20 de out. de 2010

Tom Petty, U2, Engenheiros do Hawaii, MTV, Luiz Carlos da Vila, Bruce Dickinson, INXS, Beethoven

Para quem curte a 5ª Sinfonia de Beethoven...


Beethovens Fifth Symphony, Salsa-Style - Watch more Funny Videos

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John Mayer, Rob Thomas e Ben Harper vão se juntar aos integrantes do INXS para um tributo em homenagem ao falecido vocalista Michael Hutchence. O álbum "Original sin" chegará às lojas em janeiro, com novas versões para antigos sucessos da banda australiana. O elenco e as músicas ainda não estão fechadas, mas Ben Harper interpretará "Never tear us apart", enquanto "Beautiful girl" ganhará a voz de Pat Monaghan, do Train.

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Uma notícia meio nada a ver que eu pesquei na BBC, mas achei interessante. Todo mundo já sabe que Bruce Dickinson, além de vocalista do Iron Maiden, mestre em História e lutador de esgrima, é piloto de aviões. Ele, inclusive, já transportou a sua banda na última turnê. Agora, é a vez do time de futebol do Liverpool. À príncípio, Dickinson voaria para a Islândia, mas preferiu ir para Nápoles. "Muito mais interessante", disse. Por coincidência, o time do Liverpool está embarcando para lá, onde enfrente o Napoli, na próxima quinta. Que ele traga sorte aos Reds...

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No meu top 5 de grandes sambistas eu incluo, fácil, o nome de Luiz Carlos da Vila. Integrante da ala de compositores da Unidos de Vila Isabel, Luiz Carlos da Vila compôs o samba-enredo "Kizomba - A festa da raça", que deu o primeiro título à escola, em 1988. De sua autoria também, sambas como "O show tem que continuar", "Por um dia de graça", "Doce refúgio" e "O sonho não acabou", gravados por Beth Carvalho, Jorge Aragão, Nara Leão, Simone, Martinho da Vila, entre outros. Dois anos de saudade. Mas o show continua...



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Abaixo, eu escrevi que passei um mês inteiro ouvindo o mesmo disco. Para a geração que já cresceu com a internet, parece coisa de maluco. Hoje, em dois minutos dá pra baixar a discografia toda de qualquer banda (eu disse "baixar", porque "escutar" é outra história, nesses tempos com tanta oferta). Mas, naquela época, o jeito era pedir um disco de presente e aproveitar. Ele seria o seu companheiro diário por muitas e muitas semanas. Com relação aos videoclipes, acontecia a mesma coisa. Hoje, temos o YouTube. Mas, nos anos 80, tínhamos um programinha ou outro na televisão que passava clipes. Até que a MTV chegou. E foi no dia 20 de outubro de 1990. Comprei uma antena UHF e o aparelho de televisão só dava MTV. Passava a tarde toda com o controle remoto do vídeo cassete na mão para gravar os meus videoclipes. Ah, eu também ligava para votar nos meus clipes prediletos no "Disk MTV". O tempo passou, e a MTV foi responsável por alguns grandes álbuns acústicos, até perder a sua relevância. Uma pena que uma emissora tão importante na formação musical de tantos jovens tenha celebrado coisas como o Restart em seu último VMB. Eu preferia a MTV na época em que a gente podia, simplesmente, ver videoclipes - coisa em extinção em sua grade atualmente. E, de preferência, videoclipes como esse...



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Um dos álbuns mais fundamentais da história do Rock Brasil também faz aniversário hoje. O blog do Paulo Marchetti informa que "A revolta dos dândis", segundo (e melhor) álbum dos Engenheiros do Hawaii, foi lançado a 20 de outubro de 1987. Esse disco foi a trilha sonora das minhas férias de fim de ano de 87. Passei quase um mês inteiro na casa da vovó, com direito a bolo de chocolate, sovete de flocos, Nescau, Leite Moça da chocolate e "A revolta dos dândis". Foi o único disco que levei para ouvir o mês todo. E não me cansei de ouvir não. Cada dia eu tinha uma música predileta. Atualmente, acho que, nada na obra dos Engenheiros barra a música "A revolta dos dândis". Mas o que dizer de versos como "A juventude é uma banda / Numa propaganda de refrigerantes", de "Terra de gigantes"? Não tem muito tempo, uma banda aí que se dizia cheia de princípios estava fazendo tal propaganda, né? Mais visionário, impossível... E "A revolta dos dândis" ainda tinha "Infinita highway", "Refrão de bolero", "Além dos outdoors"... Ainda querem falar mal?



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Anteontem, o U2 anunciou os seus planos de lançar um novo álbum no início de 2011. E o Brasil tem muitas chances de ser um dos primeiros países a assistir a um show desse novo álbum. Mas hoje eu vou falar aqui do primeiro disco do U2. "Boy" chegou às lojas no dia 20 de outubro de 1980. Para o fã mais recente do U2, quanta diferença, não? Em "Boy", a banda irlandesa fez um som cru, roqueiro até a alma, bem diferente do rock de arena de hoje. Não estou criticando o som atual do U2, talvez a banda mais importante do rock nos últimos 20 anos, mas que ela era muito mais divertida no início dos anos 80, ah, isso era. Não à toa, o U2, volta e meia, tenta fazer um retorno às raízes - na "Vertigo tour", eles apresentaram várias faixas de "Boy" para um público que, em sua maioria, nem era nascido quando de seu lançamento. E o que "Boy" mais tem é música boa: "I will follow", "Out of control", "An cat dubh", "A day without me", "The electric co."... Discaço! Para quem ainda não tem, vale a pena correr atrás da edição dupla, cheia de raridades, que saiu em 2008.



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Boa tarde, pessoal. Como vamos? Olha só: hoje tem um bando de coisa legal para falar aqui. E eu quero começar com um dos meus heróis. Tom Petty completa 60 anos hoje. Líder dos Heartbrakers e um dos integrantes do maior "supergrupo" de todos os tempos (o Traveling Wilburys, que falei aqui não tem muito tempo), Petty, na minha opinião, é um dos artistas mais subestimados da história do rock, fora dos Estados Unidos. Grande guitarrista, excelente compositor e, sim, bom cantor, ele gravou álbus dignos de antologia, a começar pelo seu último trabalho, "Mojo" (de 2010, e também já resenhado aqui no blog), passando pelo álbum de estreia, "Tom Petty & the Heartbreakers" (1976), por "Full moon fever" (de 1989, com participação dos integrantes dos Wilburys) e, claro, pelo seu disco mais emblemático, "Damn the torpedoes", de 1979. Sessenta anos bem aproveitados, eu diria. Só falta uma visitinha ao Brasil.