31 de out. de 2010

Resenhando: Marcelo D2, Brandon Flowers, Beth Carvalho, Weezer, Ivan Lins

“Marcelo D2 canta Bezerra da Silva”– Marcelo D2
O fato de Marcelo D2 ter deixado de lado o rap para gravar samba em seu novo álbum, “Canta Bezerra da Silva”, não chega a ser uma novidade. Isso porque, desde que iniciou a sua carreira solo, D2, a procura da batida perfeita, já vem flertando com o estilo, e, principalmente, porque o rap pode ser considerado um primo do samba, eis que também dá voz aos ditos excluídos. Assim, não é nenhuma surpresa o novo álbum de D2 cair muito bem. A homenagem foi muito bem feita, em todos os detalhes, da capa (sensacional, que parodia a do disco “Eu não sou santo”, gravado por Bezerra da Silva em 1992, e na qual o sambista é crucificado com armas nas mãos) à escolha do repertório (que misturou sucessos a coisas mais obscuras), passando, lógico, pela boa interpretação – “malandra”, como tem que ser – e o ótimo acompanhamento musical, do produtor Leandro Sapucahy (que também toca percussão em todas as faixas, e canta em “A necessidade”) ao arranjador Jota Moraes. No álbum, D2 se arrisca em diversos gêneros do samba, como o partido alto – “Minha sogra parece um sapatão” é um dos melhores momentos do disco. Outro destaque que segue o mesmo espírito é “Quem usa antena é televisão”, com uma letra fantástica de Celsinho da Barra Funda e Pinga. Já “Malandragem dá um tempo” (bem conhecida pela versão roqueira do Barão Vermelho) volta às suas origens, com bons vocais de D2, assim como “Pega eu (O supra sumo da honestidade”), outro clássico da malandragem carioca. A crônica do morro de Bezerra da Silva revive na voz de Marcelo D2.

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“Flamingo” – Brandon Flowers
Se no futuro algum desavisado incluir “Flamingo” na discografia do The Killers, ele pode ser absolvido desde já. Explico: “Flamingo”, primeiro álbum solo de Brandon Flowers, vocalista do Killers, é bem parecido (para não dizer igual) com o que a sua banda andou fazendo em seus últimos trabalhos, especialmente em “Day & age” (2008). Do som quadriloquente (que esbarra na cafonice, como na faixa de abertura, “Welcome to fabulous Las Vegas”) à escolha do produtor Stuart Price, que também trabalhou no último álbum do The Killers, a impressão que ficou foi a de que Flowers não quis arriscar. Nem a mãozinha do produtor Conan O’ Brien em algumas faixas consegue dar muita liga ao conjunto de canções. Mesmo assim, ainda há momentos bons no álbum, casos da soturna “On the floor” e de “Was it something I said?” (que faz até lembrar que o Killers já gravou um álbum legal, como “Hot fuss”, em 2004). Ambas as faixas dão uma boa ideia do que “Flamingo” poderia ter sido caso Brandon Flowers tivesse seguido um caminho diferente de sua banda que lhe trouxe fama. “Playing with fire”, com uma melodia bem diferente, começa bem, até explodir naquele famoso tipo de refrão que o The Killers adora. (Como irei descrevê-lo em palavras?? Hum, tipo um sol se abrindo no horizonte depois da tempestade... Captou a ideia??) Veja bem: quem é fã do som do The Killers, certamente, não reclamará de “Flamingo”. Brandon Flowers permanece em sua zona de segurança e de conforto. Não que isso seja uma crítica. Mas fica a pergunta: para quê se “arriscar” em uma carreira solo desse jeito?

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“Primeiras andanças – Os dez primeiros anos” – Beth Carvalho
Parcialmente afastada dos palcos e do estúdio por conta de um problema na coluna, Beth Carvalho aproveita para colocar um pouco de ordem em sua rica discografia. O produtor Marcelo Fróes, com o seu selo Discobertas, agrupou parte das gravações iniciais da cantora no box “Primeiras andanças – Os dez primeiros anos”, com cinco CDs. Boa parte das faixas já havia sido lançada em CD, seja em coletâneas ou nos próprios álbuns originais, só que em edições pobres e descuidadas. “Primeiras andanças” tem o mérito de organizar a obra inicial de Beth Carvalho. Os dois primeiros CDs (por sinal, os dois mais interessantes pelo valor histórico, intitulados “Primeiras andanças, vols. 1 e 2”) são coletâneas de fonogramas raros da cantora, muitos gravados para festivais, compactos ou álbuns de outros artistas. Interessante notar, no primeiro volume, que a futura madrinha de Zeca Pagodinho ainda não investia no samba, como pode ser ouvido em faixas como “Namorinho” (com arranjo de Eumir Deodato) e “O sim pelo não”, gravado em dupla com Agostinho dos Santos. Já o volume 2 apresenta o embrião da carreira que a cantora viria a seguir, especialmente na faixa “Meu perdão”, de Nelson Cavaquinho e de Guilherme de Brito, lançada apenas na trilha sonora da novela “Pecado capital” (1975). Mas no mesmo CD ainda é possível ouvir uma Bossa Nova como “Essa passou”, parceria de Chico Buarque e de Carlos Lyra, e com acompanhamento do Som Três, de Cesar Camargo Mariano. No álbum “Canto por um novo dia” (1973), Beth Carvalho ainda não consegue mostrar a sua veia sambista, eis que limitada aos arranjos do mesmo Cesar Camargo Mariano. E para quem gosta da Beth Carvalho sambista de verdade, o negócio pega fogo mesmo em “Pra seu governo” (de 1974, com arranjos de Paulo Moura, e com o cavaquinho de Nelson Cavaquinho em “Miragem”, de autoria do próprio e de Guilherme de Brito) e “Pandeiro e viola” (do ano seguinte, e muito mais pra cima, por conta dos arranjos de Ed Lincoln), dois álbuns (assim como “Canto por um novo dia”) gravados para a extinta gravadora Tapecar – a sua primeira gravadora, a EMI-Odeon, não topou lançar um disco de sambas, porque já tinha Clara Nunes em seu elenco (a velha mentalidade tacanha dos executivos de gravadoras). Novas andanças de Beth Carvalho serão bem-vindas, seja no aguardadíssimo disco de inéditas ou em caixas como essa, perpetuando a sua obra.

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“Hurley” – Weezer
Deve ter coisa de um mês, um fã do Weezer lançou uma petição na internet para arrecadar dez milhões de dólares. Finalidade: doar tudo para a banda e fazer com que ela se aposentasse. “Todo o ano, Rivers Cuomo jura que mudou, e que o seu próximo álbum será a melhor coisa que fez desde ‘Pinkerton’. E o que acontece? Mais uma pilha de besteiras como ‘Beverly Hills’ ou ‘I’m your daddy’”, escreveu o organizador da petição, James Burns. Bom, então vamos falar de “Hurley”, novo álbum do Weezer. A veia sarcástica de Rivers Cuomo parece estar intacta, a começar pela ideia da bizarra capa, com a foto de... Hurley, personagem do seriado “Lost”. As letras também estão bacanas, cheias de ironias finas e boas sacadas. O problema está (talvez) na sonoridade. Não que “Hurley” seja ruim. Longe disso. Mas quando a banda chega a um nível elevado, as comparações são inevitáveis. Até mesmo como diz a petição de Burns: “É uma relação abusiva e tem que parar já. Estou cansado de ver os meus amigos decepcionados todo ano. Se todas as 852 mil pessoas que compraram ‘Pinkerton’ doarem 12 dólares, alcançaremos o nosso objetivo”. O problema está aí. O que esperar de uma banda que gravou um álbum magnífico como “Pinkerton” (1996)? Outro “Pinkerton”? Na cabeça do fã mais radical, sim. Mas sabemos que isso nem sempre é possível. Então sobram discos como o “Red album” (2008) e “Hurley”. Se “Raditude” (2009) é algo que realmente Cuomo deve se envergonhar, “Hurley” é mais parecido com o disco vermelho: uma boa coleção de músicas, que, no final das contas, diverte (mas não emociona). Exemplos? A rapidinha “Ruling me”, com um refrão delicioso, ou então a baladinha acústica “Unspoken”, ou então a eletrônica “Smart girls”, ou então a engraçada “All my friends are insects”, presente só na versão especial do álbum... Nessa mesma edição, há um cover de “Viva la vida”, do Coldplay. Desnecessário, diga-se, ainda mais o comparando com a versão original ou então com a catártica interpretação do Pet Shop Boys. Mas, no fundo, no fundo, o álbum é legal. Assim como o Hurley.

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“Perfil” / “Íntimo” – Ivan Lins
Embora Ivan Lins não esteja sempre nas grandes mídias, os seus fãs não têm do que reclamar. Volta e meia ele aparece por aí com algum lançamento bacana. E, dessa vez, foram dois de uma vez. Vamos começar pelo “Perfil”, série da gravadora Som Livre que já lançou coletâneas de diversos artistas, de Chico Buarque a Fernanda Abreu. Bom, o “Perfil” de Ivan Lins é diferente. Apesar de tratar-se de uma coletânea como as outras da coleção, em seu álbum, Ivan Lins resolveu fazer algo diferente: foi para o estúdio com uma superbanda (com craques como o baterista Téo Lima e o percussionista Sidinho Moreira), e regravou 16 de seus maiores sucessos, incluindo “A noite” (em dueto com Jorge Vercillo), “Dinorah, Dinorah” (com um andamento mais desacelerado), “Deixa eu dizer” (que ganhou um arranjo mais funkeado, inspirado no sampler de Marcelo D2, em sua “Desabafo”, de 2008) e a dobradinha “O amor é o meu país / Meu país”. O outro lançamento é “Íntimo”, disco gravado na Holanda (e produzido pelo baixista Ruud Jacobs), e que já havia sido lançado na Europa, sob o título “Intimate”. Nesse trabalho, Ivan Lins apresenta novas composições com o seu principal parceiro, Vitor Martins. A faixa de abertura, “Tanto amor”, mostra que a dupla ainda está muito bem afiada. Quem participa da faixa é o trompetista Till Brönner. Aliás, convidado é que não falta em “Íntimo”. E o time é de respeito, saca só: as cantoras holandesas Trijntje Oosterhuis e Laura Fygi, Jorge Drexler (que dá um sabor especial à composição dos dois, “Diadema”), o grupo vocal Take 6 (um pouco insosso na dobradinha “Nosso acalanto” / “That’s Love”) e Alejandro Sanz, que, como de costume, não diz ao que veio em “Llegaste (Vieste)”. A melhor do álbum é a parceria de Ivan com Chico Buarque (“Sou eu”), com uma letra deliciosa: “Na minha mão o coração balança / Quando ela se lança no salão / Pra esse ela bamboleia / Pra aquele ela roda e saia / Com outro ela se desfaz da sandália”)”. No final das contas, entre a repetição de “Perfil” e a irregularidade de “Íntimo”, fica a certeza de que, pelo menos, Ivan Lins não deixa os seus fãs na mão.

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Abaixo, “Malandragem dá um tempo”, na voz de Marcelo D2:

29 de out. de 2010

Frankie Goes to Hollywood, Lídia Brondi, Van Der Sar, Rolling Stones, Pixies, Slash+Fergie, Cee-Lo Green, Nirvana

Olha só o que está voltando...



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É possível alguém se suicidar duas vezes??



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Bem diferente é esse trechinho liberado do próximo videoclipe de Cee-Lo Green, "Bright lights bigger city": música boa e videoclipe bacana.



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"Beautiful dangerous" é o novo videoclipe do Slash, com a participação especial de Fergie. Na boa, música caída e videoclipe caído, hein...



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Para comemorar o lançamento de seu novo site oficial, o Pixies está dando de presente para os fãs o download gratuito do show realizado na edição 2004 do festival de Coachella 2004. A apresentação, que contou com 20 músicas em 60 minutos, pode ser baixado aqui. A banda promete abastecer o site semanalmente com novos shows, mas o download destes será pago. O primeiro, e que já está disponível, é um concerto realizado na cidade de Manchester, em 1988.

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Por conta do lançamento de seu livro "Life", Keith Richards não sai da mídia. Em entrevista à revista alemã Stern, o guitarrista garantiu que o Rolling Stones volta aos palcos no ano que vem. Ele também disse preferir que os shows sejam realizados em salas de espetáculo menores, ao invés de grandes estádios. (Comentário nada a ver: Hahahaha... Imagina um show dos Stones na Via Funchal?) Richards afirmou que, nesse formato, seria possível fazer várias apresentações em uma mesma cidade. Pelo jeito, a turnê vai durar uns cinco anos então...

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Vou partir para o futebol porque agora quero homenagear um dos melhores goleiros que já vi jogar, e que hoje fica quarentão. Edwin van der Sar ganhou tudo o que competiu, menos a Copa do Mundo (azar da Copa do Mundo, não??). Gigante das traves, o goleirão holandês brilhou no Ajax, na Juventus, no Fulham e no Manchester United. A fama foi conquistada no Ajax, time pelo qual foi quatro vezes campeão holandês, e ainda faturou a Liga dos Campeões da Europa (edição 1994/95), uma Copa da UEFA (1991/92), uma Supercopa Européia (1995/96) e o Campeonato Mundial de Clubes de 1995. Pelo Manchester United, foram três campeonatos ingleses, uma Copa da Liga Inglesa, três Supercopas da Inglaterra, uma Liga dos Campeões da Europa e um Campeonato Mundial de Clubes, em 2008. Cá pra nós, nem precisava ganhar Copa do Mundo, né?



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Já que estou falando tanto da minha infância hoje, vou lembrar d uma das atrizes mais gatas que já vi atuar: Lídia Brondi. E não é que aquela gata está fazendo 50 anos hoje?? Não sei como ela anda hoje em dia. Infelizmente, Lídia Brondi deixou a carreira artística de lado para se dedicar à psicologia. Se eu não gostasse tanto do meu analista, eu iria procurá-la. Juro... Engraçado que Lídia Brondi fez três novelas que me marcaram muito: "Roque Santeiro" (de 1985, ela era a única personagem da novela que Sinhozinho Malta respeitava), "Vale tudo" (1988) e "Tieta" (1989). Filha do pastor Jonas Resende, ela é casada com o ator Cássio Gabus Mendes. E eu tive a sorte de ser aluno do seu irmão, Laércio, o melhor professor de português que tive na minha vida.



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Ah, hoje é dia de falar de um dos álbuns que mais ouvi na minha infância. Eu tenho um primo mais velho que eu trocava muito disco quando era criança. E era tipo assim: ele se ligava mais em rock internacional, e eu, em nacional. Tipo, deixava um "Dois", da Legião Urbana na casa dele, e levava um "The works", do Queen. Ou então deixava um "Selvagem?", dos Paralamas do Sucesso, e trazia para casa um "Welcome to the pleasuredome", do Frankie Goes To Hollywood. Pra ser sincero, nem sei se cheguei a devolver esse álbum duplo para o meu primo. Foi um dos vícios da minha infância. E hoje ele completa 26 aninhos de idade. Hum, bons tempos...



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Você já viu homem voar? Não, né? Então deixa eu contar uma história pra vocês. Hoje eu comecei a postar cedo porque simplesmente não dormi. Veja só: estava correndo no calçadão ontem à noite, ouvindo David Bowie, parara, parara, quando, depois de uns cinco quilômetros, uma pedra (tipo aquela da poesia do Drummond) se materializou na minha frente. Os segundos seguintes foram surreais... Catei cavaca por uns 70 metros, até que desisti de tentar me equilibrar e me esborrachei no chão. Resultado: pernas, braços e mãos todas arrebentadas. Um senhor ainda veio me levantar, e a frase que ele me disse me trouxe de volta à realidade: "Ainda bem que você conseguiu colocar a mão na frente, porque sua cabeça ficou a uns quinze centímetros do meio-fio"... Pode acreditar, mas cada tecla digitada aqui dói pra cacete. E olha só o que eu estava ouvindo exatamente na hora em que "levantei voo"...



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"Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo"

("Livros" - Caetano Veloso)

Lindo, não? O Dia Nacional do Livro não poderia passar em branco por aqui. O livro que, várias vezes, é o meu melhor amigo. Pena que os brasileiros leiam tão pouco. Também em um país onde é mais barato comprar um livro importado do que um nacional, isso não chega a ser uma surpresa. Os impostos são altíssimos e ninguém faz nada para melhorar a situação. Mas o que podemos esperar de um país cujo presidente diz se orgulhar de nunca ter lido um livro, né?

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28 de out. de 2010

Garrincha, Zélia Duncan, Ben Harper, Queen, Diogo Vilela, Foo Fighters, MJ, Velvet Revolver, Bob Dylan, Suede, Batman, Gorillaz, Mogwai, Drums, Lennon

Fantástico o esporro de John Lennon... Hehehe...



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Que tal o novo videoclipe do The Drums, "Me and the moon", hein?? Eu gostei...



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A banda escocesa Mogwai anunciou em seu site oficial que vai lançar um novo álbum, "Hardcore will never die, but you will", no dia 14 de fevereiro do ano que vem. A produção ficou a cargo, mais uma vez, de Paul Savage. As faixas do novo disco são as seguintes: "White noise", "Mexican grand prix", "Rano pano", "Death rays", "San Pedro", "Letters to the metro", "George square Thatcher death party", "How to be a werewolf", "Too raging to cheers" e "You're Lionel Richie".

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Já está disponível na iTunes Store, o novo EP do Gorillaz, "iTunes session" (capa acima), com oito faixas ao vivo, além de uma entrevista de 37 minutos com Murdoc Niccals e 2D. No dia 22 de novembro, a banda de Damon Albarn lançará o single "Doncamatic (All played out)". O repertório de "iTunes session" é o seguinte: "Clint Eastwood", "Dirty Harry", "Feel good Inc", "Kids with guns", "Stylo", "Glitter freeze", "On melancholy hill" e "Rhinestone eyes".

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O terceiro filme da nova série do Batman vai se chamar... "The dark knight rises". Bem original, não?? O britânico Christopher Nolan será novamente o diretor, e Christian Bale fará o papel principal.

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Na noite de ontem, o Suede se apresentou no pequeno Bush Hall, em Londres. Foi uma espécie de aquecimento para o show que acontecerá na O2 Arena, na mesma cidade, no dia 07 de dezembro. Brett Anderson e companhia apresentaram 19 músicas, incluindo os sucessos "Killing of a flashboy", "Trash" e "To the birds", que farão parte da coletânea "The best of Suede", que será lançada no Reino Unido, na próxima segunda feira. O setlist do show foi o seguinte: "This Hollywood life", "Killing of a flashboy", "Trash", "Filmstar", "Animal nitrate", "Heroine", "Pantomime horse", "My insatiable one", "The drowners", "She", "Can't get enough", "Everything will flow", "The asphalt world", "So young", "Metal Mickey", "The wild ones", "New generation", "Beautiful ones" e "To the birds". Dá pra sentir o gostinho com o vídeo abaixo...



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Parece que agora o Velvet Revolver vai voltar mesmo. Em entrevista à Kerrang!, o guitarrista Slash confirmou que está procurando um novo vocalista para substituir Scott Weiland. A banda, inclusive, já estaria testando novos cantores em estúdio. "Estamos experimentando dois caras, nesse momento. Vamos ver no que vai dar. Vocês não devem conhecer um deles. O outros, vocês, definitivamente, conhecem", disse o guitarrista. Pela internet, rolam boatos que Mike Patton (Faith No More) seria o futuro vocalista da banda. Mas Slash negou mais uma vez. "É definitivamente um boato. Mas eu adoro o estilo vocal do Mike."

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"Thriller", de Michael Jackson, vai virar filme. Diversos estúdios de Hollywood estão interessados em levar o sucesso que MJ gravou em 1982 para as telas. Sites especializados em cinema estão noticiando que o coreógrafo Kenny Ortega deve dirigir o filme. O filme vai contar a história da própria música, ou seja, uma extensão do clássico videoclipe. Vamos ver o que que sai...

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Dave Grohl deve estar com saudades do Nirvana. Explico: já em estúdio gravando o novo álbum do Foo Fighters, Grohl convocou o produtor Butch Vig para produzir o álbum - ele também foi o resposnável por "Nevermind" (1992)-, e o baixista Krist Novoselic para participar de uma faixa do novo álbum. "Ele apareceu aqui em uma noite, e tocou baixo numa canção", disse Grohl à BBC. Bob Mould, do Hüsker Dü, também participa do disco. O Foo Fighters já marcou shows em Londres, no mês de julho de 2011.

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Partindo para a televisão, hoje vamos lembrar também de Diogo Vilela, um dos grandes atores do país. Pode ser na comédia ou no drama, Diogo é um dos melhores atores que já vi atuar. Sempre na dele, longe dos holofotes, ele só aparece mesmo quando é para mostrar a sua arte. A primeira recordação que tenha dele na televisão foi na novela "O sexo dos anjos", de 1983. Depois, Diogo apareceu em "Sassaricando" (1987), "Deus nos acuda" (1992), "Quatro por quatro" (1994), entre outras. Isso sem contar, claro, com o "TV Pirata", o melhor humorístico que já vi na TV, e no "Toma lá, dá cá". Diogo Vilela faz 53 anos hoje. Parabéns!



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No dia 28 de outubro de 1977, o Queen lançava um de seus álbuns mais importantes: "News of the world". Bom, quase todos os álbuns do Queen podem ser chamados de "importantes". Mas esse é diferente. A começar pela dobradinha inicial "We will rock you" / "We are the champions", que passou a encerrar todos os shows da banda de Freddie Mercury, até o derradeiro, no Knebworth Park, no verão inglês de 1986. Além dessas duas faixas, que, sim, valem o disco, o Queen ainda soava mais roqueiro do que nunca, em canções como "Sheer heart attack" e "Get down, make love". E o que dizer das pungentes "Spread your wings" e "My Melancholy blues"? Pois é... É um clássico de verdade.



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Quem faz 41 anos hoje é o músico norte-americano Ben Harper. Confesso que sempre tive uma certa implicância com Ben Harper. Achava aquele rock estilo meio surfista um pouco aguado. Até que Ben Harper lançou o álbum "White lies for dark times" (2009), com a sua nova banda, a Relentless7. Putz, que som, bicho. Chapei. Melhor ainda foi o DVD ao vivo que veio em seguida: "Live from the Montreal International Jazz Festival" (2010). A banda em cima do palco é impressionante. E, além das canções próprias, ela apresentou uma versão antológica (veja bem: antológica mesmo!!) de "Under pressure", que o Queen e o David Bowie gravaram em 1981. Se todos os covers fossem feitos assim...



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Hoje está tendo festa lá em Niterói também! A grande Zélia Duncan completa 46 anos atravessando grande momento em sua carreira. O seu último trabalho, "Pelo sabor do gesto", para mim, foi o melhor álbum brasileiro de 2009, e "Telhados em Paris", a melhor música. Escrevi isso no SRZD quando fiz o balanço do ano passado. E não mudei de opinião não. Zélia está sendo corajosa ao apresentar todas as músicas desse novo álbum no show. Poucos artistas fazem isso. Mas ZD tem certeza da qualidade de seu trabalho. E o show rtealmente é fantástico. Tomara que saia em DVD.



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UMA PAUSA PARA A PROPAGANDA: Já que a gente tem que aturar Dilma e Serra na televisão todo dia pedindo o nosso voto, vou aproveitar o espaço aqui para pedir um voto para quem realmente merece. O livro "O leitor apaixonado", de Ruy Castro, está concorrendo ao prêmio Jabuti de melhor livro de 2009. Para votar, é molinho. Basta clicar aqui, digitar e-mail e CPF, votar no melhor livro de ficção (Chico Buarque está concorrendo), e depois no melhor livro de não-ficção, onde entra "O leitor apaixonado". Não perdi mais de 30 segundos para votar.

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Outro dia falei aqui sobre os 70 anos do Pelé. E hoje vou homenagear aquele que talvez seja o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos: Garrincha. Se vivo fosse, Mané estaria completando 77 anos hoje. Não é preguiça não, mas acho que não vale a pena ficar aqui citando os feitos de Garrincha, se a melhor biografia brasileira versa exatamente sobre o craque. Eu li "Estrela solitária: Um brasileiro chamado Garrincha", de Ruy Castro, logo que saiu. Devia ter uns 13 anos. E chorei bastante com a história do Mané. Mesmo para quem não gosta de futebol, é altamente recomendável. Outro momento que não me esqueço foi o show "Verde anil amarelo cor de rosa e carvão", de Marisa Monte. Durante a música "Balança pema", de Jorge Ben, os telões ao fundo do palco passavam imagens de dribles fantásticos do Garrincha. Tudo a ver com a música. Dá para relembrar com o vídeo abaixo. E salve Mané!



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27 de out. de 2010

Mauricio de Sousa, Simon Le Bon, Sex Pistols, Raimundos, Heaven & Hell, Michael, Animal Collective, Daft Punk, Crystal Castles, Stipe, RHCP, Weezer

Weezer cantando Toni Braxton? Sim, e estará no álbum de raridades, "Death to false metal", que a banda lança na semana que vem. Saca só:



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Sentindo cheiro de Foo Fighters no Rock in Rio. Não sei porque...

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O baterista Chad Smith disse à Spin que o próximo álbum do Red Hot Chili Peppers terá um sabor afro-pop. Segundo o baterista, a ideia nasceu de uma viagem do baixiata Flea e do guitarrista Josh Klinghoffer à Nigéria e à Etiópia. Smith também contou que tem escutado bastante uma coletânea de música afro colombiana. O álbum do RHCP, o primeiro desde "Stadium arcadium" (2006), ainda não tem previsão de lançamento.

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Finalmente vazou na internet o remix da versão do Crystal Castles para "Not in Love" (originalmente gravado pela banda canadense new wave Platinum Blonde), com a participação especial do genial Robert Smith, do The Cure. Está logo aí abaixo. Aproveite!



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Que tempinho mais vagabundo... Quanto maior o lixo, mais sucesso faz...

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Uma nova música do Daft Punk, que fará parte da trilha sonora do filme "Tron: Legacy", foi postada online pelos produtores do longa da Walt Disney. No novo trailer (abaixo), a música "Derezzed" forma o fundo musical. O filme é uma sequência de "Tron" (1982), e conta com o mesmo Jeff Bridges no elenco. Também em versão 3D, "Tron: Legacy", será lançado até o final do ano.



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A banda Animal Collective foi a escolhida para fazer a curadoria da edição 2011 do festival All Tomorrow's Parties, que acontecerá em Minehead, Inglaterra, entre os dias 13 e 15 de maio. A ideia do festival é eleger uma banda - nesse ano foi o Pavement - para escolher as demais atrações do evento. O Animal Collective já convocou Gang Gang Dance, Lee Scratch Perry, Prince Rama, Meat Puppets, The Frogs e Black Dice.

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Eu quero!!

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Os adeptos da teoria da conspiração de que Michael Jackson vale mais morto do que vivo devem estar dizendo: "falei ou não falei???". Segundo a revista Forbes, Jackson é a celebridade morta mais lucrativa da atualidade. Só no último ano, o seu espólio faturou 275 milhões de dólares com o seu nome. Colado em Jackson está o seu ex-sogro, Elvis Presley. O top 10 da Forbes é o seguinte: JRR Tolkien, Charles Schulz, John Lennon, Stieg Larsson, Dr. Seuss (Theodor Geisel), Albert Einstein, George Steinbrenner e Richard Rodgers.

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Foi liberado um trechinho do DVD que o Heaven & Hell vai lançar no próximo dia 15 de novembro, "Neon knights: 30 years Of Heaven & Hell - Live at Wacken". O videoclipe apresenta um segmento do clássico do Black Sabbath, "Children of the sea". A apresentação aconteceu em 30 de julho de 2009, no festival alemão de Wacken, durante a turnê de divulgação do álbum "The devil you know". Foi a última apresentação filmada do vocalista Ronnie James Dio, que morreu em maio do ano passado.



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"Despedida em Las Vegas" é aquele tipo de filme que éu posso chamar de perfeito. A história, a interpretação de Nicolas Cage, a belezura de Elisabeth Shue, a trilha sonora de Sting, o roteiro bem encadeado, baseado no livro de John O'Brien, a direção precisa de Mike Figgis... Eu me lembro bem que fui assisti-lo no cinema na semana de estreia. Ao mesmo tempo em que é triste, a história do alcoólatra Ben Sanderson chega a ser divertida (dentro do possível), quando se encontra com a prostituta Sera na cidade de Las Vegas. No fundo, "Despedida em Las Vegas" nada mais é do que uma história de tolerância. Algo que tem faltado muito por aí. O filme estreou em 27 de outubro de 1995.



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Aqui no blog, uma coisa sempre vai puxando outra. Então, já que falei do Sex Pistols, agora é a hora de falar dos Raimundos, banda representante do punk (punk?) brasileiro dos anos 90/00. Bom, se era punk, hardcore, forrocore, ou seja lá o que for, pouco importa. O que importa é que quem tem lá os seus 30 anos hoje, e teve a chance de ver os Raimundos ao vivo, sabe muito bem que foi um dos shows mais divertidos que já passou pelos palcos do país. No melhor "estilo Ramones", eles enfileiravam dezenas de sucessos, um atrás do outro, no mesmo fôlego. E esse poder de fogo ao vivo está muito bem representado em "MTV ao vivo", que chegou às lojas no dia 27 de outubro de 2000, confome me lembra o blog do Paulo Marchetti. Saiu em CD duplo e em DVD. E é simplesmente fantástico. Ah, que saudades dos meus 15 anos... Hehehe...



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Bastou um álbum para que o Sex Pistols se tornasse uma das bandas mais emblemáticas da história do punk. E esse álbum, "Never mind the bollocks, here's the Sex Pistols", saiu exatamente no dia 27 de outubro de 1977. Música pesada, crítica social em plenos anos 70 na Inglaterra, atitude fora do comum, Joãzinho Podre berrando no microfone com a sua cara de maluco... Tinha tudo para dar errado. Mas não deu. "Never mind the bollocks" é um clássico até hoje. E desconfio que nunca deixará de sê-lo. Olha só o repertório do álbum: "Holidays in the sun", "Bodies", "No feelings", "Liar", "God save the queen", "Problems", "Seventeen", "Anarchy in the U.K.", "Submission", "Pretty vacant", "New York" e "E.M.I.". Precisava fazer mais um disco??



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Bom dia, pessoal! Alguém caiu da cama aí? Hehe... Bom, hoje a história aqui começa mais cedo, e com o grande Mauricio de Sousa, que embalou (e embala) a infância de muita gente, com a sua Turma da Mônica - o meu predileto sempre foi e será o Chico Bento. Mauricio de Sousa completa 75 anos hoje, mesmo dia em que Simon Le Bon, vocalista do Duran Duran, sopra 52 velinhas. Eu ouço muitas críticas ao Duran Duran. O seu último trabalho, "Red massacre carpet" (2007), é verdade, não é dos melhores. Mas quem viu o show da turnê do álbum, sabe que o Duran Duran ainda está tinindo em cima do palco. E como está...



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26 de out. de 2010

Milton Nascimento, Belchior, Magrão, Rogério Duprat, George Michael, Scissor Sisters, Velvet Revolver, Motörhead, Kanye West, Kings Of Leon

Para quem ainda não viu, o vídeo do Kings Of Leon nesse último Saturday Night Live:



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Um vídeo um pouco menor do que o ego de Kanye West...



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O Motörhead anunciou os nomes das faixas que farão parte de seu próximo álbum, "The world is yours" (capa acima), que chega às lojas no dia 13 de dezembro. Produzidas por Cameron Webb, as faixas são as seguintes: "Born to lose", "I know how to die", "Get back in line", "Devils in my head", "Rock n' roll music", "Waiting for the snake", "Brotherhood of man", "Outlaw", "I know what you need" e "Bye bye bitch bye bye".

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Após a forte onda de boatos no sentido de que Mike Patton (do Faith No More) assumiria os vocais do Velvet Revolver, o guitarrista Slash tratou de desmenti-los todos em seu Twitter. "Os rumores sobre Mike Patton trabalhando com o VR são, definitivamente, rumores. Mas adoro o estilo do Mike de cantar", escreveu Slash. O vocalista original do Velvet, Scott Weiland, saiu da banda em 2008.

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É A CRISE: A banda Scissor Sisters cancelou nove shows que faria na Europa por conta da crise econômica. As apresentações aconteceriam na França, Dinamarca, Suíça, Alemanha, Holanda, Luxemburgo e Itália, entre os dias 29 de outubro e 14 de novembro. "Tornou-se impossível fazer com que a turnê funcionasse em termos financeiros. Pedimos desculpas sinceras por essa situação chata", declarou a banda através de comunicado oficial. Vale lembrar que o Scissor Sisters tem atuação marcada em São Paulo, na Via Funchal, no dia 22 de novembro.

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Adiado por conta de sua recente prisão, a edição especial de "Faith" (capa acima), álbum mais importante da carreira de George Michael, será lançada no dia 31 de janeiro de 2011. O disco, que vendeu mais de 20 milhões de cópias no mundo inteiro desde o seu lançamento, em 1987, ganha uma versão turbinada, com quatro itens: o CD original remasterizado; outro CD com raridades e lados B da época; vinil original remasterizado; e um DVD com os documentários "George Michael & Jonathan Ross have words" e "Music money love Faith", além dos videoclipes de "I want your sex", "Faith", "Father figure", "One more try", "Monkey" e "Kissing A Fool". A relação de faixas do CD de raridades é a seguinte: "Faith", "Fantasy", "Hard day", "I believe when I fall in love", "Kissing a fool", "Love's in need of love today", "Monkey (7" Edit)", "Monkey (A Capella)" e "Monkey (Jam & Lewis Remix)".

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A música brasileira, pelo jeito, está em alta hoje aqui no blog. Foi no dia 26 de outubro de 2006, que um dos crânios da Tropicália, partiu dessa pra melhor. Pegue os discos geniais gravados no período tropicalista, seja por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes ou Gal Costa, e você verá algo em comum neles: arranjos de Rogério Duprat. Eu não tenho dúvidas de que se não fosse o dedo do maestro, a Tropicália não teria acontecido. Ex-aluno de aluno de Karlheinz Stockhausen, na Alemanha, Duprat estava absolutamente sintonizado com o que acontecia de novo no mundo. E ele trouxe isso para a música brasileira, ajudando a modernizá-la. Pegue qualquer disco gravado no período tropicalista e coloque para rodar. Você chegará à conclusão de que ele poderia ter sido gravado hoje. Tudo por causa de Duprat, que ainda lançou um álbum solo magnífico, "A banda tropicalista do Duprat" (1968), que ganhou edição em CD faz pouco tempo. A versão abaixo de "Chega de saudade" está nesse disco. Duvido que você tenha ouvido algo tão deboxado quanto...



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Nossa, hoje o negócio está bom mesmo. Agora é hora de falar um pouco de rock brasileiro. Sérgio Magrão, baixista do 14 Bis, e ex-integrante d'O Terço, sopra 60 velinhas hoje. Compositor bissexto, Magrão escreveu, pelo menos, uma canção imortal da MPB: "Caçador de mim", em parceria com Luis Carlos Sá. A música acabou estourando na voz de Milton Nascimento (outro aniversariante do dia) e da dupla Sá & Guarabyra.



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De um monstro da MPB para outro. Hoje também é dia de falar de Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior, que está fazendo 64 anos. Acho que a estranheza de Belchior é diretamente proporcional à sua genialidade. Ao mesmo tempo em que desaparece sem dar notícias, Belchior é capaz de esculpir pedras preciosas em foma de músicas como "Medo de avião", "Apenas um rapaz latino americano", "Velha roupa colorida", "Como nossos pais", entre outras. Abaixo, uma versão bacana que encontrei de "A palo seco", junto com a galera do Los Hermanos.



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Opa! Bom dia, pessoal! Como estamos, hein? Adoro começar o dia homenageando quem é especial de verdade. Hoje é um dia desses, porque começo falando de Milton Nascimento, o grande Bituca, que faz 68 anos hoje. Dono de uma das obras mais coesas da nossa música popular, Milton gravou discos emblemáticos como "Clube da esquina" (1972) e "Minas" (1975). Os seus shows também não ficam atrás. No meu top 5 de todos os tempos, incluo, sem dúvidas, o magnífico "Tambores de Minas", no final dos anos 90. Nos próximos dias, Bituca vai lançar o seu novo álbum, "...E a gente sonhando". Já estou na ansiedade.

25 de out. de 2010

Pelé, Roberto Menescal, Jon Anderson, Rob Halford, Coldplay, Buffalo Sprigfield, Jeff Beck, Ronson+Michael Jackson, Nine Inch Nails, Gregory Isaacs


(Gregory Isaacs - 15/07/1951 / 25/10/2010)

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O Nine Inch Nails anunciou que vai relançar o seu álbum de estreia, "Pretty hate machine", que saiu, originalmente, em 1989. O vocalista Trent Reznor afirmou que ele próprio remasterizou o áudio para trazer uma experiência melhorada ao ouvinte. "Nos divertimos muito visitando esse nosso velho amigo. Esperamos que vocês gostem", escreveu Reznor no site da banda. O relançamento ocorrerá no dia 22 de novembro.

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A BBC noticiou hoje que o produtor Mark Ronson (responsável por "Back to black", de Amy Winehouse) está trabalhando em um lançamento futuro envolvendo o nome de Michael Jackson. O disco traria canções inéditas do astro que morreu no ano passado. Travie McCoy, lídero do The Gym Class Heroes disse à BBC Newsbeat que Ronson teria confirmado a história a ele. Já Ronson desconversou: "McCoy é um menino travesso. Eu não posso falar nada. Eu nem sei se tenho autorização para abrir a minha boca sobre esse assunto." No próximo dia 22 de novembro, será lançado o DVD triplo "Vision", com todos os 40 videoclipes gravados por Michael Jackson.

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Prestes a se apresentar no Brasil, Jeff Beck lança mais um álbum ao vivo nos próximos dias. "Live and exclusive from the Grammy Museum" foi gravado em abril, e conta com oito músicas. São elas: "Corpus Christi carol", "Hammerhead", "Over the rainbow", "Brush with the blues", "A day in the life", "Nessun dorma", "How high the moon" e "People get ready". O lançamento (físico e na loja virtual da iTunes) acontecerá no dia 01º de novembro.

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BUFFALO SPRINGFIELD AGAIN: Demorou 42 anos, mas o Buffalo Sprigfield se reuniu novamente em cima de um palco, nesse fim de semana. Stephen Stills, Neil Young e Richie Furay se apresentaram no Bridge School Benefit, festival beneficente organizado por Young. A última apresentação da banda havia acontecido no dia 05 de maio de 1968, na Long Beach Arena.



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Quer tirar um soninho? Um estudo feito na Grã-Bretanha pela Travelodge (um grupo de cadeias de hotéis) revelou quais artistas que mais dão sono nas pessoas. O grande vencedor foi o Coldplay, seguido de perto por Michael Bublé e Snow Patrol. O estudo concluiu, ainda, que uma em cada quatro pessoas adormece com o mp3 ligado. No total, seis mil pessoas foram entrevistadas, sendo que 84% ouve música na cama antes de dormir. O top 10 dos artistas que dão sono é o seguinte: Coldplay, Michael Bublé, Snow Patrol, Alicia Keys, Jack Johnson, Taylor Swift, Mozart, Barry White, Leona Lewis e Radiohead.

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Para fechar as comemorações de hoje, vou falar do grande Rob Halford, ex-vocalista de uma das bandas mais importantes da história do heavy metal, o Judas Priest, que esteve aqui no Brasil no Rock in Rio II, que aconteceu em 1991. Dez anos depois, na terceira edição, Halford veio como artista solo, abrindo para o Iron Maiden. Vi os dois shows, e gostei muito da apresentação solo de Halford. Fazendo uma pesquisa, até encontrei um jornal da época com uma resenha de Jamari França, para o Jornal do Brasil, sobre esse show. Sente: "O cantor inglês Rob Halford foi tratado com respeito e bastante aplaudido pela massa metaleira que passou a noite inteira gritando pelos nomes de Sepultura e Iron Maiden. Todos reconheceram que tinham pela frente uma lenda do heavy metal, e ele retribuiu fazendo um set que teve cinco músicas conhecidas da banda que o consagrou, o Judas Priest, além de duas canções do Fight, grupo que formou após deixar o Judas. O set list se completou com seis de seu último CD solo, 'Ressurection'". ("Sua majestade", Jamari França, 21/01/01)



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Futebol, Bossa Nova e, agora, o rock progressivo. Jon Anderson, vocalista do Yes, sopra 66 velinhas nessa segunda feira. Em 2008, o Yes anunciou uma turnê, só que Anderson caiu doente com problemas respiratórios. Após alguns meses de indefinição, a banda decidiu fazer os shows com outro vocalista. Anderson ficou chateado com os seus (ex-?)colegas. Mas os desuses do rock fizeram justiça. A banda teve que cancelar novamente os shows por conta de uma cirurgia de urgência na perna direita do baixista Chris Squire. Eu fiz um trabalho sobre o Rock in Rio recentemente, e conversei com muita gente que esteve lá. Sempre fazia uma pergunta: "Qual foi o show imperdível da primeira edição do Rock in Rio"? Queen, Barão Vermelho, Iron Maiden, AC/DC...? Nenhum deles... A resposta que mais ouvi foi Yes! Então...


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Pelé passa a bola para Roberto Menescal, que hoje completa 73 anos. Pelo que sei, Menescal não é nenhum grande jogador de futebol, mas ele mandava bem em pesca submarina. Tanto que a finada gravadora Elenco bolou essa capa acima para o álbum "A Bossa Nova de Roberto Menescal" (1963), talvez o principal trabalho do violonista, que também gravou discos antológicos com Nara Leão, Maysa, Elis Regina, Leny Andrade e Wanda Sá. Menescal também compôs as trilhas dos filmes "Joana Francesa" e "Bye bye Brasil" (os dois de Cacá Diegues), em parceria com Chico Buarque.



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No Dia Internacional do Macarrão, acho que seria uma boa seguir essa receita da Rita Lee agora no almoço, não?? Hehehe... Olha, eu juro que estava pensando em fazer algo bem legal no sábado para comemorar os 70 anos do Pelé, mas, confesso, bebi pra caceta na sexta. Quando acordei no sábado, o nosso "rei do futebol" já estava com quase 70 anos e 1 dia. O Pelé é aquele tipo de pessoa que a gente até duvida se realmente existe. Eu vi Pelé ao vivo uma vez. E sabe onde foi?? Num show da Legião Urbana. É sério. Foi no antigo Metropolitan, em 1994. Mas não vou homenagear Pelé com Legião, não. Será com Caetano Veloso. Olha só:





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24 de out. de 2010

Resenhando: Vanessa da Mata, Neil Young, Adriana Partimpim, Leonard Cohen, Zeca Pagodinho

“Bicicletas, bolos e outras alegrias”– Vanessa da Mata
Sempre quando ouvia algum álbum da Vanessa da Mata, tinha algo que me incomodava. Não sabia exatamente o que era. Certamente não era a sua voz, nem as suas composições, e nem a sonoridade de suas músicas. Então, o que seria? Na primeira audição de “Bicicletas, bolos e outras alegrias”, eu descobri. Faltava punch, se é que vocês me entendem. Em seus trabalhos anteriores, a impressão que eu sempre tinha era que Vanessa poderia ir muito além, mas ficava presa a certos padrões pré-estabelecidos. E isso não acontece em seu novo álbum, que chegou às lojas na semana passada. Resultado? “Bicicletas, bolos e outras alegrias” já é, fácil, fácil, um dos melhores álbuns lançados em 2010. Contando com a produção de Kassin, e com músicos fantásticos como Donatinho (teclados), Gustavo Ruiz, Fernando Catatau (ambos na guitarra) e Stephane San Juan (percussão), o álbum é riquíssimo musicalmente, repleto de referências, como acontece em “Bolsa de grife”, tropicalista até a alma, com uma guitarra a la Lanny Gordin. “Fiu fiu” com a sua levada mais funkeada também é outro belo destaque (saca a letra de Vanessa da Mata: “Nós não nos entendemos como antes / Eles adoram mulheres air bag / E nós emagrecemos para as amigas / Inimigas todas”), assim como a faixa-título. Para terminar, uma parceria da própria Vanessa com Gilberto Gil, “Quando amanhecer”, com a participação do baiano, na voz e no violão. Em suma, um disco que talvez só não seja tão delicioso quanto o “Bolo da Vó Sinhá”, cuja receita está no encarte do CD. Eu provei, e é muito bom.

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“Le noise” – Neil Young
Que Neil Young é chegado a gravar uns álbuns estranhos, isso não é segredo para ninguém. Nos anos 80, a sua gravadora chegou até a processá-lo, por entregar um disco completamente fora dos padrões esperados. “Le noise”, que saiu lá fora há umas duas semanas, entra no rol desses trabalhos estranhos. Esqueça a Crazy Horse ou qualquer outra banda com aqueles amigos de Neil Young. Em “Le noise”, o barulho mesmo só sai da guitarra, do violão e da garganta do compositor canadense. São apenas oito faixas espalhadas em 38 minutos. Mas é o suficiente. Da raivosa faixa de abertura, “Walk with me”, cheia de guitarras distorcidas, até a soturna “Rumblin’”, Neil Young desfia a delicada “Peaceful valley boulevard” (que lembra até as coisas de “Harvest”, de 1972), transborda energia na antológica “Hitchhiker”, e destila o seu veneno em “Love and war”, quando prova que não é necessário berrar tanto para dar mais uma pancada na política belicista norte-americana. Com a produção de Daniel Lanois, Neil Young gravou um de seus álbuns mais estranhos... e mais substanciosos. Certamente a gravadora não terá do que reclamar.

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“Dois é show” – Adriana Partimpim
Adriana Calcanhotto sempre tratou os seus fãs com muito respeito, gravando álbuns sofisticados, e apresentando shows que vão além da ideia do disco originário. E pode-se dizer que Adriana Partimpim segue os mesmos passos de sua “mentora”. Após dois álbuns de estúdio e um DVD, Partimpim chega agora com “Dois é show”, registro audiovisual do show do álbum “Dois” (2010). Exagero lançar um DVD logo agora? Ainda mais repetindo as mesmas músicas dos três trabalhos anteriores (a única exceção é “Um leão está solto nas ruas”, de Rossini Pinto, e que foi sucesso na voz de Roberto Carlos, na época da Jovem Guarda)? Pode parecer que sim, mas não é o caso. Em “Dois é show”, Partimpim vai muito além dos registros anteriores, dando muito mais peso a canções como “Baile Particumdum” (da própria e de Dé Palmeira), que virou um legítimo frevo sensacional. Ou então em “Lig-lig-lig-lé” (Oswaldo Barbosa / Paulo Barbosa), muito mais encorpada que nas duas gravações anteriores. A cenografia do espetáculo merece um comentário a parte. Em um palco decorado cheio de brinquedinhos e instrumentos fofos, Adriana Partimpim se transforma em robô, em bailarina (com uma saia de guarda-chuva bem original, durante “Ciranda de bailarina”, de Chico Buarque e Edu Lobo) e ainda vai embora voando do palco, no melhor estilo Michael Jackson – a comparação foi inevitável, perdoem-me. Não dá nem para notar a ausência do sucesso “Fico assim sem você”, que está apenas nos extras do DVD, fora, portanto, do roteiro original do show. A Samba Filmes, como de costume, foi primorosa na edição do vídeo, com tomadas de imagens de muito bom gosto. E a banda que acompanha Partimpim... Moreno Veloso, Davi Moraes, Alberto Continentino, Rafael Rocha e Domenico Lancellotti dispensam maiores apresentações. Taí, essa menina Partimpim tem futuro.

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“Songs from the road” – Leonard Cohen
Leonard Cohen é daquele tipo de artista genial que não se coça muito para gravar material novo. Quando precisa de uma graninha, sai em turnê com shows que beiram as três horas de duração, canta todos os seus sucessos, e lota as casas de espetáculo e estádios pelos quais passa. Em 2008, ele lançou o CD duplo e DVD “Live in London”, com a íntegra de uma dessas apresentações, na O2 Arena. Cohen deleita a plateia com um punhado de clássicos do nível de “Hallelujah”, “Suzanne”, “I’m your man”, “Sisters of mercy”, “So long, Marianne” etc. etc. etc. Agora é a vez de “Songs from the road”, CD/DVD/BD só lançados lá fora até agora, e que apresentam doze canções apresentadas na mesma turnê. Algumas se repetem no “Live in London”, como “Closing time” e “Bird on the wire”. As execuções das mesmas também é praticamente a mesma nos dois discos. Então, qual a diferença? A principal mesmo é o fato de ser Leonard Cohen. Se isso não for o bastante para você, junte o fato de cada música ter sido gravada em um local diferente, de Israel à Finlândia, passando pela Suécia, Alemanha e Estados Unidos, na já mítica apresentação de Leonard Cohen no Coachella Musica Festival de 2008 (sinta no vídeo a arrepiante interpretação para “Hallelujah”). Acresça a isso as músicas que não fizeram parte de “Live in London”, como “Famous blue raincoat”, “Avalanche”, “The partisan” e uma versão animal de “Waiting for the miracle”. Você continua achando que não vale dar uma olhadinha em “Songs from the road”?

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“Vida da minha vida” – Zeca Pagodinho
Pode ter certeza que, daqui a muitos e muitos anos, quando alguém for eleger o top 5 de Zeca Pagodinho, o álbum “Vida da minha vida” fará parte dele. Desde o estouro do sambista com “Verdade”, lá no finalzinho da década de 90, sinto que os seus álbuns são gravados de forma industrial, seguindo certas fórmulas de mercado que já estavam cansando (com exceção do ótimo “Acústico MTV 2 – Gafieira”, de 2006). “Vida da minha vida” é diferente, como um álbum de samba dos velhos tempos. A voz de Zeca está muito mais bonita (a vida de avô, pelo jeito, tem lhe feito bem), e até mesmo a ideia de gravar um sambão antigo de Gilson (“Poxa”) caiu muito bem. O que poderia sugerir oportunismo acaba se transformando em pura sinceridade nos versos “Poxa / Como foi bacana te encontrar de novo”. “Vida da minha vida”, certamente, apresenta a melhor seleção de sambas já gravados por Zeca Pagodinho. “Hoje sei que te amo”, de Nelson Rufino, é daquele tipo de samba que já nasce clássico: “Vem matar a saudade que está me matando / Ameniza, por Deus, esse meu padecer / Foi preciso perder pra saber que eu te amo / Saber que eu não posso viver sem você”. Letra simplesinha, né? Mas ouça só a música. “Encanto de paisagem” (de Nelson Sargento, e com participação do mesmo) faz uma ode aos morros, e “Quem passa vai parar” (uma espécie da sambossa) conta com a voz de Alcione. Destaque também para “Um real de amor”, de Fagner e Brandão, e que já havia sido gravada pelo cantor cearense junto com Zeca Baleiro, no projeto conjunto dos dois, em 2003. Zeca deu nova vida à canção, que, diga-se de passagem, ficou bem melhor na sua voz. E mesmo apelando para aquele tipo de personagem fanfarrão que sempre aparece em seus discos (agora é a vez de “O garanhão” e de “O puxa-saco”), a peteca não cai em “Vida da minha vida”. “Poxa / Como foi bacana te encontrar de novo...”

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Em seguida, “Bolsa de grife”, a melhor faixa de “Bicicletas, bolos e outras alegrias”, de Vanessa da Mata:

22 de out. de 2010

Timothy Leary, Kiss, Pet Shop Boys, Rambo, Black Eyed Peas, Nando Reis, Slash, Iommi, Mutantes, The Cars, Lady Gaga+Elton John, Cee-Lo Green

Foi anunciada a capa do novo álbum de Cee-Lo Green, "The lady killer" (acima). A tracklist do disco, que sai a 02 de novembro, é a seguinte: "The lady killer theme (Intro)", "Bright lights bigger city", "Forget you", "Wildflower", "Bodies", "Please", "Satisfied", "I want you", "Cry baby", "Fool for you", "It's OK", "Old fashioned", "The lady killer theme (Outro)" e "F**k You". Trechos das músicas podem ser ouvidas no canal oficial de Cee-Lo no YouTube.

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JUNTOS, ENFIM: Lady Gaga e Elton John se uniram para gravar "Hello, hello", canção-tema do próximo desenho animado da Disney, "Gnomeo and Juliet", que estreia em fevereiro do ano que vem.

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A Billboard informa que a banda new wave The Cars está gravando um novo álbum, 23 anos após o lançamento de seu último trabalho. O engenheiro de som Paul Orofino confirmou que a banda está reunida em um estúdio em Boston. Na semana passada, a banda revelou um trecho de pouco mais de um minuto de uma nova música, "Blue tip", em seu perfil no Facebook.

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Adorei essa matéria do Leonardo Lichote, d'O Globo, sobre o compacto da banda que originou os Mutantes.

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Quer ver um show inteirinho acústico do Slash com Myles Kennedy?? Aqui.

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Mais um supergrupo vem aí. Tony Iommi (Black Sabbath), Ian Gillan, Jon Lord (ambos ex-Deep Purple) e Nicko McBrain (Iron Maiden) gravaram um single intitulado "Out of my mind". A grana arrecada reverterá para a construção de uma nova escola de música na Armênia, destruída por um terremoto em 1988. Ainda não há previsão de lançamento.

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Essa aí é a capa do novo DVD de Nando Reis, "Bailão do Ruivão", que sai na semana que vem, e também estará disponível em CD. Ao lado dos Infernais, Nando revisita clássicos (bregas para uns, cult para outros) de gente como Dalto, Wando e Roupa Nova. Os Titãs são relembrados com "Bichos escrotos". As participações especiais ficam por conta de Zezé Di Camargo & Luciano, Banda Calypso e banda Zafennate (integrada por um dos filhos de Nando). O CD/DVD é chancelado pela série "MTV ao Vivo". O repertório do DVD é o seguinte: "Venus", "Agora só falta você", "Não me deixe nunca mais", "Whisky a go-go", "Fogo e paixão", "My pledge of love", "I can see clearly now", "Islands in the stream", "Muito estranho", "Could you be loved?", "You and I", "Bichos escrotos", "Gostava tanto de você", "Você pediu e eu já vou daqui", "Do seu lado", "Severina Xique Xique", "Você não vale nada", "Frevo mulher", "Lindo balão azul" e "Chorando se foi".

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Finalmente foi divulgada a primeira música do próximo álbum do Black Eyed Peas, "The beggining", a ser lançado a 30 de novembro. O que eu mais gostei na música foi a chupadinha de "(I've had) The time of my life"... Alguém tem dúvidas de que vem mais um mega hit por aí??



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"O que vocês chamam de inferno, eu chamo de lar!" No dia 22 de outubro de 1982, chegava aos cinemas um verdadeiro clássico: "Rambo". Hehehe... É sério. Após voltar da Guerra do Vietnã, John Rambo (Sylvester Stallone) é preso nos Estados Unidos. Só que ele foge. E aí que a coisa começa a ficar boa. A verdadeira guerra começa nesse momento. E se você (ainda) nunca viu esse filme, pode correr. Depois nãos e esqueça de me agradecer...



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"Behaviour" é aquele tipo de álbum que uma banda grava e sabe que nunca mais vai conseguir se superar. E o Pet Shop Boys nunca mais se superou mesmo. Lógico que houve grandes álbuns depois, como "Release" (2002) e "Yes" (2009), mas igual a "Behaviour"? Lamento informar, mas Neil Tennant e Chris Lowe nunca mais vão conseguir. Esse é o preço que se paga pela produção de uma obra-prima, que (ainda bem) foi exaustivamente divulgada aqui no Brasil por conta da chegada da MTV. "Being boring" (abaixo), inclusive, foi um dos vídeos mais rodados nos primórdios da emissora no país. E "Behaviour" ainda tinha "How can you expect to be taken seriously?", "My october symphony", "So hard", "Jealousy"...



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Dono de uma das discografias mais irregulares da história do rock, o Kiss transita entre álbuns memoráveis e outros absolutamente descartáveis. "Hotter than hell", que saiu a 22 de outubro de 1974, é um dos memoráveis. Foi o segundo disco do Kiss, que contava com Gene Simmons, Paul Stanley, Ace Frehley e Peter Criss em sua formação. O álbum, um dos mais pesados da banda, é praticamente uma coletânea de clássicos. Veja se eu estou mentindo: "Got to choose", "Parasite", "Goin' blind", "Hotter than hell", "Let me go, rock 'n' roll", "All the way", "Watchin' you", "Mainline", "Comin' home" e "Strange ways". Bom demais, não?



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"Everybody is talking about John and Yoko, Timmy Leary..." Conhece esses versos de "Give peace a chance", né? Timothy Leary está nele. Assim como esteve na cabeça de boa parte das artes dos anos 60. O psicólogo e professor de Harvard, defendia que os psicodélicos poderiam ter efeitos terapêuticos e espirituais nas pessoas. Ele também mudou a relação terapueta-paciente na psicologia moderna, com a sua teoria da análise transacional. Suas ideias pavimentaram o caminho para uma revolução cultural e (psicos)social. John Lennon escreveu uma música em homenagem ao amigo, que hoje estaria fazendo 90 anos de idade. Olha só:



Why not?