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15 de ago. de 2011

42 anos de Woodstock; relembrando Joel Silveira; Djavan ao vivo em DVD; AC/DC ao vivo na sua adega; Amy vende que nem água; a reencarnação do Freddie.




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Para começar a semana, um clássico. “Minha vida era um palco iluminado / Eu vivia vestido de dourado / Palhaço das perdidas ilusões...” Uma das letras mais bonitas da Música Popular Brasileira, e que foi composta por Orestes Barbosa e Silvio Caldas. Hoje faz 45 anos que Orestes Barbosa pisou no chão de estrelas.

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No dia 15 de agosto de 1969, o festival de Woodstock teve início na fazenda de Max Yasgur, em Bethel, Nova York. Em 2009, quando o evento completou 40 anos, elaborei um top 10, que você pode ler aqui. Listei os momentos mais emblemáticos do festival, que juntou 500 mil pessoas em três dias de paz e música. Mas se eu tivesse que dizer na lata, qual é o grande momento do Woodstock, não teria dúvidas:



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Outro grande show em Nova York também faz aniversário hoje. Há 20 anos, Paul Simon subiu no palco do Central Park para apresentar as músicas de seu álbum mais recente, “The rhythm of the saints” (1990), além daqueles velhos sucessos que todos nós (especialmente os habitantes de Nova York) amamos. O evento foi tão importante que eu me lembro, claramente, do Jornal Nacional dando a notícia. Cerca de 600 mil pessoas prestigiaram o show. O Olodum participou abrindo o concerto com a música “The obvious child”. Poucos meses depois dessa apresentação, eu comprei o vinil duplo, e posso assegurar que foi um dos discos que mais ouvi na minha infância.



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Há 15 anos, o Pato Fu colocava nas lojas o seu terceiro álbum, “Tem mas acabou”. Considero esse disco o trabalho mais importante do Pato Fu. Não foi o que fez mais sucesso, mas acho que ele formatou a sonoridade da banda tal qual a conhecemos hoje. Eu me lembro que no show do Rock in Rio de 2001, a banda mineira começou o show com uma música do álbum: “Capetão 66.6 FM”. Achei estranho esse início. Quando conversei com a Fernanda Takai para o livro do Rock in Rio, ela me explicou a forma de construção do set list da apresentação. Obviamente eles tinham que apelar para as músicas mais roqueiras de seu repertório. E o começo foi exatamente com uma música que abusa de todos os clichês do rock, como solos de guitarra e vozes distorcidas. O público gostou.



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Ah, e já que falei do livro, é hora do meu merchan... Comprem antes que acabe... Imagina a vendedora falar para você: “Tem mas acabou...”?!?

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Hoje também quero falar de uma de minhas maiores inspirações: o grande jornalista Joel Silveira, que morreu no dia 15 de agosto de 2007. Joel foi o precursor do chamado “jornalismo literário” (nome horroroso, não??) no Brasil. É curioso que quando o assunto do “jornalismo literário” vem à tona, só se fala de Truman Capote, Gay Talese, Tom Wolfe... Muita gente se esquece de Joel Silveira, que já fazia esse tal “jornalismo literário” antes desses aí. A essas pessoas, recomendo a leitura de dois livros, compilação de textos do jornalista, que a Companhia das Letras lançou entre 2003 e 2004: “A milésima segunda noite da Avenida Paulista” e “A feijoada que derrubou o governo”.



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Sai na primeira semana de setembro, via Biscoito Fino, o novo CD/DVD/BD de Djavan, “Ária – Ao vivo”. Gravado nos dias 08 e 09 de abril, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, conta com Djavan interpretando velhos sucessos, além de versões de músicas de terceiros, como “Disfarça e chora” (de Cartola), já gravadas no álbum de estúdio “Ária”, que originou o show. O repertório completo do DVD e do BD é o seguinte:

1. Seduzir
2. Eu te devoro
3. Sabes Mentir
4. Oração ao Tempo
5. Faltando um Pedaço
6. Disfarça e Chora
7. Brigas Nunca Mais
8. Fly to The Moon
9. Treze de Dezembro
10. La Noche
11. Oceano
12. Transe
13. Fato Consumado
14. Flor de Lis
15. Linha do Equador
16. Samurai
17. Sina
18. Pétala
19. Lilás

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Back in blanc... As bandas estão fazendo de tudo para faturar algum a mais. Já que CD não vende mais, restam outras opções. Vale qualquer coisa.. Alguns artistas conseguem se superar. O Kiss, por exemplo, vende até caixões com o logotipo da banda. E agora é a vez do AC/DC dar uma apelada também, lançando uma coleção de vinhos. Isso mesmo, vinhos!! A ideia não é tão original assim, porque o Iron Maiden já havia saciado a vontade dos roqueiros enófilos com um vinho que leva o nome do conjunto, em 2008. Mas, mesmo assim, não deixa de ser curioso esse lançamento do AC/DC. Serão quatro vinhos, cada um levando o nome de uma música da banda australiana: “Back in black Shiraz”, “You shook me all night long Moscato”, “Highway to hell Cabernet Sauvignon” e “Hells Bells Sauvignon Blanc”. A adega australiana Warburn Estatede elaborou os vinhos. As garrafas começam a ser vendidas na Austrália no dia 18 de agosto. E os preços ainda não foram divulgados.

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Três semanas após a morte de Amy Winehouse, a cantora continua liderando a para de discos da Grã-Bretanha. De forma incrível, ela deixou para trás a dupla Kanye West + Jay-Z, que lançou o álbum “Watch the throne” na semana passada, e que era considerado uma barbada para liderar as paradas britânica e norte-americana. A Adele, a Whitney Houston do século XXI, também está comendo poeira.
Eu acho isso bem curioso. Amy Winehouse já vendeu milhões e milhões de discos, e ainda tem cartucho para queimar. Não sei se é apenas um instinto mórbido das pessoas em correrem às lojas para comprar o disco de um artista recém-falecido, ou apenas um “acerto de contas”, do tipo “poxa, baixei o álbum de graça na internet e, agora, que ela morreu, vou comprar o CD físico”.
Realmente não sei. Aqui no Brasil, “Back to Black” também voltou à lista dos mais vendidos – está na 9ª posição.
Imagina quando sair um disco de inéditas da Amy Winehouse. Daria conta de umas quatro gerações da família Winehouse.

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Pouca gente sabe, mas, em 1966, Paul McCartney, no auge dos Beatles, gravou um álbum solo. Enquanto John Lennon e Ringo Starr estavam na Espanha, e George Harrison na Índia, McCartney se trancou em um estúdio junto com o produtor George Martin para gravar a trilha do filme “The family way”, produzido pelos Boulting Brothers. O músico estava com a cabeça em ebulição, tanto que, poucos meses depois, conceberia o histórico “Sgt. Peppers lonely heart’s club band”. Paul não tocou nenhum instrumento na gravação. O seu trabalho ficou restrito à composição e produção. A condução da orquestra ficou a cargo de George Martin. A melancólica trilha, no ano seguinte, faturou o cobiçadíssimo prêmio Ivor Novelo. Talvez esse trabalho, não muito conhecido, seja o que mais deixa clara a influência dos Beatles na Tropicália. O álbum, que ganhou edição em CD no ano de 1996, voltou às lojas recentemente. É um dos mais tocados por aqui.



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DROPS:



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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

Inspirada pelos protestos em Londres, Yoko Ono liberou no YouTube o documentário “Bed peace”, que ela filmou com John Lennon em 1969, durante um protesto pacífico pela paz, dentro de um quarto de hotel em Montreal:



Quem esteve no programa do Jimmy Fallon foi o Tame Impala. Olha o vídeo aí abaixo:



A banda Wilco deu uma colher de chá aos fãs com uma palhinha do making of de seu novo álbum, o oitavo, “The whole love”, que sai no dia 27 de setembro.



E o Motörhead em Wacken, hein?? Alguém viu?



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O mundo não está perdido…



Seria a reencarnação do Freddie Mercury???

25 de ago. de 2010

Sean Connery, Fernanda Takai, Bruce Springsteen, Plant e Page, Prêmio Multishow, Libertines, Simone, Beatles

A revista Rolling Stone americana está lançando uma edição com textos especiais sobre as 100 melhores músicas dos Beatles. E sabe qual ficou em primeiro lugar?



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A Biscoito Fino coloca nas lojas nos próximos dias o DVD e CD duplo "Em boa companhia" (capa acima), com o registro da última turnê da cantora Simone. Filmado no Teatro Guararapes, no Recife, o show conta com a direção de José Possi Neto. No repertório, canções antigas do repertório de Simone ("Tô que tô", "Face a face", "Ex-amor"), além de faixas de seu último álbum de estúdio, "Na veia" ("Hóstia", "Ame", "Migalhas"). O CD duplo traz todas as faixas do DVD, que são as seguintes: "Tô que tô", "Love", "Certas noites", "Face a face", "Lá vem a baiana", "Bem pra você", "Fullgás", "Hóstia", "Ive Brussel", "Definição da moça", "Geraldinos e arquibaldos", "Certas coisas", "Ame", "Vale à pena tentar", "Deixa eu te amar", "Paixão", "Migalhas", "Pagando pra ver", "Perigosa", "Ai ai ai", "Na minha veia", "Chuva suor e cerveja", "Nada por mim" e "Ex-amor".

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Foi ontem a volta aguardadíssima do Libertines, separado desde 2004. A apresentação aconteceu na HMV, em Londres, e contou com um repertório generoso. Olha aí: "Horrorshow", "The delaney", "Vertigo", "Last post on the bugle", "Begging", "The ha ha wall", "Lust of the Libertines", "Campaign of hate", "Boys in the band", "Tell the king", "Death on the stairs", "Music when the lights go out", "What Katie did", "The saga", "Can’t stand me now", "What became of the likely lads", "Don't look back into the sun", "The good old days", "Time for heroes", "Radio America", "Up the bracket", "What a waster" e "I get along".



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Sabe aquela história do astronauta acordar em uma missão espacial ouvindo alguma música escolhida pela NASA? Pois é, a própria NASA, dessa vez, está pedindo para que o público escolha a tal música para a missão STS-133. Tem Rush, U2, Metallica, Dire Straits, Frank Sinatra, Steve Winwood... E você pode votar aqui.

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As pessoas estão me pedindo no twitter para eu escrever sobre o Prêmio Multishow. Só tenho duas considerações a fazer: 90% dos artistas que ganharam prêmio são lixo; e foi ridículo o Multishow tentar copiar o estilinho do VMB da MTV. Sem mais.

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Para finalizar os aniversários de hoje, quero falar de um outro álbum que eu adoro: "Unledded", que marcou a reunião de Robert Plant com Jimmy Page. A apresentação foi filmada pela MTV no dia 25 de agosto de 1994. Era um "Acústico" meio doido, que também teve cenas gravadas em Marrocos. As novas versões para "Thank you", "Since I've been loving you", "That's the way", "Gallows Pole" e "Kashmir" ficaram animais. E o melhor de tudo é que esse álbum gerou uma turnê que passou por aqui em algum Hollywood Rock. O tipo de show que tenho orgulho de dizer: "Eu fui!"



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E sabe qual disco chegava às lojas no dia 25 de agosto de 1975? Pois é, esse aí logo acima: "Born to run", do Bruce Springsteen. Eu não sei se o álbum "Born to run" é o que eu mais gosto dele (acho que fico com o seguinte, "Darkness on the edge of town", de 1978, ou "The rising", de 2002), mas a música "Born to run", certamente é a minha preferida de seu repertório. E olha só a relação de faixas de "Born to run": "Thunder road", "Tenth avenue freeze-out", "Night", "Backstreets", "Born to run", "She's the one", "Meeting across the river" e "Jungleland". A quantidade de clássicos impressiona, não?



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Ah, e quem sopra 39 velinhas hoje é a fofurinha Fernanda Takai. No Pato Fu ou na carreira solo, eu sou fã dela sempre. Tem gente que diz que a voz dela é chatinha. Eu acho é muito charmosa. E o que mais gosto nela é a forma como conduz a sua carreira. Vou aos shows do Pato Fu desde o lançamento do primeiro disco da banda. E sei como o sucesso de hoje foi merecido. Tudo com muito esforço, e muita qualidade também. O Pato Fu já tem 20 anos de carreira. E poucas bandas depois dela conseguiram trilhar um caminho tão bacana assim.



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Boa tarde, pessoal! Olha, só Deus sabe o sacrifício que estou fazendo aqui na frente do computador. Ontem, estava com gripe. Hoje, acordei com febre. Espero não estar com pneumonia amanhã. Mas vamos logo ao que interessa. O principal motivo de eu postar algo aqui no blog hoje é o aniversário de 80 anos do Sean Connery. Como é que eu ia passar sem essa, hein? Eu não vou me dar ao trabalho de enumerar aqui tudo o que Sean Connery fez para o cinema. Ficaria até amanhã, na certa. Mas vou fazer uma coisa diferente hoje. Antes de dormir, vou pegar o filme "O nome da rosa" é assisti-lo antes de dormir. E se der tempo, ainda pode rolar um James Bond...

15 de ago. de 2010

Resenhando: Oasis, Pato Fu, Cyndi Lauper, Emílio Santiago, Sting

“Time flies... 1994-2009” – Oasis
Para fechar a tampa de 15 anos de bons serviços prestados ao rock n’ roll, o Oasis colocou nas lojas a coletânea “Time flies... 1994-2009”, que, em 27 faixas, dá uma geral em sua carreira. De “Supersonic” (do seminal “Definitely maybe”, de 1994) a “The shock of the lightning” (do derradeiro “Dig out your soul”, de 2008), todos os singles da banda estão na coletânea, incluindo sucessos como “Don’t look back in anger”, “Shakermaker”, “Roll with it” e “Live forever”, e canção menos conhecidas (mas igualmente lindas) como “All around the world”, “Who feels love?” e “Songbird”. Destaque ainda para “Whatever” e “Lord don’t slow me down”, que só haviam sido lançadas em singles, além da faixa escondida “Sunday morning call”. Aqui no Brasil só chegou a versão dupla, com as 27 faixas, mas a boa pedida é a versão limitada que saiu lá fora. Além dos dois CDs com os sucessos, há um DVD com os videoclipes de todas as 27 faixas dos CDs, além de versões ao vivo inéditas de “Gas panic!” e “Little by little”, e comentários dos integrantes do Oasis acerca de cada música. Um CD gravado ao vivo no “iTunes Live: London Festival”, no dia 21 de julho de 2009 fecha o pacote. O bacana dessa apresentação é que ela foi a última gravada da história da banda. O roteiro (que conta com sucessos como “Lyla”, “Rock ‘n roll star”, “Slide away” e “Champagne supernova”) é bem parecido com o dos shows no Brasil no ano passado. Um pacote e tanto para os órfãos dos irmãos Liam e Noel Gallagher. E, ao final de mais de seis horas de música, só resta uma indagação: por que parou?

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“Música de brinquedo” – Pato Fu
No cada vez mais imbecilizado mercado fonográfico brasileiro, às vezes ainda é possível ter boas surpresas. E uma delas é o novo álbum do Pato Fu, “Música de brinquedo”. Só os mal humorados não enxergam que o Pato Fu é uma das bandas mais inteligentes do cenário pop brasileiro, e, dessa vez, o conjunto mineiro deu mais munição para os fãs o adorarem mais e para os mal humorados o odiarem mais. O repertório do novo álbum, somente de covers, pode dar a impressão que o Pato Fu está andando para trás. Mas não é verdade. Ouça, de cara, a versão para “Live and let die”, de Paul McCartney. Aposto que você nunca ouviu nada muito parecido. Isso porque os instrumentos usados são todos de brinquedo: a bateria, o baixo, o pianinho... E isso sem contar com mais algumas dezenas de bugigangas que tiram toda a sorte de barulhinhos, como bichos de pelúcia, teclado-calculadora, e até mesmo um lápis com um circuito de teremim, que faz um som quando encostado no papel. É nesse estilo que saem as outras 11 faixas de “Música de brinquedo”, de “Primavera (Vai chuva)” (de Cassiano e Silvio Rochael, e que fez sucesso na voz de Tim Maia) a “Love me tender” (de Elvis Presley e Vera Matson). O Pato Fu e os seus brinquedinhos ainda passeiam pelas obras de Roberto e Erasmo Carlos (“Todos estão surdos), Titãs (“Sonífera ilha”), Zé Ramalho (“Frevo mulher”) e Paralamas do Sucesso (“Ska”). Melhor que o CD parece que só mesmo o show (que ainda não tive oportunidade de assistir, mas já me falaram mil maravilhas). Tomara que saia o DVD.

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“Memphis Blues” – Cyndi Lauper
Pode parecer incrível hoje, mas lá pelos anos 80, Cyndi Lauper disputava pau a pau com Madonna, o posto de grande cantora pop. Se Madonna tinha “Holiday”, “Like a virgin” e “Papa don’t preach”, Cyndi Lauper não ficava atrás com “Girls Just want to have fun”, “Time after time” e “True colors”. Só que Cyndi Lauper, lá pelo finalzinho dos anos 80, acabou ficando para trás. E, desde então, vem lançando álbuns irregulares, com canções natalinas (“Merry Christmas... Have a nice life”, de 1998), standards do cancioneiro norte-americano (“At last”, de 2003) e no formato acústico (“The body achoustic”, lançado em 2005). Quando as coisas pareciam ter entrado no eixo, com o lançamento de “Bring ya to the brink” (2008) – no qual Lauper, ao seu jeito, voltava a um estilo mais dançante –, eis que agora chega às lojas “Memphis blues”, repleto de clássicos do blues e de participações especiais de gente pra lá de importante. “Memphis blues” traz uma Cyndi Lauper muito mais contida, em 13 músicas, que vão de “Crossroads” (de Robert Johnson, com participação do guitarrista Johnny Lang) a “Rollin’ and tumblin’” (de Muddy Waters). Destaque ainda para “Early in the mornin’”, com direito a Allen Toussaint e B.B. King, e a linda “Just your fool” (faixa de abertura do álbum, com direito à gaita de Charlie Musselwhite). Na edição brasileira, ainda há uma faixa extra, “I don’t want to cry”, com o saxofone de Leo Gandelman. “Memphis blues” pode até ser mais um projeto fora de rota (leia-se “irregular”) de Cyndi Lauper, mas, sem dúvidas, é o melhor deles.

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“Só danço samba” – Emílio Santiago
Emílio Santiago foi outro artista que teve alguns desvios de rota em sua carreira. Lançou discos classudos nos anos 70, e depois partiu para o projeto “Aquarela carioca” que teve sete volumes entre 1988 e 1995, repleto de músicas populares. As vendas aumentaram, mas a crítica não gostou da tal popularização. As coisas voltaram a entrar, mais ou menos, nos eixos, a partir de 1996, com o lançamento de “Perdido de amor”, disco com canções que fizeram sucesso na voz de Dick Farney. O seu último álbum, “Só danço samba”, é dedicado a Ed Lincoln, maestro de cuja banda Emílio foi crooner antes de fazer sucesso. O repertório e os arranjos das músicas são primorosos, o que garantem a “Só danço samba” o posto de um dos melhores discos de MPB lançados em 2010. Além da voz perfeita, Emílio Santiago é acompanhado por alguns dos nossos grandes músicos, como Jorge Helder (baixo), Paulo Braga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Jorjão Barreto (piano) e Dirceu Leite (saxofone). Produzido por José Milton, “Só danço samba” foge do óbvio em um repertório que vai de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (a faixa-título) a Jorge Aragão e Dona Ivone Lara (a deliciosa “Tendência”), passando por Antônio Adolfo (“A cada dia que passa”), João Donato (“Sambou... Sambou”), Durval Ferreira e Orlandivo (“Falaram tanto de você” e “Zum zum zum”) e Mart’nália e Mombaça (“Chega”). Claro que Ed Lincoln também está presente nas faixas “Olhou pra mim” e na sincopada “Deix’isso pra lá”. Que Emílio Santiago permaneça na mesma rota.

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“Symphonicities” – Sting
Um dos maiores compositores da música pop, Sting deve um bom álbum faz muito tempo. Desde 1999, quando lançou “Brand new day”, o ex-Police vem patinando em trabalhos irregulares e muito (mas muito) chatos. “Symphonicities” não foge muito da encheção de saco. Depois de dois álbuns soníferos com o selo da Deutsche Gramophon – “Songs from the labyrinth” (2006) e “If on a winter’s night” (2009) –, Sting insiste na parceria e se junta a orquestras sinfônicas (incluindo aí a imponente Royal Philarmonic Concert Orchestra) para recriar canções de sua carreira solo e do The Police. As músicas escolhidas até que são boas, mas, após a primeira audição, a gente fica doidinho para ouvir as versões originais. “Next to you”, primeiro single do The Police, por exemplo, com as suas cordas atacando, ficou forçada demais. “When we dance” e “Roxanne” ficaram muito parecidas com as versões light gravadas no acústico ao vivo “...All this time” (2001), e “I burn for you” pode ter efeito parecido com o de um Lexotan. Para dizer que nada ficou interessante, sobram “Every little thing she does is magic” e “Englisman in New York”, que ficaram bacaninhas com os arranjos sinfônicos. Mas mesmo assim, ainda é pouco para Sting. E muito pouco para quem deve um bom álbum há mais de uma década.

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Abaixo, o vídeo divertidíssimo de “Live and let die”, uma das canções presentes em “Música de brinquedo”, do Pato Fu.

9 de ago. de 2010

DE VOLTA: Pato Fu, Arcade Fire, U2, Weezer, Axl, Kings Of Leon, Capital, Djavan, Radiohead, Black Sabbath, Bowie+NIN, Van Halen, Kiss,Marillion e mais

Acho que escrevi demais por hoje e não consegui dar conta do que prometi no início do post. Teve muita novidade nesse período que passei fora. Então, vou fazer o seguinte: amanhã, continuarei só com as notícias mesmo. Aquela parte dos aniversários, eu deixo para recomeçar na quarta. Alguém discorda?

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Eu já vi pesquisa pra tudo, mas essa aqui acho que é inédita. Passageiros que aguardavam seus voos no aeroporto de Manchester, na Inglaterra, foram indagados: qual a melhor música para ouvir antes de um voo? Sabe qual ganhou? "One day like this", do Elbow. Ainda estou tentando descobrir o motivo. Será que é pra relaxar? Pelo menos não é "Munich air disaster 1958", do Morrissey...



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E estão falando que o álbum novo do R.E.M. é "old school". Legal, mas o "Accelerate" já não era "old school"?

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BOA: O My Morning Jacket anunciou que lançará novo álbum em maio do ano que vem.

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Para os fãs de Gilberto Gil (eu!), uma boa notícia. A gravadora Discobertas, do Marcelo Fróes, vai lançar, nos próximos dias, o CD duplo "Retirante", com gravações pré-históricas do compositor baiano. Nos CDs, alguns registros que foram lançados em 78 rotações pelo selo baiano JS Discos, além de compactos gravados na RCA e na Philips. Mas a maior preciosidade do pacote é uma fita demo tida como "secreta", que Gil gravou em São Paulo, no ano de 1966. O encarte terá 16 páginas com informações das faixas. Tudo bem detalhado, marca registrada do trabalho de Marcelo Fróes.

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Já ouviram o show do Gorillaz gravado ao vivo na Síria com uma puta qualidade de som? Aqui!

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Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, disse que os ingressos para a nova turnê de sua banda estão caros demais. Em entrevista ao Sky News, o cantor disse que os preços têm que ser "razoáveis". "Os fãs não esperam somente um grande show, mas preços razoáveis. Não é correto, você sabe, é um show de rock n' roll", disse. Os ingressos para a turnê europeia estão custando entre 50 e 80 libras (de 140 a 224 reais). Imagina se Mr. Dickinson fica sabendo quanto cobram por um show aqui no Brasil?? Em tempo: já viram o joguinho que o Iron Maiden lançou no site oficial?

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A quem interessar possa, segue abaixo o videoclipe do novo single do mais novo tuiteiro do pedaço, Kanye West. O interessante vídeo de "Power" foi dirigido por Marco Brambilla. "Power" será o primeiro single do próximo álbum de West, ainda sem nome, e que deve sair em novembro, segundo o próprio.



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MAIS UM BOX?: Os arquivos de Jimi Hendrix ainda estão cheios, pelo visto. No dia 18 de outubro, será lançada a caixa "West Coast Seattle Boy: The Jimi Hendrix Anthology", com quatro CDs. No pacote, gravações inéditas, como demos e takes alternativos. Um novo documentário para a televisão, dirigido por Bob Smeaton (um dos responsáveis pelo "Beatles anthology"), também estreará na TV britânica no mesmo mês. Os nomes das faixas do box serão anunciados em breve, segundo o site do finado guitarrista.

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Para quem quiser saber os detalhes da coletânea que o Soundgarden vai lançar no dia 27 de setembro, basta clicar aqui.

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MAIS NEIL YOUNG: O compositor canadense anunciou que lançará o pacote "Archive 2" em breve - a data certa ainda não foi confirmada. Em seu site oficial, Neil Young escreveu que o pacotão trará quatro álbuns inéditos, gravados entre a metade dos anos 70 e início dos 80: "Chrome dreams", "Homegrown", "Oceanside-countryside" (os três de estúdio) e o ao vivo "Odeon-Budokan", gravado com a Crazy Horse, e produzido por David Briggs e Tim Mulligan. Os discos serão lançados em uma caixa de CDs, DVDs e BDs, além de vinil (esse, de forma avulsa), já que foram inicialmente concebidos para lançamento em vinil, na época da gravação. Neil Young disse que haverá mais coisas inéditas, como fotos, vídeos e recortes de jornais da época. O primeiro volume do projeto "Archive" (caixa com 10 DVDs e BDs) foi lançado em junho de 2009.

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Como já é costume, o AC/DC deve lançar DVD ao vivo (e um CD) de sua última turnê, "Black ice", que passou por São Paulo no final do ano passado. Em entrevista à BBC, o vocalista Brian Johnson disse que o lançamento é quase certo, "em algum momento desse ano". A banda australiana filmou as suas duas apresentações em Buenos Aires (também em 2009), e é muito provável que algum desses shows se tranforme no DVD. Madonna e The Police também lançaram vídeos filmados na capital argentina. Pelo jeito, eles acham o público de lá melhor do que o daqui.

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Alice Cooper prepara o lançamento de um novo DVD para o próximo dia 27 de setembro. A apresentação foi gravada no Hammersmith Apollo, Londres, em 2009. Foi o último show da "Theatre of death Tour". O repertório completo do DVD é o seguinte: "School's out", "Department of youth", "I'm eighteen", "Wicked young man", "Ballad of dwight", "Fry", "Go to hell", "Guilty", "Welcome to my nightmare", "Cold ethyl", "Poison", "The awakening", "From the inside", "Nurse Rosetta", "Is it my body", "Be my lover", "Only women bleed / I never cry", "Black widow", "Vengeance is mine", "Devil's food", "Dirty diamonds", "Billion dollar babies", "Killer", "I love the dead", "No more Mr. Nice Guy", "Under my wheels" e "School's Out".

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O Marillion revelou os detalhes de seu novo DVD triplo, "Out of season". Serão seis horas de música, gravadas em três noites no ano passado. O primeiro disco terá o álbum "Seasons end" (1989) na íntegra, além de cinco faixas de "Happiness is the road" (2008). O segundo DVD contará com várias canções que foram tocadas em um dos shows (sábado), em ordem decrescente de lançamento, entre 2008 e 1981. O CD "Tumbling down the years", com o áudio desse show, também será lançado simultaneamente ao DVD. O disco 3 contará com as músicas do show de domingo. Nesse dia, o Marillion apresentou as músicas mais longas de seu repertório - o show foi apropriadamente batizado de "Shortest setlist in the world". O úadio dessa apresentação também será lançado no CD "Size matters". Segundo o release do DVD triplo (capa acima), os shows foram filmados por 16 câmeras e representam "uma experiência ao vivo definitiva" (coisas de release...). O áudio estará disponível em estéreo e em DTS. A data de lançamento ainda não foi anunciada, e o trailer pode ser visto abaixo.



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Quem também promete disco novo para 2011 é o Kiss!! Aqui.

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SERÁ MESMO?: Olha, agora parece que é oficial. O Van Halen está em estúdio gravando um álbum de inéditas, que deve sair em 2011. A informação é da própria gravadora da banda (Warner/Chappell Music), que divulgou um comunicado. "Recentemente, a banda excursionou com os dois irmãos fundadores, Eddie e Alex Van Halen, o seu vocalista original, David Lee Roth, e o filho de Eddie, Wolfgang, no baixo. No momento, o grupo encontra-se em estúdio, gravando um novo álbum, com Roth nos vocais, com lançamento previsto para 2011", diz o tal comunicado. E agora, será que vai?? O último álbum do Van Halen, com David Lee Roth nos vocais, foi "1984" (84).

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Achei isso aqui no YouTube e não sei se pode interessar a alguém - a mim, pelo menos, sim. Trata-se do encontro de David Bowie com o Nine Inch Nails durante um show da turnê conjunta em 1995. Dá pra achar mais no YouTube, mas o que mais gostei foi esse aqui...



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Essa aqui também é da série "não sei se é bom ou ruim"... Segundo o site da Roadrunner, Ozzy Osbourne disse que "uma reunião do Black Sabbath original para um último álbum é muito provável". "Também faremos uma turnê, mas não sei quando. Falei com o Bill Ward ontem e já concordamos que nunca mais vamos dizer não", completou o cantor. O último trabalho de Ozzy foi o bom álbum "Scream".

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E só para vocês não dizerem que não escrevi nada sobre o Radiohead nessa volta, posto abaixo o vídeo de "Give up the ghost", uma nova música que pode estar no próximo trabalho da banda de Oxford. Thom Yorke tem apresentado a tal canção nos seus shows solo. O último álbum do Radiohead foi "In rainbows", e saiu em 2007.



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Se o Pato Fu apostou em um álbum de regravações, Djavan promete o mesmo para o dia 27 de agosto. Nesse dia, chegará às lojas, via Biscoito Fino, "Ária", álbum de intérprete do compositor e cantor alagoano. No repertório, clássicos de Paulinho da Viola, Cartola, Caetano Veloso, Antonio Carlos Jobim, entre outros. A capa está aí acima, e as faixas são as seguintes: "Disfarça e chora" (Cartola / Dalmo Martins Castello), "Oração ao tempo" (Caetano Veloso), "Sabes mentir" (Othon Fortes Russo), "Apoteose ao samba" (Silas de Oliveira), "Luz e mistério" (Beto Guedes / Caetano Veloso), "La Noche" (Enrique Heredia Carbonell / Juan Jose Suarez Escobar), "Treze de dezembro" (Luiz Gonzaga / Zé Dantas / Gilberto Gil), "Valsa brasileira" (Edu Lobo / Chico Buarque), "Brigas nunca mais" (Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes), "Fly me to the moon" (Bart Howard), "Nada a nos separar (West of the wall)" (Romeu Nunes / Wayne Shanklin) e "Palco" (Gilberto Gil).

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O Capital Inicial está disponibilizando, por partes, um documentário bem bacana sobre a gravação do seu último álbum, "Das kapital". As duas primeiras partes, que podem ser vistas abaixo, já foram disponibilizadas. A terceira parte deve ser liberada na semana que vem no site oficial do conjunto.





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Quem anunciou novo álbum para outubro foi o Kings Of Leon, uma das atrações do festival SWU, que acontece em outubro, em Itu. "Come around sundown" chega às lojas no dia 18 de outubro, e será o primeiro trabalho de estúdio da banda após o campeão de vendas "Only by the night" (2008). O álbum, que terá 13 faixas, foi gravado em Nova York e produzido por Jacquire King e Angelo Petraglia. O Kings Of Leon já tem apresentado algumas dessas novas faixas em shows. A apresentação no SWU acontecerá no dia 10 de outubro.

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Ontem, o Weezer divulgou o primeiro single de seu oitavo álbum, "Hurley", que chegará às lojas em setembro. O nome da canção é "Memories", e, sei lá, mais me pareceu uma música nova do The Killers. Achei caída. Rivers Cuomo poderia ter feito coisa melhor.



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Nesse período, o U2 também retornou aos palcos após o acidente do Bono. O show da volta aconteceu em Turim, na última sexta-feira. No roteiro, a banda irlandesa incluiu duas músicas inéditas: "North star" e "Glastonbury". Bono também incluiu no roteiro "Hold me, thrill me, kiss me, kill me" (música do "Batman Forever") e "Miss Sarajevo". Eu ia assistir esse show em NY, mas com o problema do Bono, a apresentação foi cancelada. O ingresso continua válido para 2011. Mas já tá rolando um boato que o U2 vem ao Brasil em março ou abril do ano que vem. Vamos ver o que acontece... Em tempo: o U2 foi convidado para abrir o festival de Glastonbury no ano que vem.



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Bom, lá fora, pelos menos nos Estados Unidos, o principal assunto era o lançamento de "The suburbs", novo álbum do Arcade Fire. O álbum saiu no dia 01º, e nos dias 04 e 05, a banda canadense fez duas apresentações no Madison Square Garden (NY), considerada a "mais famosa arena do mundo". Como tive que voltar dois dias antes da estreia em NY, vi o show pelo YouTube mesmo. E foi um showzaço. Uma espécie de transição de banda indie para banda grande - para o bem e para o mal. Bom, ainda não ouvi "The suburbs" direito. E acho que ele merece uma maior atenção minha. Até mesmo porque tenho que ver se ele realmente é superior a "OK Computer" (Radiohead), como muita gente vem dizendo. Deve ser balela. De qualquer forma, se você ainda não ouviu, vale a pena dar uma olhada no vídeo abaixo, que traz a faixa-título de "The suburbs".



PS. Hoje, "The suburbs" chegou ao topo da parada inglesa de discos. Pelo jeito, a commotion não foi só nos Estados Unidos...

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Para começar, quero postar um vídeo do álbum mais interessante que saiu no Brasil durante esse período. A música é "Live and let die", e ela faz parte do novo álbum do Pato Fu, "Música de brinquedo". Nas 12 faixas do álbum (sobre o qual resenharei nesse domingo), os integrantes da banda mineira usam apenas instrumentos de brinquedo. Fantástico!



PS. Não consegui ir ao show de lançamento de "Música de brinquedo" aqui no Rio nesse fim de semana. Mas o grande Jamari França foi e conta como foi no seu blog.

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Bom dia pessoal. Bom, hoje sim as férias acabaram. Hora de voltar à programação normal. Ou quase normal. É o seguinte: tem umas três semanas que não posto regularmente por aqui, e muita coisa acabou acumulando. Então, hoje (somente hoje), vou pular aquela parte dos aniversários, para ir direto ao que interessa. Vou tentar ficar por dentro do que mais ou menos rolou nesses últimos dias agora e vou postando aqui as notinhas. Amanhã, eu volto com a programação normal. Sejam bem-vindos novamente.

5 de ago. de 2010

Planeta Terra, Natura Nós e... Roque Santeiro!

Bom, como já tem muita gente reclamando, anuncio que na próxima segunda-feira esse blog volta ao normal. Não sei se isso é bom ou ruim, mas, de qualquer forma, fico feliz com as mensagens que tenho recebido de pessoas que dizem estar com "saudades" das postagens.
Mas hoje o jogo é rápido. Quero falar aqui sobre as atrações de dois festivais que acontecerão em São Paulo nesse segundo semestre. Os ingressos para o Planeta Terra, que vai rolar no dia 20 de novembro, no Playcenter, estão vendendo bem, e os dois primeiros lotes já foram esgotados em dois dias - o terceiro lote já está à venda, com ingressos a 200 paus (100 para estudante). O line-up fica, a cada dia que passa, mais interessante. Agora, olha só quem confirmou presença: Mika, Passion Pit e Empire Of The Sun. Anteriormente, já haviam confirmado presença as seguintes bandas: Smashing Pumpkins, Pavement, Girl Talk 3rd Band, Yeasayer, Of Montreal, Hot Chip e Phoenix. As atrações nacionais serão anunciadas nos próximos dias, segundo a produção do Planeta Terra. Para mim, um dos melhores elencos de festival dos últimos anos. Pelo que li lá fora, os Smashing Pumpkins estão mandando muito bem nessa nova turnê, tocando músicas velhas sem frescura. O Hot Chip lançou (talvez) o melhor álbum desse ano até agora. Phoenix e Of Montreal são garantia de diversão. Mika... bem, eu adoro o Mika. Apesar de o seu segundo álbum não chegar aos pés do primeiro. Respeito o Yeasayer, e estou louco para ver o Passion Pit ao vivo. Tomara que algumas dessas atrações pintem aqui pelo Rio também.
Os ingressos estão sendo vendidos no telefone 4003-5588 e nos pontos de venda listados aqui.

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Já o elenco do festival Natura Nós, que acontecerá nos dias 16 e 17 de outubro, na Chácara do Jockey (Putz!) em São Paulo, é um pouco mais modesto. Mas, mesmo assim, tem coisas interessantes. Jamiroquai (é né?), AIR (aí sim!), Snow Patrol (vi ao vivo abrindo para o U2 em 2005, e não sei como está agora), Bajofondo, Vanessa da Mata, Céu, Cidadão Instigado, Móveis Coloniais de Acaju, Adriana Partimpim, Palavra Cantada e Pato Fu já confirmaram presença. Os ingressos começam a ser vendidos na segunda-feira, dia 09 de agosto (pista a 190 paus e premium a 500 paus no dia 16, e 60 paus no dia 17, estudante paga metade). A ordem dos shows é a seguinte: Sábado (dia 16/10) - Marcelo Jeneci, Cidadão Instigado, Karina Buhr, Vanessa da Mata, Céu, Air, Bajofondo, Snow Patrol, Móveis Coloniais de Acaju e Jamiroquai; Domingo (dia 17/10) - Pequeno Cidadão, Palavra Cantada, Pato Fu e Adriana Partimpim. No sábado, os shows serão distribuídos em dois palcos e em horários alternados. Mais informações aqui.

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Outro dia falei aqui no blog sobre os 25 anos da estreia da novela "Roque Santeiro". Relembrei Sinhozinho Malta, Viúva Porcina, Dona Pombinha, Cego Jeremias, Zé das Medalhas, o Lobisomem e alguns outros personagens dessa novela que eu considero inesquecível. E a boa nova é que a Som Livre lança nos próximos dias um box com 16 DVDs com um compacto da novela. Não sei como ficou essa edição (algumas edições estragaram alguns DVDs de boas minisséries, como "Anos dourados" e "Anos rebeldes"), mas como é o primeiro projeto de novela em DVD da Rede Globo, acredito que deve ter ficado caprichada. No total são 50 horas, que certamente me farão perder algumas horas de sono.

7 de jun. de 2010

Dolores, Tom Jones, Nara, Skank, Bellini, Cafú, Goonies, Cranberries, Pato Fu, Robbie, Keith, Isley, Sims, Aerosmith, Arcade Fire, Wood, Iron Maiden

O Iron Maiden acaba de revelar a capa e detalhes de seu novo álbum, "The final frontier" (capa acima), que será lançado no dia 16 de agosto. A banda também disponibilizou, em seu site oficial, o áudio da faixa "El Dorado" (com um arranjo diferente do disco). A relação de faixas de "The final frontier" é a seguinte: "Satellite 15....The final frontier", "El Dorado", "Mother of mercy", "Coming home"; "The alchemist", "Isle of Avalon", "Starblind", "The talisman", "The man who would be king" e "When the wild wind blows". A música ora disponibilizada é... bem... bem Iron Maiden...



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O guitarrista Ronnie Wood (Rolling Stones) anunciou alguns detalhes de seu novo álbum solo, "Feels like playing". Ainda não há data de lançamento certa, mas as presenças de Slash e Flea (Red Hot Chili Peppers) estão confirmadas. As faixas do CD são as seguintes: "Why’d you wanna do a thing", "Sweetness", "Lucky man", "I gotta go", "Thing about you", "How am I gonna catch you", "Spoonful", "I don't think so", "100%", "Fancy pants", "Tell me something" e "Forever". A faixa "Thing about you" pode ser ouvida aqui.

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O Arcade Fire mostrou algumas canções que farão parte de seu próximo álbum, "The suburbs" para 50 fãs em um "show" em Montreal. Quer dar uma olhada? Aqui.

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Em entrevista ao Guardian, publicada na sexta-feira passada, Joe Perry disse que dificilmente haverá um novo álbum do Aerosmith. "Até uns dois anos atrás, os fãs perguntavam sobre um novo álbum como os antigos, mas acabou não dando certo. Material novo não é o mais importante. Fizemos isso por muito tempo. Penso nas músicas que compus, e não acho que tenha que tentar novamente. É como Leonardo Da Vinci pintando a 'Madonna' de novo. Por que ele teria que pintar a 'Madonna' novamente?", disse o guitarrista.

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E o trailer de "The Sims 3", hein? Já viram?



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O leitor Sérgio Oliveira acaba de me enviar e-mail falando sobre a morte de Marvin Isley, baixista do Isley Brothers. Então, fica aqui a nossa homenagem com o vídeo abaixo. RIP!



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Dando um tempo dos Rolling Stones, Keith Richards agendou o lançamento do segundo álbum de seu projeto paralelo, Wingless Angels, para o dia 23 de setembro. O Wingless Angels é uma banda formada por Richards e pelo cantor jamaicano Justin Hinds, nos anos 70. "Wingless Angels II" sairá no dia 23 de setembro, e será o primeiro lançamento do grupo em 13 anos. Aguardemos.

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Foram anunciados hoje os detalhes de "United Nations Of Sound", álbum de estreia da banda de mesmo nome, formada por Richard Ashcroft (ex-The Verve), Steve Wyreman (guitarra), Paul "DW" Wright (baixo) e Derrick Wright (bateria). O lançamento está previsto para o dia 19 de julho. Gravado entre Londres e Nova York, o álbum foi produzido por No ID, que já trabalhou com Jay-Z. As faixas desse álbum de estreia do United Nations of Sound são as seguintes: "Are you ready?", "Born again", "America", "This thing called life", "Beatitudes", "Good loving", "How deep is your man", "She brings me the music", "Royal highness", "Glory", "Life can be so beautiful" e "Let my soul rest".


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"Eu acho que é uma possibilidade genuína." (Zack de la Rocha ao NME, falando sobre a possibilidade de o Rage Against The Machine gravar um novo álbum)

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Depois de tanto disse-não-disse, pelo menos metade do Take That original está de volta. Robbie Williams lançará um single composto com o ex-colega de banda Gary Barlow. "Shame" está previsto para o dia 04 de outubro, e trará os dois compositores dividindo os microfones, o que não acontecia desde 1995, quando Williams deixou o Take That. Em tempo, no dia 11 de outubro, será lançado 'In and out of consciousness – The greatest hits 1990-2010", de Robbie Williams. O pacote terá CD e DVD com videoclipes.

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"Música de brinquedo" é o nome do próximo álbum do Pato Fu, que será lançado logo após a Copa do Mundo. Gravado basicamente com instrumentos de brinquedo, o release informa que ainda foram utilizados "instrumentos ligados à musicalização infantil como flauta, xilofone, kalimba e escaleta". Mas "o piano de brinquedo, o glockenspiel de latão e o kazoo de plástico foram os reis do pedaço". O vídeo de "Primavera" (de Cassiano e Sílvio Rochael, gravada com muito sucesso por Tim Maia nos anos 70) pode ser visto logo abaixo. Estou curioso... Imagina como não vai ser o show disso?



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Outro dia escrevi aqui que hoje é mais fácil ver um show do a-Ha e do Simply Red do que um do Lulu Santos, e muita gente veio me dizer que não concordava. Pois bem, continuo com a mesma opinião, e gostaria de incluir nessa lista de arroz-de-festa o Cranberries, que acaba de marcar novas apresentações no país. No Rio de Janeiro, o show acontecerá no Citibank Hall, no dia 12 de outubro. O repeteco será em São Paulo (Credicard Hall), no dia 14. Os ingressos começam a ser vendidos no dia 29 de junho. O último show deles por aqui foi em janeiro.

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E atenção cinéfilos na casa dos 30, 35 anos! Vocês se lembram do dia em que foram ao cinema para ver um filme que contava a história de uma galera que encontrava um mapa do tesouro no sótão de casa? Aí, eles vão procurar o tal tesouro, só que quase se estrepam com as armadilhas de Willy Caolho e com o jogo sujo dos Fratelli. E dá-lhe Sloth! Pois é. Isso foi há 25 anos, porque no dia 07 de junho de 1985, estreava "Os Goonies" (de Steven Spielberg), um dos filmes mais celebrados dos anos 80. Que saudade daquela época em que as salas de cinema não tinham tecnologia 3D... Ah, e que saudade também dessa musiquinha da Cyndi Lauper...



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E a coincidência? Qual é? Bom, depois de Bellini, Mauro, Torres, Dunga e Cafú levantaram as taças de Copa do Mundo para o Brasil. E sabia que o Cafú, o que levantou a taça pela última vez (em 2002) também nasceu em um dia 07 de junho. Mais exatamente no dia 07 de junho de 1970. Ou seja, enquanto o primeiro capitão comemora 80 anos hoje, o último completa 40 anos. Será que tem alguém nascendo hoje que vai ser capitão da seleção daqui a uns 24 anos??



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Agora vamos falar um pouquinho de futebol? Uma estranha coincidência envolve esse dia 07 de junho. Daqui a pouco, você vai entender. No dia 07 de junho de 1930, nasceu Hilderaldo Luiz Bellini, o capitão da seleção brasileira que levantou a nossa primeira Copa do Mundo, em 1958. Na hora de pegar a taça Jules Rimet, os fotógrafos pediram para que ele a levantasse para que todos pudessem registrar o momento. Dessa maneira, meio que sem querer, Bellini acabou sendo o pioneiro (e imitado por todos, em qualquer competição esportiva) nessa história de levantar a taça. Bacana, né? Por isso que seus 80 anos merecem ser lembrados.



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E o blog do Paulo Marchetti nos lembra que hoje comemoramos os dez anos do lançamento daquele que, pelo menos para mim, é um dos grandes trabalhos do Skank. "Maquinarama" chegou às lojas no dia 07 de junho de 2000. Nesse álbum, a banda mineira deixou o pop mais comercial de lado (estilo "Jackie Tequila", "Garota nacional", "Tão seu", "Saideira") para apostar mais no rock, sem os metais típicos das canções acima citadas. E algumas das melhores músicas de Samuel Rosa & Cia. saíram de "Maquinarama". Sente só: "Três lados", "Ela desapareceu", "Balada do amor inabalável", "Ali"... Só não posso dizer que "Maquinarama" é o melhor álbum do Skank porque, em 2003, seria lançado um tal de "Cosmotron", o grande álbum do pop-rock brasileiro da última década.

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Agora vamos voltar para a música brasileira. No mesmo dia que celebramos o nascimento de Dolores Duran, uma de nossas cantoras mais tristes (pelo menos em suas letras), celebramos a morte de Nara Leão, uma de nossas cantoras mais alegres. Nara partiu dessa para melhor no dia 07 de junho de 1989, em decorrência de um câncer no cérebro. Eu tenho aqui as duas caixas com a obra completa da Nara. E não tenho dúvidas em afirmar que ela foi uma de nossas artistas mais completas. Quando a moda era Bossa Nova, ela gravou Nelson Cavaquinho e João do Vale. Quando ninguém mais queria saber de Bossa Nova, Nara mergulhou nas entranhas do estilo criado por João Gilberto, e gravou álbuns sensacionais. Eu vejo a Nara Leão muito mais como uma produtora do que simplesmente uma cantora. Ela tinha uma marca própria, assim como Elis Regina e Cássia Eller. Era inimitável. E faz muita falta. Ainda mais nos dias de hoje, quando cantoras viram celebridades porque conseguem emplacar uma música na novela das oito.



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Outra figura bacana que também faz aniversário hoje é o britânico Tom Jones. Antes de se tornar um cantor de cassino, acredite, Tom Jones era um artista, digamos, de respeito. Olha só que músicas bacanas ele escreveu: "It's not unusual", "The green, green grass of home", "I'll never fall in love again", "Can't help yourself" e "She's a lady". Ele ainda faz a festa com essas mesmas músicas (dos anos 60 e 70) na cafonalha de Las Vegas. E hoje, dia em que completa 70 anos, Tom Jones certamente cantará essas canções mais uma vez.



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Então, vamos começar os trabalhos normais nesse dia 07 de junho de 2010. E sabe o que comemoramos hoje. O dia da liberdade de imprensa. Êba!! Palmas pra nós. Além disso, também temos um bando de comemorações legais hoje. Vamos começar por uma deusa da MPB? Sim! E o nome dela é Adileia Silva da Rocha, ou, simplesmente, Dolores Duran. Recentemente, saiu um box com oito CDs (acho) muito bacana, com toda a obra dessa artista que, apesar de ter vivido pouco, foi uma das grandes compositoras brasileiras. Ao invés de ficar falando aqui sobre Dolores, que hoje completaria 80 anos de idade, gostaria de transcrever a letra de "Fim de caso", uma de minhas músicas prediletas. E levante o dedo quem já passou por algo mais ou menos assim:

"Eu desconfio que o nosso caso está na hora de acabar
Há um adeus em cada gesto, em cada olhar
Mas nós não temos nem coragem de falar
Nós já tivemos a nossa fase de carinho apaixonado
De fazer versos, de viver sempre abraçados
Naquela base do só vou se você for
Mas, de repente, fomos ficando cada dia mais sozinhos
Embora juntos cada qual tem seu caminho
E já não temos nem vontade de brigar
Tenho pensado, e Deus permita que eu esteja errada
Mas eu estou, eu estou desconfiada
Que o nosso caso está na hora de acabar."

("Fim de caso" - Dolores Duran)



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Bom dia pessoal! Como estamos? Nossa, tenho sonhado tanto ultimamente, que nem Freud conseguiria explicar tantos significados...

12 de abr. de 2010

Herbie & Montserrat, Tostão & Renatão, Supergrass, Pato Fu, Chico Anysio, Chad Smith, Beatles, "The wall", Napster, Cream, Toy Story, "Violões", Ringo

Pessoal, quero agradecer, de coração mesmo, a todos os leitores desse blog. Estou voltando e tentando reconstruí-lo aos poucos. Muito legal encontrar velhos e novos leitores por aqui. Vocês são muito bem-vindos. De verdade. Amanhã, tenho um compromisso chato de manhã e de tardinha. Posso demorar um pouquinho, mas prometo que venho postar alguma coisa aqui, tá?

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NO MORE AUTOGRAPHS: Em outubro de 2008, Ringo Starr postou um vídeo em seu site, todo nervosinho, dizendo que não ia dar mais autógrafos. Hoje, ele revelou o motivo: "eu dava um autógrafo e, no dia seguinte, ele estava lá no ebay". Tá certo. Mas o problema é que o autógrafo do baterista está inflacionado. No mesmo ebay, tem autógrafo dele a mil e quinhentas doletas. Se quiser um mais barato, clique aqui.

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A CAPA DO DVD MAIS AGUARDADO: Tá aí em cima. "Violões", que falamos aqui no blog no sábado, chega às lojas em uma semaninha. Uma semaninha, viu? E o melhor de tudo, o DVD traz o show completo. Olha o repertório: "E.C.T.", "Socorro", "Nós", "1º de julho", "Por enquanto", "Na cadência do samba", "Lanterna dos afogados", "Malandragem", "Try a little tenderness","Música urbana 2","Metrô linha 743", "Rubens", "Blues da piedade" e a dobradinha "Coroné Antonio Bento / O gosto do amor". Nos extras, entrevistas e três músicas apresentadas no programa "Metrópolis": "Eleanor rigby", "Não sei o que eu quero da vida" e "Gatas extraordinárias".

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Para quem ainda não viu, Barbie & Ken no "Toy Story 3". Cócegas para ver esse filme...


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ACABOU O CREME: O baixista Jack Bruce, do power-trio Cream, disse à BBC 6 Music que a banda jamais se reunirá novamente. Ao mesmo tempo, o músico disse que está finalizando a sua biografia, "Composing himself". Para quem ainda sonhava ver um novo show do Cream, ainda que em DVD, fica pra próxima.


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DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO: Hoje faz exatos dez anos de um dos maiores micos da música. No dia 12 de abril de 2000, o Metallica processou o Napster por violação de direitos autorais. A discussão é longa, e sou contra downloads ilegais, mas foi patético o Metallica aterrorisar as criancinhas, cobrando indenizações milionárias.

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FINALMENTE "THE WALL": Agora parece que vai. Roger Waters confirmou que sairá em turnê para tocar a íntegra do álbum "The Wall", obra-prima de sua ex-banda, Pink Floyd. A turnê começa no dia 15 de setembro, em Toronto, no Canadá. O Brasil ainda não está confirmado, mas acho que dificilmente ficará de fora, já que Waters já se apresentou aqui duas vezes. É esperar e torcer.

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FAZ-ME RIR: O Vaticano, em seu jornal "L'Osservatore Romano", perdoou os Beatles, pela sua "vida dissoluta" e pelo fato de John Lennon ter dito que os Beatles eram maiores que Deus. Legal, ao invés de se desculpar pelas acusações de pedofilia, a igreja perdoa os Beatles. Está acima do bem e do mal, mesmo. Agora quero saber se Lennon já perdoou a igreja também...

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CHAD PARTIMPIM: Agora todo mundo quer gravar disco para crianças. Chad Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers está seguindo os passos da nossa Adriana Partimpim, e lançará um disco em parceria com Dick Van Dyke. O álbum se chamará "Rhythm train" e, até agora, não tem nenhuma música do Vinícius de Moraes confirmada.

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Parabéns também para o grande Chico Anysio que hoje completa 79 anos. Na minha infância, o "Chico Anysio Show" era obrigatório aqui em casa. O maior comediante do Brasil... Gênio!



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A VOLTA DO PATO FU: No blog do Mauro Ferreira, uma boa notícia. O Pato Fu já começou a gravar o seu décimo trabalho de estúdio. Depois de três anos divulgando o ótimo "Onde brilhem os olhos seus", Fernanda Takai se juntou novamente aos seus antigos companheiros para um "projeto especial". Tomara que não seja regravação de antigos sucessos, covers, essas coisas...

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VAI FAZER FALTA?: O Supergrass anunciou a sua separação devido a "diferenças musicais". Nunca achei o Supergrass nada fenomenal não, mas confesso que lá por 1995, eu ouvia bastante o CD "I should coco", que tinha aquela música "Alright" que tocava o dia inteiro nas rádios. Em janeiro de 96 (será que é esse ano mesmo?), eu vi uma apresentação deles no finado Hollywood Rock. Pra ser sincero, não me lembro muito do show do Supergrass, não. Tinha que aguardar as minhas energias para os Smashing Pumpkins (com o show de lançamento do super CD "Mellon Collie and the infinite sadness") e o The Cure, que fez um show com três horas de duração, que contou com todos os seus clássicos. Ah, como esse Hollywood Rock faz falta...



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PARABÉNS: Hoje temos dois aniversários bem bacanas para comemorar. Primeiro, os 70 anos de Herbie Hancock. Assisti a um show dele em 2008 no Vivo Rio. Além do ótimo show, o cara é muito simpático. Eu estava sentado lá no gargarejo, e ele começou a falar sobre a sua primeira visita ao Rio, em 1968 (acho). Ele apontou para mim, e perguntou: "Você nem era nascido, era?". O pior é que ele ficou esperando a minha resposta, enquanto o meu rosto aparecia nos telões do Vivo Rio. Fiquei mais vermelho que pimentão... Hoje também, a grande soprano Montserrat Caballé sopra 77 velinhas. Em um documentário, Freddie Mercury disse que ficou muito orgulhoso de ter gravado com a cantora lírica, porque ela era "a música em pessoa". Pode ser que seja mesmo...




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Continuando na mesma "Folha de S.Paulo" de ontem. Finalzinho da sempre imperdível coluna do Ferreira Gullar, na qual ele fala sobre Armando Nogueira: "Lembro-me do título que ele [Armando Nogueira] pôs numa entrevista com o bandido Cara de Cavalo. Perguntara-lhe se aprendera a assaltar e roubar vendo filmes americanos, a que o bandido respondeu, indignado, que não aprendera com ninguém. Armando pôs o seguinte título na entrevista: 'Cara de Cavalo: eu inventei o assalto a mão armada'. Grande Armando!" Grande mesmo.

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TOSTÃO E RENATÃO: Taí uma coisa que eu não imaginava: Tostão fã de Renato Russo. Acreditam que o craque citou o ex-líder da Legião Urbana em sua coluna na "Folha de S.Paulo" ontem? Olha: "Messi tem grandes chances de ser um fenômeno por muito tempo. Ele atingiu o auge mais jovem, é artilheiro e tem um estilo agressivo, como tinham Pelé e Maradona. Parafraseando Renato Russo, os três jogam como se não houvesse outro jogo." Adorei!!


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Paira uma nuvem negra sobre o Rio de Janeiro. Tempestades, greve de ônibus... Daqui a pouco, vão cancelar as OlimPiadas de 2016. O que seria uma ótima ideia, diga-se...