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6 de set. de 2011

Roger Waters, 68; “O inferno é fogo”, 20; a trilha sonora de Woody Allen; a pequena fortuna de Amy Winehouse; e a nova música do Noel Gallagher.



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Eu vou confessar que uma das coisas mais divertidas nesse blog é escolher a música do dia. E eu fico muito feliz quando posso relembrar algumas coisas que estavam meio esquecidas aqui nessa cachola tão maltratada. E hoje eu acordei com umas músicas dos Mutantes na cabeça (será que é porque estou indo a São Paulo??), especialmente “A hora e vez do cabelo crescer (Cabeludo patriota)”. Já sei qual vai ser a trilha sonora do dia...

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Quem completa 68 anos hoje é o grande Roger Waters. Estou impressionado com o sucesso de venda de ingressos da sua turnê “The wall”, em Buenos Aires. O Cara já está marcando o oitavo show no Estádio do River Plate. Acho que nem Madonna ou Paul McCartney teriam tanto público assim. Eu fico imaginando se a turnê ainda contasse com os sobreviventes do Pink Floyd. Acho que vinte shows não seriam o suficiente. Tomara que esse sucesso se repita aqui no Brasil. E só para dar uma palhinha do que a gente vai ver nessa nova turnê de Roger Waters, segue “Mother”, uma de suas muitas obras-primas:



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O guitarrista do a-ha, Pal Waaktaar-Savoy, também comemora aniversário hoje. Nada menos do que 50 anos. O a-ha é um daqueles típicos casos de “ame-o ou deixe-o”. Aqui no Brasil, a banda norueguesa encontrou um de seus públicos mais fiéis. Tanto que, volta e meia, ela aparece (aparecia) por aqui. Agora, ao que tudo indica, a banda acabou de vez. Saiu até o DVD/BD/CD com o (bom) show de despedida em Oslo. Eu não amo e nem odeio o a-ha, mas acho que a banda foi uma das que melhor representou o som dos anos 80. Para o bem e para o mal.



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Rodrigo Amarante, guitarrista e compositor do Los Hermanos, da Orquestra Imperial e do Little Joy também faz aniversário hoje. Amarante nasceu há 35 anos, e a gente comemora aqui com uma das músicas prediletas dos fãs do Los Hermanos...



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Foi no dia 06 de setembro de 1991, que Lobão colocou nas lojas “O inferno é fogo”, um de seus álbuns mais incompreendidos e, na minha opinião, um dos melhores de sua discografia. À época, Lobão estava cuspindo fogo (nenhuma novidade) em pedradas como “Presidente Mauricinho” (homenagem a quem??), “Bangu 1 x 0 Polícia”, “Jesus não tem drogas no país dos caretas” e a faixa-título. Uma pena que esse álbum esteja fora de catálogo. Lobão ainda deve uma reedição decente de sua obra completa.



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Um dos álbuns que mais tenho escutado ultimamente é “Woody Allen & la musique – De Manhattan à Midnight in Paris”. Se você quiser participar de uma discussão interminável, basta sentar numa mesa de bar e mandar a seguinte pergunta: “Qual é o melhor filme de Woody Allen”? Eu não sei ao certo. Talvez fique com “Manhattan” ou “A rosa púrpura do Cairo”. Com relação às trilhas sonoras, aí a coisa já fica mais complicada. Woody Allen sempre tem muito cuidado ao selecionar as músicas que compõem os seus filmes. Essa coletânea dupla, que chega agora às lojas brasileira, seleciona 36 faixas de 21 filmes diferentes, de “Manhattan” (1979) ao último, “Meia-noite em Paris” (2011). A trilha transita entre o jazz de Duke Ellington, Benny Goodman e Errol Garner, e o clássico do tenor Enrico Caruso e do maestro Arturo Toscanini. Ainda há espaço para Billie Holiday, Fred Astaire e Louis Armstrong. Até mesmo Carmen Miranda comparece com “South american way”, da trilha do filme “A era do rádio”, de 1987. O único “problema” desse CD é que, após escutá-lo, você vai ficar com vontade de rever vários filmes do Woody Allen. Pode reservar um bom tempo na sua agenda...



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DROPS:





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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

A nova música de Noel Gallagher, “AKA... What a life!”:



O videoclipe da nova música do The Kooks, “Rosie”:

5 de set. de 2011

Os 65 anos do inigualável Freddie Mercury; os 20 da explosão do R.E.M.; o novo álbum do Red Hot; Prince caloteiro?; o novo videoclipe do Foo Fighters.



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Eu sei que esse blog andou meio largado nos últimos dias. Mas, acredite, ando sem tempo até de respirar. Muita coisa acontecendo, livro nas lojas, entrevistas de divulgação... Mas hoje arrumei um tempo para tentar colocar alguma ordem nisso aqui. Nesse fim de semana, aproveitei para ver uns DVDs que já estavam cobertos de poeira. Relembrei muita coisa. E o DVD mais marcante que vi foi o “Familiar to millions”, do Oasis. Não colocava esse vídeo para rodar fazia uns, sei lá, quatro, cinco anos... E como ele é bom, viu? Deu até para sentir o cheiro da cerveja naquele estádio de Wembley...

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E hoje eu tenho um motivo mais do que especial para não deixar de atualizar o blog. Isso porque nesse dia 05 de setembro, comemoramos os 65 anos do nascimento do Freddie Mercury. Sessenta e cinco! Já parou para pensar se ele estivesse vivo? Será que ainda teria pique para fazer aqueles shows antológicos?? Eu não tenho dúvida que sim. Em um exercício mais louco de imaginação, eu até pensei em um show do Queen nesse novo Rock in Rio, que começa daqui a poucos dias... A impressão que eu tenho é a de que o Freddie Mercury estaria com a mesma cara hoje em dia, cantando do mesmo jeito, e levantando os estádios mundo afora... Ah, que saudade!!



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Ah, agora eu vou ter que relembrar o Queen no Rock in Rio... Alguém estava lá??



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No dia 05 de setembro de 1991, o R.E.M. atravessava a fronteira entre o indie e o mainstream. Hoje, essa classificação de indie e maistream é praticamente inexistente. Mas em 1991, essa fronteira era imensa. E o R.E.M. alcançou um sucesso sem precedentes com a música “Losing my religion”, presente no álbum “Out of time” (1991). O videoclipe rodou alucinadamente na MTV, e, há exatos 20 anos, o conjunto de Michael Stipe, Mike Mills, Peter Buck e Bill Berry papava seis estatuetas do Video Music Awards, da MTV, incluindo o de melhor vídeo do ano. Bons tempos em que valia a pena ficar na frente da televisão vendo um VMA...



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E hoje faz 15 anos que o Jota Quest colocou nas lojas o seu primeiro álbum – excluindo um independente, lançado em 1995. À época, a banda se chamava J. Quest, e o álbum, auto-intitulado, vendeu bastante (hoje acumula 200 mil cópias vendidas), a reboque de sucessos como “As dores do mundo”, “Encontrar alguém” e “Vou pra aí”. Por conta de sua sonoridade, menos pop do que a atual, e mais puxada para o soul, muitos fãs consideram esse álbum o melhor do Jota Quest. Eu estou nesse grupo.



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Com um certo atraso, estou ouvindo o ultimo álbum do Red Hot Chili Peppers. A capa de “I’m with you”, certamente, é a mais bacana do ano. Mas e o disco? Bom, em resumo, eu acho que está abaixo da média da banda, mas acima de muita coisa que tem sido lançada nesses últimos anos. Eu fiquei com uma impressão, pelo menos nessa primeira ouvida, que a banda perdeu um pouco da “alegria” que está bem latente em álbuns como “Californication”(1999) e “By the way” (2002). Parece que o grupo ficou mais sério, mais adulto, não sei se por conta da saída do guitarrista John Frusciante. Aliás, que falta ele faz. Para quem pensa que só um vocalista é insubstituível em uma banda, é bom dar uma escutada em “I’m with you”. A sensação é de que está faltando alguma coisa. E está mesmo. “I’m with you” ainda assim é superior ao gorduroso “Stadium arcadium” (2006). O novo álbum segue uma receita comum nos últimos trabalhos do RHCP, com algumas músicas esculpidas para o sucesso, casos de “Police station”, “Happiness loves company” e o primeiro single, “The adventures of rain dance Maggie”. Mas a melhor faixa mesmo é “Goodbye Hooray”, mais pesada, e com um super trabalho do baixista Flea. Acredito que “I’m with you” ainda pode crescer muito no palco, ainda mais ao lado dos sucessos antigos do Red Hot Chili Peppers. Sorte de quem conseguiu comprar ingresso para o próximo dia 24.



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DROPS:











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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

O novo videoclipe do Foo Fighters, “Hot buns”:



Eu estava me lembrando da história, que conto no livro do Rock in Rio, que Dave Grohl, quando tocou aqui no Rio de Janeiro em 2001, se hospedou no hotel sob o pseudônimo de Freddie Mercury...


A nova música do Justice, “Audio, vídeo, disco”, em sua versão oficial:



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Ah, e vamos finalizar com ele, mais uma vez??


19 de ago. de 2011

Dia Mundial da Fotografia e o professor mais querido da Universidade; Aracy de Almeida e LeRoi Moore; o álbum do Arctic Monkeys; e Radiohead ao vivo.



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Bom dia, pessoal! E essa sexta, hein?? Qual vai ser? Alguém já sabe me dizer quem matou a Norma?? Enquanto o mistério não é revelado, vamos comemorar aqui o Dia Mundial da Fotografia. Eu tinha um professor de Fotografia na faculdade, que eu não vou citar o nome. Mas ele era tão querido, mas tão querido, que um colega me disse que a faculdade se dividia em dois grupos: “os alunos que odeiam o tal professor e os alunos que não o conhecem.” Genial, né??

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E vocês sabem qual música estava no primeiro lugar da parada da Billboard exatos 55 anos atrás??



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Grande Elvis Presley!!

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Enquanto eu estiver vivo, todo dia 19 de agosto eu vou homenagear Aracy de Almeida, a maior sambista que esse país já teve. Aracy nasceu no dia 19 de agosto de 1914. A maioria das pessoas a conhecem como a “jurada rabugenta do Show de Calouros”. Mas a tal “caloura rabugenta” era capaz de gravar coisas assim, olha:



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E também capaz de dizer coisas fantásticas como isso aqui:



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Eu juro que queria ser amigo do John Deacon, o ex-baixista do Queen. Ele compôs duas das músicas mais bonitas que falam de amizade. No dia do amigo, injetei aqui no blog o vídeo de “You’re my best friend”. Hoje é a vez de “Friends will be friends”. Então, parabéns pelos seus 60 anos, John! Espero que você receba as boas vibrações...



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Hoje também é dia de homenagear LeRoi Moore, o finado saxofonista da Dave Matthews Band. Foi em 19 de agosto de 2008, que o grande LeRoi foi embora, vítima de um acidente de quadriciclo.



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Eu sei que estou atrasado, mas a indicação de hoje é o álbum “Suck it and see”, do Arctic Monkeys. Quando a banda de Sheffield surgiu, eu me apaixonei de cara. E olha que isso é muito difícil de acontecer comigo, especialmente com “bandas da moda”. Vi um show deles em algum Tim Festival em São Paulo, que foi absurdo. Nem esperei para encarar o The Killers, que tocaria em seguida. Quando a banda anunciou o lançamento de “Humbug” (2009), com produção de Josh Homme, do Queens Of The Stone Age, cravei logo que seria um dos melhores álbuns do ano. Mas aí veio a decepção. Não curti muito a sonoridade; achei que o Arctic Monkeys deu uma envelhecida. Mas, agora, com o lançamento desse “Suck it and see”, cheguei à conclusão do quanto “Humbug” foi necessário para o crescimento do conjunto. Nesse novo disco, o Arctic Monkeys conseguiu juntar o frescor de seus dois primeiros álbuns com a maturidade de “Humbug”. Os melhores exemplos estão nas ótimas faixas “She’s thunderstorms” (uma ótima abertura) e “The hellcat spangled shalalala”, com um toque retrô, mas que não deixa de ser moderna. Recomendadíssimo!!



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DROPS:













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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

“The king of limbs”, do Radiohead, inteirinho, ao vivo...



Amy Winehouse + Tony Bennett:


9 de ago. de 2011

O irmão do Henfil; a saudade do Seu Madruga; Zagallo 80; o novo álbum do Seu Jorge; Moz interpreta Lou; Van Halen cancelado; e o Queen no Knebworth.



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Hoje foi fácil escolher a música do dia. O difícil foi escolher entre as gravações do João Bosco e da Elis Regina para "O bêbado e a equilibrista". A de Elis é perfeita. Mas optei pela de João Bosco, o autor da canção, ao lado do parceiro Aldir Blanc. Eu disse que foi mole escolher a música hoje porque foi no dia 09 de agosto de 1997 que o Brasil perdeu um de seus maiores heróis: Herbert José de Sousa, ou, simplesmente, Betinho. Ou então, “o irmão do Henfil”.

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No sábado escrevi sobre o aniversário do João Barone, mostro da bateria. E hoje é dia de lembrar outro importante batera do rock brasileiro. Guto Goffi, fundador do Barão Vermelho, nasceu no dia 09 de agosto de 1962. E fica aqui a nossa lembrança.



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Você sabia que hoje faz 23 anos que o ator mexicano Ramón Valdés morreu?? Não? Aliás, você nem sabe quem é esse tal de Ramón Valdés? Trata-se do grande Seu Madruga, ídolo de qualquer um com menos de 35 anos de idade. Engraçado notar que ele tenha morrido há tanto tempo. A sua presença diária nas telas dá a impressão que ele está por aí, vivinho da silva, devendo aluguel ao Seu Barriga, apanhando da Dona Florinda, dando cascudos no Chaves e beliscões no Kiko. Não sei se é só impressão. De repente, ele está vivo mesmo...





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Falando agora de rock n’ roll, é hora de lembrar do grande Jerry Garcia, guitarrista, vocalista e líder do Grateful Dead. Jerry Garcia foi um dos maiores doidões da história do rock. Pena ele não ter tido a mesma sorte de um Keith Richards ou um Ozzy Osbourne. Jerry faleceu no dia 09 de agosto de 1995, na Califórnia, vítima de uma ataque cardíaco.



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Do rock para o futebol, agora é hora de falar do Zagallo, um dos futebolistas mais vencedores em todos os tempos. O currículo é de dar inveja mesmo. Foram quatro Copas do Mundo (duas como jogador, uma como técnico e outra como coordenador técnico), e diversos títulos no Botafogo e no Flamengo. Zagallo faz 80 anos hoje. Ele nasceu num dia 13. Mas nasceu em 1931, ou seja, 13 ao contrário. Abaixo, um vídeo de uma das suas grandes conquistas.



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Cá pra nós, quando o Zagallo era técnico da seleção brasileira, as coisas eram bem mais divertidas...



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Não é mesmo, Mano Menezes??

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Quando é lançado algum disco novo do Seu Jorge, a gente nunca sabe o que vem. Seria algo mais popular, como "América Brasil" (2007)? Ou algo menos palatável, como o disco "Cru", de 2004? Só pelo título deste seu novo trabalho ("Músicas para churrasco - Vol. 1"), já dá para imaginar que Seu Jorge ressurge pop. Talvez mais pop do que nunca. As letras, crônicas do cotidiano que qualquer pessoa vai se identificar, são simples e fáceis. Ou seja, numa segunda audição, já dá para cantarolar. É fácil, tudo meio que no estilo “A doida vazou, a doida vazou / Nem quis meu amor, nem quis meu amor.” A sonoridade, puxada para o samba e o samba-rock, também desce bem, embora, em alguns momentos, possa soar um pouco repetitiva. No final, a impressão que fica é que todas as músicas foram compostas para se transformarem em hits instantâneos. E isso não é um elogio, tampouco uma crítica, mas apenas uma contastação. Pelo menos para um churrascão de domingo, esse "Músicas para churrasco - Vol. 1" é uma boa indicação. Sem efeitos colaterais.



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A dupla francesa Justice apresentou uma música nova, em primeira mão, durante o seu show em Los Angeles, nesse fim de semana. A faixa se chama “Audio, video, disco” e me pareceu ser bem boa, apesar da qualidade mais ou menos do vídeo disponível no YouTube:



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Ah, vocês viram o Morrissey interpretando “Sattelite of Love”, do Lou Reed, no show de anteontem, na Brixton Academy, em Londres??



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O cantor Cee-Lo Green também aproveitou para lançar o seu novo videoclipe, “Cry baby”. Eu achei legal, bem no espírito da música. Veja aí o que você acha...



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O pessoal do MGMT se superou em um show realizado também nesse fim de semana, na Califórnia. Antes de a banda começar a tocar, o vocalista James Richardson pediu para que a plateia jogasse o sapato do pé esquerdo no palco. “Uma grande ideia.” Dá uma olhada no que aconteceu:



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Uma das bandas que mais me perguntam a respeito no twitter é o Van Halen. “E aí? Volta ou não volta??” Chego a ficar impressionado e comovido com essa movimentação, até mesmo porque muitas das pessoas que me perguntam certamente nem eram nascidas quando o conjunto lançou o album “1984”, aquele que tem “Jump” e “Panama”. Estava (quase) tudo certo para a banda voltar à ativa, durante um festival marcado em cidades da Austrália, no final do próximo mês. Só que o tal festival foi cancelado porque os seus organizadores não conseguiram contratar uma banda de abertura para o Van Halen. No mínimo, muito mal contada essa história. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos... O Van Halen não se apresenta fora dos Estados Unidos desde 1998.

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E para terminar o dia com mais uma boa lembrança, hoje faz 25 anos que o Queen subiu ao palco pela última vez com a sua formação original, ou seja, com Freddie Mercury nos vocais. A apresentação aconteceu no Knebworth Park e, infelizmente, não existe registro profissional do show gravado em vídeo.


8 de ago. de 2011

The Edge cinquentão; Dustin Hoffman setenta e quatrão; Ben Harper e um dos piores discos do ano; o novo do Kassin; e Queen para ouvir na ilha deserta.



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Para começar mais uma semana, só com música boa mesmo. E hoje eu escolhi “Layla”, do Eric Clapton, que, em outubro, volta ao Brasil para alguns shows. Eu estava dando uma olhada no set list dessa nova turnê e fiquei decepcionado, porque “Layla” aparece naquela versão acústica que ele gravou no “Unplugged MTV”. Ela é bacana, mas nada supera a original. Até mesmo porque aquele coda sensacional no piano ficou de fora da versão acústica.

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Taí, acho que “Layla” tem o coda mais bonito da história do rock. Né??

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Com a missão cumprida da “360º tour”, hoje, The Edge deve estar comemorando tranquilamente o seu aniversário de 50 anos. No último sábado, escrevi aqui no blog sobre o CD e o musical “Spider-Man – Turn off the dark”. Disse que é um musical tipicamente U2, por conta dos riffs de guitarra que são tão característicos a The Edge. O difícil é citar qual a minha música predileta do U2. Mas se eu tiver que citar qual é a participação mais importante do The Edge em uma música do U2, não teria dúvidas em arriscar essa aqui:



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No dia 08 de agosto de 1975, o gigante do jazz Cannonball Adderley passava dessa pra melhor. O saxofonista tocou com os mais importantes músicos de jazz (Milt Jackson, Miles Davis, Sarah Vaughan, Jon Hendricks, Oscar Peterson...) e manteve por vinte anos o seu próprio grupo.



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Abro um parêntese aqui para homenagear o melhor ator do mundo: Dustin Hoffman. Hoje ele faz 74 anos. Volta e meia eu cito aqui no blog o filme “A primeira noite de um homem”, uma das minhas obsessões cinematográficas. (Eu também sou uma flor de obsessão, vocês já devem ter sacado...) Mas hoje, eu vou dar uma variada...



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Plastics”??



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Do cinema para o esporte. E hoje não vou falar de futebol, mas de tênis. Isso porque o tenista Roger Federer completa 30 anos. Bom, na briga Federer x Nadal, eu fico com o espanhol. Mas vamos admitir que o Federer, se não chega a ser um Ivan Lendl (the best), é um puta tenista.



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Quando o Ben Harper se desligou da banda Innocent Criminals para gravar o álbum “White lies for dark times”, ao lado da Relentless7, muita gente torceu o nariz. A sonoridade de Ben Harper estava absolutamente ligada ao de sua antiga banda. Então, ficou aquela pergunta: “O que é que vem?” Veio um excelente disco, que ainda originou uma boa turnê, registrada no combo CD/DVD “Live from the Montreal International Jazz Festival”. De minha parte, comecei a achar o trabalho do Ben Harper com a Relentless7 superior aos discos gravados com a Innocent Criminals. Por isso, estava bem curioso com relação à “Give till it’s gone”, segundo álbum de estúdio que a Relentless7 acompanha o cantor. E eu vou dizer que a decepção não foi pequena não. “Give till it’s gone” é, de longe, o pior disco da carreira de Ben Harper. As músicas são fracas, a sonoridade é anêmica, e o álbum é sem pé nem cabeça. Juro que chega a doer no coração escrever isso. Mas é a verdade. Antes de ouvir o CD, li muitas críticas negativas sobre o álbum, tanto no Brasil, quanto na Inglaterra e nos Estados Unidos. Achei que pudesse ser uma “perseguição” ou algo do tipo. Mas não. “Give till it’s gone” é ruim mesmo. Nem mesmo algumas faixas melhorzinhas, como “Don’t give up on me now” e “Feel love” conseguem salvar alguma coisa. Fica para a próxima, Ben.



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A BBC Radio realizou uma enquete no sentido “qual gravação você levaria para uma ilha deserta”. A campeã foi “The lark ascending”, do compositor classic Ralph Vaughan Williams. Aliás, a música clássica imperou na lista. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, Edward Elgar (“Enigma variations”) e Ludwig van Beethoven (a sua nona sinfonia). Mas você imagina quem chegou na quarta colocação??



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A relação completa da BBC está aqui.

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A quem interessar possa, a Björk liberou mais uma faixa de seu novo álbum. “Virus” estará no álbum “Biophilia”, que chegará às lojas no dia 27 de setembro.



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Quem também liberou novidades na rede foi o compositor Kassin. “Sonhando devagar”, o seu novo álbum, que será lançado no dia 24 de agosto, em show no Centro Cultural Solar Botafogo, no Rio de Janeiro, já pode ser ouvido em streaming aqui. Está descendo muito bem.

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A grande notícia do dia foi o anúncio do lançamento do álbum solo de Brett Anderson, o gênio do Suede. “Black rainbows” (capa acima) sairá no dia 26 de setembro. De acordo com o compositor, o disco é “agitado, barulhento e dinâmico. Guitarras elétricas, baixo, bateria e vocais – sem tocadores de flauta, sem cordas, sem truques, apenas paixão.” O primeiro single, “Brittle heart”, está previsto para ser lançado em 15 de agosto.

4 de ago. de 2011

Sepultura e Judas Priest no “Dia do Padre”; Ira! e Ultraje no Rock in Rio; o mega box de “Achtung baby”; o show inédito do Queen; e Coldplay ao vivo.



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É isso aí rapaziada. Pauleira para começar o dia de vocês. Quinta-feira... Fim de semana quase chegando... Mas a pauleira do Judas Priest vai em homenagem ao dia de hoje, o Dia do Padre. É uma homenagem a São João Maria Vianney, santo padroeiro dos sacerdotes, que nasceu na França, no ano de 1786. Espero que ninguém venha reclamar da brincadeira no twitter. Afinal, eu poderia ter colocado aquela musiquinha dos Titãs, hein...

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E o que a gente tem nesse Dia do Padre? Vamos começar pelos 110 anos de nascimento de um dos mostros do jazz, Louis Armstrong. Noventa e nove por cento das pessoas o conhecem como o intérprete de “What a wonderful world”, mas eu devo dizer que ele fez coisas muito mais interessantes. Tipo isso aqui:



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De um extremo a outro, hoje também é dia de homenagear Max Cavalera pelos seus 42 anos. Essa discussão nunca vai acabar... O Sepultura é mais bacana com Max Cavalera ou com Derrick Green nos vocais?? Eu acho que é pau a pau. Mas eu aprendi a apreciar o trash metal com a voz de Max. Se teve um álbum que ouvi bastante nos meus 11 anos de idade foi “Arise”. Bati muita cabeça com ele. No Rock in Rio II, em 1991, tive a chance de conhecer Max Cavalera no backstage. Estava um pouco assustado. Ele tinha acabado de sair do palco, mas parou para falar comigo. Pena que o autógrafo que ele me deu não exista mais.



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Há 61 anos estreava nos cinemas um dos filmes mais conhecidos de Billy Wilder. "Sunset boulevard" (ou, no Brasil, “O crepúsculo dos ídolos”) conta a história de uma famosa atriz do cinema mudo de Hollywood, que enfrenta o ostracismo com o advento do cinema falado. A parceria entre os atores William Holden e Gloria Swanson é digna dos anais de Hollywood. Eu gosto muito de filmes cujo o tema principal seja o cinema, em uma espécie de metalinguagem. “A rosa púrpura do Cairo”, de Woody Allen, também é assim. Mas “Sunset boulevard” talvez seja o filme que melhor tenha incorporado esse estilo.



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Depois dos lançamentos dos shows antológicos do Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso e Cássia Eller no Rock in Rio, a gravadora MZA coloca nas lojas agora o CD e o DVD com o show conjunto do Ira! + Ultraje a Rigor no Rock in Rio de 2001. A apresentação das bandas paulistas no Palco Mundo aconteceu meio que por acaso. Ambos estavam escalados para a Tenda Brasil, mas com a desistência de bandas como O Rappa e Skank, elas acabaram promovidas ao palco principal do evento. Os dois conjuntos não desperdiçaram munição, mandando clássico atrás de clássico. Um orgasmo para os saudosos do rock oitentista brasileiro. Enquanto o Ira! interpretava “Gritos na multidão” e “Envelheço na cidade”, o Ultraje não ficava atrás, com “Ciúme” e “Nada a declarar”. As duas bandas se juntaram para uma versão nervosa de “Shoul I stay or shoul I go?”, o clássico do The Clash. O CD e o DVD resgatam essa apresentação. Bom para relembrar e para aquecer o novo Rock in Rio que se aproxima. Só pena que a apresentação esteja incompleta. A música “Telefone” (homenagem do Ira! ao Gang 90, com participação de Fernanda Takai, do Pato Fu, nos vocais) foi limada, assim como a dobradinha “Inútil” / “Nós vamos invadir sua praia”, do Ultraje a Rigor.



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O U2 só estava esperando finalizar a sua “360º tour” para anunciar mais um lançamento. No dia 31 de outubro a banda irlandesa vai despejar o mega box comemorativo dos 20 anos de lançamento de “Achtung baby”, para muitos (inclusive para esse que vos escreve) o melhor álbum da banda. O relançamento ocorrerá em cinco formatos. O mais e$$$pecial será a caixa com dez discos e mais um bando de quinquilharia que vai fazer o fã do conjunto gozar. Serão seis CDs, incluindo o “Achtung baby” e o seu sucessor “Zooropa” (1993) remasterizados e mais quatro discos de raridades nunca lançadas oficialmente e lados B; quatro DVDs, como o documentário “From the Sky down” (que retrata as sessões de gravação do disco), o show da turnê gravado em Sidney (já lançado oficialmente), todos os videoclipes que a banda gravou à época e outras raridades; cinco discos em vinil de sete polegadas, com os singles de “Achting baby”; um livro de 84 páginas de capa dura; e o principal: uma réplica dos óculos de “mosca” que Bono usou na turnê. Outro formato será em LP quádruplo (dois deles em vinil azul!!) com o álbum original, lados B e remixes.

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Enquanto a caixa não sai…



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O Queen também ressurge com um relançamento que vai dar uma força no caixa de Brian May, Roger Taylor, John Deacon e dos herdeiros de Freddie Mercury. O DVD “Queen live at Wembley Stadium” ganhará uma versão comemorativa de 25 anos, que chegará às lojas no dia 05 de setembro, quando Freddie Mercury faria 65 anos de idade. Para quem já tem a edição de DVD que saiu uns oito anos trás, a novidade é a inclusão do show integral de sexta-feira, dia 11 de junho de 1986. O vídeo original conta com a íntegra do show de sábado, dia 12. Somente algumas poucas músicas do show de sexta, quando choveu bastante, foram lançadas anteriormente. O áudio dos dois shows passou por um avançado processo de remasterização em 5.1. Pode parecer preciosismo, mas esse DVD será uma oportunidade de comparar dois shows da mesma turnê da banda que fazia do palco a sala de estar de sua casa. Além das duas apresentações, o DVD traz o documentário inédito “The magic tour”, com entrevistas recentes de Brian May e Roger Taylor.

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Eis um trecho do show de sexta-feira:



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Também em setembro, só que no dia 27, será lançado o CD/DVD/BD “Raw Power live – In the hands of the fans”. O vídeo retrata um show de Iggy Pop ao lado da banda The Stooges, realizado no festival All tomorrow’s parties, em 03 de setembro do ano passado. A ideia é sensacional (embora o resultado ainda seja uma incógnita): seis fãs que estavam na plateia filmaram o show. O vídeo também traz entrevistas com esses mesmos fãs. Dá uma olhada como é que ficou:



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Olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Kimmel...





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Hank Williams será merecidamente celebrado. Artistas como Bob Dylan, Jack White, Norah Jones e Sheryl Crow gravaram músicas inéditas do compositor country, a serem lançadas no álbum “The lost notebooks of Hank Williams”, no dia 4 de outubro. Os manuscritos das canções que serão lançadas foram encontrados em uma pasta de couro de Williams, que morreu e, 1953, aos 29 anos de idade.

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Só escutei hoje a música da nova banda de Mick Jagger, a Super Heavy. “Miracle worker” é bacana, mas um poquinho ragga demais para o meu gosto. E vocês? O que acharam??

20 de jul. de 2011

Feliz Dia do Amigo!!

12 de jul. de 2011

Um ano sem Paulo Moura, e 25 do “Live at Wembley”, do Queen; o Moz e o dog; promessas do Van Halen e do Judas; e Dave Grohl botando o fã pra correr.



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Devolva o Neruda que você tomou
E nunca leu

Essa é nossa lembrança para o grande poeta chileno Pablo Neruda, que, hoje, estaria completando 107 anos.

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Um viva também para o sambista Almir Guineto, que faz 65 anos hoje. Pena que Almir Guineto precise da mãozinha de Zeca Pagodinho para ser mais conhecido hoje em dia. Quem compõe algo como “Lama nas ruas” merece a eternidade.



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E hoje faz um ano que Paulo Moura, o grande Paulo Moura, foi tocar o seu saxofone para os anjos lá no andar de cima. Saudades!



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Um dos vídeos de rock mais conhecidos e mais importantes de todos os tempos, “Live at Wembley”, do Queen, foi filmado no dia 12 de julho de 1986. Foram dois shows, um no dia 11 e outro no dia 12. Mas só o segundo foi filmado na íntegra para lançamento em VHS (e, depois, CD e DVD). Antes de o Queen subir ao palco, se apresentaram INXS, The Alarm e Status Quo.



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E essa jaqueta amarela do Freddie Mercury, hein?? Alguém sabe onde tem pra vender??

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Também foi em um dia 12 de julho, mas de 1998, que o Brasil deu adeus ao pentacampeonato na Copa da França. Todo mundo sabe o que aconteceu naquele dia. Ou não... O problema do Ronaldo até hoje não foi explicado. Mas o resultado... Três a zero para a seleção francesa, com um show de Zidane. No frigir dos ovos, foi merecido.



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E por falar em futebol, hoje também é dia de lembrar de João Saldanha, que morreu 21 anos atrás. Jornalista e técnico de futebol, João Saldanha era chamado de “João Sem Medo”. Sabe o motivo??



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Entendeu agora?

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Tem coisas que só acontecem com o Moz...


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Sem comentários...

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Calma, não é nada oficial, mas o produtor Ross Hogarth, em entrevista à Ultimate Guitar, disse que o novo álbum do Van Halen está muito próximo de ser finalizado. “Todo o álbum já foi gravado, e nós estamos muito animados. Já começamos a mixagem, inclusive.” O Van Halen contou com a sua formação clássica (Eddie e Alex Van Halen, além de David Lee Roth), com exceção do baixista Michael Anthony, trocado por Wolfgang Van Halen. Entre setembro e outubro, a banda se apresenta na Austrália. É esperar pra ver...

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O Judas Priest, que toca no Brasil em setembro, também deve lançar disco de inéditas em breve. Segundo o baixista Ian Hill, a quantidade de canções já escritas preenchem um álbum inteiro. Em entrevista ao Rockpages, o músico revelou, inclusive, que as gravações já começaram. A banda tem aproveitado as folgas na turnê para se trancar no estúdio. “Três faixas já estão gravadas e mixadas, e eu acredito que a gravadora já disponibilize algo em breve”, disse.

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Essa é a melhor de todas... Dave Grohl não se conformou com um fã que estava criando confusão durante um show do Foo Fighters em Londres, ontem, e expulsou o sujeito da casa de shows. “Você não vai brigar no meu show, seu bundão. Deixa eu te ver, quem está brigando agora? É o cara com camiseta listrada. Hey motherfucker, olhe para mim, get the fuck out of my show right now”.

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Esse é o Dave!

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E esse é o Foo Fighters tocando Queen (com participação do Brian May e do Roger Taylor) no bis da apresentação:



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Amanhã, Erasmo Carlos vai liberar o download gratuito do primeiro single de seu próximo álbum, “Sexo”, que será lançado no mês que vem. “Kama Sutra” é a primeira parceria de Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes. O novo álbum foi produzido por Liminha. Parece que vem coisa boa por aí...



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Agora sim!

7 de jul. de 2011

“All you need is love” e os 71 anos do Ringo; os 21 sem Cazuza e o dia que o Brock morreu; os 5 sem Syd; o clipe do Arctic Monkeys;e o Muse no espaço!



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Aêê... Bom, começar o dia com “All you need is Love”, dos Beatles, não? Pois é, hoje faz 44 anos que essa música foi lançada. Recentemente, tive a oportunidade de assistir ao espetáculo “Love”, do Cirque Du Soleil em homenagem aos Beatles. Nunca imaginei que um dia fosse capaz de elogiar algo tão chato e pedante quanto o Cirque Du Soleil, mas o final de “Love”, com “All you need is Love”, é emocionante. Um dia eu ouvi o Frejat falar que, quando o seu filho nasceu, o levou para o quarto e ligou essa música.

Todos deveriam fazer o mesmo.

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E já que estamos falando de Beatles... Vamos comprar um bolo, separar 71 velinhas e cantar parabéns para Ringo Starr, o baterista mais sortudo e, ao mesmo tempo, injustiçado do mundo.



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Falta pouco pra gente ver isso ao vivo no Brasil, né não??

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Voltando um pouco mais no tempo, hoje faz 55 anos que Duke Ellington gravou um de seus álbuns mais importantes – e da história do jazz também. “Ellington at Newport” foi o meu primeiro disco de jazz. Era um sábado, e o zeloso namorado aqui acordou às sete da manhã para deixar a (ex-)namorada na PUC. Detalhe 1: ainda fique esperando três horas. Detalhe 2: fiz isso durante quatro meses, todos os sábados. Nesse dia, passei pela Tracks, lá no Baixo Gávea, e perguntei: “qual o melhor álbum para se ouvir numa tarde ensolarada de sábado como a de hoje?” A resposta veio de bate-pronto: “Ellington at Newport”. Comprei, não me arrependi, e, volta e meia, esse CD roda aqui em casa. Seja sábado ou não. De sol ou não.



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Foi no dia 07 de julho de 1990 que o nosso grande Cazuza morreu, em decorrência de complicações da Aids. Saudades... Imagina o que ele não estaria compondo hoje?? E na mesma data, só que no passado, o seu melhor amigo, Ezequiel Neves, foi fazer uma farra lá no céu.



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No mesmo dia da morte do Cazuza, a Legião Urbana se apresentou no Jockey Club do Rio de Janeiro. Apesar de o papai não ter me levado, sei que foi antológico. Olha só os dois primeiros minutos do vídeo abaixo:



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Dia 07 de julho de 1990. Dia em que o BRock morreu. Fato!

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Há cinco anos, outro gênio partiu dessa pra melhor. Falo de Syd Barrett, a alma do Pink Floyd. Nesse caso, a palavra “alma” não é exagero. David Gilmour e Roger Waters gostam de disputar o posto de “gênio do Pink Floyd”. Que eles me desculpem, mas o “gênio do Pink Floyd” é Syd Barrett. Se não fosse ele, tenho minhas dúvidas que o Pink Floyd seria... o Pink Floyd.



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Cantinho do futebol: hoje faz 37 anos que a Alemanha derrotou a Holanda na final da Copa de 1974. O jogo terminou dois a um. Muita gente gosta de dizer que foi uma injustiça esse resultado. Discordo. A Holanda de Cruyff, Neeskens e Rensenbrink merecia ganhar uma Copa. Mas a Alemanha de Beckenbauer, Breitner e Müller também.



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Comparo essa disputa da Copa de 74 com o Festival da Canção de 1967 (já viram o brilhante documentário?). “Domingo no parque” merecia ganhar. Mas “Ponteio” também merecia. Como só uma podia levar a melhor, a vencedora acabou sendo “Ponteio”.



Dá pra dizer que foi injusto? Só o solo de viola de Heraldo do Monte, a la Jimi Hendrix, já vale o título...

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O novo disco do Arctic Monkeys, “Suck it and see”, está sendo superfalado ultimamente. Dei uma escutada rápida, mas ainda não me pegou de jeito como o álbum de estreia “Whatever people say I am, that’s what I’m not” (2006). Mas esse videoclipe de “The hellcat spangled shalalala” está bem interessante...



Não??

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O Muse agora tá com um papo de gravar no espaço. A ideia de Matt Bellamy é viajar numa daquelas naves que o dono da Virgin, Richard Branson, está projetando, e que ele jura que vai chegar ao espaço. “Estamos tentando uma passagem de graça nessa nave. Estou tentando convencer o Richard Branson”, disse ao Contact Music.

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Dessa história eu tiro apenas uma conclusão: não se faz mais bandas de rock n’ roll como antigamente...

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Notícia do ano!!



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O grupo finlandês Porkka Playboys gravou uma versão especialíssima de “Bohemian rhapsody”, o clássico do Queen. Nunca ouviu falar da banda? Nem eu... Mas essa versão é coisa de gênio. Dá uma olhada abaixo:

30 de jun. de 2011

A música do ano; Henderson toca Jobim; 31 anos de “The game”; ...e os 25 do “Xou da Xuxa”; as “manchetes do dia”; o texto do Boss; e um pedido ao PS.

Eu sou daqueles que me apaixono por uma música nova diariamente. Mas evito aquela coisa de sempre achar que será a “música do ano” e tal. Lógico, ainda nem chegamos à metade de 2011, mas se eu tivesse que escolher a “música do ano” até agora, não teria dúvidas...



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Aliás, o Elbow, para mim, é uma das bandas mais inteligentes surgidas nos últimos anos. Será que um dia vai fazer sucesso no Brasil?? Acho meio difícil. Dizem que o show deles é simplesmente fantástico... Vai ser difícil rolar por aqui, né?

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Há dez anos, quem partiu dessa pra melhor foi o genial saxofonista Joe Henderson. Ele gravou discos com meio mundo do jazz, como Herbie Hancock, Horace Silver, Lee Morgan, Ron Carter, Charlie Haden, entre outros. Mas eu ainda acho que a sua obra-prima é “Double rainbow: The music of Antonio Carlos Jobim” (1994), um tributo genial ao Maestro Soberano. Essa música aqui faz parte do álbum...



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Quem acompanha esse blog sabe que eu gosto muito de relembrar datas de lançamento de determinados álbuns, especialmente aqueles que foram/são importantes para mim. Foi no dia 30 de junho de 1980 que “The game” chegou às lojas. Os fãs mais radicais costumam dizer que o Queen mudou muito a partir desse álbum, enveredando para um caminho mais pop e menos rock. E foi o primeiro álbum do Queen com Freddie Mercury de bigodinho. Eu acho isso uma bobagem. O Queen nada mais fez do que atualizar a sua sonoridade com o passar do tempo. Afinal, poucas bandas permanecem unidas por tanto tempo – no caso do Queen, 20 anos. E quem é que vai falar mal disso aqui?...



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Interrompemos a nossa programação normal para informar o que estreava na televisão brasileira no dia 30 de junho de 1986:



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Tá rindo, né? Quantos anos você tinha?? Eu tinha acabado de fazer seis. E via o “Xou da Xuxa” antes de ir à escola. Alguns anos depois, eu via o “Xou da Xuxa” quando voltava da escola. Ah, todo adolescente fazia isso... Né?? Hahahaha...

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Partindo para o futebol... Hoje faz nove anos (nove??? Já??? caraca...) que o Brasil foi penta-campeão mundial de futebol, naquele jogo contra a Alemanha, no Japão. O placar final, todos sabemos, foi dois a zero; dois gols do Ronaldo, que, acredite, já foi magro um dia. Uma historinha que não vai interessar a ninguém, mas que é engraçada: nesse dia, meu irmão estava chegando na Bélgica. Perdeu todos os vouchers de hotel no avião. Ligou para casa desesperado, pedindo para que a gente comprasse um guia da Bélgica e ditasse os nomes de hotéis para ver se ele se lembrava do nome. Só que a rua aqui em frente de casa estava absolutamente lotada, não passava carro, por conta da comemoração. O shopping devia estar fechado também. E, para completar: você já viu algum guia da Bélgica?? Mas esse dia teve um lado bom: o meu irmão descobriu o que é a internet...



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Manchete do dia! Vamos torcer para que não seja verdade...

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Vamos compensar essa última nota, com essa aqui: Lynyrd Skynyrd começa a gravar um novo álbum em novembro.

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A morte do saxofonista Clearance Clemons, da E Street Band, na semana passada, chocou os fãs de Bruce Springsteen e do rock. Nunca vi um show do BS + E Street Band, e desconfio que, caso isso venha a acontecer um dia, não terá a mesma graça. Esse é o tipo do caso que a gente diz que o músico da banda tem tanta importância quanto o seu líder. No funeral, Springsteen fez um discurso muito bonito que, agora, está disponível em seu site oficial. Vale a pena dar uma lida.

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Esse livro aqui eu recomendo antes de ler. Já encomendei o meu... São 98 textos escritos entre 1942 e 2009, sobre a obra de Nelson Rodrigues, o maior escritor brasileiro de todos os tempos. (Nunca usei um “de todos os tempos” com tanta facilidade na minha vida...)

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Vem ao Rio, Primal Scream, vem… AInda mais para tocar o “Screamadelica” todinho…

28 de jun. de 2011

“A” música do Paul; Raul se revirando no túmulo; Otto; Lady Gaga fazendo coisa feia; a nova do Wilco; a última do Moz; a justiça ao Queen; e um livro.

Bom dia, pessoal. Cá estou eu de novo. Segundo dia seguido, e isso já é alguma coisa. Ontem iniciei o post com Morrissey, e hoje escolhi uma outra música para começar os trabalhos. Vou ver se faço isso diariamente. Uma espécie de “Música do dia”. E a de hoje é... TARAM...



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“Maybe I’m amazed” é, de longe, a música que mais gosto da carreira solo do Paul McCartney. Assisti a quatro shows dele aqui no Brasil nesses últimos meses (PoA, SP e dois no Rio), e nada de “Maybe I’m amazed”. Há duas semanas vi o último show da “Up and coming tour” em Las Vegas. E, logo depois de “Let ‘em in”, surpresa... Rolou “Maybe I’m amazed” pela primeira vez na turnê. Antes, logo na segunda música do show, Paul surpreendeu, apresentando, também pela primeira vez na turnê, “Junior’s farm”. Mas a maior surpresa mesmo foi a presença das famílias de George Harrison e de John Lennon na plateia. O musical “Love” (o Cirque Du Soleil com as músicas dos Beatles) estava completando cinco anos naquela semana, e todo mundo foi lá prestigiar. Paul não poupou Yoko Ono e mandou “Get back” no bis de seu show. Mas antes, durante “Give a peace a chance”, fez questão que a imagem da viúva de John ficasse bem no meio do telão do palco. Foi bonito.

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E o que temos para comemorar no dia do assassinato do arquiduque (não a banda) Franz Ferdinand, hein?? (Você também aprendeu na escola que esse fato serviu como estopim da I Guerra Mundial?) Vamos começar com o grande roqueiro do Brasil. Um cara que deve estar se revirando no túmulo com a atual safra do rock tupiniquim – dá pra chamar de safra?? Ele: Raul Seixas, que, se vivo fosse, estaria fazendo 66 anos.



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Olha só que coisa linda que ele escreveu…

“Sonho que se sonha só
É um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade”


Verdade, né??

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Quem também comemora aniversário hoje é o cantor, compositor e maluco pernambucano Otto. Quarenta e três anos, ao que parece, bem vividos. Sempre esbarrava com o Otto em Visconde de Mauá, mas já tem um tempo que eu não apareço por lá. Um dos melhores álbuns lançados em 2009 é “Certa manhã acordei de sonhos intranquilos”. Uma pequena obra-de-arte que só uma dor-de-corno é capaz de gerar. Saca só...



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No futebol, hoje é dia de dar os parabéns a Fabian Barthez, um dos carequinhas mais famosos do futebol. Campeão mundial com a seleção francesa em 1998 (você deve se lembrar bem desse dia...), Barthez completa 40 anos hoje. Em 2006, o goleirão foi vice-mundial. Aposto que, se em 2014, Barthez pintar na seleção francesa, ela chega a final. E se for contra o Brasil... Toc-toc...



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Coisa feia, hein, Lady Gaga... Ah, se os seus monstrinhos ficam sabendo disso... Hein?

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Gostei da frase do Bob Fernandes...
“Pedro Cabral descobriu o Brasil em Porto Seguro. E o Brasil descobriu Sergio Cabral em Porto Seguro…”

GÊNIO!

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E que tal a nova música do Wilco, hein?? Ela se chama “I might”. E não me surpreendeu. Boa como (quase) tudo que a banda faz.



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Mais um livrinho que li nos últimos dias: “Rubem Alves & Moacyr Scliar conversam sobre o corpo e a alma – Uma abordagem médico-literária”. O título, longo e um pouco complexo, dá uma impressão errada do livro. Bom, não se trata de um trabalho técnico. Pelo contrário. O livro é fininho (duas horas de leitura, no máximo) e traz a transcrição de um bate-papo entre o teólogo Rubem Alves e o médico (saudoso!) Moacyr Scliar. Em resumo, o livro trata das doenças da alma, que pouca gente dá bola, mas pode ser mais grave do que qualquer outra. Algumas das discussões são imperdíveis, especialmente a que trata a relação sofrimento x arte. Será que é possível produzir uma obra-de-arte sem um mínimo de sofrimento? A resposta não está no livro, mas, com certeza, fará você meditar bastante sobre o tema. Outros pontos também são discorridos de forma leve, como a saúde e a doença na Bíblia, o poder médico e a palavra e seu poder terapêutico. Eu recomendo.

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Mais uma do nosso Morrissey... Durante um show realizado ontem, em Bradford, Inglaterra, ele apareceu com uma camisa na qual se lia "Fuck Morrissey-solo.com". O tal site, idealizado por fãs, tem irritado o ex-vocalista dos Smiths, com as discussões em foruns que falam sobre a vida privada do cantor. Olha só o vídeo:



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Em mais uma daquelas enquetes bem duvidosas, o show do Muse em Wembley, no ano de 2007, foi considerado o evento mais importante que já aconteceu no célebre estádio britânico. O top 5 da pesquisa, conduzida pela Football Association inglesa é o seguinte:

1) 2007 - Muse ("H.A.A.R.P Tour")
2) 1988 - Michael Jackson ("Bad Tour")
3) 1986 - Queen ("Magic Tour")
4) 2009 - Take That ("Circus Tour")
5) 1966 - Final da Copa do Mundo (Inglaterra x Alemanha)

Aqui a gente faz justiça...