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4 de out. de 2011

Rock in Rio: Agora só em 2013

Muita gente diz que não aguenta mais esse papo de Rock in Rio. Eu confesso que também não. Desde setembro de 2008, quando iniciei o projeto que veio a se transformar no livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), respiro o festival. Quando, já pela televisão, vi a banda cover do Guns n' Roses encerrar essa quarta edição com "Paradise city", jurei a mim mesmo que só voltaria a pensar em Rock in Rio em 2013 - e isso se a minha coluna ainda permitir que eu compareça a um evento desse porte.
Mas as pessoas têm me "cobrado" alguma opinião sobre esse Rock in Rio 2011. Então, para encerrar o assunto de vez, vamos lá.
Em primeiro lugar, a pergunta mais frequente: "qual a comparação que você faz entre essa edição e as três anteriores que estão presentes em seu livro?" A principal: vivemos em tempos muito chatos.



Não faz nem 11 anos que o Rock in Rio 3 aconteceu, e tudo era muito mais simples. Não existiam os "ônibus especiais", mas sim qualquer ônibus, que a gente pegava na porta da Cidade do Rock, e, em algum momento, acabava chegando ao seu local de destino. Não havia milhares de pessoas na frente do palco com uma câmera fotográfica durante o show inteiro. (Eu juro que um dia quero descobrir a finalidade de as pessoas filmarem um show que está sendo transmitido pela TV e pela internet. Será que querem concorrer ao Oscar??)
Também não existia esse número absurdo de celebridades que falam qualquer asneira na TV, e se tornam mais importantes do que todos os artistas que pisaram no palco. Eu também não me lembro de ter ficado mais de dez minutos em uma fila para comprar um cachorro quente, seja na edição de 1991 ou na de 2001. O que aconteceu? As pessoas estão mais famintas hoje? (Uma experiência fantástica que tive na primeira noite: comprei a ficha da pipoca e uma senhora, acho que gerente da loja, disse que eu teria que esperar 20 minutos para a pipoca ficar pronta. Na dúvida se aquele milho ia mesmo estourar, pedi o meu dinheiro de volta. Insistente que sou, uma semana depois, comprei a mesma pipoca em 10 segundos.)



Nas outras edições, também reparei que os artistas curtiam muito mais a vida. Aconteciam festas homéricas em suítes de hotel, artistas frequentavam o La Mole, casais se formavam nas piscinas dos hotéis, músico era preso por se apresentar pelado no palco, telefones eram jogados das janelas dos quartos de hotel... Nessa edição 2011, os dois fatos extra-palco mais impactantes que ouvi falar foram a festa da Rihanna no iate do Eike Batista, e o jantar da Katy Perry em uma churrascaria em Ipanema. Só. A impressão que tenho é que nenhum músico dormiu no Brasil. Foram teletransportados para o palco do Rock in Rio, fizeram o show e se mandaram.
Agora, as diferenças musicais. Sinceramente, não vi tantas. A mistura de gêneros musicais que sempre norteou todas as edições do Rock in Rio esteve presente novamente. E quem disse que no Rock in Rio não tinha rock, quebrou a cara. Meus ouvidos doeram nos shows do System Of A Down, do Slipknot e do Sepultura. E eu senti o chão da Cidade do Rock tremer com a porrada sonora do Metallica. Nesse quesito, penso que o Rock in Rio cumpriu a sua função de agradar a todas as tribos.



Os shows no Palco Sunset me decepcionaram um pouco. A começar pelo som. Muito ruim em praticamente todos os momentos. Também houve pouco encontro e muito revezamento entre os artistas, o que desvirtuou a proposta do palco. E quando o encontro de fato aconteceu, não senti muita química (ou seria ensaio?) em algumas apresentações. Sandra de Sá e Bebel Gilberto cantando Cazuza beiraram o constrangedor. Corri para a Rock Street e lá estavam George Israel e Guto Goffi, outros dois amigos do Cazuza, mandando bem melhor. Em compensação, Ed Motta cantando clássicos do rock acompanhado por cinco guitarristas, arrasou. Milton Nascimento e Esperanza Spalding seriam fenomenais se a apresentação tivesse acontecido em uma sala para duzentas pessoas. E o Sepultura mandou bem demais (nenhuma surpresa) ao lado do Tambours du Bronx. (Aliás, a pergunta que não que calar: o que o Sepultura estava fazendo no Sunset, e o Glória no Palco Mundo??) Outros shows que gostei no Sunset foram o dos Titãs com os Xutos e Pontapés e o Baile do Simonal.



A apresentação do Erasmo Carlos com o Arnaldo Antunes eu pouco vi. Não consigo entender como é que marcam esse show no mesmo horário em que Frejat está pisando no Palco Mundo. Não teria sido mais óbvio intercalar as apresentações do Sunset com as do Palco Mundo?
E por falar no palco principal do evento, acho que deve ser um consenso quase geral que os dois grandes destaques foram Metallica e Stevie Wonder (ok, ele não precisava ter limado "Ribbon in the sky" do set list para tocar "Garota de Ipanema", mas valeu mesmo assim). O Red Hot Chili Peppers também tirou a má impressão do encerramento do Rock in Rio de 2001 e fez um bom show. Nada como o início de uma turnê para deixar uma banda cheia de tesão. O Coldplay demonstrou maturidade e integridade artística ao arriscar seis músicas novas no show. E o System Of A Down foi tão bom, que deveria ter sido o responsável pelo show de encerramento do festival.



Por outro lado, alguns artistas derraparam no Palco Mundo. Na primeira noite, Elton John bateu ponto no Rock in Rio. Pouca voz e nenhuma vontade. Acredito que ele não deva ter ficado muito surpreso pelo fato de ninguém ter pedido bis. E o que dizer do Jamiroquai? Bom, Paul McCartney nunca deixou de cantar "Hey Jude" e nem os Rolling Stones "(I can't get no) Satisfaction" em seus shows. Mas o Jamiroquai, banda importante que é, se deu ao luxo de deixar cem mil pessoas berrando por "Virtual insanity" ou "Space cowboy". O tributo à Legião Urbana (um dos momentos que eu mais esperava) também poderia ter sido melhor. Faltou um pouco de ensaio, e, no final, quem mandou bem mesmo foi o Marcelo Bonfá cantando "O teatro dos vampiros". Só não consigo entender a necessidade de se repetir duas vezes uma mesma música ("Será") em um show de 50 minutos, levando-se em conta o fato de a Legião ter, pelo menos, uns 40 clássicos.



A Shakira, por sua vez, não tem condições de fechar uma noite de Rock in Rio. Um encerramento com Ivete Sangalo teria sido muito mais digno. E o Guns n' Roses... Bem, parece que foi a segunda banda mais votada no site do festival - só perdeu para o SOAD. Depois de duas horas de espera debaixo de uma chuva de quinto ato do Rigoletto, como dizia Nelson Rodrigues, eis que Axl Rose surgiu no palco para um dos maiores micos da história do Rock in Rio.
Quem elogiou o show certamente não é fã do Guns n' Roses. Quem respeita a história da banda sentiu vergonha (e pena) do que viu.
Em 2013 a gente volta a falar de Rock in Rio. Combinado?




TOP 5: PARA ESQUECER
5) Claudia Leitte na primeira noite do Rock in Rio
4) O som no Palco Sunset
3) As filas imensas da primeira semana, para entrar na Cidade do Rock e para comprar qualquer coisa
2) Shakira encerrando a antepenúltima noite do festival
1) Banda cover do Guns n' Roses fechando a quarta edição do Rock in Rio

TOP 5: PARA NÃO ESQUECER
5) O Red Hot Chili Peppers se apresentando no exato dia em que seu álbum "Blood Sugar Sex Magik" completou 20 anos
4) A Cidade do Rock, lindíssima
3) A homenagem do Metallica ao baixista Cliff Burton, cuja morte completaria 25 anos dois dias após o show
2) Os headliners que não foram (mas poderiam ter sido): System Of A Down, Slipknot e Sepultura
1) Stevie Wonder deitado no palco solando "How sweet it is (To be loved by you)" na sua keytar



PS. Em homenagem aos fãs e a banda, achei melhor terminar o post com "Paradise city" executada pelo Guns n' Roses no Rock in Rio de 1991.

5 de set. de 2011

Os 65 anos do inigualável Freddie Mercury; os 20 da explosão do R.E.M.; o novo álbum do Red Hot; Prince caloteiro?; o novo videoclipe do Foo Fighters.



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Eu sei que esse blog andou meio largado nos últimos dias. Mas, acredite, ando sem tempo até de respirar. Muita coisa acontecendo, livro nas lojas, entrevistas de divulgação... Mas hoje arrumei um tempo para tentar colocar alguma ordem nisso aqui. Nesse fim de semana, aproveitei para ver uns DVDs que já estavam cobertos de poeira. Relembrei muita coisa. E o DVD mais marcante que vi foi o “Familiar to millions”, do Oasis. Não colocava esse vídeo para rodar fazia uns, sei lá, quatro, cinco anos... E como ele é bom, viu? Deu até para sentir o cheiro da cerveja naquele estádio de Wembley...

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E hoje eu tenho um motivo mais do que especial para não deixar de atualizar o blog. Isso porque nesse dia 05 de setembro, comemoramos os 65 anos do nascimento do Freddie Mercury. Sessenta e cinco! Já parou para pensar se ele estivesse vivo? Será que ainda teria pique para fazer aqueles shows antológicos?? Eu não tenho dúvida que sim. Em um exercício mais louco de imaginação, eu até pensei em um show do Queen nesse novo Rock in Rio, que começa daqui a poucos dias... A impressão que eu tenho é a de que o Freddie Mercury estaria com a mesma cara hoje em dia, cantando do mesmo jeito, e levantando os estádios mundo afora... Ah, que saudade!!



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Ah, agora eu vou ter que relembrar o Queen no Rock in Rio... Alguém estava lá??



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No dia 05 de setembro de 1991, o R.E.M. atravessava a fronteira entre o indie e o mainstream. Hoje, essa classificação de indie e maistream é praticamente inexistente. Mas em 1991, essa fronteira era imensa. E o R.E.M. alcançou um sucesso sem precedentes com a música “Losing my religion”, presente no álbum “Out of time” (1991). O videoclipe rodou alucinadamente na MTV, e, há exatos 20 anos, o conjunto de Michael Stipe, Mike Mills, Peter Buck e Bill Berry papava seis estatuetas do Video Music Awards, da MTV, incluindo o de melhor vídeo do ano. Bons tempos em que valia a pena ficar na frente da televisão vendo um VMA...



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E hoje faz 15 anos que o Jota Quest colocou nas lojas o seu primeiro álbum – excluindo um independente, lançado em 1995. À época, a banda se chamava J. Quest, e o álbum, auto-intitulado, vendeu bastante (hoje acumula 200 mil cópias vendidas), a reboque de sucessos como “As dores do mundo”, “Encontrar alguém” e “Vou pra aí”. Por conta de sua sonoridade, menos pop do que a atual, e mais puxada para o soul, muitos fãs consideram esse álbum o melhor do Jota Quest. Eu estou nesse grupo.



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Com um certo atraso, estou ouvindo o ultimo álbum do Red Hot Chili Peppers. A capa de “I’m with you”, certamente, é a mais bacana do ano. Mas e o disco? Bom, em resumo, eu acho que está abaixo da média da banda, mas acima de muita coisa que tem sido lançada nesses últimos anos. Eu fiquei com uma impressão, pelo menos nessa primeira ouvida, que a banda perdeu um pouco da “alegria” que está bem latente em álbuns como “Californication”(1999) e “By the way” (2002). Parece que o grupo ficou mais sério, mais adulto, não sei se por conta da saída do guitarrista John Frusciante. Aliás, que falta ele faz. Para quem pensa que só um vocalista é insubstituível em uma banda, é bom dar uma escutada em “I’m with you”. A sensação é de que está faltando alguma coisa. E está mesmo. “I’m with you” ainda assim é superior ao gorduroso “Stadium arcadium” (2006). O novo álbum segue uma receita comum nos últimos trabalhos do RHCP, com algumas músicas esculpidas para o sucesso, casos de “Police station”, “Happiness loves company” e o primeiro single, “The adventures of rain dance Maggie”. Mas a melhor faixa mesmo é “Goodbye Hooray”, mais pesada, e com um super trabalho do baixista Flea. Acredito que “I’m with you” ainda pode crescer muito no palco, ainda mais ao lado dos sucessos antigos do Red Hot Chili Peppers. Sorte de quem conseguiu comprar ingresso para o próximo dia 24.



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DROPS:











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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

O novo videoclipe do Foo Fighters, “Hot buns”:



Eu estava me lembrando da história, que conto no livro do Rock in Rio, que Dave Grohl, quando tocou aqui no Rio de Janeiro em 2001, se hospedou no hotel sob o pseudônimo de Freddie Mercury...


A nova música do Justice, “Audio, vídeo, disco”, em sua versão oficial:



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Ah, e vamos finalizar com ele, mais uma vez??


22 de ago. de 2011

Um síndico contra o Depeche Mode; relembrando John Lee Hooker e Luis Carlos Vinhas; o novo álbum do Red Hot; e Bono desmente “palpitações”.



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Bom dia, pessoal... Bom início de semana também... E bom Dia Mundial do Folclore. Apesar desse tempinho meia-bomba, pelo menos aqui no Rio de Janeiro... O fim de semana foi bom, coloquei alguns livros em dia, e também ouvi umas coisas que não escutava havia séculos. Na noite de sexta, o Depeche Mode rolou nervoso. No dia seguinte, embaixo da porta da cozinha, uma cartinha carinhosa assinada pelo síndico, pedindo que eu escutasse música mais baixo, “ainda mais se o som ficar ligado até às sete da manhã...” Assinado: Gerson. Aí eu cheguei a uma certeza irremediável: quem nasce Gerson, das duas uma: ou vai ser síndico de prédio ou gênio do futebol.

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Então vamos falar de coisas sérias. E o primeiro assunto de hoje é John Lee Hooker, que nasceu no dia 22 de agosto de 1917. Pesquisei no YouTube um vídeo magnífico dele:



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Quem faz 50 anos cravados hoje é o Roland Orzabal, metade do Tears For Fears, que, em breve, reaparece aqui no Brasil. O “Seeds of Love” (1989) faz parte do primeiro pacote que ganhei de CDs. Foi em 1990, e meu pai me trouxe do Japão um daqueles disc-mans da Sony – que na época era o máximo – e alguns CDs, acho que uns 10, 12. Por isso que eu nunca vou saber dizer qual foi, de fato, o meu primeiro CD. Meu pai até que soube escolher... Além do disco do Tears For Fears, tinha o “Flowers in the dirt” (1989), do Paul McCartney, o “Greatest hits” (1981), do Queen… Ah, também tinha o “Step by step” (1990), do New Kids On The Block...



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Hoje também é dia de relembrar Luis Carlos Vinhas, o magnífico pianista do Bossa Três, e que, depois, tocou em discos antológicos, como o “Gemini 5” (de 1966, ao lado de Pery Ribeiro e Leny Andrade). Vinhas ainda merece um box daqueles bonitões com a sua obra. Hoje faz 10 anos que ele partiu dessa para melhor. E olha só o que eu descobri no YouTube...



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E faz 30 anos que o Brasil perdeu Glauber Rocha, segundo muitos, “o maior gênio do cinema brasileiro”. Eu já escrevi aqui que não entendo nada de nada. Muito menos de cinema. Mas eu posso dizer que se você quiser ver um filme bem bacana, não perca “Terra em transe”. Facinho de achar em DVD...



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O selo Discobertas ataca com mais um lançamento bem bacana. Trata-se de “Anos 2000”, uma compilação com músicas interpretadas por Milton Nascimento, e que fizeram parte de álbuns de terceiros. Não há grandes raridades, mas muitos dos fonogramas são bem difíceis de encontrar – alguns estão em discos fora de catálogo, inclusive. O maior mérito de “Anos 2000” é agrupar e organizar a obra de Milton Nascimento. Até mesmo porque ele é tido como um dos artistas mais gentis, quando convidado para participar de um projeto conjunto ou de outro artista. Como em qualquer coletânea desse gênero, “Anos 2000”, em alguns momentos soa instável. Mas nada que comprometa o valor do álbum, que conta com faixas bem interessantes, como “Trem do horizonte” (ao lado do super-músico e compositor Christiaan Oyens), “Discovery” (na qual Milton coloca a sua voz ao lado da de Marina Machado, pupila do cantor, que participou do álbum e da turnê “Pietá”, de 2002) e “Sino, claro sino”, ao lado do violão mágico de Raphael Rabello. Que venham os “Anos 1960”, “Anos 1970”, “Anos 1980” e “Anos 1990”...



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DROPS:







19 de ago. de 2011

Dia Mundial da Fotografia e o professor mais querido da Universidade; Aracy de Almeida e LeRoi Moore; o álbum do Arctic Monkeys; e Radiohead ao vivo.



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Bom dia, pessoal! E essa sexta, hein?? Qual vai ser? Alguém já sabe me dizer quem matou a Norma?? Enquanto o mistério não é revelado, vamos comemorar aqui o Dia Mundial da Fotografia. Eu tinha um professor de Fotografia na faculdade, que eu não vou citar o nome. Mas ele era tão querido, mas tão querido, que um colega me disse que a faculdade se dividia em dois grupos: “os alunos que odeiam o tal professor e os alunos que não o conhecem.” Genial, né??

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E vocês sabem qual música estava no primeiro lugar da parada da Billboard exatos 55 anos atrás??



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Grande Elvis Presley!!

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Enquanto eu estiver vivo, todo dia 19 de agosto eu vou homenagear Aracy de Almeida, a maior sambista que esse país já teve. Aracy nasceu no dia 19 de agosto de 1914. A maioria das pessoas a conhecem como a “jurada rabugenta do Show de Calouros”. Mas a tal “caloura rabugenta” era capaz de gravar coisas assim, olha:



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E também capaz de dizer coisas fantásticas como isso aqui:



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Eu juro que queria ser amigo do John Deacon, o ex-baixista do Queen. Ele compôs duas das músicas mais bonitas que falam de amizade. No dia do amigo, injetei aqui no blog o vídeo de “You’re my best friend”. Hoje é a vez de “Friends will be friends”. Então, parabéns pelos seus 60 anos, John! Espero que você receba as boas vibrações...



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Hoje também é dia de homenagear LeRoi Moore, o finado saxofonista da Dave Matthews Band. Foi em 19 de agosto de 2008, que o grande LeRoi foi embora, vítima de um acidente de quadriciclo.



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Eu sei que estou atrasado, mas a indicação de hoje é o álbum “Suck it and see”, do Arctic Monkeys. Quando a banda de Sheffield surgiu, eu me apaixonei de cara. E olha que isso é muito difícil de acontecer comigo, especialmente com “bandas da moda”. Vi um show deles em algum Tim Festival em São Paulo, que foi absurdo. Nem esperei para encarar o The Killers, que tocaria em seguida. Quando a banda anunciou o lançamento de “Humbug” (2009), com produção de Josh Homme, do Queens Of The Stone Age, cravei logo que seria um dos melhores álbuns do ano. Mas aí veio a decepção. Não curti muito a sonoridade; achei que o Arctic Monkeys deu uma envelhecida. Mas, agora, com o lançamento desse “Suck it and see”, cheguei à conclusão do quanto “Humbug” foi necessário para o crescimento do conjunto. Nesse novo disco, o Arctic Monkeys conseguiu juntar o frescor de seus dois primeiros álbuns com a maturidade de “Humbug”. Os melhores exemplos estão nas ótimas faixas “She’s thunderstorms” (uma ótima abertura) e “The hellcat spangled shalalala”, com um toque retrô, mas que não deixa de ser moderna. Recomendadíssimo!!



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DROPS:













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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

“The king of limbs”, do Radiohead, inteirinho, ao vivo...



Amy Winehouse + Tony Bennett:


12 de ago. de 2011

Dia das Artes; os 20 anos do “Black album”, do Metallica; os dois sem Les Paul; o tesouro do Neil Young; e o título estranho do novo CD do Coldplay.



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Bom dia! Boa sexta-feira a todos. E feliz Dia Nacional das Artes. Não sei qual o motivo de ele ser comemorado hoje, mas fica aqui a lembrança. Pensei bastante em uma canção que simbolizasse a arte em seu sentido mais puro. E a letra de “Canções e momentos”, autoria de Milton Nascimento e Fernando Brant traduz bem o meu sentimento pela arte.

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E quem faz aniversário hoje? Vamos começar pelo mega-guitarrista Mark Knopfler, ex-líder do Dire Straits, que faz 62 anos. Eu acho a carreira solo dele tão bacana que, juro, nem sinto saudade do Dire Straits. Eu sinto falta mesmo é de um show do Mark Knopfler. Ele veio uma vez ao Brasil, e vi o show no antigo Metropolitan (ou já seria ATL Hall??), acho que em 2001. Foi um showzaço, com três horas de duração. À época, o guitarrista estava lançando o disco “Sailing to Philadelphia” (2000), e ainda mandou vários sucessos do Dire Straits, como “Telegraph Road”, “Brothers in arms”, “Sultans of swing”, “Romeo and Juliet” e “Walf of life”. Poucas vezes vi o Metropolitan tão abarrotado. Parecia até aqueles shows históricos da Legião Urbana em outubro de 1994...



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No dia 12 de agosto de 1991, portanto 20 anos atrás, chegava às lojas um dos álbuns mais importantes da década de 90, o “Black album”, do Metallica. Foi um dos primeiros CDs que tive. Na época, pelo preço de um CD dava para comprar dois vinis (outros tempos!!), e eu só escolhia os “especiais” para comprar na nova mídia digital. O “Black álbum”, embalado pelos videoclipes em alta rotação na MTV, foi um deles. O mais irônico é que, uns seis meses atrás, comprei a nova edição do mesmo disco que saiu em vinil. Tipo quatro vezes mais caro que um CD... Vai entender...



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E hoje já faz dois anos que mestre Les Paul morreu. Bom, acho que não preciso explicar quem foi Les Paul...



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Agora é a vez de tênis. E agora é a vez de Pete Sampras, um dos tenistas mais vitoriosos da história. Foram 64 títulos, incluindo 14 (isso, 14!) grand slams. Sampras, que vive em Los Angeles, completa 40 anos hoje.



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Se existe um artista que sabe tratar muito bem de seu legado, ele atende pelo nome de Neil Young. Nunca vi um compositor lançar tanta coisa que andou perdida por anos. Acho que a cada álbum de inéditas, surge uns dois ou três discos perdidos de Neil Young – e isso sem contar com o colossal box de dez DVDs, “Archives”, cujo primeiro volume já foi lançado, e outros devem surgir por aí a qualquer momento. E, geralmente, não se trata de meros registros ao vivo de canções antigas, mas de discos de carreira mesmo, cheio de canções inéditas, mas que, sei lá por qual motivo, acabaram descartados pelo bardo canadense. A novidade agora é “A treasure”, um disco ao vivo que Neil Young gravou com a banda de amigos International Harvesters. Das doze faixas, seis são absolutamente inéditas. A gravação aconteceu durante a turnê que Young realizou entre o final de 1984 e o início de 85. Ele estava em uma vibe de música country, e rodou os Estados Unidos apresentando diversas composições inéditas, muitas delas entrariam em seu álbum de estúdio “Old ways” (1985). Outras ficariam esquecidas por 26 anos, com destaque para a minha predileta (embora esteja mais para o blues do que para o country) “Soul woman”. A gravação de “A treasure” é cristalina, e Neil Young está tinindo. Vê-se que ele está tocando aquelas músicas com um tesão verdadeiro. Parece um reencontro consigo mesmo, com a sua alma, depois de álbuns estranhos como “Re-ac-tor”(1980), “Trans” (1982) e “Everybody’s rockin’” (1983), que lhe valeram até um processo movido pela sua gravadora, porque ela achava que Neil Young estava de sacanagem ao gravar álbuns com texturas eletrônicas ou voltados para o rockabilly. Nesse “A treasure”, o canadense volta às suas raízes. Você pode até argumentar que Neil Young possui várias raízes. E você não deixará de ter razão, já que ele atirou para todos os lados – 99% das vezes com maestria, ainda mais quando gravou aqueles álbuns antológicos, do mais puro rock n’ roll, com a Crazy Horse. Mas, para mim, acima de tudo, Neil Young sempre foi country. Seja pelo estilo de vida, pelo modo de se vestir ou por, e principalmente, alguns de seus principais álbuns. Não subestime “A treasure”. Ele é o melhor álbum que Neil Young (não) lançou na década de 80.



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Hoje o Coldplay anunciou o lançamento de seu novo álbum, “Mylo xyloto”, para o dia 24 de outubro. A relação de faixas não foi divulgada. O disco sairá em diferentes versões: download digital, CD, vinil e uma especial intitulada “pop-up, com livro, vinil, CD, fotografias e um diário de estúdio.

3 de ago. de 2011

Queens Of The Stone Age e Dom Um Romão em comum?; Lady Gaga dá parabéns a Tony Bennet; “+ Jobim Jazz”; o casamento do Flaming Lips; e o clipe do RHCP.



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Dia 03 de agosto. Vocês sabiam que hoje é o Dia do Capoeirista?? Nem eu... Acabei de descobrir. A dança surgiu nos nossos tempos de colônia. Os escravos que chegavam da África vieram com uma dança doida que imitava os animais, com destaque para os pés e o gingado do corpo. Até hoje, a capoeira é um aspecto importante do folclore brasileiro. Eu me lembro que, no Rock in Rio de 2001, o Queens Of The Stone Age fez um show meio estranho. Acho que nem a plateia e nem a banda estavam curtindo muito. Começou com o baixista Nick Oliveri tocando pelado. O público ficou de má vontade. No final do show, na última música, o QOTSA resolveu fazer uma imensa jam session com alguns convidados, que tocavam berimbau e dançavam capoeira. Para quê? A plateia, ansiosa por Sepultura e Iron Maiden, vaiou ainda mais. E o show terminou uns 15 minutos antes do previsto. Uma pena.

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E o Dom Um Romão, hein? Que ele foi um dos maiores bateristas de todos os tempos, todos nós sabemos. E o legal é que ele nasceu exatamente no Dia do Capoeirista, do ano de 1925. Ele participou de discos emblemáticos, como “Canção do amor demais” (1958), aquele no qual Elisete Cardoso foi acompanhada, em duas faixas, por um sujeito à época pouco conhecido, um tal de João Gilberto. Outros álbuns? “Wave”, uma das pérolas discográficas de Antonio Carlos Jobim, e “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”, que promoveu o encontro do Maestro Soberano com Frank Sinatra, ou “The Voice”. Dom Um Romão era um entusiasta da mistura de ritmos africanos com brasileiro. A sua batida, em alguns momentos, lembrava a da capoeira, inclusive. Quer ver como funcionava?? Então aperte o play do vídeo abaixo.



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Tony Bennett, o grande cantor, sopra 85 velinhas hoje. E em plena forma. Sempre curti mais ele do que o Frank Sinatra. Tony tem uma doçura em sua voz que me agrada. Uns quinze anos atrás, tive a oportunidade de assisti-lo ao vivo no Carnegie Hall. Ele estava lançando um álbum em homenagem a Billie Holiday, mas a base do show foi o seu “MTV Unplugged”, lançado em 1994, e que fez imenso sucesso inclusive com o público jovem. Em determinado momento do show, ele deixou o microfone de lado e soltou o seu vozeirão em “Autumn leaves”. Ele estava acompanhado pela sua banda, o trio do pianista Ralph Sharon, mas a única coisa que se ouvia no Carnegie Hall era a sua voz. Sem microfone. Que Tony Bennett ainda tenha muitos anos de vida para nos brindar com a sua voz.



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Olha só quem mandou os parabéns para o Tony Bennett...



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E anota aí na sua agenda que no dia 20 de setembro sai o novo álbum de Tony Bennett. “Duets 2” traz canções famosas, já interpretadas por ele, em duetos. Lady Gaga participa em “The lady is a tramp”, e Amy Winehouse em “Body and soul”. Foi a última gravação de Amy, morta no ultimo dia 23.

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Agora em outro extremo da música, hoje é dia de dar os parabéns a James Hetfield, o líder do Metallica. Os fãs não têm do que reclamar. Daqui a pouco mais de um mês, o Metallica vai se apresentar na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, com abertura do Motörhead. Coisa para metaleiro nenhum botar defeito. Só não dá para entender como é que tem gente que ainda critica...



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E por falar em Rock in Rio... Já está nas lojas de São Paulo – no resto do Brasil deve chegar essa semana ainda – o livro “Rock in Rio – A história do maior festival de música do mundo”. O autor é este mesmo que diariamente bate ponto por aqui. Se eu fosse você, eu comprava esse livro, hein??

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E para continuar no mesmo ritmo de música boa, vai uma lembrança a um dos melhores álbuns de jazz da história. “JuJu”, a obra-prima de Wayne Shorter, foi gravado em uma sessão no dia 03 de agosto de 1964. O time que acompanhou o saxofonista na gravação é de respeito: Elvin Jones (bateria), McCoy Tyner (piano) e Reggie Workman (baixo). Shorter já possuia uma larga experiência, tendo tocado em discos de gente como Miles Davis, Lee Morgan e Art Blakey. Ele também foi integrante da mega-super-hiper-banda Weather Report. “JuJu”, puramente influenciado por John Coltrane, foi o seu álbum como líder que mais fez sucesso.



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Um dos meus álbuns instrumentais prediletos é “Jobim Jazz” (2007), um projeto do instrumentista Mario Adnet, que se juntou a alguns dos melhores músicos do país para gravar versões grandiosas da obra de Antonio Carlos Jobim. Comprei o CD por indicação da vendedora da loja. E não me arrependi. O disquinho rodou no CD player do meu carro durante intermináveis trânsitos entre a Barra da Tijuca e o Centro da cidade, por semanas a fio. No mês passado, saiu o segundo volume desse projeto, que se chama “+ Jobim Jazz”. Difícil dizer qual é o melhor. O primeiro me pegou desprevenido. E, cá pra nós, o que é melhor na vida do que ser surpreendido? Esse segundo, embora siga a mesma fórmula de seu antecessor, não decepciona. Os músicos convidados (como o guitarrista Ricardo Silveira, o baixista Jorge Helder e o pianista Marcos Nimrichter) dão um espetáculo a parte, tanto em canções bem conhecidas de Tom, como “Wave”, além de em pérolas que, graças a Deus, podem ser redescobertas nesse álbum, como “Boto” (originalmente gravada no álbum “Urubu”, de 1975) e o “Barbinha branca”, essa gravada por Luiz Bonfá, em 1955. Duvido que seja lançado um álbum de música instrumental tão interessante quanto esse “+ Jobim Jazz”, em 2011.



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Amy Winehouse, pelo visto, não será esquecida tão cedo. O Coldplay, durante um show na Austrália no último domingo, antes de mandar “Fix you”, relembrou “Rehab”, o sucesso de Amy. Em seu site oficial, a banda de Chris Martin também prestou tributo a cantora: “Há pouca coisa a se dizer sobre Amy Winehouse depois de tudo o que foi dito. É uma perda muito triste. Vamos deixar de lado essa triste ironia e simplesmente deixar o coro australiano cantar.”



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Doideira mesmo aconteceu no show do Flaming Lips, realizado também no domingo, em Montreal. O cantor Wayne Coyne simplesmente realizou um casamento em cima do palco. No bis, antes de cantar “Do you realize?”, Coyne chamou os noivos ao palco e não fez por menos: “Pelo poder dos Flaming Lips, do universo e do LSD, eu vos declaro homem e mulher” (vídeo abaixo). O casal estava fantasiado com figurinos do filme “O mágico de Oz” e, logo após o show, oficializaram a união em cerimônia civil.



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E precisava de cerimônia civil??

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Um relançamento bacana chega em breve às lojas. Trata-se dos três discos lançados pela banda punk paulistana Inocentes. “Pânico em SP” (1986), “Adeus carne” (1987) e “Inocentes” (1989) chegam em edições especiais, principalmente o primeiro, originalmente um EP, que ganha a adição de seis faixas bônus e texto do jornalista Rodrigo Carneiro. Já era tempo. É sempre bom ver as obras mais marcantes do BRock de volta às lojas.



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Vazou na internet a contribuição de Thom Yorke, do Radiohead, em uma faixa do próximo trabalho do duo alemão Modeselektor, “Monkeytown”, que será lançado no dia 04 de outubro. Yorke já havia trabalhado com o Modeselektor em 2007, quando colocou voz na faixa “The white flash”, do álbum “Happy birthday”.

Modeselektor "Shipwreck" with Thom Yorke (MONKEYTOWN015) OUT SEP 30 by Modeselektor

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Quem gravou videoclipe em Los Angeles no último sábado foi o Red Hot Chili Peppers. “The adventures of rain dance Maggie” é primeiro single de “I’m with you”, novo trabalho da banda californiana, a ser lançado em 30 de agosto. Um trecho da gravação foi disponibilizado pela banda no YouTube.



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29 de jul. de 2011

“Let ‘em in” e as novidades dos últimos dias... É MUITA coisa, gente!!



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É isso aí, pessoal. “Let ‘em in”... Hoje estou de volta, firme e forte. Perdoem-me a ausência nos últimos dias, mas é que acabou rolando uma viagem de última hora. Muitas coisas aconteceram nos últimos dias, e quando deu, eu apareci por aqui. Para quem anda desatualizado, tem a crítica da nova turnê do Paul McCartney que estreou em Nova York, a despedida da “360º tour” do U2, em Nova Jersey, a morte da Amy Winehouse...

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Vamos ver o que dá para fazer nessa sexta-feira de sol... Vinte e nove de julho de 2011. Foi nesse dia, só que no ano de 1983, que o Metallica, o grande Metallica, colocou nas lojas o seu álbum de estreia, “Kill ‘em all”. Uma estreia e tanto. A quantidade de clássicos é assombrosa: “Seek & destroy”, “Whiplash”, “No remorse”, “Motorbreath”, “The four horsemen”, “Hit the lights”... Pelo jeito, os hoje mestres do metal aprenderam a lição direitinho com o Black Sabbath e com o Motörhead... Olha só a versão ao vivo de “Hit the lights”, gravada no México, em 2009, e que foi lançada no DVD e BD “Orgulo pasion y gloria”:



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E Metallica me remete diretamente ao Rock in Rio. Hora do meu jabaculê... Ok?? Na semana que vem chega às livrarias o livro “Rock in Rio – A história do maior festival de música do mundo”, de autoria deste que vos escreve.


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Comprem, hein!! Eu recomendo... Sério!

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Agora vou falar de outro disco, esse fundamental para o rock brasileiro. Há 25 anos chegava às lojas “Rádio pirata – Ao vivo”, o álbum que marcou a ascensão e a queda do RPM. O disco vendeu mais do que água no deserto. Qualquer casa tinha o bolachão ao vivo do RPM, que contava com músicas do álbum de estreia da banda, “Revoluções por minuto” (1985), além de versões ao vivo para “Flores astrais” (do segundo disco dos Secos & Molhados) e “London, London” (do álbum branco de Caetano Veloso, gravado no exílio). Ney Matogrosso foi o diretor do show, que contava até mesmo com raio laser. À época, aqui no Brasil, raio laser só mesmo no show do Yes no Rock in Rio... Três anos atrás, o show “Rádio pirata” saiu em DVD também. Como está difícil encontrar trechos desse DVD no YouTube, vamos de “Mixto Quente” mesmo...



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No dia 29 de julho de 1977, nascia, em Nova York, Danger Mouse, o gênio por trás de projetos como o Gnarls Barkley (ao lado do Cee Lo Green) e o Broken Bells (com James Mercer, do The Shins). Ele também produziu álbuns espetaculares de gente como Beck (“Modern guilt”, de 2008), Black Keys (“Brothers”, de 2010) e Gorillaz (“Demon days”, de 2005). Se você nunca ouviu falar, ouça isso urgentemente...



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Sabia que você conhecia...

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E por falar em Danger Mouse, ando meio viciado em seu último álbum, “Rome”, gravado em parceria com o compositor italiano Daniele Luppi, e com participações especiais de Jack White (que ainda escreveu as letras de três faixas) e Norah Jones. O disco saiu lá fora em meados de maio (aqui no Brasil, nem Deus sabe). A inspiração veio dos spaghetti westerns. Tipo, imagina qualquer filme da trilogia do "Homem Sem Nome", estrelado por Clint Eastwood e dirigido por Sergio Leone. “Rome” caberia como a trilha sonora perfeita. Mais do que um álbum de canções, “Rome” é um álbum de climas. Parece uma trilha sonora para um filme inexistente – Quentin Tarantino poderia filmar um e a trilha já estaria pronta. Algumas faixas funcionam como interlúdios, outras são instrumentais, e outras são cantadas pelo conjunto vocal Cantori Moderni di Alessandro Alessandroni (o mesmo da trilha de “Três homens em conflito”). Mais do que um tributo ao cinema italiano (em especial à figura do compositor Ennio Morricone), “Rome” é uma bela homenagem à cultura pop daquele país.



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E no dia 29 de julho de 1994, quem partia dessa para melhor era o comediante, compositor e cantor Mussum. Ninguém com mais de 30 anos passou impune ao Mussum. A sua presença nos “Trapalhões”, a cada início de noite de domingo era uma dádiva. Ajudava muito a aliviar aquele frio na barriga que dava na hora de arrumar o material da escola para a semana que se iniciava. Eu me lembro de um churrasco de confraternização da turma do colégio (salvo engano em 1989), que o Mussum estava presente na churrascaria Porcão. Os 120 moleques da nossa mesa começaram a berrar o nome do Mussum. Ele se levantou e cumprimentou um a um. Eu disse: UM A UM.



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Esse é o Mussum...



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Já vai fazer uma semana da morte de Amy Winehouse, mas, pelo jeito, ela ainda será assunto por muito, muito tempo. A causa da morte não me interessa. Morreu, morreu. Que descanse em paz. O importante mesmo é o que ainda será lançado da cantora. Um pouco cedo para especulações. Mas hoje saiu uma notícia que pode dar alguma luz sobre essa questão. Uma pessoa próxima a cantora, e que se diz ligada à gravadora Universal, disse que existem 12 faixas novas, não finalizadas. Entretanto, parece que elas teriam condições de serem lançadas em um disco. Segundo o Guardian, qualquer material que venha a ser lançado deverá passar pelo crivo dos parentes de Amy Winehouse, de seu empresário e da gravadora. Acho que não deve demorar muito. Afinal, o Natal já está quase chegando...

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Vou tentar colocar algumas coisas em dia que aconteceram nesse período em que o blog ficou meia bomba. Tem muito vídeo legal que saiu nesses últimos dias. E vamos começar pela homenagem que o produtor Mark Ronson fez para Amy Winehouse, na noite de quarta-feira, durante um show em Londres. Ele mandou “Valerie” (originalmente gravada pelos Zutons, e que fez sucesso na voz de Amy), juntamente com Dave McCabe (compositor da música) e os cantores que faziam parte da banda da cantora inglesa.



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Já o Kasabian lançou uma música lindona chamada “Days are forgotten”, que fará parte do álbum “Velociraptor!”, que chegará às lojas no dia 19 de setembro. Vê aí o que você acha...



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Na seara de relançamentos, good news também. Eu já tinha escrito aqui sobre a versão de luxo dos vinte anos do “Nevermind”, do Nirvana. Nessa semana, foram divulgados os detalhes. E, olha, vem coisa muito boa por aí. A caixa sai no dia 27 de setembro, e será composta por quatro CDs e um DVD (ou BD). Além do álbum original remasterizado, haverá uma penca de lados B de singles, sessões de estúdio e na BBC, ensaios para a turnê do disco, um show ao vivo gravado na noite de Halloween de 1991, em Seattle, e um livro de 90 páginas. O DVD (ou blu-ray) terá esse mesmo show na íntegra e os videoclipes de quatro faixas de “Nevermind”. A relação completa de faixas está aqui. Preparem os bolsos!!

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E já que tem os vinte anos de “Nevermind”, os 20 anos do Pearl Jam também merecem ser comemorados. Saca só o trailer de “Pearl Jam Twenty”, documentário que estreia no festival de cinema de Toronto, em setembro.



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Os Smiths também preparam um lançamento bacana para setembro. Na verdade, mais de um. Trata-se da discografia completa do grupo de Manchester remasterizada por ninguém menos que o guitarrista Johnny Marr. Tudo virá embalado numa caixa intitulada “The Smiths complete – Deluxe collector’s box set”, que trará oito discos lançados pela banda (em CD e em vinil), além de 25 singles de 7 polegadas, DVD com os videoclipes e mais algumas coisinhas como cartões postais, pôsteres etc. A edição será numerada e limitada a apenas três mil cópias. Mais detalhes aqui.

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A edição especial de “The suburbs”, último álbum do Arcade Fire, só sai no dia 02 de agosto. Para quem já comprou a primeira edição do CD e não quer gastar dinheiro novamente (eu!! eu!!), a banda canadense disponibilizou essa nova edição completa, incluindo as duas faixas inéditas, “Speaking in tongues” e “Culture war”, para audição em streaming. Aqui!

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E o Radiohead, hein? Parece que aquele showzinho surpresa em Glastonbury, no mês de junho, animou a banda a realizar uma turnê de divulgação do “The king of limbs”. Note bem: “parece”... À BBC Music, o baterista Phil Selway admitiu que o conjunto pode fazer mais shows. “Sem dúvida, estamos discutindo essa questão. Foi muito entusiasmante [se apresentar em Glastonbury]. Sentimos que havia algo a oferecer, musicalmente. Pareceu-nos uma nova lufada no que fazemos, e gostaríamos de ver aonde isso pode nos levar”, afirmou o músico.

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Fofíssimo o LCD Soundsystem em forma de Lego...



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Né???

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E vocês já viram o trailer do filme do ano??

22 de dez. de 2010

Concurso cultural - Vencedores

Oi pessoal!

Em primeiro lugar, mil desculpas pela ausência. Ainda vou ficar mais alguns dias afastado do blog. Na verdade, estou afastado da vida real. Estou em janeiro de 1985, e o Tancredo Neves acabou de ser eleito... Sério. Só falta eu ler "A insustentável leveza do ser", ver um show do Barão (com o Cazuza, claro) no Circo Voador e curtir o fim da noite no Crepúsculo de Cubatão...

Bom, chega de enrolação. Só apareci por aqui para anunciar os nomes dos vencedores do concurso cultural do último dia 11 (com atraso, eu sei, eu sei, sorry again...):

1 DVD duplo The Big 4 (Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax) – “Live from Sofia, Bulgaria” - Fernando Neumayer

1 Pacote com CD duplo + DVD Paul McCartney – “Band on the run” - Isabelle Lacerda

1 DVD Queen + Paul Rodgers – “Live in Ukraine” - Lucia Holov

1 Pacote com 1 DVD e 1 CD Maria Gadú – “Multishow – Ao Vivo” - Helder Moraes Miranda

1 Pacote com CD duplo e DVD Rolling Stones – “Get yer ya-ya’s out!” - Louisy Rodrigues

Entrarei em contato com os vencedores por e-mail. Na primeira semana de janeiro, envio os prêmios.

E se eu não aparecer por aqui antes do Natal...

11 de dez. de 2010

Alguns presentinhos para vocês...

Bom, pessoal, o Natal está chegando, e o blog vai promover um concurso cultural para dar uns presentinhos para vocês. São cinco prêmios, que estão abaixo. Para participar, basta enviar um e-mail para carneiro.luizfelipem@gmail.com , com a resposta da pergunta. Será um vencedor para cada prêmio. Você pode participar de todos os cinco concursos, mas mande apenas uma resposta para cada um. Caso contrário, será desclassificado. Dou o resultado na terça-feira, dia 21/12, no final da tarde, aqui no blog, e entro em contato com os ganhadores por e-mail. Devo enviar os presentes ainda antes do Natal. Não vou responder a nenhuma pergunta no twitter referente a esses sorteios, ok? Boa sorte.

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1 DVD duplo The Big 4 (Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax) – “Live from Sofia, Bulgaria”

Pergunta: Em sua opinião, qual o melhor álbum do Metallica? Por quê?



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1 Pacote com CD duplo + DVD Paul McCartney – “Band on the run”

Pergunta: Qual música ficou de fora dos shows brasileiros de Paul McCartney, e que você gostaria de ter ouvido? Por quê?



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1 DVD Queen + Paul Rodgers – “Live in Ukraine”

Pergunta: Em sua opinião, qual o melhor vocalista da história do rock? Por quê?



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1 Pacote com 1 DVD e 1 CD Maria Gadú – “Multishow – Ao Vivo”

Pergunta: Qual a sua música preferida da Maria Gadú? Por quê?



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1 Pacote com CD duplo e DVD Rolling Stones – “Get yer ya-ya’s out!”

Pergunta: Mick Jagger ou Keith Richards? Por quê?

21 de nov. de 2010

Resenhando: Rock & Roll Hall of Fame, Legião Urbana, R.E.M., Roupa Nova, Weezer

“The 25th Anniversary – Rock & Roll Hall of Fame Concerts”– Vários Artistas
Assistir a um concerto reunindo nomes como Simon & Garfunkel, U2, Mick Jagger, Bruce Springsteen, Metallica, Aretha Franklin, Jeff Beck, Sting, entre outros, pode parecer um sonho. E deve ser mesmo. Esse concerto (na verdade dois, em dias seguidos) aconteceu no Madison Square Garden, em Nova York, no primeiro semestre desse ano para comemorar os 25 anos de existência do Rock & Roll Hall of Fame. Um amigo meu que assistiu ao segundo show tentou me descrever a sensação de ver o U2 com o Mick Jagger em cima do palco, a cinco metros de distância. Consegui imaginar, mais ou menos, como foi. Mas o DVD (também em blu-ray e CD) que chegou às lojas (lá de fora) no início do mês fez o resto do trabalho. De fato, são quase seis horas de ótima música e de encontros sensacionais. Exemplos? São numerosos, mas vamos lá: Metallica + Ozzy Osbourne (em uma versão absurda de “Iron man” / “Paranoid”), U2 + Mick Jagger, Bruce Springsteen + Billy Joel, Stevie Wonder + B.B. King (“The thrill is gone” ficou arrepiante), Paul Simon + David Crosby, Aretha Franklin + Annie Lennox, Jeff Beck + Buddy Guy (em “Let me love you baby”)... Tá bom? Nesse tipo de show, as apresentações, às vezes, tendem a ficar um pouco burocráticas. Decerto, esse “The 25th Anniversary...” não foge à regra em determinados momentos (Crosby, Stills & Nash, é verdade, chega a cansar um pouco). Mas, em sua maior parte, o DVD chega mesmo a arrepiar. Até mesmo com a Fergie grasnando e estragando “Gimme shelter”, ao lado de Bono e de Mick Jagger.

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“Legião Urbana” – Legião Urbana
O dever do ofício me faz escrever sobre o relançamento da obra completa da Legião Urbana em CD (vendidos avulsos ou em luxuoso box) e em LP com gramatura 180 – adiantei o meu presente de Natal me dando a coleção completa em vinil. Bom, falar o quê da obra da Legião? Como diz aquele famoso jornalista lulista, até o mundo mineral conhece a obra de Renato Russo e companhia. Do seminal “Legião Urbana” (1985), com vários cuspes na cara de vocês, como “Será” e “O reggae”, ao póstumo “Uma outra estação” (1997), o da clássica “Clarisse” (a garota que está trancada no banheiro e quer se suicidar), a obra da banda de Brasília prima pela coerência e pela alta qualidade. Disco ruim da Legião? Desculpe-me, mas não existe. Pode até ter aquele que você considera mais fraco, mas ruim? Não. E não se esqueça que o ruim de hoje pode ser o seu predileto de amanhã. Considerei “V” (1991) durante muito tempo um álbum muito difícil. Ouvia pouco. Bom, ele continua sendo difícil. Até ainda mais, atualmente. Mas, hoje, é o meu mantra. Quando “As quatro estações” (1989) foi lançado, os roqueiros mais radicais não entenderam porque Renato Russo estava cantando “Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo” ou então “Ainda que eu falasse a língua dos anjos”. Hoje, acho que todo mundo entende. Outro aspecto que impressiona quando a gente ouve novamente a obra completa da Legião Urbana é observar a sua atemporalidade. Nossa mãe, tem bandinha por aí que fez música ontem, e hoje já soa datada, tanto na sonoridade quanto na letra. Isso não acontece com nenhuma (eu disse NENHUMA!) música da Legião, posso garantir. Se encontrar alguma, por favor, me avise. Agora, eu vou dar uma dica: se você for muito fã da Legião, tiver um toca-discos e alguma grana sobrando, compre a edição dupla em vinil de “A tempestade”. Renato Russo sempre dizia que “até segunda ordem, todo álbum da Legião é duplo”. Na hora H, ele mudava de ideia para o disco não ficar muito caro. Assim, “A tempestade” é o primeiro vinil duplo (de canções inéditas, ressalte-se, ou seja, o “Música para acampamentos” não vale) da história da Legião Urbana. Demorou, mas Renato Russo deve ter ficado feliz.

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“Live from Austin TX” – R.E.M.
O R.E.M. já anunciou que o seu novo álbum de inéditas, “Collapse into now” sairá em breve. No ano passado, chegou às lojas o fantástico CD duplo “Live at the Olympia in Dublin”, com 39 faixas gravadas durante os ensaios abertos para a gravação do álbum “Accelerate” (2008). Um álbum ao vivo, é verdade, mas que não tinha muita coisa a ver com a turnê, que passou pelo Brasil em três memoráveis apresentações em novembro de 2008. Então, a “Accelerate tour” iria passar em branco, logo por uma banda que sempre faz questão de deixar registrado oficialmente algum show da turnê? Mais ou menos. “Live from Austin TX”, novo DVD da banda Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck, não é exatamente um show da turnê do álbum. A apresentação foi gravada para o programa de televisão “Austin City Limits”, no dia 13 de março de 2008, poucos dias antes de “Accelerate” chegar às lojas. Não se tratava de um ensaio, mas de um especial com 75 minutos de duração. Nesse DVD, as canções do álbum surgem da mesma forma que estão registradas no trabalho de estúdio, além de sucessos que viriam a fazer parte da turnê. Mas, caso você tenha ido a algum show do R.E.M. em 2008, esqueça toda a animação e energia da banda. Esse “Live from Austin TX” é frio como um focinho de cachorro quando acorda no inverno. A preocupação em acertar as músicas novas deixa a apresentação muito sem graça – e isso sem contar com o áudio do DVD, que está baixo demais. Mas é lógico que também não dá pra desprezar o lançamento. Afinal, não é sempre que o R.E.M. junta em um mesmo setlist preciosidades como “Drive”, “So. Central rain” e “Fall on me”. E também não é qualquer banda que pode tocar músicas como “Losing my religion”, “Man on the moon” e “Imitation of life” sem jamais cansar o ouvinte. E tem mais: as músicas do “Accelerate” ficam melhores a cada dia que passa. Duvida? Então ouça “Until the Day is done” e “Man-sized wreath”. Pensando bem “Live from Austin TX” é um grande DVD. Realmente, o R.E.M. não consegue fazer nada mal feito.

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“30 anos – Ao vivo” – Roupa Nova
Ninguém pode dizer que o Roupa Nova só vive do passado, afinal, não tem muito tempo, eles colocaram nas lojas o mediano “Roupa Nova em Londres” (2009). Mas muita gente pode dizer que o Roupa Nova tem vivido muito do passado ultimamente. Veja só: “RoupAcústico” (2004), “RoupAcústico 2” (2006) e, agora, “30 anos – Ao vivo”. Por mais que o Roupa Nova seja uma das instituições da MPB com um enorme número de sucessos, não tem como não soar repetitivo. Os dois primeiros discos citados são acústicos, certo, mas esse terceiro não foge muito do esquema. Embora seja notável a preocupação da banda em fazer arranjos um pouco diferentes, no final das contas, não tem muito para onde correr. Entretanto, quem é que está muito interessado em ficar ouvindo material novo, a não ser os críticos rabugentos? A julgar pela empolgação dos fãs do Roupa Nova nesse novo DVD (que também sai em CD com faixas muito mal selecionadas, diga-se de passagem), a banda carioca está fazendo a coisa certa. Do início, com a linda “Sapato velho” até o final, com “Canção de verão” (o seu primeiro sucesso), o Roupa Nova joga pra galera, literalmente. Não tem uma música que a plateia que lotou o Credicard Hall, em julho, não saiba de cor (e cante aos berros). E tome “Linda demais”, “Volta pra mim”, “A força do amor”, “Dona”, “Coração pirata”, “Seguindo no trem azul”, “Clarear”, “Meu universo é você”, “Whisky a gogo”... No CD e no DVD, o Roupa Nova também recebe convidados especiais como Milton Nascimento (“Nos bailes da vida”), Sandy (“Chuva de prata”), Padre Fábio de Mello (em “A paz”, jura que precisava disso??) e Fresno (“Show de rock ‘n roll”). Stanley Netto e Daniel Musy engrossam o caldo nos metais, e a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos faz bonito, ainda que a sua participação seja reduzida. As letras do Roupa Nova, às vezes, são de gosto bem duvidoso. Mas, musicalmente, vamos combinar, a banda é perfeita.

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“Death to false metal” / “Pinkerton” (Edição especial) – Weezer
O Weezer está fazendo um bom pé-de-meia nesse fim de ano. Depois do lançamento do álbum de inéditas “Hurley”, dois meses atrás, agora é a vez de dois (na verdade três, porque um é duplo) CDs em uma tacada só. Vamos começar pela edição especial do clássico “Pinkerton”, lançado originalmente em 1996. Até hoje, os fãs do Weezer dizem que a banda nunca lançou nada igual. E eles têm razão. Ouvindo “Pinkerton” novamente, 14 anos após, fica nítida a sua qualidade. É aquele tipo de álbum que a gente pode afirma que não envelhece. “Tired of sex”, “Across the sea”, “Pink triangle” e “The good life” continuam deliciosas. Além disso tudo, quem comprar essa edição luxuosa de “Pinkerton” (óbvio que só saiu lá fora), ainda vai ter 25 faixas raras ou inéditas, como lados B de singles, muita gravação ao vivo de faixas do álbum (a versão acústica de “El scorcho” é especialmente divertida), takes alternativos de gravação (“Butterfly”, ainda mais crua, ficou ainda mais bonita), além da absolutamente inédita “Tragic girl”. Partindo para “Death to false metal”, trata-se de uma compilação de gravações inéditas do Weezer, “que não entraram nos sete primeiros álbuns da banda porque estávamos ou estranhos demais, ou pop demais, ou metal demais ou punk demais”, conforme Rivers Cuomo explicou ao Toronto Sun, no mês passado. Apesar de as músicas serem, em sua maioria, antigas, o álbum mais parece um novo trabalho da banda. Com todos os senões que isso acarreta, até mesmo porque, todos sabemos que os últimos álbuns do Weezer estão mais pra lá do que pra cá. Por exemplo, a versão para “Unbreak my heart”, aquela mesmo da Toni Braxton, chega a ser risível – o que a banda quis com essa faixa? “Turning up the radio”, a faixa de abertura, lembra o rock adolescente que o Weezer anda fazendo ultimamente, e “Losing my mind” soa pretensiosamente chata. Mas tudo bem, ainda tem algumas coisas que a gente possa se lembrar do Weezer dos velhos tempos, como “The odd couple” e “Blowin’ my stack”. Mas nada que justifique o lançamento de “Death to false metal”, indicado somente para os mais fanáticos.

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Em seguida, veja o encontro de Mick Jagger com o U2, em “Stuck in a moment you can’t get out of”, presente no DVD “The 25th Anniversary – Rock & Roll Hall of Fame Concerts”: