na minha vida: “Forrest Gump”. E certamente também a trilha sonora que mais ouvi na minha vida. Tudo nesse filme dispensa comentários.



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E aí? Deu vontade de ver o filme de novo?? (Eu coloquei a cena de abertura exatamente para que você reveja esse filme...)

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“I’m with you”, novo disco do Red Hot Chili Peppers, só chega às lojas no dia 30 de agosto, mas a capa, elaborada pelo artista britânico Damien Hirst, já foi divulgada.



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Agora me responda: capa mais bonita do ano??

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E o Noel Gallagher, hein? Hoje é notícia em tudo que é lugar. Em uma entrevista coletiva, realizada na cidade de Londres, o ex-guitarrista do Oasis deu detalhes de seu primeiro álbum solo, que será lançado no dia 17 de outubro. O título será “High flying birds”. A produção ficou a cargo de David Sardy, responsável pelos dois últimos trabalhos do Oasis. Uma turnê de divulgação (que contará com músicas do Oasis no set list, segundo o guitarrista) terá início uma semana depois que o disco chegar às lojas. Noel ainda aproveitou a ocasião para falar sobre o seu segundo (?!?) álbum solo, ainda sem data definida de lançamento (mas já gravado).

As faixas de “High flying birds” são as seguintes:
1 - "Everybody's On The Run"
2 - "Dream On"
3 - "If I Had A Gun..."
4 - "The Death Of You And Me"
5 - "(I Wanna Live In A Dream In My) Record Machine"
6 - "AKA... What A Life!"
7 - "Soldier Boys And Jesus Freaks"
8 - "AKA... Broken Arrow"
9 - "(Stranded On) The Wrong Beach"
10 - "Stop The Clocks"

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E a música nova do Mumford & Sons, hein? Que tal??



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E a New Musical Express elegeu os 100 melhores videoclipes de todos os tempos.
O top 10 ficou assim:
10) The Prodigy - "Smack My Bitch Up"
9) Sigur Rós - "Viðrar Vel Til Loftárása"
8) Beastie Boys - "Sabotage"
7) Weezer - "Buddy Holly"
6) Foo Fighters - "Everlong"
5) Björk - "All Is Full of Love"
4) Soundgarden - "Black Hole Sun"
3) Chris Isaak - "Wicked Game"
2) Radiohead - "Just"
1) Johnny Cash - "Hurt"


17 de nov. de 2010

Rachel de Queiroz, Villa-Lobos, John Lennon, Cazuza, Bruce Springsteen, Red Hot, Strokes, Joe Strummer, Skank

Assim como as grandes bandas lá de fora estão relançando os seus álbuns mais importantes em versões expandidas, o Skank, após a versão especial de "Calango", prepara agora a de "O samba poconé", lançado originalmente em 1996. Samuel Rosa adiantou a novidade à Rolling Stone. O lançamento deve acontecer no segundo semestre de 2011. "Queremos colocar alguma sobra de estúdio e talvez lançar também um DVD falando um pouco sobre como foi na época, com imagens que temos daquele período", disse o compositor. Além do CD original, com algumas sobras e um filme com o making of, a banda planeja gravar um show, no qual apresentará o álbum na íntegra, em algum local "diferente", como o Deserto do Atacama (?!?). Outras bandas deveriam se mirar no exemplo do Skank, e preparar edições de luxo de seus álbuns mais importantes. Lá fora, isso vende adoidado.

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Mais uma cinebiografia de um astro do rock está a caminho. Joe Strummer, do The Clash, terá a sua vida transformada em filme. A produção de "Joe Publich" começa nos próximos dias. O roteiro é de Paul Viragh, que trabalhou na cinebiografia de Ian Dury, "Sex and drugs and rock and roll". Vale destacar que a vida de Strummer já foi documentada em "Joe Strummer: The future is unwritten" e "Strummervile".

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A banda The Strokes anunciou que terminou as gravações de seu quarto álbum. O lançamento deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem. A boa nova foi dada pelo próprio Julian Casablancas, em seu perfil no Twitter. A gravação terminou na segunda (dia 15), e o álbum começará a ser mixado nos próximos dias. A produção é de Joe Chiccarelli. Este será o primeiro álbum dos Strokes desde "First impressions of Earth", que saiu em 2006.

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Metallica, Red Hot Chili Peppers e Snow Patrol... Hum, esse Rock in Rio está começando a ficar bem bacana, hein?

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E olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Fallon: Bruce Springsteen. AMEI!



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Parece que foi ontem que comprei o primeiro disco solo do Cazuza. Mas sabia que hoje já faz 25 anos do seu lançamento?? Pois é. Cazuza deixou o Barão Vermelho no primeiro semestre de 1985, pouco depois do Rock in Rio. Ficou um pouco cansado do rock e, principalmente, de ter que dividir os holofotes com os seus colegas. Resultado: pediu para sair. E, para a felicidade geral do BRock, o Barão encontrou o seu caminho, com Roberto Frejat nos vocais, e Cazuza detonou geral em sua brilhante (e curta) carreira solo. O seu primeiro álbum tinha algumas músicas que, originalmente, fariam parte do próximo álbum do Barão - o espólio acabou dividido entre os discos "Cazuza" e "Declare guerra" (1986), esse último, do Barão. Os primeiros clássicos da carreira solo de Cazuza estão nesse grande álbum, cuja foto mostra uma linda foto do rapaz: "Exagerado", "Mal nenhum", "Codinome Beija-flor", "Só as mães são felizes"... Mas a minha predileta mesmo é essa aqui...



"Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média"


Coisa de gênio, né? Deve ter sido escrita pra mim...

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Acho que já são três dias seguintes aqui falando de John Lennon. Paciência, galera! Não tenho culpa se a minha agenda das efemérides acusa algo interessante dele todo dia. E hoje eu não poderia deixar passar em branco, pois, veja só, "Double fantasy", seu último álbum completa 30 anos. Até o iniciozinho de 1980, Lennon estava meio que aposentado. Queria cuidar do filho, da Yoko Ono, regar as suas plantinhas no Dakota (um conhecido meu que era vizinho de porta de Lennon me disse isso, é sério)... Tinha direito, né? Mas ele resolveu voltar com força total e foi gravar "Double fantasy" ao lado da Yoko. Um bom álbum, eu acho. Olha as músicas legais que constam nele: "(Just like) Starting over", "I'm losing you", "Beautiful boy (Darling boy)", "Watching the wheels", "Woman", "Dear Yoko"... O resto da história, todo mundo já sabe, né? Mês retrasado saiu o "Double fantasy - Stripped down", com uma nova mixagem, através da qual, a voz de Lennon ficou mais nítida, e o instrumental um pouco mais cru. Eu gostei bastante.



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E por falar em Heitor Villa-Lobos, a "Melodia sentimental", prece em sua homenagem, na voz de Ney Matogrosso. A letra é de Dora Vasconcellos.



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Hoje também é dia de lembrar de um dos grandes heróis da nossa música. Heitor Villa-Lobos partiu dessa pra melhor no dia 17 de novembro de 1959, vítima de câncer. Transitando entre o popular e o erudito, Villa-Lobos, certamente, foi o compositor que melhor entendeu a alama do país, ao compor peças como "O trenzinho caipira" e as nove "Bachianas Brasileiras". Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo.



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Bom dia! Hoje começamos com Rachel de Queiroz, escritora que estaria completando 100 anos nesse 17 de novembro de 2010. Confesso que meus conhecimentos sobre Rachel de Queiroz se restringem àqueles que a gente aprende nos bancos da escola: o seu primeiro romance foi "O quinze" (1930), ela foi a primeira mulher a ocupoar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, apoiou a ditadura militar de 1964, escreveu "Memorial de Maria Moura", que virou minissérie (ah, essa eu vi, eu vi...). Enfim, juro que tentarei ler "O quinze" até o fim do ano...

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27 de out. de 2010

Mauricio de Sousa, Simon Le Bon, Sex Pistols, Raimundos, Heaven & Hell, Michael, Animal Collective, Daft Punk, Crystal Castles, Stipe, RHCP, Weezer

Weezer cantando Toni Braxton? Sim, e estará no álbum de raridades, "Death to false metal", que a banda lança na semana que vem. Saca só:



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Sentindo cheiro de Foo Fighters no Rock in Rio. Não sei porque...

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O baterista Chad Smith disse à Spin que o próximo álbum do Red Hot Chili Peppers terá um sabor afro-pop. Segundo o baterista, a ideia nasceu de uma viagem do baixiata Flea e do guitarrista Josh Klinghoffer à Nigéria e à Etiópia. Smith também contou que tem escutado bastante uma coletânea de música afro colombiana. O álbum do RHCP, o primeiro desde "Stadium arcadium" (2006), ainda não tem previsão de lançamento.

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Finalmente vazou na internet o remix da versão do Crystal Castles para "Not in Love" (originalmente gravado pela banda canadense new wave Platinum Blonde), com a participação especial do genial Robert Smith, do The Cure. Está logo aí abaixo. Aproveite!



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Que tempinho mais vagabundo... Quanto maior o lixo, mais sucesso faz...

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Uma nova música do Daft Punk, que fará parte da trilha sonora do filme "Tron: Legacy", foi postada online pelos produtores do longa da Walt Disney. No novo trailer (abaixo), a música "Derezzed" forma o fundo musical. O filme é uma sequência de "Tron" (1982), e conta com o mesmo Jeff Bridges no elenco. Também em versão 3D, "Tron: Legacy", será lançado até o final do ano.



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A banda Animal Collective foi a escolhida para fazer a curadoria da edição 2011 do festival All Tomorrow's Parties, que acontecerá em Minehead, Inglaterra, entre os dias 13 e 15 de maio. A ideia do festival é eleger uma banda - nesse ano foi o Pavement - para escolher as demais atrações do evento. O Animal Collective já convocou Gang Gang Dance, Lee Scratch Perry, Prince Rama, Meat Puppets, The Frogs e Black Dice.

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Eu quero!!

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Os adeptos da teoria da conspiração de que Michael Jackson vale mais morto do que vivo devem estar dizendo: "falei ou não falei???". Segundo a revista Forbes, Jackson é a celebridade morta mais lucrativa da atualidade. Só no último ano, o seu espólio faturou 275 milhões de dólares com o seu nome. Colado em Jackson está o seu ex-sogro, Elvis Presley. O top 10 da Forbes é o seguinte: JRR Tolkien, Charles Schulz, John Lennon, Stieg Larsson, Dr. Seuss (Theodor Geisel), Albert Einstein, George Steinbrenner e Richard Rodgers.

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Foi liberado um trechinho do DVD que o Heaven & Hell vai lançar no próximo dia 15 de novembro, "Neon knights: 30 years Of Heaven & Hell - Live at Wacken". O videoclipe apresenta um segmento do clássico do Black Sabbath, "Children of the sea". A apresentação aconteceu em 30 de julho de 2009, no festival alemão de Wacken, durante a turnê de divulgação do álbum "The devil you know". Foi a última apresentação filmada do vocalista Ronnie James Dio, que morreu em maio do ano passado.



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"Despedida em Las Vegas" é aquele tipo de filme que éu posso chamar de perfeito. A história, a interpretação de Nicolas Cage, a belezura de Elisabeth Shue, a trilha sonora de Sting, o roteiro bem encadeado, baseado no livro de John O'Brien, a direção precisa de Mike Figgis... Eu me lembro bem que fui assisti-lo no cinema na semana de estreia. Ao mesmo tempo em que é triste, a história do alcoólatra Ben Sanderson chega a ser divertida (dentro do possível), quando se encontra com a prostituta Sera na cidade de Las Vegas. No fundo, "Despedida em Las Vegas" nada mais é do que uma história de tolerância. Algo que tem faltado muito por aí. O filme estreou em 27 de outubro de 1995.



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Aqui no blog, uma coisa sempre vai puxando outra. Então, já que falei do Sex Pistols, agora é a hora de falar dos Raimundos, banda representante do punk (punk?) brasileiro dos anos 90/00. Bom, se era punk, hardcore, forrocore, ou seja lá o que for, pouco importa. O que importa é que quem tem lá os seus 30 anos hoje, e teve a chance de ver os Raimundos ao vivo, sabe muito bem que foi um dos shows mais divertidos que já passou pelos palcos do país. No melhor "estilo Ramones", eles enfileiravam dezenas de sucessos, um atrás do outro, no mesmo fôlego. E esse poder de fogo ao vivo está muito bem representado em "MTV ao vivo", que chegou às lojas no dia 27 de outubro de 2000, confome me lembra o blog do Paulo Marchetti. Saiu em CD duplo e em DVD. E é simplesmente fantástico. Ah, que saudades dos meus 15 anos... Hehehe...



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Bastou um álbum para que o Sex Pistols se tornasse uma das bandas mais emblemáticas da história do punk. E esse álbum, "Never mind the bollocks, here's the Sex Pistols", saiu exatamente no dia 27 de outubro de 1977. Música pesada, crítica social em plenos anos 70 na Inglaterra, atitude fora do comum, Joãzinho Podre berrando no microfone com a sua cara de maluco... Tinha tudo para dar errado. Mas não deu. "Never mind the bollocks" é um clássico até hoje. E desconfio que nunca deixará de sê-lo. Olha só o repertório do álbum: "Holidays in the sun", "Bodies", "No feelings", "Liar", "God save the queen", "Problems", "Seventeen", "Anarchy in the U.K.", "Submission", "Pretty vacant", "New York" e "E.M.I.". Precisava fazer mais um disco??



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Bom dia, pessoal! Alguém caiu da cama aí? Hehe... Bom, hoje a história aqui começa mais cedo, e com o grande Mauricio de Sousa, que embalou (e embala) a infância de muita gente, com a sua Turma da Mônica - o meu predileto sempre foi e será o Chico Bento. Mauricio de Sousa completa 75 anos hoje, mesmo dia em que Simon Le Bon, vocalista do Duran Duran, sopra 52 velinhas. Eu ouço muitas críticas ao Duran Duran. O seu último trabalho, "Red massacre carpet" (2007), é verdade, não é dos melhores. Mas quem viu o show da turnê do álbum, sabe que o Duran Duran ainda está tinindo em cima do palco. E como está...



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