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12 de dez. de 2010

Resenhando: Michael Jackson, The Black Eyed Peas, Sting, Pet Shop Boys, Cauby Peixoto

“Vision”– Michael Jackson
“Ah, se não fosse Michael Jackson, hoje não existiria videoclipe...” “Ah, Michael Jackson mudou a forma de se filmar um vídeo de música...” “Ah, ‘Thriller’ é o videoclipe mais importante de todos os tempos... “Ah...” Se você concorda com pelo menos uma dessas afirmações que são constantemente publicadas por aí, “Vision”, novo DVD triplo de Michael Jackson, é obrigatório em sua coleção. O finado astro já tinha lançado diversos VHSs, LDs e DVDs com todos esse videoclipes, mas o grande mérito de “Vision” é deixar tudo organizado, em quase cinco horas de som e imagem. No total, são 42 videoclipes, que cobrem a carreira de Michael, desde os The Jacksons (em três videoclipes raros – “Blame it on the boogie”, “Enjoy yourself” e “Can you feel it”) até o inédito “One more chance”. Pena que a fase com o Jackson 5 tenha ficado de fora. Mas, mesmo assim, é uma delícia relembrar pérolas como “Don’t stop ‘til you get enough”, “Rock with you”, “Billie Jean”, “The way you make me feel” e “Man in the mirror”. Quase todas as faixas de “Dangerous” também estão presentes, incluindo o inovador (para a época) vídeo de “Black or white”. Quem quiser relembrar o vídeo de “They don’t care about us”, gravado no Dona Marta, no Rio de Janeiro, também terá a oportunidade de fazê-lo com o DVD. O mais curioso em “Vision” é notar a importância do videoclipe para Michael Jackson. Muitos desses vídeos extrapolam o tempo da música, são verdadeiros curta-metragens, como “Remember the time” e, claro, “Thriller”. Muitos deles são dirigidos por diretores consagrados (John Landis, Martin Scorsese e Andy Morahan), contam com atores conhecidos e possuem até mesmo os créditos no final. Depois tem gente que não reconhece a importância de Michael Jackson para a música e para o show business.

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“The beginning” – The Black Eyed Peas
Após o fim, vem o início, certo? Pelo menos na concepção do The Black Eyed Peas, sim. Tudo bem, a ideia é boa, mas o “fim” do Black Eyed Peas é bem mais interessante. Explico: no ano passado, a banda californiana lançou o bom “The E.N.D.”, e, agora, o fraco “The beginning”. Em “The E.N.D.”, o BEP trilhou um caminho diferente de seus álbuns anteriores. A mistura de hip hop, dance, pop, rap, funk e afins, que fez a fama da banda especialmente em “Elephunk” (2003) e “Monkey business” (2005), deu lugar a um pop eletrônico, que é mantido nesse novo trabalho. O problema é que o que tinha de original em “The E.N.D.” virou repetição em “The beginning”. Tirando alguns poucos bons momentos, o álbum é recheado daqueles batidões clichês que todo mundo está fazendo por aí. Certamente vai vender bastante, mas a impressão que fica é que tudo isso é muito pouco para will.i.am e sua trupe. Até que o começo do álbum é bem interessante, com a faixa “The time (Dirty bit)”, que traz um sample daquela música do filme “Dirty dancing”. Depois dela, o que pode ser ouvido é uma sucessão de faixas tão vazias musicalmente quanto aquele “copo vazio cheio de ar” que o Gilberto Gil canta. Na verdade, basta ouvir umas duas ou três faixas do álbum todo (uma delas pode ser “The best one yet (The boy)”, única música produzida por David Guetta no disco), porque o resto é tudo absolutamente igual. O encarte, repleto de produtores, músicos, compositores, estúdios, dá uma ideia do quanto esse álbum não custou. Como aqueles filmes hollywodianos, tipo “Avatar”, cheio de efeitos especiais, que custam uma fortuna e não dizem nada. Mas as salas de cinema ficam lotadas por meses a fio. Talvez só eu quem esteja errado mesmo.

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“Live in Berlin” – Sting
Quando publiquei a resenha de “Symphonicities”, último álbum de Sting (2010), escrevi aqui que ele seria um ótimo calmante para os insones. Por isso, quando coloquei para rodar “Live in Berlin”, novo DVD e BD do compositor britânico, confesso que não fiquei muito animado. O vídeo apresenta o show da turnê de divulgação de “Symphonicities”, e conta com a Royal Philharmonic Concert Orchestra. Mais um sonífero à vista? Não tanto quando o álbum de estúdio originário, decerto. Em duas horas, Sting soube contrabalançar um ótimo repertório, com canções famosas do The Police e da carreira solo, além de lados B de seu repertório. Tudo bem diferente do chatíssimo “Symphonicities”. Ao mesmo tempo, o registro ao vivo contou com um frescor maior, ao contrário da engessada gravação de estúdio. “Every little thing she does is magic” – logo a segunda do roteiro –, por exemplo, ficou bem mais interessante (e com muito mais punch) do que a gravação de estúdio. Pena que exatamente a melhor faixa de “Symphonicities”, “Next to you” (primeiro sucesso do Police), tenha ficado de fora do DVD/BD. Em compensação, Sting foi generoso com a plateia, ao incluir “King of pain”, “Fragile”, “Every breath you take”, “Why should I cry for you?” e “Desert rose” no repertório. Se “Symphonicities” é Lexotan, esse “Live in Berlin” é um suquinho de maracujá: dá uma moleza boa – e não mata ninguém de sono.

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“Ultimate” – Pet Shop Boys
Desde que iniciou a sua carreira, toda década, o Pet Shop Boys lança uma coletânea. Em 1991, foi “Discography: The complete singles collection”; em 2003, “PopArt: The hits”; e, agora é a vez de “Ultimate”. Para quem já tem os álbuns originais da dupla formada por Neil Tennant e Chris Lowe, esse “Ultimate”, a princípio, em pouco acrescenta. Além dos sucessos de sempre (“West End girls”, It’s a sin”, “Domino dancing”, “Being boring”, “Go eest” e “Love etc.”), o CD, com 19 faixas, apresenta a mediana inédita “Together”, bem inferior a qualquer faixa do seu último álbum, o excelente “Yes”, de 2009. Se “Ultimate” viesse apenas com esse CD, talvez só os colecionadores se dariam ao trabalho de comprá-lo. Então, além do CD, o pacote conta com um DVD que é o recheio do bolo. São mais de três horas de imagens, dentre as quais se destacam 27 vídeos gravados para diversos programas da rede britânica BBC, como o Top Of The Pops, o Old Grey Whistle Test e o Wogan. Registrados entre 1985 e 2006, os vídeos traçam a trajetória da dupla de uma forma que nenhuma outra coletânea fizera antes. São sucessos como “Love comes quickly”, “Rent”, “Always on my mind”, “So hard”, “Se a vida é (That’s the way life is)” e “I get along” em versões ao vivo ou em playback. Além disso tudo, ainda tem a apresentação do Pet Shop Boys no festival de Glastonbury, na Inglaterra, nesse ano. O show é o mesmo (com a ausência da dobradinha “Pandemonium” / “Can you forgive her?”) perpetuado no CD/DVD “Pandemonium”, que saiu no início desse ano, mas é interessante ver o Pet Shop Boys em um palco mega como o do festival inglês. Pena que o som, além de um pouco baixo, só esteja disponível no formato estéreo (2.0). Enfim, em “Ultimate”, o que menos interessa é o CD de sucessos. Porque o DVD é o mais interessante da carreira do Pet Shop Boys. Tomara que aqui no Brasil não tenham a “brilhante” ideia de lançar apenas o CD, como aconteceu na coletânea que o Oasis lançou esse ano, "Time flies”.

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“Cauby sings Sinatra” – Cauby Peixoto
No ano passado, Cauby Peixoto colocou nas lojas um álbum somente com canções de Roberto Carlos (“Cauby interpreta Roberto”). Quem pensava que o disco seria aquele mais do mesmo, enganou-se. Se não gravou um álbum tão brilhante quanto os tributos de Maria Bethânia ou de Nara Leão, Cauby soube, ainda que a sua maneira, reinventar as canções de Roberto Carlos. Agora, é a vez de “Cauby sings Sinatra”, espécie de songbook de Frank Sinatra. Produzido pelo mesmo Thiago Marques Luz, o álbum segue a mesma proposta do anterior: um punhado de sucessos com a voz marcante de Cauby. A única diferença desse “Cauby sings Sinatra” é o fato de ter sido gravado ao vivo, o que, no final das contas, ainda dá um frescor maior a gravação. Acompanhado por uma big band de nove músicos, Cauby segue a risca os arranjos das gravações originais do The Voice, com algum floreio aqui, outro ali, na voz. O repertório é um best of sem tirar nem pôr. “I’ve got you under my skin”, “Strangers in the night”, “Let me try again”, “Fly me to the moon”, “Night and day”, “My way”, “Theme from New York, New York”... Está tudo lá nesse “Cauby sings Sinatra”. Mas o melhor mesmo é quando o cantor fluminense foge do lugar comum, casos de “Something” (de George Harrison), com um arranjo mais leve, com fluência maior do quarteto de metais, e “Moon river” (de Johnny Mercer e Henry Mancini), a música mais bonita de todos os tempos na opinião deste que vos escreve. Antes de “Something”, Cauby Peixoto diz que nunca imitou Frank Sinatra, apenas cantava as suas canções. Imitando ou cantando, Cauby, aos 79 anos, ainda tem munição para agradar aos seus fãs.

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Abaixo, o videoclipe de “The time (Dirty bit)”, primeiro single de “The beginning”, do Black Eyed Peas:

20 de nov. de 2010

Top 5: Bandas que vão e voltam...

1995. Os loucos por música já tinham escolhido o seu presente de Natal desde que aquele ano havia começado. “Os Beatles vão se juntar para um projeto de três coletâneas de raridades e mais duas faixas absolutamente inéditas”, diziam os jornais. Uau! Beatles inédito? Sim. E a primeira inédita, “Free as a bird”, saiu exatamente no dia 20 de novembro de 1995, quando o primeiro volume de “Anthology” chegou às lojas. Fui para a finada e saudosa Gramomphone, no Shopping da Gávea, às nove da manhã e fiquei lá esperando a loja abrir. Ok, a loja abriu às 10h, e o CD só chegou às 16h. Saudades do tempo em que não tinha p%@$#orra nenhuma pra fazer...

“Free as a bird”, lógico, foi a música daquele meu Natal. A Rede Globo ainda passou os especiais na televisão, que eu gravava religiosamente. Meses depois, saiu tudo em VHS, e quase tive que arrancar os olhos da minha cara para pagar o box importado. Lá por março de 1996, saiu o “Anthology 2”, com a inédita “Real Love”, que eu ainda considero mais interessante do que “Free as a bird”. Mas isso é outra história.

O top 5 dessa semana vai mostrar algumas bandas (que eu considero clássicas) que nasceram, viveram, morreram, ressuscitaram... E que sempre quando dão as pintas por aí, fazem a alegria dos fãs. A lista é a coisa mais óbvia que você pode imaginar. Mas a ideia é essa mesma. Não precisa me chamar de preguiçoso, tá? Então, vamos acordar os dinossauros?

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5) Blur
Bom, talvez você nem considere o Blur um dinossauro, mas o seu retorno, no ano passado, me fez acender a luz vermelha. Caramba, até bandas que eu vi nascer, e que comprei o álbum de estreia, já estão fazendo turnê de reunião?? Ferrou, estou ficando velho mesmo. Qual será a próxima banda a voltar? O Oasis?? Bom, não é nada surpreendente, até mesmo porque uma banda como o Los Hermanos, que eu comprava fitinha demo quando já estava na faculdade (?!?), aos 17 anos, já acabou (ou está em recesso, aquele velho eufemismo...), e já voltou duas vezes.



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4) The Police
Coitados. Sting, Stewart Copeland e Andy Summers tiveram que ouvir tantas críticas só porque resolveram se divertir um pouco e reativar o The Police. Mas os fãs gostaram, a turnê foi um sucesso absurdo, com ingressos esgotados em todos os quatro cantos do mundo. Mesmo sem ter nada inédito para mostrar, foi emocionante ver um dos maiores power trios de todos os tempos reunido novamente. O tímido Andy Summers, um Sting dando aqueles agudos praticamente perfeitos, e Stewart Copeland espancando a sua bateria, verdadeira mulher de malandro. Assisti a quatro shows dessa turnê. E, que me perdoem os críticos, todos eles foram mágicos.



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3) Led Zeppelin
Eu juro que não entendo a comoção tão grande com essa possível (cada vez mais impossível, diga-se) volta do Led Zeppelin. Afinal de contas, Robert Plant e Jimmy Page (os dois integrantes vivos mais importantes do Zep) já gravaram dois álbuns em dupla, e ainda se apresentaram no Brasil, em dois shows memoráveis no Hollywood Rock de 1996 (acertei?). Na minha opinião, para ver Plant de mau humor, Jimmy Page meia-bomba e o apagadinho John Paul Jones, prefiro guardar na minha memória o show de 96, bem melhor do que esse da Arena O2, na cidade de Londres, em 2008.



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2) Pink Floyd
Apesar das rusgas de Roger Waters e David Gilmour, um reencontro do Pink Floyd tinha tudo para dar certo, já que os seus integrantes adoram turnês nababescas. Mas a morte do tecladista Richard Wright parece ter sido uma espécie de pá de cal. A banda pode até voltar a se reunir, mas aquela figura tranqüila e grisalha no teclado vai fazer falta demais. Então vamos relembrar o encontro do Pink Floyd no histórico “Live 8”, em 2005?



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1) The Beatles
A historinha de “Free as a bird” eu já contei, né? Então, que tal (até para a gente entrar no clima dos shows paulistas do Paul McCartney) relembrá-la?



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E qual outro reencontro musical te marcou? Mande pelo twitter. Aqui ó: @esquinadamusica.

2 de nov. de 2010

R.E.M., Police, Raimundos, Jovelina, Secos & Molhados, Elza Soares, Joy Division, Cuomo, Franz, Gaga, McCartney, Yes, Amy, Iron, Beady Eye, Garbage

Chega às lojas na semana que vem o DVD "Uma noite em 67". O documentário faz um apanhado do 3º Festival da MPB da TV Record, vencido por Edu Lobo e a sua "Ponteio". No mesmo festival concorreram Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil (com os Mutantes), Roberto Carlos e Sérgio Ricardo (que quebrou o seu violão e o arremessou ao público). O DVD vem com extras, como músicas não incluídas na edição final do filme e entrevistas com Chico Buarque, Caetano Veloso, Marília Medalha, Ferreira Gullar, Sérgio Ricardo e Johnny Alf.

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Só digo uma coisa: Lou Reed no mesmo dia do Planeta Terra e do show do Paul McCartney é muita sacanagem.

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Agora é oficial. O Garbage está gravando um novo álbum. A vocalista Shirley Manson confirmou ao The Herald que o sucessor de "Bleed like me" (2005) não deve demorar muito para chegar às lojas. "Estou trabalhando em um disco com a banda. Já gravamos muita coisa, mas é difícil precisar a quantidade", disse. Manson afirmou ainda que a banda pretende sair em turnê no ano que vem.

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A nova banda de Liam Gallagher (ex-Oasis) já filmou o primeiro videoclipe de sua carreira. A dançarina Georgia Amodu, que trabalhou na produção, postou a informação em sua conta no Twitter. O blog de fãs Stop Crying Your Heart Out, por sua vez, afirmou que o vídeo foi dirigido por Richard Ayoade, que já trabalhou com o Arctic Monkeys. O beady Eye está em estúdio gravando o seu álbum de estreia, com produção de Steve Lillywhite. AInda não há previsão de lançamento.

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A notícia boa para os fãs do Iron Maiden: a banda britânica confirmou, em seu site oficial, seis apresentações da sua "Final frontier world tour", no Brasil, ano que vem. Anote aí as datas:
26/03/2011 - Estádio do Morumbi, São Paulo
27/03/2011 - HSBC Arena, Rio de Janeiro
30/03/2011 - Autódromo Nelson Piquet, Brasília
01/04/2011 - Parque de Exposições, Belém
03/04/2011 - Parque de Exposições, Recife
05/04/2011 - Expotrade, Curitiba

Quando tiver mais detalhes, eu posto aqui no blog.

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Hum, gostei muito da nova música da Amy Winehouse, hein? "It's my party"...



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O Yes está em estúdio gravando o 20º álbum de sua carreira. A atual formação da banda conta com Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria), Oliver Wakeman (teclados) e o vocalista novato Benoit David, substituindo (ao que parece, em definitivo) Jon Anderson. A previsão de lançamento é para o segundo semestre de 2011. O último trabalho do Yes, "Magnification", saiu em 2001.

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Essa revelação do Paul MCartney aqui me surpreendeu... Ele disse que todas as demos do "Band on the run" (1973) foram roubadas antes da gravação do disco. Em entrevista especial a Tom Meighan, do Kasabian, para a New Musical Express, o ex-integrante dos Beatles disse que o roubo aconteceu na Nigéria. "Eram uns quatro caras, e um pequeno que tinha uma faca. Eu disse que tinha somente as minhas demos, e eles levaram tudo. Tive que lembrar todas as músicas novamente na hora de gravar o disco. A sorte é que eu consegui", disse Paul McCartney. Então, não se surpreenda se um dia você ouvir falar que estão rolando gravações raras de "Band on the run" por alguma tribo na África...

Ah, e por falar em Paul, viu a entrevista dele para o Fantástico no domingo??

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Se você quiser virar especialista em Gagalogia, já tem como. A Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos tem uma cadeira chamada "Lady Gaga e a sociologia da fama", com uma abordagem "sociológica" (segundo o professor) da obra da cantora. O professor Mathieu Deflem disse que teve a ideia depois de assistir a 30 shows de Lady Gaga. Ele também possui mais de 300 gravações da cantora, e criou o site de fãs Gagafrontrow.net. Aos interessados, o programa pode ser lido aqui.

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A banda The Decemberists anunciou a data de lançamento e o nome de seu novo álbum. "The king is dead" chega às lojas no dia 11 de janeiro do ano que vem (eu já deveria ter comprado uma agenda de 2011), com 10 faixas. O sexto trabalho de estúdio da banda conta com a participação de Peter Buck, do R.E.M. e do Tired Pony. A relação de faixas é a seguinte: "Don't carry it all", "Calamity song", "Rise to me", "Rox in the box", "January hymn", "Down by the water", "All arise!", "June hymn", "This is why we fight" e "Dear Avery".

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O Franz Ferdinand anunciou que vai voltar a se apresentar no próximo mês de novembro. Serão três shows em cidades espanholas: Barcelona, San Sebastian e Málaga, nos dias 04, 06 e 08, respectivamente. Os shows serão secretos, então os locais só serão divulgados poucas horas antes das apresentações. Será que rola material novo? Será que rola material bom, depois do modorrento "Tonight: Franz Ferdinand" (2009)??

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"Eu posso me ver cantando pelos próximos vinte anos. Alguém terá que me expulsar do palco." (Rivers Cuomo, vocalista do Weezer, ao Nola.com, tirando a esperança de qualquer fã que tenha assinado a petição para que a banda se separasse)

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Falando em vinil, o Joy Division também vai lançar uma caixa com dez discos de sete polegadas (o bom e velho single). "+-" (esse é o nome do box) trará alguns disquinhos inéditos, criados exatamente para essa caixa, que terá edição limitada a cinco mil cópias. As faixas são as seguintes: 1) "Warsaw" / "Leaders of men"; 2) "No love lost" / "Failures"; 3) "Digital" / "Glass"; 4) "Autosuggestion" / "From safety to where"; 5) "Transmission" / "Novelty"; 6) "Atmosphere" / "Dead souls"; 7) "Komakino" / "Incubation" / "As you said"; 8) "Love will tear us apart" / "These days"; 9) "She's lost control" / "Love will tear us apart 2"; 10) "Isolation" / "Heart and soul". O design do box foi assinado pelo velho colaborador da banda, Peter Saville.

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O selo Discobertas, do Marcelo Fróes, está colocando nas lojas seis álbuns (vendidos separadamente) da Elza Soares: "Elza Soares" (1974), "Nos braços do samba" (1975), "Lição de vida" (1976), "Pilão + raça = Elza" (1977), "Somos todos iguais" (1985) e "Voltei" (1988). Para os colecionadores, o grande destaque do pacote é o disco de 1985, que nunca havia saído em CD. Os outros estão presentes no fabuloso box (também produzido por Marcelo Fróes) que a EMI lançou faz uns sete anos, e já está fora de catálogo. "Somos todos iguais" traz canções como "Osso, pele e pano" (Jorge Aragão), "Daquele amor nem me fale" (João Donato e Martinho da Vila) e o clássico samba "Heróis da liberdade" (Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira). Destaque também para a gravação de "Milagres", letra do grande amigo de Elza, Cazuza, e o dueto com Caetano Veloso em "Sophisticated lady", de Duke Ellington. Todos os relançamentos vêm com faixas bônus.

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Ainda nesse mês de novembro, a Polysom lança mais quatro álbuns nacionais em edição vinil de 180 gramas. São eles: "Aqui, ali, em qualquer lugar" (Rita Lee), "Cabeça dinossauro" (Titãs), "Estudando o samba" (Tom Zé) e o primeiro disco do Secos & Molhados. O preço médio varia entre aquilo mesmo: 90 e 100 reais. Só não deu pra entender a escolha desse álbum da Rita Lee, um dos mais sem graça de sua carreira. Certamente a EMI (gravadora do período áureo da cantora) não liberou que a Polysom lançasse coisas como "Fruto proibido" (1975). Pena. Tomara que ela o faça um dia.

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Vai um sambinha pra animar? Tem gente que é tão especial que escolhe para morrer no Dia de Finados. Foi o caso da magnífica Jovelina Pérola Negra, que partiu dessa pra melhor em 1998. Fico muito feliz quando, em um show do Zeca Pagodinho, vejo a galera cantando coisas como "Bagaço da laranja", "Luz do repente" ou "Feirinha na Pavuna". Nesses momentos, a Pérola Negra deve abrir uma cerveja lá com os anjos e abrir aquele seu sorriso.



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Opa, peraí caceta... Eu falei do "MTV - Ao vivo", dos Raimundos, outro dia aqui no blog. Mas vou falar de novo sobre a banda. Em 02 de novembro de 1995, chegava às lojas o segundo álbum dela: "Lavô tá novo". Sim, foi um dos discos que mais ouvi na minha insuportavelmente chata adolescência. Já gostava muito do primeiro álbum, mas esse segundo, pra mim, superou. Mesmo dentro de uma grande gravadora, a banda soube manter a sua integridade. Tudo bem que o fã mais radical vai perguntar: "ah, e 'I saw you saying'?". Bom, pra mim, foi uma puta de uma ironia. Ainda mais porque, um pouquinho antes, você podia ouvir "Eu quero ver o oco" ou "Esporrei na manivela". Grande banda. Se tivesse por aí até hoje com todos os seus integrantes originais, seria uma das melhores do país. (Obrigado, mais uma vez, a Paulo Marchetti)



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Então chega de papo furado porque hoje faz 32 anos que "Outlandos d'Amour", álbum de estreia do The Police, chegou às lojas. Ah, foi uma bela estreia desse que foi um dos melhores trios da história do rock, não é verdade? A identidade sonora da banda já estava toda presente nesse álbum: um rock com pitada de reggae, dub, a bateria animal do gênio Stewart Copeland... Ou seja, a banda já entrou em campo pra golear - metáfora futebolística é muito cafona, mas estou ressacado demais para pensar em algo melhor... E, cá pra nós, são poucas as bandas que lançam um primeiro disco com clássicos como "Roxanne", "Can't stand losing you", "So lonely" e "Next to you", né não?



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Nossa, falando assim, parece que fiquei um ano sem aparecer por aqui. Foram só dois dias. E no domingo vocês leram minhas resenhas, né? Não sei se foi a bebedeira ontem - é, ontem, eu bebi muito - mas tive um sonho déjà vú total nessa noite. Foi como se eu estivesse revivendo a cena novamente. Igualzinha como ela foi. Pode parecer sacanagem, mas até o cheiro eu conseguia sentir. Sabe qual foi o momento? Esse aqui:



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Salve! Salve! Hoje acordei meio Pedro Bial, saca? Olha, foi mal a ausência no sábado e na segunda. Não foi vagabundagem, não. É que ainda estava (estou) com a mão esquerda ferrada por conta daquele acidente. Tá muito ruim digitar assim. Mas prometi que de hoje não passava. Tipo, ou eu voltava para o blog hoje ou me matava. Achei melhor voltar. E já que não me matei, acho que o Dia dos Mortos é um bom dia para a volta, não?

29 de set. de 2010

The Police, Alice In Chains, Jerry Lee Lewis, Plínio Marcos, Belle & Sebastian, MGMT, Black Sabbath, Heaven And Hell, R.E.M.

Mais uma daquelas pesquisas inusitadas que não servem pra nada, mas são curiosas... Em enquete realizada pela PRS Music, "Everybody hurts", do R.E.M., foi eleita a música que mais faz os homens chorarem. Mil e setecentas pessoas participaram da enquete, e o top 5 foi completado por "Tears in heaven" (Eric Clapton), "Hallelujah" (Leonard Cohen), "Nothing compares 2 U" (Sinead O'Connor) e "With or without you" (U2).



Chorou ou não?

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Novidades do Black Sabbath com Ozzy Osbourne, novidades do Black Sabbath com Ronnie James Dio. No dia 16 de novembro, chegará ao mercado o pacote com CD/DVD, "Neon nights: 30 years of Heaven & Hell" (capa acima). O show foi gravado no Wacken Festival, na Alemanha, no dia 30 de julho de 2009 - foi uma das últimas apresentações de Dio na Europa. As faixas do DVD são as seguintes: "E5150", "The mob rules", "Children of the sea", "I", "Bible black", "Time machine", "Fear", "Falling off the edge of the world", "Follow the tears", "Die young", "Heaven and hell", "Country girl" e "Neon knights".

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Um novo box com os álbuns do Black Sabbath será lançado no dia 22 de novembro. Em edição limitada, "The Ozzy years - Complete albums box set" (acima) trará todos os oito discos gravados por Ozzy Osbourne na banda (em formato minivinil), além do extra "We sold our souls for rock n' roll". A caixa ainda contará com o áudio de três entrevistas feitas pelo Black Sabbath para emissoras de rádio, um livro de cem páginas, com a discografia comentada e um conjunto de palhetas. Os álbuns presentes na caixa são: "Black Sabbath", "Paranoid", "Master of reality", "Volume 4", "Sabbath bloody Sabbath", "Sabotage", "Technical ecstasy", "Never say die" e "We sold our souls".

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O baterista do MGMT abandonou o palco dyurante uma apresentação da banda em Manchester, anteontem. Motivo: foi atingido por um copo cheio de urina (ou de cerveja, dependendo da versão). No momento do incidente, Will Berman estava tocando a música "The handshake". A sorte é que era a penúltima música do show. A última, "Congratulations", foi executada sem baterista (a versão até que ficou bacaninha, como pode ser visto abaixo). Por conta disso, Andrew VanWyngarden e Benjamin Goldwasser não quiseram saber de bis. Como diz aquele nosso colega, deve ser terrível viver num país assim...



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Finalmente foram confirmados os shows do Belle & Sebastian, em novembro, aqui no Brasil. As apresentações acontecerão em São Paulo (dia 10/11, na Via Funchal) e no Rio de Janeiro (dia 12/11, no Circo Voador, graças aos 200 fãs que se uniram para comprar as cotas do show). Ainda não há informações sobre preços e início da venda de ingressos. Essa é a segunda vez que os escoceses vêm ao Brasil. A primeira foi em 2001, no Free Jazz. Um showzaço, aliás.

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Mudando de pólo, agora vou falar um pouco de dramaturgia. Plínio Marcos nasceu no dia 29 de setembro de 1935. Sucessor de Nelson Rodrigues, Plínio foi ator, diretor e jornalista. Mas foi escrevendo peças de teatro que ele melhor descreveu o Brasil. O que dizer de "Reportagem de um tempo mau", "Navalha na carne" e "Dois perdidos numa noite suja", hein? Eu não digo nada, porque não entendo nada de nada, muito menos de teatro. Mas apenas digo que acho os seus textos magníficos. "Maldito" mesmo só para os hipócritas. Plínio Marcos morreu no dia 19 de novembro de 1999.



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E hoje um dos grandes nomes da história do rock está completando 75 anos de idade. Jerry Lee Lewis nasceu a 29 de setembro de 1935, na Louisiana, e foi responsável por "Great balls of fire", "End of the road", "Whole lotta shakin' going on", entre outros sucessos. Conhecido como The Killer, Lewis entrou para o Rock and Roll Hall Of Fame em 1986. Justo, afinal ele incorpora o rock em sua essência, não somente através de suas músicas. Em 1958, por exemplo, ele se casou com a sua prima... Que tinha apenas 13 anos de idade! Todos ficaram contra. A turnê foi cancelada. Enfim, um escândalo para as lustradas famílias norte-americanas. Para Jerry Lee Lewis, "it's only rock n' roll"...



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Quando alguém aparece por aí falando sobre o grunge, o Nirvana vem logo a cabeça, certo? Certo. Realmente, o Nirvana foi o maior expoente daquele movimento bacana no início dos anos 90. Se não fosse "Smells like teen spirit", se não fosse Kurt Cobain, se não fosse o bebê pelado na capa do álbum... Tudo bem... Mas em termos de qualidade mesmo, nada se comparava ao Alice In Chains. Aliás, em termos de qualidade e de doideira. Assim como Kurt Cobain, Layne Staley também morreu cedo, vítima de overdose de heroína, em abril de 2002. Depois de "Nevermind", "Facelift" e "Dirt" foram dois dos melhores álbuns da era grunge. "Facelift" (1990) era um clássico, mas "Dirt", lançado a 29 de setembro de 1992, com canções como "Would?", "Them bones", "Sickman" e "Down in a hole", também era demais. E os shows no Hollywood Rock, em janeiro de 1993, foram antológicos. Alguém estava lá?



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Bom dia pessoal! Alguém caiu da cama ae? Hahaha... E que tal o The Police, hein? Sonzaço, né? "Message in a bottle" é um clássico. Certamente, o maior da banda. Não à toa, foi a música escolhida para abrir todos os shows da recente turnê de reunião de Stewart Copeland, Sting e Andy Summers. E por que eu lembrei dela hoje? Porque foi no dia 29 de setembro de 1979 que "Message in a bottle" foi lançada.

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15 de ago. de 2010

Resenhando: Oasis, Pato Fu, Cyndi Lauper, Emílio Santiago, Sting

“Time flies... 1994-2009” – Oasis
Para fechar a tampa de 15 anos de bons serviços prestados ao rock n’ roll, o Oasis colocou nas lojas a coletânea “Time flies... 1994-2009”, que, em 27 faixas, dá uma geral em sua carreira. De “Supersonic” (do seminal “Definitely maybe”, de 1994) a “The shock of the lightning” (do derradeiro “Dig out your soul”, de 2008), todos os singles da banda estão na coletânea, incluindo sucessos como “Don’t look back in anger”, “Shakermaker”, “Roll with it” e “Live forever”, e canção menos conhecidas (mas igualmente lindas) como “All around the world”, “Who feels love?” e “Songbird”. Destaque ainda para “Whatever” e “Lord don’t slow me down”, que só haviam sido lançadas em singles, além da faixa escondida “Sunday morning call”. Aqui no Brasil só chegou a versão dupla, com as 27 faixas, mas a boa pedida é a versão limitada que saiu lá fora. Além dos dois CDs com os sucessos, há um DVD com os videoclipes de todas as 27 faixas dos CDs, além de versões ao vivo inéditas de “Gas panic!” e “Little by little”, e comentários dos integrantes do Oasis acerca de cada música. Um CD gravado ao vivo no “iTunes Live: London Festival”, no dia 21 de julho de 2009 fecha o pacote. O bacana dessa apresentação é que ela foi a última gravada da história da banda. O roteiro (que conta com sucessos como “Lyla”, “Rock ‘n roll star”, “Slide away” e “Champagne supernova”) é bem parecido com o dos shows no Brasil no ano passado. Um pacote e tanto para os órfãos dos irmãos Liam e Noel Gallagher. E, ao final de mais de seis horas de música, só resta uma indagação: por que parou?

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“Música de brinquedo” – Pato Fu
No cada vez mais imbecilizado mercado fonográfico brasileiro, às vezes ainda é possível ter boas surpresas. E uma delas é o novo álbum do Pato Fu, “Música de brinquedo”. Só os mal humorados não enxergam que o Pato Fu é uma das bandas mais inteligentes do cenário pop brasileiro, e, dessa vez, o conjunto mineiro deu mais munição para os fãs o adorarem mais e para os mal humorados o odiarem mais. O repertório do novo álbum, somente de covers, pode dar a impressão que o Pato Fu está andando para trás. Mas não é verdade. Ouça, de cara, a versão para “Live and let die”, de Paul McCartney. Aposto que você nunca ouviu nada muito parecido. Isso porque os instrumentos usados são todos de brinquedo: a bateria, o baixo, o pianinho... E isso sem contar com mais algumas dezenas de bugigangas que tiram toda a sorte de barulhinhos, como bichos de pelúcia, teclado-calculadora, e até mesmo um lápis com um circuito de teremim, que faz um som quando encostado no papel. É nesse estilo que saem as outras 11 faixas de “Música de brinquedo”, de “Primavera (Vai chuva)” (de Cassiano e Silvio Rochael, e que fez sucesso na voz de Tim Maia) a “Love me tender” (de Elvis Presley e Vera Matson). O Pato Fu e os seus brinquedinhos ainda passeiam pelas obras de Roberto e Erasmo Carlos (“Todos estão surdos), Titãs (“Sonífera ilha”), Zé Ramalho (“Frevo mulher”) e Paralamas do Sucesso (“Ska”). Melhor que o CD parece que só mesmo o show (que ainda não tive oportunidade de assistir, mas já me falaram mil maravilhas). Tomara que saia o DVD.

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“Memphis Blues” – Cyndi Lauper
Pode parecer incrível hoje, mas lá pelos anos 80, Cyndi Lauper disputava pau a pau com Madonna, o posto de grande cantora pop. Se Madonna tinha “Holiday”, “Like a virgin” e “Papa don’t preach”, Cyndi Lauper não ficava atrás com “Girls Just want to have fun”, “Time after time” e “True colors”. Só que Cyndi Lauper, lá pelo finalzinho dos anos 80, acabou ficando para trás. E, desde então, vem lançando álbuns irregulares, com canções natalinas (“Merry Christmas... Have a nice life”, de 1998), standards do cancioneiro norte-americano (“At last”, de 2003) e no formato acústico (“The body achoustic”, lançado em 2005). Quando as coisas pareciam ter entrado no eixo, com o lançamento de “Bring ya to the brink” (2008) – no qual Lauper, ao seu jeito, voltava a um estilo mais dançante –, eis que agora chega às lojas “Memphis blues”, repleto de clássicos do blues e de participações especiais de gente pra lá de importante. “Memphis blues” traz uma Cyndi Lauper muito mais contida, em 13 músicas, que vão de “Crossroads” (de Robert Johnson, com participação do guitarrista Johnny Lang) a “Rollin’ and tumblin’” (de Muddy Waters). Destaque ainda para “Early in the mornin’”, com direito a Allen Toussaint e B.B. King, e a linda “Just your fool” (faixa de abertura do álbum, com direito à gaita de Charlie Musselwhite). Na edição brasileira, ainda há uma faixa extra, “I don’t want to cry”, com o saxofone de Leo Gandelman. “Memphis blues” pode até ser mais um projeto fora de rota (leia-se “irregular”) de Cyndi Lauper, mas, sem dúvidas, é o melhor deles.

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“Só danço samba” – Emílio Santiago
Emílio Santiago foi outro artista que teve alguns desvios de rota em sua carreira. Lançou discos classudos nos anos 70, e depois partiu para o projeto “Aquarela carioca” que teve sete volumes entre 1988 e 1995, repleto de músicas populares. As vendas aumentaram, mas a crítica não gostou da tal popularização. As coisas voltaram a entrar, mais ou menos, nos eixos, a partir de 1996, com o lançamento de “Perdido de amor”, disco com canções que fizeram sucesso na voz de Dick Farney. O seu último álbum, “Só danço samba”, é dedicado a Ed Lincoln, maestro de cuja banda Emílio foi crooner antes de fazer sucesso. O repertório e os arranjos das músicas são primorosos, o que garantem a “Só danço samba” o posto de um dos melhores discos de MPB lançados em 2010. Além da voz perfeita, Emílio Santiago é acompanhado por alguns dos nossos grandes músicos, como Jorge Helder (baixo), Paulo Braga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Jorjão Barreto (piano) e Dirceu Leite (saxofone). Produzido por José Milton, “Só danço samba” foge do óbvio em um repertório que vai de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (a faixa-título) a Jorge Aragão e Dona Ivone Lara (a deliciosa “Tendência”), passando por Antônio Adolfo (“A cada dia que passa”), João Donato (“Sambou... Sambou”), Durval Ferreira e Orlandivo (“Falaram tanto de você” e “Zum zum zum”) e Mart’nália e Mombaça (“Chega”). Claro que Ed Lincoln também está presente nas faixas “Olhou pra mim” e na sincopada “Deix’isso pra lá”. Que Emílio Santiago permaneça na mesma rota.

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“Symphonicities” – Sting
Um dos maiores compositores da música pop, Sting deve um bom álbum faz muito tempo. Desde 1999, quando lançou “Brand new day”, o ex-Police vem patinando em trabalhos irregulares e muito (mas muito) chatos. “Symphonicities” não foge muito da encheção de saco. Depois de dois álbuns soníferos com o selo da Deutsche Gramophon – “Songs from the labyrinth” (2006) e “If on a winter’s night” (2009) –, Sting insiste na parceria e se junta a orquestras sinfônicas (incluindo aí a imponente Royal Philarmonic Concert Orchestra) para recriar canções de sua carreira solo e do The Police. As músicas escolhidas até que são boas, mas, após a primeira audição, a gente fica doidinho para ouvir as versões originais. “Next to you”, primeiro single do The Police, por exemplo, com as suas cordas atacando, ficou forçada demais. “When we dance” e “Roxanne” ficaram muito parecidas com as versões light gravadas no acústico ao vivo “...All this time” (2001), e “I burn for you” pode ter efeito parecido com o de um Lexotan. Para dizer que nada ficou interessante, sobram “Every little thing she does is magic” e “Englisman in New York”, que ficaram bacaninhas com os arranjos sinfônicos. Mas mesmo assim, ainda é pouco para Sting. E muito pouco para quem deve um bom álbum há mais de uma década.

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Abaixo, o vídeo divertidíssimo de “Live and let die”, uma das canções presentes em “Música de brinquedo”, do Pato Fu.

11 de jul. de 2010

Resenhando: Ozzy Osbourne, O Rappa, Foals, Skank, The Police

“Scream” – Ozzy Osbourne
Bom, o que esperar de um novo álbum de Ozzy Osbourne? Hum, acho que nada de muito diferente, certo? Certo. “Scream”, primeiro álbum de inéditas do ex-Black Sabbath em três anos, traz aquele mais do mesmo a que os fãs estão mais do que acostumados a ouvir. Ou, como disse o crítico Antonio Carlos Miguel, de O Globo, “óbvzzzyo” demais. Mas, vamos por partes. Apesar da repetição dos velhos clichês (criados pelo próprio Ozzy e pela sua antiga banda), “Scream” é o melhor álbum da carreira do cantor desde “No more tears” (1991). Ele é encorpado, tem um som poderoso e conta com ótimas canções. Bem diferente dos, de certa forma, anêmicos “Down to Earth” (2001) e “Black rain” (2007). Por exemplo, a música de trabalho, “Let me hear you scream” traz um Ozzy em ótima forma. (Dá até para imaginar a loucura que será essa canção em seus shows.) E “Scream” não para por aí. “Life won’t wait”, no melhor estilo “Mama I’m coming home”, é uma das melhores baladas de Ozzy. E “Soul sucker” é uma pedrada que faz lembrar os melhores momentos do Black Sabbath. A cavernosa “Latimer’s mercy” é outro bom momento, assim como “I want it more”, na qual se destaca a poderosa guitarra de Gus G., capaz de deixar os fãs de Ozzy com um pouco menos de saudade de Zakk Wylde.

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“Ao vivo” – O Rappa
Uma das bandas que mais enche os seus shows Brasil afora, O Rappa não dá mole e coloca na loja CD e DVD com o registro de sua última turnê, quando divulgou o mediano álbum “7 vezes” (2008). Os shows d'O Rappa passam perto da catarse coletiva em alguns momentos, e isso ficou muito bem registrado no CD (dois volumes simples ou um duplo) e especialmente no DVD, filmado na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, e dirigido por Heron Domingues. O público canta todas as músicas, inclusive as mais novas, e não para de pular. Poucas bandas conseguem isso no Brasil. Por isso que o lançamento de um trabalho ao vivo d'O Rappa não pode ser chamado de caça-níqueis, mas um presente para os fãs. Até mesmo porque, tirando o “Acústico MTV” (2005), em 17 anos de carreira, O Rappa só havia lançado um CD ao vivo, “Instinto coletivo” (2001). Nesse “Ao vivo”, a banda de Marcelo Falcão dá uma geral na carreira com músicas de todos os álbuns da banda, além das novidades de “7 vezes”. O repertório é bem balanceado, e o show resulta explosivo do início ao fim. E você ainda pode ver que os fãs d'O Rappa cantam músicas como “Meu mundo é o barro” e “Hóstia”, tão alto quanto “Minha alma (A paz que eu não quero)”, “Pescador de ilusões”, “Me deixa” e “Hei Joe”. E a versão da (quase) imbatível “Lado B lado A” ainda consegue ser melhor do que a do álbum original, lançado em 1999.

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“Total life forever” – Foals
Se eu tivesse uma banda, acho que teria pesadelos com a “síndrome do segundo álbum”. Imagina: você compôs um bando de música durante uns quatro anos, escolhe as melhores, grava o primeiro álbum, ele é bem elogiado, começa a turnê, não há mais tempo para nada e, quando você vai ver, tem que entrar em estúdio para entregar um novo álbum à gravadora. Tenso, não? A banda Foals passou por isso agora. O seu primeiro álbum, “Antidotes” (2008), foi bastante elogiado pela crítica, com um rock simples e direto que lembrava um pouco o Franz Ferdinand. Nesse segundo álbum ficou a impressão que a banda de Oxford quis correr atrás de uma sonoridade própria, até mais adulta. Se não soa tão vibrante quanto “Antidotes”, “Total life forever” tem a vantagem de apresentar uma banda, para o bem e para o mal, mais original. Para o bem, porque o Foals mostra algumas canções bem interessantes e que soam diferentes das outras bandas que surgem a rodo por aí. Exemplos? A viajante “This orient”, de longe a melhor do álbum, ou então a abertura com “Blue blood”, melodicamente rica, e com uma guitarra esperta de Yannis Philippakis, ou ainda “After glow”, cheia de variações rítmicas, que mostram que a banda amadureceu. Por outro lado, a banda peca em algumas canções que acabaram ficando, hum, talvez adultas demais. Nesse quesito entram “Spanish Sahara”, que beira à pretensão, e “Alabaster”, um tipo de música que poderia até estar em um álbum do Muse, mas não do Foals. Enfim, a banda passou no teste do segundo álbum. Mas terá que passar por outro no terceiro.

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“Calango – 15 anos” – Skank
Muito comum lá fora, edições comemorativas de álbuns históricos são algo raro aqui no Brasil. Aliás, raro não. Inexistente. Aproveitando os 15 anos (atrasado) do lançamento de “Calango” (1994), o Skank explora esse terreno até então inédito e coloca nas lojas uma edição especial do álbum que catapultou a banda mineira para o estrelato, com clássicos do rock brasileiro dos anos 90, como “Jackie Tequila”, “Esmola”, “Pacato cidadão” e “É proibido fumar”. Todas as músicas do álbum original aparecem remasterizadas nessa edição de aniversário, além de oito faixas raras, como as versões em espanhol para “Amolação” e “É proibido fumar”, remixes de “Te ver” e “A cerca”, e demos de “Estivador”, “O beijo e a reza”, “Jackie Tequila” e “Te ver”. No encarte, um ótimo texto do jornalista Ricardo Alexandre contextualiza o disco. “E a história do álbum ‘Calango’ é a história de como esses quatro amigos mineiros começaram um ano como um bem-sucedido grupinho de dance-hall de branco e o terminaram como um dos maiores fenômenos pop nacional de todos os tempos”, escreveu o jornalista. O resto é história. Tomara que outras bandas se animem a lançar CDs comemorativos de seus trabalhos mais importantes. É uma forma de vender disco e de agradar os fãs. Ao mesmo tempo.

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“In concert – Live at Tokyo Dome” – The Police
A gravadora Coqueiro Verde tem investido no lançamento de CDs/DVDs com shows de bandas como Pearl Jam, Duran Duran, Guns n' Roses e, agora, The Police. “In concert – Live at Tokyo Dome” traz uma apresentação da banda de Sting, Stewart Copeland e Andy Summers na capital japonesa, nos dias 13 e 14 de fevereiro de 2008, ou seja, dois meses após a turnê pela América do Sul, que passou pelo Rio de Janeiro e por Buenos Aires, onde, aliás, gravou o CD/DVD/BD “oficial” da turnê, “Certifiable”. Em tempos de internet, um lançamento como esse show em Tóquio teria que se justificar muito. E não é o caso. Os discos trazem o mesmo repertório do DVD “Certifiable”, com o diferencial de deixar de fora a última música do show, “Next to you”. Além do mais, o áudio (mixado apenas em 2.0) não está lá grande coisa. E a imagem, idem, com baixa resolução, que mais parece um show baixado na internet. Em suma, apesar de ser sempre agradável ouvir clássicos como “Message in a bottle”, “Can’t stand losing you”, “King of pain” e “Every little thing she does is magic”, “In concert – Live at Tokyo Dome” não se justifica nem para um colecionador. Melhor ficar com “Certifiable”, esse sim com imagem límpida, repertório completo e áudio estrondoso.

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Abaixo, um trecho de “Minha alma (A paz que eu não quero)”, extraída do DVD “Ao vivo”, d'O Rappa.

11 de jun. de 2010

Copa, Carmine Coppola, Reginaldo Faria, Jackie Stewart, ET, Broken Bells, Lobão, Police, Weezer, Page, Rock Band, Ozzy

A capa acima é do "Rock Band 3", que terá, pela primeira vez, teclados. Isso! Pode arrumar mais espaço no seu quarto. O game terá 83 músicas, de artistas como Jimi Hendrix, The Doors, The Cure, Dio, Them Crooked Vultures e Queen - confesso que estou doido para tocar guitarra em "Bohemian rhapsody". Mais detalhes aqui. Quer ver um aperitivo do jogo?



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Já ouviram a música nova do Ozzy Osbourne? "Soul sucker" fará parte do próximo álbum do cantor agora vegetariano, "Scream", que sai no final desse mês.



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Jimmy Page deve ter cansado de esperar Robert Plant para reativar o Led Zeppelin. Assim, na mesma semana em que o vocalista louro ("Baby, baby, baby, baaaaaaaaaby...") divulgou capa e repertório de seu novo álbum (procura aí no blog), o guitarrista disse que está trabalhando em músicas inéditas, que devem ser lançadas em disco ainda esse ano. "Estou apenas indo em frente e fazendo músicas novas que surpreendam as pessoas", disse Page à BBC ontem, durante entrega de prêmio da revista britânica Mojo.

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E se as seleções fossem artistas de rock?

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Mais um hino para a Copa do Mundo de 2010. Dessa vez, foi o Weezer que fez para a seleção dos Estados Unidos.



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Já está nas lojas mais um DVD com show da reunião do The Police. Ainda não assisti, e o interesse é pequeno, tendo em vista que o repertório é idêntico ao de "Certifiable" (o DVD/BD oficial que saiu em 2008), e ainda está faltando a última música, "Next to you". De qualquer forma, "In concert - Live at Tokyo Dome 2008" (Coqueiro Verde), pode agradar aos fãs. O repertório do DVD é o seguinte: "Message in a bottle", "Synchronicity II", "Walking on the moon", "Voices inside my head / When the world is running down, you make the best of what's still around", "Don't stand so close to me", "Driven to tears", "Hole in my life", "Every little thing she does is magic", "Wrapped around your finger", "De Do Do Do, De Da Da Da", "Invisible sun", "Can't stand losing you", "Roxanne", "King of pain", "So lonely" e "Every breath you take". Em tempo: o que eu queria mesmo ver em DVD é a apresentação fodaça de abertura dos Paralamas do Sucesso, no Maracanã.

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Já viram a "Ilustrada" de hoje? Lobão prepara autobiografia com 867 páginas! Caceta. Qual será a classificação etária para esses dois quilos de loucura? O livro, que vai se chamar "50 anos a mil", deve sair até novembro, pela editora Nova Fronteira.

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Vou dizer que a coisa que mais me deixa feliz é receber mensagens no twitter, do tipo: "adorei a dica da banda tal". De fato, o que me dá mais prazer nesse blog é poder indicar algumas bandas que não são muito conhecidas do grande público. Bom, a banda da vez é o Broken Bells, formada no ano passado, nos Estados Unidos, pela dupla Brian Burton (mais conhecido como Danger Mouse) e James Mercer (vocalista e guitarrista do The Shins). A música abaixo, "The high road", faz parte do único CD da dupla, lançado faz três meses. Observe a melodia simples, a delicadeza do arranjo e a beleza dos vocais. Aposto que você vai querer correr atrás do álbum inteiro, agora.



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Para finalizar as efemérides desse dia bacana, vamos de cinema. No dia 11 de junho de 1982, estreava "E.T., o Extraterrestre", um dos grandes campeões de bilheteria de todos os tempos. Pô, não preciso ficar aqui falando desse filme de Steven Spielberg, né? Quem viu, viu, quem não viu, não deve se lembrar que viu...



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E já que estamos em dia de abertura de Copa do Mundo, tenho que falar alguma coisa sobre futebol. E é algo bem bacana. No dia 11 de junho de 1978, o cracaço Rensenbrink anotava o milésimo gol da história das Copas do Mundo. O gol aconteceu na derrota da Holanda para a Escócia, na cidade de Mendoza, na Argentina. Mesmo com a derrota, a Holanda chegou à final, quando foi derrotada pela seleção anfitriã por 3 a 1. A Holanda, mais uma vez, nadou e morreu na praia. Será que vai acontecer o mesmo agora em 2010? (Ah, o gol de Rensenbrink foi o primeiro do vídeo abaixo, de pênalti.)



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Nossa, hoje esse dia aqui está eclético. Agora, quero falar um pouco de automobilismo, porque um grande piloto está fazendo aniversário. O britânico Jackie Stewart nasceu a 11 de junho de 1939. E, assim, como os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet, foi tricampeão mundial de Fórmula 1, em 1969, 1971 e 1973. No total, foram 100 GPs disputados, com 27 vitórias, 43 pódios, 353 pontos e 17 pole positions. Campeão mesmo.



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E já vamos partir para a televisão, porque agora quero falar de um dos meus atores prediletos. O grande Reginaldo Faria comemora 73 anos hoje. Acho que ele é o ator que mais marcou a minha infância, não sei o porquê. O que dizer de Marco Aurélio Cantanhede dando a famosa banana para o Brasil no último capítulo de "Vale Tudo"? E o Ascânio de "Tieta"? E o Jonas de "Vamp"? E o Paulo Soares (Ou seria Arnaldo Roncalho) em "A próxima vítima"? E o Jacques Léclair de "Ti Ti Ti"? Também gostei muito da sua interpretação no filme "Cazuza - O tempo não para", no difícil papel de João Araújo, o pai de Cazuza. Por essas e outras, PARABÉNS, Reginaldo!



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Então vamos começar esse dia 11 de junho de 2010, data de abertura da Copa da África do Sul. E sabe o que comemoramos hoje? O dia da Marinha Brasileira. Parabéns aos nossos bravos integrantes da Marinha. E hoje também celebramos o centenário de um dos mais importantes compositores de trilha sonora para cinema. Carmine Coppola, pai de Francis Ford Coppola e avô de Nicolas Cage, nasceu a 11 de julho de 1910, em Nova York. Ele compôs as trilhas de filmes como "Apocalypse now", "The outsiders", além da trilogia "O poderoso chefão". Carmine morreu no dia 26 de abril de 1991, aos 80 anos.



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Ôpa! Bom dia, pessoal. Aliás, boa tarde. Olha, nesse período de Copa do Mundo, vou começar a postar um pouquinho mais tarde. Mas, no final das contas, não vai ter tanta diferença assim. E a abertura, hoje, hein? Ontem, entrei em um bolão e cravei: África do Sul 1 x 1 México. Já acertei o primeiro. Para Uruguai x França, chutei o zero a zero (apesar de já ter separado a minha camisa da França para logo mais). E também cravei o seguinte no bolão: Espanha campeã, Inglaterra vice-campeã, Costa do Marfim em terceiro lugar, e Argentina em quarto. Brasil cai nas oitavas frente à Espanha. Bom, pelo menos são os meus chutes. E boa Copa para todos nós.

24 de set. de 2008

THE POLICE NO TOPO DA LISTA DOS ARTISTAS MAIS RICOS

Pelo jeito a turnê de reunião fez muito bem para a saúde financeira do trio formado por Stewart Copeland, Sting e Andy Summers. O The Police está em primeiro lugar na lista divulgada pela revista Forbes dos músicos mais ricos do mundo. Somente em 2008, o trio faturou 115 milhões de dólares, o equivalente a 212,63 milhões de reais.

Em segundo lugar na lista aparece a cantora Beyoncé, com uma receita de 80 milhões de dólares (148 milhões de reais). Ao que tudo indica, as campanhas publicitárias para a L’Oréal (que clareou a pele da cantora) e para a Emporio Armani valeram a pena.

Completando o ‘top five’ aparecem Toby Keith, com 48 milhões de dólares (88,75 milhões de reais), Justin Timberlake, com 44 milhões de dólares (81,36 milhões de reais) e Madonna, que faturou 40 milhões de dólares (74 milhões de reais).

O ranking da revista considera todos os ganhos que os artistas tiveram entre 01º de junho de 2007 e 01º de junho de 2008.

6 de set. de 2008

STING TAMBÉM ADERE AO “GUITAR HERO”



Depois de Jimi Hendrix, Ozzy Osbourne e Billy Corgan, Sting é a mais nova estrela a participar do “Guitar Hero: World Tour”. O jogador poderá incorporar o baixista do The Police na música “Demolition Man”.

Acima, um pequeno vídeo do making of da participação de Sting.

8 de ago. de 2008

THE POLICE FAZ, EM NOVA YORK, ÚLTIMO SHOW DE SUA CARREIRA

Na noite de ontem, o Madison Square Garden presenciou (mais) um momento histórico. Dessa vez, foi o derradeiro show da carreira do The Police (foto acima), que, após 150 shows em uma turnê mundial de 15 meses, encerrou os seus trabalhos em definitivo.

Durante o show, Sting agradeceu bastante aos seus colegas de banda pela “afinidade musical, companheirismo e compreensão”. Mas não deixou de fazer uma piada: “O maior triunfo mesmo dessa turnê foi nós não termos estrangulado uns aos outros. Mas não vou dizer que isso não passou pela minha cabeça, ou pela de Andy [Summers] ou pela de Stewart [Copeland]”.



O repertório da turnê foi basicamente o mesmo durante toda a turnê. As únicas exceções foram a entrada de “Hole In My Life” e a saída de “Spirits In The Material World” a partir da perna européia; e a inclusão de “Demolition Man” e a saída de “Synchronicity II”, já nos últimos shows da turnê. Mas para o show de ontem, a banda liderada por Sting reservou algumas surpresinhas para o público.

Logo de cara, a banda atacou com “Sunshine Of Your Love” (vídeo abaixo), clássico do Cream, ex-banda (também trio) de Eric Clapton. E já no bis, o The Police mandou “Purple Haze”, de Jimi Hendrix, que, aliás, já fez parte do repertório de alguns shows de Sting durante a turnê “The Soul Cages, no início dos anos 90.



Outro momento bem diferente do show, e um tanto bizarro, foi quando Sting teve a sua barba feita por duas loiras em trajes bem sugestivos. A cena, que foi gravada nos camarins, levou o público ao delírio ao ser transmitida pelos telões do lotado Garden. Após, o baixista ganhou um beijo na boca do baterista Stewart Copeland.



No roteiro do show esteve presente a maior parte dos sucessos do The Police, como “King Of Pain”, “Can’t Stand Losing You”, “Every Breath You Take”, “Walking On The Moon” e “Message In a Bottle”. Esta última contou com a participação especial da banda do departamento de polícia de Nova York (vídeo abaixo). Em “Every Little Thing She Does Is Magic”, as três filhas de Sting invadiram o palco para dançar.



Ao final da apresentação, após o costumeiro encerramento com “Next To You”, uma avantajada cantora de ópera subiu ao palco para cantar a música tema do desenho animado do Gaguinho (da Looney Tunes), que, ao final, diz “That’s All Folks”. A banda saiu do palco e Sting disse: “Madison Square Garden! Centro da cidade, centro do mundo. Boa noite!”.



O The Police originalmente se separou em 1984. No ano passado eles se reuniram novamente para uma turnê mundial, que foi vista por aproximadamente 3,7 milhões de pessoas e arrecadou 181 milhões de libras (o equivalente a 560 milhões de reais). A turnê do conjunto de Sting, Andy e Stewart foi a terceira que mais arrecadou na história, ficando atrás apenas da “Bigger Bang Tour”, dos Rolling Stones, e da “Vertigo Tour”, do U2.

A partir do dia 07 de outubro, estará à venda nos Estados Unidos, exclusivamente nas lojas Best Buy, o pacote com CD e DVD “The Police: Certifiable”, com a íntegra do show realizado em dezembro passado em Buenos Aires, bem como um filme documentando toda a turnê. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

Abaixo, o set list do último show do The Police:
1) “Sunshine of Your Love”
2) “Message in a Bottle”
3) “Walking on the Moon”
4) “Demolition Man”
5) “Voices Inside My Head” / “When the World Is Running Down, You Make the Best of What's Still Around”
6) “Don’t Stand So Close to Me”
7) “Driven To Tears”
8) “Hole in My Life”
9) “Every Little Thing She Does Is Magic”
10) “Wrapped Around Your Finger”
11) “De Do Do Do, De Da Da Da”
12) “Invisible Sun”
13) “Can't Stand Losing You” / “Reggatta de Blanc”
14) “Purple Haze”
15) “Roxanne”
16) “King of Pain”
17) “So Lonely”
18) “Every Breath You Take”
19) “Next To You”