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2 de ago. de 2011

Ópera para começar o dia; saudades do Gonzagão; o álbum ao vivo da Zélia Duncan; a dancinha do B.Springsteen; e o Clash fazendo propaganda de Londres.



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Hoje decidi começar o dia ouvindo Marina Lima. E acho que vocês não vão reclamar. “Acontecimentos” é uma das músicas que mais gosto, e ela pertence ao álbum “Marina Lima”, lançado em 1991. Ninguém canta com mais charme do que Marina Lima. Fato.

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Vamos de ópera agora? Eu gostaria de ter um espaço maior para escrever sobre ópera, um dos gêneros que mais gosto. Hoje eu tenho um bom motivo. Foi no dia 02 de agosto de 1921, portanto há 90 anos, que Enrico Caruso, tido por muitos o maior tenor de todos os tempos, partiu dessa pra melhor. Caruso viveu apenas 48 anos, mas o suficiente para entrar para a história. A gravação abaixo é a de “Vesti la giuba”, a ária mais famosa da ópera “Pagliaci”, de Ruggiero Leoncavallo, cujo libreto mistura a encenação de um espetáculo de circo e a vida real dos seus personagens. Na ária, presente no encerramento do primeiro ato, o tenor começa a delirar por causa da desconfiança de que sua mulher está o traindo. Enquanto ele se maquia tal qual um palhaço, ele se pergunta: “Você pensa que é um homem?” E conclui: “Você não é nada além de um palhaço!” Na encenação do circo, o povo ri quando o Arlequim rouba a Colombina do palhaço. Mas aquilo é encenação? Não para o palhaço. A sua vida real é mera repetição do espetáculo. “Ria, palhaço, de seu amor arruinado! Ria da dor que envenena o seu coração!”



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Outro que também merece ser lembrado hoje é Luiz Gonzaga. No dia 02 de agosto de 1989, o compositor pernambucano, o Rei do Baião, faleceu em consequência de uma parada cariorrespiratória.



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Exatos dez anos após a morte de Luiz Gonzaga, estreva nos cinemas dos Estados Unidos o longa “O sexto sentido”. Foi o único filme de M. Night Shyamalan que prestou, é verdade. Os que vieram em seguida foram umas grandes bombas. Mas esse “O sexto sentido” é bom demais. Certamente, o filme mais assustador que já vi. Confesso que fiquei alguns bons meses depois de ver o filme com medo de ir ao banheiro de madrugada. É sério... Vamos relembrar o trailer??



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Tenho escutado bastante nas últimas semanas o novo álbum da Zélia Duncan, “Pelo sabor do gesto – Em cena”. O álbum de estúdio, “Pelo sabor do gesto”, foi um dos melhores de 2009. Ele acabou originando um belo show, no qual Zélia Duncan teve a coragem suficiente para mostrar todas (eu disse: TODAS) as músicas do novo álbum. Ninguém reclamou. O show também foi um dos melhores de 2009. No último mês de março, Zélia Duncan subiu ao palco do Teatro Municipal de Niterói, a sua cidade-natal, para registrar o espetáculo em áudio e vídeo. O CD já saiu – o DVD e o BD chegam em breve. O CD traz nove faixas gravadas ao vivo, todas originárias do álbum de estúdio (a versão ao vivo de “Telhados de Paris” ficou mais deliciosa do que a de estúdio), com exceção de “Felicidade”, de Luiz Tatit. Quatro faixas bônus (que faziam parte do repertório do show) foram registradas em estúdio. Destaque especial para a regravação de “Por isso eu corro demais” (Roberto Carlos) e “Defeito 10:Cedotardar”, de Moacyr de Albuquerque e Tom Zé). Aguardemos o DVD e o BD, que, esperamos, venha com o show na íntegra.



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Ninguém passa imune a internet mesmo… Não bastassem os fãs que filmam os micos que alguns artistas pagam em cima do palco, agora alguns vídeos bem estranhos têm surgido por aí. O último é o que mostra os ensaios de Bruce Springsteen para um videoclipe. E o mais curioso: o tal videoclipe nunca foi ao ar. Trata-se de uma versão para “Dancing in the dark”, que acabou sendo reprovada pelo cantor, em 1984. Ele não gostou do “conceito” do diretor Jeff Stein, que teria sido “literal demais”. O que vocês acham disso??



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Em seguida, Springsteen convocou o diretor Brian de Palma para filmar um novo videoclipe para a mesma canção. Ele registrou uma apresentação do cantor, na cidade de St. Paul, e não levou a letra ao pé da... letra. Achei essa segunda versão bem melhor. Mas, cá entre nós, algumas das dancinhas do vídeo reprovado foram bem usadas por Springsteen em cima do palco, não??



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E já que estamos falando do Boss, vocês se lembram daquela história do Ronald Reagan, então candidato a presidência dos Estados Unidos, ter usado a música “Born in the USA” em sua campanha eleitoral? Regan, muito mal assessorado pelo jeito, achou que a letra “elogiava” o país, quando na verdade, baixava o sarrafo na Guerra do Vietnã. Olha esse trecho, por exemplo (em tradução livre): “Então eles colocaram um fuzil na minha mão / Me enviaram para uma terra estrangeira / Para ir e matar o homem amarelo...” Pois bem, a Inglaterra está caindo na mesma esparrela. Sabe qual música os gênios estão usando para divulgar, em propagandas institucionais, os Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem?? “London calling”. Isso mesmo: “LONDON CALLING”, do The Clash. Imagina a galera dos outros países vendo aquelas imagens da cidade, com o fundo musical: “The ice age is coming, the sun is zooming in / Meltdown expected and the wheat is growing thin / Engines stop running but I have no fear / London is drowning and I live by the river”?? Pelo menos é divertido, né?

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Ah, ficou com vontade de escutar a música? Vamos então na versão de Bruce Springsteen??



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O Foo Fighters realizou uma turnê faz pouco tempo. Até aí, nada demais. Isso se os shows não tivessem sido feitos em garagens de casas de fãs. Essa turnê foi registrada pela banda em um documentário de 40 minutos, que eu não consegui desgrudar os olhos do monitor. Dá uma olhada:



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Para finalizar por hoje, um vídeo engraçadinho do Slash transformado em desenho animado da Disney. Ah, ficou legal, né??

21 de jul. de 2011

U2 se despedindo da 360° Tour em Nova Jersey

Terminou há pouco aqui em Nova Jersey, no sensacional New Meadowlands Stadium, o show do U2. Bom, para começar, vale dizer que a apresentação não foi muito diferente da que passou por São Paulo três meses atrás.

O palco todo mundo já está cansado de conhecer. Realmente ele é impressionante. Mesmo quando a gente revê aquilo pela terceira vez, não tem como passar desapercebido. Lindo ou cafona. Depende do ponto de vista. Mas indiferente o cliente não fica.

Os shows em São Paulo eu vi um do gramado e outro da Red Zone. Achei o gramado bem melhor, porque você tem uma visão mais global. Hoje, fiquei nas cadeiras logo acima (na lateral) do palco. E tive uma outra experiência. Não sei se no início da turnê era assim, mas Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. (dentro das suas possibilidades de baterista) usaram e abusaram do nababesco palco.

Independentemente do lugar no estádio, não tem como o público se sentir desprestigiado. Os quatro integrantes da banda irlandesa usam cada milímetro quadrado do palco. Até a bateria, em alguns momentos, vira de costas, para prestigiar a galera atrás do palco. Bono e The Edge, por sua vez, não param um segundo. As passarelas que ligam o palco principal ao tablado redondo que circunda a pista VIP (para os que chegam mais cedo, e não para quem paga mais, diga-se) também são usadas a torto e a direito.

O show de abertura coube à banda Interpol. A apresentação foi curtinha, 45 minutos, e pareceu não agradar muito ao público. O Muse, que abriu em São Paulo, se saiu muito melhor. O seu repertório está mais de acordo com a “sonoridade U2”. Já com relação ao Interpol, o som “indie-pós-punk” do conjunto de Nova York não empolgou o reduzido público.

Quando o U2 subiu ao palco, havia 95 mil pessoas no estádio. A plateia não parou. Parecia querer compensar o atraso de um ano - a turnê norte-americana do ano passado teve que ser cancelada por causa de uma cirurgia de emergência na coluna do cantor. Da entrada, com “Space oddity”, na voz de David Bowie, ao encerramento, com a inesperada “Out of control”, o U2 desfiou um repertório que privilegiou todas as fases de sua carreira, especialmente o álbum “Achtung baby” (1991). Não foi à toa que logo após a primeira faixa do set list, “Even better than the real thing”, Bono disse: “Welcome to 1991!”.

E seguiram-se mais três faixas de “Achtung baby”: “The fly”, “Mysterious ways” e “Until the end of the world”. Mais no final da apresentação, foi a vez de outra do mesmo disco: “One”. E “Zooropa” (1993), gravado na mesma época de “Achtung baby”, também foi lembrado com a sua faixa-título e a balada voz & violão “Stay (Faraway, so close!)”. Ainda nesse ano, O U2 vai lançar uma edição especial, repleta de bônus, desses dois álbuns. Daí talvez a preferência por essa fase do início dos anos 1990 no repertório. Do último álbum da banda, “No line on the horizon” (2009), apenas quatro músicas foram lembradas, incluindo a versão dance de “I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight” e “Moment of surrender”, faixa de encerramento de todos os shows da turnê, com exceção desse em Nova Jersey, que acabou com uma versão turbinada de “Out of control”, faixa do álbum de estreia da banda, “Boy” (1980), que ainda foi lembrado com “I will follow”, a quinta canção do roteiro.

Bono fez menção ao início da carreira da banda, e disse que o primeiro show do U2 em Nova Jersey aconteceu trinta anos atrás. Ele leu o repertório daquela apresentação. E destacou o bis, que contava com quase todo o show repetido. “Muita coisa mudou, mas outras permanecem iguais”, disse antes de apresentar os membros do conjunto, juntos desde o primeiro álbum.

Um ícone da cidade de Nova Jersey também foi lembrado por Bono. Bruce Springsteen (chamado de “Father Springsteen” pelo vocalista) teve a sua “The promise land” lembrada durante “I still haven’t found what I’m looking for”.



E no final, antes de “Moment of surrender”, houve o momento de maior emoção da noite, quando Bono pediu um cartaz que um fã segurava na parte de trás do gramado. O cartaz foi de mão em mão, até chegar a Bono. Quando ele o abriu, lá estava escrito: “For Clarence”. Tratava-se do lendário saxofonista Clarence Clemons, da E Street Band (que acompanha “Father Springsteen”), e que morreu no mês passado. Durante “Beautiful day” (certamente a música que teve a maior recepção da plateia), Bono ainda lembrou David Bowie, cantando um trecho de “Space oddity”.

Agora, a “360 Tour” segue para Minneapolis, Pittsburgh e, finalmente, Moncton (Canadá), onde acontecerá o derradeiro show da turnê, no dia 30 de julho. Deixará saudade. Sorte de quem pôde assistir a algum show.

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Set list completo do show do U2 no New Meadowlands Stadium:

“Even better than the real thing”
“The fly”
“Mysterious ways”
“Until the end of the world”
“I will follow”
“Get on your boots”
“Magnificent”
“I still haven’t found what I’m looking for”
“Stay (faraway, so close!)
“Beautiful day”
“Elevation”
“Pride (In the name of love)”
“Miss Sarajevo”
“Zooropa”
“City of blinding lights”
“Vertigo”
“I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight”
“Sunday bloody sunday”
“Scarlet”
“Walk on”
“One”
“Hallelujah”
“Where the streets have no name”
“Hold me, thrill me, kiss me, kill me”
“With or without you”
“Moment of surrender”
“Out of control”

18 de jul. de 2011

Uma trilha sonora para a semana

1) "Miami 2017 (Seen the lights go out on Broadway)" (Billy Joel)



2) "59th Street Bridge song (Feelin' groovy)" (Simon & Garfunkel)



3) "Broadway" (The Clash)



4) "Walk on the wild side" (Lou Reed)



5) "New York" (U2)



6) "Fairytale of New York" (The Pogues & Kirsty MacColl)



7) "My city of ruins" (Bruce Springsteen)



8) "New York, I love you but you're bringing me down" (LCD Soundsystem)



9) "New York City" (John Lennon)



10) "Who are you, New York?" (Rufus Wainwright)

30 de jun. de 2011

A música do ano; Henderson toca Jobim; 31 anos de “The game”; ...e os 25 do “Xou da Xuxa”; as “manchetes do dia”; o texto do Boss; e um pedido ao PS.

Eu sou daqueles que me apaixono por uma música nova diariamente. Mas evito aquela coisa de sempre achar que será a “música do ano” e tal. Lógico, ainda nem chegamos à metade de 2011, mas se eu tivesse que escolher a “música do ano” até agora, não teria dúvidas...



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Aliás, o Elbow, para mim, é uma das bandas mais inteligentes surgidas nos últimos anos. Será que um dia vai fazer sucesso no Brasil?? Acho meio difícil. Dizem que o show deles é simplesmente fantástico... Vai ser difícil rolar por aqui, né?

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Há dez anos, quem partiu dessa pra melhor foi o genial saxofonista Joe Henderson. Ele gravou discos com meio mundo do jazz, como Herbie Hancock, Horace Silver, Lee Morgan, Ron Carter, Charlie Haden, entre outros. Mas eu ainda acho que a sua obra-prima é “Double rainbow: The music of Antonio Carlos Jobim” (1994), um tributo genial ao Maestro Soberano. Essa música aqui faz parte do álbum...



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Quem acompanha esse blog sabe que eu gosto muito de relembrar datas de lançamento de determinados álbuns, especialmente aqueles que foram/são importantes para mim. Foi no dia 30 de junho de 1980 que “The game” chegou às lojas. Os fãs mais radicais costumam dizer que o Queen mudou muito a partir desse álbum, enveredando para um caminho mais pop e menos rock. E foi o primeiro álbum do Queen com Freddie Mercury de bigodinho. Eu acho isso uma bobagem. O Queen nada mais fez do que atualizar a sua sonoridade com o passar do tempo. Afinal, poucas bandas permanecem unidas por tanto tempo – no caso do Queen, 20 anos. E quem é que vai falar mal disso aqui?...



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Interrompemos a nossa programação normal para informar o que estreava na televisão brasileira no dia 30 de junho de 1986:



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Tá rindo, né? Quantos anos você tinha?? Eu tinha acabado de fazer seis. E via o “Xou da Xuxa” antes de ir à escola. Alguns anos depois, eu via o “Xou da Xuxa” quando voltava da escola. Ah, todo adolescente fazia isso... Né?? Hahahaha...

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Partindo para o futebol... Hoje faz nove anos (nove??? Já??? caraca...) que o Brasil foi penta-campeão mundial de futebol, naquele jogo contra a Alemanha, no Japão. O placar final, todos sabemos, foi dois a zero; dois gols do Ronaldo, que, acredite, já foi magro um dia. Uma historinha que não vai interessar a ninguém, mas que é engraçada: nesse dia, meu irmão estava chegando na Bélgica. Perdeu todos os vouchers de hotel no avião. Ligou para casa desesperado, pedindo para que a gente comprasse um guia da Bélgica e ditasse os nomes de hotéis para ver se ele se lembrava do nome. Só que a rua aqui em frente de casa estava absolutamente lotada, não passava carro, por conta da comemoração. O shopping devia estar fechado também. E, para completar: você já viu algum guia da Bélgica?? Mas esse dia teve um lado bom: o meu irmão descobriu o que é a internet...



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Manchete do dia! Vamos torcer para que não seja verdade...

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Vamos compensar essa última nota, com essa aqui: Lynyrd Skynyrd começa a gravar um novo álbum em novembro.

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A morte do saxofonista Clearance Clemons, da E Street Band, na semana passada, chocou os fãs de Bruce Springsteen e do rock. Nunca vi um show do BS + E Street Band, e desconfio que, caso isso venha a acontecer um dia, não terá a mesma graça. Esse é o tipo do caso que a gente diz que o músico da banda tem tanta importância quanto o seu líder. No funeral, Springsteen fez um discurso muito bonito que, agora, está disponível em seu site oficial. Vale a pena dar uma lida.

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Esse livro aqui eu recomendo antes de ler. Já encomendei o meu... São 98 textos escritos entre 1942 e 2009, sobre a obra de Nelson Rodrigues, o maior escritor brasileiro de todos os tempos. (Nunca usei um “de todos os tempos” com tanta facilidade na minha vida...)

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Vem ao Rio, Primal Scream, vem… AInda mais para tocar o “Screamadelica” todinho…

21 de nov. de 2010

Resenhando: Rock & Roll Hall of Fame, Legião Urbana, R.E.M., Roupa Nova, Weezer

“The 25th Anniversary – Rock & Roll Hall of Fame Concerts”– Vários Artistas
Assistir a um concerto reunindo nomes como Simon & Garfunkel, U2, Mick Jagger, Bruce Springsteen, Metallica, Aretha Franklin, Jeff Beck, Sting, entre outros, pode parecer um sonho. E deve ser mesmo. Esse concerto (na verdade dois, em dias seguidos) aconteceu no Madison Square Garden, em Nova York, no primeiro semestre desse ano para comemorar os 25 anos de existência do Rock & Roll Hall of Fame. Um amigo meu que assistiu ao segundo show tentou me descrever a sensação de ver o U2 com o Mick Jagger em cima do palco, a cinco metros de distância. Consegui imaginar, mais ou menos, como foi. Mas o DVD (também em blu-ray e CD) que chegou às lojas (lá de fora) no início do mês fez o resto do trabalho. De fato, são quase seis horas de ótima música e de encontros sensacionais. Exemplos? São numerosos, mas vamos lá: Metallica + Ozzy Osbourne (em uma versão absurda de “Iron man” / “Paranoid”), U2 + Mick Jagger, Bruce Springsteen + Billy Joel, Stevie Wonder + B.B. King (“The thrill is gone” ficou arrepiante), Paul Simon + David Crosby, Aretha Franklin + Annie Lennox, Jeff Beck + Buddy Guy (em “Let me love you baby”)... Tá bom? Nesse tipo de show, as apresentações, às vezes, tendem a ficar um pouco burocráticas. Decerto, esse “The 25th Anniversary...” não foge à regra em determinados momentos (Crosby, Stills & Nash, é verdade, chega a cansar um pouco). Mas, em sua maior parte, o DVD chega mesmo a arrepiar. Até mesmo com a Fergie grasnando e estragando “Gimme shelter”, ao lado de Bono e de Mick Jagger.

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“Legião Urbana” – Legião Urbana
O dever do ofício me faz escrever sobre o relançamento da obra completa da Legião Urbana em CD (vendidos avulsos ou em luxuoso box) e em LP com gramatura 180 – adiantei o meu presente de Natal me dando a coleção completa em vinil. Bom, falar o quê da obra da Legião? Como diz aquele famoso jornalista lulista, até o mundo mineral conhece a obra de Renato Russo e companhia. Do seminal “Legião Urbana” (1985), com vários cuspes na cara de vocês, como “Será” e “O reggae”, ao póstumo “Uma outra estação” (1997), o da clássica “Clarisse” (a garota que está trancada no banheiro e quer se suicidar), a obra da banda de Brasília prima pela coerência e pela alta qualidade. Disco ruim da Legião? Desculpe-me, mas não existe. Pode até ter aquele que você considera mais fraco, mas ruim? Não. E não se esqueça que o ruim de hoje pode ser o seu predileto de amanhã. Considerei “V” (1991) durante muito tempo um álbum muito difícil. Ouvia pouco. Bom, ele continua sendo difícil. Até ainda mais, atualmente. Mas, hoje, é o meu mantra. Quando “As quatro estações” (1989) foi lançado, os roqueiros mais radicais não entenderam porque Renato Russo estava cantando “Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo” ou então “Ainda que eu falasse a língua dos anjos”. Hoje, acho que todo mundo entende. Outro aspecto que impressiona quando a gente ouve novamente a obra completa da Legião Urbana é observar a sua atemporalidade. Nossa mãe, tem bandinha por aí que fez música ontem, e hoje já soa datada, tanto na sonoridade quanto na letra. Isso não acontece com nenhuma (eu disse NENHUMA!) música da Legião, posso garantir. Se encontrar alguma, por favor, me avise. Agora, eu vou dar uma dica: se você for muito fã da Legião, tiver um toca-discos e alguma grana sobrando, compre a edição dupla em vinil de “A tempestade”. Renato Russo sempre dizia que “até segunda ordem, todo álbum da Legião é duplo”. Na hora H, ele mudava de ideia para o disco não ficar muito caro. Assim, “A tempestade” é o primeiro vinil duplo (de canções inéditas, ressalte-se, ou seja, o “Música para acampamentos” não vale) da história da Legião Urbana. Demorou, mas Renato Russo deve ter ficado feliz.

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“Live from Austin TX” – R.E.M.
O R.E.M. já anunciou que o seu novo álbum de inéditas, “Collapse into now” sairá em breve. No ano passado, chegou às lojas o fantástico CD duplo “Live at the Olympia in Dublin”, com 39 faixas gravadas durante os ensaios abertos para a gravação do álbum “Accelerate” (2008). Um álbum ao vivo, é verdade, mas que não tinha muita coisa a ver com a turnê, que passou pelo Brasil em três memoráveis apresentações em novembro de 2008. Então, a “Accelerate tour” iria passar em branco, logo por uma banda que sempre faz questão de deixar registrado oficialmente algum show da turnê? Mais ou menos. “Live from Austin TX”, novo DVD da banda Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck, não é exatamente um show da turnê do álbum. A apresentação foi gravada para o programa de televisão “Austin City Limits”, no dia 13 de março de 2008, poucos dias antes de “Accelerate” chegar às lojas. Não se tratava de um ensaio, mas de um especial com 75 minutos de duração. Nesse DVD, as canções do álbum surgem da mesma forma que estão registradas no trabalho de estúdio, além de sucessos que viriam a fazer parte da turnê. Mas, caso você tenha ido a algum show do R.E.M. em 2008, esqueça toda a animação e energia da banda. Esse “Live from Austin TX” é frio como um focinho de cachorro quando acorda no inverno. A preocupação em acertar as músicas novas deixa a apresentação muito sem graça – e isso sem contar com o áudio do DVD, que está baixo demais. Mas é lógico que também não dá pra desprezar o lançamento. Afinal, não é sempre que o R.E.M. junta em um mesmo setlist preciosidades como “Drive”, “So. Central rain” e “Fall on me”. E também não é qualquer banda que pode tocar músicas como “Losing my religion”, “Man on the moon” e “Imitation of life” sem jamais cansar o ouvinte. E tem mais: as músicas do “Accelerate” ficam melhores a cada dia que passa. Duvida? Então ouça “Until the Day is done” e “Man-sized wreath”. Pensando bem “Live from Austin TX” é um grande DVD. Realmente, o R.E.M. não consegue fazer nada mal feito.

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“30 anos – Ao vivo” – Roupa Nova
Ninguém pode dizer que o Roupa Nova só vive do passado, afinal, não tem muito tempo, eles colocaram nas lojas o mediano “Roupa Nova em Londres” (2009). Mas muita gente pode dizer que o Roupa Nova tem vivido muito do passado ultimamente. Veja só: “RoupAcústico” (2004), “RoupAcústico 2” (2006) e, agora, “30 anos – Ao vivo”. Por mais que o Roupa Nova seja uma das instituições da MPB com um enorme número de sucessos, não tem como não soar repetitivo. Os dois primeiros discos citados são acústicos, certo, mas esse terceiro não foge muito do esquema. Embora seja notável a preocupação da banda em fazer arranjos um pouco diferentes, no final das contas, não tem muito para onde correr. Entretanto, quem é que está muito interessado em ficar ouvindo material novo, a não ser os críticos rabugentos? A julgar pela empolgação dos fãs do Roupa Nova nesse novo DVD (que também sai em CD com faixas muito mal selecionadas, diga-se de passagem), a banda carioca está fazendo a coisa certa. Do início, com a linda “Sapato velho” até o final, com “Canção de verão” (o seu primeiro sucesso), o Roupa Nova joga pra galera, literalmente. Não tem uma música que a plateia que lotou o Credicard Hall, em julho, não saiba de cor (e cante aos berros). E tome “Linda demais”, “Volta pra mim”, “A força do amor”, “Dona”, “Coração pirata”, “Seguindo no trem azul”, “Clarear”, “Meu universo é você”, “Whisky a gogo”... No CD e no DVD, o Roupa Nova também recebe convidados especiais como Milton Nascimento (“Nos bailes da vida”), Sandy (“Chuva de prata”), Padre Fábio de Mello (em “A paz”, jura que precisava disso??) e Fresno (“Show de rock ‘n roll”). Stanley Netto e Daniel Musy engrossam o caldo nos metais, e a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos faz bonito, ainda que a sua participação seja reduzida. As letras do Roupa Nova, às vezes, são de gosto bem duvidoso. Mas, musicalmente, vamos combinar, a banda é perfeita.

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“Death to false metal” / “Pinkerton” (Edição especial) – Weezer
O Weezer está fazendo um bom pé-de-meia nesse fim de ano. Depois do lançamento do álbum de inéditas “Hurley”, dois meses atrás, agora é a vez de dois (na verdade três, porque um é duplo) CDs em uma tacada só. Vamos começar pela edição especial do clássico “Pinkerton”, lançado originalmente em 1996. Até hoje, os fãs do Weezer dizem que a banda nunca lançou nada igual. E eles têm razão. Ouvindo “Pinkerton” novamente, 14 anos após, fica nítida a sua qualidade. É aquele tipo de álbum que a gente pode afirma que não envelhece. “Tired of sex”, “Across the sea”, “Pink triangle” e “The good life” continuam deliciosas. Além disso tudo, quem comprar essa edição luxuosa de “Pinkerton” (óbvio que só saiu lá fora), ainda vai ter 25 faixas raras ou inéditas, como lados B de singles, muita gravação ao vivo de faixas do álbum (a versão acústica de “El scorcho” é especialmente divertida), takes alternativos de gravação (“Butterfly”, ainda mais crua, ficou ainda mais bonita), além da absolutamente inédita “Tragic girl”. Partindo para “Death to false metal”, trata-se de uma compilação de gravações inéditas do Weezer, “que não entraram nos sete primeiros álbuns da banda porque estávamos ou estranhos demais, ou pop demais, ou metal demais ou punk demais”, conforme Rivers Cuomo explicou ao Toronto Sun, no mês passado. Apesar de as músicas serem, em sua maioria, antigas, o álbum mais parece um novo trabalho da banda. Com todos os senões que isso acarreta, até mesmo porque, todos sabemos que os últimos álbuns do Weezer estão mais pra lá do que pra cá. Por exemplo, a versão para “Unbreak my heart”, aquela mesmo da Toni Braxton, chega a ser risível – o que a banda quis com essa faixa? “Turning up the radio”, a faixa de abertura, lembra o rock adolescente que o Weezer anda fazendo ultimamente, e “Losing my mind” soa pretensiosamente chata. Mas tudo bem, ainda tem algumas coisas que a gente possa se lembrar do Weezer dos velhos tempos, como “The odd couple” e “Blowin’ my stack”. Mas nada que justifique o lançamento de “Death to false metal”, indicado somente para os mais fanáticos.

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Em seguida, veja o encontro de Mick Jagger com o U2, em “Stuck in a moment you can’t get out of”, presente no DVD “The 25th Anniversary – Rock & Roll Hall of Fame Concerts”:

17 de nov. de 2010

Rachel de Queiroz, Villa-Lobos, John Lennon, Cazuza, Bruce Springsteen, Red Hot, Strokes, Joe Strummer, Skank

Assim como as grandes bandas lá de fora estão relançando os seus álbuns mais importantes em versões expandidas, o Skank, após a versão especial de "Calango", prepara agora a de "O samba poconé", lançado originalmente em 1996. Samuel Rosa adiantou a novidade à Rolling Stone. O lançamento deve acontecer no segundo semestre de 2011. "Queremos colocar alguma sobra de estúdio e talvez lançar também um DVD falando um pouco sobre como foi na época, com imagens que temos daquele período", disse o compositor. Além do CD original, com algumas sobras e um filme com o making of, a banda planeja gravar um show, no qual apresentará o álbum na íntegra, em algum local "diferente", como o Deserto do Atacama (?!?). Outras bandas deveriam se mirar no exemplo do Skank, e preparar edições de luxo de seus álbuns mais importantes. Lá fora, isso vende adoidado.

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Mais uma cinebiografia de um astro do rock está a caminho. Joe Strummer, do The Clash, terá a sua vida transformada em filme. A produção de "Joe Publich" começa nos próximos dias. O roteiro é de Paul Viragh, que trabalhou na cinebiografia de Ian Dury, "Sex and drugs and rock and roll". Vale destacar que a vida de Strummer já foi documentada em "Joe Strummer: The future is unwritten" e "Strummervile".

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A banda The Strokes anunciou que terminou as gravações de seu quarto álbum. O lançamento deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem. A boa nova foi dada pelo próprio Julian Casablancas, em seu perfil no Twitter. A gravação terminou na segunda (dia 15), e o álbum começará a ser mixado nos próximos dias. A produção é de Joe Chiccarelli. Este será o primeiro álbum dos Strokes desde "First impressions of Earth", que saiu em 2006.

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Metallica, Red Hot Chili Peppers e Snow Patrol... Hum, esse Rock in Rio está começando a ficar bem bacana, hein?

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E olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Fallon: Bruce Springsteen. AMEI!



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Parece que foi ontem que comprei o primeiro disco solo do Cazuza. Mas sabia que hoje já faz 25 anos do seu lançamento?? Pois é. Cazuza deixou o Barão Vermelho no primeiro semestre de 1985, pouco depois do Rock in Rio. Ficou um pouco cansado do rock e, principalmente, de ter que dividir os holofotes com os seus colegas. Resultado: pediu para sair. E, para a felicidade geral do BRock, o Barão encontrou o seu caminho, com Roberto Frejat nos vocais, e Cazuza detonou geral em sua brilhante (e curta) carreira solo. O seu primeiro álbum tinha algumas músicas que, originalmente, fariam parte do próximo álbum do Barão - o espólio acabou dividido entre os discos "Cazuza" e "Declare guerra" (1986), esse último, do Barão. Os primeiros clássicos da carreira solo de Cazuza estão nesse grande álbum, cuja foto mostra uma linda foto do rapaz: "Exagerado", "Mal nenhum", "Codinome Beija-flor", "Só as mães são felizes"... Mas a minha predileta mesmo é essa aqui...



"Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média"


Coisa de gênio, né? Deve ter sido escrita pra mim...

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Acho que já são três dias seguintes aqui falando de John Lennon. Paciência, galera! Não tenho culpa se a minha agenda das efemérides acusa algo interessante dele todo dia. E hoje eu não poderia deixar passar em branco, pois, veja só, "Double fantasy", seu último álbum completa 30 anos. Até o iniciozinho de 1980, Lennon estava meio que aposentado. Queria cuidar do filho, da Yoko Ono, regar as suas plantinhas no Dakota (um conhecido meu que era vizinho de porta de Lennon me disse isso, é sério)... Tinha direito, né? Mas ele resolveu voltar com força total e foi gravar "Double fantasy" ao lado da Yoko. Um bom álbum, eu acho. Olha as músicas legais que constam nele: "(Just like) Starting over", "I'm losing you", "Beautiful boy (Darling boy)", "Watching the wheels", "Woman", "Dear Yoko"... O resto da história, todo mundo já sabe, né? Mês retrasado saiu o "Double fantasy - Stripped down", com uma nova mixagem, através da qual, a voz de Lennon ficou mais nítida, e o instrumental um pouco mais cru. Eu gostei bastante.



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E por falar em Heitor Villa-Lobos, a "Melodia sentimental", prece em sua homenagem, na voz de Ney Matogrosso. A letra é de Dora Vasconcellos.



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Hoje também é dia de lembrar de um dos grandes heróis da nossa música. Heitor Villa-Lobos partiu dessa pra melhor no dia 17 de novembro de 1959, vítima de câncer. Transitando entre o popular e o erudito, Villa-Lobos, certamente, foi o compositor que melhor entendeu a alama do país, ao compor peças como "O trenzinho caipira" e as nove "Bachianas Brasileiras". Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo.



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Bom dia! Hoje começamos com Rachel de Queiroz, escritora que estaria completando 100 anos nesse 17 de novembro de 2010. Confesso que meus conhecimentos sobre Rachel de Queiroz se restringem àqueles que a gente aprende nos bancos da escola: o seu primeiro romance foi "O quinze" (1930), ela foi a primeira mulher a ocupoar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, apoiou a ditadura militar de 1964, escreveu "Memorial de Maria Moura", que virou minissérie (ah, essa eu vi, eu vi...). Enfim, juro que tentarei ler "O quinze" até o fim do ano...

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12 de nov. de 2010

Rodin, Paulinho da Viola, Neil Young, Madonna, Mário Castro Neves, Plebe Rude, Bon Jovi, Michael, Springsteen, TCV, Radiohead, Gorillaz, Jónsi

Pessoal, amanhã e domingo este blog funciona normalmente. Mas na segunda, não estarei aqui. Não é vagabundagem. É que tenho que entregar um livro em janeiro, o tempo está passando e não consigo arrumar tempo para escrevê-lo. Então, vou aproveitar o fim de semana prolongado para me dedicar a isso. Na terça estou de volta. Para o fim de semana, fiquem com isso aqui:



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Olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Fallon: Jónsi! Amo de paixão.



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A boa notícia para os fãs do Gorillaz é que Damon Albarn disse que já gravou um álbum inteirinho com a banda. "Foi todo gravado na estrada, durante a turnê, em quartos de hotel na América. Quero lançá-lo antes do Natal", disse. Ao NME, ele ainda afirmou: "Acho que foi o primeiro álbum gravado em um iPad, o que é irônico, já que sou um tecnofóbico".

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Gastar dinheiro público em um show do Elton John? Prisão perpétua pra eles!

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Já falei aqui que o novo álbum do Radiohead já está quase pronto, né? Bom, o guitarrista Johnny Greenwood, em entrevista à Rolling Stone italiana, disse que o novo disco deve ter dez faixas, "talvez mais". Além disso, ele prometeu uma "big" (suas palavras) turnê. Aguardemos.

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O segundo álbum do grupaço Them Crooked Vultures vai ser gravado no ano que vem. Foi o que disse o baixista John Paul Jones à BBC. Como era um projeto paralelo do ex-baixista do Led Zeppelin juntamente com Josh Homme (Queens Of The Stone Age) e Dave Grohl (Foo Fighters), pouca gente acreditava que, de fato, haveria um novo álbum. Segundo Jones, o TCV retornará ao estúdio após o término das turnês do Foo Fighters e do Queens Of The Stone Age.

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Olha só o que vai fazer parte do DVD que vem na nova caixa do Bruce Springsteen, "Darkness on the edge of town", que sai semana que vem nos Estados Unidos:



Já desfalquei todo o meu orçamento, mas esse box já está encomendado!

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Mais notícias sobre o tão aguardado (e já controverso) álbum de Michael Jackson, que chega às lojas no dia 14 de dezembro. 50 Cent, Akon e Lenny Kravitz participam do álbum, fazendo dueto com Michael em três faixas. O dueto com Akon, "Hold my hand", será o primeiro single do disco. A estreia será já na segunda, dia 15. Já 50 Cent aparece em uma faixa chamada "Monster", enquanto Lenny Kravitz canta "(I can't make it) Another day". As faixas de "Michael" são as seguintes: "Hold my hand", "Hollywood tonight", "Keep your head up", "(I like) The way you love me", "Monster", "Best of joy", "Breaking news", "(I can't make it) Another day", "Behind the mask" e "Much too soon". Uma versão dita não finalizada de "Hold my hand" já vazou na internet faz tempo.



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A quem interessar possa (não a mim), o novo videoclipe do Bon Jovi, "What do you got?":



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Como é bom ver um videoclipe novo da Plebe Rude...



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Gente, que coisa, eu já ia pulando aqui o aniversário de mais um gênio: Mário Castro Neves, um dos melhores pianistas da Bossa Nova. Ele, que faz 75 anos hoje, gravou ao menos um álbum obrigatório em qualquer boa coleção: "Mário Castro Neves & Samba S.A." (a capinha está no vídeo aí embaixo), de 1967.



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Fim da linha do Chevette! Adorei a vibe nostálgica. Eu me lembro bem de um Chevette que meu pai tinha que era cor de b#%$osta!

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Hoje eu estou enrolando demais. Tenho que acelerar. Farei um programa de gordo e de autista daqui a pouco: vou a um restaurante almoçar sozinho. Bom, "Like a virgin" foi o quinto CD da minha coleção, tipo pedra fundamental. Então, (conviver com paulista faz a gente ficar falando "então", acredite), hoje esse discaço faz 26 anos. Só resta saber se a Madonna continua virgem.



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Hoje só tem gênio aqui no blog. Meu Deus! Sabe quem completa 65 primaveras hoje? Neil Young! Se eu não tivesse com tanta dor de cabeça, eu até contava aqui sobre o dia em que encontrei Neil Young no meio da rua, nos Estados Unidos. Acho que a foto está lá no orkut. Haha... Salvo engano, tem duas fotos com artistas lá: uma com Paulinho da Viola e outra com Neil Young. E, coincidentemente, os dois fazem aniversário no mesmo dia. Engraçado, né? Ah, olha isso:



Esse show eu assisti na grade, com uma camisa da Legião Urbana. Queria levar o Renato Russo comigo a esse show.

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"Há muito tempo eu escuto esse papo furado
Dizendo que o samba acabou
Só se foi quando o dia clareou"


Coisa de gênio, né? Adoro essa música do Paulinho da Viola. Aliás, sacou o mosaico de discos acima aí no blog. Está formando o rosto de quem?? Hahaha... Meu agradecimento ao meu irmão mais novo Chico Rezende, que fez esse layout pra mim. Conhecem o Chico? Ele é dono do melhor vlog que existe. Olha isso:



Gênio! Voltei para a análise só por causa desse vídeo.

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Bom, vou parar de enrolar, até mesmo porque a escultura do Auguste Rodin ficou lá embaixo. Pois é, hoje comemoramos os 170 anos do nascimento desse gênio francês. E, por falar em gênio, hoje é aniversário do grande Paulinho da Viola, que faz 68 anos. O seu último álbum de inéditas, "Bebadosamba", é de 1996. Pô, Paulinho larga essa sua carpintaria aí e grava logo um disco de inéditas. Não tem muito tempo, estava conversando com ele sobre alguns projetos. Ele me disse que tinha vontade de refazer uns shows antigos para gravar em DVD e tal. Até entrei em contato com a turma da Marisa Monte, mas acho que não rolou muito interesse. Uma pena.



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Fiquem calmos, já tirei o ABBA... Hahaha... Mas eu confesso que gosto do ABBA, sabe? O Renato Russo dizia: "pobre do crítico musical que elogiar o disco novo do Kid Abelha, está ferrado...". Bom, eu adoro ABBA, adoro Kid Abelha e adoro Roupa Nova. Ontem tomei uns 12 dry martinis na madruga ao som do Roupa Nova, inclusive. Olha que som...



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Boa tarde, pessoal! Vocês não imaginam... Meu iTunes está naquele modo shuffle. Então, sabe o que começou a tocar...



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9 de nov. de 2010

McCartney, Geraldo Vespar, Del Piero, A Hora do Pesadelo, Pearl Jam, Pulp, Beady Eye, LCD Soundsystem, Aerosmith, Kanye, Metallica, Springsteen,Jane's

O guitarrista Dave Navarro afirmou que o Jane's Addiction pode lançar um novo álbum no ano que vem. Em entrevista ao programa PopStop TV, ele revelou que a banda entra em estúdio no mês que vem para começar a pensar em novas músicas. "Estamos escrevendo bastante, e quase prontos para entrar no estúdio. Vamos gravar algumas sessões e, no início do ano que vem, esperamos ter algo pronto", disse. Com a saída de Duff McKagan no início desse ano, o baixista Chris Chaney irá substituí-lo.



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Quer ouvir 15 músicas agora do próximo lançamento de Bruce Springsteen, "The promise"? Aqui.

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Banda mais votada em pesquisa encomendada pela Artplan ao Ibope, o Metallica é a primeira atração internacional confirmada no Rock in Rio que acontecerá no ano que vem. A apresentação da banda formada por James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujilo acontecerá no dia 25, que será dedicado ao metal. Na mesma data, no palco Sunset, Sepultura e Angra farão uma jam. Então, vamos esquentando...



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O DJ e produtor Danger Mouse revelou que Jack White e Norah Jones participarão de seu novo álbum, gravado ao lado do compositor italiano Daniele Luppi. O trabalho, intitulado "Rome", foi registrado nos últimos cinco anos, na capital italiana. A data de lançamento e a relação de faixas ainda não foram divulgadas. Mouse também está trabalhando no novo álbum do U2, que deve se chamar "Songs of ascent", e tem previsão de lançamento para o primeiro trimestre de 2011.

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Durante um voo entre Minneapolis e Nova York, na última sexta, Kanye West deu um pequeno "show" através dos alto falantes do avião. Ele cantou trechos de "Gold digger" e "The good life". Parece que agradou.



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Parece que o Aerosmith está firme e forte. O baterista Joey Kramer disse ao Spinner que a banda deve lançar um álbum "old school" no ano que vem. "Vamos gravar um disco. Será algo muito especial. Eu quero ver esse álbum pronto em um ano. Estou ansioso para voltar ao estúdio. Não gravamos faz muito tempo", afirmou Kramer. Resta saber se ele já combinou isso com Steven Tyler e Joe Perry...

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Delícia o novo videoclipe do LCD Soundsystem, para a faixa "Pow pow", e com a participação da atriz Anna Kendrick.



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Finalmente Liam Gallagher anunciou alguns detalhes sobre o primeiro álbum de sua nova banda, o Beady Eye. O primeiro single, "Bright the light", estará disponível para download gratuito amanhã, dia 10 de novembro, no site oficial da banda. A faixa, gravada em meados do ano passado, fará parte do primeiro álbum do Beady Eye, que sai no ano que vem.

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Depois do Blur e do Suede, é a vez do Pulp confirmar o seu regresso. A banda fará dois shows no ano que vem, nos dias 27 de maio (Primavera Sound, na Espanha) e 03 de julho (no festival Wireless, em Londres). Será a primeira vez que a banda de Jarvis Cocker sobe ao palco em 15 anos. O vocalista disse à BBC, que os shows terão músicas de todas as fases da carreira do conjunto. Assim, não devem faltar "Common people" e "Help the aged".

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Não satisfeito em lançar dezenas e mais dezenas de CDs com gravações de seus shows, o Pearl Jam marcou para o dia 17 de janeiro de 2011, o lançamento de "Live on ten legs" (capa acima), coletânea ao vivo que marcará os 20 anos da banda. Serão 18 faixas gravadas entre 2003 e 2010, ou seja o período posterior ao lançamento de "Live on two legs", primeiro álbum ao vivo da banda, que saiu em 2002. Além de sucessos como "Animal" e "Jeremy", o CD ao vivo traz "Public image" (do Public Image Ltd.) e "Arms aloft" (de Joe Strummer & The Mescaleros). O repertório completo do álbum é esse aqui: "Arms aloft", "World wide suicide", "Animal", "Got some", "State of love and trust", "I am mine", "Unthought known", "Rearview mirror", "The fixer", "Nothing as it seems", "In hiding", "Just breathe", "Jeremy", "Public image", "Spin the black circle", "Porch", "Alive" e "Yellow ledbetter".



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Cineminha agora? Galera dos anos 80, qual o melhor filme de terror da sua geração?? Hum, "A hora do espanto", "Sexta feira 13"? Pode ser, mas que tal "A hora do pesadelo", e o cruel Freddy Krueger, que aterrorizava aquela cidadezinha de Springwood? E a cena em que a língua dele surge no aparelho de telefone? Putz... Tive que dormir algumas noites com a luz acesa, confesso. Dirigido por Wes Craven, "A hora do pesadelo" marcou a estreia de Johnny Depp no cinema. Tudo isso há exatos 26 anos, quando o filme estreou.



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Adoro quando tenho a chance de falar um pouquinho de futebol por aqui. Ainda mais quando é para falar de jogador que eu gosto muito. E ainda mais: que joga no meu time. Hoje, o grande Alessandro Del Piero faz 36 anos. Está velho para jogar futebol? Hahaha... Pergunte para nós, torcedores da Juventus. Claro que não. Del Piero é o grande ídolo da história do time bianconero - e olha que, pela "Juve", já passaram Michel Platini, Dino Zoff, Fabio Cannavaro, Gaetano Scirea, Gianluigi Buffon, Paolo Rossi, Roberto Baggio, Zinédine Zidane e Zlatan Ibrahimovic. Mas nenhum deles dedicou toda, eu disse TODA, a sua carreira a Juventus. Del Piero iniciou a sua carreira profissional no Padova. Lá, jogou apenas 14 jogos. Daí, em 1993, transferiu-se para a Juventus. Está lá até hoje. Salvando o time nas últimas temporadas, diga-se. Já são mais de 600 partidas pelo time de Turim. Em 2006, merecidamente, foi campeão mundial com a seleção italiana.



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Falando agora um pouco de música brasileira, quero lembrar aqui que hoje o violonista Geraldo Vespar completa 73 anos. Ixi, acho que um bando de gente vai perguntar: "quem?". Bom, eu confesso que também descobri Geraldo vespar faz pouco tempo (uns 13 anos, no máximo). Pouco tempo mesmo, porque em 1965, ele gravou um dos álbuns instrumentais mais sensacionais da Música Popular Brasileira: "Samba, nova geração" (capa acima). Encontrá-lo em CD deve ser uma tarefa inglória - Charles Gavin o relançou faz uns nove anos na coleção "Odeon 100 anos", ams já está fora de catálogo (como quase tudo que presta na MPB). Mas, para baixar na internet, vc acha molinho. Aluno de Moacir Santos, Vespar tocou no conjunto de Moacir Silva, e, já nos anos 80, na orquestra de Paul Mauriat. E olha só que gravação fabulosa de "Arrastão", de Vinicius de Moraes e Edu Lobo...



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Bom dia, pessoal! De volta ao Rio de Janeiro, enfim. Nossa, que fim de semana bom em Porto Alegre, viu? Ótimas companhias, um excelente churrasco, cervejas maravilhosas... Ah, e também teve o show do Paul McCartney, cuja resenha você pode ler logo aí abaixo. Foi muito especial. Ainda estou com alguns momentos martelando na minha cabeça. Havia anos que não assistia a um show espremido na grade, sem uma gota de água (ou de cerveja). Mas, olha, valeu a pena. Foi mágico mesmo. Dia 21 tem mais. E só para eu ficar com algo martelando mais um pouquinho na minha cabeça...

4 de nov. de 2010

Monsueto, Ramones, The Clash, Ira!, R.E.M., Bon Jovi, Bruce Springsteen, Cee-Lo+Kings Of Leon, Britney Spears, Tom Waits, David Bowie

Até sábado!

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Eu fiquei tão preocupado em escrever sobre álbuns bacanas hoje, que quase me esqueci de um dos mais importantes. Mas ainda bem que vi a tempo na minha agenda de efemérides. Hoje faz 40 anos que David Bowie lançou um de seus álbuns mais importantes: "The man who sold the world". Muito se fala sobre esse disco... O glam-rock nasceu com "The man who sold the world"? Era o álbum de cabeceira de Kurt Cobain? É o melhor trabalho da carreira de Bowie? Bom, eu realmente não sei. Só sei que alguns clássicos nasceram nesse álbum, como a faixa-título, "The width of a circle", "She shook me cold", "The supermen"... Hoje à noite, eu vou preparar o dry martini e colocar "The man who sold the world" para rodar. Pena que aquele meu velho vinil não exista mais.



Ah, não deu pra resistir...



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Tom Waits vai relançar os seus quatro primeiros álbuns em vinil de 180 gramas. "Closing time" (1973), "The heart of saturday night" (1974), "Nighthawks at the diner" (1975) e "Small change" (1976) chegarão às lojas no dia 21 de dezembro, em edição limitada a mil cópias cada um, e em vinil vermelho (?!?).

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O novo álbum de Britney Spears sai no início do ano que vem. No momento, a cantora está trabalhando no sucessor de "Circus" (2008), com os produtores Dr Luke e Max Martin. A informação foi dada pelo próprio Dr Luke, em entrevista ao Hollywood Reporter.

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Já ouviram a versão de Cee-Lo Green para "Radioactive", do Kings Of Leon?? Achou melhor do que o original?





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Bruce Springsteen postou na internet o vídeo de "Save my love", faixa que fará parte da edição especial repleta de raridades de "Darkness on the edge of town", lançado originalmente em 1978. A edição especial, cujos detalhes já foram adiantados aqui no blog há alguns meses, chega às lojas no dia 15 de novembro.





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Quer escolher o repertório do próximo show do Bon Jovi?? Ele acontecerá no dia 10 de novembro, no Best Buy Theater, em Nova York, e será transmitido ao vivo pelo www.youtube.com/bonjovi. Nesse canal, você pode ver como faz para escolher uma música para o roteiro da apresentação.





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Novidades sobre o novo álbum do R.E.M., "Collapse into now", que sai no início do ano que vem. Mike Mills, em entrevista à Spin, disse que os fãs podem esperar por um som mais "expansivo" do que "Accelerate" (2008), com participações especiais de Eddie Vedder, Patti Smith e Peaches. "Em 'Accelerate', nós tentamos fazer as músicas de forma mais curta e rápida possível. Nesse novo álbum, a gente queria ser mais expansivo, variando mais, e não nos limitando a nenhum tipo de música. Há algumas canções realmente lentas e bonitas, outras no meio termo, e umas três ou quatro bem puxadas para o rock", disse Mills. No total, serão 12 faixas. O tecladista e baixista também disse que as letras politizadas foram deixadas de lado nesse novo álbum. "É algo mais pessoal, humano. Não só para o Michael Stipe, mas pessoal e humano pelo modo de narrativa das músicas e dos protagonistas das canções." Algumas faixas do álbum produzido por Jacknife Lee já estão com nomes definidos: uma das mais rápidas se chamará "All the best", e a última faixa, que conta com Patti Smith foi intitulada "Blue". A faixa com a participação de Eddie Vedder, por sua vez, se chamará "It happened today".

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Falando agora de rock brasileiro, o blog do Paulo Marchetti lembra que hoje faz dez anos que o álbum "MTV - Ao vivo", do Ira!, chegou às lojas. Depois de alguns discos que não venderam muito (como "Você não sabe quem eu sou", de 1998, e "Isso é amor", do ano seguinte), o trabalho ao vivo chancelado pela MTV serviu para o Ira! renovar o seu público, da mesma forma que o Capital Inicial fizera poucos meses antes, com o seu "Acústico MTV" (2000). E o ao vivo do Ira! não deixou por menos: são 20 músicas, varrendo toda a discografia da banda, e ainda inéditas, como a ótima "Inundação de amor". Até os velhos fãs redescobriram (e voltaram a berrar nos shows) coisas como "Dias de lutas", "Núscleo base", "Flores em você", "Pobre paulista", "Envelheço na cidade"... Taí uma banda que faz falta!





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Hoje faz 25 anos que a segunda banda punk mais bacana de todos os tempos lançou o seu último álbum de estúdio. "Cut the crap", que chegou às lojas no dia 04 de novembro de 1985, foi o canto do cisne do The Clash. Topper Headon e Mick Jones já não faziam parte da banda, e, bem..., sabe quando a mágica é desfeita? "Cut the crap", que é considerado por muitos fãs como um trabalho solo de Joe Strummer, é, mais ou menos, assim. Até a própria banda parece renegar um pouco esse álbum. A impressão que fica é a de que a única faixa que existiu nesse disco foi "This is England".





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Vamos falar de álbuns legais agora? Hoje eu separei três MUITO legais. E eu vou começar por "Rocket to Russia", terceiro álbum de estúdio do Ramones, e que foi lançado no dia 04 de novembro de 1977. Ouvindo hoje, dá até para pensar que "Rocket to Russia" é um "greatest hits" da banda punk mais bacana de todos os tempos. Veja só: "Cretin hop", "Rockaway beach", "Sheena is a punk rocker", "We're a happy family", "Teenage lobotomy", a versão absurda de "Do you wanna dance?", "Surfin' bird"... Na boa, bom pra cacete, não? É aquele tipo de disco que eu desconfio que nunca vai ter igual novamente. Seja pela atitude da banda, pelas músicas em si, pela sonoridade...





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Opa! Bom dia, pessoal! Dia bonito, não? Parece que o céu está até sorrindo para a chegada de Paul McCartney... Então, vamos ver logo o que é que tem pra hoje, né? E hoje é dia de lembrar do grande Monsueto, que nasceu a 04 de novembro de 1924. Pintor nas horas vagas, Monsueto também chegou a trabalhar no cinema e na televisão - seu personagem mais importante foi o Comandante, na TV Rio. São dele clássicos do samba como "Mora na filosofia" e "Me deixa em paz". Uma das gravações mais memoráveis de Monsueto foi "A tonga da mironga do kabuletê", em 1970, ao lado de Toquinho e Vinicius de Moraes. Ele também foi gravado por Alaíde Costa e Milton Nascimento, no disco "Clube da Esquina" (1972), e por Caetano Veloso ("Mora na filosofia", em "Transa", também de 72). Monsueto morreu no dia 17 de março de 1973.