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26 de ago. de 2011

Comemorando Blur, Coldplay e Bob Dylan; Keith Richards já vendeu um milhão (de livros!!); e o novo DVD do Arctic Monkeys.



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E como vamos começar essa sexta-feira, hein? Com Branford Marsalis, que faz 51 anos hoje. Branford é o irmão mais velho de Wynton Marsalis, sobre o qual escrevi ontem, comentando o lançamento do seu CD/DVD ao vivo ao lado do Eric Clapton. O trabalho que eu mais gosto do Branford é a sua versão ao vivo (saiu em CD e em DVD) para o “A love supreme”, do John Coltrane. Ficou quase tão bom quanto o original. Não é muito fácil de achar, mas vale a penas correr atrás. O vídeo abaixo dá uma palhinha:



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Parece que foi ontem, mas hoje já faz 20 anos que “Leisure”, o álbum de estreia do Blur chegou às lojas. Foi uma estreia e tanto, diga-se. O início com “She’s so high” é a senha de que uma grande banda está surgindo. Hoje está cada dia mais difícil acontecer algo desse tipo. Para mim, o Blur foi uma das últimas grandes bandas de rock. Será que estou ficando velho??



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E hoje também faz nove anos que o Coldplay lançou o seu segundo álbum, “A rush of blood to the head”. Eu sempre gostei do Coldplay. Sério! Virou onda falar mal da banda, mas eu acho que ainda é das melhores coisas que surgiram nos últimos anos. Quando o Coldplay lançou o “Viva la vida”, a crítica desceu o pau, classificando-o como pretensioso e tal. Era a U2zação do Coldplay. Eu adorei o álbum. Pode procurar a resenha aqui no blog. Agora, não sei o motivo – a banda nem lançou disco novo –, virou mania falar bem do Coldplay. Acho que foi porque eles participaram dos festivais de Glastonbury e Lollapalooza. Eu ainda gosto bastante do Coldplay, mas confesso que tenho saudades dos tempos de “A rush of blood to the head”. Era uma época em que a banda não lotou nem o Citibank Hall do Rio (capacidade para cerca de dez mil pessoas). Agora, vai tocar para 100 mil pessoas no Rock in Rio, com ingressos esgotados em dois dias...



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Outro disco legal para a gente ouvir hoje: “Modern times”, o melhor disco que Bob Dylan lançou nos anos 2000. Hoje faz cinco anos que o álbum chegou às lojas. Eu arrisco dizer que é um dos três melhores de sua carreira, ao lado do “Blonde on blonde” (1966) e do clássico dos clássicos “Time out of mind” (1997).



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DROPS:




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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

O trailer do novo DVD do Arctic Monkeys, gravado em Sheffield, ainda sem data de lançamento:



“Karma”, o primeiro videoclipe do novo álbum de Joss Stone, “LP 1”:



“What you were”, faixa inédita do The Drums:


13 de jul. de 2011

O dia do rock (e do sertanejo!); INXS em Wembley; os 15 anos de “Rappa Mundi”; Moz e Grohl colocam fãs para correr; o Weezer dá uma de Roberto Carlos.



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Por favor, não estranhe. Hoje eu quis começar esse blog com música sertaneja. Mas música sertaneja de verdade. E ela tem o seu valor. O melhor exemplo é o vídeo acima, dos dois mestres do estilo, Pena Branca & Xavantinho. Hoje, 13 de julho, é o dia nacional dos cantores e compositores sertanejos. E eles merecem a nossa homenagem. Os sertanejos de verdade, repito. Não estou falando aqui de Luan Santana, Daniel e outras atrocidades, por favor.

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E, olha só, além do dia dos compositores sertanejos, hoje também é o dia mundial do rock. Isso porque foi no dia 13 de julho de 1985 que aconteceu o Live Aid, concerto beneficente organizado por Bob Geldof, em Londres e na Filadélfia, e que reuniu gente como Paul McCartney, Bob Dylan, Mick Jagger, U2, Queen e até mesmo uma reunião do Led Zeppelin.



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O show do Led Zeppelin foi tão tosco, que acabou ficando de fora da edição em DVD do Live Aid lançado uns vinte anos depois. Na falta de John Bonham, Phil Collins (?!?) tocou bateria com a banda. Não foi por culpa do Phil, mas, definitivamente, não ficou legal...



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Não é??

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Seis anos após o Live Aid, em 1991, o mesmo estádio de Wembley onde aconteceu o evento, viu uma das apresentações mais impactantes de sua história. O INXS estava lançando o álbum “X” (1990), e, àquela época, era considerada uma das bandas mais importantes do planeta, batendo de frente até mesmo com o todo-poderoso U2. A apresentação em Wembley foi lançada em VHS, LD e, depois, em DVD. Já o CD ao vivo “Live baby live” traz músicas gravadas em vários shows da turnê, inclusive o antológico que aconteceu no Rock in Rio II, em janeiro de 1991, no estádio do Maracanã.



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Voltando um pouco mais no tempo, hoje é dia de João Bosco soprar 65 velinhas. Ontem, entrou no ar a série “O astro”. E a música de abertura da novela original era interpretada por João Bosco. Lembra? Ou você nem era nascido??



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Cá pra nós, o João Bosco tem músicas melhores, não? Essa aqui, por exemplo...



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“Linha de passe” até me lembrou o meu programa predileto, que a ESPN Brasil transmite todas as noites de segunda. Eu não perco um. Tudo pode acontecer nessa mesa redonda... Quer ver??



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Há 15 anos, O Rappa lançava o seu álbum mais importante. “Rappa Mundi” vendeu que nem água (eu ganhei no amigo oculto do mesmo ano!). Não era para menos. Acho que umas cinco, seis músicas fizeram muito sucesso. Ou você não se lembra de “Miséria S/A”??



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E o nosso Morrissey, hein?? Ele tá sempre por aqui, né? Se lembra, faz umas duas semanas, quando ele fez um show com uma camisa que mandava um site de fãs para aquele lugar? Pois é... O dono do site, David Tseng, foi expulso pelos seguranças de Morrissey, durante um show em Copenhagen, Dinamarca, na segunda passada. Segundo Tseng, os seguranças não deram maiores explicações. O fã reclamou o dinheiro do ingresso perante à Live Nation, empresa organizadora da turnê do ex-Smith, mas ela teria informado que Tseng deveria reclamar com o próprio Morrissey.

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Coisa feia né, Moz??

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Coisa feia foi também o que um fã fez anteontem em um show do Foo Fighters em Londres. Eu escrevi ontem que Dave Grohl não fez por menos, xingou o cara e o expulsou da casa de shows. Consegui encontrar o vídeo hoje...



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(Esse é o típico caso de vergonha alheia...)

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Um cruzeiro com o Weezer??



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Sabe o que isso me lembra???



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E saiu uma musiquinha nova do The Drums! Eu sei lá... Às vezes curto, às vezes não... Vamos ver até onde vai chegar esse conjunto. O primeiro disco até que é bom. Mas não é tudo isso que andaram dizendo não... “Portamento”, o segundo álbum, sai no dia 12 de setembro.



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Ah, a capa do disco tá aqui:


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Não poderia encerrar o dia de forma melhor:

11 de nov. de 2010

Jerome Kern, Berry Oakley, Demi Moore, Nássara, Slipknot, McCartney, Thom Yorke, The Drums, OK GO, White Stripes, Soundgarden, Neil Young, Duran Duran

O 13º álbum do Duran Duran, "All you need is now", produzido por Mark Ronson, será lançado no formato digital no mês que vem, e, no físico, em fevereiro do ano que vem. O tecladista Nick Rhodes disse ao Spinner que está orgulhoso do novo material. "É o nosso melhor disco nas últimas duas décadas", afirmou. Pelo menos, levando-se em consideração o trechinho disponibilizado da nova música, "Being followed" (abaixo), a coisa está boa mesmo, meio "Rio", meio "Girls on film". Depois de algum tempo, me deu até muita vontade de ouvir Duran Duran...



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Um incêndio em um armazém de Neil Young, na cidade de San Carlos, Califórnia, destruiu parte de seu acervo. Guitarras, carros, equipamentos de música e arquivos de sua carreira foram queimados, em um prejuízo de, pelo menos, um milhão de dólares. E olha que 85% dos objetos de Neil Young se salvaram das chamas...

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Sabe quem esteve no programa do Conan O'Brien ontem? O Soundgarden! Olha só que divertido...



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Presentinho de Natal para os fãs do White Stripes: a banda vai lançar, no mês que vem, a White Stripes Merchandise Collection (foto acima). Para lembrar que a banda existe (ela não lança nada faz quase quatro anos), Jack White preparou uma caixa com uma vitrola portátil, fones de ouvido, LP, singles, limpador de discos, uma cópia de um raro vinil vermelho ("Merry Christmas from the White Stripes") e alguns outros mimos. São apenas 333 (?!?) cópias. Preço: 499 dólares. Aos interessados, mais informações aqui.

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Sempre inovador em seus videoclipes, o OK GO lança mais um: "Last leaf". Bem fofo, diga-se...



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A banda The Drums revelou que já vai começar a trabalhar em seu segundo álbum logo após o término da turnê britânica, que acontece entre os dias 24 de novembro e 06 de dezembro. "No final da turnê, vamos tirar uns meses, não para descansar, e sim para já começar a pensar no próximo álbum", disse Jonathan Pierce ao NME. Apesar de a banda ter posto nas lojas o seu primeiro álbum nesse ano, Pierce não vê problema em lançar o segundo tão rapidamente. "Isso não vai durar para sempre. Talvez gravemos três ou quatro álbuns. Quem sabe? Ou até cem. E é bom poder fazer tudo isso agora. É bom que compartilhemos essa energia nervosa agora, como um incêndio em nossas barrigas", afirmou.

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Já "ouviram" o single que está vendendo que nem água no Reino Unido, e deve entrar no top 20 britânico já nesse fim de semana?



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Me deu uma vontade de ouvir isso aqui... Já estou com saudades. Contando os dias para o show em São Paulo...



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LA-MEN-TÁ-VEL!

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Fechando as efemérides de hoje, não poderia deixar de falar do grande Nássara. Compositor, desenhista e publicitário, Nássara foi um dos nomes mais importantes da história do rádio no Brasil, compondo toda sorte de jingles, sendo um verdadeiro precursor nessa área. Ele também compôs clássicos do nosso cancioneiro, como "A-la-la-ô", "Batuque na cozinha", "Jurei" e "Maria Rosa". Ah, por que estou falando dele hoje? Porque hoje comemoramos o centenário do seu nascimento. Ainda não li sobre o Nássara em lugar nenhum hoje. Mas aqui vocês sabem que eu não me esqueço.



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Partiu pro cinema? Hoje sim, afinal de contas é aniversário de Demi Moore (48 anos), gata, talentosa, poderosa e tudo mais. Minha primeira recordação (e da torcida do Framengo e do Curíntia também) de Demi Moore vem lááááá do filme "Ghost - Do outro lado da vida". Depois, quando virei adolescente chato, reencontrei Demi Morre em "Proposta indecente" e em "Assédio sexual", por motivos óbvios que não vou explicar aqui. Depois, eu confesso que cansei um pouco dela. Sei lá, perdeu a graça. Mas "As panteras detonando" é muito bom [ironia]... (Agora aqui no blog eu tenho que avisar quando estou sendo irônico para evitar problemas...)



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Ah, já estão me perguntando no twitter qual um CD legal que tenha músicas do Jerome Kern. Bom, indico um, sem pestanejar: "Ella Fitzgerald sings the Jerome Kern songbook", de 1963. Lá, você vai encontrar a melhor voz norte-americana ever cantando coisas como "A fine romance", "All the things you are", "I'm old fashioned", "Yesterdays"... Meu Deus, meu reino por um dry martini agora! Então, mudando de pato pra ganso, vamos homenagear o saudoso Berry Oakley, ex-baixista da Allman Brothers Band, que morreu em 11 de novembro de 1972, vítima de um acidente de motocicleta.



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Bom dia, pessoal! Mas que diazinho feio, não? Deixa eu explicar o que aconteceu: acordei às cinco da manhã (pois é, tô com essa mania, mesmo que vá dormir às quatro, vai entender...), terminei de ler um livro fenomenal ("Eu vos abraço, milhões", do Moacyr Scliar), li metade de um outro ("História de canções", do Toquinho) e, às seis e meia, lépido e fagueiro decidi correr na praia. Quando desço, taram... chuvendo pra caramba! Fazer o quê? Bom, pelo menos vamos ouvir música boa? Então segura um Fred Astaire interpretando "The way you look tonight", clássico do compositor Jerome Kern, que morreu no dia 11 de novembro de 1945.

28 de out. de 2010

Garrincha, Zélia Duncan, Ben Harper, Queen, Diogo Vilela, Foo Fighters, MJ, Velvet Revolver, Bob Dylan, Suede, Batman, Gorillaz, Mogwai, Drums, Lennon

Fantástico o esporro de John Lennon... Hehehe...



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Que tal o novo videoclipe do The Drums, "Me and the moon", hein?? Eu gostei...



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A banda escocesa Mogwai anunciou em seu site oficial que vai lançar um novo álbum, "Hardcore will never die, but you will", no dia 14 de fevereiro do ano que vem. A produção ficou a cargo, mais uma vez, de Paul Savage. As faixas do novo disco são as seguintes: "White noise", "Mexican grand prix", "Rano pano", "Death rays", "San Pedro", "Letters to the metro", "George square Thatcher death party", "How to be a werewolf", "Too raging to cheers" e "You're Lionel Richie".

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Já está disponível na iTunes Store, o novo EP do Gorillaz, "iTunes session" (capa acima), com oito faixas ao vivo, além de uma entrevista de 37 minutos com Murdoc Niccals e 2D. No dia 22 de novembro, a banda de Damon Albarn lançará o single "Doncamatic (All played out)". O repertório de "iTunes session" é o seguinte: "Clint Eastwood", "Dirty Harry", "Feel good Inc", "Kids with guns", "Stylo", "Glitter freeze", "On melancholy hill" e "Rhinestone eyes".

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O terceiro filme da nova série do Batman vai se chamar... "The dark knight rises". Bem original, não?? O britânico Christopher Nolan será novamente o diretor, e Christian Bale fará o papel principal.

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Na noite de ontem, o Suede se apresentou no pequeno Bush Hall, em Londres. Foi uma espécie de aquecimento para o show que acontecerá na O2 Arena, na mesma cidade, no dia 07 de dezembro. Brett Anderson e companhia apresentaram 19 músicas, incluindo os sucessos "Killing of a flashboy", "Trash" e "To the birds", que farão parte da coletânea "The best of Suede", que será lançada no Reino Unido, na próxima segunda feira. O setlist do show foi o seguinte: "This Hollywood life", "Killing of a flashboy", "Trash", "Filmstar", "Animal nitrate", "Heroine", "Pantomime horse", "My insatiable one", "The drowners", "She", "Can't get enough", "Everything will flow", "The asphalt world", "So young", "Metal Mickey", "The wild ones", "New generation", "Beautiful ones" e "To the birds". Dá pra sentir o gostinho com o vídeo abaixo...



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Parece que agora o Velvet Revolver vai voltar mesmo. Em entrevista à Kerrang!, o guitarrista Slash confirmou que está procurando um novo vocalista para substituir Scott Weiland. A banda, inclusive, já estaria testando novos cantores em estúdio. "Estamos experimentando dois caras, nesse momento. Vamos ver no que vai dar. Vocês não devem conhecer um deles. O outros, vocês, definitivamente, conhecem", disse o guitarrista. Pela internet, rolam boatos que Mike Patton (Faith No More) seria o futuro vocalista da banda. Mas Slash negou mais uma vez. "É definitivamente um boato. Mas eu adoro o estilo vocal do Mike."

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"Thriller", de Michael Jackson, vai virar filme. Diversos estúdios de Hollywood estão interessados em levar o sucesso que MJ gravou em 1982 para as telas. Sites especializados em cinema estão noticiando que o coreógrafo Kenny Ortega deve dirigir o filme. O filme vai contar a história da própria música, ou seja, uma extensão do clássico videoclipe. Vamos ver o que que sai...

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Dave Grohl deve estar com saudades do Nirvana. Explico: já em estúdio gravando o novo álbum do Foo Fighters, Grohl convocou o produtor Butch Vig para produzir o álbum - ele também foi o resposnável por "Nevermind" (1992)-, e o baixista Krist Novoselic para participar de uma faixa do novo álbum. "Ele apareceu aqui em uma noite, e tocou baixo numa canção", disse Grohl à BBC. Bob Mould, do Hüsker Dü, também participa do disco. O Foo Fighters já marcou shows em Londres, no mês de julho de 2011.

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Partindo para a televisão, hoje vamos lembrar também de Diogo Vilela, um dos grandes atores do país. Pode ser na comédia ou no drama, Diogo é um dos melhores atores que já vi atuar. Sempre na dele, longe dos holofotes, ele só aparece mesmo quando é para mostrar a sua arte. A primeira recordação que tenha dele na televisão foi na novela "O sexo dos anjos", de 1983. Depois, Diogo apareceu em "Sassaricando" (1987), "Deus nos acuda" (1992), "Quatro por quatro" (1994), entre outras. Isso sem contar, claro, com o "TV Pirata", o melhor humorístico que já vi na TV, e no "Toma lá, dá cá". Diogo Vilela faz 53 anos hoje. Parabéns!



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No dia 28 de outubro de 1977, o Queen lançava um de seus álbuns mais importantes: "News of the world". Bom, quase todos os álbuns do Queen podem ser chamados de "importantes". Mas esse é diferente. A começar pela dobradinha inicial "We will rock you" / "We are the champions", que passou a encerrar todos os shows da banda de Freddie Mercury, até o derradeiro, no Knebworth Park, no verão inglês de 1986. Além dessas duas faixas, que, sim, valem o disco, o Queen ainda soava mais roqueiro do que nunca, em canções como "Sheer heart attack" e "Get down, make love". E o que dizer das pungentes "Spread your wings" e "My Melancholy blues"? Pois é... É um clássico de verdade.



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Quem faz 41 anos hoje é o músico norte-americano Ben Harper. Confesso que sempre tive uma certa implicância com Ben Harper. Achava aquele rock estilo meio surfista um pouco aguado. Até que Ben Harper lançou o álbum "White lies for dark times" (2009), com a sua nova banda, a Relentless7. Putz, que som, bicho. Chapei. Melhor ainda foi o DVD ao vivo que veio em seguida: "Live from the Montreal International Jazz Festival" (2010). A banda em cima do palco é impressionante. E, além das canções próprias, ela apresentou uma versão antológica (veja bem: antológica mesmo!!) de "Under pressure", que o Queen e o David Bowie gravaram em 1981. Se todos os covers fossem feitos assim...



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Hoje está tendo festa lá em Niterói também! A grande Zélia Duncan completa 46 anos atravessando grande momento em sua carreira. O seu último trabalho, "Pelo sabor do gesto", para mim, foi o melhor álbum brasileiro de 2009, e "Telhados em Paris", a melhor música. Escrevi isso no SRZD quando fiz o balanço do ano passado. E não mudei de opinião não. Zélia está sendo corajosa ao apresentar todas as músicas desse novo álbum no show. Poucos artistas fazem isso. Mas ZD tem certeza da qualidade de seu trabalho. E o show rtealmente é fantástico. Tomara que saia em DVD.



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UMA PAUSA PARA A PROPAGANDA: Já que a gente tem que aturar Dilma e Serra na televisão todo dia pedindo o nosso voto, vou aproveitar o espaço aqui para pedir um voto para quem realmente merece. O livro "O leitor apaixonado", de Ruy Castro, está concorrendo ao prêmio Jabuti de melhor livro de 2009. Para votar, é molinho. Basta clicar aqui, digitar e-mail e CPF, votar no melhor livro de ficção (Chico Buarque está concorrendo), e depois no melhor livro de não-ficção, onde entra "O leitor apaixonado". Não perdi mais de 30 segundos para votar.

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Outro dia falei aqui sobre os 70 anos do Pelé. E hoje vou homenagear aquele que talvez seja o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos: Garrincha. Se vivo fosse, Mané estaria completando 77 anos hoje. Não é preguiça não, mas acho que não vale a pena ficar aqui citando os feitos de Garrincha, se a melhor biografia brasileira versa exatamente sobre o craque. Eu li "Estrela solitária: Um brasileiro chamado Garrincha", de Ruy Castro, logo que saiu. Devia ter uns 13 anos. E chorei bastante com a história do Mané. Mesmo para quem não gosta de futebol, é altamente recomendável. Outro momento que não me esqueço foi o show "Verde anil amarelo cor de rosa e carvão", de Marisa Monte. Durante a música "Balança pema", de Jorge Ben, os telões ao fundo do palco passavam imagens de dribles fantásticos do Garrincha. Tudo a ver com a música. Dá para relembrar com o vídeo abaixo. E salve Mané!



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3 de out. de 2010

Resenhando: Robert Plant, Simone, The Drums, “É com esse que eu vou”, Joyce

“Band of joy”– Robert Plant
Nos tempos atuais, em que uma reunião do Led Zeppelin é, volta e meia, cogitada, é digno de registro o fato de Robert Plant colocar nas lojas um álbum chamado “Band of joy”, nome de sua banda pré-Led Zeppelin. Desde o lançamento do essencial “Raising sand” (gravado em parceria com a cantora Alison Krauss, em 2007), Robert Plant demonstra uma alegria que nunca havia demonstrado com a sua (extremamente irregular) carreira solo. Com “Raising sand”, ele papou algumas estatuetas do Grammy, e se sentiu à vontade para esnobar Jimmy Page, que não para de mendigar o retorno do vocalista louro à banda que lhes trouxe fama e grana. Com o álbum “Band of joy”, Robert Plant dá mais um passo pra frente (ou pra trás, dependendo do seu grau de saudosismo) em sua carreira. Ok, seria muito legal ver os dois reunidos a John Paul Jones novamente. Mas é muito mais legal concluir que um dos maiores vocalistas da história do rock ainda consegue ser relevante, mais de 30 anos após a dissolução do Led Zeppelin. Em “Band of joy”, Robert Plant resgata o bluegrass de “Raising sand”, incorporando-lhe elementos do folk e do blues. E olha que a mistura deu muito certo. Com o apoio de uma banda competente (formada por gente como o guitarrista Buddy Miller e a cantora Patty Griffin), Plant registrou 12 faixas, sendo uma, “Central two-o-nine”, de sua autoria (ao lado de Miller). Mas a grande faixa do álbum é “House of cards” (não, não é a do Radiohead), com vocais fabulosos de Patty Griffin. Ao mesmo tempo, a quase-pop “Harm’s swift way” também merece destaque. Enfim, não é Led Zeppelin. Mas é a Band Of Joy. E para Robert Plant isso deve fazer muito mais sentido.

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“Em boa companhia” – Simone
Depois do CD de estúdio, vem o ao vivo, diz o mercado. E Simone não fez diferente. Após o lançamento do irregular “Na veia” (2009), a cantora ressurge com o CD duplo/DVD “Em boa companhia”. Gravado no Teatro Guararapes, em Recife, o novo trabalho de Simone traz todas as 12 faixas de “Na veia”, além de alguns sucessos de sua carreira. Se é louvável, por um lado, Simone apresentar, no palco, a íntegra do álbum originário do show, por outro, a apresentação perde muito do seu pique, até mesmo porque, “Na veia” não é lá um grande álbum. E, de quebra, as versões ao vivo são idênticas as de estúdio, sem tirar nem pôr. Daí vem a pergunta: por que um CD duplo e não apenas um simples privilegiando as músicas que não estão no álbum de estúdio? Além das “novas” versões de “Ame” (belíssimo samba de Paulinho da Viola e Elton Medeiros), “Na minha veia” (de Martinho da Vila e Zé Catimba) e “Hóstia” (parceria de Erasmo Carlos e Marcos Valle), Simone apresenta algumas coisas antigas que os fãs sempre gostam de recordar. São os casos de “Tô que tô” (da dupla Kleiton & Kledir, e faixa de abertura do espetáculo), “Face a face” (obra prima de Cacaso e Sueli Costa) e “Ive Brussel” (clássico de Jorge Ben, que ganhou uma versão bem interessante). Destaque também para as releituras de “Perigosa” (de Rita Lee, Roberto de Carvalho e Nelson Motta, e que fez sucesso com as Frenéticas), “Lá vem a baiana” (de Dorival Caymmi) e “Ai ai ai” (da dupla Ivan Lins / Vitor Martins, e que caiu muito bem na voz de Simone, como, aliás, caem todas as músicas da dupla). O final, com “Ex amor”, de Martinho da Vila, é a prova de que nem sempre é necessário apelar para “O amanhã”.

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“The Drums” – The Drums
Uma mistura de pós-punk com rock dos anos 60. Dessa forma (um tanto grosseira, é verdade) pode ser definido o som do The Drums, banda formada por Jonathan Pierce (vocais), Jacob Graham (guitarra), Connor Hanwick (bateria) e o dissidente Adam Kessler (guitarra). Embebidos em The Smiths, Joy Division e The Zombies, o quarteto lançou, no mês retrasado, um bom álbum de estreia, que leva o seu nome. Os primeiros acordes da faixa de abertura, “Best friend”, podem dar a entender que “The Drums” é um álbum que poderia ter sido gravado lá no iniciozinho dos anos 80, do outro lado do Pacífico, em alguma cidade acinzentada. Mas talvez o diferencial seja exatamente esse: a sonoridade do The Drums não é tão cinza quanto a de suas influências. “Me and the moon”, por exemplo, está mais para uma new wave de um Duran Duran. Já “Let’s go surfing” promove um inusitado encontro entre o Joy Division e o Beach Boys, enquanto que “Skippin’ town” é The Zombies puro. Bem diferente é a deprimidinha “Down by the water”, primeiro single do álbum, e que não passa muito uma ideia geral do disco. Até mesmo porque, apesar da atmosfera meio deprê e daquele baixão no estilo Peter Hook, o som do The Drums está muito mais para uma Califórnia quente e ensolarada do que para uma Manchester fria e nublada.

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“É com esse que eu vou” – Vários Artistas
Repetindo a fórmula usada em “Sassaricando”, Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral lançaram um novo musical, já em cartaz no Rio de Janeiro. “É com esse que eu vou” agrupa 82 sambas compostos por gente como Herivelto Martins, Ataulfo Alves, Haroldo Lobo, Noel Rosa, Ary Barroso, Roberto Roberti, Wilson Baptista, Roberto Martins, entre outros. Na voz do mesmo elenco de “Sassaricando” (com exceção de Eduardo Dusek), não tinha muito como o resultado dar errado. E também não tinha como dar errado com a excelente banda, liderada pelo arranjador Luís Filipe de Lima, e formada por ótimos músicos como Jorge Helder (baixo), Oscar Bolão (bateria), Henrique Cazes (cavaquinho) e Dirceu Leite (sopros). Realmente não deu. Mas a verdade é que “É com esse que eu vou” dá pistas de um certo esgotamento dessa fórmula. Se em “Sassaricando”, as marchinhas surgiam revigoradas e frescas, em “É com esse que eu vou”, os sambas soam um pouco repetitivos. Ou seja, ficou tudo igual demais a “Sassaricando”. Aliás, até a fórmula de agrupar os sambas em medleys é igual a do musical anterior. Os 82 sambas foram divididos em blocos como “Rico x Pobre” (com sambas como “Com que roupa?”, de Noel Rosa), “Orgia x Trabalho” (“Abre a janela”, de Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.), “Cidade x Morro” (“Praça Onze”, de Herivelto Martins e Grande Otelo), “Tristeza x Alegria” (“Atire a primeira pedra”, de Mário Lago e Ataulfo Alves), “Solteiro x Casado” (“Nega maluca”, de Evaldo Ruy e Fernando Lobo), “Feminismo x Machismo” (“Não me diga adeus”, de Paquito, Luiz Soberano e João Correa da Silva) “Briga x Paz” (“Mora na filosofia”, de Monsueto e Arnaldo Passos) e “Apologia do samba” (com “Alegria”, de Assis Valente e a faixa-título do musical, composta por Pedro Caetano, em 1947). Apesar de um gostinho de déjà vu, ninguém pode negar que é uma bela aula de samba.

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“Feminina” – Joyce
“Em 1980 minha vida estava mudando. Depois de um período de parada quase total das atividades musicais, por conta do nascimento de minhas filhas, voltei a compor direto, vi minhas músicas serem gravadas pelas mais importantes vozes do Brasil e finalmente fui convidada a gravar um disco meu pela EMI-Odeon. Esse disco se chamaria ‘Feminina’, e seria um marco em meu trabalho e em minha vida.” É dessa forma que Joyce inicia o texto que consta no encarte da edição de 30 anos de “Feminina”, o seu álbum mais importante, e que a EMI agora recoloca nas lojas. Joyce ficou meio que parada durante quase toda a década de 80, mas o seu nome continuava em alta. Artistas como Elis Regina, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Nana Caymmi e Quarteto em Cy haviam gravado as suas canções – muitas, inclusive, presentes em “Feminina” –, e boas ideias ainda brotavam, especialmente a música “Clareana”, classificada no Festival MPB-80, e um dos maiores sucessos daquele ano. “Clareana” é uma das dez faixas de “Feminina”, que ainda trazia canções já bem conhecidas, como “Essa mulher” (que havia sido um estrondoso sucesso como faixa-título do álbum lançado por Elis Regina em 1979) e “Da cor brasileira” (gravada por Maria Bethânia em seu disco “Mel”, também de 79, e um dos mais vendidos de sua carreira). Já a faixa-título, “Feminina”, é um daqueles momentos da MPB que pode ser chamado de mágico. A música acabou sendo um dos temas da série “Malu mulher”, que fazia enorme sucesso na Rede Globo. E tudo isso respaldado por um timaço de músicos como Tuti Moreno (bateria e percussão), Mauro Senise (flauta), Fernando Leporace (baixo) e Hélio Delmiro (violão). Com todos esses predicados, “Feminina” foi um marco na carreira de Joyce – e (por que não?) da MPB.

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Em seguida, um preview de “Band of joy”, e uma pequena entrevista com Robert Plant:

20 de set. de 2010

Wander Wildner, Ben Webster, Ozzy, Bowie, Sophia Loren, The Drums, MSP, Radiohead, Paralamas, Amy, Pet Shop Boys, U2, Depeche Mode, Waldir Azevedo

Trinta anos sem Waldir Azevedo. Um "Brasileirinho" em homenagem a ele!



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O site de fãs do Depeche Mode Home anunciou que a banda está preparando um registro da "Tour of the universe", a ser lançado em novembro. Segundo o site, o show escolhido foi o de Barcelona, em novembro do ano passado (não se sabe se o do dia 20 ou 21). Haverá três versões do show: DVD simples + CD duplo, DVD duplo + CD duplo e Blu-ray duplo. Além da apresentação (repertórios aqui), o vídeo trará um documentário de 40 minutos de duração, dirigido por Anton Corbijn, além dos videoclipes de "Wrong", "Peace", "Fragile tension" e "Hole to feed". De acordo com o mesmo site, há a probabilidade de o Depeche Mode também lançar um álbum de remixes no ano que vem.

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Parece que o U2 vai aproveitar os 20 anos de "Achtung baby" (a serem completados em novembro do ano que vem) para relançar o álbum. Segundo o cantor John Vanderslice, a banda irlandesa está remasterizando o clássico disco de 91, em uma sala ao lado da sua em um estúdio na cidade de Los Angeles. A revelação foi feita através do Twitter. O U2 já vem, faz algum tempo, relançando os seus álbuns em versões remasterizadas e expandidas. Pela ordem natural das coisas, "Achtung baby", de fato, seria o próximo da fila. E material extra desse álbum é que não falta.

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Sai no dia 01º de novembro a nova coletânea do Pet Shop Boys, "Ultimate Pet Shop Boys". Segundo o site oficial da dupla, o CD englobará 19 faixas em ordem cronológica de lançamento, de "West End girls" a "Love etc" - o repertório completo ainda não foi definido. Se você pensou: "mais uma coletânea do Pet Shop Boys?? Não compro!", terá um bom motivo para já reservar uma cópia: o DVD extra, que traz nada menos que 27 números gravados em programas da BBC, além da apresentação integral no festival de Glastonbury, que aconteceu em junho desse ano. São quatro horas de material visual.

A relação de faixas do DVD é a seguinte:
Ao vivo na BBC: "West End Girls", "Love Comes Quickly", "Opportunities (Let's Make Lots Of Money)", "Suburbia", "It's A Sin", "Rent", "Always On My Mind", "What Have I Done To Deserve This?", "Heart", "Domino Dancing", "Left To My Own Devices", "So Hard", "Being Boring", "Can You Forgive Her?", "Liberation", "Paninaro '95", "Se a vida é", "A Red Letter Day", "Somewhere", "I Don't Know What You Want But I Can't Give It Anymore", "New York City Boy", "You Only Tell Me You Love When You're Drunk", "Home And Dry", "I Get Along", "Miracles", "Flamboyant" e "I'm With Stupid".

Glastonbury 2010: "Heart", "Did You See Me Coming?", "Love Etc", "Pandemonium", "Building A Wall", "Go West", "Two Divided By Zero", "Why Can't We Live Together?", "New York City Boy", "Always On My Mind", "Closer To Heaven", "Left To My Own Devices", "Do I Have To?", "King's Cross", "Jealousy", "Suburbia", "What Have I Done To Deserve This?", "All Over The World", "Se A Vida É", "Viva La Vida"/"Domino Dancing", "It's A Sin", "Being Boring" e "West End Girls".



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Ao que parece, a relação entre Amy Winehouse e Mark Ronson azedou de vez. Segundo a cantora, o produtor do álbum "Back to black" (2006) "está morto". "Ronson, você está morto para mim. Eu escrevo um álbum, e você pega metade do crédito - fazer uma carreira assim? Eu acho que não", escreveu Amy em seu Twitter, nesse fim de semana. Ronson estava trabalhando no novo álbum de Amy Winehouse, que deve chegar às lojas no ano que vem. Vale lembrar que foi a partir de "Back to black", produzido por Ronson, que Amy Winehouse se tornou conhecida.

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Pela foto acima, parece um box mais não é. "Arquivo 3", novo álbum dos Paralamas do Sucesso, que chega às lojas nos próximos dias, é uma coletânea que contempla a fase pós-acidente de Herbert Vianna, entre 2002 e 2009 - nesse período, foram lançados três álbuns de estúdio e dois ao vivo. Diferentemente das outras duas edições de "Arquivo", não há nenhuma faixa inédita nesse terceiro volume - no "Arquivo I" (1990), os Paralamas lançaram "Caleidoscópio", e no "II" (2000), "Aonde quer que eu vá". A relação de faixas de "Arquivo 3" é a seguinte: "A lhe esperar", "Cuide bem do seu amor", "2 A", "O calibre", "Quanto ao tempo", "Na pista", "Seguindo estrelas", "De perto", "Mormaço" (com Zé Ramalho), "Soldado da paz", "Que país é este" (as duas com Dado Villa-Lobos) e "Selvagem / Polícia" (com os Titãs).

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O baixista do Radiohead, Colin Greenwood, publicou um artigo, no site Index of Censorship, sobre a indústria fonográfica. Mas o melhor mesmo foi quando ele escreveu que o Radiohead acaba de completar "mais um grupo de músicas". A expressão "grupo de músicas" (ao invés de "álbum") não foi à toa. Greenwood ainda não sabe como as tais novas canções serão lançadas. Após o lançamento de "In rainbows" (2007), pelo qual os fãs poderiam pagar, na internet, o preço que considerassem justo, a banda ainda quer descobrir uma "melhor forma de levar a sua música aos fãs".

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O Manic Street Preachers lança novo álbum hoje, e o primeiro single, "(It's not war) Just the end of love", já está em alta rotração aí pela internet. "Postcards from a young man" não tem previsão de lançamento no Brasil. Um videoclipe do primeiro single também foi lançado hoje, mas, em todos os sites de vídeo onde procurei, o conteúdo está bloqueado para o Brasil. Ficamos então com a versão ao vivo da mesma canção, apresentada na semana passada, no programa de Jools Holland.



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Uma das grandes sensações desse ano, a banda The Drums perdeu o seu guitarrista. Adam Kessler deixou a banda nesse fim de semana por motivos não explicados. A banda de Nova York publicou um comunicado em seu site, no qual se diz "devastada". Atualmente, o Drums está no meio de uma turnê pelos Estados Unidos, que não será interrompida. O nome do guitarrista-substituto é Tom Haslow. A banda ainda não confirmou se ele será efetivado a membro-oficial.

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E sabe quem faz 76 anos hoje? A grande atriz italiana Sophia Loren. É difícil os norte-americanos pagarem pau para algum artista que não tenha nascido em seu país. Mas para Sophia Loren eles pagam. Também, pudera. A mulher fez algumas dezenas de filmes clássicos (como "A queda do império romano", "O homem de La Mancha", "Quo vadis?" e "El Cid"), era linda e atuava magistralmente. Até um Oscar (em 1962) ela conseguiu faturar, com o filme "Duas mulheres", de Vittorio De Sica e Cesare Zavattini. E o melhor é que, volta e meia, Sophia Loren ainda dá as caras em alguma telona por aí.



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Olha, um dos primeiros shows que assisti na minha vida foi o de David Bowie, na Praça da Apoteose, aqui no Rio de Janeiro. E confesso que fiquei surpreso ao constatar que hoje faz 20 anos que aconteceu esse show. A turnê era a "Sound and vision", na qual Bowie apresentava os seus maiores sucessos. Os roteiros eram absurdos de bom e variavam noite a noite. Na Apoteose, por exemplo, ele começou com "Space Oddity", e terminou com a dobradinha "The Jean Genie / "Gloria", esta segunda de Van Morrison. No ano passado, escrevi um texto mais detalhado com algumas lembranças desse show. Caso seja do interesse, basta clicar aqui. Já o vídeo abaixo não é do show na Apoteose, mas de um em Tóquio, da mesma turnê. Poucos dias após o show no Rio, a Rede Globo passou um especial com os melhores momentos. Eu não tenho mais essa fita de vídeo. E parece que ninguém tem, porque não encontrei nada no YouTube...



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Na última sexta-feira, eu escrevi aqui no blog sobre os 19 anos do lançamento de "No more tears", de Ozzy Osbourne. E eu jamais imaginava que voltaria a falar do Príncipe das Trevas tão rapidamente. Mas o motivo é nobre. Sabe o porquê? Hoje, dia 20 de setembro de 2010, faz 30 anos que "Blizzard of Ozz", primeiro álbum solo de Ozzy Osbourne, chegou às lojas. Ninguém imaginava (e nem o Ozzy) que, após a sua expulsão do Black Sabbath, o seu primeiro álbum solo faria tanto sucesso. Aliás, muito mais sucesso do que qualquer álbum posterior da sua ex-banda. "Blizzard of Ozz" contém algumas das canções mais fortes do cantor, como "Goodbye to romance", "Crazy train" e "Mr. Crowley". E os méritos não são só de Ozzy Osbourne. O finado guitarrista Randy Rhoads ajudou a formatar o som da carreira solo do cantor. A banda ainda contava com Bob Daisley (baixo) e Lee Kerslake (bateria). Pena que, alguns anos após o seu lançamento, "Blizzard of Ozz" teve que ser recolhido das lojas. Isso porque, Bob e Lee ajuizaram uma ação, pedindo uma participação nas vendas. Ozzy (com toda a razão) não quis, eis que eles eram músicos contratados, e o álbum acabou sendo recolhido das lojas. Só que a sua esposa, Sharon Osbourne, teve a "brilhante" ideia de relançar o álbum com o baixista Robert Trujillo e o baterista Mike Bordin refazendo as partes que, originalmente, cabiam a Bob e Lee. Óbvio que ninguém gostou. Agora, parece que Ozzy Osbourne e seus antigos músicos estão chegando a um acordo. E é possível que "Blizzard of Ozz" (assim como o sucessor "Diary of a madman", de 1981, e que passou pelo mesmo problema) volte às lojas no ano que vem. Ficamos na torcida.



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"The Brute". "Frog". Ou Ben Webster. Independentemente do nome ou do apelido, ele foi um dos grandes jazzistas de todos os tempos. Um dos maiores nomes do saxofone tenor, Webster estourou tocando na orquestra de Duke Ellington. Ficou por lá entre 1935 e 1943 para, depis, seguir a sua carreira. Ben Webster sempre gostou de compartilhar. E, não à toa, os seus três grandes álbuns foram gravados em dupla com outros grandes jazzistas: "Coleman Hawkins encounters Ben Webster" (1957), "Ben Webster meets Oscar Peterson" (1959) e "Gerry Mulligan meets Ben Webster" (1959). Clássicos. E hoje faz 37 anos que o "Frog" pulou para o andar lá de cima.



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Bom, como você já devem ter sentido, hoje é o Dia do Gaúcho! Aeee... Parabéns a todos os gaúchos. E, olha, coincidentemente, quem faz aniversário hoje é o grande gaúcho Wander Wildner, nascido em Venâncio Aires, a 20 de setembro de 1959. Wander, que era itegrante d'Os Replicantes, teve grande importância para o punk no Brasil. Atualmente, ele segue em carreira solo. O seu último álbum foi "La canción inesperada", lançado em 2008.



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1 de set. de 2010

Corinthians 100, Art Pepper, Seiji Ozawa, R.E.M, Radiohead, Santana, Cee-Lo, Hall of Fame, Cidadão Instigado, Josh Ritter, Raveonettes, Drums, Tarsila


(Tarsila do Amaral - 01/09/1886 / 17/01/1973)

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E que tal a versão do The Drums para "We used to wait", do Arcade Fire, hein?



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Isso aqui vale a pena: The Raveonettes e a sua bela versão para "I wanna be adored", do Stone Roses.



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Vai um taco aí??

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Hoje eu vou recomendar aqui um artista que tenho ouvido bastante nos últimos meses. O nome dele é Josh Ritter, e tem sido comparado a Bob Dylan, Leonard Cohen, Neil Young e Bruce Springsteen. Bom, echo meio cedo ainda (hehehe...), mas a música dele é bem bacana, soturna e com letras viajantes. Ritter já tem sete álbuns lançados, incluindo "So runs the world away", o seu último trabalho, que chegou às lojas em maio passado. A música abaixo é desse disco, e se chama "The curse".



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A genial banda Cidadão Instigado lançou o videoclipe de "Contando estrelas", nessa semana. A direção do vídeo é de Fernando Catatau e de Ivo Lopes Araujo.



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Será lançado no dia 28 de setembro um DVD que deve ser, no mínimo, excepcional. "The 25th anniversary Rock & Roll Hall Of Fame Concerts" (capa acima) é um pacote de três DVDs (por enquanto, não há notícia de lançamento em BD) com mais de cinco horas de duração. Os DVDs trazem os shows que foram apresentados em duas noites, no Madison Square Garden, em outubro do ano passado, para comemorar os 25 anos do Rock & Roll Hall of Fame. E sabe quem se apresentou por lá? U2, Stevie Wonder, Simon & Garfunkel, Mick Jagger, Metallica, entre outros. Veja aí abaixo, as músicas dos DVDs, que eu copiei do site da Amazon. É pra encomendar ontem.

TOM HANKS
Introduction

JERRY LEE LEWIS
Great Balls of Fire

CROSBY, STILLS & NASH
Woodstock
Almost Cut My Hair
Love Has No Pride with Bonnie Raitt
The Pretender with Jackson Browne
Love the One You're With with James Taylor

STEVIE WONDER
For Once in My Life
The Tracks of My Tears with Smokey Robinson
The Way You Make Me Feel with John Legend
The Thrill Is Gone with B.B. King
Higher Ground/Roxanne with Sting
Superstition with Jeff Beck

PAUL SIMON
Me and Julio Down by the Schoolyard (not included on the HBO airing)
You Can Call Me Al
Here Comes the Sun with David Crosby and Graham Nash
The Wanderer with Dion DiMucci
Little Anthony and the Imperials:
Two People in the World

SIMON & GARFUNKEL
The Sounds of Silence
The Boxer
Bridge over Troubled Water

ARETHA FRANKLIN
Baby I Love You
Don't Play That Song
Chain of Fools with Annie Lennox

METALLICA
For Whom the Bell Tolls
Sweet Jane with Lou Reed
Iron Man/Paranoid with Ozzy Osbourne
All Day and All of the Night with Ray Davies
Enter Sandman

U2
Vertigo
Magnificent
Because the Night with Bruce Springsteen, Patti Smith and Roy Bittan
I Still Haven't Found What I'm Looking For with Bruce Springsteen
Gimme Shelter with Mick Jagger and Fergie
Stuck in a Moment You Can't Get Out Of with Mick Jagger
Beautiful Day

JEFF BECK
People Get Ready with Sting
Let Me Love You Baby with Buddy Guy
Foxy Lady with Billy Gibbons
A Day in the Life

BRUCE SPRINGSTEEN & THE E STREET BAND
Hold On I'm Comin' with Sam Moore
Soul Man with Sam Moore
The Ghost of Tom Joad with Tom Morello
Fortunate Son with John Fogerty
Pretty Woman with John Fogerty
Jungleland
A Fine Fine Boy with Darlene Love
New York State of Mind with Billy Joel
Born to Run with Billy Joel
Your Love Keeps Lifting Me Higher with Darlene Love, John Fogerty, Sam Moore, Billy Joel and Tom Morello

BONUS MATERIAL

CROSBY, STILLS & NASH
Mexico with James Taylor
Teach Your Children with Bonnie Raitt, Jackson Browne and James Taylor

STEVIE WONDER
Uptight
I Was Made to Love Her
Signed, Sealed, Delivered I'm Yours
Mercy Mercy Me with John Legend

SIMON & GARFUNKEL
Mrs. Robinson/Not Fade Away

METALLICA
Turn the Page
Iron Man/Paranoid with Ozzy Osbourne (not edited)

U2
Mysterious Ways
Where Is the Love/One with the Black Eyed Peas

JEFF BECK
Freeway Jam
Big Block

BRUCE SPRINGSTEEN & THE E STREET BAND
London Calling with Tom Morello
Your Love Keeps Lifting Me Higher with Darlene Love, John Fogerty, Sam Moore, Billy Joel and Tom Morello (not edited)



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Eis, finalmente, o videoclipe da melhor música de 2010...



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A capa acima é do novo álbum de Santana, "Guitar heaven: The greatest guitar classics of all time", no qual o guitarrista recria alguns clássicos do rock com convidados especiais. O CD sai no dia 21 de setembro em versões simples e dupla (com DVD com o making of da gravação do álbum e uma entrevista com o guitarrista e o seu produtor Clive Davis). A relação de faixas, com os respectivos convidados, é a seguinte:

1) "Whole lotta love" (Chris Cornell)
2) "Can't you hear me knocking" (Scott Weiland)
3) "Sunshine of your love" (Rob Thomas)
4) "While my guitar gently weeps" (India.Arie & Yo-Yo Ma)
5) "Photograph" (Chris Daughtry)
6) "Back in black" (Nas e Janelle Monáe)
7) "Riders on the storm" (Chester Bennington & Ray Manzarek)
8) "Smoke on the water" (Jacoby Shaddix)
9) "Dance the night away" (Pat Monahan)
10) "Bang a gong" (Gavin Rossdale)
11) "Little wing" (Joe Cocker)
12) "I ain't superstitious" (Jonny Lang)

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Se tem uma banda que deve uns DVDs para os fãs é o Radiohead. Os shows são ótimos, rolam soltos pela internet, com qualidade tosca, e a banda nada de lançar um oficial nas lojas. Mas isso está sendo corrigido agora. Em termos. Cinquenta fãs filmaram a apresentação de Thom Yorke e companhia na cidade de Praga, no ano passado. Um DVD foi montado com as imagens, e a banda cedeu o áudio oficial (de mesa de som) do show. O resultado já está disponível no site oficial do grupo (leeeeeeeeeento pra carregar) e no YouTube, em vídeos esparsos. Parece que, até o final do ano, o Radiohead vai lançar o show em blu-ray também. Achei a ideia da banda bacana, diferente e tal. Mas não tenho muita paciência para essas filmagens toscas feitas por fãs em shows. Acho que servem para dar uma pequena ideia da apresentação, matar a curiosidade. Mas não sei se compraria um DVD com essa filmagem. Mas, pelo menos, o áudio está excelente, como pode ser notado no vídeo abaixo de "The bends", extraído do DVD.



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Acho que aqui todo mundo já sabe qual é a minha banda predileta, né? E eu me lembro muito bem do primeiro álbum que tive dessa banda. "Document", do R.E.M., chegou ás minhas mãos no Natal de 1987, obra de uma tia caridosa. Chapei, né? Ouvi "It's the end of the world, as we know it (And I feel fine)" até decorar a letra. "Exhuming McCarthy" era outra das minhas preferidas, assim como "King of birds", qejá me emocionava desde aquela época. "The one I love" foi outra que marcou muitas tardes de R.E.M. com jogo de botão (mistura explosiva na época, pode ter certeza). Mas a que eu mais gostava, disparado, era "Finest worksong". Para mim, um dos cartões de visita do R.E.M.. E você nem pode imaginar a alegria desse moleque, 14 anos depois, quando viu a sua banda predileta pela primeira vez ao vivo, no Rock in Rio, começando o show com... "Finest woksong". Mágico! Ah, e eu já ia me esquecendo: "Document" foi lançado no dia 01º de setembro de 1987.



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Vamos continuar porque hoje o negócio está bem chique por aqui. Falei de jazz e agora parto para a música clássica. Eu acho que todo maestro merece uma estátua. Não sei se pela genialidade ou pela loucura. Mas merece. E hoje quem ganha uma estátua aqui é o maestro japonês Seiji Ozawa, que faz 75 anos. E para homenagear o diretor musical da Boston Symphony Orchestra, e principal maestro da Vienna State Opera, a clássica "Radetzky march", de Johann Strauss Jr. E hoje nem é Ano Novo. Mas a gente quebra o protocolo mais uma vez...



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Bom, hoje, como você viram, eu tive que quebrar o protocolo. Comecei com futebol, ao invés de música. Afinal de contas, não é todo dia que um time como o Corinthians faz 100 anos, né? Em tempo: não sou corintiano. Mas tenho que respeitar todos os seus ídolos e torcedores. Daí a homenagem. Então, agora, vamos partir pra música. Mas especificamente para o jazz, porque hoje é dia de comemorar os 85 anos de nascimento de Art Pepper, um dos maiores saxofonistas da história. Pepper nasceu na Califórnia, e morreu em 15 de junho de 1982. Uma dica de um álbum dele? Fácil. "Art Pepper meets the rhythm section", de 1957. Simplesmente fabuloso. Se tiver duvidando, ouça só a sua versão para "You'd be so nice to come home to", de Cole Porter.



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Sócrates, Wladimir, Cláudio, Baltazar, Rivellino, Gilmar dos Santos Neves, Neto, Marcelinho Carioca, Zé Maria, Luizinho, Neco, Basílio, Carbone, Roberto Belangero, Gamarra, Casagrande, Domingos da Guia, Dida, Teleco, Palhinha, Idário, Grané, Zenon, Viola, Vampeta, Ronaldo Fenômeno, Tevez, Rincón, Ronaldo, Dino Sani, Biro-Biro, Amílcar, Carlos, Servilio...

Parabéns pelo centenário, Timão. Esperamos por mais cem anos de glórias e de grandes craques.