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1 de ago. de 2011

Os 30 anos da MTV e os 70 (isso, 70!!) do Ney Matogrosso; o álbum do The Cleaners; a música nova do Chickenfoot; e a despedida da 360º tour, com "40".



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Bom dia! Início do mês significa dinheiro no bolso, né? Pelo menos para vocês... Segundona começando, e hoje comemoramos o Dia do Selo. Isso mesmo. Duvido que você sabia que existia um Dia do Selo... Em 01º de agosto de 1843, foram emitidos os primeiros selos brasileiros. Agora você nunca mais se esquece, né?? A não ser que, um dia (será??) a gente não precise mais de cartas...

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Como eu não apareci por aqui ontem – um dia de descanso eu mereço –, vou falar de uma grande atriz, uma das mais engraçadas que eu já vi atuar, que teria feito 110 anos de idade. Henriqueta Brieba nasceu em Barcelona, no dia 31 de julho de 1901. Viveu bem, e morreu aos 94 anos, no Rio de Janeiro. Olha só ela fazendo papel de “mãe” do Jô Soares, com o engraçadíssimo quadro da Bô Francineide... Antológico!



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E o que tem pra hoje, gente? Bom, foi no dia 01º de agosto de 1981 que a MTV foi ao ar pela primeira vez nos Estados Unidos. Época boa, em que a MTV ainda tocava música. “Video killed the radio star”, da banda The Buggles, foi o primeiro videoclipe a ir ao ar na emissora.



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E atenção!! Hoje, o maior cantor do Brasil sopra 70 velinhas. Quem é? Lógico que é o Ney Matogrosso. Caramba, 70 anos chega a ser inacreditável... Setenta anos com um corpinho de 25, é verdade. Ney Matogrosso é o cara. Ele consegue transitar em qualquer estilo musical. Canta de tudo: Cartola, Ângela Maria, Cazuza, Eduardo Dussek, Antonio Carlos Jobim... Os seus shows são sempre deslumbrantes. Não sei quais são os melhores. Se aqueles nos quais ele se fantasia, e faz o diabo a quatro no palco, ou aqueles em que se apresenta com figurinos sóbrios, apresentando um repertório mais, hum, antigo... Eu gosto de qualquer jeito. Já devo ter assistido a uns 30 shows do Ney. E nunca, nunca, nunca me decepcionei.



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Ah, mais uma do Ney... Ele merece!



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Os torcedores do Vasco da Gama também têm os seus motivos para comemorar hoje. Há 37 anos, o clube da cruz de malta sagrou-se campeão brasileiro, ao vencer o Cruzeiro por dois a um, no estádio do Maracanã. Ademir e Jorginho Cavoeiro marcaram pelo Vasco, Nelinho, do Cruzeiro, descontou.



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Ah, e que bom que o Vasco da Gama voltou a ser um clube de conquistas. Como nunca deveria deixar de ser.

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Eu tive o grande prazer de receber, recentemente, o CD da banda The Cleaners, formada por Rodrigo “Milk” (vocais e guitarra), José Filho (guitarra), Rodrigo Lima (baixo) e Duca Olimazzi (bateria). “Behind the truth” é uma prova de que pode haver vida inteligente no rock brasileiro – ainda que cantado em inglês. São 12 faixas que nos remetem diretamente a bandas que ainda carregam o rótulo de “indie”, como os Strokes, uma das influências mais visíveis da banda de Mauá. Os destaques de “Behind the truth” são “The daily round” e “Let music be music”. Mais informações da banda no site oficial e no perfil no Myspace.



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E quais são as novidades de hoje, hein?? Vamos começar pela superbanda Chickenfoot – aquela que tem Sammy Hagar, Joe Satriani, Michael Anthony e Chad Smith. O novo álbum do grupo, “Chickenfoot III”, só está agendado para o dia 27 de setembro. Enquanto isso, o primeiro single do disco, “Big foot”, foi liberado ontem. A relação de faixas de “Chickenfoot III” é a seguinte: “Last temptation”, “Alright, alright”, “Different devil”, “Up next”, “Lighten up”, “Come closer”, “Three and a half letters”, “Big foot”, “Dubai blues” e “Something going wrong”.



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Quem também vai lançar algo em breve é o onipresente Damon Albarn. No momento, ele se encontra na República Democrática do Congo, gravando um novo disco, com uma série de participações especiais de músicos locais. A ideia é gravar o álbum em apenas uma semana. A faixa, “Halo”, já finalizada, foi disponibilizada por Albarn. Um pouquinho estranha, verdade. Mas, a julgar pelos últimos trabalhos do Gorillaz, é melhor não chegar a um veredicto precipitadamente.



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O guitarrista Slash é outro que deve surgir com novidades em breve. Um DVD foi gravado na semana passada durante um show no Victoria Hall, em Stoke, na sua cidade-natal de Hampstead, na Inglaterra. Após o show, o guitarrista tuitou: “Stoke foi um fuckin’ blast!! Muita vibração e energia. Será um puta DVD.” O set list do show foi o seguinte: “Been there lately”, “Nightrain”, “Ghost”, “Mean bone”, “Back from Cali”, “Rocket queen”, “Civil war”, “Nothing to say”, “Promise”, “Starlight”, “Doctor Alibi”, “Speed parade”, “Watch this”, “Beggars & hangers-on”, “Patience”, “Godfather Theme”, “Sweet child o’ mine”, “Slither”, “By the sword”, “Mr. Brownstone” e “Paradise city”.

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Nesse fim de semana, o U2 finalmente encerrou a sua “360º tour”. O ultimo dos 110 shows aconteceu no ultimo sábado, em Moncton, Canadá. Foi a maior turnê de todos os tempos. O faturamento chegou a 736 milhões de dólares, e mais de sete milhões e duzentas mil pessoas presenciaram os shows. O U2 quebrou o recorde que pertencia aos Rolling Stones, no dia 10 de abril, na segunda apresentação que a banda irlandesa realizou em São Paulo, quando o faturamento da turnê alcançou 558 milhões de dólares.

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E sabe como o U2 se despediu da “360º tour”?? Assim:



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Depois da polêmica gerada por algumas declarações, segundo as quais, os ataques na Noruega “não foram nada”, comparados com o abate de animais pelas redes de fast food, Morrissey emitiu um comunicado em seu site oficial. Não, ele não se desculpou. Pelo contrário, manteve firme a sua posição. Olha só o que ele escreveu: “As mortes recentes na Noruega foram horríveis. Como é habitual nestes casos, a imprensa dá ao assassino exatamente aquilo que ele quer: fama mundial. Ninguém cita os nomes das vítimas, como se não fossem importantes. Não deviam dizer o nome dele [do assassino], nem fotografá-lo, e levá-lo para longe. O comentário que fiz em Varsóvia pode ser explicado assim: todos os dias, milhões são assassinados de forma rotineira para gerar lucros para a McDonalds e a KFCruelty, mas como estes assassinatos são protegidos por leis, pedem-nos que lhes sejamos indiferentes e não os questionemos. Se, com toda a razão, se sentem horrorizados pelas mortes na Noruega, é natural que também se sintam horrorizados pelo assassinato de qualquer ser inocente. Não podem ignorar o sofrimento animal só porque os animais ‘não somos nós’”.

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Pelo menos ninguém pode acusar Morrissey de incoerência...

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O Radiohead lançou virtualmente três faixas remixadas do álbum “The king of limbs”. São elas: “Feral” (Lone RMX), “Morning Mr. Magpie” (Pearson Sound Scavenger RMX) e “Seperator” (Four Tet RMX). É só clicar aí embaixo…



A versão física do EP (em vinil, inclusive) será lançada hoje, com mais três faixas remixadas: “Give up the ghost”, “Little by little” e “Codex”.

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A versão de “While my guitar gently weeps”, composta por George Harrison, e gravada por Zé Ramalho, estreou no YouTube ontem. O álbum “Zé Ramalho canta Beatles” (capa acima) chega às lojas na semana que vem. O cantor paraibano já homenageou Raul Seixas, Bob Dylan, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, em trabalhos anteriores.



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Gilberto Gil também reaparece com um novo álbum. “Gil+10” foi gravado no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico, em 13 de outubro do ano passado, para comemorar os 10 anos de uma emissora de rádio. O baiano recebeu 10 convidados de peso, como Os Paralamas do Sucesso, Lenine e Milton Nascimento. As faixas do CD “Gil+10” são: “Palco”, “A linha e o linho” (com Lenine), “Aquele abraço” (com Zeca Pagodinho), “Extra II, O rock do segurança” (com Erasmo Carlos), “Torpedo” (com Ana Carolina), “Andar com fé” / “Vida” (com Preta Gil), “Cálice” (com Milton Nascimento), “Lamento sertanejo” (com Milton Nascimento e Maria Gadú), “Acreditar”, “Alguém me avisou” (ambas com Dona Ivone Lara), “Deixar você” (com Mart’nália), “A novidade” (com Os Paralamas do Sucesso) e “Essa é pra tocar no rádio”.



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Também chegou ao mercado nacional, o CD+DVD “The Best of The BBC Vaults”, de Ella Fitzgerald. Sã mais de duas horas de imagens e vídeos da cantora, resgatadas dos arquivos da BBC, em quatro apresentações distribuídas no DVD. O CD traz algumas músicas do DVD, que se divide em quatro partes: “Show of the week: Ella Fitzgerald swings” (gravado para um programa de televisão de 1965), “Ella Fitzgerald sings” (um dos shows mais conhecidos pelos fãs da cantora por já ter sido exibido na programação da BBC diversas vezes), “Ella Fitzgerald at Ronnie Scott’s” (de 1974, exibido pela BBC em 1996, após a morte da cantora) e “Jazz From Montreux” (filmado em 1977). O show no Ronnie Scott’s está logo aí abaixo.

17 de ago. de 2010

Drummond, Donato, Candeia, Elba, Ed Motta, Ira Gershwin, Sean Penn, Piquet, Jeff Beck, Katy Perry, Jamiroquai, Waters+Gilmour, Big Four, Stereolab

Você usaria o desodorante dos Sex Pistols??



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Mesmo em hiato, o Stereolab anunciou um novo álbum para o dia 16 de novembro. "Not music" (capa acima) foi gravado em 2008 e traz 13 faixas. Enquanto isso, Laetitia Sadier disse que o seu álbum solo, "The trip", chegará às lojas em 21 de setembro. As faixas de "Not music" são as seguintes: "Everybody's weird except me", "Supha Jaianto", "So is cardboard clouds", "Equivalences", "Lelekato sugar", "Silver sands", "Two finger symphony", "Delugeoisie", "Laserblast", "Sun demon", "Aelita", "Pop molecules (Molecular Pop 2)" e "Neon beanbag (Atlas Sound Mix).

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Só para dar água na boca, um trechinho de "I want the world to stop", faixa que fará parte do oitavo álbum do Belle And Sebastian, "Write about love", que sairá no dia 11 de outubro.



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"Eu me sinto desleal. É como se estivesse traindo a minha esposa." (Brandon Flowers em entrevista ao The Sun, falando sobre o hiato do The Killers e a sua carreira solo)

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A turnê que reuniu Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax, chamada de "Big Four", sairá em DVD e em blu-ray no dia 11 de outubro. "The Big Four: Live from Sonisphere 2010" deve trazer a apresentação das bandas na Bulgária, que passou em cinemas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Pelo que pesquisei, haverá duas versões: uma simples, com os melhores momentos, e outras com dois DVDs e cinco CDs, poster e palheta das bandas.

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Aquele showzinho que Roger Waters e David Gilmour fizeram juntos, no mês passado, foi, enfim, disponibilizado. No total, são 27 minutos, e você pode assistir logo aí abaixo. A qualidade de som e imagem é de médio pra cima.

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O Jamiroquai anunciou que vai lançar um álbum de inéditas em novembro. O disco, que vai se chamar "Rock, dust, light, star", será o primeiro da banda desde "Dynamite" (2005). Segundo o site oficial do conjunto, o novo álbum foi gravado ao vivo em estúdio.



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Julian Casablancas, dos Strokes, disse à Rolling Stone, que seria "um sonho" produzir uma canção do Pearl Jam.

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E o novo videoclipe da Katy Perry (para a música "Teenage dream")? Sexy, não?



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Depois do Planeta Terra e do Scissor Sisters, é a vez de Jeff Beck anunciar show no Brasil. E detalhe: tudo na mesma semana! Haja grana, hein? O guitarrista britânico se apresenta no dia 24 de novembro no Vivo Rio (Rio de Janeiro), e, no dia seguinte, na Via Funchal (São Paulo). Os ingressos para as duas apresentações começam a ser vendidos já a partir do dia 25 de agosto. O seu último disco foi o mediano "Emotion & commotion", que traz até a ária "Nessun dorma", da ópera "Turandot", de Puccini. Os preços no Rio variam entre 200 e 400 reais, e em São Paulo, 200 e 300. Estudante paga meia. Ah, eu vi a apresentação do Jeff Beck no Free Jazz de 1998 (acho!), e se essa apresentação for metade do que foi aquela, já vai valer a pena, pode ter certeza.

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Outra figura bem polêmica também sopra velinhas hoje. Nelson Piquet, um dos maiores vencedores da história do automobilismo, está completando 58 anos. Eu também prefiro analisar o Piquet sob o ponto de vista profissional. E acho que os seus três títulos mundiais (mesmo número de Ayrton Senna), em 1981, 83 e 87, são o suficiente para que tenhamos todo o respeito para com Nelson Piquet. O resto, a gente deixa pra lá.



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Agora eu quero falar um pouco de cinema. Sabe quem faz 50 anos hoje? O ator Sean Penn. Bom, não conheço muito meio-termo com Sean Penn. Ou você adora ou odeia. Os fanáticos pela Madonna, por exemplo, o odeiam. Eu já prefiro analisar sobre outro ponto de vista. E acho que Sean Penn fez grandes papéis. Os meus prediletos? Nos filmes "Os últimos passos de um homem", "Além da linha vermelha", "Sobre meninos e lobos", "Milk" e, principalmente, "Uma lição de amor" (o título original em inglês é "I am Sam"), no qual Penn interpreta um deficiente mental que vê a sua filha de sete anos ultrapassá-lo intelectualmente. É um filme bem especial, e que, de quebra, traz em sua excelente trilha sonora, apenas canções dos Beatles interpretadas por gente como Eddie Vedder, Rufus Wainwright, Nick Cave e Ben Harper.



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No dia 17 de agosto de 1983, morreu um dos grandes letristas de todos os tempos. Ira Gershwin (que fazia dupla com o seu irmão George Gershwin) compôs clássicos como "I got rhythm", "Embraceable you", "They can't take that away from me", "The man I love" e "Someone to Watch Over Me". Ele também fez o libreto da ópera "Porgy and Bess". Meio mundo gravou as suas composições. Exemplos? Vamos lá: Louis Armstrong, Frank Sinatra, Janis Joplin, John Coltrane, Billie Holiday, Miles Davis, Herbie Hancock, Judy Garland, Barbra Streisand, Natalie Cole, Nina Simone, Ella Fitzgerald (o seu songbook é fantástico!), Sting, Renato Russo, Caetano Veloso, entre vários outros.



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Hoje também é dia de lembrar outro grande cantor e instrumentista - e que faz aniversário no mesmo dia de João Donato, lembremos. Ed Motta nasceu a 17 de agosto de 1971, e eu me lembro bem quando saiu o seu primeiro disco, com a Conexão Japeri, em 1988. Eu adorava aquela parte de "Manuel", que era cantada com sotaque americanizado: "se eu fosse americano, minha vida não seria assim". Por via das dúvidas, comprei o meu bolachão nas Lojas Americanas mesmo. Eu queria pedir vênia para contar duas historinhas aqui sobre o Ed Motta. A primeira aconteceu acho que em 2005. Eu estava hospedado no mesmo hotel que ele em Amsterdã. Tomava café da manhã todo dia na mesa ao lado da dele. E uma coisa me impressionou: o respeito com o qual ele era tratado. Verdadeiro popstar (ou jazzstar, se preferir). Bacana ver um brasileiro ser tão bem tratado pelos europeus. E a gente que, muitas vezes, trata tão mal os nossos próprios artistas... A segunda história foi na última edição do Tim Festival (2008?). Uma mocinha que limpava o banheiro parou o Ed Motta para dizer que gostava muito das suas músicas. Eu vou dizer que pouca vezes vi um artista ser tão atencioso com um fã. Acho legal contar essas duas histórias aqui. A imprensa também pode falar bem dos artistas, viu Ed? Hehehe...



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E quem nasceu no dia 17 de agosto de 1951 foi a cantora Elba Ramalho. Nossa, acho que desde bem pequeno assisto aos shows da Elba. As suas músicas acabam grudando na cabeça de um moleque que cresce nos anos 80, não sei se por causa das novelas. Afinal, você pode até se esquecer da história de Roque Santeiro, mas não se esquece de que a sua música-tema era "De volta pro aconchego". Elba também foi das poucas artistas que participou das três edições brasileiras do Rock in Rio. Eu me lembro que na terceira edição, em 2001, ela fez um show explosivo com Zé Ramalho. Nunca vi tanta poeira subir na minha vida. O mais engraçado foi que, no dia seguinte, encontro com uma amiga minha na Cidade do Rock, e ela manda: "você dança forró muito bem". "Eu????". "Sim, você apareceu na TV uns dois minutos dançando no show da Elba". Nossa mãe, o que que eu bebi naquele dia??



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Agora é a vez do samba. E agora é a vez de homenagear Candeia, que estaria completando 75 anos. Grande mestre do partido alto, Candeia compôs clássicos como "Pintura sem arte" (abaixo), "Preciso me encontrar", "Anjo moreno", "Eterna paz", "Filosofia do samba", "De qualquer maneira" e "Não tem vencedor". Suas músicas foram regravadas por gente como Martinho da Vila, Ney Matogrosso, Marisa Monte e Paulinho da Viola. Candeia morreu no dia 16 de novembro de 1978.



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No dia em que comemoramos os 27 anos da morte do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, devemos nos lembrar também de outro grande da música. João Donato nasceu a 17 de agosto de 1934, e começou a sua carreira, veja só, tocando acordeão. Tem um álbum fantástico dele, que o Charles Gavin lançou em CD deve ter uns sete anos, que se chama "Chá dançante" (1956), creditado a "Donato e seu conjunto". Esse foi o seu primeiro LP, que ainda teve o repertório escolhido por Antonio Carlos Jobim (dizem que o maestro também tocou em algumas canções, apesar de não ter sido creditado no encarte). E olha que é difícil indicar os melhores álbuns do Donato, porque a quantidade é imensa. Mas arrisco alguns: "A bossa muito moderna de Donato e seu trio" (1963), "Muito à vontade" (62), "A bad Donato" (70) e "Quem é quem" (73).



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"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava
Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."
("Quadrilha" - Carlos Drummond de Andrade - 31/10/1902 / 17/08/1987)

15 de jun. de 2010

Castelinho, Dylan, Ella, White Stripes, Pelé, Kahn, Coldplay, Klaxons, Silver Machine, KoL & Pixies, Arcade Fire, Blur, MJ, Pitty, Lips, MGMT, Ben

Por hoje vou terminar, porque tenho que fazer a minha corrente "pra trás, seleção do Dunga!". Mas, para finalizar, uma música enviada pelo leitor Sandro Aurélio, via twitter. Salve Jorge Benjor!



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"It's working" é uma das melhores faixas de "Congratulations", último álbum do MGMT. E o videoclipe foi lançado hoje. Quer ver?



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Gostei dessa versão dos Flaming Lips para "Sugarcube", do Yo La Tengo. Apesar da gravação meio bizarra...



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Simplesmente animal o novo videoclipe do Gorillaz.

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"FRACASSO": Não curti a música da Pitty, mas o videoclipe é bem bacana. Já viu?



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Já que a gente pode tocar guitarra igual ao Eddie Van Halen, e cantar igual ao Freddie Mercury, vamos dançar igual ao Michael Jackson?

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FRASE DO DIA: "Os shows que fizemos no verão passado curaram uma ferida muito profunda para todos nós quatro." (Damon Albarn, falando sobre os shows do Blur, à BBC. Ele descartou novos shows do Blur, "no momento".)

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E o Arcade Fire, aos poquinhos, vai soltando mais algumas faixas de "The suburbs", o álbum mais esperado do ano (pelo menos para os blogueiros do hemisfério norte). Nos últimos dois dias, eles liberaram "Ready to start" e "We used to wait", que você pode escutar logo abaixo. "The suburbs" sai no dia 03 de agosto.





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Iniciando uma turnê de verão pelos Estados Unidos, o Kings of Leon passou pelo festival de Bonnaroo no fim de semana passado, com algumas mudanças no repertório, com relação à turnê do ano passado. E a principal, pelo menos para mim, foi a inclusão de "Where is my mind", do Pixies. (Não é qualquer banda que faz versão de um música do Pixies. E muito menos poderia esperar isso do Kings of Leon. Mas, olha, vou reconhecer... Ficou legal!)



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Agora eu vou dar uma notícia que eu repito quase toda a semana aqui: mais uma "superbanda" nasceu. Agora é a vez do Silver Machine, que conta com Bobby Gillespie (Primal Scream), Glen Matlock (Sex Pistols) e Zak Starkey (The Who e ex-Oasis), além dos guitarristas Andrew Innes e Barrie Cadogan, que também tocam no Primal Scream. A ideia do Silver Machine é apresentar apenas covers, de bandas como The Troggs, MC5 e Creation. A primeira apresentação da banda será no dia 24 de julho, no 1234 festival, que acontece em Shoreditch, Londres.

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A capa cima é a do álbum "Surfing the void", novo trabalhos dos Klaxons, que (finalmente) chega às lojas no dia 23 de agosto. O segundo disco do grupo - o primeiro foi "Myths of the near future" (2007) - terá dez faixas, incluindo o single "Echoes", que será lançado no dia 16 de agosto. A faixa "Flashover", já pode ser encontrada facilmente aí pela internet (inclusive aqui nesse blog). O álbum foi produzido por Ross Robinson (que já trabalhou com bandas como Korn e Slipknot) em Los Angeles. A relação completa de músicas de "Surfing the void" é a seguinte: "Echoes", "The same space", "Surfing the void", "Valley of the calm trees", "Venusia", "Extra astronomical", "Twin flames", "Flashover", "Future memories" e "Cypherspeed".

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Fiquei decepcionado com o Coldplay, que voltou atrás e liberou as músicas para a porcaria daquele "Glee". Neguinho tem que se vender mesmo. Até uma banda que a gente pensa que faz o que bem entende. Qual será a próxima? O Pearl Jam? O Nirvana, via Courtney Love? (Quanto a essa aí, depois que colocou o Kurt Cobain tocando Bon Jovi no "Guitar Hero", eu não duvido mais de nada...)

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Ontem eu estava vendo no "Linha de Passe", na ESPN Brasil, que essa Copa, por enquanto, tem a menor média de gols em todos os tempos (média de 1,6, acho). Pois bem, no dia 15 de junho de 1982, na Espanha, aconteceu a maior goleada da história das Copas: Hungria 10 x 1 El Salvador. Ou seja, hoje é um bom dia para a média de gols deslanchar nessa Copa meia-bomba. Para mim, o Brasil tem obrigação de meter pelo menos três na Coreia do Norte. Menos que isso, volta pra casa logo.



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Ah, e sabe quem nasceu no dia 15 de junho de 1969? Um camaradaço da torcida brasileira. Ele é alemão, é goleiro, jogou a Copa do Mundo de 2002, e se chama Oliver Khan. Ele faturou o prêmio de melhor jogador da Copa da Coreia/Japão. Realmente, o cara é um monstro no gol. Mas, para os torcedores da seleção brasileira (em 2002 a seleção ainda era brasileira, e não do Dunga), ele sempre vai ficar marcado pela falha (não chegou a ser um frango, digamos a verdade) no primeiro gol do Ronaldo na final da Copa.



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E já que o assunto hoje é (blergh!) a estreia da seleção do Dunga (eu já disse que, nessa Copa, sou Argentina, não?), vamos falar um pouco de futebol. Olha só a coincidência: dia 15 de junho de 1958, Copa da Suécia, primeira fase, Brasil x União Soviética. Resultado: dois a zero para o Brasil, com dois gols de Vavá. Mas isso não é o mais importante. Nessa partida, Pelé e Garrincha jogaram pela primeira vez. Ah, cada um tem a era que merece... De repente o dia 15 de junho de 2010 vai ficar marcado pela estreia de Josué e Kleberson jogando juntos... Afffff....



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Agora partindo da música para o cinema. "Ou não...", como gosta de dizer aquele baiano que a gente adora. No dia 15 de junho de 1990, estreava nos cinemas o filme "Dick Tracy", que conta a história do famoso detetive dos quadrinhos criado por Chester Gould. No filme, um gângster quer matar Dick Tracy de qualquer jeito para tomar conta da cidade. No elenco, figuras como Warren Beatty, Al Pacino, Dustin Hoffman .... e... taram.... Madonna!



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Olha, taí uma banda que nem tem muito tempo de carreira, mas já possui uma obra pra lá de consistente. Estou falando do White Stripes, pra mim, um dos conjuntos (na verdade, dupla) mais interessantes que surgiu nos últimos tempos. Então, no dia 15 de junho de 1999, Jack e Meg White colocavam nas lojas o seu álbum de estreia. Na minha opinião, ainda muito aquém do que a banda iria mostrar em grandes álbum como "De stijl" (2000) e "Elephant" (2003). Mas que foi uma boa estreia, ah, isso foi.

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Nossa, hoje só estou falando de gente boa aqui, não? Agora é a vez da grande dama do jazz (clichê imperdoável, eu sei, mas inevitável nesse caso), Ella Fitzgerald. A cantora morreu no dia 15 de junho de 1996. E eu me lembro como se fosse ontem: a matéria da morte dela e um trecho de "One note samba" na sua voz. Eu pensei: "estamos perdendo todos os nosso ídolos muito rapidamente. Tom, Mancini, Ella..." E o pior é que dois anos depois seria a vez de Frank Sinatra partir dessa pra melhor também. Pior que isso mesmo só pensar (aliás, constatar) que não apareceu ninguém para substituir essas pessoas. E nem aparecerá.



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De um mestre para outro, agora vamos falar de um grande compositor. Aliás, de uma grande música de um grande compositor. Uma música tão importante que ganhou, recentemente, uma biografia só sua, de autoria de Greil Marcus ( e já comentada aqui no blog). Estou falando de "Like a rolling stone", o maior clássico de Bob Dylan. Pois bem. Hoje, dia 15 de junho de 2010, faz exatos 45 anos que Bob Dylan entrou em estúdio e gravou essa canção. E, mesmo tanto tempo depois, ela continua deliciosa. Aliás, pelo menos para mim, ela fica mais deliciosa a cada dia que passa. (PS. Por incrível que possa parecer, não encontrei a gravação original, do álbum "Highway 61 revisited", no YouTube. Então, abaixo, uma versão igualmente fantástica, só que ao vivo, gravada em 1966.)



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Hoje eu vou começar aqui relembrando uma época boa. (Sei que ninguém deve ter interesse em ler as minhas "memórias", mas vai que meia-dúzia de leitores se interesse...) Quando eu tinha lá pelos meus sete, oito anos, e dormia na casa do meu avô, toda manhã tinha o ritual de ler o jornal inteiro para ele (inteiro mesmo, de cabo a rabo), que estava ficando cego. (Acho que a partir daí que comecei a gostar de jornal.) O problema é que ele dormia no meio da leitura e eu ficava lendo tudo que nem um bobo. Só parava quando o meu avô pulava da cadeira com a minha avó berrando dizendo que não era para eu ler o obituário. Bom, desviei o assunto completamente. Mas deixa pra lá. Eu comecei a falar sobre essa história de jornal porque, à época (início dos anos 80), o grande periódico do Rio ainda era o Jornal do Brasil. E o seu principal colunista era Carlos Castelo Branco. Ele era um tipo de jornalista que sabia das coisas antes de todo mundo. Por exemplo, se, hoje, o Aécio Neves decidisse ser vice do José Serra, o Castelinho, como era chamado, ia saber antes do Serra. Entendeu a importância dele? Não à toa, ele ainda foi parar na cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, deixando a vaga para João Ubaldo Ribeiro no dia 01º de junho de 1993, quando faleceu, aos 72 anos. Ah, e por que estou falando do Castelinho? Porque, se vivo fosse, hoje, ele estaria completando 90 anos. E fica aqui a minha homenagem a um grande mestre para nós, jornalistas, e, claro, ao meu avô.