Jornalista, autor do livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), ex-trainee e colaborador da Folha de S.Paulo, ex-colunista e redator da International Magazine, e colaborador do site SRZD.
O Nine Inch Nails anunciou que vai relançar o seu álbum de estreia, "Pretty hate machine", que saiu, originalmente, em 1989. O vocalista Trent Reznor afirmou que ele próprio remasterizou o áudio para trazer uma experiência melhorada ao ouvinte. "Nos divertimos muito visitando esse nosso velho amigo. Esperamos que vocês gostem", escreveu Reznor no site da banda. O relançamento ocorrerá no dia 22 de novembro.
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A BBC noticiou hoje que o produtor Mark Ronson (responsável por "Back to black", de Amy Winehouse) está trabalhando em um lançamento futuro envolvendo o nome de Michael Jackson. O disco traria canções inéditas do astro que morreu no ano passado. Travie McCoy, lídero do The Gym Class Heroes disse à BBC Newsbeat que Ronson teria confirmado a história a ele. Já Ronson desconversou: "McCoy é um menino travesso. Eu não posso falar nada. Eu nem sei se tenho autorização para abrir a minha boca sobre esse assunto." No próximo dia 22 de novembro, será lançado o DVD triplo "Vision", com todos os 40 videoclipes gravados por Michael Jackson.
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Prestes a se apresentar no Brasil, Jeff Beck lança mais um álbum ao vivo nos próximos dias. "Live and exclusive from the Grammy Museum" foi gravado em abril, e conta com oito músicas. São elas: "Corpus Christi carol", "Hammerhead", "Over the rainbow", "Brush with the blues", "A day in the life", "Nessun dorma", "How high the moon" e "People get ready". O lançamento (físico e na loja virtual da iTunes) acontecerá no dia 01º de novembro.
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BUFFALO SPRINGFIELD AGAIN: Demorou 42 anos, mas o Buffalo Sprigfield se reuniu novamente em cima de um palco, nesse fim de semana. Stephen Stills, Neil Young e Richie Furay se apresentaram no Bridge School Benefit, festival beneficente organizado por Young. A última apresentação da banda havia acontecido no dia 05 de maio de 1968, na Long Beach Arena.
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Quer tirar um soninho? Um estudo feito na Grã-Bretanha pela Travelodge (um grupo de cadeias de hotéis) revelou quais artistas que mais dão sono nas pessoas. O grande vencedor foi o Coldplay, seguido de perto por Michael Bublé e Snow Patrol. O estudo concluiu, ainda, que uma em cada quatro pessoas adormece com o mp3 ligado. No total, seis mil pessoas foram entrevistadas, sendo que 84% ouve música na cama antes de dormir. O top 10 dos artistas que dão sono é o seguinte: Coldplay, Michael Bublé, Snow Patrol, Alicia Keys, Jack Johnson, Taylor Swift, Mozart, Barry White, Leona Lewis e Radiohead.
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Para fechar as comemorações de hoje, vou falar do grande Rob Halford, ex-vocalista de uma das bandas mais importantes da história do heavy metal, o Judas Priest, que esteve aqui no Brasil no Rock in Rio II, que aconteceu em 1991. Dez anos depois, na terceira edição, Halford veio como artista solo, abrindo para o Iron Maiden. Vi os dois shows, e gostei muito da apresentação solo de Halford. Fazendo uma pesquisa, até encontrei um jornal da época com uma resenha de Jamari França, para o Jornal do Brasil, sobre esse show. Sente: "O cantor inglês Rob Halford foi tratado com respeito e bastante aplaudido pela massa metaleira que passou a noite inteira gritando pelos nomes de Sepultura e Iron Maiden. Todos reconheceram que tinham pela frente uma lenda do heavy metal, e ele retribuiu fazendo um set que teve cinco músicas conhecidas da banda que o consagrou, o Judas Priest, além de duas canções do Fight, grupo que formou após deixar o Judas. O set list se completou com seis de seu último CD solo, 'Ressurection'". ("Sua majestade", Jamari França, 21/01/01)
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Futebol, Bossa Nova e, agora, o rock progressivo. Jon Anderson, vocalista do Yes, sopra 66 velinhas nessa segunda feira. Em 2008, o Yes anunciou uma turnê, só que Anderson caiu doente com problemas respiratórios. Após alguns meses de indefinição, a banda decidiu fazer os shows com outro vocalista. Anderson ficou chateado com os seus (ex-?)colegas. Mas os desuses do rock fizeram justiça. A banda teve que cancelar novamente os shows por conta de uma cirurgia de urgência na perna direita do baixista Chris Squire. Eu fiz um trabalho sobre o Rock in Rio recentemente, e conversei com muita gente que esteve lá. Sempre fazia uma pergunta: "Qual foi o show imperdível da primeira edição do Rock in Rio"? Queen, Barão Vermelho, Iron Maiden, AC/DC...? Nenhum deles... A resposta que mais ouvi foi Yes! Então...
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Pelé passa a bola para Roberto Menescal, que hoje completa 73 anos. Pelo que sei, Menescal não é nenhum grande jogador de futebol, mas ele mandava bem em pesca submarina. Tanto que a finada gravadora Elenco bolou essa capa acima para o álbum "A Bossa Nova de Roberto Menescal" (1963), talvez o principal trabalho do violonista, que também gravou discos antológicos com Nara Leão, Maysa, Elis Regina, Leny Andrade e Wanda Sá. Menescal também compôs as trilhas dos filmes "Joana Francesa" e "Bye bye Brasil" (os dois de Cacá Diegues), em parceria com Chico Buarque.
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No Dia Internacional do Macarrão, acho que seria uma boa seguir essa receita da Rita Lee agora no almoço, não?? Hehehe... Olha, eu juro que estava pensando em fazer algo bem legal no sábado para comemorar os 70 anos do Pelé, mas, confesso, bebi pra caceta na sexta. Quando acordei no sábado, o nosso "rei do futebol" já estava com quase 70 anos e 1 dia. O Pelé é aquele tipo de pessoa que a gente até duvida se realmente existe. Eu vi Pelé ao vivo uma vez. E sabe onde foi?? Num show da Legião Urbana. É sério. Foi no antigo Metropolitan, em 1994. Mas não vou homenagear Pelé com Legião, não. Será com Caetano Veloso. Olha só:
Vamos finalizar o post de hoje rindo um pouco? Então segura aí! Cinco anos de saudade de Ronald Golias, um dos gênios do humor... Faz falta.
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Mais doido que o Flaming Lips só mesmo o novo videoclipe ("See the leaves") do... Flaming Lips. Não tenho razão??
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"I READ THE NEWS TODAY, OH BOY...": O site oficial de Paul McCartney ainda não confirmou, mas o São Paulo Futebol Clube adiantou que o estádio do Morumbi está reservado para dois shows do ex-Beatle em novembro. As apresentações aconteceriam nos dias 21 e 22 de novembro. Agora "só" falta a PlanMusic confirmar para a gente já poder começar a sonhar.
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O Daft Punk revelou a capa (acima) e a data de lançamento da trilha sonora de "Tron: Legacy", pela qual é responsável. O álbum chega às lojas no dia 22 de novembro, via Disney Records. De acordo com o release do álbum, o Daft Punk gravou a trilha com "uma sinfonia de uma centena de músicos em Londres". Uma prévia do som pode ser ouvida no vídeo abaixo.
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Taí a capa do novo álbum de Vanessa da Mata, "Bicicletas, bolos e outras alegrias", que a Sony Music lança até o final dessa semana. Em seu quarto trabalho de estúdio, a cantora apresenta 12 faixas inéditas, incluindo "Quando amanhecer", que conta com a participação especial de Gilberto Gil. O primeiro single do álbum é "O tal casal" (videoclipe abaixo), que já vem tocando nas rádios. A relação de faixas do álbum é a seguinte: "O tal casal", "Fiu fiu", "Te amo", "Meu aniversário", "Vê se fica bem", "Bolsa de grife", "As palavras", "Bicicletas, bolos e outras alegrias", "Vá", "Moro longe", "O masoquista e o fugitivo" e "Quando amanhecer".
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Depois de lançar um dos álbuns mais doidos do ano, o MGMT levou um puxão de orelhas da gravadora. O vocalista Andrew Van-Wyngarden disse ao Daily Record que a gravadora quer "menos liberdade criativa" no próximo álbum. O motivo são as baixíssimas vendas de "Congratulations". O vocalista ainda disse que a gravadora "estará mais envolvida" na produção do álbum. "Já temos ideias em direções diferentes para o próximo trabalho. Estamos menos ansiosos, em um estado de espírito melhor do que em 'Congratulations'", completou Van-Wyngarden.
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Chega às lojas na semana que vem, o CD/DVD "Acústico MTV II" (capa acima), de Lulu Santos. O programa, que estreou nesse fim de semana na MTV, traz sucessos que não foram executados no primeiro "Acústico" do compositor, gravado em 2000, além da inédita "E tudo mais". O repertório do CD/DVD é o seguinte: "E tudo mais", "Papo cabeça", "Um pro outro", "Dinossauros do rock", "Vale de lágrimas", "Tudo azul", "Minha vida", "O óbvio" (part. esp. do baixista Jorge Aílton nos vocais), "Adivinha o quê" (part. esp. de Marina De La Riva), "Brumário", "Baby de Babylon", "Já é!", "Pra você parar" e "Auto estima". O vídeo de "Tudo azul", extraído do programa, está logo aí abaixo.
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Logo aí abaixo eu falei do álbum de estreia do Meat Loaf. O problema de gravar um excelente disco de estreia é que depois fica difícil se superar. Aì vem aquele rótulo: "a estreia foi boa, mas depois...". Hoje faz 16 anos que a Dave Matthews Band lançou o seu primeiro álbum gravado em estúdio - anteriormente o grupo lançara, de forma independente, o ao vivo "Remember two things" (1993). "Under the table and dreaming" foi uma excelente estreia. Faixas como "Ants marching", "The best of what's around" e "Jimi thing" estão aí para provar. Mas, felizmente, a banda ainda conseguiu se superar nos posteriores "Crash" (1996) e "Before these crowded streets" (1998). Daqui a poucos dias, teremos mais uma oportunidade de ver a banda em ação aqui no Brasil. Vale lembrar que o último show deles aqui no Rio durou três horas e quarenta minutos. Assisti a um show dessa nova turnê em Tampa e gostei muito. A agenda de shows do dia 08 de outubro está conconcorrida. Mas Caetano Veloso e Bon Jovi que me desculpem. Eu não troco um show da Dave Matthews Band.
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Nem só de Música Popular Brasileira vive o dia 27 de setembro. Então, hoje vamos dar os parabéns a Michael Lee Aday, mais cnhecido como Meat Loaf, que faz 63 anos. Ator e músico, Aday se destacou mesmo no Meat Loaf, banda que estreou em 1971 com o álbum "Bat out of hell". Estreou muito bem, é verdade. O problema é que ele nunca mais conseguiu se superar, gravando álbuns bem irregulares em seguida.
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E já que estou falando de Música Popular Brasileira, lembro que hoje é o aniversário de Renato Barros (27/09/1943), líder do Renato e Seus Blue Caps, banda que estourou na época da Jovem Guarda, e que existe até hoje - são quase 50 anos em atividade. Tudo bem, a banda vive mesmo do passado, e não grava nada de novo faz muitos anos. Mas é sempre divertido relembrar coisas como "Menina linda", "Não te esquecerei" e "Primeira lágrima". Para quem curte, recomendo o box "Renato e Seus Blue Caps", que o Marcelo Fróes produziu para a Sony Music, há uns quatro anos. A caixa traz toda a obra da banda gravada entre 1965 e 1981, em 16 CDs (15 originais e um de raridades).
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Bom dia, pessoal! Mais uma semaninha que se inicia, com um tempo nada agradável. Mas, tudo bem, daqui a pouco já é sexta-feira e tudo volta a ficar bom de novo. Por ora, a gente segue aqui trabalhando. E hoje tenho um bom motivo para escrever algumas coisas por aqui. Dia 27 de setembro! Sabe que dia é hoje? Hoje é o Dia da Música Popular Brasileira. Motivo? Foi em um dia 27 de setembro (de 1952) que o cantor Francisco Alves partiu dessa pra melhor. Aí, alguém instituiu o dia de hoje como o dia da MPB. Em tempos tão estranhos para a nossa música (no qual bandas coloridas ganham todos os prêmios possíveis), a minha singela homenagem vai no videoclipe abaixo. Rita Lee perguntava há 34 anos: "Ai, ai, meu Deus, o que foi que aconteceu / Com a música popular brasileira?". Hoje em dia, então, nem se fala...
LIBERTINES: Como é bom ver esses doidos juntos novamente, né??
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Os americanos do The Drums estrearam um novo videoclipe. Segundo a banda, o vídeo de "Down by the water" é uma homenagem às girl groups dos anos 1950 e 60. Achei o clipe melhor do que a música.
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No último sábado, o Vampire Weekend se apresentou em Vancouver, e tocou "I'm going down", de Bruce Springsteen. Achei o vídeo abaixo, que tá meio tosco, mas tá valendo.
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#prontofaley: Manchete do NME de hoje: "Axl declara guerra aos organizadores dos festivais de Reading e Leeds". Ah, Axl, faz o seguinte: vem tocar aqui no Brasil. Aqui você pode atrasar o seu show três horas, os organizadores vão achar legal (porque vão vender mais cerveja) e o público trouxa vai te aplaudir. Ainda que você não tenha mais voz, e tenha perdido dez anos para gravar uma porcaria de disco.
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A quem interessar possa, o novo videoclipe da Rita Lee. Mas cadê uma (uminha!!) música inédita, tia?
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#medo:Kanye West vai lançar um álbum em parceria com Jay-Z. O álbum terá cinco faixas e se chamará "Watch the throne". AInda não há data de lançamento.
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Quando a gente pensa que não tem mais nada pra se inventar em termos de videoclipe, vem o Arcade Fire (quem mais poderia ser?) com uma proposta bem bacana. Clique aqui, (atenção: tem que abrir no Google Chrome), escolha o seu endereço e veja no que dá. O clipe é interativo. Vale a pena!
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Para quem ainda não ouviu uma das melhores músicas desse ano...
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UM MOMENTO POÉTICO:
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma . É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
(Fernando Pessoa)
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Continuando no futebol. Ou no jornalismo, sei lá. Hoje é aniversário do "google do futebol", Paulo Vinícius Coelho, ou PVC, comentarista da ESPN e colunista da Folha de S.Paulo. Ah, e eu gosto do PVC porque, além de ter um conhecimento enciclopédico do futebol, ele faz um jornalismo crítico, diferentemente do que acontece nas outras emissoras, que acham tudo o que acontece no mundo do futebol, bonito. Você imagina uma cena como essa abaixo acontecendo na Rede Globo? Por lá, eles só começaram a criticar a seleção quando o ex-técnico cortou os seus privilégios. Agora já voltaram a beijar os pezinhos do Ricardo Teixeira. E tudo ficou lindo de novo! E aproveito para recomendar aqui, mais uma vez, o livro "Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos", de André Kfouri e do PVC.
Ah, e só pra responder pro animal do Felipe Melo: PVC é jornalista sim. E dos bons, hein!
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Haha... Um cara no twitter me disse que estou lotando um cemitério hoje... Então vou partir para o futebol para dizer quem nasceu nesse 30 de agosto. Tudo bem, ele também já morreu, mas, se vivo fosse, estaria fazendo 80 anos de idade. Estou falando de Mauro Ramos de Oliveira, capitão da seleção brasileira na Copa de 1962, no Chile. Além da seleção, o zagueirão Mauro também fez história no São Paulo e no Santos. Pena que não é tão lembrado hoje em dia. Pelo menos da forma que merecia. Aqui eu faço a minha parte.
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Isso aqui hoje tá um samba do afrodescendente doido mesmo... Começa com Crumb, vai pra Dylan, passa pelo Velvet Undergroud e termina no Agepê. Não, não terminou no Agepê, não. Porque agora eu quero falar um pouco de cinema. E vou lembrar aqui de Charles Bronson, companhia número um das noites de domingo, junto com o Steven Segal. Hoje faz sete anos que Bronson morreu, vítima de uma pneumonia. Olha, tem algumas coisas que acontecem na nossa vida e que guardamos com muito orgulho. E vou dizer uma aqui pra vocês: um dia, eu devia ter uns dez anos de idade, fui assistir a uma peça na Broadway, em Nova York. Não me lembro o nome da peça. Mas me lembro quem estava sentado ao meu lado: Charles Bronson. Pronto. Morram de inveja.
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(Antônio Gilson Porfírio, ou Agepê - 10/08/42 / 30/08/95)
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Eu também quero lembrar de um cara que morreu fraz exatos 15 anos hoje. Sterling Morrison foi um dos fundadores do Velvet Underground. E tudo o que diz respeito ao Velvet Underground eu vou citar aqui no blog, sempre que possível. Por um simples motivo: o álbum "Velvet Underground and Nico" influenciou tudo de bom que surgiu no rock logo depois. Como disse o produtor Brian Eno, poucos compraram o disco, mas quem o fez, formou uma banda. Decerto, Talking Heads, Television, Iggy Pop, David Bowie, Depeche Mode, Joy Division, Sonic Youth, Nirvana, Nine Inch Nails e vários outros compraram o disco que tinha a reluzente banana em sua capa. E o mais importante: Sterling Morrison tocou guitarra nesse álbum. Daí a lembrança!
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Bom, por aqui, o dia começou com o gênio Robert Crumb (abaixo), que completou bem vividos 67 anos. E agora vou falar de outro gênio. Hoje faz 45 anos que Bob Dylan colocava nas lojas o hipermegaultra álbum "Highway 61 revisited", o seu sexto trabalho de estúdio. Obviamente, a melhor forma de conhecer a obra-prima é colocá-la no CD-player (ou no toca-discos, o que ainda é mais gostoso), mas o livro "Like a rolling stone", de Greil Marcus, ainda que um pouco gorduroso, também pode ser uma ótima pedida para sentir o clima das gravações. E para quem ainda não sabe, segue aí o repertório do álbum: "Like a rolling stone", "Tombstone blues", "It takes a lot to laugh, it takes a train to cry", "From a Buick 6", "Ballad of a thin man", "Queen Jane approximately", "Highway 61 revisited", "Just like Tom Thumb's blues" e "Desolation row". E aí? "How does it feeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeell"??
Quer ouvir uma música inédita do Pearl Jam? Dizem que "Better days" é uma sobra de "Riot act". É bacaninha, mas bem abaixo da média da banda. De qualquer forma, para ouvir, basta clicar aqui.
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Não sei se vocês conhecem o Phosphorescent. Essa banda de Nova York é uma das coisas que mais tenho escutado ultimamente. Eles lançaram lá fora, faz poucas semanas, o seu quinto álbum, "Here's to taking it easy". E "The mermaid parade" foi a faixa que mais gostei: letra legal, guitarra linda, piano idem e... sensibilidade. Muita sensibilidade. Recomendo.
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Os fanáticos pela obra-prima "Bitches brew", de Miles Davis, podem separar a grana para a "Legacy edition" que sairá em agosto. Será um disco triplo, com dois CDs (com o álbum original + material bônus) e um DVD com um show registrado à época do lançamento, ou seja, 1970. Uma outra versão, com tudo isso e mais um livro e o álbum duplo em vinil será lançada simultaneamente. Imagina quanto não custará isso aqui no Brasil? Em 2004, saiu um box com quatro CDs com as sessões de gravação do álbum ("The complete 'Bitches brew' sessions"). Esperemos que o tal materia bônus dessa "Legacy edition" seja diferente.
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Mais um videozinho liberado pelo U2, e que faz parte do novo DVD/BD da banda, "U2360º at the Rose Bowl". Dessa vez foi "Ultraviolet". O DVD e o BD já saíram na Europa e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, estava agendado para ontem. Lógico que atrasou, né? Afinal de contas, a indústria do disco brasileira está rica, e não precisa de dinheiro. Ah, devo fazer uma promoção valendo o DVD duplo do U2 aqui no site, logo que ele chegar às minhas mãos. Vocês querem?
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A Rolling Stone brasileira confirmou hoje que o esperado Woodstock tupiniquim acontecerá entre os dias 09 e 11 de outubro dese ano, na fazenda Maeda, em Itu (100 quilômetros de São Paulo, mais ou menos). Por enquanto nenhuma banda está confirmada, mas alguns nomes já pipocam, como Smashing Pumpkins, Pixies, Incubus, Rage Against The Machine, Arcade Fire... Mas, por enquanto, só especulação mesmo. Aguardemos.
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A banda não é inglesa, e, pior, o país em que foi formada vai enfrentar exatamente a Inglaterra nessa Copa do Mundo. Mas o We Are Scientists, banda oriunda da Califórnia, gravou um hino especialmente para a seleção inglesa nessa Copa. Olha aí:
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"É uma questão de tempo. Mais de meses que de anos até que o negócio da música entre em colapso total." (Thom Yorke para o Rax Active Citizen Toolkit) Vale lembrar que Thom Yorke é um cara que realmente sabe dessas coisas - vide "In rainbows". Mas... Questão de meses? Será??
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DE VOLTA:Duffy parece que sabe das coisas. Ela explodiu com o bom álbum "Rockferry", em 2008, e depois sumiu do mapa. Agora que todos estão com saudades, sai o anúncio de que está retornando aos estúdios, em Nova York, para gravar um novo álbum. As canções estão sendo compostas pela própria Duffy, com a colaboração do baterista Ahmir "Questlove" Thompson e de Albert Hammond (o pai do guitarrista dos Strokes). Duffy promete o novo trabalho ainda para 2010.
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E fechando o dia 09 de junho de 1978, vamos terminar com... futebol, claro. E quem completa 32 anos hoje é o craque polonês (naturalizado alemão) Miroslav Klose. Ele jogou no Werder Bremen, e agora está no Bayern de Munique, mas acabou fazendo mais história mesmo pela seleção alemã. Klose foi vice-campeão do mundo em 2002, marcando cinco gols. Já em 2006, a Alemanha jogou em casa e foi a terceira colocada, e Klose fechou a competição também com cinco gols. Só que, dessa vez, ele foi o artilheiro da Copa. Agora em 2010, Klose estará de volta. E se ele marcar seis gols, ultrapassará o Ronaldo "Fenômeno", tornando-se o maior goleador da história das Copas.
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E no mesmo dia em que "Some girls" chegou às lojas, nascia Matt Bellamy, vocalista e guitarrista do Muse, uma das bandas mais adoradas (e superestimadas, na minha opinião) da atualidade. O último álbum da banda, "The resistance" (2009), está legal, apesar de soar um pouco como cópia pálida do Queen dos anos 70. Mas o que já tive chance de ver dessa nova turnê, aí passou um pouco do limite. Muito efeito especial, bailarino meio que descendo de disco voador... Ou, para ser mais direto: cafona pra cacete. Acho que pensaram em algo tão grandioso, mas tão grandioso, que... acabou ficando over. A gente costuma dizer que "o céu é o limite". Mas cheguei à conclusão de que, em termos de grandes shows, "o U2 é o limite, e olhe lá". Isso porque a banda irlandesa também quando quer ser cafona, sai de baixo. Mas, voltando ao assunto principal: parabéns, Matt Bellamy. (Ah, poupei vocês e coloquei um vídeo da turnê antiga do Muse.)
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Olha, agora vamos fazer de conta que estamos no ano de 1978. Mais especificamente no dia 09 de junho de 1978, ok? Olha, muita coisa legal, aconteceu nesse dia. Para começar, o lançamento do álbum "Some girls", dos Rolling Stones. Gravado em Paris, ele chegou à primeira posição da parada da Billboard. Algo não muito surpreendente para um álbum que tinha as seguintes faixas: "Miss you"; "When the whip comes down", "Just my imagination", "Some girls", "Lies", "Far away eyes", "Respectable", "Before they make me run", "Beast of Burden" e "Shattered".
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(Esse negócio da reforma ortográfica me fez lembrar uma situação curiosa. Quando a Rita Lee lançou o seu Multishow - Ao vivo, no ano passado, tentei fazer uma entrevista com ela. Todos sabemos que Tia Rita só atende essa raça chata e asquerosa de jornalista por e-mail. O assessor, simpático, disse que eu poderia mandar as perguntas, que ela responderia com o maior prazer. Acontece que tinha uma música que ela já apresentava em seus shows, chamada "Nóia". Só que com a tal reforma, o nome virou "Noia", perdeu o acento. Tia Rita acabou mudando o nome da música para "Se manca". A minha primeira pergunta era exatamente se ela tinha mudado o nome por causa da reforma ortográfica. Ela nunca respondeu.)
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E agora partiu cinema? Bom, então vamos lembrar aqui o nascimento de Johnny Depp, que aconteceu no dia 09 de junho de 1963 - tá ficando veio (acho que pela reforma ortográfica, ficou sem acento), hein? A lembrança mais forte que tenho desse ator é no seriado "Anjos da lei", que passava quando tinha os meus dez (dez?) anos de idade. Depois, ele fez uns filmes bem bacanas, como "Ed Wood", "Don Juan de Marco", "Chocolate", "Piratas do caribe", e o recente "Alice no país das maravilhas" (eese último ainda não vi, mas dizem que é legal). Quanto ao videozinho abaixo, desculpem-me, mas "Anjos da lei" só tem graça dublado... Hehehe...
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Olha, eu vou te dizer uma coisa: hoje é dia do tenista e bem que poderia ser o dia do guitarrista. E vou além: poderia ser o dia do baterista também! Sabe o motivo? Bom, conhece Jimi Hendrix, né? Então você conhece a sua primeira banda, a Experience, certo? Então... Hoje é aniversário do Mitch Mitchell, o batera animal desse que foi um dos maiores power-trios da história. Mitchell nasceu a 09 de junho de 1947 e, infelizmente, saiu de cena um pouco cedo, no dia 12 de novembro de 2008. Fal falta, né? Então vamos relembrá-lo?
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Bom, falei tanto de Copa, mas devo lembrar que hoje é o dia do tênis! E do tenista também. Parabéns a todos eles, em especial ao meu predileto de todos os tempos (Ivan Lendl) e o da atualidade (poderia ser outro que não o Rafael Nadal?). Mas, bom, tênis me lembrou guitarra. E guitarra me lembrou Les Paul. E foi exatamente no dia 09 de junho de 1915, que nasceu o grande guitarrista criador da Gibson Les Paul. Les Paul morreu no dia 12 de agosto do ano passado. Mas pergunta se os guitarristas se esqueceram dele...
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Bom dia, pessoal! Como estamos? Copa do Mundo chegando, hein? Sexta-feira agora começa. México x África do Sul será um jogo meio-sei-lá. Mas como é abertura, está valendo. Quero ver mesmo os da Espanha e da Argentina, as minhas duas seleções prediletas nessa Copa. Fernando Torres voltou ontem, e confio que esse possa ser o nome dessa Copa. Vamos ver... Certo mesmo só a minha corrente: "pra trás, seleção do Dunga".
Álbuns com trilha sonora de novelas, salvo raríssimas exceções, pouco acrescentam a uma coleção de discos. Se nos anos 70 e 80, os discos de novela, de certa forma, ditavam um certo padrão de bom gosto, a partir da década de 90, tais coletâneas não passavam de um aglomerado de canções, que pouco tinham a ver entre si. Bons tempos em que artistas como Roberto Carlos, Toquinho e Vinícius de Moraes gravavam álbuns exclusivos que serviam de trilha para uma novela...
Às vezes ainda acontece de alguma trilha sonora (geralmente as das novelas de Gilberto Braga e de Manoel Carlos) realmente valer a pena. Entretanto, quando isso acontece, a maior parte do repertório é composto por faixas antigas, não contemporâneas. Como exemplo disso, basta pegar as ótimas trilhas de minisséries como “Anos Dourados” e “Anos Rebeldes”, repletas de Jobim, Caetano, Gil e Gal, apenas para citar alguns artistas nacionais.
Agora, com nove (?!?) meses de atraso, a Som Livre coloca no mercado a trilha sonora de mais uma minissérie, que realmente vale a pena. “Queridos Amigos” já saiu do ar há muito tempo, mas as suas canções mereciam estar agrupadas em um disco. Tudo bem que, das mais de cem músicas apresentadas na minissérie, apenas 14 entraram no CD. Mas, mesmo assim, a trilha de “Queridos Amigos” é válida para dar uma idéia de como, com um pouco de boa vontade, (ainda) é possível fazer uma bela trilha sonora para uma novela ou minissérie.
Com as canções centradas na década de 70 (período no qual se passa a maior parte da série), a trilha de “Queridos Amigos” é uma viagem ao melhor que a Música Popular Brasileira produziu do final dos anos 60 até o início dos 80. Inclusive, é notável como a estética dessa trilha se assemelha a do livro “Noites Tropicais” (de Nelson Motta), que ganhou uma trilha sonora exemplar em um CD duplo.
As canções de “Queridos Amigos” não seguem um critério cronológico. O encadeamento é realizado de forma espontânea e, no final das contas, tudo acaba descendo muito bem. Da introdução com “Canção da América”, de Milton Nascimento, até o encerramento com a Tropicália sangrenta de “Domingo No Parque”, na magistral gravação original de Gilberto Gil, tudo é coeso em “Queridos Amigos”, até mesmo quando logo após o rock “Vital e Sua Moto”, dos Paralamas do Sucesso, surge o samba “Conto de Areia”, na voz de Clara Nunes.
Como pôde ser visto, todos os gêneros musicais que fizeram sucesso durante o período da minissérie, estão presentes em sua trilha sonora: MPB tradicional (“Meu Bem, Meu Mal”, com Gal Costa; “O Bêbado e a Equilibrista”, com Elis Regina; “O Que Será (À Flor da Terra)”, com Simone), Rock Brasil (“Você Não Soube Me Amar”, com a Blitz; “Vital e Sua Moto”, com os Paralamas) e samba (“Flor de Lis”, com Djavan; “Guardei Minha Viola”, com Paulinho da Viola), passando ainda por Rita Lee, Maria Bethânia, Ivan Lins e Gonzaguinha.
Mas, como nada é perfeito, importante registrar a escorregada da gravadora Som Livre, que grafou erroneamente a canção interpretada por Paulinho da Viola. Apesar de a contracapa e o encarte informarem que a música que consta no CD é “Coração Leviano”, o correto seria “Guardei Minha Viola”. Um erro que pode até ser considerado pequeno, mas lamentável para uma ótima trilha sonora como essa.
Abaixo, para matar saudades, o videoclipe de “Vital e Sua Moto”, canção presente na trilha sonora da minissérie “Queridos Amigos”.
Em comemoração aos seus 40 anos de carreira, Rita Lee estreou novo show batizado “Picnic”. Ou melhor, a estréia mesmo aconteceu em janeiro, mas o show que passou novamente pelo Canecão neste último fim de semana, com vários ajustes, enfim, pode ser considerado uma verdadeira comemoração. O show teve caráter retrospectivo e apenas uma novidade integrou o repertório. “Tão”, uma música lançada no DVD triplo “Biograffiti”, no ano passado, é uma jocosa homenagem às pessoas chatas.
E chato é um adjetivo que está bem distante de “Picnic”. Contando com vários sucessos da imensa lista de Rita Lee, o espetáculo é uma superprodução que merece se transformar em DVD. Com 10 telões de leds iluminando o palco e uma excelente banda, na qual se destacam o marido Roberto de Carvalho e o filho Beto Lee, o show, atualmente, está mais coeso e com a banda bem mais entrosada. Os maiores sucessos de Rita Lee estavam quase todos lá, e o início foi arrasador, com “Flagra”, “Nem Luxo, Nem Lixo”, “Saúde” e “Mutante”, que teve um arranjo bem diferente, ora mais lento, ora mais pesado. A letra desta canção, inclusive, ganhou uma nova interpretação com a eterna discórdia entre Rita Lee e sua ex-banda: “Como mutante / No fundo sempre sozinho / Seguindo o meu caminho”. Tanto que, apesar de ser um show absolutamente retrospectivo, Rita Lee cantou apenas uma canção dos Mutantes – que nem estava presente na estréia em janeiro –, “Ando Meio Desligado”.
Outros sucessos jorraram da cartola de Rita, como “Amor e Sexo”, “Jardins da Babilônia”, “Corre-Corre”, “Doce Vampiro” e a disco “Bem-Me-Quer”, que ganhou um acento rockeiro, com o ótimo solo de guitarra de Beto Lee. “Ovelha negra” foi outro momento emocionante, com os painéis exibindo fotos de todas as fases da carreira de Rita Lee, bem como as capas de seus discos. A última canção antes do bis, “Agora Só Falta Você”, também foi um grande momento.
Mas, nem só de sucessos vive “Picnic”. Outras surpresas, como sempre ocorre nos shows de Rita, também estiveram presentes no roteiro de 21 canções. Entre elas, uma homenagem à Chuck Berry, com a turbinada “Roll Over Beethoven”, e outra aos Beatles, com uma versão hilária de “I Want to Hold Your Hand”, feita por Renato Barros (de Renato e Seus Blue Caps) e batizada de “O Bode e a Cabra”. A letra é de uma originalidade só: “O bode saiu com a cabra / Foram andar a pé / A cabra gritou ‘mé’ / A cabra gritou ‘méiéié’”. Um parêntese: Yoko Ono proibiu que Rita gravasse esta canção no disco “Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar”, no qual relia sucessos dos Beatles. Rita não fez por menos e mandou um singelo recado para Yoko no show: “Foda-se a Japonesa!”.
Outro momento bem engraçado foi com a divertida “Vingativa” (do repertório das Frenéticas), quando Rita e as duas backing vocals fizeram uma hilária interpretação com um figurino que tinha até leques vermelhos.
Em seus tradicionais diálogos com o público, Rita também mostrou-se bastante inspirada. Não faltaram farpas para Renan Calheiros e o time do Corinthians. E nem Vera Fischer, presente na platéia, foi poupada: “A Vera pegou mais pesado do que eu, e está aí sempre linda, sem rugas, papada...”. Rita Lee também deu uma dica para a personagem de Suzana Vieira – que também estava lá –, Branca, para que contratasse o casal Nardoni para jogar a filha Sílvia pela janela.
Depois de uma hora e meia de espetáculo, Rita Lee ainda presenteou o público com um generoso bis de cinco canções. Além de “Ando Meio Desligado”, Rita pescou o seu maior hit, “Mania de Você”. E “Erva Venenosa”, “Lança Perfume” e “Chiquita Bacana” fecharam a comemoração como um grande carnaval, com direito a chuva de papel picado. Tudo bem diferente da quarta-feira de cinzas que foi a estréia em janeiro.
A cantora Rita Lee reestreou o seu show “Picnic”, neste último fim de semana, no Canecão. Depois de uma estréia fria, em janeiro, Rita Lee fez alguns ajustes no repertório e transformou a sua festa de comemoração de 40 anos de carreira em um verdadeiro carnaval. A crítica completa do show, você lê no SRZD.
Sempre que as gravadoras resolvem vasculhar o baú da Rede Globo, coisa boa é lançada. Foi assim, por exemplo, com a série “Grandes Nomes” (será que a Trama não vai lançar mais nenhum?), e com os shows do Rock in Rio, que a MZA vem resgatando. Dessa vez, foi a Biscoito Fino quem deu à luz a mais um ótimo especial global. Gravado no final de 1979, para impulsionar as vendas da trilha sonora do seriado “Malu Mulher” – que não estava vendendo bem –, Daniel Filho juntou todas as artistas que participaram do disco de estúdio para um grande encontro, com todas cantando o sucesso “Cantoras do Rádio”. Egos a parte, o resultado foi muito bom. E vinte e oito anos depois, ainda arrepia ver um time de primeira grandeza da MPB unidas em uma gravação. As principais cantoras da época participaram: Simone, Gal Costa, Fafá de Belém, Joanna, Quarteto em Cy, Zezé Motta, Marina Lima, Maria Bethânia, Rita Lee e Elis Regina. Além do número final agrupando todas elas, cada uma tem o seu momento solo no especial. Uma comedida Simone canta “Começar de Novo”, a única que era inédita na trilha de “Malu Mulher”, enquanto a sensualíssima Gal Costa dá conta do recado com “Paula e Bebeto”, em gravação no Teatro Casa Grande. Outros destaques são “Não Há Cabeça”, interpretada por uma tensa Marina (com o auxílio de Ângela Rô Rô no piano, com cara emburrada por não ter sido convidada para cantar a música) e “Álibi”, apenas com a voz de Bethânia e o violão de Rosinha de Valença. O grande hit de 1979, “Mania de Você”, também está presente com uma gravação ao vivo em estúdio de Rita Lee e sua banda. Elis Regina, por sua vez, emociona com “O Bêbado e a Equilibrista” em apresentação ao vivo no Anhembi/SP. Todas as canções são entremeadas por interessantes entrevistas com as cantoras e com a atriz Regina Duarte, todas tendo a mulher como tema. Mas a melhor, sem dúvidas, é a concedida por Rita Lee, logo após um “baurete”, como revelou o diretor Daniel Filho na entrevista que acompanha o especial como extra do DVD. Já o depoimento de Elis Regina chega a ser emocionante, principalmente no momento em que fala de Maria Rita, à época com três anos de idade. Aproveitando a onda, bem que a Biscoito Fino poderia pensar em editar em DVD os especiais infantis que a Globo produziu no final dos anos 70 e início dos 80. Opções não faltam, como “Arca de Noé” (1 e 2), “Casa de Brinquedos”, “Plunct Plact Zuuum...”...