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8 de ago. de 2011

The Edge cinquentão; Dustin Hoffman setenta e quatrão; Ben Harper e um dos piores discos do ano; o novo do Kassin; e Queen para ouvir na ilha deserta.



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Para começar mais uma semana, só com música boa mesmo. E hoje eu escolhi “Layla”, do Eric Clapton, que, em outubro, volta ao Brasil para alguns shows. Eu estava dando uma olhada no set list dessa nova turnê e fiquei decepcionado, porque “Layla” aparece naquela versão acústica que ele gravou no “Unplugged MTV”. Ela é bacana, mas nada supera a original. Até mesmo porque aquele coda sensacional no piano ficou de fora da versão acústica.

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Taí, acho que “Layla” tem o coda mais bonito da história do rock. Né??

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Com a missão cumprida da “360º tour”, hoje, The Edge deve estar comemorando tranquilamente o seu aniversário de 50 anos. No último sábado, escrevi aqui no blog sobre o CD e o musical “Spider-Man – Turn off the dark”. Disse que é um musical tipicamente U2, por conta dos riffs de guitarra que são tão característicos a The Edge. O difícil é citar qual a minha música predileta do U2. Mas se eu tiver que citar qual é a participação mais importante do The Edge em uma música do U2, não teria dúvidas em arriscar essa aqui:



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No dia 08 de agosto de 1975, o gigante do jazz Cannonball Adderley passava dessa pra melhor. O saxofonista tocou com os mais importantes músicos de jazz (Milt Jackson, Miles Davis, Sarah Vaughan, Jon Hendricks, Oscar Peterson...) e manteve por vinte anos o seu próprio grupo.



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Abro um parêntese aqui para homenagear o melhor ator do mundo: Dustin Hoffman. Hoje ele faz 74 anos. Volta e meia eu cito aqui no blog o filme “A primeira noite de um homem”, uma das minhas obsessões cinematográficas. (Eu também sou uma flor de obsessão, vocês já devem ter sacado...) Mas hoje, eu vou dar uma variada...



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Plastics”??



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Do cinema para o esporte. E hoje não vou falar de futebol, mas de tênis. Isso porque o tenista Roger Federer completa 30 anos. Bom, na briga Federer x Nadal, eu fico com o espanhol. Mas vamos admitir que o Federer, se não chega a ser um Ivan Lendl (the best), é um puta tenista.



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Quando o Ben Harper se desligou da banda Innocent Criminals para gravar o álbum “White lies for dark times”, ao lado da Relentless7, muita gente torceu o nariz. A sonoridade de Ben Harper estava absolutamente ligada ao de sua antiga banda. Então, ficou aquela pergunta: “O que é que vem?” Veio um excelente disco, que ainda originou uma boa turnê, registrada no combo CD/DVD “Live from the Montreal International Jazz Festival”. De minha parte, comecei a achar o trabalho do Ben Harper com a Relentless7 superior aos discos gravados com a Innocent Criminals. Por isso, estava bem curioso com relação à “Give till it’s gone”, segundo álbum de estúdio que a Relentless7 acompanha o cantor. E eu vou dizer que a decepção não foi pequena não. “Give till it’s gone” é, de longe, o pior disco da carreira de Ben Harper. As músicas são fracas, a sonoridade é anêmica, e o álbum é sem pé nem cabeça. Juro que chega a doer no coração escrever isso. Mas é a verdade. Antes de ouvir o CD, li muitas críticas negativas sobre o álbum, tanto no Brasil, quanto na Inglaterra e nos Estados Unidos. Achei que pudesse ser uma “perseguição” ou algo do tipo. Mas não. “Give till it’s gone” é ruim mesmo. Nem mesmo algumas faixas melhorzinhas, como “Don’t give up on me now” e “Feel love” conseguem salvar alguma coisa. Fica para a próxima, Ben.



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A BBC Radio realizou uma enquete no sentido “qual gravação você levaria para uma ilha deserta”. A campeã foi “The lark ascending”, do compositor classic Ralph Vaughan Williams. Aliás, a música clássica imperou na lista. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, Edward Elgar (“Enigma variations”) e Ludwig van Beethoven (a sua nona sinfonia). Mas você imagina quem chegou na quarta colocação??



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A relação completa da BBC está aqui.

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A quem interessar possa, a Björk liberou mais uma faixa de seu novo álbum. “Virus” estará no álbum “Biophilia”, que chegará às lojas no dia 27 de setembro.



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Quem também liberou novidades na rede foi o compositor Kassin. “Sonhando devagar”, o seu novo álbum, que será lançado no dia 24 de agosto, em show no Centro Cultural Solar Botafogo, no Rio de Janeiro, já pode ser ouvido em streaming aqui. Está descendo muito bem.

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A grande notícia do dia foi o anúncio do lançamento do álbum solo de Brett Anderson, o gênio do Suede. “Black rainbows” (capa acima) sairá no dia 26 de setembro. De acordo com o compositor, o disco é “agitado, barulhento e dinâmico. Guitarras elétricas, baixo, bateria e vocais – sem tocadores de flauta, sem cordas, sem truques, apenas paixão.” O primeiro single, “Brittle heart”, está previsto para ser lançado em 15 de agosto.

28 de out. de 2010

Garrincha, Zélia Duncan, Ben Harper, Queen, Diogo Vilela, Foo Fighters, MJ, Velvet Revolver, Bob Dylan, Suede, Batman, Gorillaz, Mogwai, Drums, Lennon

Fantástico o esporro de John Lennon... Hehehe...



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Que tal o novo videoclipe do The Drums, "Me and the moon", hein?? Eu gostei...



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A banda escocesa Mogwai anunciou em seu site oficial que vai lançar um novo álbum, "Hardcore will never die, but you will", no dia 14 de fevereiro do ano que vem. A produção ficou a cargo, mais uma vez, de Paul Savage. As faixas do novo disco são as seguintes: "White noise", "Mexican grand prix", "Rano pano", "Death rays", "San Pedro", "Letters to the metro", "George square Thatcher death party", "How to be a werewolf", "Too raging to cheers" e "You're Lionel Richie".

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Já está disponível na iTunes Store, o novo EP do Gorillaz, "iTunes session" (capa acima), com oito faixas ao vivo, além de uma entrevista de 37 minutos com Murdoc Niccals e 2D. No dia 22 de novembro, a banda de Damon Albarn lançará o single "Doncamatic (All played out)". O repertório de "iTunes session" é o seguinte: "Clint Eastwood", "Dirty Harry", "Feel good Inc", "Kids with guns", "Stylo", "Glitter freeze", "On melancholy hill" e "Rhinestone eyes".

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O terceiro filme da nova série do Batman vai se chamar... "The dark knight rises". Bem original, não?? O britânico Christopher Nolan será novamente o diretor, e Christian Bale fará o papel principal.

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Na noite de ontem, o Suede se apresentou no pequeno Bush Hall, em Londres. Foi uma espécie de aquecimento para o show que acontecerá na O2 Arena, na mesma cidade, no dia 07 de dezembro. Brett Anderson e companhia apresentaram 19 músicas, incluindo os sucessos "Killing of a flashboy", "Trash" e "To the birds", que farão parte da coletânea "The best of Suede", que será lançada no Reino Unido, na próxima segunda feira. O setlist do show foi o seguinte: "This Hollywood life", "Killing of a flashboy", "Trash", "Filmstar", "Animal nitrate", "Heroine", "Pantomime horse", "My insatiable one", "The drowners", "She", "Can't get enough", "Everything will flow", "The asphalt world", "So young", "Metal Mickey", "The wild ones", "New generation", "Beautiful ones" e "To the birds". Dá pra sentir o gostinho com o vídeo abaixo...



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Parece que agora o Velvet Revolver vai voltar mesmo. Em entrevista à Kerrang!, o guitarrista Slash confirmou que está procurando um novo vocalista para substituir Scott Weiland. A banda, inclusive, já estaria testando novos cantores em estúdio. "Estamos experimentando dois caras, nesse momento. Vamos ver no que vai dar. Vocês não devem conhecer um deles. O outros, vocês, definitivamente, conhecem", disse o guitarrista. Pela internet, rolam boatos que Mike Patton (Faith No More) seria o futuro vocalista da banda. Mas Slash negou mais uma vez. "É definitivamente um boato. Mas eu adoro o estilo vocal do Mike."

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"Thriller", de Michael Jackson, vai virar filme. Diversos estúdios de Hollywood estão interessados em levar o sucesso que MJ gravou em 1982 para as telas. Sites especializados em cinema estão noticiando que o coreógrafo Kenny Ortega deve dirigir o filme. O filme vai contar a história da própria música, ou seja, uma extensão do clássico videoclipe. Vamos ver o que que sai...

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Dave Grohl deve estar com saudades do Nirvana. Explico: já em estúdio gravando o novo álbum do Foo Fighters, Grohl convocou o produtor Butch Vig para produzir o álbum - ele também foi o resposnável por "Nevermind" (1992)-, e o baixista Krist Novoselic para participar de uma faixa do novo álbum. "Ele apareceu aqui em uma noite, e tocou baixo numa canção", disse Grohl à BBC. Bob Mould, do Hüsker Dü, também participa do disco. O Foo Fighters já marcou shows em Londres, no mês de julho de 2011.

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Partindo para a televisão, hoje vamos lembrar também de Diogo Vilela, um dos grandes atores do país. Pode ser na comédia ou no drama, Diogo é um dos melhores atores que já vi atuar. Sempre na dele, longe dos holofotes, ele só aparece mesmo quando é para mostrar a sua arte. A primeira recordação que tenha dele na televisão foi na novela "O sexo dos anjos", de 1983. Depois, Diogo apareceu em "Sassaricando" (1987), "Deus nos acuda" (1992), "Quatro por quatro" (1994), entre outras. Isso sem contar, claro, com o "TV Pirata", o melhor humorístico que já vi na TV, e no "Toma lá, dá cá". Diogo Vilela faz 53 anos hoje. Parabéns!



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No dia 28 de outubro de 1977, o Queen lançava um de seus álbuns mais importantes: "News of the world". Bom, quase todos os álbuns do Queen podem ser chamados de "importantes". Mas esse é diferente. A começar pela dobradinha inicial "We will rock you" / "We are the champions", que passou a encerrar todos os shows da banda de Freddie Mercury, até o derradeiro, no Knebworth Park, no verão inglês de 1986. Além dessas duas faixas, que, sim, valem o disco, o Queen ainda soava mais roqueiro do que nunca, em canções como "Sheer heart attack" e "Get down, make love". E o que dizer das pungentes "Spread your wings" e "My Melancholy blues"? Pois é... É um clássico de verdade.



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Quem faz 41 anos hoje é o músico norte-americano Ben Harper. Confesso que sempre tive uma certa implicância com Ben Harper. Achava aquele rock estilo meio surfista um pouco aguado. Até que Ben Harper lançou o álbum "White lies for dark times" (2009), com a sua nova banda, a Relentless7. Putz, que som, bicho. Chapei. Melhor ainda foi o DVD ao vivo que veio em seguida: "Live from the Montreal International Jazz Festival" (2010). A banda em cima do palco é impressionante. E, além das canções próprias, ela apresentou uma versão antológica (veja bem: antológica mesmo!!) de "Under pressure", que o Queen e o David Bowie gravaram em 1981. Se todos os covers fossem feitos assim...



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Hoje está tendo festa lá em Niterói também! A grande Zélia Duncan completa 46 anos atravessando grande momento em sua carreira. O seu último trabalho, "Pelo sabor do gesto", para mim, foi o melhor álbum brasileiro de 2009, e "Telhados em Paris", a melhor música. Escrevi isso no SRZD quando fiz o balanço do ano passado. E não mudei de opinião não. Zélia está sendo corajosa ao apresentar todas as músicas desse novo álbum no show. Poucos artistas fazem isso. Mas ZD tem certeza da qualidade de seu trabalho. E o show rtealmente é fantástico. Tomara que saia em DVD.



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UMA PAUSA PARA A PROPAGANDA: Já que a gente tem que aturar Dilma e Serra na televisão todo dia pedindo o nosso voto, vou aproveitar o espaço aqui para pedir um voto para quem realmente merece. O livro "O leitor apaixonado", de Ruy Castro, está concorrendo ao prêmio Jabuti de melhor livro de 2009. Para votar, é molinho. Basta clicar aqui, digitar e-mail e CPF, votar no melhor livro de ficção (Chico Buarque está concorrendo), e depois no melhor livro de não-ficção, onde entra "O leitor apaixonado". Não perdi mais de 30 segundos para votar.

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Outro dia falei aqui sobre os 70 anos do Pelé. E hoje vou homenagear aquele que talvez seja o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos: Garrincha. Se vivo fosse, Mané estaria completando 77 anos hoje. Não é preguiça não, mas acho que não vale a pena ficar aqui citando os feitos de Garrincha, se a melhor biografia brasileira versa exatamente sobre o craque. Eu li "Estrela solitária: Um brasileiro chamado Garrincha", de Ruy Castro, logo que saiu. Devia ter uns 13 anos. E chorei bastante com a história do Mané. Mesmo para quem não gosta de futebol, é altamente recomendável. Outro momento que não me esqueço foi o show "Verde anil amarelo cor de rosa e carvão", de Marisa Monte. Durante a música "Balança pema", de Jorge Ben, os telões ao fundo do palco passavam imagens de dribles fantásticos do Garrincha. Tudo a ver com a música. Dá para relembrar com o vídeo abaixo. E salve Mané!



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20 de out. de 2010

Tom Petty, U2, Engenheiros do Hawaii, MTV, Luiz Carlos da Vila, Bruce Dickinson, INXS, Beethoven

Para quem curte a 5ª Sinfonia de Beethoven...


Beethovens Fifth Symphony, Salsa-Style - Watch more Funny Videos

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John Mayer, Rob Thomas e Ben Harper vão se juntar aos integrantes do INXS para um tributo em homenagem ao falecido vocalista Michael Hutchence. O álbum "Original sin" chegará às lojas em janeiro, com novas versões para antigos sucessos da banda australiana. O elenco e as músicas ainda não estão fechadas, mas Ben Harper interpretará "Never tear us apart", enquanto "Beautiful girl" ganhará a voz de Pat Monaghan, do Train.

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Uma notícia meio nada a ver que eu pesquei na BBC, mas achei interessante. Todo mundo já sabe que Bruce Dickinson, além de vocalista do Iron Maiden, mestre em História e lutador de esgrima, é piloto de aviões. Ele, inclusive, já transportou a sua banda na última turnê. Agora, é a vez do time de futebol do Liverpool. À príncípio, Dickinson voaria para a Islândia, mas preferiu ir para Nápoles. "Muito mais interessante", disse. Por coincidência, o time do Liverpool está embarcando para lá, onde enfrente o Napoli, na próxima quinta. Que ele traga sorte aos Reds...

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No meu top 5 de grandes sambistas eu incluo, fácil, o nome de Luiz Carlos da Vila. Integrante da ala de compositores da Unidos de Vila Isabel, Luiz Carlos da Vila compôs o samba-enredo "Kizomba - A festa da raça", que deu o primeiro título à escola, em 1988. De sua autoria também, sambas como "O show tem que continuar", "Por um dia de graça", "Doce refúgio" e "O sonho não acabou", gravados por Beth Carvalho, Jorge Aragão, Nara Leão, Simone, Martinho da Vila, entre outros. Dois anos de saudade. Mas o show continua...



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Abaixo, eu escrevi que passei um mês inteiro ouvindo o mesmo disco. Para a geração que já cresceu com a internet, parece coisa de maluco. Hoje, em dois minutos dá pra baixar a discografia toda de qualquer banda (eu disse "baixar", porque "escutar" é outra história, nesses tempos com tanta oferta). Mas, naquela época, o jeito era pedir um disco de presente e aproveitar. Ele seria o seu companheiro diário por muitas e muitas semanas. Com relação aos videoclipes, acontecia a mesma coisa. Hoje, temos o YouTube. Mas, nos anos 80, tínhamos um programinha ou outro na televisão que passava clipes. Até que a MTV chegou. E foi no dia 20 de outubro de 1990. Comprei uma antena UHF e o aparelho de televisão só dava MTV. Passava a tarde toda com o controle remoto do vídeo cassete na mão para gravar os meus videoclipes. Ah, eu também ligava para votar nos meus clipes prediletos no "Disk MTV". O tempo passou, e a MTV foi responsável por alguns grandes álbuns acústicos, até perder a sua relevância. Uma pena que uma emissora tão importante na formação musical de tantos jovens tenha celebrado coisas como o Restart em seu último VMB. Eu preferia a MTV na época em que a gente podia, simplesmente, ver videoclipes - coisa em extinção em sua grade atualmente. E, de preferência, videoclipes como esse...



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Um dos álbuns mais fundamentais da história do Rock Brasil também faz aniversário hoje. O blog do Paulo Marchetti informa que "A revolta dos dândis", segundo (e melhor) álbum dos Engenheiros do Hawaii, foi lançado a 20 de outubro de 1987. Esse disco foi a trilha sonora das minhas férias de fim de ano de 87. Passei quase um mês inteiro na casa da vovó, com direito a bolo de chocolate, sovete de flocos, Nescau, Leite Moça da chocolate e "A revolta dos dândis". Foi o único disco que levei para ouvir o mês todo. E não me cansei de ouvir não. Cada dia eu tinha uma música predileta. Atualmente, acho que, nada na obra dos Engenheiros barra a música "A revolta dos dândis". Mas o que dizer de versos como "A juventude é uma banda / Numa propaganda de refrigerantes", de "Terra de gigantes"? Não tem muito tempo, uma banda aí que se dizia cheia de princípios estava fazendo tal propaganda, né? Mais visionário, impossível... E "A revolta dos dândis" ainda tinha "Infinita highway", "Refrão de bolero", "Além dos outdoors"... Ainda querem falar mal?



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Anteontem, o U2 anunciou os seus planos de lançar um novo álbum no início de 2011. E o Brasil tem muitas chances de ser um dos primeiros países a assistir a um show desse novo álbum. Mas hoje eu vou falar aqui do primeiro disco do U2. "Boy" chegou às lojas no dia 20 de outubro de 1980. Para o fã mais recente do U2, quanta diferença, não? Em "Boy", a banda irlandesa fez um som cru, roqueiro até a alma, bem diferente do rock de arena de hoje. Não estou criticando o som atual do U2, talvez a banda mais importante do rock nos últimos 20 anos, mas que ela era muito mais divertida no início dos anos 80, ah, isso era. Não à toa, o U2, volta e meia, tenta fazer um retorno às raízes - na "Vertigo tour", eles apresentaram várias faixas de "Boy" para um público que, em sua maioria, nem era nascido quando de seu lançamento. E o que "Boy" mais tem é música boa: "I will follow", "Out of control", "An cat dubh", "A day without me", "The electric co."... Discaço! Para quem ainda não tem, vale a pena correr atrás da edição dupla, cheia de raridades, que saiu em 2008.



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Boa tarde, pessoal. Como vamos? Olha só: hoje tem um bando de coisa legal para falar aqui. E eu quero começar com um dos meus heróis. Tom Petty completa 60 anos hoje. Líder dos Heartbrakers e um dos integrantes do maior "supergrupo" de todos os tempos (o Traveling Wilburys, que falei aqui não tem muito tempo), Petty, na minha opinião, é um dos artistas mais subestimados da história do rock, fora dos Estados Unidos. Grande guitarrista, excelente compositor e, sim, bom cantor, ele gravou álbus dignos de antologia, a começar pelo seu último trabalho, "Mojo" (de 2010, e também já resenhado aqui no blog), passando pelo álbum de estreia, "Tom Petty & the Heartbreakers" (1976), por "Full moon fever" (de 1989, com participação dos integrantes dos Wilburys) e, claro, pelo seu disco mais emblemático, "Damn the torpedoes", de 1979. Sessenta anos bem aproveitados, eu diria. Só falta uma visitinha ao Brasil.

9 de mai. de 2010

Resenhando: Rufus Wainwright, Ben Harper, Cidade Negra, Slash, Guns n’ Roses

“All days are night: Songs for Lulu” – Rufus Wainwright
Na turnê de divulgação de “All days are night: Songs for Lulu”, Rufus Wainwright proíbe a plateia de aplaudir durante o primeiro ato, quando executa, na íntegra, o novo disco. Até que o pedido não é inusitado, tendo em vista o conteúdo denso (e tenso) do álbum. Apenas ao piano, o cantor, compositor e multinstrumentista canadense apresenta canções confessionais, que falam de temas delicados, como a morte recente de sua mãe, que, aliás, costumava participar dos shows do filho. Rufus chega ao limite do sombrio na última faixa do álbum. Sente só a letra de “Zebulon”: “My mother’s in hospital, my sister’s at the opera/ I’m in love, but let’s not talk about it/ There’s so much to tell you”. Destaca-se também nesse CD “Who are you New York, ode de Rufus à cidade onde vive atualmente, e “Les feux d’artifice t’appellent”, ária de sua ópera “Prima Donna”. Ele também ataca com três sonetos musicados de William Sheakespeare. Quem é fã de Rufus vai ficar mais fã com o novo álbum. Quem não gosta, terá mais motivos para achar o canadense um mala.

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“Live from the Montreal International Jazz Festival” – Ben Harper
Ben Harper, para mim, sempre foi chato pra dedéu. Aquelas músicas para surfista ouvir, definitivamente, não fazem a minha cabeça. Mas eis que Harper resolve mandar todo mundo da sua banda “The Innocent Criminals” embora, e, assim, forma um novo conjunto. E não é que a Relentless7 deu novo corpo à música de Ben Harper? O álbum “White lies for dark times”, lançado no ano passado, já mostrou que o cantor e compositor tinha partido para outra, com um som com muito mais pegada e interessante. Rock’ n’ roll mesmo. No ao vivo agora lá lançado (somente lá fora), as coisas ficam ainda melhores. As canções já presentes no álbum anterior de estúdio ficaram ainda mais vigorosas e, por isso, bem melhores. São os casos de “Number with no name” e “Shimmer & shine”. Mas o melhor mesmo são as versões porretas para “Red house”, de Jimi Hendrix, e “Under pressure”, do Queen. O álbum, que abrange CD e DVD, merece sair aqui no Brasil.

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“Que assim seja” – Cidade Negra
Primeiro foi Toni Garrido que saiu. Depois, o guitarrista Da Gama. Reduzido ao baterista Lazão e ao baixista Bino Farias, o Cidade Negra tinha tudo para acabar. Mas não foi o que aconteceu. Os músicos chamaram o vocalista e guitarrista Alexandre Massau, e agora ataca como um trio. “Que assim seja” é o primeiro álbum de um novo Cidade Negra. Aliás, novo não, mas um Cidade Negra híbrido. Se a pegada pop que a banda usou e abusou a partir da entrada de Toni Garrido continua, as letras mais politizadas e urbanas dos tempos de Ras Bernardo (o primeiro vocalista do grupo) voltaram, como pode ser comprovado em “Porta da favela” e “Kaya Babilônia” (“Mais uma CPI sem investigação/ Os nomes envolvidos fazem parte desta comissão/ Deleta o laptop/ Na queima de arquivo/ Liga pro ministro que tá tudo resolvido”). “Que assim seja” mostra que o Cidade Negra pode se reerguer mesmo sem Toni Garrido. Mas a ausência da popularidade do cantor pode vir a ser um imenso problema, a despeito da boa qualidade da nova safra de canções.

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“Slash” – Slash
Participações especiais de Ozzy Osbourne, Fergie, Chris Cornell, Adam Levine (Maroon 5), Iggy Pop, Fergie, Alice Cooper... Um trabalho com tanta gente assim só pode ser de um músico que não sabe cantar. E um músico com prestígio, ainda por cima. E esse é o caso de Slash, ex-guitarrista do Guns n’ Roses. Ele faz muita falta à banda. E parece que Axl Rose também faz falta a Slash. O álbum solo do guitarrista é tão irregular quanto o time de artistas convidado para cantar cada uma das faixas. É verdade que tem muita coisa bacana, como a pesadona “Crucify the dead” (com Ozzy), a instrumental “Watch this Dave” (com Dave Grohl e Duff McKagan, ex-companheiro de Guns) e “We’re all gonna die”, com a inconfundível voz de Iggy Pop. Mas outros momentos, como “Beautiful dangerous” (com Fergie) e a chatérrima “By the sword”, com a presença de Andrew Stockdale (do Wolfmother) deixam a desejar. O bom é que os ótimos riffs de guitarra de Slash estão nesse álbum. E como seria bom ouvir esses riffs de novo em um álbum do Guns n’ Roses...

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“Live in Nürburgring – Alemanha 2006” – Guns n’ Roses
O show do Guns n’ Roses no autódromo de Nürburgring, na Alemanha, no ano de 2006, mostra um Axl Rose no meio do caminho entre a volta do Guns n’ Roses no Rock in Rio de 2001 e a presepada que ele fez nos shows no Brasil recentemente. Muito elogiada pela crítica, a apresentação no festival carioca há nove anos mostrou um Axl Rose ainda com gás para cantar os clássicos do Guns. Tudo bem diferente de 2010, quando cagou literalmente para uma plateia bovina que insiste em babar o ovo de uma pessoa que a deixa esperando por três horas. Em 90 minutos desse show na Alemanha, Axl Rose e sua banda apresentam clássicos do Guns, como “Welcome to the jungle”, “Sweet child o’ mine”, “Patience” e o encerramento com “Paradise city”. Axl ainda mostrou músicas que estariam presentes em “Chinese democracy”, lançado dois anos depois, como “Better” e “The blues”, depois rebatizada de “Street of dreams”. A imagem é boa, mas o áudio, meio embolado, deixa um pouco a desejar.

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Em seguida, a faixa “Why must you always dress in black”, extraída do DVD “Live from Montreal International Jazz Festival”, de Ben Harper e a ótima Relentless 7.

3 de out. de 2008

MTV PREMIA OS DE SEMPRE E BLOC PARTY PAGA MICO (OU TIRA ONDA)



Mais uma edição do VMB, promovido pela MTV, se passou e artistas como NX Zero e Pitty levaram os seus prêmios. Houve uma tentativa de soar ‘cult’, juntando a banda Fresno a Chitãozinho & Xororó para cantar “Evidências”. E aconteceu um momento constrangedor também, com o Bloc Party pagando mico (ou tirando onda) com um playback muito tosco (vídeo acima). E nem Marcelo Adnet conseguiu levantar o moral do VMB que, há cada ano que passa, está pior.

A banda NX Zero foi a grande vencedora da noite, abocanhando três prêmios: Artista do Ano, Videoclipe do Ano e Hit do Ano, todos graças à música “Pela Última Vez”. Pitty ganhou o prêmio de show do ano, e João Barone, Bi Ribeiro, Chimbinha e Marcelo D2 formaram a “banda dos sonhos”.

Entre os artistas que se apresentaram na noite, o norte-americano Ben Harper, com a sua The Innocent Criminals, cantou, ao lado de Vanessa da Mata, o sucesso “Boa Sorte/Good Luck”. Marcelo D2 mostrou a sua nova música de trabalho e a banda de Junior Lima, Nove Mil Anjos, também se apresentou no evento.

Mas em termos de show, nada se compara ao Bloc Party, que escancarou tanto no playback, que deu até saudade do “Cassino do Chacrinha” ou do “Clube do Bolinha”. Após a apresentação propositalmente ‘fake’ e cheia de vaias por parte da platéia, o apresentador Marcos Mion disse: “quem sabe faz ao vivo”.

Abaixo, os vencedores do VMB 2008:

Clipe do Ano: NX Zero – “Pela Última Vez” (Diretores: Fabrizio Martinelli / Paulinho Caruso)

Artista do Ano: NX Zero

Hit do Ano: NX Zero – “Pela Última Vez”

Show do Ano: Pitty

Web Hit: “Dança do Quadrado”

Melhor Artista Internacional: Paramore

Aposta MTV: Garotas Suecas

Banda dos Sonhos: Bateria – João Barone, Paralamas do Sucesso; Baixo – Bi Ribeiro, Paralamas do Sucesso; Guitarra – Chimbinha, Calypso; Voz – Marcelo D2

Revelação: Strike

Vc Fez: Fábio Vianna – “Uma Música” (Fresno)