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4 de out. de 2011

Rock in Rio: Agora só em 2013

Muita gente diz que não aguenta mais esse papo de Rock in Rio. Eu confesso que também não. Desde setembro de 2008, quando iniciei o projeto que veio a se transformar no livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), respiro o festival. Quando, já pela televisão, vi a banda cover do Guns n' Roses encerrar essa quarta edição com "Paradise city", jurei a mim mesmo que só voltaria a pensar em Rock in Rio em 2013 - e isso se a minha coluna ainda permitir que eu compareça a um evento desse porte.
Mas as pessoas têm me "cobrado" alguma opinião sobre esse Rock in Rio 2011. Então, para encerrar o assunto de vez, vamos lá.
Em primeiro lugar, a pergunta mais frequente: "qual a comparação que você faz entre essa edição e as três anteriores que estão presentes em seu livro?" A principal: vivemos em tempos muito chatos.



Não faz nem 11 anos que o Rock in Rio 3 aconteceu, e tudo era muito mais simples. Não existiam os "ônibus especiais", mas sim qualquer ônibus, que a gente pegava na porta da Cidade do Rock, e, em algum momento, acabava chegando ao seu local de destino. Não havia milhares de pessoas na frente do palco com uma câmera fotográfica durante o show inteiro. (Eu juro que um dia quero descobrir a finalidade de as pessoas filmarem um show que está sendo transmitido pela TV e pela internet. Será que querem concorrer ao Oscar??)
Também não existia esse número absurdo de celebridades que falam qualquer asneira na TV, e se tornam mais importantes do que todos os artistas que pisaram no palco. Eu também não me lembro de ter ficado mais de dez minutos em uma fila para comprar um cachorro quente, seja na edição de 1991 ou na de 2001. O que aconteceu? As pessoas estão mais famintas hoje? (Uma experiência fantástica que tive na primeira noite: comprei a ficha da pipoca e uma senhora, acho que gerente da loja, disse que eu teria que esperar 20 minutos para a pipoca ficar pronta. Na dúvida se aquele milho ia mesmo estourar, pedi o meu dinheiro de volta. Insistente que sou, uma semana depois, comprei a mesma pipoca em 10 segundos.)



Nas outras edições, também reparei que os artistas curtiam muito mais a vida. Aconteciam festas homéricas em suítes de hotel, artistas frequentavam o La Mole, casais se formavam nas piscinas dos hotéis, músico era preso por se apresentar pelado no palco, telefones eram jogados das janelas dos quartos de hotel... Nessa edição 2011, os dois fatos extra-palco mais impactantes que ouvi falar foram a festa da Rihanna no iate do Eike Batista, e o jantar da Katy Perry em uma churrascaria em Ipanema. Só. A impressão que tenho é que nenhum músico dormiu no Brasil. Foram teletransportados para o palco do Rock in Rio, fizeram o show e se mandaram.
Agora, as diferenças musicais. Sinceramente, não vi tantas. A mistura de gêneros musicais que sempre norteou todas as edições do Rock in Rio esteve presente novamente. E quem disse que no Rock in Rio não tinha rock, quebrou a cara. Meus ouvidos doeram nos shows do System Of A Down, do Slipknot e do Sepultura. E eu senti o chão da Cidade do Rock tremer com a porrada sonora do Metallica. Nesse quesito, penso que o Rock in Rio cumpriu a sua função de agradar a todas as tribos.



Os shows no Palco Sunset me decepcionaram um pouco. A começar pelo som. Muito ruim em praticamente todos os momentos. Também houve pouco encontro e muito revezamento entre os artistas, o que desvirtuou a proposta do palco. E quando o encontro de fato aconteceu, não senti muita química (ou seria ensaio?) em algumas apresentações. Sandra de Sá e Bebel Gilberto cantando Cazuza beiraram o constrangedor. Corri para a Rock Street e lá estavam George Israel e Guto Goffi, outros dois amigos do Cazuza, mandando bem melhor. Em compensação, Ed Motta cantando clássicos do rock acompanhado por cinco guitarristas, arrasou. Milton Nascimento e Esperanza Spalding seriam fenomenais se a apresentação tivesse acontecido em uma sala para duzentas pessoas. E o Sepultura mandou bem demais (nenhuma surpresa) ao lado do Tambours du Bronx. (Aliás, a pergunta que não que calar: o que o Sepultura estava fazendo no Sunset, e o Glória no Palco Mundo??) Outros shows que gostei no Sunset foram o dos Titãs com os Xutos e Pontapés e o Baile do Simonal.



A apresentação do Erasmo Carlos com o Arnaldo Antunes eu pouco vi. Não consigo entender como é que marcam esse show no mesmo horário em que Frejat está pisando no Palco Mundo. Não teria sido mais óbvio intercalar as apresentações do Sunset com as do Palco Mundo?
E por falar no palco principal do evento, acho que deve ser um consenso quase geral que os dois grandes destaques foram Metallica e Stevie Wonder (ok, ele não precisava ter limado "Ribbon in the sky" do set list para tocar "Garota de Ipanema", mas valeu mesmo assim). O Red Hot Chili Peppers também tirou a má impressão do encerramento do Rock in Rio de 2001 e fez um bom show. Nada como o início de uma turnê para deixar uma banda cheia de tesão. O Coldplay demonstrou maturidade e integridade artística ao arriscar seis músicas novas no show. E o System Of A Down foi tão bom, que deveria ter sido o responsável pelo show de encerramento do festival.



Por outro lado, alguns artistas derraparam no Palco Mundo. Na primeira noite, Elton John bateu ponto no Rock in Rio. Pouca voz e nenhuma vontade. Acredito que ele não deva ter ficado muito surpreso pelo fato de ninguém ter pedido bis. E o que dizer do Jamiroquai? Bom, Paul McCartney nunca deixou de cantar "Hey Jude" e nem os Rolling Stones "(I can't get no) Satisfaction" em seus shows. Mas o Jamiroquai, banda importante que é, se deu ao luxo de deixar cem mil pessoas berrando por "Virtual insanity" ou "Space cowboy". O tributo à Legião Urbana (um dos momentos que eu mais esperava) também poderia ter sido melhor. Faltou um pouco de ensaio, e, no final, quem mandou bem mesmo foi o Marcelo Bonfá cantando "O teatro dos vampiros". Só não consigo entender a necessidade de se repetir duas vezes uma mesma música ("Será") em um show de 50 minutos, levando-se em conta o fato de a Legião ter, pelo menos, uns 40 clássicos.



A Shakira, por sua vez, não tem condições de fechar uma noite de Rock in Rio. Um encerramento com Ivete Sangalo teria sido muito mais digno. E o Guns n' Roses... Bem, parece que foi a segunda banda mais votada no site do festival - só perdeu para o SOAD. Depois de duas horas de espera debaixo de uma chuva de quinto ato do Rigoletto, como dizia Nelson Rodrigues, eis que Axl Rose surgiu no palco para um dos maiores micos da história do Rock in Rio.
Quem elogiou o show certamente não é fã do Guns n' Roses. Quem respeita a história da banda sentiu vergonha (e pena) do que viu.
Em 2013 a gente volta a falar de Rock in Rio. Combinado?




TOP 5: PARA ESQUECER
5) Claudia Leitte na primeira noite do Rock in Rio
4) O som no Palco Sunset
3) As filas imensas da primeira semana, para entrar na Cidade do Rock e para comprar qualquer coisa
2) Shakira encerrando a antepenúltima noite do festival
1) Banda cover do Guns n' Roses fechando a quarta edição do Rock in Rio

TOP 5: PARA NÃO ESQUECER
5) O Red Hot Chili Peppers se apresentando no exato dia em que seu álbum "Blood Sugar Sex Magik" completou 20 anos
4) A Cidade do Rock, lindíssima
3) A homenagem do Metallica ao baixista Cliff Burton, cuja morte completaria 25 anos dois dias após o show
2) Os headliners que não foram (mas poderiam ter sido): System Of A Down, Slipknot e Sepultura
1) Stevie Wonder deitado no palco solando "How sweet it is (To be loved by you)" na sua keytar



PS. Em homenagem aos fãs e a banda, achei melhor terminar o post com "Paradise city" executada pelo Guns n' Roses no Rock in Rio de 1991.

5 de ago. de 2011

Dia dos bateristas: Airto Moreira e João Barone; e dia dos 45 anos do “Revolver”; a melhor (???) banda punk de todos os tempos; e a nova do Blink 182.



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Foi no dia 05 de agosto de 1962 que o mundo perdeu Marilyn Monroe. Muita gente era apaixonada por ela, mas acredito que Elton John tenha sido um dos mais:

“Loneliness was tough
The toughest role you ever played
Hollywood created a superstar
And pain was the price you paid
Even when you died
Oh the press still hounded you
All the papers had to say
Was that Marilyn was found in the nude

Goodbye Norma Jean
From the young man in the 22nd row
Who sees you as something as more than sexual
More than just our Marilyn Monroe”

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Orlandivo Honório de Souza. Ou simplesmente Orlandivo. Hoje esse grande cantor, que anda meio sumido, completa 74 anos. Então vamos lembrar o ex-crooner da banda de Ed Lincoln, que nunca perdeu o balanço.



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Outro monstro da nossa Música Popular Brasileira também faz festa hoje. Estou falando do baterista e percussionista Airto Moreira, que completa 70 anos. Airto foi membro de importantes grupos instrumentais brasileiros, como o Sambalanço Trio (liderado por César Camargo Mariano) e o Quarteto Novo (um dream team que ainda tinha Hermeto Pascoal, Heraldo do Monte e Theo de Barros). Ele também tocou com Miles Davis, antes de ingressar no grupo Weather Report. O guitarrista Carlos Santana também teve a honra de contar com o baterista brasileiro nas gravações de seu álbum “Borboletta” (1974), cuja faixa título foi composta pelo próprio Airto. Um dos maiores orgulhos nacionais.



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Há 45 anos chegava às lojas o que muitos beatlemaníacos consideram o melhor álbum do quarteto de Liverpool. “Revolver” foi o prenúncio de muita coisa que rolou no rock no final dos anos 60. O disco já trazia uma semente do punk na sua primeira faixa, “Taxman”, composta por George Harrison, bem como toda a psicodelia que permearia álbuns importantes do final dos anos 60, como “Pet sounds”, dos Beach Boys, e o próprio “Sgt. Peppers lonely heart’s club band”, o álbum mais famoso dos Beatles (mas nem por isso o melhor, diga-se). Dentre os destaques de “Revolver” estão “Eleanor rigby”, “Got to get you into my life”, “Yellow submarine” e “Here, there and everywhere”.



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Aliás, bateu uma saudade do Paul McCartney



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É bem provável que o baterista João Barone tenha pedido “Revolver” no seu aniversário de quatro anos. No dia 05 de agosto de 1962, nasceu o melhor baterista do Brasil e um grande conhecedor da história da II Guerra Mundial. Já fiz um curso sobre o tema com o Barone, e o seu conhecimento é impressionante. Além de músico, João Barone escreve bem, como prova o seu livro “Minha Segunda Guerra”, lançado pela Panda Books, em 2009. Ele também dirigiu, em 2006, o documentário “Um brasileiro no Dia D”. No momento, o baterista está apresentando o programa “Esquadrões de Honra: Latino-americanos na II Guerra Mundial”, no History Channel. E quem já teve a oportunidade de ver um show dos Paralamas do Sucesso sabe do que Barone é capaz. Tipo isso aqui...



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Em uma enquete realizada pela revista Rolling Stone americana, o Green Day foi eleito a maior banda punk de todos os tempos. Na maioria das vezes, essas enquetes me fazem cair na gargalhada. Eu fico imaginando um bando de moleque de 10 anos de idade votando que nem loucos na frente do computador. E essa “eleição” prova que eu devo estar certo. Ninguém que conheça música minimamente, e que esteja em sã consciência, é capaz de colocar o punk de boutique do Green Day a frente de bandas como Ramones, The Clash, The Stooges e Sex Pistols. Eu prefiro imaginar que a garotada que votou nem conheça tais bandas. É uma pena. Quando eu era moleque, tinha que escolher um, dois vinis por mês e ficava os escutando por, pelo menos, 30 dias. Isso fez com que eu aprendesse a gostar de algumas bandas. Gostar de discos. Gostar de música. Hoje, temos tudo à nossa disposição, através de um simples clique no computador. A discografia completa do Ramones, por exemplo, pode ser baixada em menos de três minutos. É lamentável que essa “democratização” (embora envolva questões complexas como a pirataria) não tenha ajudado à rapaziada a conhecer as coisas boas de antigamente.

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Então, em homenagem a quem realmente gosta de punk…







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Mick Hucknall jura que o Simply Red acabou. A turnê de despedida durou mais de dois anos. Inclusive, passou pelo Brasil duas vezes. O canto do cisne está no CD/DVD/BD “Farewell – Live in concert at Sydney Opera House”. Para quem viu os shows no Brasil, não há surpresas. E mesmo para quem não viu, também não há. Em 20 músicas do set list, o Simply Red desfia os seus maiores sucessos, um atrás do outro, sem deixar tempo para o espectador respirar. Quem curte, não vai ter do quê reclamar, ao ouvir coisas como “Your mirror”, “Stars”, “The right thing”, “Come to my aid” e “If you don’t know me by now”. Quem não curte vai continuar não curtindo. Simples assim. Mas é inegável que o cantor ruivo com voz negra de Manchester é um hitmaker nato. Suas músicas são a trilha sonora da vida de muita gente. Vai deixar saudade. Pelo menos enquanto não embarcar em uma nova turnê de despedida...



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Aposto que o Liam ficou com inveja do Noel Gallagher... Tudo bem, o álbum do Beady Eye, a nova banda do Liam, é bem bacana, mas ele não conseguiu esgotar os ingressos da sua nova turnê em seis minutos, como o seu irmão. Noel agendou três apresentação no mês de outubro, em Dublin, Edimburgo e Londres, e todos os bilhetes evaporaram em apenas seis minutos. Isso mesmo: SEIS MINUTOS. O álbum “Noel Gallagher’s High Flying Birds” será lançado no dia 17 de outubro.

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Aos interessados, o Blink 182 liberou uma música nova hoje. “Heart’s all gone” estará presente no álbum “Neighborhoods”, que chega às lojas no dia 26 de setembro.



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A Best Coast, uma das bandas hypes do momento, também lançou uma música nova. Para comemorar o número de 50 mil seguidores no Twitter, a vocalista Bethany Cosentino gravou com a sua banda a faixa “How they want me to be”. É interessante, mas muito, muito longe do que andam dizendo por aí.



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29 de nov. de 2010

John Grant, Suede, Pink Floyd, Elton John x Oasis, U2

Agora é oficial: o U2 se apresenta no Brasil no dia 09 de abril, em São Paulo, no estádio do Morumbi, com abertura do Muse. Os ingressos, que começam a ser vendidos no dia 07 de dezembro, custarão R$ 70,00 (cadeira superior amarela); R$ 180,00 (pista); R$ 220,00 (arquibancada amarela); R$ 240,00 (arquibancadas azul, vermelha, vermelha especial e laranja); R$ 340,00 (cadeira inferior A e B); e R$ 380,00 (cadeira superior azul 1, cadeira superior azul premium, cadeira superior vermelha e cadeira superior laranja).Haverá pré-venda de ingressos para clientes dos cartões Citibank, incluindo os cartões Credicard e Diners, nos dias 04 e 05 de dezembro. Membros do site oficial do U2 poderão comprar os bilhetes já no dia 01º de dezembro.

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Quem anda meio irritado com Noel e Liam Gallagher é Elton John. Segundo ele, os irmãos ex-integrantes do Oasis são dois "turrões estúpidos" por terem perdido a oportunidade de conquistar os Estados Unidos. "Eles eram enormes na Grã-Bretanha, eram enormes nos Estados Unidos, foram até lá, brigaram entre si, cancelaram a turnê e nunca conquistaram a América", disse à Absolute Radio. "Essa oporunidade, você só tem uma vez. Essa é a diferença entre garotos e homens. Coldplay, Muse, U2, The Police e outros conjuntos... Esses são os homens, e todo o resto são os garotos", completou o Sir.

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Nick Mason, baterista do Pink Floyd, desistiu de fazer um show com a sua banda. O motivo é justo. A apresentação aconteceria na residência de uma socialite em Oxfordshire, no mesmo local onde Roger Waters e David Gilmour tocaram juntos no primeiro semestre desse ano. "Esse evento privado não é a ocasião para um retorno do Pink Floyd. A princípio, eu disse que ia participar, mas vi que era um evento de caridade muito pequeno, para pessoas de terno. Não acho certo transformar algo pequeno em um grande evento. Temos que guardar a volta para algo como o 'Live 8'", disse o músico à Classic Rock.

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"Eu me sentia incompleto, à procura de quem realmente era. E essa primeira encarnação dos Suede havia tudo isso: um sentimento de confusão, de falta de pertencimento. Ninguém com vinte e poucos anos percebe o que quer que seja da vida, mas isso faz parte da beleza do rock n'roll." (Brett Anderson, do Suede, em entrevista à revista portuguesa Blitz)

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O final do ano está chegando (jááá??), e as listinhas de melhores de 2010 já começam a pipocar por aí. A revista britânica Mojo fez a sua com os melhores álbuns. O grande vencedor foi "Queen of Denmark" (capa acima), de John Grant, ex-vocalista dos Czars. Confesso que ainda não ouvi esse disco, mas vou correr atrás. O top 10 completo é esse aqui:
10) Doug Paisley - "Constant companion"
9) The Coral - "Butterfly house"
8) Phosphorescent - "Here's to taking it easy"
7) Midlake - "The courage of others"
6) Paul Weller - "Wakes up the nation"
5) The Black Keys - "Brothers"
4) Edwyn Collins - "Losing sleep"
3) MGMT - "Congratulations"
2) Arcade Fire - "The suburbs"
1) John Grant - "Queen of Denmark"

28 de nov. de 2010

Resenhando: Kings Of Leon, Milton Nascimento, Elton John & Leon Russell, Diogo Nogueira, Elvis Costello

“Come around sundown”– Kings Of Leon
Há algum modo diferente de começar a resenha de “Come around sundown” dizendo que o Kings Of Leon era uma banda bacaníssima, mas que se transformou em um engodo depois que cismou em fazer parte do mainstream? Depois da primeira audição do álbum, a resposta é não. Assim como o seu antecessor (“Only by the night”, de 2008, aquele da faixa “Sex on fire”), esse “Come around sundown” peca pela sua sonoridade forçadamente pop, bem diferente dos álbuns “Youth and young manhood” (2003) e “Aha shake heartbreak” (2005). Veja bem: não é pecado nenhum uma banda ser pop, é claro. Mas o Kings Of Leon erra a mão pela segunda vez, deixando de lado aquela sua sonoridade original, meio rural, meio rock, com um quê de Strokes. No novo trabalho, a banda de Nashville deixa claro que optou por se transformar em uma banda de rock de arena, como, talvez, um U2. Só falta fazer um som digno de rock de arena, e não o pop descartável, com ar extremamente pretensioso, de faixas como “The end” e “Radioactive”. O que dá mais pena é constatar que “Come around sundown” tem lá os seus bons momentos, representados por canções como a folk “Back down south”, a bonita “Pyro”, além de “Mi amigo”. Nessas faixas, a família Followill mostra sinceridade, algo que lhe vem faltando ultimamente. Mas ainda é o suficiente para acender uma pontinha de esperança de que o Kings Of Leon pode voltar a ser aquela banda bacana do início dos anos 00.

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“...E a gente sonhando” – Milton Nascimento
Em 2008, Milton Nascimento lançou, ao lado do Jobim Trio, um bonito tributo a Antonio Carlos Jobim. Nele, não havia nenhuma música inédita de Bituca. Então, podemos dizer que “...E a gente sonhando” é o primeiro álbum de inéditas de Milton desde “Pietá”, de 2002. E a espera valeu a pena? Certamente, sim. Diferentemente de seus contemporâneos da MPB, Milton sempre aparece com um projeto realmente novo. Ou seja, assim como “Clube da esquina” (1972), “Milagre dos peixes” (1973) e “Pietá”, esse “...E a gente sonhando” não é “apenas” um disco com canções inéditas, mas um álbum conceitual, como se quisesse inaugurar um movimento na música brasileira – embora o novo trabalho não tenha a mesma força dos outros três. Mais uma vez, Bituca investe em novos nomes da cidade mineira de Três Pontas. A bonita balada pop “Olhos do mundo”, por exemplo, é de autoria de Marco Elizeo Aquino (co-produtor do álbum, ao lado de Milton) e de Heitor Branquinho. Os dois artistas da nova geração trespontana também dividem o microfone com Bituca. Já a bela “Gota de primavera” é uma parceria de Milton com Pedrinho do Cavaco. O pianista Ismael Tiso Jr., por sua vez, é o responsável pelo samba-jazz “Do samba, do jazz, do menino e do bueiro”, ao lado de Miller Sol. Ele também divide os vocais com Milton. Flávio Henrique é o autor da letra de “Amor do céu, amor do mar”, cujos versos fazem a ponte com o passado ao relembrar a grande intérprete de Milton, Elis Regina (“Quando sonhei Elis Regina / Um coro de anjos se fez escutar / Meu coração desamparado se encheu de muitas cores / Cobriu todo ar”). Paulo Francisco (Tutuca) canta a canção com o padrinho. E o passado volta em duas parcerias com Fernando Brant, “Me faz bem” (já gravada por Gal Costa, em seu incompreendido “Lua de mel – Como o diabo gosta”, de 1987) e “Espelho de nós” (gravada por Simone de 1989), cujo dueto com o jovem Bruno Cabral faz a gente se sentir na cozinha de Milton. O dueto se repete na faixa-título, composta por Milton em 1965, e gravada (em versão instrumental) pelo Tempo Trio (primeira banda do Bituca). Como nada pode ser tão perfeito, são dispensáveis as regravações de “Adivinha o quê” (de Lulu Santos, e que ganhou um molho mezzo latino, mezzo jazz), “Resposta ao tempo” (invencível na voz de Nana Caymmi) e “O sol”, uma balada pop do Jota Quest, que é pequena demais para a voz de Milton Nascimento. Dificilmente “...E a gente sonhando” terá a mesma força de um “Clube da esquina” ou até mesmo de um “Pietá”. Mas não se pode negar que representa um enorme sopro de criatividade no cada vez mais anêmico mercado brasileiro de discos. Que o próximo não demore tanto.

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“The union” – Elton John & Leon Russell
“The union”, novo álbum de Elton John (dessa vez, em parceria com Leon Russell, multiinstrumentista que já gravou com Jerry Lee Lewis e Rolling Stones, entre outros), é a prova definitiva de que o compositor britânico não precisava ter feito o papelão que fez em sua última turnê no Brasil em 2008: cantar os seus sucessos mais manjados, em versões insossas e com uma voz sofrível. Explico: os últimos trabalhos de Elton John (por exemplo, “Songs from the west coast”, de 2001, “Peachtree Road”, 2004, e “The captain and the kid”, 2006) são bons demais para que ele viva apenas de seu glorioso passado. E “The union” vem se juntar a esse grupo de bons álbuns. A história da parceria entre Elton John e Leon Russell é a seguinte: quando Elvis Costello estreou o seu programa de televisão “Spectacle”, em 2008, Elton John elogiou muito o estilo de Leon Russell (que andava meio sumido, se apresentando em pequenos bares) tocar piano. A troca de gentilezas continuou por um tempo até que os dois resolveram entrar em estúdio, o que resultou no álbum ora lançado, produzido pelo onipresente T Bone Burnett. Deixando o pop descarado de lado, e optando por um rock mais tradicional, nesse novo álbum (gravado ao vivo em estúdio), Elton John relembra os seus melhores momentos, como “Tumbleweed connection”, de 1970. Embora a maioria das pessoas vá dizer que “The union” é “o novo álbum do Elton John”, é bom deixar claro que Leon Russell é o responsável pela composição de boa parte das faixas (outras são de Elton John com o parceiro Bernie Taupin), bem como pelos vocais das mesmas. Certamente, juntamente com o produtor, Russell direcionou o estilo das canções para algo mais adulto e menos pop. Destaque para o rock “Monkey suit”, a bluesy “I should have sent roses” e a linda “Gone to Shiloh”, com participação especial de Neil Young nos vocais. No final das contas, foi bom para ambos os lados. “The union” ressuscitou a carreira de Russell, e deu novos ares a de Elton John. (Lá fora, saiu uma edição especial do álbum, com duas faixas bônus e um DVD com documentário dirigido por Cameron Crowe.)

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“Sou eu – Ao vivo” – Diogo Nogueira
Não é de se estranhar que, hoje em dia, um artista tenha mais álbuns ao vivo lançados do que de estúdio. Diogo Nogueira é um deles. “Sou eu – Ao vivo” (também em DVD) é o segundo registro ao vivo do sambista. Gravado no Vivo Rio, durante a turnê de divulgação de “Tô fazendo a minha parte” (2009), o novo disco junta sucessos colecionados na curta carreira de Diogo Nogueira às músicas do trabalho que estava sendo divulgado à época da gravação. “Sou eu – Ao vivo” tinha tudo para ser um mais do mesmo (como a maioria dos CDs brasileiros que estão nas prateleiras das lojas) se não fossem as participações especiais, que dão um tempero diferente ao projeto. Chico Buarque, presença bissexta nos palcos, prestigia Diogo Nogueira com “Homenagem ao malandro” e “Sou eu”, essa, ao lado de Hamilton de Holanda e de Ivan Lins. Esse último, por sua vez, comparece na sua “Lembra de mim”, que está presente somente no DVD. A bonita parceria de Zeca Pagodinho com Almir Guineto, “Lama nas ruas”, também conta com Hamilton de Holanda. Aliás, é notável (e saudável) o fato de Diogo Nogueira ter deixado o nome do seu pai, o saudoso João Nogueira, de lado, para investir em outros compositores, como Leandro Fregonesi e Ciraninho (em “Amor imperfeito”, com participação de Alcione) e a dupla Serginho Meriti / Claudinho Guimarães (“Da melhor qualili”). Só poderia mesmo ter dispensado a brega até a alma “Vestibular pra solidão” (de Alexandre Pires) e o sambão “Deixa eu te amar”, de Mauro Silva, Camillo e Agepê, e gravado por Simone, no ano passado. De resto, esperamos que a EMI não mande Diogo Nogueira a gravar mais um álbum ao vivo no ano que vem.

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“National ransom” – Elvis Costello
A análise da discografia de Elvis Costello é das coisas mais complicadas para quem trabalha com música. Se o compositor inglês lança hoje um álbum de rock, certamente, no ano que vem, virá um de jazz, e depois um clássico, e por aí vai. Então, chega a ser curioso, o fato de Costello ter mantido a sonoridade básica (algo entre o bluegrass e o rock, transitando um pouco pelo folk, blues, skiffle em “A slow drag with Josephine”, e até balada sinatriana, caso de “You hung the moon”), o mesmo produtor (T Bone Burnett) e até mesmo uma capa bem parecida com a do álbum anterior, “Secret, profane & sugarcane” (2009). Aí você vai me perguntar: então não há diferença entre ambos? Eu respondo: há sim, e para muito melhor. O que já era ótimo no álbum lançado no ano passado, ficou melhor nesse “National ransom”. O motivo é simples. Nesse novo disco, Costello foi menos pretensioso, abusando mais de rocks básicos e melódicos, como em seus primeiros álbuns, casos de “Five small worlds” e da excelente faixa-título. Pode ter certeza que “National ransom” é o melhor álbum de Elvis Costello desde “King of America” (1986), produzido por – quem?? – T Bone Burnett.

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Abaixo, “Radioactive”, single de “Come around sundown”, do Kings Of Leon, em versão ao vivo no SNL:

25 de nov. de 2010

Guns n' Roses, Elton John+Lady Gaga, Eric Clapton, Jeff Beck, R.E.M.

O R.E.M. anunciou hoje a relação de faixas do álbum "Collapse into now", que será lançado no primeiro trimestre de 2011. O 15º álbum de estúdio da banda foi produzido por Jacknife Lee, responsável pela produção de "Accelerate" (2008). Eddie Vedder (Pearl Jam), Patti Smith e Peaches participam do álbum, que foi gravado nas cidades de Portland, New Orleans, Nashville e Berlin. As faixas de "Collapse into now" são as seguintes: "Discoverer", "All the best", "Uberlin", "Oh my heart", "It happened today", "Every day is yours to win", "Alligator aviator autopilot antimatter", "Walk it back", "Mine smell like honey", "That someone is you", "Me, Marlon Brando, Marlon Brando and I" e "Blue".

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Por falar em grandes guitarristas, ontem vi o show do Jeff Beck aqui no Vivo Rio. Há 12 anos, quando se apresentou no Free Jazz, Beck teve que fazer sessão extra a tarde, por conta da grande procura de ingressos. Ontem, o Vivo Rio estava bem vazio, tipo 30% de sua lotação, provavelmente por conta da guerra no Rio. Uma lástima para um dos guitarristas mais importantes de todos os tempos. Apesar da pouca lotação, Jeff Beck fez um show, no mínimo, sensacional, baseado em seu último álbum, o mediano "Emotion & commotion" (2010). O show intercalou momentos mais tranquilos, especialmente nas faixas desse último álbum, calcado em teclados, como a ária "Nessun dorma", da ópera "Turandot", de Giacommo Puccini, e "Over the rainbow", do filme "O mágico de Oz". Mas Jeff Beck também mostrou algumas velharias, como "You never know" (do "There and back", de 1980), "Led boots" (do "Wired", de 1976), "Big block" (do "Guitar shop", de 1989) e a linda "People get ready", gravada em estúdio com Rod Stewart, e que, no show, ganhou uma versão instrumental sublime (vídeo abaixo). E ainda teve uma inspirada versão de "A day in the life", que deixou mais saudades dos shows do Paul McCartney. Um showzaço. Pena que tenha sido para poucos.



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Guitarristas da Grã-Bretanha elegeram Eric Clapton o melhor guitarrista de todos os tempos. A Allianz Musical Insurance, que organizou a pesquisa, ouviu cerca de mil guitarristas. O top 5 foi o seguinte: 1) Eric Clapton, 2) Jimi Hendrix, 3) Jimmy Page, 4) Jeff Beck e 5) Chuck Berry. Além dos guitarristas, a pesquisa procurou saber quais as guitarras mais emblemáticas de todos os tempos. Clapton faturou mais essa. Olha só: 1) Blackie Stratocaster (Eric Clapton), 2) Double neck Gibson (Jimmy Page), 3) Number one strat (Stevie Ray Vaughan), 4) Les Paul (Les Paul) e 5) Red Special (Brian May). Olha só Mr. Clapton com a sua blackie...



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"Ela é como a filha bastarda do Elton John, sim. Se tivesse uma filha, seria a GaGa. Ela é fantástica. Tem influências de muita gente." (Elton John sobre Lady GaGa)

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Para quem ainda tem esperança em ver uma reunião de Axl Rose e Slash, um balde de água fria. O líder do Guns n' Roses etá processando a Activision, produtora do Guitar Hero, em 20 milhões de dólares. O motivo é singelo. Axl ficou indignado com a aparição de Slash no Guitar Hero III. O cantor diz que havia feito um acordo com a Activision no sentido de que não haveria no game nenhuma referência a Slash e nem ao Velvet Revolver. Nos autos do processo, Axl Rose alega que só autorizou a inclusão de "Welcome to the jungle" no GH III, se fosse cumprida a tal condição. Será que ele leva a grana?

22 de out. de 2010

Timothy Leary, Kiss, Pet Shop Boys, Rambo, Black Eyed Peas, Nando Reis, Slash, Iommi, Mutantes, The Cars, Lady Gaga+Elton John, Cee-Lo Green

Foi anunciada a capa do novo álbum de Cee-Lo Green, "The lady killer" (acima). A tracklist do disco, que sai a 02 de novembro, é a seguinte: "The lady killer theme (Intro)", "Bright lights bigger city", "Forget you", "Wildflower", "Bodies", "Please", "Satisfied", "I want you", "Cry baby", "Fool for you", "It's OK", "Old fashioned", "The lady killer theme (Outro)" e "F**k You". Trechos das músicas podem ser ouvidas no canal oficial de Cee-Lo no YouTube.

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JUNTOS, ENFIM: Lady Gaga e Elton John se uniram para gravar "Hello, hello", canção-tema do próximo desenho animado da Disney, "Gnomeo and Juliet", que estreia em fevereiro do ano que vem.

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A Billboard informa que a banda new wave The Cars está gravando um novo álbum, 23 anos após o lançamento de seu último trabalho. O engenheiro de som Paul Orofino confirmou que a banda está reunida em um estúdio em Boston. Na semana passada, a banda revelou um trecho de pouco mais de um minuto de uma nova música, "Blue tip", em seu perfil no Facebook.

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Adorei essa matéria do Leonardo Lichote, d'O Globo, sobre o compacto da banda que originou os Mutantes.

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Quer ver um show inteirinho acústico do Slash com Myles Kennedy?? Aqui.

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Mais um supergrupo vem aí. Tony Iommi (Black Sabbath), Ian Gillan, Jon Lord (ambos ex-Deep Purple) e Nicko McBrain (Iron Maiden) gravaram um single intitulado "Out of my mind". A grana arrecada reverterá para a construção de uma nova escola de música na Armênia, destruída por um terremoto em 1988. Ainda não há previsão de lançamento.

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Essa aí é a capa do novo DVD de Nando Reis, "Bailão do Ruivão", que sai na semana que vem, e também estará disponível em CD. Ao lado dos Infernais, Nando revisita clássicos (bregas para uns, cult para outros) de gente como Dalto, Wando e Roupa Nova. Os Titãs são relembrados com "Bichos escrotos". As participações especiais ficam por conta de Zezé Di Camargo & Luciano, Banda Calypso e banda Zafennate (integrada por um dos filhos de Nando). O CD/DVD é chancelado pela série "MTV ao Vivo". O repertório do DVD é o seguinte: "Venus", "Agora só falta você", "Não me deixe nunca mais", "Whisky a go-go", "Fogo e paixão", "My pledge of love", "I can see clearly now", "Islands in the stream", "Muito estranho", "Could you be loved?", "You and I", "Bichos escrotos", "Gostava tanto de você", "Você pediu e eu já vou daqui", "Do seu lado", "Severina Xique Xique", "Você não vale nada", "Frevo mulher", "Lindo balão azul" e "Chorando se foi".

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Finalmente foi divulgada a primeira música do próximo álbum do Black Eyed Peas, "The beggining", a ser lançado a 30 de novembro. O que eu mais gostei na música foi a chupadinha de "(I've had) The time of my life"... Alguém tem dúvidas de que vem mais um mega hit por aí??



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"O que vocês chamam de inferno, eu chamo de lar!" No dia 22 de outubro de 1982, chegava aos cinemas um verdadeiro clássico: "Rambo". Hehehe... É sério. Após voltar da Guerra do Vietnã, John Rambo (Sylvester Stallone) é preso nos Estados Unidos. Só que ele foge. E aí que a coisa começa a ficar boa. A verdadeira guerra começa nesse momento. E se você (ainda) nunca viu esse filme, pode correr. Depois nãos e esqueça de me agradecer...



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"Behaviour" é aquele tipo de álbum que uma banda grava e sabe que nunca mais vai conseguir se superar. E o Pet Shop Boys nunca mais se superou mesmo. Lógico que houve grandes álbuns depois, como "Release" (2002) e "Yes" (2009), mas igual a "Behaviour"? Lamento informar, mas Neil Tennant e Chris Lowe nunca mais vão conseguir. Esse é o preço que se paga pela produção de uma obra-prima, que (ainda bem) foi exaustivamente divulgada aqui no Brasil por conta da chegada da MTV. "Being boring" (abaixo), inclusive, foi um dos vídeos mais rodados nos primórdios da emissora no país. E "Behaviour" ainda tinha "How can you expect to be taken seriously?", "My october symphony", "So hard", "Jealousy"...



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Dono de uma das discografias mais irregulares da história do rock, o Kiss transita entre álbuns memoráveis e outros absolutamente descartáveis. "Hotter than hell", que saiu a 22 de outubro de 1974, é um dos memoráveis. Foi o segundo disco do Kiss, que contava com Gene Simmons, Paul Stanley, Ace Frehley e Peter Criss em sua formação. O álbum, um dos mais pesados da banda, é praticamente uma coletânea de clássicos. Veja se eu estou mentindo: "Got to choose", "Parasite", "Goin' blind", "Hotter than hell", "Let me go, rock 'n' roll", "All the way", "Watchin' you", "Mainline", "Comin' home" e "Strange ways". Bom demais, não?



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"Everybody is talking about John and Yoko, Timmy Leary..." Conhece esses versos de "Give peace a chance", né? Timothy Leary está nele. Assim como esteve na cabeça de boa parte das artes dos anos 60. O psicólogo e professor de Harvard, defendia que os psicodélicos poderiam ter efeitos terapêuticos e espirituais nas pessoas. Ele também mudou a relação terapueta-paciente na psicologia moderna, com a sua teoria da análise transacional. Suas ideias pavimentaram o caminho para uma revolução cultural e (psicos)social. John Lennon escreveu uma música em homenagem ao amigo, que hoje estaria fazendo 90 anos de idade. Olha só:



Why not?

8 de out. de 2010

Paulinho Nogueira, Madness, Pirlimpimpim, Matt Damon, Duffy, Elton John & Lady Gaga, Take That, Gorillaz, Michael Jackson, Dave Matthews Band

A Dave Matthews Band anunciou o lançamento de dois álbuns ao vivo para a primeira quinzena de novembro. O primeiro é "Live in New York City" (capa acima), CD duplo que trará o show que a banda fez no estádio Citi Field, no dia 17 de julho desse ano, para mais de 40 mil pessoas. O repertório é esse aqui: "The stone", "Warehouse", "One sweet world", "Funny the way it is", "Seek up", "Seven", "Squirm", "Crash into me", "You might die trying", "Proudest monkey", "Satellite", "Spaceman", "Dancing nancies", "Gravedigger", "Blackjack", "Stay (Wasting time)", "Two step", "Some devil", "Shake me like a monkey", "All along the watchtower". Quem comprar no site oficial da Dave Matthews Band, leva de brinde um CD com quatro músicas apresentadas no show que aconteceu no mesmo estádio, na noite anterior. São elas: "Why I am", "Grey street", "Time bomb" e "So damn lucky".

O outro lançamento é o Live Trax, vol. 19. Para quem não sabe a Live Trax é uma série de CDs ao vivo que a banda só vende em seu site oficial. Eles lançam uma média de três por ano. E a bola da vez agora é "9.30.08 Vivo Rio, Rio de Janeiro, Brazil" (capa acima). Ou seja, é o mesmo show que foi lançado na semana passada aqui no Brasil. Só que agora ganha status de "lançamento mundial", em CD triplo. Para quem reclamou de "Live in Rio" não ter duas canções que foram tocadas no show, pode ficar tranquilo, porque esse Live Trax traz o show completinho. Olha o repertório: "Bartender", "Warehouse", "You might die trying" (inédita), "Stay or leave", "The stone", "Say goodbye", "Corn bread", "Grey street", "Crush", "So much to say", "Anyone seen the bridge?", "Ants marching", "Jimi thing", "Satellite", "#41" (inédita), "So damn lucky", "Don't drink the water", "Burning down the house" e "Two step".

E no site deles você também pode comprar essa camisa bacaníssima aqui:



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E o Michael Jackson virou espantalho...



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O Gorillaz esteve ontem no programa do David Letterman e deu um show de... 45 minutos! Quer ver?



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Hoje foi lançado o novo single do Take That, "The flood". A canção marca o retorno de Robbie Williams à banda. Só digo uma coisa: já estou com saudade da carreira solo dele...



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Elton John garantiu que a faixa título do próximo álbum de Lady Gaga, "Born this way", é o "novo hino gay". O cantor, que é amigo de Gaga, disse à MTV que "Born this way" substituirá "I will survive", de Gloria Gaynor. "É a nova 'I will survive', que era o hino gay. Agora teremos um novo hino gay", afirmou. Elton John também disse na entrevista que Lady Gaga é a sua "filha bastarda".

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Previsto para sair no dia 29 de novembro, o novo álbum de Duffy terá influência do hip hop. Foi o que ela disse em entrevista à BBC Radio 1. Segundo a cantora galesa, o primeiro single, "Well well well" (que será lançado em 21 de novembro), apresenta uma mistura de ritmos. "Eu gravei com muitas pessoas bem diferentes, em locais diferentes. Gravei com o The Roots, que é o melhor que a América produziu em termos de hip hop, e Albert Hammond [pai do guitarrista dos Strokes, de mesmo nome], que é um compositor fantástico. É uma combinação de mundos diferentes", afirmou. Vamos ver o que que vem, né?

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Passando agora para o cinema, hoje é dia de dar os parabéns ao ator - agora quarentão - Matt Damon. O último filme que vi com ele, e recomendo vivamente aqui, foi "Invictus". Damon está muito bem no papel do jogador de rugby François Pienaar. Morgan Freeman interpretando Nelson Mandela também chega perto do sublime. Para mim, um dos grandes filmes desse ano.



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Eu também me lembro bem (quando era pequenininho) daqueles especiais infantis que a Rede Globo passava. Nesses musicais, eu tive o meu primeiro contato com gente como Guilherme Arantes, Jorge Ben, Raul Seixas, Toquinho, Chico Buarque, Maria Bethânia, Vinicius de Moraes, Moraes Moreira, entre muitos outros. Outros tempos. Bons tempos. Quando "Pirlimpimpim" foi ao ar, no dia 08 de outubro de 1982, eu tinha três anos de idade. Mas tenho certeza absoluta que minha mãe me colocou na frente da televisão para ver isso aqui...



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Taí um dos álbuns que mais marcou a minha infância. "The rise & fall", do Madness, foi aquele tipo de disco que eu digo que ouvi até furar. E eu nem cheguei a ouvir muito os outros trabalhos do Madness. Mas "The rise & fall"... A New Musical Express considera esse álbum, que chegou ao quinto posto da parada britânica (e foi lançado no dia 08 de outubro de 1982), o mais importante da banda. Então, essas foram algumas das músicas que fizeram a minha cabeça nos meus seis, sete anos: "Rise and fall", "Tomorrow's (Just another day)", "Blue skinned beast", "Primrose hill", "Mr. Speaker gets the word", "Sunday morning", "Our house", "Tiptoes", "New Delhi", "That face", "Calling cards", "Are you coming (With me)" e "Madness (Is all in the mind)".



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Êta forrozeira boa para uma sexta-feira, né?? Essa é a minha homenagem aos nordestinos pelo dia de hoje. Hoje é Dia do Nordestino, e ninguém melhor que Luiz Gonzaga, pernambucano de Exu, para para marcar a data. E também lembro aqui de Paulinho Nogueira, um dos maiores violonistas do Brasil, que nasceu a 08 de outubro de 1929. Olha só que coisa linda...



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13 de set. de 2010

Beatles, Zak Starkey, Bruce Springsteen, Quase Famosos, Pedro de Lara, Elton John+Leon Russell, Queen, Scott Weiland, Flaming Lips, Coldplay, U2

Composta durante as sessões de "How to dismantle an atomic bomb" (2005), "Mercy" nunca havia sido apresentada pelo U2 durante um show. Mas ontem, debaixo, de chuva, a banda fez a estreia de "Mercy" em Zurique, na Suíça. O vídeo abaixo foi o melhor que achei no YouTube.



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ADIADO: O Coldplay confirmou o adiamento do lançamento de seu novo álbum. Previsto para sair pouco antes do Natal, Chris Martin disse ao site Undercover que não existe a possibilidade de o novo material chegar às lojas antes do início do ano que vem. A banda poderia "aproveitar" esse atraso e lançar um BD/DVD da "Viva la vida Tour", que passou pelo Brasil no início do ano.

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O Flaming Lips participou da última edição do The Black Cab Sessions - uma série de vídeos online, na qual artistas interpretam alguma música no banco trasieor de um taxi (?!?). A canção escolhida foi "I can be a frog". E só faltou mesmo Wayne Coyne entrar dentro de uma bola gigante trasparente e sair deslizando por aí...

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Robbie Williams e Gary Barlow se reencontraram no palco 15 anos após o primeiro ter deixado o Take That. A reunião aconteceu ontem, durante um show beneficente no estádio de Twickenham, em Londres. Os dois cantaram juntos a canção "Shame", que sairá na próxima coletânea de Williams.



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PROIBIDO PARA MENORES: Assim como fizera Ozzy Osbourne, Scott Weiland também vai compartilhar as suas loucuras com o público. O vocalista do Stone Temple Pilots agendou para março do ano que vem o lançamento de sua autobiografia, que se chamará "Not dead & not for sale". O livro está sendo escrito em parceria com o escritor David Ritz, que também trabalhou nas autobiografias de Marvin Gaye, Aretha Franklin e Ray Charles.

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Também está marcado para o dia 19 de outubro o lançamento da quarta e última caixa com os singles do Queen. Como já era esperado, esse quarto box seguirá o mesmo esquema dos três anteriores, com os CDs embalados em capinhas, como se fossem réplicas de vinil dos originais. Nesse box, haverá os últimos 13 singles da banda, compreendidos entre o período de 1989 a 1999. As faixas são as seguintes:

CD Single 1
1. "The miracle"
2. "Stone cold crazy" (Live)

CD Single 2
1. "Innuendo"
2. "Bijou"

CD Single 3
1. "I'm going slightly mad"
2. "The hitman"

CD Single 4
1. "Headlong"
2. "All god's people"

CD Single 5
1. "The show must go on"
2. Queen Talks

CD Single 6
1. "Bohemian rhapsody"
2. "These are the days of our lives"

CD Single 7
1. "Heaven for everyone" (Single Version)
2. "It's a beautiful day"

CD Single 8
1. "A winter's tale"
2. "Rock in Rio blues"

CD Single 9
1. "Too much love will kill you"
2. "I was born to love you"

CD Single 10
1. "Let me live"
2. "We will rock you" (Live)
3. "We are the champions" (Live)

CD Single 11
1. "You don't fool me" (Edit)
2. "You don't fool me" (Album Version)

CD Single 12
1. "No-one but you (Only the good die young)"
2. "We will rock you" (The Rick Rubin 'Ruined' Remix)
3. "The prize" (Instrumental Remix for 'The eye')

CD Single 13
1. "Under pressure" Rah Mix (Radio Edit)
2. "Under pressure" (Mike Spencer Remix)
3. "Under pressure" (Live At Knebworth)

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Essa aí acima é a capa do novo álbum de Elton John (em parceria com Leon Russell), "The union". Previsto para chegar às lojas no dia 19 de outubro, o álbum conta com 14 faixas, incluindo o single "If it wasn't for bad" (abaixo), já lançado virtualmente. Além da edição simples do CD, sairá uma outra com um DVD bônus que trará um documentário sobre a gravação do disco, dirigido por Cameron Crowe. A relação de faixas de "The union" é a seguinte: "If it wasn't for bad", "Eight hundred dollar shoes", "Hey Ahab", "Gone to Shiloh", "Jimmie Rodgers' dream", "There's no tomorrow", "Monkey suit", "The best part of the day", "A dream come true", "When love is dying", "I should have sent roses", "Hearts have turned to stone", "Never too old (To hold somebody)" e "The hands of angels".



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Hoje eu também quero lembrar do Pedro de Lara. Quem cresceu nos anos 80 não passou imune a Pedro de Lara. Sinceramente, morria de medo dele. Não sei porque... Hahaha... Na época, achava que ele era muito mau com os calouros. Hoje, eu vejo que ele era o mais realista. A acidez de Pedro de Lara deixa saudade. Ele morreu no dia 13 de setembro de 2007, vítima de câncer no reto.



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Agora eu quero falar um pouco de cinema. Mas sem fugir muito da música. Sabe aquelas listinhas que a gente fica fazendo dos melhores filmes da nossa vida? Pois bem. Não sei dizer exatamente quais são os meus dez mais. Mas tenho certeza que incluiria o filme "Quase famosos" ("Almost famous") nessa lista. Dirigido por Cameron Crowe, o filme conta a história de um rapaz de 15 anos que começa a trabalhar na Rolling Stone, e acompanha a excursão de uma banda pelos Estados Unidos. Ou seja, realiza o sonho de qualquer moleque viciado em rock. Daí a identificação. E "Quase famosos", que ganhou o Oscar de melhor roteiro original em 2001, estreou exatamente no dia 13 de setembro de 2000. Isso, já se passaram dez anos...



PS. Que trilha sonora, não??

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Ah, ontem teve VMAs, né? A Lady Gaga estava fantasiada de açougue e ganhou oito troféus, blablablá... Acho que o Justin Bieber também ganhou alguma coisa, assim como o Jay-Z... Pelo menos foi o que andei lendo agora, porque não perdi um minuto do meu domingo vendo esse bando de lixo. Deveriam ter chamado o caminhão da Comlurb. Mas hoje faz 25 anos que Bruce Springsteen foi o principal vencedor do VMAs da MTV (edição de 1985). Ele faturou os prêmios de melhor vídeo de artista masculino ("I'm on fire") e melhor performance ao vivo (por "Dancing in the dark"). Como se pode notar, antigamente, esses prêmios eram mais pulverizados.



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Bom dia pessoal! E ae? Mais uma semaninha que inicia, né? Força, muita força... Bom, pelo menos a nossa semana começa com os Beatles. "Yesterday" foi lançado 35 anos atrás, exatamente no dia 13 de setembro de 1965. E, olha só que curioso, nesse mesmo dia, nascia Zak Starkey, filho de Ringo Starr, baterista dos Beatles. Zak seguiu os passos do pai, e, atualmente, é um dos bateristas mais requisitados no rock britânico. Em 2004, ele assumiu o posto de baterista do Oasis, e tocou também com Paul Weller. Não aguentou as brigas dos irmãos Gallagher, mas deixou a sua marca por lá. Antes disso, ele já tocava bateria no The Who, ocupando o posto de ninguém menos que Keith Moon.



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19 de jul. de 2010

De partir o coração

Boa tarde, pessoal! Bom, disse que ia viajar, mas não ia deixar de dar as minhas postadas. Partilho aqui com vocês uma dor no coração.

Desde pequeno, nunca quis saber de loja de brinquedos. Meu negócio sempre foi loja de discos. Modern Sound, Gabriela, Kaele, Breno Rossi, Gramophone, Hi-Fi (com os seus letreiros em neon vermelho), Aky Discos... Fora do Brasil, tinha a HMV (uma a praticamente cada esquina de Londres e de NY), a Tower Records (símbolo de NY), a Virgin (em várias cidades dos Estados Unidos), a sensacional Fame (em Amsterdã, não sei se ainda existe), a Ricordi (em Roma e Milão, que era cheia de bootlegs maravilho$o$), e por aí vai...

Um dia, deve ter um ano, li uma coluna do Ruy Castro na Folha, na qual ele dizia que já devia ter deixado um apartamento na Modern Sound, mas não se arrependia. Não sei se cheguei a deixar um apartamento nas lojas de disco que citei acima. Mas alguma boa grana eu deixei. E uma das principais foi a Virgin Megastore, especialmente a da Times Square, em Nova York. Meu primeiro CD do Oasis (quando "Rock n'roll star" nem tocava no Brasil) foi comprado lá. A coleção completa dos Rolling Stones também. O "Pop" (U2) e o "Pulse" (Pink Floyd) foram comprados no dia do lançamento, quando a loja ficava aberta até depois da meia-noite, e as filas dobravam a esquina. Descobri "Goodbye yellow brick road", do Elton John, também em alguma prateleira da Virgin. Johnny Cash, Horace Silver, Bob Dylan, Beach Boys, The Byrds, Genesis... E acho que poderia ficar o dia inteiro citando outros artistas e discos que comprei lá.

Voltei a Nova York essa semana pela primeira vez depois que a Virgin fechou. E a cena partiu o meu coração.

O que era assim:



Ficou assim:


Precisa dizer mais alguma coisa?

8 de jul. de 2010

Ezequiel, Moraes, Beck, Kevin Bacon, SWU, Rush, Alex Turner, Elton John, Lulu. Ringo+Paul, Brandon, Daft Punk, Maximum Balloon, Clapton+Harrison, LCD

Os Pet Shop Boys compuseram a trilha para um espetáculo de dança que estreará em Londres no ano que vem. O musical foi adaptado da obra "The most incredible thing", de Hans Christian Andersen. Neil Tennant e Chris Lowe contaram com a colaboração do coreógrafo e diretor Javier De Frutos, além do Royal Ballet Principal e do amigo Ivan Putrov. Idealizado para a companhia Sadler's Wells, Tennant descreveu o projeto como "muito excitante". "The most incredible thing" contará com uma orquestra de 26 músicos, e um elenco com 15 atores.

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Os editores da loja virtual Amazon elegeram os 50 melhores álbuns lançados em 2010, até agora. Em primeiro lugar ficou "This is happening", do LCD Soundsystem. Completam o top 5 os seguintes álbuns: "Avi Buffalo" (Avi Buffalo), "Yesterday you said tomorrow" (Christian Scott), "Before today" (Ariel Pink's Haunted Graffiti), "Sea of cowards" (The Dead Weather). A lista completa pode ser vista aqui.

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Em dezembro de 1969, Eric Clapton e George Harrison excursionaram juntos, com a dupla Delaney & Bonnie, formada por Delaney Bramlett e sua esposa Bonnie - uma espécie de "versão branca" da dupla Ike & Tina Turner. A turnê originou o álbum "On tour with Eric Clapton", o de maior sucesso da dupla. No dia 27 de julho, a Rhino coloca nas lojas uma edição comemorativa de 40 anos do disco, cheia de material inédito espalhado em quatro CDs, incluindo trechos de apresentações em Londres, Bristol e Croydon. Para quem conhece, parece que essa versão expandida vale a pena. Para quem não conhece, é melhor correr atrás.



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A quem interessar, a primeira música do projeto Maximum Balloon, de Dave Sitek (TV On The Radio), pode ser ouvida aqui. A faixa se chama "If you return".

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O próximo álbum do Daft Punk já tem data de lançamento confirmada: 23 de novembro. A dupla francesa assinará a trilha sonora do filme "Tron: Legacy", da Disney, que será lançado no dia 17 de dezembro. O último álbum do Daft Punk, "Human after all", chegou às lojas em 2005.

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Brandon Flowers liberou faz poucos minutos o primeiro videoclipe de sua carreira solo. "Crossfire" fará parte de seu primeiro álbum solo, "Flamingo", que será lançado no dia 06 de setembro. O álbum foi produzido por Stuart Price, Daniel Lanois e Brendan O'Brien. O videoclipe, abaixo, conta com a participação da atriz Charlize Theron.



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E sabe quem participou do show que Ringo Starr fez ontem no Radio City Music Hall, em Nova York, para comemorar os seus 70 anos? Sim, ele: Paul McCartney. E sabe qual música eles tocaram juntos? "Birthday", uma das pérolas do "White album".



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Lulu Santos vai estrear a turnê de seu "Acústico MTV 2" no Vivo Rio, no Rio de Janeiro, com duas apresentações nos dias 20 e 21 de agosto. Os shows começam às 22h, e os preços variam entre R$ 40 e R$ 140 (com meia entrada). Os ingressos já estão à venda no site do Vivo Rio. Em seu segundo "Acústico MTV", gravado dez anos após o primeiro, Lulu revisitou sucessos que haviam ficado de fora do álbum anterior, como "Brumário", "Tudo azul", "Papo cabeça", "Adivinha o quê" e "Minha vida".

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Elton John agendou para o dia 25 de outubro o lançamento de seu novo álbum, "The union". Contando com a produção de T-Bone Burnett, o disco conta com participações especiais de Brian Wilson, Neil Young, Booker T. Jones e Marc Ribot. O parceiro de Elton John nesse álbum foi o pianista Leon Russell.

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A boa nova para os fãs do Arctic Monkeys é que o seu vocalista e guitarrista Alex Turner está compondo a trilha sonora para um filme de Richard Ayoade, chamado "Submarine". A produção ficou a cargo de James Ford, que já trabalhou com o Arctic Monkeys. O filme estreia só no ano que vem, quando deve sair o álbum com a trilha sonora.

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O festival SWU Music and Arts, que acontecerá entre os dias 09 e 11 de outubro, divulgou os preços dos ingressos. As entradas avulsas para os dias 10 e 11 terão o valor de 240 pratas (pista comum, inteira) e 640 pratas (pista VIP, inteira). Haverá venda de meia-entrada para estudantes. Os preços dos ingressos avulsos para o dia 09 e do passaporte para todos os três dias ainda não foram divulgados. Na boa, só país tupiniquim como o nosso que inventa "pista VIP" em um festival de música dessa proporção. Um show ainda vai, mas um festival?? Sinceramente, eu nunca vi. E com esse preço, vou acabar mesmo no bom e velho Rush, que se apresentará no dia 08/10 em São Paulo e no dia 10/10 no Rio de Janeiro.

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Agora é a hora de falar um pouquinho sobre Copa do Mundo. Ontem, a Alemanha foi, na minha opinião, surpreendentemente, derrotada pela Espanha, na semi-final, e acabou ficando de fora da decisão. Antes, a Alemanha já havia goleado a Argentina por quatro a zero. Hoje, faz 20 anos que Alemanha e Argentina disputaram a final da Copa da Itália. Tudo bem, foi uma das decisões mais chatas da história das Copas, decidida, aliás, com um gol de Andreas Brehme, em um pênalti pra lá de duvidoso aos 39 minutos do segundo tempo. De qualquer forma, o título foi merecido. A Argentina chegou a final, aos trancos e barrancos, e com Maradona bem longe de sua melhor forma. E jogadores como Illgner, Brehme, Hässler, Matthäus, Völler e Klinsmann acabaram fazendo justiça à geração 80 do futebol alemão (representado por craques como Schumacher, Briegel, Rummenigge, Jakobs e Allofs), que acabou sendo vice-campeã nas Copas de 1982 e de 86 - nessa última, inclusive, foi derrotada pela própria Argentina.



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"Sexta-feira 13", "Footloose", "JFK", "Questão de honra", "Apollo 13", "Sleepers", "Sobre meninos e lobos", "Em carne viva"... O que esses filmes têm em comum, além de serem muito bacanas? Todos eles foram estrelados Por Kevin Bacon. E daí? E daí que hoje, dia 08 de julho de 2010, ele faz 52 anos, apesar de continuar com o mesmo rosto de 25 anos atrás. Casado com a atriz Kyra Sedgwick, ele é pai de um casal de filhos: Travis Bacon e Sosie Ruth Bacon. Com o irmão Michael Bacon, ele formou a banda The Bacon Brothers, e já gravou quatro álbuns.



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Já que eu falei de um dos compositores mais competentes do Brasil, agora vou falar um pouco de um dos compositores mais competentes dos Estados Unidos. Beck nasceu em Los Angeles no dia 08 de julho de 1970 e, portanto, completa 40 anos hoje. Para mim, a discografia dele é uma das mais coesas que existe. São álbuns tão diferenets entre si, mas que formam uma unidade impressionante. "Mellow gold" (1994), "Odelay" (96), "Mutations" (98), "Midnite vultures" (99), "Guero" (05) e "Modern guilt" (08) são os seus melhores trabalhos. E isso sem falar nas regravações de álbuns de gente como INXS e Yanni, que Beck vem fazendo. A única pena é que ele não consiga passar para o palco a força de seus álbuns. Quem viu o seu show no Rock in Rio de 2001 sabe bem disso. Talvez seja por esse motivo que, até hoje, ele nunca tenha lançado um DVD de show.



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Ah, agora eu quero falar de um dos nossos mais competentes compositores. Antônio Carlos Moreira Pires, ou apenas Moraes Moreira, nasceu a 08 de julho de 1947. O que eu mais gosto no Moraizão é a sua capacidade de transitar entre todos os gêneros musicais e se dar bem em qualquer um. Pode ser no rock único dos Novos Baianos, nos xotes e xaxados, no samba, ou até mesmo na MPB mais tradicional. Por isso que fica aqui o meu respeito a essa grande pessoa, que, hoje, completa 63 anos de idade.



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Bom, agora vamos ver o que que tem de bom nesse dia 08 de julho. Vou começar com uma boa, que eu duvido que você soubesse. Hoje é o Dia do Padeiro!! Haha... Esperava por essa? Mas o motivo é simples. Hoje é dia de Santa Isabel, padroeira dos panificadores. Ela tinha o costume de distribuir pães para os pobres. Só que um dia ela foi flagrada pelo rei. Ela disse que estava carregando flores no vestido. O rei pediu para ver e, na hora em que Isabel soltou o vestido, caíram dele pétalas. Taí então, parabéns aos padeiros do Brasil.

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AINDA EZEQUIEL: Hoje vou começar o dia contando uma história que relembrei ontem com uma amiga. O cenário foi o Cervantes do Via Parque, na Barra, logo após a estreia da turnê "Puro êxtase", do Barão Vermelho, acho que em 1998. Depois do show (e de ter bebido um pouquinho), chegam Ezequiel Neves e os integrantes do Barão no Cervantes. Eu me levanto da cadeira, abro os braço e berro com a altura suficiente para acordar o vigia do estacionamento: "GRANDE EZEQUIEL NEVES!". Ele, que nunca havia me visto na vida, vem falar comigo: "Ô garoto, você tá bem? Gostou do show?". Eu respondo: "Adorei, especialmente da música 'Carente profissional', que estava sumida dos roteiros do Barão." Corta para o Zeca: "Ah, você gostou?". Respondo: "Pô, muito". Zeca de novo: "Eu não, achei uma merda!". Por isso que ele é o GRANDE EZEQUIEL NEVES.