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17 de ago. de 2011

Elba 60 e Ed 40; remixes do Depeche Mode; Bowie aposentado (?!?); o doc dos Smiths; as novidades da Lady Gaga e do Pearl Jam; e o pior clipe de 2011.



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Agora sim está tudo em seu devido lugar. Perdão pela ausência de ontem. O dia foi corridíssimo. Tive um bate-papo super agradável com o pessoal da Saraiva – um abração a todos! – e, depois, a terceira noite do ciclo de sinfonias de Beethoven, no Theatro Municipal daqui do Rio, com a Orquestra Sinfônica Brasileira e o regente Lorin Maazel, ex-diretor artístico da Filarmônica de Nova York, e que vai comandar a Filarmônica de Munique em breve. O ciclo ainda vai ter mais três apresentações, nas noites de quinta e de sábado, e na tarde de domingo. Se alguém conseguir ingresso, vale muito à pena.

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Então vamos começar pelos aniversários de Hoje. Elba Ramalho completa 60 anos. Não é brincadeira não. A cantora de Conceição da Paraíba está super em forma. O seu último trabalho foi “Marco Zero – Ao vivo” (2010), uma retrospectiva dos seus 30 anos de carreira. Enquanto ela não aparece com nada inédito por aí, vamos relembrar um de seus principais sucessos, ao vivo no Rock in Rio II, em 1991, no estádio do Maracanã. Quem estava lá??



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Quem também comemora data redonda hoje é Ed Motta, que sopra 40 velinhas. Tem gente que acha o Ed Motta meio mala. Eu o considero superdivertido. Especialmente quando ele grava álbuns sensacionais, como “Entre e ouça!” (1992)e “Manual prático para festas, bailes e afins - Vol. 1" (1997), ou então quando resolve disparar a sua metralhadora giratória, especialmente no Facebook, depois de entornar uns Pera-Mancas ou uns Barca Velhas... A coincidência é que Ed Motta também cantou no Rock in Rio II, na mesma noite de Elba Ramalho, 25 de janeiro de 1991. Vamos relembrar??



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Quem matou a Norma, hein?? Aposto na Jandira, e você??

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Em 17 de agosto de 1959 era lançado um dos álbuns mais importantes da história do jazz. “Kind of blue” é considerado a obra-prima de Miles Davis, e o disco mais vendido de jazz em todos os tempos. O sexteto que acompanha Miles é, no mínimo, inacreditável. Olha só: Julian “Cannonball” Adderley (sax alto), John Coltrane (sax tenor), Bill Evans e Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo) e Jimmy Cobb (bateria). Tá bom pra você?? Achei um mini-documentário interessantíssimo no YouTube, sobre a gravação do disco, que vale a pena dar uma olhada:



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Hoje faz dez anos que Frejat lançou o seu primeiro álbum solo, “Amor pra recomeçar”. Um bom disco, diga-se. Pena que Frejat não tenha mantido a pegada em seus trabalhos posteriores. Além da faixa-título, o álbum contou com um outro grande sucesso, “Segredos”, que ainda ganhou um dos videoclipes mais bacanas já produzidos no país.



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Eu sou um cara que não ligo muito para remixes. Acho que tal processo tira muito da naturalidade da música. Abro poucas exceções para ouvir remixes. Atualmente, tenho curtido muito os do álbum “The king of limbs”, do Radiohead. Mas o Depeche Mode ainda é insuperável nesse quesito. Alguns remixes conseguem ser até superiores do que as gravações originais. Em 2004, a banda lançou “Remixes 81...04”, um CD triplo com 37 remixes de clássicos como “Just can’t get enough” e “Personal Jesus”. Agora é a vez de “Remixes 2: 81-11”, mais um CD triplo, com outros 37 remixes. Essa segunda leva está bem aquém da anterior, mas, mesmo assim, ainda vale para quem é fã da banda ou curte remixes. Destaco o trabalho de Eric Pryds em “Never let me down again” (abaixo) e o de Peter, Bjorn and John para “Fragile tension”. Aqui no Brasil saiu apenas uma versão simples com algumas faixas selecionadas.



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A péssima notícia do dia foi a suposta aposentadoria de David Bowie. Segundo o seu biógrafo Paul Trynka, o cantor, que não lança nada inédito desde “Reality”, de 2003, só voltaria a gravar algo se “causasse abalos sísmicos”. “Meu coração diz que ele voltará. Mas minha cabeça diz que isso é improvável. Seria um milagre se ele voltasse, mas milagres podem acontecer”, afirmou Trynka.
É uma nota triste mesmo. Desde que surgiu, no final dos anos 60, David Bowie é um dos artistas mais originais que existe. Acho que o seu maior mérito é arriscar. Ele sempre atira em diversas direções e, em 99% dos casos, acerta o alvo. Tive a chance de ver David Bowie ao vivo duas vezes. A primeira na Apoteose, em 1990, quando ele estava divulgando a sua coletânea “Sound + vision” (1989). Foi um show inesquecível (mais aqui). Não deu tempo de respirar. Pedrada do início (com o seu primeiro hit, “Space oddity”) ao fim, que teve uma versão avassaladora de “Gloria”, aquela do Van Morrison. Depois, acho que em 1998, não tenho certeza, vi um show da “Earthling tour”. O Metropolitan estava bem vazio, e Bowie não quis saber muito de cantar os velhos sucessos – uma das poucas exceções foi “Under pressure”. Mesmo assim, acho que o show foi muito bom.
E do jeito que anda a música hoje, ele nem precisaria causar abalos sísmicos. Bastaria gravar um novo álbum.
Eu ainda tenho esperanças.

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DROPS:










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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

Vai um trechinho do novo documentário do The Smiths, elaborado para o relançamento da coletânea “The best of” da banda?



“Yoü and I”, novo videoclipe da Lady Gaga:



Versão fantástica do Pearl Jam para “Crown of thorns”, do Mother Love Bone, e que estará na trilha sonora do documentário “Pearl Jam twenty”, dirigido por Cameron Crowe:



O Red Hot Chili Peppers também liberou o seu novo videoclipe, o bacanérrimo “The adventures of Rain Dance Maggie”. Olha só (se ainda não tiverem retirado do YouTube...):



Flea e companhia também mandaram mais duas músicas inéditas em um show no Japão, realizado nesse fim de semana. Os títulos são “Factory of faith” e “Ethiopia”:





Em um show na Califórnia, realizado na semana passada, o Green Day apresentou nada menos do que 15 músicas inéditas, incluindo “Amy”, tributo à cantora inglesa recém-falecida:



Snow Patrol lança o clipe “Called out in the dark:



“Meu álbum solo é ‘amazing’”, do modesto Noel Gallagher. Quer ver??



“Brittle heart”, novo vídeo do Brett Andreson:



Nossa, quanto videoclipe hoje!! Esse aqui é o novo do The Kooks, “Is it me”:



Kanye West participa de show do Prince no Swedish Festival:



A Chapel Hill Chorus Community cantando “Everyboy hurts”, do R.E.M.:



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Para finalizar, seria esse o pior videoclipe de 2011??


17 de ago. de 2010

Drummond, Donato, Candeia, Elba, Ed Motta, Ira Gershwin, Sean Penn, Piquet, Jeff Beck, Katy Perry, Jamiroquai, Waters+Gilmour, Big Four, Stereolab

Você usaria o desodorante dos Sex Pistols??



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Mesmo em hiato, o Stereolab anunciou um novo álbum para o dia 16 de novembro. "Not music" (capa acima) foi gravado em 2008 e traz 13 faixas. Enquanto isso, Laetitia Sadier disse que o seu álbum solo, "The trip", chegará às lojas em 21 de setembro. As faixas de "Not music" são as seguintes: "Everybody's weird except me", "Supha Jaianto", "So is cardboard clouds", "Equivalences", "Lelekato sugar", "Silver sands", "Two finger symphony", "Delugeoisie", "Laserblast", "Sun demon", "Aelita", "Pop molecules (Molecular Pop 2)" e "Neon beanbag (Atlas Sound Mix).

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Só para dar água na boca, um trechinho de "I want the world to stop", faixa que fará parte do oitavo álbum do Belle And Sebastian, "Write about love", que sairá no dia 11 de outubro.



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"Eu me sinto desleal. É como se estivesse traindo a minha esposa." (Brandon Flowers em entrevista ao The Sun, falando sobre o hiato do The Killers e a sua carreira solo)

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A turnê que reuniu Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax, chamada de "Big Four", sairá em DVD e em blu-ray no dia 11 de outubro. "The Big Four: Live from Sonisphere 2010" deve trazer a apresentação das bandas na Bulgária, que passou em cinemas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Pelo que pesquisei, haverá duas versões: uma simples, com os melhores momentos, e outras com dois DVDs e cinco CDs, poster e palheta das bandas.

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Aquele showzinho que Roger Waters e David Gilmour fizeram juntos, no mês passado, foi, enfim, disponibilizado. No total, são 27 minutos, e você pode assistir logo aí abaixo. A qualidade de som e imagem é de médio pra cima.

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O Jamiroquai anunciou que vai lançar um álbum de inéditas em novembro. O disco, que vai se chamar "Rock, dust, light, star", será o primeiro da banda desde "Dynamite" (2005). Segundo o site oficial do conjunto, o novo álbum foi gravado ao vivo em estúdio.



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Julian Casablancas, dos Strokes, disse à Rolling Stone, que seria "um sonho" produzir uma canção do Pearl Jam.

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E o novo videoclipe da Katy Perry (para a música "Teenage dream")? Sexy, não?



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Depois do Planeta Terra e do Scissor Sisters, é a vez de Jeff Beck anunciar show no Brasil. E detalhe: tudo na mesma semana! Haja grana, hein? O guitarrista britânico se apresenta no dia 24 de novembro no Vivo Rio (Rio de Janeiro), e, no dia seguinte, na Via Funchal (São Paulo). Os ingressos para as duas apresentações começam a ser vendidos já a partir do dia 25 de agosto. O seu último disco foi o mediano "Emotion & commotion", que traz até a ária "Nessun dorma", da ópera "Turandot", de Puccini. Os preços no Rio variam entre 200 e 400 reais, e em São Paulo, 200 e 300. Estudante paga meia. Ah, eu vi a apresentação do Jeff Beck no Free Jazz de 1998 (acho!), e se essa apresentação for metade do que foi aquela, já vai valer a pena, pode ter certeza.

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Outra figura bem polêmica também sopra velinhas hoje. Nelson Piquet, um dos maiores vencedores da história do automobilismo, está completando 58 anos. Eu também prefiro analisar o Piquet sob o ponto de vista profissional. E acho que os seus três títulos mundiais (mesmo número de Ayrton Senna), em 1981, 83 e 87, são o suficiente para que tenhamos todo o respeito para com Nelson Piquet. O resto, a gente deixa pra lá.



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Agora eu quero falar um pouco de cinema. Sabe quem faz 50 anos hoje? O ator Sean Penn. Bom, não conheço muito meio-termo com Sean Penn. Ou você adora ou odeia. Os fanáticos pela Madonna, por exemplo, o odeiam. Eu já prefiro analisar sobre outro ponto de vista. E acho que Sean Penn fez grandes papéis. Os meus prediletos? Nos filmes "Os últimos passos de um homem", "Além da linha vermelha", "Sobre meninos e lobos", "Milk" e, principalmente, "Uma lição de amor" (o título original em inglês é "I am Sam"), no qual Penn interpreta um deficiente mental que vê a sua filha de sete anos ultrapassá-lo intelectualmente. É um filme bem especial, e que, de quebra, traz em sua excelente trilha sonora, apenas canções dos Beatles interpretadas por gente como Eddie Vedder, Rufus Wainwright, Nick Cave e Ben Harper.



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No dia 17 de agosto de 1983, morreu um dos grandes letristas de todos os tempos. Ira Gershwin (que fazia dupla com o seu irmão George Gershwin) compôs clássicos como "I got rhythm", "Embraceable you", "They can't take that away from me", "The man I love" e "Someone to Watch Over Me". Ele também fez o libreto da ópera "Porgy and Bess". Meio mundo gravou as suas composições. Exemplos? Vamos lá: Louis Armstrong, Frank Sinatra, Janis Joplin, John Coltrane, Billie Holiday, Miles Davis, Herbie Hancock, Judy Garland, Barbra Streisand, Natalie Cole, Nina Simone, Ella Fitzgerald (o seu songbook é fantástico!), Sting, Renato Russo, Caetano Veloso, entre vários outros.



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Hoje também é dia de lembrar outro grande cantor e instrumentista - e que faz aniversário no mesmo dia de João Donato, lembremos. Ed Motta nasceu a 17 de agosto de 1971, e eu me lembro bem quando saiu o seu primeiro disco, com a Conexão Japeri, em 1988. Eu adorava aquela parte de "Manuel", que era cantada com sotaque americanizado: "se eu fosse americano, minha vida não seria assim". Por via das dúvidas, comprei o meu bolachão nas Lojas Americanas mesmo. Eu queria pedir vênia para contar duas historinhas aqui sobre o Ed Motta. A primeira aconteceu acho que em 2005. Eu estava hospedado no mesmo hotel que ele em Amsterdã. Tomava café da manhã todo dia na mesa ao lado da dele. E uma coisa me impressionou: o respeito com o qual ele era tratado. Verdadeiro popstar (ou jazzstar, se preferir). Bacana ver um brasileiro ser tão bem tratado pelos europeus. E a gente que, muitas vezes, trata tão mal os nossos próprios artistas... A segunda história foi na última edição do Tim Festival (2008?). Uma mocinha que limpava o banheiro parou o Ed Motta para dizer que gostava muito das suas músicas. Eu vou dizer que pouca vezes vi um artista ser tão atencioso com um fã. Acho legal contar essas duas histórias aqui. A imprensa também pode falar bem dos artistas, viu Ed? Hehehe...



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E quem nasceu no dia 17 de agosto de 1951 foi a cantora Elba Ramalho. Nossa, acho que desde bem pequeno assisto aos shows da Elba. As suas músicas acabam grudando na cabeça de um moleque que cresce nos anos 80, não sei se por causa das novelas. Afinal, você pode até se esquecer da história de Roque Santeiro, mas não se esquece de que a sua música-tema era "De volta pro aconchego". Elba também foi das poucas artistas que participou das três edições brasileiras do Rock in Rio. Eu me lembro que na terceira edição, em 2001, ela fez um show explosivo com Zé Ramalho. Nunca vi tanta poeira subir na minha vida. O mais engraçado foi que, no dia seguinte, encontro com uma amiga minha na Cidade do Rock, e ela manda: "você dança forró muito bem". "Eu????". "Sim, você apareceu na TV uns dois minutos dançando no show da Elba". Nossa mãe, o que que eu bebi naquele dia??



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Agora é a vez do samba. E agora é a vez de homenagear Candeia, que estaria completando 75 anos. Grande mestre do partido alto, Candeia compôs clássicos como "Pintura sem arte" (abaixo), "Preciso me encontrar", "Anjo moreno", "Eterna paz", "Filosofia do samba", "De qualquer maneira" e "Não tem vencedor". Suas músicas foram regravadas por gente como Martinho da Vila, Ney Matogrosso, Marisa Monte e Paulinho da Viola. Candeia morreu no dia 16 de novembro de 1978.



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No dia em que comemoramos os 27 anos da morte do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, devemos nos lembrar também de outro grande da música. João Donato nasceu a 17 de agosto de 1934, e começou a sua carreira, veja só, tocando acordeão. Tem um álbum fantástico dele, que o Charles Gavin lançou em CD deve ter uns sete anos, que se chama "Chá dançante" (1956), creditado a "Donato e seu conjunto". Esse foi o seu primeiro LP, que ainda teve o repertório escolhido por Antonio Carlos Jobim (dizem que o maestro também tocou em algumas canções, apesar de não ter sido creditado no encarte). E olha que é difícil indicar os melhores álbuns do Donato, porque a quantidade é imensa. Mas arrisco alguns: "A bossa muito moderna de Donato e seu trio" (1963), "Muito à vontade" (62), "A bad Donato" (70) e "Quem é quem" (73).



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"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava
Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."
("Quadrilha" - Carlos Drummond de Andrade - 31/10/1902 / 17/08/1987)

4 de out. de 2008

CD: “CHAPTER 9” (ED MOTTA) – QUANDO FICAR EM CIMA DO MURO É A MELHOR SOLUÇÃO

Ed Motta é um cara que sempre surpreende. E talvez isso faça dele, um dos nossos grandes artistas. Após o estrondoso sucesso de seus “manuais práticos” lançados em 1997 e 2000, Ed Motta entrou em estúdio para gravar “Dwitza” (2002), um álbum jazzístico, que poucos entenderam. No ano seguinte, Ed Motta retornou às suas origens de Conexão Japeri e lançou o (um pouco mais) popular “Poptical”, com o hit ‘arrasa quarterão’ “Tem Espaço Na Van”, além da pérola pop “Que Bom Voltar”. Quando todo mundo pensava que as viagens experimentais de Ed Motta haviam terminado, ele aparece com “Aystelum” (2005), um disco intricado começando pelo seu título.

E depois de “Aystelum” viria o quê? Ed retornaria ao pop ou permaneceria na sua onda jazzística? Nem um nem outro. Em “Chapter 9”, nono disco de canções inéditas de sua carreira, Ed Motta misturou tudo o que faz de melhor, do jazz ao pop, passando por outros diversos estilos musicais. E para dizer que não há nada de surpreendente no álbum, um simples detalhe: todas as canções são cantadas em inglês. E outro detalhe que não surpreende tanto: Ed Motta toca todos os instrumentos ouvidos no disco.

Das 10 faixas de “Chapter 9”, nove foram letradas por Robert Gallagher. Apenas “The Man From The Oldest Building” foi canetada por Claudio Botelho, com quem Ed Motta já havia composto o musical “7”, atualmente em cartaz no Rio de Janeiro. Talvez por esse motivo, a primeira faixa do CD tenha uma sonoridade, digamos, sombria, enigmática, bem ao estilo do bom musical.

As outras canções transitam por diferentes estilos musicais, como o rock cheio de guitarras “Twisted Blue”, a funky “The Runaways”, a jazzística “St. Christopher’s Last Stand”, o pop-folk-rock “Tommy Boy’s Big Mistake”, a soul-reggae “The Sky Is Falling”, e por aí vai. Ou seja, Ed para quem gosta de “Manuel” ou Ed para quem gosta de “Um Dom Pra Salvador”. Mas tudo com um certo ar retrô que, diga-se de passagem, vem permeando os últimos trabalhos do compositor.

“You’re Supposed To…”é um bom exemplo. Com um arranjo dance-soul-retrô, Ed Motta evoca um estilo Michael Jackson misturado com Earth, Wind & Fire e Stevie Wonder, que desce muito bem. Outras faixas que se destacam em “Chapter 9” são “Georgie And The Dragons” e “Ikarus On The Stairs”, as duas últimas, com uma sonoridade mais lenta. Dessa forma, Ed Motta consegue mostrar toda a sua potência vocal, em um canto claro e direto, sem maiores floreios, como os vocalizes tão presentes em “Dwitza” e em “Aystelum”.

Para quem gosta de Ed Motta, “Chapter 9” é uma grata surpresa e um ótimo disco. Apesar das letras em inglês, o fã vai se acostumar rapidinho, até mesmo porque, musicalmente, Ed Motta nunca esteve tão apurado. Mas caso você não seja fã de Ed Motta, não será “Chapter 9” que vai mudar a sua cabeça.

Abaixo, um vídeo da canção “You’re Supposed To...”, gravada no programa Raul Gil.

Cotação: ****

17 de jul. de 2008

RÁPIDAS – ED MOTTA, NATALIE COLE, COLDPLAY, RUSH

Ed Motta revelou hoje o título de seu novo disco, a ser lançado no final de agosto. “Chapter 9” não só possui um título em inglês, como todas as suas 11 faixas terão letras em inglês também. A Trama anunciou que vai disponibilizar o disco para download gratuito no seu site.

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A cantora Natalie Cole afirmou ontem hoje que sofre de hepatite C, uma doença hepática que se propaga através do contato com sangue contaminado. Em um comunicado oficial a cantora disse que descobriu ser portadora da doença através de exames de rotina. Ela também admitiu que a doença pode ser conseqüência do uso de drogas anos atrás. O médico de Cole afirmou que, no momento, o vírus encontra-se ‘negativo’, o que traz uma possibilidade, ainda que pequena, de cura.

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Chris Martin, vocalista do Coldplay, foi barrado em sua própria festa. O fato ocorreu na noite do dia 12, em Los Angeles, na comemoração do início da turnê norte-americana da banda. Como o seu nome não estava na lista, e o segurança não o reconheceu, Martin foi impedido de entrar. Obviamente, após o mal-entendido, Chris Martin pôde celebrar o início da turnê.

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A banda canadense Rush fez a sua primeira aparição na televisão norte-americano em 33 anos. Seus integrantes concederam entrevista no programa The Colbert Report. No final, cantaram “Tom Sawyer”. O vídeo está logo abaixo.