30 de set. de 2010

Dire Straits, Stevie Ray Vaughan, Bob Dylan, Chacrinha, James Dean, Take That, Skank, Seal, Mark Ronson, Paul Weller, BEP, Neil Young, The Flintstones

Quem aqui nunca viu um desenho dos Flintstones?? A família da Idade da Pedra completa 50 anos hoje.



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Neil Young inovou mais uma vez e fez um supervideoclipe para as músicas de seu novo álbum. Veja abaixo:



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Depois do "The E.N.D." é a vez do "The Beggining". Esse é o nome do novo álbum do Black Eyed Peas, a ser lançado no dia 30 de novembro. O novo disco terá 12 faixas produzidas por Will.i.am, DJ Ammo e David Guetta. Vale lembrar que o Black Eyed Peas fará nove shows no Brasil, entre os dias 15 de outubro e 04 de novembro. A banda passará por Fortaleza (dia 15/10), Recife (17/10), Salvador (19/10), Brasília (22/10), Rio de Janeiro (24/10), Belo Horizonte (27/10), Porto Alegre (30/10), Florianópolis (01º/11) e São Paulo (04/11).

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A data de lançamento ainda não está fechada, mas Paul Weller já confirmou o lançamento de "Find the torch, burn the plans", pacote com CD e DVD ao vivo gravado no Royal Albert Hall, no primeiro semestre desse ano. Foram cinco noites de show, e o DVD trará o roteiro completo de 26 músicas, registradas durante todas as apresentações. Jà o CD trará um best of do show no Royal Albert Hall, além de seis faixas gravadas em um concerto acústico de Weller para a BBC, no início do ano. As músicas que farão parte do DVD são as seguintes: "Andromeda", "From the Floorboards Up", "&3 Is The Strikers Name", "Into Tomorrow", "Aim High", "Moonshine", "Up The Dosage", "Strange Town", "Wake up the Nation", "Shout To The Top!", "Trees", "You Do Something To Me", "One Bright Star", "Wild Wood", "The Eton Rifles with guest Kelly Jones", "That's Entertainment", "Fast Cars/Slow Traffic", "Come On", "Why Walk When You Can Run", "All On A Misty Morning", "Light Nights", "Butterfly Collector", "Find The Torch, Burn The Plans", "Art School", "Scrape Away" e "Pieces Of a Dream".

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Além de ter que ouvir desaforo de Amy Winehouse pelo Twitter, agora são os fãs do The Smiths que estão nervosos com Mark Ronson. O produtor disse ao New Musical Express que tem recebido ameaças de morte dos fãs da banda de Manchester, por conta de sua versão para "Stop me if you think you've heard this one before". "Os fãs ficaram ressentidos por eu ter mexido em uma das vacas sagradas do indie. Mas se Morrissey e Johnny Marr me autorizaram, não posso me preocupar com o que pensa um moleque de 16 anos, que não sai do quarto. Mas aprecio o fato de um moleque assim se preocupar o suficiente para me enviar ameaças de morte através do MySpace. Desde que não ponha a ideia em prática", disse Ronson.



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O novo single de Seal virou videoclipe. E a grande estrela é a sua esposa (e modelo) Heidi Klum, que aparece... nua! O nome da música é "Secret", e está presente em "Commitment", novo álbum do cantor, que chegou às lojas na semana passada.



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Enquanto o DVD "Multishow Ao vivo - Skank no Mineirão" não chega às lojas - o CD duplo já foi lançado - o Skank (visto acima em foto de Weber Pádua) estreia a sua nova turnê nacional no palco do Vivo Rio (Rio de Janeiro), amanhã, dia 01º de outubro. O novo show traz três canções inéditas, que serão apresentadas pela primeira vez ao público carioca, além dos maiores sucessos da banda, que foram registrados no novo trabalho gravado ao vivo no estádio em Belo Horizonte, na frente de 55 mil fãs, no dia 19 de junho desse ano. Mùsicas como "Garota nacional", "Ainda gosto dela", "Vou deixar", "Acima do sol" e "Resposta" estão previstas no roteiro da apresentação, que começa às 22h, e cujos ingressos custam entre R$ 120,00 (camarote A) e R$ 60,00 (pista). Quem tiver carteira de estudante paga meia. Mais informações aqui.

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O primeiro álbum do Take That (com Robbie Williams) em 15 anos chegará às lojas no dia 22 de novembro. "Progress" será precedido pelo single "The flood", a ser lançado no dia 04 de novembro. O disco foi produzido por Stuart Price (Madonna, The Killers) e gravado em sessões secretas no mês de setembro do ano passado, em Nova York.

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"Assim caminha a humanidade", "Vidas amargas", "Juventude transviada". James Dean viveu pouco. Apenas 24 anos. Mas entrou pra história com esses filmes. Mais do que um ator, ele representou a própria juventude transviada dos anos 50. Ele ainda chegou a ganhar dois Globos de Ouro póstumos, em 1956. James Dean morreu no dia 30 de setembro de 1955, vítima de um acidente de carro que partiu a sua coluna vertebral ao meio.



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Eu falei que ontem fiquei acordado até tarde vendo uns filmes. Um deles foi o documentário "Alô, alô, Terezinha!", de Nelson Hoineff. Como hoje a gente celebra os 93 anos de nascimento do Chacrinha, queria ver o filme para descobrir alguma coisa nova sobre o "Velho Guerreiro". Mas foi impossível. "Alô, alô, Terezinha" é um dos documentários mais toscos que já vi. A estratégia de Hoineff foi simples: explorar a miséria alheia. A miséria das chacretes, a miséria de ex-calouros, a miséria de cantores que fizeram sucesso e hoje estão decadentes... Um das chacretes (uns 30 quilos acima do peso) chega a colocar a roupa coladinha que usava 30 anos antes para dançar. Uma outra fica com os peitos de fora para rebolar em um chafariz em praça pública. Outra apresenta o seu novo emprego: cozinheira de um pé-sujo, com direito a visita de um fã bêbado na cozinha para falar baixarias. Rita Cadillac coloca a bunda de fora para um fã beijar. Um ex-calouro gago diz que "Roberto Carlos é um bosta". Aguinaldo Timóteo diz que a Bossa Nova e a Tropicália eram umas porcarias (ele só se esqueceu de dizer que ele que é bom...). Enfim, um verdadeiro show de horrorres. Deu até pena de ver gente como Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Alceu Valença e Gilberto Gil participando de tamanha tosqueira. Chacrinha merecia coisa melhor.



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Esse álbum eu não poderia deixar de citar aqui hoje. Para mim, o clássico dos clássicos. O álbum que rachou a minha cabeça ao meio. O álbum que, após a primeira audição, eu mudei a minha relação com a música. O álbum que... Ah, sei lá, muitas coisas. O nome desse disco tão importante é "Time out of mind", do Bob Dylan. E ele foi lançado no dia 30 de setembro de 1997. Produzido por Daniel Lanois, "Time out of mind" foi o 30º álbum da carreira de Dylan, e ainda ganhou três Grammy Awards, incluindo Disco do Ano. Desde o seu lançamento, não tem um mês que não deixo de ouvi-lo. E, pode ter certeza, a cada ouvida, descubro algo diferente. A relação de faixas de "Time out of mind" é a seguinte: "Love sick", "Dirt road blues", "Standing in the doorway", "Million miles", "Tryin' to get to heaven", "'Til I fell in love with you", "Not dark yet", "Cold irons bound", "Make you feel my love", "Can't wait" e "Highlands". Para ver/ouvir um desses clássicos, basta clicar aqui.

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Também há 25 anos, o super guitarrista Stevie Ray Vaughan colocava nas lojas o seu terceiro álbum, "Soul to soul". Nesse álbum, SRV foi acompanhado pela Double Trouble e pelo tecladista Reese Wynans. Comparado aos seus dois discos anteriores ("Texas flood", de 1983, e "Couldn't stand the weather", de 84), "Soul to soul" é tijolo menor na obra de Stevie Ray Vaughan. À época, os blueseiros mais fanáticos não aprovaram muito a adição de um tecladista à banda. No repertório, como de costume, SRV misturou composições próprias ("Say what!", "Ain't gone 'n' give up on love") a clássicos do blues, como "You'll be mine", de Willie Dixon, e "Come on (Pt.III)", de Earl King.



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Boa tarde, pessoal. Hoje perdi a hora mesmo. Ontem fiquei vendo uns filmes até bem tarde e não tive como levantar cedo. Mas tudo bem. A gente vai compensando durante o dia... Ah, e você sabe o que estava em primeiro lugar na parada da Billboard exatos 25 anos atrás?? Segura ae: "Money for nothing", do Dire Straits. "I want my, I want my MTV...". Engraçado, né? Tão relevante há 25 anos, a MTV se reduziu a nada atualmente.

29 de set. de 2010

The Police, Alice In Chains, Jerry Lee Lewis, Plínio Marcos, Belle & Sebastian, MGMT, Black Sabbath, Heaven And Hell, R.E.M.

Mais uma daquelas pesquisas inusitadas que não servem pra nada, mas são curiosas... Em enquete realizada pela PRS Music, "Everybody hurts", do R.E.M., foi eleita a música que mais faz os homens chorarem. Mil e setecentas pessoas participaram da enquete, e o top 5 foi completado por "Tears in heaven" (Eric Clapton), "Hallelujah" (Leonard Cohen), "Nothing compares 2 U" (Sinead O'Connor) e "With or without you" (U2).



Chorou ou não?

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Novidades do Black Sabbath com Ozzy Osbourne, novidades do Black Sabbath com Ronnie James Dio. No dia 16 de novembro, chegará ao mercado o pacote com CD/DVD, "Neon nights: 30 years of Heaven & Hell" (capa acima). O show foi gravado no Wacken Festival, na Alemanha, no dia 30 de julho de 2009 - foi uma das últimas apresentações de Dio na Europa. As faixas do DVD são as seguintes: "E5150", "The mob rules", "Children of the sea", "I", "Bible black", "Time machine", "Fear", "Falling off the edge of the world", "Follow the tears", "Die young", "Heaven and hell", "Country girl" e "Neon knights".

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Um novo box com os álbuns do Black Sabbath será lançado no dia 22 de novembro. Em edição limitada, "The Ozzy years - Complete albums box set" (acima) trará todos os oito discos gravados por Ozzy Osbourne na banda (em formato minivinil), além do extra "We sold our souls for rock n' roll". A caixa ainda contará com o áudio de três entrevistas feitas pelo Black Sabbath para emissoras de rádio, um livro de cem páginas, com a discografia comentada e um conjunto de palhetas. Os álbuns presentes na caixa são: "Black Sabbath", "Paranoid", "Master of reality", "Volume 4", "Sabbath bloody Sabbath", "Sabotage", "Technical ecstasy", "Never say die" e "We sold our souls".

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O baterista do MGMT abandonou o palco dyurante uma apresentação da banda em Manchester, anteontem. Motivo: foi atingido por um copo cheio de urina (ou de cerveja, dependendo da versão). No momento do incidente, Will Berman estava tocando a música "The handshake". A sorte é que era a penúltima música do show. A última, "Congratulations", foi executada sem baterista (a versão até que ficou bacaninha, como pode ser visto abaixo). Por conta disso, Andrew VanWyngarden e Benjamin Goldwasser não quiseram saber de bis. Como diz aquele nosso colega, deve ser terrível viver num país assim...



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Finalmente foram confirmados os shows do Belle & Sebastian, em novembro, aqui no Brasil. As apresentações acontecerão em São Paulo (dia 10/11, na Via Funchal) e no Rio de Janeiro (dia 12/11, no Circo Voador, graças aos 200 fãs que se uniram para comprar as cotas do show). Ainda não há informações sobre preços e início da venda de ingressos. Essa é a segunda vez que os escoceses vêm ao Brasil. A primeira foi em 2001, no Free Jazz. Um showzaço, aliás.

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Mudando de pólo, agora vou falar um pouco de dramaturgia. Plínio Marcos nasceu no dia 29 de setembro de 1935. Sucessor de Nelson Rodrigues, Plínio foi ator, diretor e jornalista. Mas foi escrevendo peças de teatro que ele melhor descreveu o Brasil. O que dizer de "Reportagem de um tempo mau", "Navalha na carne" e "Dois perdidos numa noite suja", hein? Eu não digo nada, porque não entendo nada de nada, muito menos de teatro. Mas apenas digo que acho os seus textos magníficos. "Maldito" mesmo só para os hipócritas. Plínio Marcos morreu no dia 19 de novembro de 1999.



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E hoje um dos grandes nomes da história do rock está completando 75 anos de idade. Jerry Lee Lewis nasceu a 29 de setembro de 1935, na Louisiana, e foi responsável por "Great balls of fire", "End of the road", "Whole lotta shakin' going on", entre outros sucessos. Conhecido como The Killer, Lewis entrou para o Rock and Roll Hall Of Fame em 1986. Justo, afinal ele incorpora o rock em sua essência, não somente através de suas músicas. Em 1958, por exemplo, ele se casou com a sua prima... Que tinha apenas 13 anos de idade! Todos ficaram contra. A turnê foi cancelada. Enfim, um escândalo para as lustradas famílias norte-americanas. Para Jerry Lee Lewis, "it's only rock n' roll"...



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Quando alguém aparece por aí falando sobre o grunge, o Nirvana vem logo a cabeça, certo? Certo. Realmente, o Nirvana foi o maior expoente daquele movimento bacana no início dos anos 90. Se não fosse "Smells like teen spirit", se não fosse Kurt Cobain, se não fosse o bebê pelado na capa do álbum... Tudo bem... Mas em termos de qualidade mesmo, nada se comparava ao Alice In Chains. Aliás, em termos de qualidade e de doideira. Assim como Kurt Cobain, Layne Staley também morreu cedo, vítima de overdose de heroína, em abril de 2002. Depois de "Nevermind", "Facelift" e "Dirt" foram dois dos melhores álbuns da era grunge. "Facelift" (1990) era um clássico, mas "Dirt", lançado a 29 de setembro de 1992, com canções como "Would?", "Them bones", "Sickman" e "Down in a hole", também era demais. E os shows no Hollywood Rock, em janeiro de 1993, foram antológicos. Alguém estava lá?



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Bom dia pessoal! Alguém caiu da cama ae? Hahaha... E que tal o The Police, hein? Sonzaço, né? "Message in a bottle" é um clássico. Certamente, o maior da banda. Não à toa, foi a música escolhida para abrir todos os shows da recente turnê de reunião de Stewart Copeland, Sting e Andy Summers. E por que eu lembrei dela hoje? Porque foi no dia 29 de setembro de 1979 que "Message in a bottle" foi lançada.

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28 de set. de 2010

Tim Maia, TSmiths, Depeche Mode, Miles, Brigitte Bardot, The National, Legião Urbana, Weezer, Klaxons & Lady Gaga, Moz, Arcade Fire & John Legend, DMB

Quem foi ao show da Dave Matthews Band no Vivo Rio, em setembro de 2008, não se esquece. Foram mais de três horas e meia de apresentação, com momentos marcantes, como a homenagem que a plateia fez para o então recém falecido LeRoi Moore em "#41" e o encerramento com "Two step". Agora, quem viu o show tem mais um motivo para não se esquecer. Chega até o final dessa semana às lojas brasileiras o CD duplo "Live in Rio", com mais de duas horas daquela apresentação - pena que alguns momentos ficaram de fora, como "#41". As faixas de "Live in Rio" são as seguintes: "Bartender", "Warehouse", "Stay or leave", "The stone", "Say goodbye", "Corn bread", "Grey street", "Crush", "So much to say", "Anyone seen the bridge?", "Ants Marching", "Jimi thing", "Satellite", "So damn lucky", "Don't drink the water", "Burning down the house" e "Two step".

E o site DMBrasil, do parceirão Rodrigo Simas, informou, em primeira mão, que segundo a Amazon americana, a Dave Matthews Band lançará em novembro o CD ao vivo "Live in New York City". Ainda não há confirmação oficial da banda. A DMB se apresentou no Citi Field nos dias 16 e 17 de julho. Rodrigo lembrou que alguns dos destaques dos shows foram "Big eyed fish" (raridade nos repertórios de shows da banda), "Seek up" (também bem rara), bem como a estreia da até então inédita "Black Jack". Vamos aguardar.

Ah, e a quem interessar possa, restam poucos ingressos para o show da Dave Matthews Band, na HSBC Arena, no Rio, dia 08 de outubro. "Corrão!"

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John Legend cantando "Wake up", do Arcade Fire? Impressionante a capacidade que certos artistas têm de destruir certas músicas...



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Os 13 singles prediletos de Morrissey.
And the winner is... Claro... The New York Dolls!



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Já viram o Klaxons mandando ver em "Bad romance", de Lady Gaga??



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Quem também vai lançar edição de luxo de um álbum importante de sua carreira é o Weezer. "Pinkerton" (1996), chegará às lojas novamente com 16 faixas inéditas. O lançamento será no dia 01º de novembro. O CD duplo contará com o álbum original, além de muitos lados B e gravações ao vivo, algumas durante show da banda no festival de Reading, no mesmo ano de lançamento do álbum. As faixas extras são as seguintes: "You Won't Get With Me Tonight", "The Good Life (Live At Y100 Sonic Session)", "El Scorcho (Live At Y100 Sonic Session)", "Pink Triangle (Live At Y100 Sonic Session)", "Why Bother? (Live At Reading Festival 1996)", "El Scorcho (Live At Reading Festival 1996)", "Pink Triangle (Live At Reading Festival 1996)", "The Good Life (Live At X96)", "El Scorcho (Live And Acoustic)", "Across The Sea Piano Noodles", "Butterfly (Alternate Take)", "Long Time Sunshine", "Getting Up And Leaving", "Tired Of Sex (Tracking Rough)", "Getchoo (Tracking Rough)" e "Tragic Girl.

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Quer ajudar a fazer o próximo álbum da Legião Urbana? É o seguinte: a banda está preparando uma coletânea para novembro. E os fãs podem escolher as músicas. As doze mais votadas farão parte do álbum. Para votar, o fã tem que se cadastrar no site oficial da banda. A votação vai até o dia 30 desse mês. A ideia é legal, mas será que a Legião Urbana não tem material mais interessante para lançar não? Cadê o show no Jockey, no dia da morte do Cazuza? E o DVD do Metropolitan? Será que o fã ainda vai se interessar por uma coletânea com as mesmas músicas repetidas??

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A banda The National vai lançar, no final de novembro, uma nova edição de seu último álbum, "High violet". Além do álbum original, o pacote trará um CD extra com oito faixas: três ao vivo, os dois lados B dos singles lançados de "High violet", duas faixas inéditas (incluindo "You were a kindness", logo abaixo), além de versão alternativa de "Terrible love". As faixas extras são as seguintes: "Terrible love" (Alternate Version), "Wake up you saints" (inédita), "You were a kindness" (inédita), "Walk off" (lado B), "Sin-eaters" (lado B), "Bloodbuzz Ohio" (Live - KCMP), "Anyone's ghost" (Live - Brooklyn Academy of Music) e "England" (Live - Brooklyn Academy Of Music).



PS. Com essa moda de "edições especiais, acho que vou começar a baixar os CDs de graça na internet, e, três meses depois, compro a tal edição especial. Vou me sentir menos otário dessa forma.

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Agora, da música para o cinema. Ou quase... Isso porque Brigitte Bardot era cantora também. Símbolo sexual dos anos 60, a "Brigitte Bardot tá ficando velha", como canta Tom Zé. Hoje ela faz 74 anos. Afastada da vida artística, Brigitte hoje briga pelos direitos dos animais. Preferiu ficar velha longe dos holofotes. Tom Zé tem razão.





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Pode se preparar que, em 2011, você vai ouvir falar muito sobre os 20 anos da morte de Miles Davis. Eu juro que pensei esperar, mas acho que alguns artistas devem ser homenageados sempre. Então por que não lembrar os 19 anos da morte de Miles Davis? É o que estou fazendo. Miles foi tocar o seu trompete divino para os anjos lá em cima no dia 28 de setembro de 1991, vítima de insuficiência respiratória. Ele tinha 65 anos. Tempo suficiente para deixar umas coisinhas por aí, como "Kind of blue" (1959), "E.S.P." (1965), "Filles de Kilimanjaro" (1968), "Bitches brew" (1970), "Live-evil" (também de 70)... Precisava de mais alguma coisa? É por isso que a gente tem que se lembrar sempre de Miles Davis.



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Eu me lembro que no mesmo dia em que levei pra casa o "Strangeway, here we come", eu comprei também o "Music for the masses", do Depeche Mode. E qual não foi a minha surpresa ao constatar, essa semana, que ambos os discos foram lançados no mesmo dia: 28 de setembro de 1987. O Depeche Mode é aquele tipo de banda que eu nunca sei dizer qual é o melhor álbum. Tudo depende do meu estado de espírito. Ultimamente ando mais para "Songs of faith and devotion" (1993) e "Exciter" (2001) do que para "A broken frame" (1982), por exemplo. Mas a minha música preferida do Depeche Mode nunca muda. E o seu nome é "Never let me down again", faixa de abertura de "Music for the masses", que, aliás, ainda conta com outros clássicos, como "Strangelove", "Behind the wheel" e "Little 15". Com muitas guitarras (uma novidade no som do Depeche Mode), esse sexto trabalho do Depeche Mode é um dos álbuns mais vendidos da banda, com quase oito milhões de cópias espalhadas pelo mundo.



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Dia 28 de setembro de 1987. Essa foi a última oportunidade que os fãs do The Smiths tiveram para correr a uma loja e comprar, no dia do lançamento, um álbum da banda de Manchester. "Strangeway, here we come" foi o último disco de canções inéditas de uma das bandas mais amadas da história do rock. Formado por Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce, o Smiths passava por problemas de relacionamento - especialmente entre Moz e Marr, dois geniozinhos pra lá de geniosos. O canto do cisne do conjunto alcançou o segundo posto da parada britânica de discos, e continha clássicos como "Last night I've dreamt that somebody loved me", "I started something I couldn't finish", "Girlfriend in a coma" e "Rush and a push and the land is ours". Foi o primeiro e último álbum do Smiths que tive o prazer de comprar na semana do lançamento.



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Mais umazinha dele??



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Eu vou dizer que tem uns artistas que eu sinto saudade de verdade. E são aqueles que sempre me diziam algo com suas letras. Chorei semanas a morte de Renato Russo. Não porque estava perdendo a Legião Urbana. Na verdade, eu sentia que estava perdendo uma espécie de irmão mais velho. Outro artista que aconteceu isso foi Tim Maia. Para mim, o mais impressionante nele era a sua capacidade de agradar (e conquistar) todas as classes sociais. Todo mundo gostava do Tim Maia. E não tinha como não gostar dele. Nelson Motta, que o conheceu muito bem, escreveu a seguinte introdução em seu livro "Vale tudo - O som e a fúria de Tim Maia": "Minha filha ganhou um gatinho e contei a Tim que ela ia dar o seu nome ao bicho. Ele adorou: 'Já sei, porque é preto, gordo e cafajeste!' O gato era cinzento, magrinho e carinhoso, e só nos deu amor e alegria". Tim Maia estaria completando 68 anos hoje.

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Ô saudade!

27 de set. de 2010

Francisco Alves, Rita Lee, Renato Barros, Meat Loaf, Dave Matthews Band, MGMT, Vanessa da Mata, Daft Punk, Paul McCartney, Flaming Lips, Ronald Golias

Vamos finalizar o post de hoje rindo um pouco? Então segura aí! Cinco anos de saudade de Ronald Golias, um dos gênios do humor... Faz falta.



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Mais doido que o Flaming Lips só mesmo o novo videoclipe ("See the leaves") do... Flaming Lips. Não tenho razão??



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"I READ THE NEWS TODAY, OH BOY...": O site oficial de Paul McCartney ainda não confirmou, mas o São Paulo Futebol Clube adiantou que o estádio do Morumbi está reservado para dois shows do ex-Beatle em novembro. As apresentações aconteceriam nos dias 21 e 22 de novembro. Agora "só" falta a PlanMusic confirmar para a gente já poder começar a sonhar.

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O Daft Punk revelou a capa (acima) e a data de lançamento da trilha sonora de "Tron: Legacy", pela qual é responsável. O álbum chega às lojas no dia 22 de novembro, via Disney Records. De acordo com o release do álbum, o Daft Punk gravou a trilha com "uma sinfonia de uma centena de músicos em Londres". Uma prévia do som pode ser ouvida no vídeo abaixo.



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Taí a capa do novo álbum de Vanessa da Mata, "Bicicletas, bolos e outras alegrias", que a Sony Music lança até o final dessa semana. Em seu quarto trabalho de estúdio, a cantora apresenta 12 faixas inéditas, incluindo "Quando amanhecer", que conta com a participação especial de Gilberto Gil. O primeiro single do álbum é "O tal casal" (videoclipe abaixo), que já vem tocando nas rádios. A relação de faixas do álbum é a seguinte: "O tal casal", "Fiu fiu", "Te amo", "Meu aniversário", "Vê se fica bem", "Bolsa de grife", "As palavras", "Bicicletas, bolos e outras alegrias", "Vá", "Moro longe", "O masoquista e o fugitivo" e "Quando amanhecer".



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Depois de lançar um dos álbuns mais doidos do ano, o MGMT levou um puxão de orelhas da gravadora. O vocalista Andrew Van-Wyngarden disse ao Daily Record que a gravadora quer "menos liberdade criativa" no próximo álbum. O motivo são as baixíssimas vendas de "Congratulations". O vocalista ainda disse que a gravadora "estará mais envolvida" na produção do álbum. "Já temos ideias em direções diferentes para o próximo trabalho. Estamos menos ansiosos, em um estado de espírito melhor do que em 'Congratulations'", completou Van-Wyngarden.

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Chega às lojas na semana que vem, o CD/DVD "Acústico MTV II" (capa acima), de Lulu Santos. O programa, que estreou nesse fim de semana na MTV, traz sucessos que não foram executados no primeiro "Acústico" do compositor, gravado em 2000, além da inédita "E tudo mais". O repertório do CD/DVD é o seguinte: "E tudo mais", "Papo cabeça", "Um pro outro", "Dinossauros do rock", "Vale de lágrimas", "Tudo azul", "Minha vida", "O óbvio" (part. esp. do baixista Jorge Aílton nos vocais), "Adivinha o quê" (part. esp. de Marina De La Riva), "Brumário", "Baby de Babylon", "Já é!", "Pra você parar" e "Auto estima". O vídeo de "Tudo azul", extraído do programa, está logo aí abaixo.



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Logo aí abaixo eu falei do álbum de estreia do Meat Loaf. O problema de gravar um excelente disco de estreia é que depois fica difícil se superar. Aì vem aquele rótulo: "a estreia foi boa, mas depois...". Hoje faz 16 anos que a Dave Matthews Band lançou o seu primeiro álbum gravado em estúdio - anteriormente o grupo lançara, de forma independente, o ao vivo "Remember two things" (1993). "Under the table and dreaming" foi uma excelente estreia. Faixas como "Ants marching", "The best of what's around" e "Jimi thing" estão aí para provar. Mas, felizmente, a banda ainda conseguiu se superar nos posteriores "Crash" (1996) e "Before these crowded streets" (1998). Daqui a poucos dias, teremos mais uma oportunidade de ver a banda em ação aqui no Brasil. Vale lembrar que o último show deles aqui no Rio durou três horas e quarenta minutos. Assisti a um show dessa nova turnê em Tampa e gostei muito. A agenda de shows do dia 08 de outubro está conconcorrida. Mas Caetano Veloso e Bon Jovi que me desculpem. Eu não troco um show da Dave Matthews Band.



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Nem só de Música Popular Brasileira vive o dia 27 de setembro. Então, hoje vamos dar os parabéns a Michael Lee Aday, mais cnhecido como Meat Loaf, que faz 63 anos. Ator e músico, Aday se destacou mesmo no Meat Loaf, banda que estreou em 1971 com o álbum "Bat out of hell". Estreou muito bem, é verdade. O problema é que ele nunca mais conseguiu se superar, gravando álbuns bem irregulares em seguida.



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E já que estou falando de Música Popular Brasileira, lembro que hoje é o aniversário de Renato Barros (27/09/1943), líder do Renato e Seus Blue Caps, banda que estourou na época da Jovem Guarda, e que existe até hoje - são quase 50 anos em atividade. Tudo bem, a banda vive mesmo do passado, e não grava nada de novo faz muitos anos. Mas é sempre divertido relembrar coisas como "Menina linda", "Não te esquecerei" e "Primeira lágrima". Para quem curte, recomendo o box "Renato e Seus Blue Caps", que o Marcelo Fróes produziu para a Sony Music, há uns quatro anos. A caixa traz toda a obra da banda gravada entre 1965 e 1981, em 16 CDs (15 originais e um de raridades).



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Bom dia, pessoal! Mais uma semaninha que se inicia, com um tempo nada agradável. Mas, tudo bem, daqui a pouco já é sexta-feira e tudo volta a ficar bom de novo. Por ora, a gente segue aqui trabalhando. E hoje tenho um bom motivo para escrever algumas coisas por aqui. Dia 27 de setembro! Sabe que dia é hoje? Hoje é o Dia da Música Popular Brasileira. Motivo? Foi em um dia 27 de setembro (de 1952) que o cantor Francisco Alves partiu dessa pra melhor. Aí, alguém instituiu o dia de hoje como o dia da MPB. Em tempos tão estranhos para a nossa música (no qual bandas coloridas ganham todos os prêmios possíveis), a minha singela homenagem vai no videoclipe abaixo. Rita Lee perguntava há 34 anos: "Ai, ai, meu Deus, o que foi que aconteceu / Com a música popular brasileira?". Hoje em dia, então, nem se fala...

26 de set. de 2010

Resenhando: Zeca Baleiro, Band Of Horses, Gaslight Anthem, Jónsi, RPA & The United Nations Of Sound

“Concerto” / “Trilhas”– Zeca Baleiro
Como já havia feito anteriormente, em seu “O coração do homem bomba” (2008), Zeca Baleiro chega às lojas em dose dupla. Estreando o seu selo Saravá Discos, o compositor maranhense lançou, na semana passada, “Concerto” e “Trilhas – Música para cinema e dança”, álbuns com conceitos tão diferentes, mas que não deixam de ser complementares. “Concerto” é uma espécie de show acústico (só os violões de Zeca, Swami Jr e Tuco Marcondes, além de Evaldo Moura, nos “efeitos e texturas”, como diz o encarte), mas com um repertório bem diferenciado. Ao invés de velhos sucessos, Zeca optou por inéditas e covers, que foram escolhidas pelo público através de votação no site do artista. Dentre as inéditas, se destacam “A depender de mim” (na qual Zeca destila a sua típica ironia: “A depender de mim / Os psicanalistas estão fritos / Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos / Com aspirina, amor ou com cachaça”) e “Canção pra ninar um neguim”, escrita no ano de 1993 (mas só gravada agora), em homenagem a Michael Jackson. Dentre as regravações, vale citar “Eu não matei Joana d’Arc” (do Camisa de Vênus) e “Autonomia” (Cartola). Já “Trilhas” é um CD essencialmente autoral. Das 12 faixas, apenas “Cunhataiporã” (Geraldo Espíndola) não foi assinada por Baleiro. As outras 11, apesar de terem sido compostas para espetáculos distintos, soam herméticas, fazendo de “Trilhas” um “álbum de carreira de verdade” e não uma “mera coletânea”. “Carmo” (composta para o filme “Carmo”) é uma das letras mais fortes de Baleiro, enquanto a sonoridade resvala em um delicioso pop adornado pelo violoncelo de Jonas Moncaio. Já “Quem não samba chora” (do espetáculo “Geraldas e Avencas”) e “Samba do balacobaco” (do espetáculo “Cubo”) são duas das composições mais divertidas de Baleiro. Para o fã, a dificuldade mesmo será escolher qual é o melhor: “Concerto” ou “Trilhas”?

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“Infinite arms” – Band Of Horses
Formada em Seattle, berço do grunge, no ano de 2094, a Band Of Horses chega agora ao seu terceiro álbum, “Infinite arms”. Os dois primeiros – “Everything all the time” (2006) e “Cease to Begin (2007) –, apesar de não terem acontecido, fizeram com que a banda ganhasse um merecido respeito. Ambos foram lançados pelo selo Sub Pop, o mesmo que lançou o Nirvana. “Infinite arms”, por sua vez, saiu por uma grande gravadora (a Columbia), e, por conta disso, algumas mudanças já são mais perceptíveis. Não que tenham sido para pior, mas é possível notar que o som do Band Of Horses ficou um pouquinho mais comercial. Mas não foi só isso que definiu a mudança de sonoridade. O conjunto passou por algumas mudanças em sua formação, sendo que a mais sensível foi a saída de Matt Brooke, um de seus principais compositores. “Infinite dreams” é, essencialmente, um conjunto de músicas que mistura um rock com cores épicas a uma pitada de folk, além de harmonias viajantes, bem parecidas com as do Fleet Foxes. Não dá para dizer que o som seja lá muito original. Mas algumas canções se deram bem nessa misturada toda, como a pra lá de pop “Laredo”, a legalzinha “Dilly” (com um gostinho de Beach Boys, tanto na melodia marcante, como nos backing vocals) e “For Annabelle”, uma canção que deixaria uma dupla como Simon & Garfunkel bem (mais bem mesmo) orgulhosa. Vale a pena dar uma escutada.

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“American slang” – Gaslight Anthem
Assim como o Band Of Horses, o Gaslight Anthem também chega ao seu terceiro álbum. “American slang” (lançado apenas lá fora) sucede a “Sink or swim” (2007) e “The ‘59 sound” (2008), e, assim como “Infinite dreams” (do Band Of Horses) marca uma mudança (ainda que não tão visível) de sonoridade na banda de Brian Fallon. O estilo mais puxado para o punk ficou um pouco de lado para dar lugar a um rock mais tradicional, no melhor estilo... hum... Bruce Springsteen, não por acaso, um dos heróis de Fallon. Se as rapidinhas “Stay lucky” e “Boxer” ainda fazem lembrar o som do Gaslight Anthem nos álbuns anteriores, o que predomina mesmo é uma sonoridade, digamos, mais madura (odeio essa palavra), como na faixa “Old haunts” e na deliciosa “The diamond church street choir”. “The queen of lower Chelsea” é mais lenta e cheia de guitarra slide. Mas a melhor mesmo é a faixa-título, na qual o Gaslight Anthem consegue aliar, sem esbarrar nos clichês, um pop-rock chiclete e viciante, com uma letra bacana pacas. Se você fechar os olhos, dá até para imaginar Bruce Springsteen cantando a música. “American slang” não vai salvar o rock. Mas a verdade é que, na atual era da “melhor banda de todos os tempos da última semana”, o Gaslight Anthem faz música de qualidade – e divertida. Bem diferente de 95% do que tem surgido por aí na hypação das NMEs e afins.

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“Go” – Jónsi
Os fãs do Sigur Rós não precisam reclamar do hiato anunciado pela banda no início do ano. Isso porque Jónsi, o seu vocalista e principal letrista, lançou um álbum solo. E “Go” já merece duas observações de cara: 1) é bem parecido com os trabalhos anteriores do Sigur Rós e; 2) consegue ser melhor do que eles. As rebuscadas texturas sonoras do Sigur Rós estão em “Go”. Tudo bem, talvez elas estejam um pouquinho mais pesadas. Mas quer saber? Ficou melhor assim. O último álbum da banda islandesa, o bom “Með suð í eyrum við spilum endalaust” (2008), em alguns momentos soou megalomaníaco demais, com o uso de grandes orquestras e tal. “Go” é mais discreto, mais elegante, enfim, mais agradável de ouvir. A faixa de abertura, “Go do”, com o típico falsete da voz de Jónsi, é uma de suas melhores músicas. Mesmo com todas aquelas texturas sonoras típicas do Sigur Rós, “Go do” soa muito mais hermética. Como se tivesse sido mais bem acabada. A rapidinha “Animal arithmetic” diverte, enquanto “Singing friendships”, com o seu belo arranjo vocal envolto a uma sonoridade quase etérea é um dos momentos mais brilhantes do álbum. “Grow till tall” segue o mesmo estilo, dando até para imaginar um bando de anjinhos descansando em cima de felpudas nuvens imaginárias. Se você achou tudo isso um pouco difícil demais para os seus ouvidos, coloque para tocar “Boy lilikoy”, um pop bem doce que dificilmente vai sair da sua cabeça por umas 24 horas. E, ao final das nove faixas, a certeza que fica é que o Sigur Rós nem faz tanta falta assim.

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“RPA & The United Nations Of Sound” – RPA & The United Nations Of Sound
Se você está precisando de uma dica de um álbum bem chato, anota aí: o trabalho de estreia do RPA & The United Nations Of Sound. O tal RPA significa Richard Paul Ashcroft, ex-cabeça do The Verve (uma das bandas mais importantes do britpop, ao lado do Oasis e do Blur), e que escreveu “Bittersweet symphony”, uma das músicas pop mais belas de todos os tempos. Já a tal United Nations Of Sound é a banda que acompanha Ashcroft. Ou seja, ele desfez o The Verve para seguir uma carreira solo meio que disfarçada. E, a julgar por esse primeiro álbum, certamente, ele deve estar bem arrependido. São 12 faixas que não dizem muita coisa. A sonoridade delas é bem diversificada. E, decididamente, não formaram um conjunto – ou um álbum, se preferir. O abuso de elementos eletrônicos é outro ponto que deixou o álbum bem cansativo. Por que explodir o Verve para gravar coisas como a enjoada “Born again”, que mais parece uma música nova do Bon Jovi? Por que explodir o Verve para gravar “Life can be so beautiful”, certamente, a letra mais constrangedora do ano? Por que explodir o Verve para gravar “Beatitudes”, que mais parece Britney Spears tentando fazer rock? Tudo bem, “Good lovin’” (no melhor estilo The Verve) e “Glory” se salvam. Mas desconfio que já seja tarde demais. Tomara que Liam e Noel Gallagher, em seus novos projetos, não façam nada parecido.

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Abaixo, a canção “Laredo”, da Band Of Horses, gravada ao vivo no programa de David Letterman.

25 de set. de 2010

John Bonham, INXS, Gal Costa, Kid Abelha, Baden Powell, Dan Stulbach, LCD Soundsystem, Elis Regina & Dom Salvador, Eels, Cony

O LIVRO DA SEMANA: Finalmente arrumei tempo para terminar de ler "Eu, aos pedaços", de Carlos Heitor Cony. Um dos grandes livros da minha vida é "Quase memória", um "quase romance", no qual Cony retrata a relação com o seu pai. "Eu, aos pedaços" não é um romance - e, na verdade, não chega nem a ser um "quase romance". Editado pela Leya, o livro apresenta várias crônicas que Cony escreveu em sua carreira. Todas elas falam sobre a sua vida. Então "Eu, aos pedaços" é uma "quase autobiografia"? Pode ser que sim. Mas o escritor não segue uma cronologia na ordenação dos fatos, preferindo dividir as crônicas por assunto, como Infância, Família, Jornalismo, Relações, Política etc. Alguns dos melhores momentos do livro são quando o autor fala sobre o golpe militar de 1964. É possível (quase) sentir o terror na pele, no último capítulo do livro, "A revolução dos caraguejos". Também são interessantes os textos mais pessoais de Cony, especialmente o delicioso "Uma noite no Scala" (sobre uma apresentação de "La Bohème", em Milão) e o engraçadíssimo "Minha noite com Raquel Welch". No texto "Enquete", Cony responde a seguinte pergunta: "Qual é para você o cúmulo da miséria?". Resposta: "Trabalhar". E dessa forma, me despeço de vocês por hoje. Até mesmo porque hoje é sábado.

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No início do ano, o vocalista do Eels, Mark "E" Everett, foi detido na Inglaterra. Motivo: suspeito de terrorismo. O troco veio agora, no videoclipe de "Baby loves me", no qual Londres é retratada como uma cidade de brinquedo. Legal!



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UMA MÚSICA PARA O FINAL DE SEMANA: "Uma vida", com Elis Regina, Dom Salvador e banda Abolição. Charles Gavin me apresentou a esse vídeo nessa semana, e eu pirei. Nunca vi a Elis Regina tão funkeada, com tanto suíngue. Simplesmente fantástico!



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Adorei o videoclipe de "Home", do LCD Soundsystem. Dirigido por Rick Darge, o vídeo não é oficial, eis que não foi aprovado pela banda. Mas que é muito bacana, ah, isso é...



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Finalizando as efemérides desse fim de semana, vou falar um pouco de televisão. Amanhã, o grande ator Dan Stulbach faz 41 anos. Corintiano doente, Dan fez grandes papéis na televisão, como o Edgard Legrand (em "Senhora do destino"), o Ricardo da Silva (de "Som e fúria"), o Léo (de "Queridos amigos")... Mas o melhor mesmo era aquele maluco do Marcos, em "Mulheres apaixonadas". Na época da gravação da novela, era comum as senhoras que estavams entadas ao seu lado no avião, pedirem para mudar de lugar. Foi um dos grandes papéis que já vi em uma novela. Vale lembrar aqui também o Clausewistz, da peça "Novas diretrizes em tempos de paz", que depois virou filme.



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Eu já separei aqui o box com a obra do Baden Powell. Isso porque amanhã é dia de homenagear o maior violonista do mundo. No dia 26 de setembro de 2000, Baden foi tocar o seu violão para os anjos lá no andar de cima. Pouco antes de sua morte (uns dois anos, acho), fui a um show do Baden, no Bar do Tom, que fica dentro da churrascaria Plataforma. Babei o show todo. No final, ele se sentou na mesa do lado da minha. Estava morrendo de vergonha de falar com ele. Mas, quando vi, um amigo meu já tinha me empurrado. Consegui pegar o autógrafo do mestre, que guardo com muito carinho até hoje. Pois é, Bruno, essa eu ainda te devo!



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O blog do Paulo Marchetti me informa que amanhã fará 25 anos que o Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens lançou o seu segundo álbum, "Educação sentimental". Assim como o disco de estreia, "Seu espião" (1984), o segundo LP mais parecia uma coletânea de sucessos. Sente só: "Lágrimas e chuva", "Educação sentimental I e II", "Os outros", "A fórmula do amor"... E como hoje eu estou nostálgico mesmo, bons tempos esses em que o rock brasileiro produzia algo de qualidade... Tenho pena da molecada que está crescendo ao som dessas bandinhas atuais. Ê tempinho vagabundo...



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Vamos agora falar dos aniversários bacanas de amanhã? Então vamos começar pela divina (adoro esse adjetivo) Gal Costa, que completa 65 anos nesse domingão. Nessa semana, eu comprei o box "Gal total", com toda a obra de Gal Costa na Polygram (atual Universal). Já tinha a maioria dos CDs, mas a caixa vale muito a pena, porque, além de contar com a arte original de cada álbum, vem com um som remasterizado excelente, e um CD duplo de raridades. E é impressionante notar como a carreira de Gal nos anos 60/70/início dos 80 foi coesa e íntegra. Poucos artistas conseguem gravar álbuns tão perfeitos. Os discos tropicalistas de 1969, o "Fa-Tal" de 71, o "Cantar" (de 1974, e com arranjos de João Donato), o "Gal canta Caymmi", para mim, o melhor songbook já gravado no Brasil... Enfim, muita coisa boa. Gal já anunciou que vai gravar um álbum de inéditas com produção de Caetano Veloso. Já estou ansioso...



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CULTURA INÚTIL DO DIA: Em 25 de setembro de 1910, o Botafogo deu de seis a um no Fluminense. Foi a maior goleada do Bota sobre o Flu em todos os tempos.

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Volta e meia eu lembro algum álbum aqui que está fazendo aniversário. Acho que é o que mais gosto de fazer nesse blog. E gosto mais ainda quando falo de um disco que eu comprei na época do lançamento. E esse é o caso de hoje. "X", do INXS, chegou às lojas em 25 setembro de 1990. Na época, meu colégio ficou um mês em greve. Nem preciso dizer qual foi a trilha sonora dessas férias que caíram do céu, né? "Suicide blonde", "By my side", "Disappear", "The stairs", "Hear that sound"... Eu considero "X" o melhor álbum do INXS ao lado do "Kick" (1987). Em 1991, a banda australiana fez o melhor show do Rock in Rio II (ao lado de Prince, Titãs e George Michael), com duas horas e meia de duração. Sinceramente, eu achei que o Maracanã poderia ter caído durante "Suicide blonde"...



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Responder qual o maior baterista da história do rock é tarefa das mais inglórias. Eu sempre fico com dois: John Bonham e Keith Moon. Inigualáveis na arte de tocar. Inigualáveis na arte de beber. Inigualáveis na arte de morrer. John Bonham se afogou em seu próprio vômito no dia 25 de setembro de 1980. Ele tinha apenas 32 anos de idade, provando que não é necessário viver tanto para entrar pra história. Confesso que solo de bateria não é o meu forte. Hoje em dia está até meio que em desuso nos shows de rock. Mas os solos de Bonham eram diferentes. Não tem como não escutar/ver "Moby Dick" e não ficar arrepiado. Concorda?



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Boa tarde, pessoal. Como vocês viram, hoje eu comecei o dia com o Queen. "Radio Ga Ga" foi escolhida para lembrar que hoje é o Dia do Rádio aqui no Brasil. A data foi escolhida em homenagem a Edgar Roquette-Pinto, que nasceu no dia 25 de setembro de 1884, e é considerado o "pai do rádio brasileiro". Ele foi o responsável pela implantação da primeira emissora de rádio no Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923. Eu sei que pouca gente ouve rádio nesses tempos de internet, mas eu ainda peguei um época na qual a gente tinha que ficar grudado em alguma estação de rádio para poder gravar aquela música que não tinha o disco. Tempos muitos mais bacanas do que os de hoje, quando temos tudo à disposição na internet, mas, ao mesmo tempo, ninguém assimila nada.

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24 de set. de 2010

Paul McCartney, Rolling Stones, Megadeth, Red Hot, Almodóvar, Canhoteiro, Radiohead, Suede, Bruce Springsteen, Pavement

O Pavement fez uma curiosa participação ontem no programa "Late Night With Jimmy Fallon". Curiosa porque, há umas duas semanas, a banda idealizou uma competição entre fãs, sendo que o vencedor ganharia o direito de tocar guitarra com o Pavement no programa. Steve Goss foi o vencedor e tocou com a banda. Veja o resultado:



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Foi liberado o trailer de "The promise: The making of Darkness on the edge of town", que documenta a gtravação do álbum de Bruce Springsteen. Tá logo aí embaixo. O DVD sairá em um box, no mês de novembro.



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O Suede programou para o dia 01º de novembro o lançamento da coletânea "The best of", que trará, em dois CDs, os seus maiores sucessos, como "Animal nitrate" e "Trash". Outras músicas são "Wild ones", "We are the pigs", "Can't get enough", "Sleeping pills" e "Pantomime horse". As faixas foram remasterizadas por Chris Potter. Entre novembro e dezembro, o Suede se reunirá novamente para shows na Grã-Bretanha.

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O baterista do Radiohead, Phil Selway, afirmou que a banda poderá lançar um novo álbum a qualquer momento. O Radiohead vai voltar ao estúdio na próxima segunda-feira para finalizar o trabalho no sucessor de "In rainbows" (2007). "Estamos retornando ao estúdio com os ouvidos frescos", disse o baterista, que também não sabe de qual forma as novas canções serão lançadas.

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Garrincha jogava muito e virou uma lenda. Canhoteiro jogava muito e não virou uma lenda. Dizem por aí que Canhoteiro fazia a mesma coisa que Garrincha, só que pelo lado esquerdo do campo. E dizem também que Canhoteiro era capaz de fazer embaixadinhas com uma moeda, e colocá-la dentro do bolso. Ah, e Pelé também disse que Canhoteiro era um de seus ídolos. Canhoteiro, que jogou no Paysandu e no São Paulo, nasceu em 24 de setembro de 1932. Morreu cedo, aos 41 anos. Mas ficou eternizado em duas das canções mais lindas sobre futebol.





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Quem entende de cinema tem alguma opinião formada sobre Pedro Almodóvar. E certamente essa opinião não vai variar muito. Ou ele é "gênio" ou é "um saco". Como não entendo de nada, e muito menos de cinema, prefiro não emitir opinião. Só sei que acho alguns de seus filmes muito bacanas. Os meus prediletos são "Carne trêmula", "Fale com ela", "Tudo sobre minha mãe" e "Má educação". Pedro Almodóvar nasceu em Calzada de Calatrava, na Espanha, no dia 24 de setembro de 1949. Ah, e depois me diga o que você acha dele: "um gênio" ou "um saco".



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Mais um disco? Só mais um. No dia 24 de setembro de 1991, chegava às lojas "Blood sugar sex magik", do Red Hot Chili Peppers. Um bom álbum, é verdade, e que marcou, para o bem e para o mal, a transição do indie para o mainstream do Red Hot Chili Peppers. Ninguém aguentava ouvir mais "Give it away" nas rádios em 1991. Depois foi a vez de "Under the bridge". E "Give it away" e "Under the bridge", para mim, são, talvez, as duas faixas mais fracas do álbum. Boas mesmo são "If you have to ask", "Suck my kiss" e "My lovely man". Nessas faixas, o RHCP mostrava aquele som funkeado bacana, sem concessões radiofônicas. "Blood sugar sex magik" foi o último grande álbum do Red Hot Chili Peppers.



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Hoje é um dia de grandes álbuns mesmo. Veja só que há 20 anos, o Megadeth lançava "Rust in peace", o seu grande álbum, e que tem que estar em qualquer top 5 sério de discos de trash metal. Fiquei fã do Megadeth por conta desse álbum. Apesar de ter sido pouco falado, o show do Megadeth no Rock in Rio II (quando eles estavam divulgando o disco), foi um dos melhores do festival. No dia da apresentação, Dave Mustaine machucou o braço enquanto surfava, e quase que o show foi cancelado. Agora, saiu um DVD com um show do Megadeth, no qual é recriado o álbum original. Ainda não vi. Mas posso recomendar aqui o box "Warchest", que tem um CD gravado ao vivo no Estádio de Wembley, em outubro de 1990. Fenomenal!



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Há muito tempo atrás, numa galáxia distante, algumas bandas lançavam álbuns diferentes no mercado internacional. Os primeiros discos dos Beatles, por exemplo, tinham versões britânica e norte-americana. As músicas variavam um pouco e a capa era sempre diferente. Os Rolling Stones também faziam isso com os seus primeiros álbuns. E hoje faz 45 anos que "Out of our heads", terceiro álbum da banda, foi lançado nos Estados Unidos. E ele é de grande importância para o sucesso dos Stones na terra do Tio Sam. Nesse álbum, a banda incluiu "(I can't get no) Satisfaction". Aí, já viu, né? O curioso é que a música não foi lançada na versão britânica, mas, tão somente, em formato de single. A relação de músicas de "Out of our heads" (versão americana) é a seguinte: "Mercy, mercy", "Hitch hike", "The last time", "That's how strong my love is", "Good times", "I'm all right", "(I can't get no) Satisfaction", "Cry to me", "The under assistant west coast promotion man", "Play with fire", "The spider and the fly" e "One more try".



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Ah, boa tarde, pessoal. Confesso que perdi a hora hoje... Ontem tive que fazer um trabalho imenso, fui dormir às seis da manhã, hora que eu tenho acordado ultimamente... Mas, vamos lá. Comecei a nossa história de hoje aqui com Paul McCartney. "No more lonely nights" é meio baba, né? Nem o Paul se lembra de tocá-la ao vivo. Mas fica a lembrança aqui dessa música lançada no dia 24 de setembro de 1984.

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