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14 de nov. de 2010

Resenhando: John Lennon, Seu Jorge and Almaz, Ronnie Wood, Elba Ramalho, Seal

“Signature box”– John Lennon
Depois de os Beatles organizarem a sua discografia em luxuosas caixas no ano passado, agora é a vez de John Lennon. A primeira pergunta que o fã (que tem toda a sua coleção) vai fazer é a seguinte: e aí, vale a pena? Para mim, que não tinha a sua discografia toda, valeu (a princípio). Mas também acho que, diferentemente dos boxes dos Beatles, esse de John Lennon deixou a desejar em alguns pontos. Em primeiro lugar, “Signature box” (caixa luxuosíssima por sinal, toda branca e cheia de frescuras, além de um bonito booklet, CDs em formato digipack, e imagens de desenhos de Lennon) conta apenas com os álbuns “Plastic Ono Band” (1970), “Imagine” (71), “Some time in New York City” (72), “Mind games” (73), “Walls and bridges” (74), “Rock and roll” (75), “Double fantasy” (80), “Milk and honey” (póstumo, de 1984), além de um CD com seis singles (23 minutos) lançados por John Lennon e Yoko Ono, como “Cold turkey” e “Give peace a chance”, e um outro de demos. Ou seja, ficaram de fora, sabe-se lá por qual motivo: os trabalhos experimentais de John e Yoko (“Two virgins”, de 1968, “Life with the lions” e “The wedding álbum”, ambos de 1969), o a vivo “Live Peace in Toronto” e a nova mixagem de “Double fantasy”. (Ou seja, minha coleção permanece incompleta.) Também não há mais nenhuma raridade, sobra de estúdio, gravação ao vivo ou afins, além dos 48 minutos do CD de demos. Falar da obra de John Lennon seria mais do mesmo. Patinando entre álbuns brilhantes (“Plastic Ono Band”) e sofríveis (“Some time in New York City”), a sua obra está longe de ser coesa, mas, claro, é boa, de um modo geral, como comprovam os álbuns “Mind games” e “Double fantasy” – este último ganhou uma mixagem muito satisfatória (vendida apenas em CD avulso), que dá mais ênfase à voz de Lennon, deixando o som um pouco mais cru. Já o áudio dos CDs originais de estúdio (e que estão incluídos no box) foi melhorado – ficou mais nítido –, mas nada tão sensacional quanto o trabalho feito com os álbuns dos Beatles no ano passado. Talvez para o fã mais radical, essa “Signature box” valha o caro investimento. Para o fã ocasional, melhor ficar com a coletânea “Power to the people – The hits”, especialmente a versão dupla, que, além do CD com 15 sucessos, traz um DVD (que também não consta no box) com os videoclipes das respectivas canções.

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“Seu Jorge and Almaz” – Seu Jorge and Almaz
Acostumado a lotar os seus shows pelo país, Seu Jorge resolveu deixar um pouco de lado o seu estilo mais popular, para gravar um álbum, digamos, indie, voltado para o mercado internacional. Para tanto, ele se juntou a uma superbanda, formada por Pupillo (bateria e percussão), Lucio Maia (guitarra, integrante da Nação Zumbi) e Antonio Pinto (baixo, cavaquinho e teclados). O resultado, irregular, vacila entre altos e baixos. O repertório, que vai de Jorge Ben a Nelson Cavaquinho, passando por Noriel Vilela, Tim Maia, Baden Powell e Rod Temperton, é composto por 12 faixas, nenhuma assinada por Seu Jorge. De um modo geral, as novas versões ficaram bem diferentes das originais. E aí reside o diferencial do álbum. Muita gente vai gostar e muita gente vai odiar. Por exemplo, “Cristina”, de Tim Maia, ganhou um andamento mais arrastado, com ênfase na guitarra de Lucio Maia, bem distinta da versão balançante do Síndico. “Rock with you”, de Rod Temperton (e que fez sucesso na voz de Michael Jackson), virou um reggae-soul com a voz grave de Seu Jorge. Também bem diferente da versão de Jacko. Já a gema de Nelson Cavaquinho, “Juízo final”, virou um samba-indie muito interessante – talvez seja a melhor faixa do álbum. O mesmo, no entanto, não pode ser dito de “Errare humanum est”, de Jorge Ben. Cheia de climas, a nova versão do cantor fluminense ficou desnecessariamente pesada demais, sem o frescor da gravação do Babulina. O afro-samba “Tempo de amor”, de Vinicius de Moraes e Baden Powell ganhou uma versão que mais parece trilha para um filme de terror (e isso não é uma crítica), com Seu Jorge abusando da sua voz grave – em alguns momentos, ficou muito parecido com o Arnaldo Antunes. Enfim, “Seu Jorge and Almaz” é um trabalho bem diferente na carreira de Seu Jorge. Nem melhor, nem pior. Apenas um pouco diferente.

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“I feel like playing” – Ronnie Wood
Geralmente álbuns solos de integrantes de bandas muito consagradas não dizem muita coisa. Tipo, “ah, o cara quer se desligar um pouquinho da sua banda e vai gravar um álbum meia-bomba com os amigos”. De fato, Ronnie Wood, dos Rolling Stones, se juntou a diversos amigos para gravar “I feel like playing”, seu primeiro disco solo desde “Not for begginers” (2003). Mas, de encontro a regra geral, o guitarrista mostra que tem muito a dizer em seu trabalho solo. Encharcado de referências, o álbum pode até mesmo ser considerado um dos melhores lançados por qualquer integrantes dos Stones em carreira solo. A voz de Wood, todos sabemos, não é lá essas coisas, mas a sinceridade de suas canções deixa esse detalhe em segundo plano. Aos 63 anos, o guitarrista entrou em estúdio com amigos apenas para gravar “Spoonful”, de Willie Dixon. As coisas começaram a fluir, e veio uma música atrás da outra, como “100%”, “Tell me something, “Fancy pants” e “Sweetness my weakness”, essa última, segundo Wood, foi uma homenagem ao recém-falecido compositor e cantor Gregory Isaacs. O reggae conta com a participação especial de Slash na guitarra. Aliás, participações bacanas não faltam em “I feel like playing”. O ex-Guns n’ Roses mostra a sua habilidade na guitarra em cinco faixas do álbum. Além dele, Billy Gibbons (ZZ Top), Bobby Womack, Flea, Darryl Jones, Bernard Fowler, Steve Ferrone e Waddy Watchel também abrilhantam “I feel like playing”. Eddie Vedder, por sua vez, é co-compositor da stoniana “Lucky man” (com Womack nos backing vocals e o produtor Bob Rock na guitarra). Mas para os saudosos dos Rolling Stones, a que mais lembra a banda é “I don’t think so”, com um riff que deve ter deixado Keith Richards verde de inveja. E, como se não bastasse, a faixa de abertura, a folk “Why you wanna go and do a thing like that for”, é daquelas que vai figurar fácil, fácil, em qualquer listinha de bom gosto com as melhores músicas de 2010.

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“Marco Zero – Ao vivo” – Elba Ramalho
Chega uma hora em que o artista deve olhar pra trás, rever a sua carreira, para ter novas ideias para futuros projetos. O clássico “um passo pra trás para dar dois a frente”, diriam alguns. E é isso que faz Elba Ramalho em seu novo CD, “Marco Zero – Ao vivo”. Show de Elba Ramalho é animação na certa. Não tem erro – a não ser que você esteja de péssimo humor. “Marco Zero” prova essa afirmativa. Elba Ramalho, com a voz tinindo, interpreta os seus maiores sucessos, colecionados em 31 anos de carreira discográfica – a sua estreia aconteceu em 1979, com o álbum “Ave de prata”. Antes do primeiro disco, Elba gravou “O seu amor”, em dueto com Marieta Severo, no álbum lançado por Chico Buarque em 1978. Essa faixa está presente (em dueto com Alcione) em “Marco Zero”, o que denuncia o seu caráter retrospectivo. Sucessos não faltam no CD gravado em março, no Centro Histórico de Recife: “De volta pro aconchego”, “Frevo mulher”, “Morena de Angola”... Pena que “Banho de cheiro”, uma das músicas mais emblemáticas de sua carreira, tenha ficado de fora. Durante o show, Elba ainda recebeu diversos convidados, como Geraldo Azevedo (“Canta coração” e a linda “Chorando e cantando”), Lenine (em ótima versão para “Queixa”, de Caetano Veloso), Zé Ramalho (“Admirável gado novo” e “Chão de giz”), o excelente sanfoneiro Cezinha (“É só você querer”) e André Rio (“Chuva de sombrinha”). Aguardamos o DVD para a festa ser completa.

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“Commitment” – Seal
Quando iniciou a sua carreira, em 1991, Seal era um dos artistas mais “cool” do período. O seu primeiro álbum (“Seal”) era sinônimo de modernidade, com faixas como “Killer”, “The beggining” e, claro, “Crazy”. Em seus trabalhos seguintes, Seal deslizou entre baladas (o auto-denominado álbum de 1994) e a eletrônica (no mediano “System”, de 2007). Em 2008, o cantor britânico colocou nas lojas “Soul”, um disco quadradão com covers de clássicos de gente como Sam Cooke, James Brown e Al Green. Como se não bastasse, “Soul live” (2009) repetia todas as faixas de seu antecessor de estúdio. Esgotamento artístico? Não, se levarmos em conta “Commitment”, novo álbum do cantor, que acaba de chegar às lojas. Produzido pelo mesmo David Foster (de “Soul”), esse novo álbum mostra todas as facetas de Seal, para o bem e para o mal – mas muito mais para o bem, nesse caso. A faixa de abertura “If I’m any closer” apresenta um Seal que já estava dando saudades: deliciosamente pop, dançante, o vozeirão rascante e macio ao mesmo tempo, uma pitada de soul, enfim, a receita de Seal em seus melhores tempos. Receita que é seguida na bonita balada “All for love”, na eletrônica “The way I lie” e na classuda “You get me”. “Commitment” talvez seja o trabalho mais introspectivo de sua carreira. E, certamente, era disso mesmo o que ele estava precisando. Enfim, a sua carreira discográfica encontrou o trilho que estava faltando desde meados da década passada. Que continue assim.

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Logo abaixo, “Everybody loves the sunshine”, do novo projeto de Seu Jorge:

23 de ago. de 2010

Gene Kelly, Lulu, Keith Moon, Paula Toller, Mehldau, Casablancas, Bowie, Cor do Som, Kobe, U2, Neil Young, Donato, Page, Lennon, Eno, Selway, Ron Wood

Ron Wood programou o lançamento de seu novo álbum, "I feel like playing" para o dia 27 de setembro. E o guitarrista dos Rolling Stones se cercou de gente boa. Participam do álbum Eddie Vedder (Pearl Jam), Slash (ex-Guns n' Roses) e Flea (Red Hot Chili Peppers). O álbum contará com 12 faixas inéditas, inluindo o single "Lucky man". Kris Kristofferson, Billy Gibbons (guitarrista do ZZ Top) e o cantor Bobby Womack também deram uma forcinha para Wood. O último álbum do guitarrta foi "Not for beginners", de 2001. A relação de faixas de "I feel like playing" é a seguinte: "Why’d you wanna do a thing", "Sweetness", "Lucky man", "I gotta go", "Thing about you", "How am I gonna catch you", "Spoonful", I don't think so", "100%", "Fancy pants", "Tell me something" e "Forever".

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Bora ouvir o álbum solo do Philip Selway, batera do Radiohead, inteirinho? Aqui.

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"Small craft on a milk sea" (capa acima), novo álbum de Brian Eno, chega às lojas no dia 15 de novembro. Gravado com Jon Hopkins e Leo Abrahams, o disco será lançado em CD, download digital e em uma caixa limitada, com um vinil e dois CDs.

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Alguém quer comprar uma privada usada por John Lennon?

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Jimmy Page está preparando o lançamento de um livro pela Genesis Publications, para o dia 27 de setembro. Pelo que parece, é um livro de fotografias, que conta com várias inéditas, extraídas dos arquivos particulares do ex-guitarrista do Led Zeppelin. O livro tem mais de 500 páginas, e reproduz cerca de 650 fotos e ilustrações. A capa é toda em couro, e a edição é limitada em 2.500 cópias, todas assinadas por Jimmy Page. O preço? 445 libras, ou 1.200 reais. Mais detalhes aqui.

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A Biscoito Fino coloca nas lojas nos próximos dias o álbum gravado em dupla por João Donato e Paula Morelenbaum. "Água" (capa acima) conta com 12 faixas, todas elas compostas por João Donato com diferentes parceiros. A relação de faixas é a seguinte: "Flor de maracujá", "Café com pão (Jodel)", "A rã", "Muito à vontade", "Lugar comum", "Ahiê", "Mentiras", "Entre amigos", "E muito mais", "Every day", "A paz" e "Tudo tem".

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Sai no dia 28 de em setembro "Le noise", o novo álbum de Neil Young, produzido por Daniel Lanois. A boa nova foi dada pelo próprio artista, em seu perfil no Facebook. "'Le noise' está finalizado. É um disco solo. Estará disponível em CD, vinil e no iTunes, seguido por blu-ray e aplicativos para iPhone e iPad, um mês depois. Os aplicativos serão grátis e trarão a capa do álbum em versão interativa", explicou o músico canadense. No mesmo dia, Eric Clapton também lança o seu novo álbum, "Clapton".

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Alguns fãs podem até dizer que o acidente com Bono foi bom, tendo em vista que, volta e meia, o U2 estreia alguma música nessa nova nessa europeia. No show de ontem, em Helsinki, na Finlândia, foi a vez de "Every breaking wave". É legalzinha, mas longe do padrão U2.



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E para os fãs de basquete, fica aqui a minha homenagem a Kobe Bryant, gigante do Los Angeles Lakers, e que completa 32 anos hoje.



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Quem também estaria fazendo 40 anos hoje é o saudoso ator River Phoenix, que morreu precocemente aos 23 anos de idade. Mas foi tempo suficiente para ele estrelar bons filmes como "Conta comigo" (1986), "Indiana Jones e a última cruzada" (89), "Garotos de programa" (91) e "Um sonho, dois amores" (93). E tempo suficiente também para ser homenageado por ninguém menos que Milton Nascimento.



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O blog do Paulo Marchetti me lembra que hoje faz 30 anos que o clássico "Transe total", álbum de maior vendagem da banda A Cor do Som, chegou às lojas. "Transe total" foi o quarto álbum da carreira do grupo, que, na ocasião testava um som mais popular. As faixas desse discaço são as seguintes: "Dança das fadas", "Palco" (aquela do Gilberto Gil), "Moleque sacana", "Farraforró", "Zanzibar (As cores)", "Massaranduba", "Semente do amor", "Maracangalha" (de quem??), "Bruno e Daniel", "Para ser o sol" e "Transe total".



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Sabe qual música estreava no topo da parada inglesa de singles exatos 30 anos atrás?? Essa aqui:



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Hoje também é dia de dar os parabéns a Julian Casablancas, vocalista do The Strokes. Casablancas nasceu a 23 de agosto de 1978 e, na minha opinião, também manda muito bem tanto na carreira solo quanto na sua banda. Vi o Strokes em algum Free Jazz (ou já seria Tim?) e foi um dos shows mais vibrantes que já tive a oportunidade de presenciar. Ouvi um boato de que eles estavam quase fechados com o Planeta Terra, mas desistiram. Pena. Contudo, acho que não vai demorar muito para eles voltarem não. Seria lindo fechar uma noite do Rock in Rio, por exemplo.



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O grande pianista Brad Mehldau vai soprar 40 velinhas hoje. Reconheço que sou um pouco preconceituoso quando o jazz está no meio. Para mim, eu fico com os clássicos, como Coltrane, Bill Evans, Oscar Peterson, Horace Silver, Miles Davis, Duke, Monk e quejandos. Mas o Brad Mehldau eu conheci não tem nem dez anos, e acho sensacional. O que eu acho mais bacana em seu trabalho é a mistura que ele faz, tipo vertendo "Paranoid android" (Radiohead) ou "Wonderwall" (Oasis) ou ainda "O que será" (Chico Buarque) para o jazz. E, olha, se você não conhece, ouça, porque é muito legal.



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Agora vou falar da gatíssima Paula Toller, que faz aniversário hoje. (E fica mais linda a cada ano.) Adoro a carreira solo dela e gosto muito do Kid Abelha. Aliás, cresci ouvindo e comprando cada LP do Kid Abelha. E parece que, em breve, terei mais um na coleção. Difícil mesmo é eleger a minha música predileta deles. Tem muita coisa... E qual é a de vocês?



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E hoje é dia de homenagear Keith Moon (23/08/46), para muitos, o maior baterista de todos os tempos. Insubstituível no The Who, Moon ficou famoso também pelas suas bebedeiras homéricas. Mas não tem a mínima graça ver um DVD mais recente do The Who. Keith Moon era engraçado, carismático e tocava muito. Para mim, junto com o baixista John Entwistle, ele formou a melhor cozinha da história do rock. Pena que os dois já se foram (e por motivos bem parecidos, diga-se). Mas se Pete Townshend e Roger Daltrey aparecerem aqui pelo Brasil, pode ter certeza que estarei na primeira fila.



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"O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda."
(Nelson Rodrigues - 23/08/12 / 21/12/80)

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Nossa, muito bom começar o dia assim com essa cena clássica do Gene Kelly em "Singing in the rain", não? E o fim de semana, hein? Como foi? No sábado, fui ver esse novo show do Lulu Santos, "Acústico MTV 2", aqui no Vivo Rio. Eu estava curioso para ouvir os novos arranjos que o Lulu preparou para as suas músicas antigas. Para quem cresceu nos anos 80, show do Lulu não tem erro, é sempre muito bom e tal. Mas acho que as suas apresentações estavam ficando muito iguais. Ele colocava uma ou duas músicas novas aqui e ali, e o resto se repetia sempre. Daí a minha curiosidade com esse novo trabalho do Lulu. E gostei muito. Ouvi canções que não rolavam havia séculos em seus shows, como "Dinossauros do rock" (quando vi o primeiro show do Lulu, em 1989, ele estava lançando essa música), "Papo cabeça" (a minha predileta do Lulu ever), "Tudo azul" (com um arranjo muito legal, com direito até a zabumba), "Auto-estima" (faixa perdida, que havia sido lançada em single, no ano de 1993, acho), "Brumário" (do clássico "Popsambalanço e outras levadas", de 89), "Vale de lágrimas" (do "Letra e música", de 2005), a inédita (e mediana) "E tudo mais" (que abiu o show), entre algumas outras. Destaco aqui a disco "Baby de Babylon", de seu último álbum, "Singular" (2009), que ganhou um arranjo puxado para o samba, que ficou supimpa. De resto, algumas músicas do "Acústico 1", com arranjos iguais ao álbum lançado dez anos atrás, como a trinca "Toda forma de amor" / "Um certo alguém" / "Último romântico", "Assim caminha a humanidade", "Tudo bem", "A cura", "Aviso aos navegantes", "De repente Califórnia", "Como uma onda", "Tempos modernos" (essa fechou o show, com Lulu tocando guitarra) etc. Mas essas não podiam faltar mesmo...

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(Gene Kelly - 23/08/12 / 02/02/96)

27 de mai. de 2010

Paganini, Bridgewater, Paul, Sex Pistols, Flu, Amy, Arcade Fire, Smashing Pumpkins, Ozzy, Foals, Faces

"Noel Gallagher, Kelly Jones, do Stereophonics, Chris Robinson, do Black Crowes... Muita gente pediu: "por favor, me deixe cantar com vocês'."(Ron Wood, guitarrista fanfarrão dos Faces, dizendo à BBB, quem teria se convidado para participar do show de reunião da banda, em agosto)

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Que tal o single novo dos Foals, "Miami"? Achei muito legal...



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Genial essa forma do Ozzy Osbourne divulgar o seu novo álbum, "Scream".



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A banda Smashing Pumpkins deu início ao projeto de lançar uma série de EPs virtuais que, no futuro, formarão um box. "Teargarden by kaleidyscope 1: Songs for a sailor" já está disponível para download. Eu curti as músicas. "A song for a son" é uma balada interessante, ao passo que "Widow wake my mind" nos traz de volta o SP roqueiro.



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E hoje o Arcade Fire resolveu liberar tudo de uma vez. A linda capa do novo disco (logo aí acima) foi divulgada. O lançamento de "The suburbs" acontecerá no dia 02 de agosto. E duas faixas foram lançadas hoje também. A primeira é "Month of may", um rockinho esperto, meio punk, meio-sei-lá... Bem diferente daquela coisa épica e sensacional do álbum de estreia. O álbum foi co-produzido pela banda e por Markus Dravs.



A outra faixa é "The suburbs" (que também será o título do álbum). Eu gostei mais dessa do que da primeira. "The suburbs" me trouxe uma vibração mais folk, estilo Califórnia-anos-60... Pelo jeito, esse novo álbum do Arcade Fire será bem diversificado. Não sei se isso é bom ou ruim, mas já estou ansioso.



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NOTÍCIA VELHA: O pai de Amy Winehouse disse que deve sair disco novo da filhota no Natal. Já ouvimos isso nos dois anteriores...

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E, atenção, tricolores de plantão que ontem derrotaram o meu Mengão. Hoje faz 26 anos que o Fluminense conquistou o seu primeiro (e único) campeonato brasileiro. A final foi contra o Vasco da Gama, no dia 27 de maio de 1984. O jogo terminou empatado em 0x0, mas como o Fluminense havia ganhado a primeira partida por 1x0, o título acabou ficando nas Laranjeiras. Até esse flamenguista aqui vai ter que reconhecer que o tricolor carioca tinha um timaço em 1984. Sente só a escalação da final: Paulo Víctor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Assis; Romerito, Washington e Tato. O técnico era o bom e velho Carlos Alberto Parreira.



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Consultando meus alfarrábios aqui, me deparei com algo interessante. Uma música histórica que foi lançada no dia 27 de maio de 1977. São 33 anos de história. Tipo, não são 35 e nem 40. Mas acho que esse é o tipo de música que deve ser lembrado todo ano. Sabe qual é? Segura aí!



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E hoje faz 35 anos que esse discaço acima foi lançado. "Venus and Mars", o quarto álbum do Wings (banda formada por Paul McCartney após a dissolução dos Beatles), é um daqueles que eu tinha em vinilzão e ouvia direto. Ou seja, foi fundamental para a minha formação. O álbum nem é daqueles que está cheio de sucessos. Pelo contrário, acho que não tem nenhum grande hit. Mas, nossa, que delícia a abertura com a faixa título e "Rock show". Ou então "Listen to what the man said" ou a viajante "Spirits of ancient Egypt", com participação de Denny Laine. Fundamental! Já estou ouvindo novamente. Só troquei o velho vinil pelo iTunes. Infelizmente.

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E quem faz 60 anos hoje é uma das grandes damas do jazz. Dee Dee Bridgewater nasceu a 27 de maio de 1950 e gravou dois álbuns que eu considero fudamentais: "Love and peace: A tribute to Horace Silver" (1995) e "Dear Ella" (1997). Por esse último, em homenagem a Ella Fitzgerald, Dee Dee faturou o Grammy de melhor vocal de jazz e melhor arranjo instrumental (na canção "Cotton tail"). Dee Dee Bridgewater já veio ao Brasil em algum Free Jazz da vida, mas não me lembro qual.



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Então vamos começar viajando ao ano de 1840. Sabe quem morreu no dia 27 de maio de 1840? Hein? O compositor italiano Niccolò Paganini. O nome pode até parecer estranho, mas algumas de suas composições são daquele tipo que a gente põe para rodar, e reconhece de cara, especialmente os seus "caprices" para violino (como os de número 13, 20 e 24) e os seus concertos para violino números 2 e 3. Ah, e claro, o "Moto perpetuo", que você pode conferir logo abaixo.



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Bom dia pessoal. Como está a vida, hein? Vamos logo, que hoje estou cheio de compromisso... Só duas curiosidades: hoje é o dia do profissional liberal e da Mata Atlântica!

7 de jul. de 2008

THE FACES PODEM SE REUNIR PARA GRAVAR NOVO ÁLBUM

O guitarrista Ronnie Wood e o vocalista Rod Stewart almoçaram em um restaurante em Londres, na semana passada, para, aparentemente, discutir um retorno da antiga banda. Desde então, órgãos de imprensa ingleses estão noticiando que a banda estaria prestes a gravar um novo disco e anunciar uma turnê mundial.

“Ron e Rod tiveram um ótimo momento relembrando a banda. Eles estavam rindo e contando piadas, mas eles estão com grande vontade de retornar aos estúdios”, disse uma fonte ao jornal The Sun. Ela ainda acrescentou que há planos de as gravações iniciarem no outono [do hemisfério norte] com uma turnê no início do ano que vem.

O último álbum de estúdio do The Faces foi “Ooh La La”, lançado em 1973.

Abaixo, um vídeo do The Faces interpretando o sucesso “Maggie May”.

5 de jun. de 2008

RÁPIDAS 2

Stevie Wonder confirmou hoje que vai fazer uma rara turnê pela Europa nesse ano. Foram anunciadas 12 datas, a primeira no dia 08 de setembro na National Indoor Arena, na cidade de Birmingham, Inglaterra. Após outros shows no país, será a vez de Holanda, Suécia, Noruega, Alemanha, Itália e França assistirem ao novo espetáculo de Wonder. O último show será no Bercy de Paris, no dia 28 de setembro. Essa é a primeira turnê européia do astro do soul em mais de uma década. Sobre a turnê, ele disse: “Estou ansioso para esses shows na Europa. Nós teremos noites maravilhosas de emoção”.

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Além de anunciar a turnê, Stevie Wonder disse que Barack Obama, candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, é uma mistura de John Kennedy com Martin Luther King Jr.. Wonder afirmou que “esses dois espíritos”, quando combinados em Obama, significam que ele “não pode perder” as eleições de novembro. O rapper P. Diddy também prometeu o seu apoio à Obama. Ele descreveu a vitória sobre Hillary Clinton, nas primárias, como “um dos melhores momentos” de sua vida. Em entrevista a MTV, ele disse que a vitória de Obama é a prova de que “a história está sendo feita”, bem como “mostra que os americanos vivem no melhor país do mundo”.

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A banda de rock progressivo Yes teve que cancelar a turnê que comemoraria os seus 40 anos de existência. Problemas de saúde do vocalista Jon Anderson que, no mês passado, teve uma insuficiência respiratória, motivaram o cancelamento. O vocalista foi recomendado a ficar seis meses em repouso absoluto. “Na seqüência dos meus ataques respiratórios, os médicos me aconselharam a passar os próximos seis meses descansando e me recuperando”. Não há previsão de agendamento de notas datas.

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O cantor Peter Gabriel revelou a sua intenção de gravar uma música da banda norte-americana Vampire Weekend. Em entrevista à BBC, Gabriel disse que conheceu o Vampire Weekend através de uma pessoa da gravadora da banda. Quando perguntado qual versão para uma canção de outro artista gostaria de fazer, Gabriel disse que é fã de “Cape Cod Kwassa Kwassa”, que inclusive, faz uma referência a ele. “Atualmente eu gosto muito dessa canção, e eles me perguntaram se eu não gostaria de gravar um cover dela, o que eu posso fazer”, afirmou. Abaixo, o áudio de “Cape Cod Kwassa Kwassa”.



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A banda The Police definiu em qual local de Nova York fará o seu derradeiro show. O Madison Square Garden foi escolhido pela banda, mas a data ainda não está definida. Presume-se que seja na segunda semana de agosto. Não serão postos ingressos a venda. Os fãs poderão adquirir os bilhetes através de doações para a televisão pública norte-americana. A quantia de cinco mil dólares, por exemplo, garante jantar, festa, ingresso na primeira fila, além da oportunidade de o fã assistir a passagem de som antes do show. A turnê do The Police, que, no ano passado, vendeu 2,2 milhões de ingressos, foi a mais rentável de 2007, ficando a frente de Justin Timberlake e do Genesis.

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O cantor Paul Weller surpreendeu os seus fãs durante um show realizado ontem a noite em Londres, ao tocar a canção “Eton Rifles”, clássico de sua ex-banda, The Jam. Foi a primeira vez que Weller executou uma música de sua ex-banda, em 16 anos. Ele havia jurado que nunca mais iria tocar canções do The Jam em seus shows solo.

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O guitarrista Ronnie Wood fará uma participação especial no próximo álbum da banda Starsailor. James Walsh, vocalista do grupo, disse que o guitarrista dos Rolling Stones tocou na faixa “All The Plans We Made”. Wood quase não pôde participar do disco por conta da divulgação do filme “Shine a Light”, dos Rolling Stones. O Starsailor já estava conformado que o guitarrista não iria mais participar do disco. Entretanto, um fato curioso aconteceu: “Eu recebi uma ligação às seis e meia da tarde do filho dele, Jesse, dizendo ‘Meu pai quer gravar agora, vocês poderiam estar no estúdio às nove horas?’”, disse Walsh. O novo álbum do Starsailor, sucessor de “On The Outside” (2005) será lançado no final do ano. E para quem quer conhecer o som da banda, segue abaixo, o videoclipe de “This Time”, faixa de “On The Outside”.