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15 de ago. de 2011

42 anos de Woodstock; relembrando Joel Silveira; Djavan ao vivo em DVD; AC/DC ao vivo na sua adega; Amy vende que nem água; a reencarnação do Freddie.




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Para começar a semana, um clássico. “Minha vida era um palco iluminado / Eu vivia vestido de dourado / Palhaço das perdidas ilusões...” Uma das letras mais bonitas da Música Popular Brasileira, e que foi composta por Orestes Barbosa e Silvio Caldas. Hoje faz 45 anos que Orestes Barbosa pisou no chão de estrelas.

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No dia 15 de agosto de 1969, o festival de Woodstock teve início na fazenda de Max Yasgur, em Bethel, Nova York. Em 2009, quando o evento completou 40 anos, elaborei um top 10, que você pode ler aqui. Listei os momentos mais emblemáticos do festival, que juntou 500 mil pessoas em três dias de paz e música. Mas se eu tivesse que dizer na lata, qual é o grande momento do Woodstock, não teria dúvidas:



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Outro grande show em Nova York também faz aniversário hoje. Há 20 anos, Paul Simon subiu no palco do Central Park para apresentar as músicas de seu álbum mais recente, “The rhythm of the saints” (1990), além daqueles velhos sucessos que todos nós (especialmente os habitantes de Nova York) amamos. O evento foi tão importante que eu me lembro, claramente, do Jornal Nacional dando a notícia. Cerca de 600 mil pessoas prestigiaram o show. O Olodum participou abrindo o concerto com a música “The obvious child”. Poucos meses depois dessa apresentação, eu comprei o vinil duplo, e posso assegurar que foi um dos discos que mais ouvi na minha infância.



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Há 15 anos, o Pato Fu colocava nas lojas o seu terceiro álbum, “Tem mas acabou”. Considero esse disco o trabalho mais importante do Pato Fu. Não foi o que fez mais sucesso, mas acho que ele formatou a sonoridade da banda tal qual a conhecemos hoje. Eu me lembro que no show do Rock in Rio de 2001, a banda mineira começou o show com uma música do álbum: “Capetão 66.6 FM”. Achei estranho esse início. Quando conversei com a Fernanda Takai para o livro do Rock in Rio, ela me explicou a forma de construção do set list da apresentação. Obviamente eles tinham que apelar para as músicas mais roqueiras de seu repertório. E o começo foi exatamente com uma música que abusa de todos os clichês do rock, como solos de guitarra e vozes distorcidas. O público gostou.



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Ah, e já que falei do livro, é hora do meu merchan... Comprem antes que acabe... Imagina a vendedora falar para você: “Tem mas acabou...”?!?

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Hoje também quero falar de uma de minhas maiores inspirações: o grande jornalista Joel Silveira, que morreu no dia 15 de agosto de 2007. Joel foi o precursor do chamado “jornalismo literário” (nome horroroso, não??) no Brasil. É curioso que quando o assunto do “jornalismo literário” vem à tona, só se fala de Truman Capote, Gay Talese, Tom Wolfe... Muita gente se esquece de Joel Silveira, que já fazia esse tal “jornalismo literário” antes desses aí. A essas pessoas, recomendo a leitura de dois livros, compilação de textos do jornalista, que a Companhia das Letras lançou entre 2003 e 2004: “A milésima segunda noite da Avenida Paulista” e “A feijoada que derrubou o governo”.



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Sai na primeira semana de setembro, via Biscoito Fino, o novo CD/DVD/BD de Djavan, “Ária – Ao vivo”. Gravado nos dias 08 e 09 de abril, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, conta com Djavan interpretando velhos sucessos, além de versões de músicas de terceiros, como “Disfarça e chora” (de Cartola), já gravadas no álbum de estúdio “Ária”, que originou o show. O repertório completo do DVD e do BD é o seguinte:

1. Seduzir
2. Eu te devoro
3. Sabes Mentir
4. Oração ao Tempo
5. Faltando um Pedaço
6. Disfarça e Chora
7. Brigas Nunca Mais
8. Fly to The Moon
9. Treze de Dezembro
10. La Noche
11. Oceano
12. Transe
13. Fato Consumado
14. Flor de Lis
15. Linha do Equador
16. Samurai
17. Sina
18. Pétala
19. Lilás

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Back in blanc... As bandas estão fazendo de tudo para faturar algum a mais. Já que CD não vende mais, restam outras opções. Vale qualquer coisa.. Alguns artistas conseguem se superar. O Kiss, por exemplo, vende até caixões com o logotipo da banda. E agora é a vez do AC/DC dar uma apelada também, lançando uma coleção de vinhos. Isso mesmo, vinhos!! A ideia não é tão original assim, porque o Iron Maiden já havia saciado a vontade dos roqueiros enófilos com um vinho que leva o nome do conjunto, em 2008. Mas, mesmo assim, não deixa de ser curioso esse lançamento do AC/DC. Serão quatro vinhos, cada um levando o nome de uma música da banda australiana: “Back in black Shiraz”, “You shook me all night long Moscato”, “Highway to hell Cabernet Sauvignon” e “Hells Bells Sauvignon Blanc”. A adega australiana Warburn Estatede elaborou os vinhos. As garrafas começam a ser vendidas na Austrália no dia 18 de agosto. E os preços ainda não foram divulgados.

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Três semanas após a morte de Amy Winehouse, a cantora continua liderando a para de discos da Grã-Bretanha. De forma incrível, ela deixou para trás a dupla Kanye West + Jay-Z, que lançou o álbum “Watch the throne” na semana passada, e que era considerado uma barbada para liderar as paradas britânica e norte-americana. A Adele, a Whitney Houston do século XXI, também está comendo poeira.
Eu acho isso bem curioso. Amy Winehouse já vendeu milhões e milhões de discos, e ainda tem cartucho para queimar. Não sei se é apenas um instinto mórbido das pessoas em correrem às lojas para comprar o disco de um artista recém-falecido, ou apenas um “acerto de contas”, do tipo “poxa, baixei o álbum de graça na internet e, agora, que ela morreu, vou comprar o CD físico”.
Realmente não sei. Aqui no Brasil, “Back to Black” também voltou à lista dos mais vendidos – está na 9ª posição.
Imagina quando sair um disco de inéditas da Amy Winehouse. Daria conta de umas quatro gerações da família Winehouse.

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Pouca gente sabe, mas, em 1966, Paul McCartney, no auge dos Beatles, gravou um álbum solo. Enquanto John Lennon e Ringo Starr estavam na Espanha, e George Harrison na Índia, McCartney se trancou em um estúdio junto com o produtor George Martin para gravar a trilha do filme “The family way”, produzido pelos Boulting Brothers. O músico estava com a cabeça em ebulição, tanto que, poucos meses depois, conceberia o histórico “Sgt. Peppers lonely heart’s club band”. Paul não tocou nenhum instrumento na gravação. O seu trabalho ficou restrito à composição e produção. A condução da orquestra ficou a cargo de George Martin. A melancólica trilha, no ano seguinte, faturou o cobiçadíssimo prêmio Ivor Novelo. Talvez esse trabalho, não muito conhecido, seja o que mais deixa clara a influência dos Beatles na Tropicália. O álbum, que ganhou edição em CD no ano de 1996, voltou às lojas recentemente. É um dos mais tocados por aqui.



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DROPS:



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Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:

Inspirada pelos protestos em Londres, Yoko Ono liberou no YouTube o documentário “Bed peace”, que ela filmou com John Lennon em 1969, durante um protesto pacífico pela paz, dentro de um quarto de hotel em Montreal:



Quem esteve no programa do Jimmy Fallon foi o Tame Impala. Olha o vídeo aí abaixo:



A banda Wilco deu uma colher de chá aos fãs com uma palhinha do making of de seu novo álbum, o oitavo, “The whole love”, que sai no dia 27 de setembro.



E o Motörhead em Wacken, hein?? Alguém viu?



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O mundo não está perdido…



Seria a reencarnação do Freddie Mercury???

18 de jul. de 2011

Uma trilha sonora para a semana

1) "Miami 2017 (Seen the lights go out on Broadway)" (Billy Joel)



2) "59th Street Bridge song (Feelin' groovy)" (Simon & Garfunkel)



3) "Broadway" (The Clash)



4) "Walk on the wild side" (Lou Reed)



5) "New York" (U2)



6) "Fairytale of New York" (The Pogues & Kirsty MacColl)



7) "My city of ruins" (Bruce Springsteen)



8) "New York, I love you but you're bringing me down" (LCD Soundsystem)



9) "New York City" (John Lennon)



10) "Who are you, New York?" (Rufus Wainwright)

16 de jul. de 2011

Paul "On The Run" em Nova York

Hoje matei saudade do Paul McCartney aqui em Nova York. Depois de uma overdose de Sir Paul McCartney - foram seis shows nos últimos oito meses -, fica difícil escrever alguma coisa diferente.

Bom, começamos pela primeira diferença: o show foi em Nova York. E isso significa muita coisa. A energia de John Lennon parece estar impregnada em cada tijolo dessa cidade. É sério. E Paul McCartney sabe disso. Tanto sabe que o DJ que antecipa o show abriu uma exceção no meio de umas 15 músicas do Paul. Do nada, ele mandou “Power to the people”. Foi a única música do set que o estádio parou de conversar. E cantou.
A outra diferença, pelo menos para quem está acostumado a ver o DVD “Good evening New York City”, foi o fato de o show ter sido no estádio dos Yankees. Explica-se: em 2009, o ex-Beatle apresentou três shows emblemáticos no Citi Field (antigo Shea), estádio do New York Mets, rival dos Yankees. Os shows se transformaram no DVD “Good evening New York City”. Os fãs dos Yankees (conversei com alguns) não engoliram essa. Hoje esses fãs foram à forra, embora nenhum DVD tenha sido gravado. Mas no programa da turnê, Paul declara, em entrevista, preferir o Yankees ao Mets.

(Aliás, impressionante, o programa está lotado de fotos dos shows no Brasil. Deve ter umas dez, inclusive uma foto de página dupla do Túnel Novo, em Copacabana, com os dizeres “Welcome back to Rio”, e outras duas com o público carioca segurando os cartazes “Na na na”, durante “Hey Jude”.)
Mais uma diferença? O show de hoje foi o primeiro da nova turnê de Paul McCartney, a “On the run”, que, depois de mais um show amanhã aqui em Nova York, segue para Detroit, Montreal e Chicago. Para quem viu alguma apresentação da “Up and coming tour” que rolou em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, houve poucas diferenças. Mas isso não é uma crítica.

O palco é o mesmo, com algumas mudanças nos vídeos que passam no telão. No repertório, a primeira surpresa veio na segunda música do show, uma versão pesada de “Junior’s farm”, single obscuro que Paul McCartney lançou em 1975. No primeiro set de piano, Paul mandou o seu primeiro single solo, “Maybe I’m amazed”. Só que essas duas canções já haviam sido apresentadas no último show da “Up and coming tour”, em Las Vegas, no mês passado. Então, a surpresa nem foi tão grande assim.

Mas a sétima música do roteiro não poderia ser mais surpreendente: uma puta versão para “The night before”, música do filme “Help!”, que Paul nunca havia tocado ao vivo antes. No momento acústico, outra surpresa agradável: uma versão lindíssima, voz e violão, de “I will”. E lá no finalzinho, depois de “Helter skelter”, quando todo mundo esperava “Sgt. Peppers lonely heart’s club band”, eis que Sir Paul ataca com “Golden slumbers”! Lógico que não ficou só nisso... Ele teve que complementar com “Carry that weight” e “The end”.



O resto do repertório não mudou. E foi ótimo assim. O show começou com “Hello goodbye”, seguiu com “All my loving”, “Jet”, “Dance tonight” (com direito àquela dancinha linda do baterista Abe Laboriel Jr), “Band on the run”, “A day in the life” (com direito a uma citação de “Give peace a chance”, que ganhou um contorno mais emocionante em Nova York), “Live and let die” (com os fogos fantásticos que varreram o céu do Bronx), “Hey Jude”, “Yesterday”... Enfim, uma overdose pop!

Após “Let me roll it”, que teve uma citação de “Foxy lady”, de Jimi Hendrix, Paul contou que ficou impressionando quando foi a um show do guitarrista, em 1966. Os Beatles haviam lançado o álbum “Sgt. Pepper’s” em uma sexta, e no show que Hendrix fez no domingo seguinte, ele começou com a faixa título do álbum. Outros homenageados, como de costume, foram George Harrison (com aquela versão arrepiante de “Something”) e John Lennon. Durante “Here today”(segundo Paul, uma conversa imaginária que ele nunca teve com Lennon), deu para ver que o ex-Beatle estava muito emocionado. Os seus olhos chegaram a ficar marejados.

Quando Paul McCartney passou pelo Brasil, a comoção foi geral. Ele não se apresentava no país fazia muitos anos. Aqui em Nova York, ele não tocava fazia dois anos. Mas quer saber? A comoção foi a mesma. Coroas de setenta, oitenta anos dividiram a plateia com crianças de cinco. Durante “Hey Jude” foi difícil alguém não chorar. Os ingressos se esgotaram em poucas horas. O público também arriscou gritinhos ensaiados. Metade do estádio estava vestido com camisetas dos Beatles. Muita gente carregava cartazes com frases espirituosas. Em um estava escrito: “Sign my butt!”. Paul agradeceu, mas respondeu: “better not”.

Tudo exatamente igual ao Brasil. De diferente mesmo só a facilidade de locomoção. (Aqui existem dezenas de estacionamentos legalizados e transporte público decente.)
Isso só prova que a linguagem de Paul McCartney é universal.
Não é à toa que é o maior gênio da música pop em todos os tempos.
Ele faz com que nós sejamos mais felizes.


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Set list compelto do show de abertura da “On the run tour”:

1) “Hello goodbye”
2) “Junior’s farm”
3) “All my loving”
4) “Jet”
5) “Drive my car”
6) “Sing the changes”
7) “The night before”
8) “Let me roll it” / “Foxy lady”
9) “Paperback writer”
10) “The long and winding road”
11) “Nineteen hundred and eighty-five”
12) “Let ‘em in”
13) “Maybe I’m amazed”
14) “I’ve just seen a face”
15) “I will”
16) “Blackbird”
17) “Here today”
18) “Dance tonight”
19) “Mrs Vandebilt”
20) “Eleanor rigby”
21) “Something”
22) “Band on the run”
23) “Ob-la-di, ob-la-da”
24) “Back in the USSR”
25) “I’ve got a feeling”
26) “A day in the life” / “Give peace a chance”
27) “Let it be”
28) “Live and let die”
29) “Hey Jude”
30) “Lady Madonna”
31) “Day tripper”
32) “Get back”
33) “Yesterday”
34) “Helter skelter”
35) “Golden slumbers”
36) “Carry that weight”
37) “The end”

8 de dez. de 2010

John Lennon & Tom Jobim

Tudo bem, eu sei que esse blog anda meio capenga. Mas eu avisei, né? Até o início de janeiro, só vou passar por aqui de vez em quando, para dar um alô. E hoje é um dia desses. O dia 08 de dezembro é um dos mais trágicos da história da música. Perdemos dois mestres. Em 1980, John Lennon foi assassinado...



E em 1994, o nosso eterno Antonio Carlos Jobim ia tocar piano para os anjos lá em cima. Saudades do "Maestro Soberano"...



Já acendi duas velas hoje aqui em casa! Amém.

24 de nov. de 2010

Paul, Planeta Terra, Scissor Sisters, Lennon, Tim Maia, BEP, Prodigy, Noel, Primal Scream, Stripes, Nick Cave, Gorillaz, National, Hendrix, Mercury

Durante os shows de Paul McCartney, me lembrei muito de Freddie Mercury. Acho que seria o único artista que me deixaria tão eufórico quanto o Paul. Mas hoje faz 19 anos que Freddie se foi. Faz falta!



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Após o lançamento do luxuoso box "West Coast Seattle boy", na semana passada, a família de Jimi Hendrix prepara mais um mega lançamento envolvendo o nome do guitarrista. Trata-se do histórico show de Hendrix no Royal Albert Hall, em fevereiro de 1969. A irmã de Jimi, Janie deu a notícia à Billboard. A apresentação foi filmada por quatro câmeras, e Janie garante que o material está em boas condições. O filme será lançado nos cinemas, em DVD e CD. Ainda não há datas confirmadas.

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Linda também a nova música do The National. "Wake up your saints" está na versão expandida de "High violet", que saiu essa semana.



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Gorillaz + Daley em "Crystalised", do XX. Achei lindo.



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Nick Cave disse que "não escrevi nada ainda", mas confirma o lançamento de um novo álbum para o ano que vem. O último álbum do Nick Cave & The Bad Seeds foi o sensacional "Dig, Lazarus, dig!!!" (2008). "Haverá um novo álbum no ano que vem. Ainda não escrevi nada, mas é assim que funciona mesmo. Eu já sei qual a data que vamos começar a trabalhar nele, e aí vou para o escritório para iniciar os trabalhos. Não vou pensar nisso enquanto não terminar a turnê com o Grinderman, que está ótima. A banda é uma coisa", disse Cave à Spinner.

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O White Stripes anunciou para o dia 30 de novembro o lançamento de seus três primeiros álbuns no formato vinil. "White Stripes" (1999), "De stijl" (2000) e "White blood cells" (2001) estão fora de catálogo (no formato LP) desde 2005. Eles chegarão às lojas com gramatura 180. O áudio foi remasterizado dos tapes analógicos originais.

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Para comemorar os 20 anos do lançamento de "Screamadelica", no ano que vem, o Primal Scream prepara o lançamento de um edição especial do álbum. No dia 07 de março chega as lojas um pacote de luxo com quatro CDs, incluindo o álbum original, raridades e o "Live in L.A, 1991", e mais um DVD com o making of das gravações do álbum, com 30 minutos de duração. Também no ano que vem, o Primal Scream sai em turnê pelo Reino Unido, apresentando a íntegra de "Screamadelica".

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Noel Gallagher já iniciou as gravações de seu primeiro álbum solo, é o que informa Miles Kane, a metade do The Last Shadow Puppets. O guitarrista disse à BBC que tocou guitarra em uma das faixas do álbum. "Fiquei poucas horas no estúdio, mas fiz a minha parte", disse Kane. No início do ano, Noel chegou a dizer que ia demorar um pouco a começar a gravar o seu primeiro álbum solo, porque queria se dedicar à família. Pelo jeito, apressou o passo depois de ouvir o Beady Eye.

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A PRS For Music, organização britânica que defende os direitos autorais, fez uma pesquisa para eleger a música mais controvertida de todos os tempos. A grande campeã foi "Smack my bitch up", lançada pelo Prodigy em 1997. A lista completa, em ordem crscente do 2º ao 10º colocado, é a seguinte: "God save the queen" (Sex Pistols), "Relax" (Frankie Goes To Hollywood), "Kim" (Eminem), "Killing in the name" (Rage Against The Machine), "Ebeneezer goode" (The Shamen), "Suicide solution" (Ozzy Osbourne), "Get your gunn" (Marilyn Manson), "Angel of death" (Slayer) e "Dear God" (XTC).



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E que tal o videoclipe de "The time", do Black Eyed Peas, hein?



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A obra de Tim Maia, uma das melhores (e mais zoneadas) da nossa MPB, retorna parcialmente às lojas no box "Universal" (acima), que agrupa os oito álbuns lançados pelo cantor nas extintas gravadoras Philips e Polygram (atual Universal), além do DVD "In concert", especial de televisão transmitido pela Rede Globo em 1989, e que já saiu em DVD uns quatro anos atrás. A caixa ainda vem com um texto do jornalista Silvio Essinger. Todos os CDs foram remasterizados a partir dos tapes originais. As capinhas e encartes dos CDs também foram reproduzidos seguindo a arte original dos vinis. Os álbuns incluídos são os auto-intitulados de 1970, 71, 72, 73, 76 e 80, "Descobridor dos sete mares" (1983) e "Sufocante" (1984). Sai na primeira semana de dezembro.

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Está a fim de comprar o álbum "Double fantasy", que John Lennon autografou para Mark Chapman, cinco horas antes de ser assassinado pelo próprio? O objeto está à venda no site Moments in time pela bagatela de 850 mil dólares. Além da assinatura de Lennon (abaixo, no detalhe), a capa tem marcas das impressões digitais de seu assassino.


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Na ressaca do Paul McCartney e do Planeta Terra, ainda teve a apresentação do Scissor Sisters, na Via Funchal, na segunda-feira, dia 22. Acabei indo a esse show mais para cumprir tabela mesmo. Mas valeu a pena. A presença de palco da banda de Nova York é absurda. E o repertório, muito bem encadeado, mesclou as boas canções de "Night work" (2010) com as de "Tah-dah" (2006) e do auto-intitulado álbum de estreia, de 2004. A plateia pulou enlouquecidamente em músicas como "I don't feel like dancing", Take your mama", "Comfortably numb" (do Pink Floyd), "Fire with fire" e "Filthy/Gorgeous", essa a última do show. Se o público estava preocupado com Paul McCartney? Provavelmente menos do que a banda, que apresentou "Paul McCartney", faixa de "Ta-Dah". O único ponto fraco do show foi a lotação meia-bomba da Via Funchal. Também, com tantos shows interessantes rolando aqui no Brasil, fica difícil ter grana para todos. E hoje ainda tem Jeff Beck aqui no Rio...



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Antes do Paul McCartney, passei pela maratona do festival Planeta Terra, que aconteceu no Playcenter, em São Paulo, no sábado passado. O line-up desse Planeta Terra foi fantástico. Organização, idem. O problema é que depois de horas e horas de música, você não consegue assistir a mais nada. Por isso, tive que selecionar os shows que queria ver - deixando alguns bem interessantes para trás. O primeiro show que vi inteirinho foi o do Mika (foto tosca acima). O cantor libanês é um showman de verdade. Canta muito, pula o tempo todo... O repertório, acertadamente, privilegiou as músicas de seu primeiro álbum, "Life in cartoon motion" (2007), como "Grace Kelly" e "Billy Brown". Mas as músicas de "The boy who knew too much" também não fizeram feio. "We are golden" foi a que mais levantou a plateia. A apresentação de Mika foi uma das mais lotadas do festival. Não imaginava que a galera que se diz "indie" gostasse dele. Enfim... A única pena foi a curta duração do show, com apenas 57 minutos. Achei, de certa forma, um desperdício, um artista do porte do Mika vir ao Brasil para cantar por tão pouco tempo. Tomara que, ao menos, ele tenha gostado o suficiente para retornar em breve.



As outras três apresentações que assisti ao menos 85% foram as do Hot Chip, Pavement e Smashing Pumpkins. O último álbum do Hot Chip, "One life stand", está no meu top 5 de grandes discos de 2010. Mas acho que a banda não conseguiu passar a mesma energia para o palco. O show, realizado no palco "indie", estava lotadaço, a ponto de deixar o início do Pavement (que tocava no palco principal) bem vazio. O público estava bem animado, pulando a cantando praticamente todas as músicas. Quem conseguiu passar pelo corredor absurdamente congestionado entre os dois palcos pôde ver o show do Pavement quase todo. E, bem, o show do Pavement foi... um show do Pavement. Não há muita definiação mesmo. Eles tocaram com aquele ar blasé característico, fazendo o estilo "quanto mais tosco melhor". O público cantou tudo. E muita gente não desperdiçou as lágrimas em "Shady Lane" - mesmo sabendo que Paul McCartney se apresentaria nos dois dias seguintes na cidade.



O show mais aguardado da noite era mesmo o do Smashing Pumpkins. O que tinha de camisa escrito "Zero" no meio da plateia não estava no gibi. E Billy Corgan dava a impressão que estava fazendo questão que o público demorasse a reconhecer as suas músicas. Mas a plateia respondeu muito bem. Também não tinha como. O som estava muito mais potente no show do Smashing Pumpkins, e a guitarra alucinada de Corgan ficou zunindo nos ouvidos até o show do Paul McCartney. Mesmo completamente desfigurada, e vítima do ego gigantesco de seu líder, o Smashing Pumpkins é uma das últimas grandes bandas de rock da história.



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Ah, essa foto abaixo fui eu quem tirei. Reparou que tudo o que Paul McCartney toca vira ouro??

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Boa tarde, pessoal. Em primeiro lugar, perdão pela ausência nos últimos dois dias. Foi por absoluta falta de tempo mesmo. Mas hoje prometo colocar tudo em dia. Para começar, claro, tenho que falar sobre o show do Paul McCartney em São Paulo. Estive na primeira apresentação no Morumbi, no dia 21 de novembro. Bom, não dá para dizer que houve alguma grande surpresa com relação ao show de Porto Alegre, já resenhado aqui. No repertório, a única diferença foi a ausência de "Ram on". O som estava um pouco mais baixo também. De resto, as mesmas frases em português (trocando "gaúchos" por "paulistas"), a mesma competência e a mesma perfeição. No show de segunda, soube que houve algumas mudanças no repertório. A mais imporetante foi logo a primeira música do show: "Magical mistery tour", que entrou no lugar da dobradinha "Venus and Mars"/"Rock show". Paul também mandou "Two of us" e "Got to get you into my life" no lugar de "And I love her" e "Drive my car", respectivamente. Choveu um pouco também durante o show de segunda. Enfim, Paul McCartney está com 68 anos. Acho difícil, mas ainda prefiro acreditar que ele voltará ao Brasil. Com esses shows, tive a certeza que Paul não faz música. Ele faz mágica. Bom, não vou falar mais sobre esses hows aqui. Como escreveu o Arthur Dapieve, em sua última coluna n'O Globo, tudo já foi falado sobre Paul McCartney, e nada foi o suficiente.

20 de nov. de 2010

Top 5: Bandas que vão e voltam...

1995. Os loucos por música já tinham escolhido o seu presente de Natal desde que aquele ano havia começado. “Os Beatles vão se juntar para um projeto de três coletâneas de raridades e mais duas faixas absolutamente inéditas”, diziam os jornais. Uau! Beatles inédito? Sim. E a primeira inédita, “Free as a bird”, saiu exatamente no dia 20 de novembro de 1995, quando o primeiro volume de “Anthology” chegou às lojas. Fui para a finada e saudosa Gramomphone, no Shopping da Gávea, às nove da manhã e fiquei lá esperando a loja abrir. Ok, a loja abriu às 10h, e o CD só chegou às 16h. Saudades do tempo em que não tinha p%@$#orra nenhuma pra fazer...

“Free as a bird”, lógico, foi a música daquele meu Natal. A Rede Globo ainda passou os especiais na televisão, que eu gravava religiosamente. Meses depois, saiu tudo em VHS, e quase tive que arrancar os olhos da minha cara para pagar o box importado. Lá por março de 1996, saiu o “Anthology 2”, com a inédita “Real Love”, que eu ainda considero mais interessante do que “Free as a bird”. Mas isso é outra história.

O top 5 dessa semana vai mostrar algumas bandas (que eu considero clássicas) que nasceram, viveram, morreram, ressuscitaram... E que sempre quando dão as pintas por aí, fazem a alegria dos fãs. A lista é a coisa mais óbvia que você pode imaginar. Mas a ideia é essa mesma. Não precisa me chamar de preguiçoso, tá? Então, vamos acordar os dinossauros?

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5) Blur
Bom, talvez você nem considere o Blur um dinossauro, mas o seu retorno, no ano passado, me fez acender a luz vermelha. Caramba, até bandas que eu vi nascer, e que comprei o álbum de estreia, já estão fazendo turnê de reunião?? Ferrou, estou ficando velho mesmo. Qual será a próxima banda a voltar? O Oasis?? Bom, não é nada surpreendente, até mesmo porque uma banda como o Los Hermanos, que eu comprava fitinha demo quando já estava na faculdade (?!?), aos 17 anos, já acabou (ou está em recesso, aquele velho eufemismo...), e já voltou duas vezes.



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4) The Police
Coitados. Sting, Stewart Copeland e Andy Summers tiveram que ouvir tantas críticas só porque resolveram se divertir um pouco e reativar o The Police. Mas os fãs gostaram, a turnê foi um sucesso absurdo, com ingressos esgotados em todos os quatro cantos do mundo. Mesmo sem ter nada inédito para mostrar, foi emocionante ver um dos maiores power trios de todos os tempos reunido novamente. O tímido Andy Summers, um Sting dando aqueles agudos praticamente perfeitos, e Stewart Copeland espancando a sua bateria, verdadeira mulher de malandro. Assisti a quatro shows dessa turnê. E, que me perdoem os críticos, todos eles foram mágicos.



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3) Led Zeppelin
Eu juro que não entendo a comoção tão grande com essa possível (cada vez mais impossível, diga-se) volta do Led Zeppelin. Afinal de contas, Robert Plant e Jimmy Page (os dois integrantes vivos mais importantes do Zep) já gravaram dois álbuns em dupla, e ainda se apresentaram no Brasil, em dois shows memoráveis no Hollywood Rock de 1996 (acertei?). Na minha opinião, para ver Plant de mau humor, Jimmy Page meia-bomba e o apagadinho John Paul Jones, prefiro guardar na minha memória o show de 96, bem melhor do que esse da Arena O2, na cidade de Londres, em 2008.



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2) Pink Floyd
Apesar das rusgas de Roger Waters e David Gilmour, um reencontro do Pink Floyd tinha tudo para dar certo, já que os seus integrantes adoram turnês nababescas. Mas a morte do tecladista Richard Wright parece ter sido uma espécie de pá de cal. A banda pode até voltar a se reunir, mas aquela figura tranqüila e grisalha no teclado vai fazer falta demais. Então vamos relembrar o encontro do Pink Floyd no histórico “Live 8”, em 2005?



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1) The Beatles
A historinha de “Free as a bird” eu já contei, né? Então, que tal (até para a gente entrar no clima dos shows paulistas do Paul McCartney) relembrá-la?



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E qual outro reencontro musical te marcou? Mande pelo twitter. Aqui ó: @esquinadamusica.

17 de nov. de 2010

Rachel de Queiroz, Villa-Lobos, John Lennon, Cazuza, Bruce Springsteen, Red Hot, Strokes, Joe Strummer, Skank

Assim como as grandes bandas lá de fora estão relançando os seus álbuns mais importantes em versões expandidas, o Skank, após a versão especial de "Calango", prepara agora a de "O samba poconé", lançado originalmente em 1996. Samuel Rosa adiantou a novidade à Rolling Stone. O lançamento deve acontecer no segundo semestre de 2011. "Queremos colocar alguma sobra de estúdio e talvez lançar também um DVD falando um pouco sobre como foi na época, com imagens que temos daquele período", disse o compositor. Além do CD original, com algumas sobras e um filme com o making of, a banda planeja gravar um show, no qual apresentará o álbum na íntegra, em algum local "diferente", como o Deserto do Atacama (?!?). Outras bandas deveriam se mirar no exemplo do Skank, e preparar edições de luxo de seus álbuns mais importantes. Lá fora, isso vende adoidado.

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Mais uma cinebiografia de um astro do rock está a caminho. Joe Strummer, do The Clash, terá a sua vida transformada em filme. A produção de "Joe Publich" começa nos próximos dias. O roteiro é de Paul Viragh, que trabalhou na cinebiografia de Ian Dury, "Sex and drugs and rock and roll". Vale destacar que a vida de Strummer já foi documentada em "Joe Strummer: The future is unwritten" e "Strummervile".

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A banda The Strokes anunciou que terminou as gravações de seu quarto álbum. O lançamento deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem. A boa nova foi dada pelo próprio Julian Casablancas, em seu perfil no Twitter. A gravação terminou na segunda (dia 15), e o álbum começará a ser mixado nos próximos dias. A produção é de Joe Chiccarelli. Este será o primeiro álbum dos Strokes desde "First impressions of Earth", que saiu em 2006.

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Metallica, Red Hot Chili Peppers e Snow Patrol... Hum, esse Rock in Rio está começando a ficar bem bacana, hein?

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E olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Fallon: Bruce Springsteen. AMEI!



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Parece que foi ontem que comprei o primeiro disco solo do Cazuza. Mas sabia que hoje já faz 25 anos do seu lançamento?? Pois é. Cazuza deixou o Barão Vermelho no primeiro semestre de 1985, pouco depois do Rock in Rio. Ficou um pouco cansado do rock e, principalmente, de ter que dividir os holofotes com os seus colegas. Resultado: pediu para sair. E, para a felicidade geral do BRock, o Barão encontrou o seu caminho, com Roberto Frejat nos vocais, e Cazuza detonou geral em sua brilhante (e curta) carreira solo. O seu primeiro álbum tinha algumas músicas que, originalmente, fariam parte do próximo álbum do Barão - o espólio acabou dividido entre os discos "Cazuza" e "Declare guerra" (1986), esse último, do Barão. Os primeiros clássicos da carreira solo de Cazuza estão nesse grande álbum, cuja foto mostra uma linda foto do rapaz: "Exagerado", "Mal nenhum", "Codinome Beija-flor", "Só as mães são felizes"... Mas a minha predileta mesmo é essa aqui...



"Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média"


Coisa de gênio, né? Deve ter sido escrita pra mim...

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Acho que já são três dias seguintes aqui falando de John Lennon. Paciência, galera! Não tenho culpa se a minha agenda das efemérides acusa algo interessante dele todo dia. E hoje eu não poderia deixar passar em branco, pois, veja só, "Double fantasy", seu último álbum completa 30 anos. Até o iniciozinho de 1980, Lennon estava meio que aposentado. Queria cuidar do filho, da Yoko Ono, regar as suas plantinhas no Dakota (um conhecido meu que era vizinho de porta de Lennon me disse isso, é sério)... Tinha direito, né? Mas ele resolveu voltar com força total e foi gravar "Double fantasy" ao lado da Yoko. Um bom álbum, eu acho. Olha as músicas legais que constam nele: "(Just like) Starting over", "I'm losing you", "Beautiful boy (Darling boy)", "Watching the wheels", "Woman", "Dear Yoko"... O resto da história, todo mundo já sabe, né? Mês retrasado saiu o "Double fantasy - Stripped down", com uma nova mixagem, através da qual, a voz de Lennon ficou mais nítida, e o instrumental um pouco mais cru. Eu gostei bastante.



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E por falar em Heitor Villa-Lobos, a "Melodia sentimental", prece em sua homenagem, na voz de Ney Matogrosso. A letra é de Dora Vasconcellos.



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Hoje também é dia de lembrar de um dos grandes heróis da nossa música. Heitor Villa-Lobos partiu dessa pra melhor no dia 17 de novembro de 1959, vítima de câncer. Transitando entre o popular e o erudito, Villa-Lobos, certamente, foi o compositor que melhor entendeu a alama do país, ao compor peças como "O trenzinho caipira" e as nove "Bachianas Brasileiras". Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo.



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Bom dia! Hoje começamos com Rachel de Queiroz, escritora que estaria completando 100 anos nesse 17 de novembro de 2010. Confesso que meus conhecimentos sobre Rachel de Queiroz se restringem àqueles que a gente aprende nos bancos da escola: o seu primeiro romance foi "O quinze" (1930), ela foi a primeira mulher a ocupoar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, apoiou a ditadura militar de 1964, escreveu "Memorial de Maria Moura", que virou minissérie (ah, essa eu vi, eu vi...). Enfim, juro que tentarei ler "O quinze" até o fim do ano...

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16 de nov. de 2010

Diana Krall, John Lennon, Clark Gable, Home Alone, Titãs, Pumpkins x Pavement, Michael Jackson, Van Halen, Beady Eye, Gorillaz, Take That



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A quem interessar, a volta de Robbie Williams ao Take That, ao vivo...



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Outro videoclipe mais fresco que a feijoada que vou almoçar daqui a pouco é o de "Doncamatic (All play out)", do Gorillaz. Que tal?



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Videoclipe bacana esse de "Bring the light", do Beady Eye. Fez a música crescer...



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Esse é aquele tipo de notícia que será desmentida em breve pela banda, mas vamos lá. De acordo com a Melody Rock, o Van Halen sairá em turnê no ano que vem. A excursão pela América do Norte já é dada como certa. E, segundo a publicação, shows na Europa e na Austrália também devem acontecer. O jornal australiano Herald Sun repercutiu a notícia. "Os shows estão muito próximos de serem confirmados", publicou. Além da turnê, deve sair um novo disco de inéditas, de acordo com a Melody Rock, que chega até a arriscar o nome do produtor: Ross Hogarth, que já trabalhou com John Mellencamp, Dio e Black Crowes.

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"Kick" Hammett!



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E a música nova do Michael Jackson, hein? É, né??



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A grande polêmica do festival Planeta Terra, que acontece no próximo sábado, em São Paulo, já aconteceu. Billy Corgan, do Smashing Pumpkins, escreveu em sua conta no Twitter que Stephen Malkmus, do Pavement, é um vendido. Essa treta aí já é antiga: há 15 anos, o Pavement gravou a música "Range life", que faz uma brincadeirinha com o Smashing Pumpkins: "Out on tour with Smashing Pumpkins / Nature kids / They don't have no function / I don't understand a word they say / And I could really give a fuck". Será que o Pavement vai ser macho de tocar "Range life" quando se apresentar antes dos Pumpkins? Billy Corgan, também no Twitter, já comparou o Planeta Terra com os funerais animados de Nova Orleans (geralmente embalados ao som do jazz): "Vai ser como aqueles funerais de Nova Orleans. Digo isso porque eles representam a morte do sonho alternativo, e nós continuamos a afirmar a vida", escreveu. Ah, Billy, cá pra nós, "Range life" é tão legalzinha, olha só:



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O relançamento da obra da Legião Urbana em vinil está animando as outras bandas a fazerem o mesmo. Já tem muito tempo, avisei aqui no blog, em primeira mão, que "Cabeça dinossauro" (1986), dos Titãs, seria lançado em LP. Pois bem, o vinil chega às lojas hoje. Mas a boa é que os outros dois clássicos da banda paulista também serão relançados no formato bolachão. "Jesus não tem dentes no país dos banguelas" (1987) e "Õ blesq blom" (1989) serão lançados ainda esse mês pela Polysom. Tomara que sejam devidamente remixados, porque o sonzinho dos discos originais dos Titãs...

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Parece que foi ontem que eu, molequinho, fui ao cinema para ver o filme "Esqueceram de mim". Pois é, hoje faz 20 aninhos que o filme estreou. Acho que aquilo lá era o meu verdadeiro sonho: todo mundo viajar e eu ficar sozinho em casa - tem coisa melhor do que ficar sozinho, só com o cachorro, em casa? Lógico que Macaulay Culkin se transformou no ídolo de todas as crianças da época (inclusive do Michael Jackson). Seu papel era fantástico mesmo. Pena que depois não fez mais nada que prestasse. E o bandidão Harry, interpretado por Joe Pesci também é show. Taí, vou ver se acho o DVD empoeirado no gavetão das surpresas daqui de casa.



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Hoje também é dia de relembrar um dos maiores nomes da história do cinema. Há 50 anos, Clark Gable partia para o andar de cima, mas deixava personagens inesquecíveis, como o de Rhet Butler em "...E o vento levou" (1939), e o de Gay Langland em "Os desajustados" (1960). Aliás, foi logo após o término da gravação desse último, que Gable morreu, vítima de um infarto do miocárdio, aos 59 anos de idade. Infelizmente, ele não pôde ver o nascimento de seu filho, que aconteceu em março de 1961.



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Hoje vou falar de mais um grande álbum de John Lennon que faz aniversário. "Mind games", para mim, é um dos melhores trabalhos de sua carreira solo. Ele faz parte da "Signature box" que saiu nesse mês, e que eu resenhei logo no post aí abaixo. "Mind games", lançado a 16 de novembro de 1973, foi o trabalho posterior a "Some time in New York City", o disco mais odioso da carreira de Lennon. Os fãs estavam naquela: "o que é que vem, né gente?". E John Lennon mandou bem. Sem muita participação de Yoko Ono (thanks, God!), o ex-integrante dos Beatles encontrou calma para escrever canções bem interessantes, como "Intution", "Out the blue" e, claro, a linda faixa-título.



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Bom dia, pessoal! Pra começar (estilo "Marina"), devo dizer que estou um zumbi. Dormi 40 minutos e estou morto. O dia será longo e terei que anunciar mudanças nesse blog em breve. Um projeto vai me consumir até meados de janeiro, e não sei como será a minha vida até lá. Mas deixemos de enrolação. Já começamos o dia muito bem, com a gatíssima, cada vez mais brasileira, Diana Krall, que completa 46 anos hoje. Bonita e talentosa, dizem que o seu único defeito é ser casada com Elvis Costello. Já outros dizem que é o contrário: o único defeito de Elvis Costello é ser casada com Diana Krall. Para não ter briga, vamos de Elvis Costello também? Amo, amo, amo essa música aqui:



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14 de nov. de 2010

Resenhando: John Lennon, Seu Jorge and Almaz, Ronnie Wood, Elba Ramalho, Seal

“Signature box”– John Lennon
Depois de os Beatles organizarem a sua discografia em luxuosas caixas no ano passado, agora é a vez de John Lennon. A primeira pergunta que o fã (que tem toda a sua coleção) vai fazer é a seguinte: e aí, vale a pena? Para mim, que não tinha a sua discografia toda, valeu (a princípio). Mas também acho que, diferentemente dos boxes dos Beatles, esse de John Lennon deixou a desejar em alguns pontos. Em primeiro lugar, “Signature box” (caixa luxuosíssima por sinal, toda branca e cheia de frescuras, além de um bonito booklet, CDs em formato digipack, e imagens de desenhos de Lennon) conta apenas com os álbuns “Plastic Ono Band” (1970), “Imagine” (71), “Some time in New York City” (72), “Mind games” (73), “Walls and bridges” (74), “Rock and roll” (75), “Double fantasy” (80), “Milk and honey” (póstumo, de 1984), além de um CD com seis singles (23 minutos) lançados por John Lennon e Yoko Ono, como “Cold turkey” e “Give peace a chance”, e um outro de demos. Ou seja, ficaram de fora, sabe-se lá por qual motivo: os trabalhos experimentais de John e Yoko (“Two virgins”, de 1968, “Life with the lions” e “The wedding álbum”, ambos de 1969), o a vivo “Live Peace in Toronto” e a nova mixagem de “Double fantasy”. (Ou seja, minha coleção permanece incompleta.) Também não há mais nenhuma raridade, sobra de estúdio, gravação ao vivo ou afins, além dos 48 minutos do CD de demos. Falar da obra de John Lennon seria mais do mesmo. Patinando entre álbuns brilhantes (“Plastic Ono Band”) e sofríveis (“Some time in New York City”), a sua obra está longe de ser coesa, mas, claro, é boa, de um modo geral, como comprovam os álbuns “Mind games” e “Double fantasy” – este último ganhou uma mixagem muito satisfatória (vendida apenas em CD avulso), que dá mais ênfase à voz de Lennon, deixando o som um pouco mais cru. Já o áudio dos CDs originais de estúdio (e que estão incluídos no box) foi melhorado – ficou mais nítido –, mas nada tão sensacional quanto o trabalho feito com os álbuns dos Beatles no ano passado. Talvez para o fã mais radical, essa “Signature box” valha o caro investimento. Para o fã ocasional, melhor ficar com a coletânea “Power to the people – The hits”, especialmente a versão dupla, que, além do CD com 15 sucessos, traz um DVD (que também não consta no box) com os videoclipes das respectivas canções.

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“Seu Jorge and Almaz” – Seu Jorge and Almaz
Acostumado a lotar os seus shows pelo país, Seu Jorge resolveu deixar um pouco de lado o seu estilo mais popular, para gravar um álbum, digamos, indie, voltado para o mercado internacional. Para tanto, ele se juntou a uma superbanda, formada por Pupillo (bateria e percussão), Lucio Maia (guitarra, integrante da Nação Zumbi) e Antonio Pinto (baixo, cavaquinho e teclados). O resultado, irregular, vacila entre altos e baixos. O repertório, que vai de Jorge Ben a Nelson Cavaquinho, passando por Noriel Vilela, Tim Maia, Baden Powell e Rod Temperton, é composto por 12 faixas, nenhuma assinada por Seu Jorge. De um modo geral, as novas versões ficaram bem diferentes das originais. E aí reside o diferencial do álbum. Muita gente vai gostar e muita gente vai odiar. Por exemplo, “Cristina”, de Tim Maia, ganhou um andamento mais arrastado, com ênfase na guitarra de Lucio Maia, bem distinta da versão balançante do Síndico. “Rock with you”, de Rod Temperton (e que fez sucesso na voz de Michael Jackson), virou um reggae-soul com a voz grave de Seu Jorge. Também bem diferente da versão de Jacko. Já a gema de Nelson Cavaquinho, “Juízo final”, virou um samba-indie muito interessante – talvez seja a melhor faixa do álbum. O mesmo, no entanto, não pode ser dito de “Errare humanum est”, de Jorge Ben. Cheia de climas, a nova versão do cantor fluminense ficou desnecessariamente pesada demais, sem o frescor da gravação do Babulina. O afro-samba “Tempo de amor”, de Vinicius de Moraes e Baden Powell ganhou uma versão que mais parece trilha para um filme de terror (e isso não é uma crítica), com Seu Jorge abusando da sua voz grave – em alguns momentos, ficou muito parecido com o Arnaldo Antunes. Enfim, “Seu Jorge and Almaz” é um trabalho bem diferente na carreira de Seu Jorge. Nem melhor, nem pior. Apenas um pouco diferente.

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“I feel like playing” – Ronnie Wood
Geralmente álbuns solos de integrantes de bandas muito consagradas não dizem muita coisa. Tipo, “ah, o cara quer se desligar um pouquinho da sua banda e vai gravar um álbum meia-bomba com os amigos”. De fato, Ronnie Wood, dos Rolling Stones, se juntou a diversos amigos para gravar “I feel like playing”, seu primeiro disco solo desde “Not for begginers” (2003). Mas, de encontro a regra geral, o guitarrista mostra que tem muito a dizer em seu trabalho solo. Encharcado de referências, o álbum pode até mesmo ser considerado um dos melhores lançados por qualquer integrantes dos Stones em carreira solo. A voz de Wood, todos sabemos, não é lá essas coisas, mas a sinceridade de suas canções deixa esse detalhe em segundo plano. Aos 63 anos, o guitarrista entrou em estúdio com amigos apenas para gravar “Spoonful”, de Willie Dixon. As coisas começaram a fluir, e veio uma música atrás da outra, como “100%”, “Tell me something, “Fancy pants” e “Sweetness my weakness”, essa última, segundo Wood, foi uma homenagem ao recém-falecido compositor e cantor Gregory Isaacs. O reggae conta com a participação especial de Slash na guitarra. Aliás, participações bacanas não faltam em “I feel like playing”. O ex-Guns n’ Roses mostra a sua habilidade na guitarra em cinco faixas do álbum. Além dele, Billy Gibbons (ZZ Top), Bobby Womack, Flea, Darryl Jones, Bernard Fowler, Steve Ferrone e Waddy Watchel também abrilhantam “I feel like playing”. Eddie Vedder, por sua vez, é co-compositor da stoniana “Lucky man” (com Womack nos backing vocals e o produtor Bob Rock na guitarra). Mas para os saudosos dos Rolling Stones, a que mais lembra a banda é “I don’t think so”, com um riff que deve ter deixado Keith Richards verde de inveja. E, como se não bastasse, a faixa de abertura, a folk “Why you wanna go and do a thing like that for”, é daquelas que vai figurar fácil, fácil, em qualquer listinha de bom gosto com as melhores músicas de 2010.

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“Marco Zero – Ao vivo” – Elba Ramalho
Chega uma hora em que o artista deve olhar pra trás, rever a sua carreira, para ter novas ideias para futuros projetos. O clássico “um passo pra trás para dar dois a frente”, diriam alguns. E é isso que faz Elba Ramalho em seu novo CD, “Marco Zero – Ao vivo”. Show de Elba Ramalho é animação na certa. Não tem erro – a não ser que você esteja de péssimo humor. “Marco Zero” prova essa afirmativa. Elba Ramalho, com a voz tinindo, interpreta os seus maiores sucessos, colecionados em 31 anos de carreira discográfica – a sua estreia aconteceu em 1979, com o álbum “Ave de prata”. Antes do primeiro disco, Elba gravou “O seu amor”, em dueto com Marieta Severo, no álbum lançado por Chico Buarque em 1978. Essa faixa está presente (em dueto com Alcione) em “Marco Zero”, o que denuncia o seu caráter retrospectivo. Sucessos não faltam no CD gravado em março, no Centro Histórico de Recife: “De volta pro aconchego”, “Frevo mulher”, “Morena de Angola”... Pena que “Banho de cheiro”, uma das músicas mais emblemáticas de sua carreira, tenha ficado de fora. Durante o show, Elba ainda recebeu diversos convidados, como Geraldo Azevedo (“Canta coração” e a linda “Chorando e cantando”), Lenine (em ótima versão para “Queixa”, de Caetano Veloso), Zé Ramalho (“Admirável gado novo” e “Chão de giz”), o excelente sanfoneiro Cezinha (“É só você querer”) e André Rio (“Chuva de sombrinha”). Aguardamos o DVD para a festa ser completa.

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“Commitment” – Seal
Quando iniciou a sua carreira, em 1991, Seal era um dos artistas mais “cool” do período. O seu primeiro álbum (“Seal”) era sinônimo de modernidade, com faixas como “Killer”, “The beggining” e, claro, “Crazy”. Em seus trabalhos seguintes, Seal deslizou entre baladas (o auto-denominado álbum de 1994) e a eletrônica (no mediano “System”, de 2007). Em 2008, o cantor britânico colocou nas lojas “Soul”, um disco quadradão com covers de clássicos de gente como Sam Cooke, James Brown e Al Green. Como se não bastasse, “Soul live” (2009) repetia todas as faixas de seu antecessor de estúdio. Esgotamento artístico? Não, se levarmos em conta “Commitment”, novo álbum do cantor, que acaba de chegar às lojas. Produzido pelo mesmo David Foster (de “Soul”), esse novo álbum mostra todas as facetas de Seal, para o bem e para o mal – mas muito mais para o bem, nesse caso. A faixa de abertura “If I’m any closer” apresenta um Seal que já estava dando saudades: deliciosamente pop, dançante, o vozeirão rascante e macio ao mesmo tempo, uma pitada de soul, enfim, a receita de Seal em seus melhores tempos. Receita que é seguida na bonita balada “All for love”, na eletrônica “The way I lie” e na classuda “You get me”. “Commitment” talvez seja o trabalho mais introspectivo de sua carreira. E, certamente, era disso mesmo o que ele estava precisando. Enfim, a sua carreira discográfica encontrou o trilho que estava faltando desde meados da década passada. Que continue assim.

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Logo abaixo, “Everybody loves the sunshine”, do novo projeto de Seu Jorge: