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12 de out. de 2011

Quando a criança descobriu a música

Eu tentei de todas as formas, mas não encontrei o CD do “Casa de brinquedos” aqui em casa. Queria ouvi-lo hoje, no Dia das Crianças. Mas, ainda bem, descobri que tenho o álbum completo no iPod.
O “Casa de brinquedos” representou o primeiro contato que tive com a música. Há mais ou menos 30 anos, a Rede Globo investia em especiais infantis que fizeram com que toda uma geração crescesse conhecendo Chico Buarque, Toquinho, Vinicius de Moraes, MPB-4, Ney Matogrosso, Elis Regina, Clara Nunes... Ou seja, toda uma geração aprendeu a aprimorar o gosto pela música.
Graças a Deus (e a minha mãe que me dava os LPs e assistia aos programas comigo), cresci com um bom gosto musical, acredito.



(Já devo ter dito por aqui que nunca terei filhos. Mas se tivesse, jamais o colocaria para ouvir Xuxa ou Restart. As pessoas deveriam ter a ciência de que estão formando cidadãos. Depois, quando o pai tiver que acompanhar (e aturar) uma filha histérica e doente em um show do Justin Bieber, não adianta lamentar. Foi ele mesmo quem criou o monstro.)
Mas voltando ao “Casa de brinquedos”, a imagem mais nítida que tenho, aos três ou quatro anos de idade, é a de Chico Buarque cantando “O caderno” em um cenário repleto de cadernos gigantes, e uma menina deitada no chão lendo algo um... caderno!
Já sei. Você vai achar isso tosco demais.
E era mesmo.



E, por conta disso, aprendi que nada, absolutamente nada, pode se sobrepôr à música. Por exemplo, em um concerto, é necessário mais do que uma boa orquestra e um maestro? Precisa de jogo de luzes, palcos mirabolantes e figurinos cafonas?? Pode ter certeza que não. Um exemplo mais recente: os shows que vi do Eric Clapton nessa semana aqui no Rio de Janeiro. Não tinha cenário, não tinha figurino, a luz era sóbria, Eric não ficava fazendo coraçãozinho com as mãos para a plateia... Era só o cara pegar a guitarra e mandar os acordes de “Badge” ou de “Crossroads”. Não precisava de mais nada. E pode perguntar para as 20 mil pessoas que lotaram as duas apresentações, que todas elas vão concordar.
Depois de me deliciar com o programa televisivo (quando conheci Simone, Toquinho, Roupa Nova, Chico, Moraes Moreira, Baby Consuelo, Carlinhos Vergueiro, entre outros), minha mãe me presenteou com o LP.



Aquilo lá não saiu da minha vitrolinha laranja por, pelo menos, uns dois anos. Acho que ninguém (nem o Toquinho) ouviu esse LP mais do que eu. Cada música era uma viagem. Para os compositores Toquinho e Mutinho, uma viagem em cada brinquedo - cada música tinha o nome de um brinquedo, como "A espingarda de rolha", "A bola", "A bicicleta", "O avião", "O robô", "O macaquinho de pilha"... Para mim, foi o início da minha viagem mais deliciosa: a da música.
Ainda posso sentir a capa daquele velho vinil.
Aquela porosidade continha toda a minha vida.



O velho vinil não existe mais.
Mas há uns 16 anos, mais ou menos, me deparei com o CD em uma loja. Comprei na hora. Nem perguntei o preço. Deixaria as minhas calças se necessário fosse.
Quando cheguei em casa e coloquei o CD para tocar, ao ouvir a voz de Dionísio Azevedo declamando o texto de abertura, me dei conta de que não escutava aquele álbum havia, sei lá, uns dez anos. Ou seja, ouvi “Casa de brinquedos” umas 500 vezes entre os meus três e seis anos de idade. Depois, nunca mais.
Esse corte se deu exatamente na época em que descobri o rock. O velho álbum do “Casa de brinquedos” ficou de lado. Quem dava as cartas agora eram o “Dois” (Legião Urbana), o “Selvagem?” (Os Paralamas do Sucesso), o “Cabeça dinossauro” (Titãs), os “Greatest hits” dos Beatles...



Quando comprei o CD e me dei conta disso, logo me lembrei dos versos de “O caderno”:
“Só peço, a você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...”
Mas aí eu tive a certeza que o “Casa de brinquedos” não estava “num canto qualquer”. Ele ainda está em cada disco que ouço hoje (do vinil ao blu-ray), em cada solo de guitarra que me emociona, em cada refrão que gruda na minha cabeça, em cada show que eu tenho a oportunidade de ir.
E em cada linha que eu escrevo.

25 de ago. de 2011

Os 60 de Halford e os 40 de Takai; “Unknown pleasures” ao vivo; Noel elogia (?!?) Coldplay; George Michael volta aos palcos; e “Back to black" campeão



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Em primeiro lugar, peço mil vezes perdão pela ausência nos últimos dias, mas ando sem tempo para nada, por conta do lançamento do livro. Fico satisfeito e agradeço a quem já comprou e leu o livro. O carinho que já estou recebendo de alguns leitores é impressionante. E eu agradeço demais. Hoje o dia começou com Legião Urbana cantando “Soldados” por um motivo nobre e justo. Hoje é o Dia do Soldado, comemorado no aniversário do Duque de Caxias. Fica aqui a minha homenagem a esses bravos heróis.

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E já que falei no livro, espero vocês na Livraria Argumento, no Leblon, no próximo dia 31/08 (quarta-feira), às 19 horas. Quem quiser comparecer, será super bem-vindo...


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E como um assunto vai puxando o outro, hoje é dia de dar os parabéns a Rob Halford, que tocou com o Judas Priest no Rock in Rio de 1991, e solo, em 2001. Eu tive a felicidade de estar presente nos dois dias, e foram dois showzaços. O de 2001, um pouco mais frio. Acho que o Judas fez falta a Halford. Mas o de 91 foi inesquecível. Ficou até difícil para o Guns n’ Roses se apresentar após o Judas Priest e o Megadeth. No dia 11 de setembro, estarei lá no Citibank Hall (Rio de Janeiro) para prestigiá-lo novamente. Hoje, o nosso grande Halford completa 60 anos.



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E sabe quem faz 67 anos hoje? O Elvis Costello, que furou com os fãs brasileiros nesse ano. Meu ingresso já estava até comprado e foi uma enorme decepção. Tomara que ele compense a ausência em breve. O seu show no Free Jazz Festival de 2005, dizem (eu não estava lá), foi muito especial.



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E a nossa queridíssima Fernanda Takai sopra 40 velinhas hoje. Quem não é fã do Pato Fu é mal humorado. Uma das bandas mais inventivas e originais que surgiram nos anos 90, o Pato Fu grava discos acima da média e sempre muito diferentes – vide o último, “Música de brinquedo” (2010), apenas com instrumentos de brinquedo. Aliás, o DVD foi filmado... Quando é que vai ser lançado?



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E, atenção… Você sabe qual novela estreava exatos 25 anos atrás?? A sua mãe deve se lembrar bem...



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Hoje também faz 25 anos (quantas efemérides legais, né??) do lançamento de “Vivendo e não aprendendo”, o grande clássico do Ira!. O álbum tem muitas músicas legais, mas em termos de sucesso, nada pode ser comparado a “Flores em você” (escrita por Edgard e sua namorada Taciana Barros, em homenagem a Julio Barroso), que, com um belo arranjo para um quarteto de cordas, idealizado por Jacques Morelenbaum, acabou sendo eleita a faixa de abertura da novela global “Os outros”, estrelada por Francisco Cuoco, e que passava no horário das oito da noite. Quer saber mais sobre o disco? Clica aqui. Escrevi esse texto faz uns três anos, e acho que ele explica bem o sucesso de “Vivendo e não aprendendo”. Melhor do que ficar repetindo aqui...



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Estou ouvindo repetidamente o “Unknown pleasures”, não o clássico do Joy Division, mas sim uma nova versão ao vivo, com o superbaixista Peter Hook (original do Joy Division) e sua banda. A gravação ao vivo, realizada na Austrália, é cristalina, e os caras mandam muito bem - tanto que já providenciei o vinil. Não superou o original, mas ganhou um peso legal e uma certa revitalizada. É um “Unknown pleasures” meio que atualizado, mas sem perder a força, ou, mais ainda, o halo. Além de todas as faixas do “Unknown pleasures”, esse ao vivo (que pena que não saiu em DVD...) ainda conta com sucessos da banda que não estão presentes nesse disco, como as quatro primeiras (“No love lost”, “Leaders of men”, “Glass” e “Digital”) e as duas últimas (“Transmission” e o clássicos dos clássicos dark “Love will tear us apart”). Mas o bom mesmo é escutar “Unknown pleasures” na íntegra, em sua ordem original. Os primeiros acordes de “Disorder” soam como mágica. Senti-me na Hacienda, a casa do JD, em Manchester. O baixão de “Candidate” faz até revirar o estômago, no bom sentido, claro. “She’s lost control” dispensa qualquer comentário. E “I remember nothing”... Ah, “I remember nothing”... Um tributo a altura desse que é um dos álbuns que melhor traduz a transição do rock entre os anos 70 e os 80.



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DROPS:












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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

George Michael desiste de aposentadoria, e inicia turnê em Praga com homenagem a Amy Winehouse:



O trailer do documentário que Martin Scorsese filmou sobre George Harrison:



A versão dos Vaccines para “Last Friday night”, da Katy Perry:



Já a versão do Wilco para “I love my label”, do Nick Lowe, ficou bem mais bacana…



A nova música do Florence + The Machine, “What the water gave me”:



O novo videoclipe de Marcelo Jeneci, “Felicidade”:



Kanye West apresenta versão de 20 minutos de “Runaway”, em festival na Polônia:


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Olha só a capa do novo álbum do rapper norte-americano Curren$y. Se a família do Cartola tiver mesmo autorizado, a homenagem é bacana...

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Hoje eu li que “Back to Black”, da Amy Winehouse, se tornou o álbum mais vendido desse século. Não chega a ser uma surpresa. Mesmo com a queda da venda de discos, a cantora britânica sempre vendeu muito. A sua morte engatilhou uma corrida imensa às lojas. Basta entrar em qualquer uma aqui no Rio de Janeiro para ver os CDs e DVDs de Amy Winehouse com o maior destaque possível. Eu fico me perguntando se essa marca será batida nesse século. E a resposta, pelo menos para mim, é não. “Back to Black”, antes da morte de Amy, já era um marco. Ouvi muita gente que eu respeito dizer que esse disco é o “Nevermind” dos anos 2000. Acho que não chega a tanto. Mas é impressionante a sua qualidade. A impressão que se tem é que todas as suas músicas são imensos sucessos. Embora tudo isso tenha acontecido em grande parte por conta do modo de vida, digamos, peculiar, de Amy Winehouse, ainda temos que concordar que ela era uma grande artista. Não sei como seria o seu terceiro álbum. Certamente não manteria o mesmo nível do segundo. De repente, corria até mesmo o risco de a cantora desaparecer aos poucos, tendo em vista a sua vida não muito regrada. A sua morte prematura fez com que ela se transformasse em um mito. E a vendagem de “Back to black” é a prova viva disso.

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Agora que você já leu tudo o que escrevi hoje, para terminar, o pior cover de todos os tempos, eleito pelos leitores da Rolling Stone norte-americana:



Desconfio que, pelo menos dessa vez, eles têm razão...

8 de ago. de 2011

The Edge cinquentão; Dustin Hoffman setenta e quatrão; Ben Harper e um dos piores discos do ano; o novo do Kassin; e Queen para ouvir na ilha deserta.



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Para começar mais uma semana, só com música boa mesmo. E hoje eu escolhi “Layla”, do Eric Clapton, que, em outubro, volta ao Brasil para alguns shows. Eu estava dando uma olhada no set list dessa nova turnê e fiquei decepcionado, porque “Layla” aparece naquela versão acústica que ele gravou no “Unplugged MTV”. Ela é bacana, mas nada supera a original. Até mesmo porque aquele coda sensacional no piano ficou de fora da versão acústica.

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Taí, acho que “Layla” tem o coda mais bonito da história do rock. Né??

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Com a missão cumprida da “360º tour”, hoje, The Edge deve estar comemorando tranquilamente o seu aniversário de 50 anos. No último sábado, escrevi aqui no blog sobre o CD e o musical “Spider-Man – Turn off the dark”. Disse que é um musical tipicamente U2, por conta dos riffs de guitarra que são tão característicos a The Edge. O difícil é citar qual a minha música predileta do U2. Mas se eu tiver que citar qual é a participação mais importante do The Edge em uma música do U2, não teria dúvidas em arriscar essa aqui:



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No dia 08 de agosto de 1975, o gigante do jazz Cannonball Adderley passava dessa pra melhor. O saxofonista tocou com os mais importantes músicos de jazz (Milt Jackson, Miles Davis, Sarah Vaughan, Jon Hendricks, Oscar Peterson...) e manteve por vinte anos o seu próprio grupo.



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Abro um parêntese aqui para homenagear o melhor ator do mundo: Dustin Hoffman. Hoje ele faz 74 anos. Volta e meia eu cito aqui no blog o filme “A primeira noite de um homem”, uma das minhas obsessões cinematográficas. (Eu também sou uma flor de obsessão, vocês já devem ter sacado...) Mas hoje, eu vou dar uma variada...



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Plastics”??



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Do cinema para o esporte. E hoje não vou falar de futebol, mas de tênis. Isso porque o tenista Roger Federer completa 30 anos. Bom, na briga Federer x Nadal, eu fico com o espanhol. Mas vamos admitir que o Federer, se não chega a ser um Ivan Lendl (the best), é um puta tenista.



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Quando o Ben Harper se desligou da banda Innocent Criminals para gravar o álbum “White lies for dark times”, ao lado da Relentless7, muita gente torceu o nariz. A sonoridade de Ben Harper estava absolutamente ligada ao de sua antiga banda. Então, ficou aquela pergunta: “O que é que vem?” Veio um excelente disco, que ainda originou uma boa turnê, registrada no combo CD/DVD “Live from the Montreal International Jazz Festival”. De minha parte, comecei a achar o trabalho do Ben Harper com a Relentless7 superior aos discos gravados com a Innocent Criminals. Por isso, estava bem curioso com relação à “Give till it’s gone”, segundo álbum de estúdio que a Relentless7 acompanha o cantor. E eu vou dizer que a decepção não foi pequena não. “Give till it’s gone” é, de longe, o pior disco da carreira de Ben Harper. As músicas são fracas, a sonoridade é anêmica, e o álbum é sem pé nem cabeça. Juro que chega a doer no coração escrever isso. Mas é a verdade. Antes de ouvir o CD, li muitas críticas negativas sobre o álbum, tanto no Brasil, quanto na Inglaterra e nos Estados Unidos. Achei que pudesse ser uma “perseguição” ou algo do tipo. Mas não. “Give till it’s gone” é ruim mesmo. Nem mesmo algumas faixas melhorzinhas, como “Don’t give up on me now” e “Feel love” conseguem salvar alguma coisa. Fica para a próxima, Ben.



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A BBC Radio realizou uma enquete no sentido “qual gravação você levaria para uma ilha deserta”. A campeã foi “The lark ascending”, do compositor classic Ralph Vaughan Williams. Aliás, a música clássica imperou na lista. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, Edward Elgar (“Enigma variations”) e Ludwig van Beethoven (a sua nona sinfonia). Mas você imagina quem chegou na quarta colocação??



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A relação completa da BBC está aqui.

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A quem interessar possa, a Björk liberou mais uma faixa de seu novo álbum. “Virus” estará no álbum “Biophilia”, que chegará às lojas no dia 27 de setembro.



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Quem também liberou novidades na rede foi o compositor Kassin. “Sonhando devagar”, o seu novo álbum, que será lançado no dia 24 de agosto, em show no Centro Cultural Solar Botafogo, no Rio de Janeiro, já pode ser ouvido em streaming aqui. Está descendo muito bem.

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A grande notícia do dia foi o anúncio do lançamento do álbum solo de Brett Anderson, o gênio do Suede. “Black rainbows” (capa acima) sairá no dia 26 de setembro. De acordo com o compositor, o disco é “agitado, barulhento e dinâmico. Guitarras elétricas, baixo, bateria e vocais – sem tocadores de flauta, sem cordas, sem truques, apenas paixão.” O primeiro single, “Brittle heart”, está previsto para ser lançado em 15 de agosto.

27 de nov. de 2010

Top 5: Unplugged MTV

Ontem, o Unplugged MTV, uma das principais franquias musicais da televisão, completou 21 anos. Nesse dia, o Squeeze, certamente, não imaginava estar escrevendo um capítulo importante para a música, ao gravar o primeiro programa da série. Afinal de contas, quem viveu nos tempos pré-internet, sabe muito bem a importância da MTV e de alguns de seus programas mais importantes – como o “Unplugged”, claro.

Depois do Squeeze, mais de uma centena de artistas passou por estúdios entre os Estados Unidos e o Reino Unido para gravar os seus “Acústicos”. Inclusive, diversos artistas da América Latina (como a banda Los Tres e o cantor Charly Garcia) foram aos Estados Unidos para registrar as suas participações na série. Já os brasileiros gravaram os seus por aqui mesmo. E os artistas brasileiros que participaram da série “Acústico MTV” não deixaram por menos. Os Titãs, por exemplo, além de venderem mais de um milhão de cópias do CD, tiveram a carreira ressuscitada. Já os Paralamas do Sucesso investiram em lados B, e gravaram, talvez, o melhor programa da série brasileira. Quando eu trabalhava no SRZD, fiz um apanhado dos melhores momentos dos “Acústicos” brasileiros, aqui.

No top 5 de hoje, vou apresentar os meus “Unpluggeds” (internacionais) prediletos. A seleção, como sempre, foi difícil. E, caso você discorde, já sabe, é só apitar no twitter.

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5) Eric Clapton
Em um top 5 dos “Unpluggeds” não tem como não citar o de Eric Clapton. Gravado em 1992, o especial acabou se transformando em CD e VHS (depois DVD), e foi o que mais vendeu de toda a série, na história. Produzido por Russ Titelman, o álbum faturou seis prêmios Grammy e trouxe Clapton de volta aos holofotes, com o sucesso da regravação de “Tears in heaven”. O álbum acabou ficando marcado por essa música, mas vale relembrar aqui pérolas como “Running on faith”, “Hey hey”, “Malted milk” e a arrasadora versão acústica de “Layla”.



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4) R.E.M.
Quando a MTV comemorou os dez anos de seu primeiro “Unplugged”, quem ela chamou para fazer o programa comemorativo? O R.E.M. Por quê? Porque a banda de Michael Stipe havia gravado um dos programas mais bacanas, logo que lançou o multiplatinado “Out of time” (1991). Nenhum dos dois acústicos do R.E.M. foi lançado oficialmente (um DVD com os dois seria tão legal..), mas é molinho encontrá-los na internet. Difícil mesmo é dizer qual foi o melhor.



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3) Pearl Jam
De todos os “Unpluggeds” que tive a oportunidade de assistir em vídeo, não tenho dúvidas em afirmar que o do Pearl Jam é o mais enérgico. Banquinho e violão para Eddie Vedder? Esqueça. Ele prefere ficar em cima da cadeira. O Pearl Jam gravou o seu programa acústico em 1992, a reboque do álbum “Ten” (de 91) e da explosão do movimento grunge. O programa foi curtinho (tem só umas sete músicas) e foi lançado em 2008, na edição especial de “Ten”.



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2) Tony Bennett
Tony Bennet não chegou a subir na cadeira, mas também arrebentou na gravação de seu “Unplugged MTV”, em 1994. Uma nova geração pôde conhecer coisas como “It had to be you”, “I left my heart in San Francisco”, “A foggy day” e “Body and soul”. E ainda teve as participações especiais de Elvis Costello e de k.d. lang. Coisa muito fina mesmo.



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1) Bob Dylan
Tenho certeza que vocês vão estranhar, mas o meu “Unplugged” predileto ever é o de Bob Dylan. O repertório é irretocável, a banda está afiadíssima e Dylan faz aquela velha brincadeirinha com o seu público de mudar tanto os arranjos de suas canções, a ponto de deixar clássicos como “The times they are a-changing”, “All along the watchtower” e “Like a rolling stone” (todos presentes no CD e no DVD) praticamente irreconhecíveis. Como não deu para incorporar o vídeo ao blog, veja “Knockin’ on heaven’s door” aqui.

25 de nov. de 2010

Guns n' Roses, Elton John+Lady Gaga, Eric Clapton, Jeff Beck, R.E.M.

O R.E.M. anunciou hoje a relação de faixas do álbum "Collapse into now", que será lançado no primeiro trimestre de 2011. O 15º álbum de estúdio da banda foi produzido por Jacknife Lee, responsável pela produção de "Accelerate" (2008). Eddie Vedder (Pearl Jam), Patti Smith e Peaches participam do álbum, que foi gravado nas cidades de Portland, New Orleans, Nashville e Berlin. As faixas de "Collapse into now" são as seguintes: "Discoverer", "All the best", "Uberlin", "Oh my heart", "It happened today", "Every day is yours to win", "Alligator aviator autopilot antimatter", "Walk it back", "Mine smell like honey", "That someone is you", "Me, Marlon Brando, Marlon Brando and I" e "Blue".

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Por falar em grandes guitarristas, ontem vi o show do Jeff Beck aqui no Vivo Rio. Há 12 anos, quando se apresentou no Free Jazz, Beck teve que fazer sessão extra a tarde, por conta da grande procura de ingressos. Ontem, o Vivo Rio estava bem vazio, tipo 30% de sua lotação, provavelmente por conta da guerra no Rio. Uma lástima para um dos guitarristas mais importantes de todos os tempos. Apesar da pouca lotação, Jeff Beck fez um show, no mínimo, sensacional, baseado em seu último álbum, o mediano "Emotion & commotion" (2010). O show intercalou momentos mais tranquilos, especialmente nas faixas desse último álbum, calcado em teclados, como a ária "Nessun dorma", da ópera "Turandot", de Giacommo Puccini, e "Over the rainbow", do filme "O mágico de Oz". Mas Jeff Beck também mostrou algumas velharias, como "You never know" (do "There and back", de 1980), "Led boots" (do "Wired", de 1976), "Big block" (do "Guitar shop", de 1989) e a linda "People get ready", gravada em estúdio com Rod Stewart, e que, no show, ganhou uma versão instrumental sublime (vídeo abaixo). E ainda teve uma inspirada versão de "A day in the life", que deixou mais saudades dos shows do Paul McCartney. Um showzaço. Pena que tenha sido para poucos.



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Guitarristas da Grã-Bretanha elegeram Eric Clapton o melhor guitarrista de todos os tempos. A Allianz Musical Insurance, que organizou a pesquisa, ouviu cerca de mil guitarristas. O top 5 foi o seguinte: 1) Eric Clapton, 2) Jimi Hendrix, 3) Jimmy Page, 4) Jeff Beck e 5) Chuck Berry. Além dos guitarristas, a pesquisa procurou saber quais as guitarras mais emblemáticas de todos os tempos. Clapton faturou mais essa. Olha só: 1) Blackie Stratocaster (Eric Clapton), 2) Double neck Gibson (Jimmy Page), 3) Number one strat (Stevie Ray Vaughan), 4) Les Paul (Les Paul) e 5) Red Special (Brian May). Olha só Mr. Clapton com a sua blackie...



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"Ela é como a filha bastarda do Elton John, sim. Se tivesse uma filha, seria a GaGa. Ela é fantástica. Tem influências de muita gente." (Elton John sobre Lady GaGa)

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Para quem ainda tem esperança em ver uma reunião de Axl Rose e Slash, um balde de água fria. O líder do Guns n' Roses etá processando a Activision, produtora do Guitar Hero, em 20 milhões de dólares. O motivo é singelo. Axl ficou indignado com a aparição de Slash no Guitar Hero III. O cantor diz que havia feito um acordo com a Activision no sentido de que não haveria no game nenhuma referência a Slash e nem ao Velvet Revolver. Nos autos do processo, Axl Rose alega que só autorizou a inclusão de "Welcome to the jungle" no GH III, se fosse cumprida a tal condição. Será que ele leva a grana?

17 de out. de 2010

Resenhando: Eric Clapton, Skank, Phil Collins, Paralamas do Sucesso, Jane’s Addiction

“Clapton”– Eric Clapton
De uns quinze anos para cá, a discografia de Eric Clapton transita entre trabalhos extremamente sofisticados (“Me and Mr. Johnson”, de 2004, e “Live from Madison Square Garden”, gravado em parceria com Steve Winwood, em 2009) e outros de gosto bem duvidoso (“Pilgrim”, de 1998, e, especialmente, “Back home”, de 2005). Era difícil encontrar um meio termo. Mas, finalmente, o seu novo álbum, “Clapton” (que conta com participações especiais de J.J. Cale e Sheryl Crow), coloca as coisas em cima dos trilhos. Há muito não se via um álbum tão coeso e com Clapton destilando tanta serenidade – a foto da capa já dá uma prova disso. O repertório também é digno de nota. Transitando entre clássicos, como “How deep is the ocean”, de Irving Berlin, e novidades, caso de “Run back to your side”, de autoria do próprio Clapton (ao lado de Doyle Bramhall II, que toca guitarra em algumas faixas do álbum), esse novo disco apresenta um Eric Clapton dos velhos tempos. Passando por coisas lentas, como a jazzy “Rocking chair” (de Hoagy Carmichael), cheia de slide guitar, e a estupenda versão de “Autumn leaves” (de Joseph Kosma, John Mercer e Andre Prevert) a algo mais encorpado (casos da bluegrass “Travelin’ alone”, de Melvin Jackson, e da própria “Run back to your side”, que lembra muito o guitarrista dos anos 70), “Clapton” apresenta talvez a melhor seleção de faixas do músico britânico desde “From the creadle”, lançado 16 anos atrás. E isso não é pouca coisa.

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“Multishow ao vivo – Skank no Mineirão” – Skank
Imagina um show de duas horas e meia de duração de sucessos, de uma banda cheia de hits, no maior estádio de futebol (lotado) de sua cidade natal. Tem erro? Pelo menos para os fãs, é claro que não. E a proposta de “Multishow ao vivo – Skank no Mineirão” é exatamente essa: um apanhado na carreira de uma das bandas mais populares do Brasil. E bota popular nisso. Dos barzinhos de Belo Horizonte para o grandioso Mineirão, passaram-se 19 anos, 8 álbuns de estúdio e algumas dezenas de sucessos. E o roteiro da apresentação dá uma boa amostra da grandiosidade de uma banda que sempre manteve um nível de qualidade muito acima da média. Todos os álbuns do Skank são lembrados nesse “Multishow ao vivo”. Do seminal “Skank” (1993), Samuel Rosa e companhia pescaram “Tanto”. Da fase mais popular (dos discos “Calango”, de 94, e “O samba poconé”, do ano seguinte), estão presentes “Jackie Tequila”, “Tão seu”, “Garota nacional”, “É uma partida de futebol”, entre outras. De “Siderado”, o hino dos biriteiros, “Saideira”. E a partir de “Maquinarama” (2000), quando a banda ficou mais adulta, algumas pérolas como “Três lados”, “Acima do sol”, “Amores imperfeitos” (faixa de “Cosmotron”, de 2003, o melhor álbum brasileiro dos anos 00) e “Sutilmente”, do último trabalho de estúdio da banda, “Estandarte” (2008). Além do DVD com o show completo (destaque para a sempre competente direção de Oscar Rodrigues Alves), foi lançado também o CD duplo, com todas as músicas executadas no Mineirão e a inédita “Fotos na estante” – há outras duas inéditas no DVD, “Presença” e “Vamos fugir”. Pena que a ordem das faixas do CD (diferente da ordem do show original, como está no DVD) quebre um pouco a sequência e o clima da apresentação. Vale mencionar também a beleza da capa, com uma imagem do Mineirão clicada por Paulo Albuquerque, no dia da inauguração do estádio, a 05 de setembro de 1965.

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“Going back” – Phil Collins
Quando Phil Collins anunciou que iria lançar um álbum de versões de sucessos da gravadora Motown, não levei muita fé. E, após a primeira audição, continuei não levando muita fé. Mas tive uma certeza: é bem melhor do que eu esperava. Se os álbuns solo de Collins são repletos daquelas baladas açucaradas e sem graça, esse “Going back” foge um pouco do lugar comum. E o mais engraçado: foge do lugar comum pelo fato de Phil Collins não ter arriscado. Ou seja, não espere nada de muito diferente das versões originais. Até mesmo porque o (ex-?)Genesis nunca disse que a sua proposta era soar diferente. Desde o início das gravações, ele afirmou que o álbum era um grande tributo com versões próximas das originais. Não à toa, ele convocou como banda de apoio o Funk Brothers, que participou de muitas das sessões originais da Motown. E “Going back” soa muito bem nas músicas mais agitadas, porque nesses casos é possível ouvir um Phil Collins diferente. Pegue, por exemplo, a deliciosa “(Love is like a) Heatwave”, que ficou bem próxima (e tão gostosa) quanto a versão original de Martha Reeves & The Vandellas. Ou então a famosa “Uptight (Everything’s alright)”, que certamente deve ter deixado Stevie Wonder satisfeito. O único problema é quando o velho Phil Collins dá as caras nas lentinhas “Some of your lovin’” (de Gerry Goffin e Carole King) ou então em “Never dreamed you’d leave in summer”, de Stevie Wonder. Mas tudo bem. Não comprometem.

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“Arquivo 3” – Os Paralamas do Sucesso
De dez em dez anos, desde 1990, os Paralamas do Sucesso dão uma geral em sua carreira com uma coletânea intitulada “Arquivo”. Agora, nada mais natural que “Arquivo 3” veja a luz do dia. Em cada um dos dois primeiros volumes (lançados em 1990 e em 2000, respectivamente), os Paralamas lançaram uma música inédita. O primeiro teve “Caleidoscópio”, e o segundo, “Aonde quer que eu vá”. Duas das melhores músicas dos Paralamas do Sucesso, diga-se. “Arquivo 3”, infelizmente, não traz nenhuma inédita. Mas faz uma boa varredura na carreira do trio, após o acidente de ultraleve que quase vitimou o vocalista e guitarrista Herbert Vianna. Nos últimos dez anos, os Paralamas lançaram três bons álbuns de estúdio (“Longo caminho”, de 2002, “Hoje”, de 2005, e “Brasil afora”, de 2009), todos eles representados nessa coletânea por faixas como “O calibre”, “Cuide bem do seu amor”, “De perto”, “Na pista” e “A lhe esperar”. Fechando o pacote, duas faixas gravadas ao vivo em show no finado Olympia de São Paulo (“Soldado da paz” e “Que país é este”, da Legião Urbana) e um medley que une “Selvagem” a “Polícia”, gravado no encontro ao vivo dos Paralamas com os Titãs, em show na Marina da Glória, em 2008. Que o caminho dos Paralamas do Sucesso, a maior banda de rock em atividade no país, ainda seja muito mais longo, com os “Arquivos” 4, 5, 6, 7...

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“Live voodoo” – Jane’s Addiction
Uma das bandas mais bacanas surgidas no final dos anos 80 – e enquanto não decide se vai lançar algo inédito –, o Jane’s Addiction dá um refresco para os fãs com o lançamento do DVD e Blu-ray “Vodoo live”, gravado no festival Voodoo Experience, em Nova Orleans, na noite de Halloween do ano passado. Em um setlist sem novidades, a banda se limita a apresentar os sucessos de seus dois últimos álbuns de estúdio (“Ritual de lo habitual”, de 1990, e “Strays”, de 2003). Infelizmente “Nothing’s shocking”, o trabalho de estreia, de 1988, ficou de fora. E tome pedradas como “Ocean size”, “Stop!”, “Jane says”, “Whores”, e, claro “Been caught stealing”, uma das músicas mais executadas na MTV quando a emissora se instalou no Brasil, em 1990. Ah, e vale frisar que “Live voodoo” traz a formação clássica do Jane’s Addiction, com Perry Farrell (vocal), Stephen Perkins (bateria), Eric Avery (baixo) e Dave Navarro (guitarra). Coisa que dificilmente se repetirá. Pois é, taí uma banda que faz (muita) falta.

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Ouça abaixo a magnífica versão de “Autumn leaves”, por Eric Clapton:

7 de out. de 2010

Thom Yorke, Pitty, Eric Clapton, R.E.M., Spartacus, The National, Metallica, Weezer, Regina Spektor, Gorillaz, Kurt Cobain x MTV

Kurt Cobain escreveu essa carta para a MTV há quase 20 anos. Mais profético impossível...

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Já viram que bacana o (storyboard do) novo videoclipe do Gorillaz, "Rhinestone eyes"??



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Prestes a desembarcar no Brasil para se apresentar no SWU, Regina Spektor anunciou os detalhes de seu próximo álbum. "Live in London" foi gravado durante uma apresentação de Spektor no Hammersmith Apollo, em dezembro de 2009. O CD/DVD chega às lojas no dia 22 de novembro. O CD conta com três músicas que a cantora nunca gravou em estúdio: "Silly eye-color generalizations", "Bobbing for apples" e "Love you're a whore". As outras faixas são: "On the radio", "Eet", "Folding chair", "Sailor song", "Blue lips", "Après moi", "Dance anthem of the 80's", "Wallet", "Ode to divorce", "That time", "The calculation", "Machine", "Laughing with", "Man of a thousand faces", "Hotel song", "Us", "Fidelity", "Samson" e "The call".

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Ontem eu falei aqui de um sujeito que elaborou uma petição visando arrecadar 10 milhões de dólares para que o Weezer encerrasse as suas atividades. Via Twitter, o baterista e guitarrista Patrick Wilson topou. Mas disse que o valor terá que aumentar para 20 milhões de dólares. Quero ver se esse valor for alcançado...

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O Metallica está com mais um CD ao vivo no forno. "Live at Grimey's" foi gravado em uma loja de discos em Nashville, e estará à venda somente no site oficial da banda. O disco, que sai no mês que vem, foi gravado em junho de 2008, na frente de uma pequena plateia de fãs e amigos da banda, e conta com nove músicas: "No remorse", " Fuel", "Harvester of sorrow", "Welcome home (Sanitarium)", "For whom the bell tolls", "Master of puppets", "Sad but true", "Motorbreath" e "Seek and destroy".

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A banda The National fez algo bem inusitado durante um show em Nashville no fim de semana passado: uma versão acústica, sem amplificação alguma, de "Vanderlyle crybaby geeks", faixa de seu último álbum "High violet" (2010). Olha só como ficou bonito:



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Um dos filmes mais amados de todos os tempos completa 50 anos hoje. Estou falando de "Spartacus", dirigido por Stanley Kubrick, e estrelado por Kirk Douglas, Laurence Olivier, Peter Ustinov, Jean Simmons e Tony Curtis. Épico, o filme conta a história do escravo que sonha com o fim da escravidão no Império Romano. O filme, com as suas três horas e tanto de duração, faturou quantro estatuetas do Oscar, incluindo melhor ator coadjuvante, para Peter Ustinov.



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Se você perguntar a qualquer moleque que goste de rock, e tenha na faixa dos 30, 30 e poucos anos, qual o álbum da sua adolescência, a resposta será "Nevermind", do Nirvana. Como sou do contra, fico com "Automatic for the people", para mim, o grande álbum de rock da década de 90. Em 1991/92, o R.E.M. estourou com "Losing my religion", que fazia parte do álbum "Out of time" (1991). Depois dele, a responsabilidade ficou maior. Como ser popular e manter a mesma integridade artística de sempre? "Automatic for the people" foi a resposta. Perfeito do início ao fim, o disco traz pérolas pop como "Man on the moon" e "Sidewinder sleeps tonite" ao lado de coisas belíssimas (mas de digestão não tão fácil) como "Sweetness follows", "Nightswimming" e "Find the river". E ainda tinha uma música que ficava no meio do caminho e que se transformou num dos hinos da banda de Michael Stipe: "Everybody hurts". Em suma, o "meu Nevermind" atende pelo nome de "Automatic for the people".



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Nesse segundo semestre, o Brasil vai receber shows de Paul McCartney, Smashing Pumpkins, Pavement, Queens Of The Stone Age, Dave Matthews Band, Rush, Scissor Sisters, Jeff Beck, só para citar alguns. Mas 20 anos atrás, as coisas não eram tão fáceis assim. Se você visse um show desse nível por ano, aqui no Brasil, já estava de bom tamanho. E foi no dia 07 de outubro de 1990 que Eric Clapton colocou a Praça da Apoteose para tremer. Não estive no show, mas é comum ouvir dizer coisas do tipo "foi o melhor show da minha vida". Achei o setlist da apresentação na internet. Não sei se está certo, mas, ao que tudo indica, foi esse aqui: "Pretending", "No Alibis", "Running On Faith", "I Shot the Sheriff", "White Room", "Can't Find My Way Home", "Bad Love", "Before You Accuse Me", "Old Love", "Badge", "Wonderful Tonight", "Cocaine", "Layla", "Crossroads" e "Sunshine Of Your Love". Deve ter sido bom, né?



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O rock brasileiro está morrendo. E não sou só eu que acho isso. Já andei até lendo que deveriam matar o rock brasileiro para ele nascer de novo. Concordo. Triste ver a molecada crescendo berrando as músicas dessas bandinhas mais novas. Ainda bem que pude crescer berrando as músicas da Legião Urbana, do Barão Vermelho, dos Titãs e dos Paralamas do Sucesso. Eu digo isso porque, na minha opinião, a última coisa bacana que aconteceu no rock brasileiro foi o surgimento da cantora Pitty, com o álbum "Admirável chip novo", de 2003. Cheia de atitude, a baianinha faz um rock porreta, e o seu último disco, "Chiaroscope" (2009) é bem bacana. Vida longa para a Pitty, que hoje faz 33 anos.



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Bom dia, pessoal! Como vão as coisas, hein? Fim de semana quase chegando, sol brilhando, temperatura amena... Tudo de bom, né? E tudo de bom também para Thom Yorke, compositor e vocalista do Radiohead, que hoje completa 42 anos. Ah, o que eu vou falar do Radiohead? Que é uma das bandas mais originais dos últimos tempos? Que os seus álbuns são animais? Que o show que passou aqui pelo Brasil no ano passado foi um dos melhores que já vi? Isso todo mundo já sabe, né? Então, eu vou dizer aqui qual é a minha música predileta do Radiohead...

26 de ago. de 2010

Seal, Dori Caymmi, Branford Marsalis, The Cure, Macaulay, QOTSA, Robbie Williams, Eric Clapton, U2, Bruce Springsteen, Linkin Park

Estreou hoje o videoclipe de "The Catalyst", nova música do Linkin Park, que já saiu como single no início desse mês, e estará presente no álbum "A thousand suns", que chega às lojas no dia 14 de setembro. Achei o vídeo (dirigido por Joseph Hahn) mais legal do que a música.



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Ontem mesmo, escrevendo aqui sobre os 35 anos de "Born to run", disse que o meu álbum predileto do Bruce Springsteen era "Darkness on the edge of town". Pois bem, foi confirmado hoje que o box "The promise: The darkness on the edge of town story" (capa acima) sai no dia 16 de novembro. O pacote terá três CDs e mais três DVDs, com o álbum original remasterizado, mais 21 faixas inéditas, um documentário sobre a gravação do álbum dirigido por Thom Zimny, e um show inédito, filmado na época do lançamento do álbum, em Houston. Uma edição econômica, com dois CDs somente com as 21 faixas inéditas das sessões de gravação também será disponibilizada. A relação de faixas é a seguinte:

CD 1: REMASTERED ‘DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN’
1. Badlands
2. Adam Raised a Cain
3. Something In The Night
4. Candy’s Room
5. Racing In The Street
6. The Promised Land
7. Factory
8. Streets Of Fire
9. Prove It All Night
10. Darkness On The Edge Of Town

CD 2: THE PROMISE (DISC 1)
1. Racing In The Street (‘78)
2. Gotta Get That Feeling
3. Outside Looking In
4. Someday (We’ll Be Together)
5. One Way Street
6. Because The Night
7. Wrong Side Of The Street
8. The Brokenhearted
9. Rendezvous
10. Candy’s Boy

CD 3: THE PROMISE (DISC 2)
1. Save My Love
2. Ain’t Good Enough For You
3. Fire
4. Spanish Eyes
5. It’s A Shame
6. Come On (Let’s Go Tonight)
7. Talk To Me
8. The Little Things (My Baby Does)
9. Breakaway
10. The Promise
11. City Of Night

DVD 1: “THE PROMISE: THE MAKING OF ‘DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN’”

DVD 2: DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN (PARAMOUNT THEATER, ASBURY PARK, NJ, 2009) 1. Badlands 2. Adam Raised A Cain 3. Something In The Night 4. Candy’s Room 5. Racing In The Street 6. The Promised Land 7. Factory 8. Streets Of Fire 9. Prove It All Night 10. Darkness On The Edge Of Town

THRILL HILL VAULT (1976-1978)
1. Save My Love (Holmdel, NJ 76)
2. Candy’s Boy (Holmdel, NJ 76)
3. Something In The Night (Red Bank, NJ 76) 4. Don’t Look Back (NYC 78) 5. Ain’t Good Enough For You (NYC 78) 6. The Promise (NYC 78) 7. Candy’s Room Demo (NYC 78) 8. Badlands (Phoenix 78) 9. The Promised Land (Phoenix 78) 10. Prove It All Night (Phoenix 78) 11. Born To Run (Phoenix 78) 12. Rosalita (Come Out Tonight) (Phoenix 78)

DVD 3: HOUSTON ‘78 BOOTLEG: HOUSE CUT
1. Badlands
2. Streets Of Fire
3. It’s Hard To Be A Saint In The City
4. Darkness On The Edge Of Town
5. Spirit In The Night
6. Independence Day
7. The Promised Land
8. Prove It All Night
9. Racing In The Street
10. Thunder Road
11. Jungleland
12. The Ties That Bind
13. Santa Claus Is Coming To Town
14. The Fever
15. Fire
16. Candy’s Room
17. Because The Night
18. Point Blank
19. She’s The One
20. Backstreets
21. Rosalita (Come Out Tonight)
22. Born To Run
23. Detroit Medley
24. Tenth Avenue Freeze-Out
25. You Can’t Sit Down
26. Quarter To Three

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Só quero ver o que o Bono vai falar disso.

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Uma entrevista com Eric Clapton sobre o seu novo álbum. No site da Mojo. Em inglês.

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Robbie Williams disponibilizou hoje o videoclipe de seu novo single. "Shame" fará parte da coletânea "In and out of consciousness: The greatest hits 1990 - 2010", que Williams vai lançar no dia 11 de outubro. A gravação conta com a participação especial de Gary Barlow, do Take That. A música eu achei fraca (está mais para Take That do que para Robbie Williams), mas o clipe, que parodia o filme "O segredo de Brokeback Mountain", é bem legal.



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Todo mundo já sabia, mas os organizadores do SWU estavam fazendo doce, sabe-se lá o porquê. Foi oficialmente divulgado que o Queens Of The Stone Age vai tocar na noite de encerramento do evento, no dia 11 de outubro, ao lado de Linkin Park, Cavalera Conspiracy e Pixies.

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Para fechar os aniversários de hoje, vamos partir para o cinema. Aliás, o nosso homenageado até que chegou a participar de um videoclipe do Michael Jackson também. Acredite se quiser, mas Macaulay Culkin, o pirralhinho lá do "Esqueceram de mim", faz 30 anos hoje. O moleque, quando surgiu, prometia. Mas acabou se envolvendo em algumas besteiras por aí, e eu nem sei o que esse doido anda fazendo hoje em dia. Mas que o "Esqueceram de mim" era divertido, ah, isso era...



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Eu já disse abaixo que estou ficando velho. Eu me lembro do dia em que fui ver "Batman Forever", quando ele estreou nos cinemas, em 1995. E pior: eu me lembro do dia em que comprei "The head on the door", álbum que o The Cure lançou em 1985. Aliás, para ser mais exato, no dia 26 de agosto de 1985. Comprei poucos dias após o lançamento, em alguma Gabriela da vida. Ouvi até gastar. E tive que comprar o CD. Em 2006, saiu uma versão dupla fantástica, com o álbum original remasterizado e mais um bando de demos e versões ao vivo. A relação original de faixas de "The head on the door" é a seguinte: "Inbetween days", "Kyoto song", "The blood", "Six different ways", "Push", "The baby screams", "Close to me", "A night like this", "Screw" e "Sinking". Difícil dizer qual é a minha predileta. Acho que fico com "Kyoto song". Mas a que fez mais sucesso foi essa aqui...



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Eu adoro quando escrevo sobre jazz aqui. E hoje tenho um ótimo motivo para fazê-lo. O saxofonista Branford Marsalis, irmão de Wynton Marsalis, faz 50 anos. Nascido na Louisiana, já lançou 25 álbuns, dentre os quais eu destaco "Random Abstract" (1988), "Contemporary Jazz" (que ganhou um Grammy em 2000) e "A Love Supreme Live", pacote de CD/DVD que saiu em 2004, e traz Branford e seu quarteto interpretando a obra maior de John Coltrane com precisão cirúrgica. Olha um aperitivo...



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Pelo jeito, um assunto vai puxar o outro hoje mesmo... E, ao que tudo indica, esse mar lindo de hoje (da foto abaixo) é em homenagem a alguém. E eu já descobri quem é esse alguém: Dori Caymmi, filho de Dorival, o que melhor conseguiu traduzir o mar em poesia e música (apesar de nunca ter aprendido a nadar). Dori faz 67 anos hoje em grande forma, com o lançamento de mais um excelente álbum, "Mundo de dentro", poucos meses atrás. Mas como hoje tudo diz respeito ao mar, acho que essa música abaixo seria mais apropriada...



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Faz muito tempo que não via o mar tão bonito... Será que um mergulho ia me fazer bem??

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Ah, por que o vídeo abaixo, hein? Olha só que loucura... Já disse que tô todo ferrado aqui de gripe, febre, hoje acordei sem voz, parará parará... Não sei porque, mas o remédio que estou tomando me faz sonhar a noite toda. E tive dois sonhos bem loucos essa noite. Um era que eu estava em um show do Cazuza. Dessa vez, ele não estava com o Lobão. Era Cazuza sozinho no palco do Canecão. Ele cantou uma música que eu nunca tinha ouvido antes. Acordei para anotar os versos, mas estava muito chapado de paracetamol. O outro sonho era que o Batman estava invadindo a minha casa. Bom, até aí, nada demais. Mas, quando eu acordei, me deu vontade de ouvir "Kiss from a rose", que o Seal fez para o "Batman Forever". E o que mais me chamou a atenção foi que, exatamente no dia 26 de agosto de 1995, essa música chegava ao primeiro posto da parada de singles da Billboard. E parece que foi ontem que fui ver esse filme no cinema. Estou ficando velho...

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18 de ago. de 2010

Balzac, O Terço, Mika, Osmar Prado, Hendrix, Blondie, U2, KoL, Arcade Fire, Milton, Clapton, Motörhead, Flying Lotus, A-HA, Of Montreal, The National

"Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la."
(Honoré de Balzac - 20/05/1799 / 18/08/1850)

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Lindíssima essa nova música do The National - oh, que novidade... "You were a kindness" é um outtake do último álbum da banda, "High violet" (2010). Veja o que você acha...



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E quem lançou novo videoclipe hoje foi o Of Montreal. Gostei dessa "Coquet Coquette"...



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A Warner lança no Brasil até o fim de agosto a coletânea "25" (capa acima), com os sucessos acumulados pelo grupo norueguês A-HA. São 38 faixas, que vão de "Take on me" a "Shadowside", passando pela inédita "Butterfly, butterfly (The last hurrah) e sucessos como "Manhatan skyline", "The living daylights", "Crying in the rain" e "Summer moved on".

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O Flying Lotus lançou não tem muito tempo o álbum "Cosmogramma" (2010), e já prepara para colocar nas lojas o EP "Pattern+grid world" (capa acima), com sete faixas. O álbum, que será lançado no dia 21 de setembro, tem as seguintes faixas: "Clay", "Kill your co-workers", "PieFace", "Time vampires", "Jurassic notion / M theory", "Camera day" e "Physics for everyone".



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A banda The Orb anunciou que lançará um novo álbum com a participação especialíssima de David Gilmour. O disco, "Metallic Spheres', chegará às lojas britânicas no dia 04 de outubro em CD e em vinil.

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"Quanto menos ideias se tem, mais longe se vai."
(Honoré de Balzac - 20/05/1799 / 18/08/1850)

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O Motörhead também prepara um lançamento para o mês que vem. "Attack in Switzerland: Live in concert" traz um show da banda gravado em 2002, na Suíça. As faixas são as seguintes: "No class", "Bomber", "Civil war", "Damage case", "Love for sale", "God save the queen", "Brave new world", "Metropolis", "Nothing up sleeve", "Dr Rock", "Ramones", "Shoot you in the back" e "Sacrifice".

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Sai no dia 27 de setembro o novo álbum de Eric Clapton, batizado "Clapton" (capa acima). No novo trabalho, o guitarrista britânico apresentará inéditas, além de covers, como "Diamonds made from rain" (Sheryl Crow) e "How deep is the ocean" (Irving Berlin). Segundo Clapton, este é o primeiro volume de um projeto que, inicialmente, seria um álbum duplo. Eis o repertório do álbum: "Travelin' alone", "Rocking chair", "River runs deep", "Judgment day", "How deep is the ocean", "My very good friend The Milkman", "Can't hold out much longer", "That's no way to get along", "Everything will be alright", "Diamonds made from rain", "When somebody thinks you're wonderful", "Hard times blues", "Run back to your side" e "Autumn leaves".

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O blog do Mauro Ferreira divulgou a capa (acima) do novo álbum de Milton Nascimento, que sai em setembro. O disco vai se chamar "...E a gente sonhando", na verdade, nome de uma música composta por Bituca em 1965.

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O jornal espanhol El Mundo divulgou, com exclusividade, o novo videoclipe do Arcade Fire, "Ready to start". Quer ver? Aqui.

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O Kings Of Leon recusou que as suas músicas fossem exibidas no "Glee". Devo admitir que a banda subiu no meu conceito.

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A turnê só acaba em julho do ano que vem, por conta dos problemas que Bono teve em sua coluna, mas o U2 já pensa em um álbum de inéditas. E o vocalista já até imagina como ele será: "terá uma sonoridade para clubes noturnos", disse à Rolling Stone. Ele ainda revelou que um álbum de rock está nos planos, assim como o já especulado "Songs of ascent", com sobras de "No line in the horizon". Tomara que a coluna deixe.

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O Blondie anunciou que vai lançar um álbum de inéditas, e sair em turnê (junto com o Pretenders) no ano que vem. "Panic of girls" (capa acima) será o primeiro trabalho de inéditas da banda liderada por Debbie Harry em sete anos. O baterista Clem Burke disse ao Hollywood Reporter que o Blondie já gravou 35 músicas no ano passado. Dessas, 14 formarão o repertório do novo álbum, que ainda não tem previsão de data de lançamento. E para quem quiser matar saudades...



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Há 41 anos...



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"Para o jornalista, tudo o que é provável é verdadeiro."
(Honoré de Balzac - 20/05/1799 / 18/08/1850)

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Vamos partir para a televisão para lembrar que, hoje, o grande-magnífico-sensacional ator Osmar Prado completa 63 anos. Eu nem sou tão velho assim, mas posso citar, de cabeça, alguns papéis antológicos desse ator: Tabaco ("Roda de fogo"), Sérgio Cabeleira ("Pedra sobre pedra"), Tião Galinha ("Renascer"), Tomás de Alencar ("Os Maias"), Lobato ("O clone") etc. Osmar Prado pode até não fazer o papel principal em uma novela, mas ele sempre rouba a cena.



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Tem alguns discos que me marcam tanto, que eu sou capaz de lembrar do exato momento em que o escutei pela primeira vez. Um desses álbuns foi "Life in cartoon motion" (2007), do Mika. Estava em um trânsito desgraçado a caminho do Centro, mas nem senti. Foi amor à primeira vista. Fiquei viciado naquelas melodias pop que grudaram no meu ouvido. Por isso que quero lembrar aqui o aniversário desse artista libanês, que, hoje, completa 27 anos. E no dia 20 de novembro, todo mundo no Planeta Terra, hein...



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O blog do Paulo Marchetti me lembra que hoje, dia 18 de agosto de 2010, faz 35 anos que a banda de rock progressivo O Terço lançou o seu álbum mais importante, "Criaturas da noite". Na época da gravação, a superbanda era formada por Sérgio Hinds (guitarra, viola e vocal), Luiz Moreno (bateria e percussão), Sérgio Magrão (baixo e vocal) e Flávio Venturini (piano, teclados, viola e vocal). As oito faixas de "Criaturas da noite" são as seguintes: "Hey amigo", "Queimada", "Pano de fundo", "Ponto final", "Volte na próxima semana", "Criaturas da noite", "Jogo das Pedras" e "1974". Obrigatório para o entendimento do rock no Brasil.



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"A crítica hoje só serve para uma única coisa: fazer viver o crítico."
(Honoré de Balzac - 20/05/1799 / 18/08/1850)