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3 de ago. de 2011

Queens Of The Stone Age e Dom Um Romão em comum?; Lady Gaga dá parabéns a Tony Bennet; “+ Jobim Jazz”; o casamento do Flaming Lips; e o clipe do RHCP.



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Dia 03 de agosto. Vocês sabiam que hoje é o Dia do Capoeirista?? Nem eu... Acabei de descobrir. A dança surgiu nos nossos tempos de colônia. Os escravos que chegavam da África vieram com uma dança doida que imitava os animais, com destaque para os pés e o gingado do corpo. Até hoje, a capoeira é um aspecto importante do folclore brasileiro. Eu me lembro que, no Rock in Rio de 2001, o Queens Of The Stone Age fez um show meio estranho. Acho que nem a plateia e nem a banda estavam curtindo muito. Começou com o baixista Nick Oliveri tocando pelado. O público ficou de má vontade. No final do show, na última música, o QOTSA resolveu fazer uma imensa jam session com alguns convidados, que tocavam berimbau e dançavam capoeira. Para quê? A plateia, ansiosa por Sepultura e Iron Maiden, vaiou ainda mais. E o show terminou uns 15 minutos antes do previsto. Uma pena.

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E o Dom Um Romão, hein? Que ele foi um dos maiores bateristas de todos os tempos, todos nós sabemos. E o legal é que ele nasceu exatamente no Dia do Capoeirista, do ano de 1925. Ele participou de discos emblemáticos, como “Canção do amor demais” (1958), aquele no qual Elisete Cardoso foi acompanhada, em duas faixas, por um sujeito à época pouco conhecido, um tal de João Gilberto. Outros álbuns? “Wave”, uma das pérolas discográficas de Antonio Carlos Jobim, e “Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim”, que promoveu o encontro do Maestro Soberano com Frank Sinatra, ou “The Voice”. Dom Um Romão era um entusiasta da mistura de ritmos africanos com brasileiro. A sua batida, em alguns momentos, lembrava a da capoeira, inclusive. Quer ver como funcionava?? Então aperte o play do vídeo abaixo.



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Tony Bennett, o grande cantor, sopra 85 velinhas hoje. E em plena forma. Sempre curti mais ele do que o Frank Sinatra. Tony tem uma doçura em sua voz que me agrada. Uns quinze anos atrás, tive a oportunidade de assisti-lo ao vivo no Carnegie Hall. Ele estava lançando um álbum em homenagem a Billie Holiday, mas a base do show foi o seu “MTV Unplugged”, lançado em 1994, e que fez imenso sucesso inclusive com o público jovem. Em determinado momento do show, ele deixou o microfone de lado e soltou o seu vozeirão em “Autumn leaves”. Ele estava acompanhado pela sua banda, o trio do pianista Ralph Sharon, mas a única coisa que se ouvia no Carnegie Hall era a sua voz. Sem microfone. Que Tony Bennett ainda tenha muitos anos de vida para nos brindar com a sua voz.



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Olha só quem mandou os parabéns para o Tony Bennett...



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E anota aí na sua agenda que no dia 20 de setembro sai o novo álbum de Tony Bennett. “Duets 2” traz canções famosas, já interpretadas por ele, em duetos. Lady Gaga participa em “The lady is a tramp”, e Amy Winehouse em “Body and soul”. Foi a última gravação de Amy, morta no ultimo dia 23.

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Agora em outro extremo da música, hoje é dia de dar os parabéns a James Hetfield, o líder do Metallica. Os fãs não têm do que reclamar. Daqui a pouco mais de um mês, o Metallica vai se apresentar na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, com abertura do Motörhead. Coisa para metaleiro nenhum botar defeito. Só não dá para entender como é que tem gente que ainda critica...



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E por falar em Rock in Rio... Já está nas lojas de São Paulo – no resto do Brasil deve chegar essa semana ainda – o livro “Rock in Rio – A história do maior festival de música do mundo”. O autor é este mesmo que diariamente bate ponto por aqui. Se eu fosse você, eu comprava esse livro, hein??

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E para continuar no mesmo ritmo de música boa, vai uma lembrança a um dos melhores álbuns de jazz da história. “JuJu”, a obra-prima de Wayne Shorter, foi gravado em uma sessão no dia 03 de agosto de 1964. O time que acompanhou o saxofonista na gravação é de respeito: Elvin Jones (bateria), McCoy Tyner (piano) e Reggie Workman (baixo). Shorter já possuia uma larga experiência, tendo tocado em discos de gente como Miles Davis, Lee Morgan e Art Blakey. Ele também foi integrante da mega-super-hiper-banda Weather Report. “JuJu”, puramente influenciado por John Coltrane, foi o seu álbum como líder que mais fez sucesso.



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Um dos meus álbuns instrumentais prediletos é “Jobim Jazz” (2007), um projeto do instrumentista Mario Adnet, que se juntou a alguns dos melhores músicos do país para gravar versões grandiosas da obra de Antonio Carlos Jobim. Comprei o CD por indicação da vendedora da loja. E não me arrependi. O disquinho rodou no CD player do meu carro durante intermináveis trânsitos entre a Barra da Tijuca e o Centro da cidade, por semanas a fio. No mês passado, saiu o segundo volume desse projeto, que se chama “+ Jobim Jazz”. Difícil dizer qual é o melhor. O primeiro me pegou desprevenido. E, cá pra nós, o que é melhor na vida do que ser surpreendido? Esse segundo, embora siga a mesma fórmula de seu antecessor, não decepciona. Os músicos convidados (como o guitarrista Ricardo Silveira, o baixista Jorge Helder e o pianista Marcos Nimrichter) dão um espetáculo a parte, tanto em canções bem conhecidas de Tom, como “Wave”, além de em pérolas que, graças a Deus, podem ser redescobertas nesse álbum, como “Boto” (originalmente gravada no álbum “Urubu”, de 1975) e o “Barbinha branca”, essa gravada por Luiz Bonfá, em 1955. Duvido que seja lançado um álbum de música instrumental tão interessante quanto esse “+ Jobim Jazz”, em 2011.



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Amy Winehouse, pelo visto, não será esquecida tão cedo. O Coldplay, durante um show na Austrália no último domingo, antes de mandar “Fix you”, relembrou “Rehab”, o sucesso de Amy. Em seu site oficial, a banda de Chris Martin também prestou tributo a cantora: “Há pouca coisa a se dizer sobre Amy Winehouse depois de tudo o que foi dito. É uma perda muito triste. Vamos deixar de lado essa triste ironia e simplesmente deixar o coro australiano cantar.”



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Doideira mesmo aconteceu no show do Flaming Lips, realizado também no domingo, em Montreal. O cantor Wayne Coyne simplesmente realizou um casamento em cima do palco. No bis, antes de cantar “Do you realize?”, Coyne chamou os noivos ao palco e não fez por menos: “Pelo poder dos Flaming Lips, do universo e do LSD, eu vos declaro homem e mulher” (vídeo abaixo). O casal estava fantasiado com figurinos do filme “O mágico de Oz” e, logo após o show, oficializaram a união em cerimônia civil.



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E precisava de cerimônia civil??

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Um relançamento bacana chega em breve às lojas. Trata-se dos três discos lançados pela banda punk paulistana Inocentes. “Pânico em SP” (1986), “Adeus carne” (1987) e “Inocentes” (1989) chegam em edições especiais, principalmente o primeiro, originalmente um EP, que ganha a adição de seis faixas bônus e texto do jornalista Rodrigo Carneiro. Já era tempo. É sempre bom ver as obras mais marcantes do BRock de volta às lojas.



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Vazou na internet a contribuição de Thom Yorke, do Radiohead, em uma faixa do próximo trabalho do duo alemão Modeselektor, “Monkeytown”, que será lançado no dia 04 de outubro. Yorke já havia trabalhado com o Modeselektor em 2007, quando colocou voz na faixa “The white flash”, do álbum “Happy birthday”.

Modeselektor "Shipwreck" with Thom Yorke (MONKEYTOWN015) OUT SEP 30 by Modeselektor

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Quem gravou videoclipe em Los Angeles no último sábado foi o Red Hot Chili Peppers. “The adventures of rain dance Maggie” é primeiro single de “I’m with you”, novo trabalho da banda californiana, a ser lançado em 30 de agosto. Um trecho da gravação foi disponibilizado pela banda no YouTube.



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15 de set. de 2010

Pink Floyd, Rick Wright, Bill Evans, Edison Machado, Johny Ramone, Fernanda Torres, Dirceu, Dead Weather, Weezer, Queens Of The Stone Age, Neil Young

Para terminar o post de hoje rindo um pouco... Quinze anos de saudades do genial Costinha!



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Gostei muito do novo videoclipe de Neil Young, "Angry world". Back to the roots...



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Parece que o Queens Of The Stone Age gostou dessa ideia de relançar antigos álbuns. No mês passado, a banda colocou nas lojas uma versão dupla sensacional de "Rated R" (de 2000, resenhada aqui no blog no último domingo). Agora, a banda promete, para o dia 26 de novembro, o relançamento de seu auto-intitulado álbum de estreia, de 1998, que está fora de catálogo faz alguns anos. Além das 11 faixas originais, haverá mais três bônus, que foram excluídas, de última hora, do disco original. O álbum também estará disponível em vinil. A relação de faixas é a seguinte: "Regular John", "Avon", "If Only", "Walkin' on the Sidewalks", "You Would Know", "The Bronze" (inédita), "How to Handle a Rope (A Lesson in the Lariat)", "Mexicola", "Hispanic Impressions", "You Can't Quit Me Baby", "These Aren't the Droids You're Looking For" (inédita), "Give the Mule What He Wants", "Spiders and Vinegaroons" (inédita) e "I Was a Teenage Hand Model".

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Mal lançou o seu novo álbum, "Hurley", o Weezer já está pensando no futuro. A banda norte-americana disse que já tem muitas canções prontas para um próximo disco, que será gravado em breve. "Já começamos a trabalhar em nosso décimo álbum. Estava conversando com o produtor, e ele disse: 'essas canções são totalmente diferentes das de 'Hurley', que são mais obscuras; as mais novas soam como se você estivesse andando de bicicleta aos 16 anos de idade'", disse Rivers Cuomo ao NME. Ao que tudo indica, o álbum será lançado já no ano que vem.

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Que CD não vende mais, todo mundo já sabe, né? Então o que o Dead Weather fez? Lançou o seu novo single, "Blue blood blues", em um "triple decker" vinil. Não entendeu? O vídeo abaixo ajuda um pouco. Eu disse: um pouco... A edição do tal single é limitada a 300 cópias. Raridade a vista.



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Agora eu vou partir para o futebol, tá? Mas prometo que é coisa rápida. Há 15 anos, o ex-atacante Dirceu, que jogou as Copas do Mundo de 1974, 78 e 82, morreu em um acidente automobilístico, após o seu Puma bater em um Monza na Avenida das Américas (Barra da Tijuca), no Rio de Janeiro. Ele foi eleito o terceiro melhor jogador da Copa de 1978, na Argentina, e fez história no Coritiba, Botafogo, Vasco da Gama e Fluminense. Dirceu jogou também na Espanha, na Itália e no México, sendo um dos primeiros jogadores brasileiros a fazer sucesso em clubes estrangeiros. Faz falta.



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Vamo que vamo, porque esse 15 de setembro está bem interessante. Sabe qual atriz maravilhosa completa 45 anos hoje? Fernanda Torres, uma das atrizes mais engraçadas que eu já vi atuar. Eu poderia citar aqui alguns trabalhos bem bacanas dela (tipo a novela "Selva de pedra", de 1986, ou o filme "O que é isso, companheiro?", de 1995), mas me restrinjo aqui ao programa "Os normais". Olha, deixei de sair muita sexta-feira para não perder esse programa. Ainda bem que todos os episódios sairam em DVD. Eu não me canso de assistir. Que dupla com o Luiz Fernando Guimarães, não? Ainda tenho esperança que esse programa retorne...



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Olha, vou te dizer que hoje o dia está bem eclético, hein? Rock progressivo, jazz, samba-jazz e... punk! Isso porque hoje é dia de homenagear o sensacional Johnny Ramone, que morreu no dia 15 de setembro de 2004. Eu nem tenho muito o que dizer de Johnny Ramone. Ele é um dos meus ídolos mesmo. Foi inesquecível ter visto um show dos Ramones no antigo Metropolitan em 1996 (acho). E foi inesquecível também pegar um autógrafo dele um dia antes do show. As músicas do Ramones só tinham três acordes?? Dane-se. Para mim, Johnny Ramone é um dos maiores guitarristas de todos os tempos. One, two, three, four... Ídolo, ídolo, ídolo!



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Se tem monstro do jazz sendo lebrado aqui, também tem monstro do samba-jazz. Edison Machado, um dos grandes nomes da bateria no Brasil (só no Brasil?) morreu exatos 20 anos atrás. Talvez o principal álbum do samba-jazz seja "É samba novo", lançado em 1959. Nele, Edison soltava o seu braço de ex-cabo do exército para criar o famoso "samba no prato" em sua bateria. No domingo passado, escrevi aqui no blog sobre o relançamento desse álbum fantástico. E, no ano passado, fiz um textinho maior para o SRZD, que você pode ler aqui. Além de "É samba novo", Edison Machado acompanhou meio mundo da Bossa Nova. A sua marca ficou registrada em vários álbuns.



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Hoje também é dia de homenagear um dos maiores jazzistas de todos os tempos. Para mim, Bill Evans foi o maior pianista da história do jazz ever, juntamente com Oscar Peterson e Horace Silver. E foi no dia 15 de setembro de 1980, 30 anos atrás portanto, que a vida cobrou a conta de Evans por anos e anos de excessos. Alguns dos grandes álbuns de jazz são assinados por Bill Evans, seja como artista principal ou acompanhando feras como Miles Davis. Eu já sei o que vou fazer hoje: ouvir os meus três álbuns prediletos de Bill Evans. Quais são? "Sunday at the Village Vanguard" (1961), "Conversations with myself" (1963) e "The Tony Bennett/Bill Evans album" (1975).



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Gostou de começar o dia com "Wish you were here", é? Explico: no dia 15 de setembro de 1975, o Pink Floyd lançava essa que é uma de suas músicas mais bonitas. Eu me lembro que, na segunda passagem do Roger Waters pelo Brasil (que, aliás, inicia a turnê do "The wall" hoje, em Toronto), eu estava doente e não pude ir ao show. Durante essa música, meu irmão me ligou. Bonitinho, não? E tem uma outra lembrança do Pink Floyd relacionada ao dia 15 de setembro. É triste, mas tenho que lembra-lá: em 15/09/2008, o tecladista Richard Wright partia dessa pra melhor. Ou seja, qualquer reunião do Pink Floyd que venha a ocorrer não terá a mesma graça.

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12 de set. de 2010

Resenhando: Queens Of The Stone Age, Djavan, Stevie Ray Vaughan, Gilberto Gil, The Who

“Rated R” (Deluxe Edition) – Queens Of The Stone Age
Parece que foi ontem que o NME elegeu o “Rated R”, segundo trabalho do Queens Of The Stone Age, o melhor álbum do ano 2000. No ano seguinte, a banda de Josh Homme veio pela primeira vez ao Brasil, para se apresentar na terceira edição do Rock in Rio. Pena que o público não estava muito a fim de assistir ao show. (E, verdade seja dita, o QOTSA também não estava nem um pouco a fim de fazer o show. A banda acabou ficando marcada pela atitude do baixista Nick Oliveri, que se apresentou pelado.) Dez anos se passaram, e agora chega às lojas a “Deluxe edition” de “Rated R”, que traz o álbum original remasterizado e mais uma penca de raridades. O álbum dispensa maiores apresentações. “Feel good hit of Summer”, “The lost art of keeping a secret”, “Monsters in the parasol” e “Lightning song” formam um conjunto coeso que, dificilmente, será superado pela banda. É o preço que se paga pela produção de uma pequena obra-prima. O que vale mesmo nessa edição especial é o segundo CD, que traz seis faixas gravadas para os singles do álbum, incluindo a pesadona “You’re so vague” (espécie de “homenagem” de Josh Homme à baba “You’re so vain”, de Carly Simon), a ótima versão para “Who’ll be the next in line” (do Kinks), “Ode to Clarissa” e uma versão ao vivo para “Monsters in the parasol”. E, por falar em versão ao vivo, a apresentação que o QOTSA fez no festival de Reading, em 2000, fecha essa edição especial. São apenas nove músicas da fase inicial da banda, como “Avon” e “Regular John”, as duas do auto-intitulado disco de estreia da banda, de 1998. Dá para ter uma boa ideia do show que os brasileiros não viram (e a banda não fez) no Rock in Rio 3.

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“Ária” – Djavan
Que Djavan é uma das maiores vozes do Brasil, ninguém discute. Que Djavan é um dos maiores compositores do Brasil, muita gente discute. Autor de pérolas da MPopB, como “Oceano” e “Linha do Equador”, Djavan vinha escorregando em seus últimos álbuns, como “Vaidade” (2004) e “Matizes” (2007). Três anos após o lançamento de seu último trabalho, o músico alagoano volta ao disco com um trabalho de intérprete. São doze canções escritas pela nata da Música Popular Brasileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Cartola, Antonio Carlos Jobim, Silas de Oliveira e Luiz Gonzaga. Ainda sobra espaço para as releituras de “Fly me to the moon” (de Bart Howard, eternizada na voz de Frank Sinatra), “La noche” (de Enrique Heredia Carbonell e Juan Jose Suarez Escobar) e “Nada a Nos Separar” (de Wayne Shanklin, em versão de Romeo Nunes). O resultado da mistura soa irregular, ainda que os pontos altos sejam mais numerosos do que os fracos. Nesse novo álbum, Djavan acertou ao retornar a um instrumental mais básico, com uma banda enxuta formada por Torcuato Mariano (violões e guitarra), André Vasconcellos (baixo) e Marcos Suzano (percussão). E isso fica claro nas ótimas versões de “Apoteose ao samba” e “Luz e mistério”, econômicas, com destaque para a voz de Djavan, que ainda reserva os melhores momentos do disco nas faixas de voz & violão (“Disfarça e chora” e “Brigas nunca mais”). Os escorregões acontecem nas versões dispensáveis de “Palco” (que, ao invés de classuda, que deve ter sido a intenção de Djavan, ficou sem graça, quando comparada à versão original de Gilberto Gil) e de “Oração ao tempo”, que perdeu muito sem a carga emotiva da gravação original de Caetano Veloso. Mas ninguém vai poder dizer que “Ária”, por ser composto somente de versões, é um álbum caça-níquel. Pelo contrário, Djavan soube colocar a sua personalidade em cada uma das 12 regravações. E talvez seja o seu melhor álbum nessa década.

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“Couldn’t stand the weather” (Legacy Edition) – Stevie Ray Vaughan
Stevie Ray Vaughan é daquele tipo de artista que deixou uma obra muito grande para uma carreira bastante curta. Quando surgiu, em 1983, com um dos melhores debut albuns ever (“Texas flood”), ele se transformou, rapidamente, de simples promessa em grande estrela. Já no ano seguinte, quando lançou “Couldn’t stand the weather”, SRV já poderia ser chamado de um dos maiores guitarrista do mundo. É verdade que o seu segundo álbum não é tão bom quanto o primeiro. A sonoridade, imposta por ele e pela sua inseparável banda Double Trouble, estava um pouco mais pop, como na faixa título. Mas outras canções, como a jazzy “Stang’s swang”, o blues “Cold shot” (de W. C. Clark) e a versão arrebatadora de “Voodoo child (Slight return)” (de Jimi Hendrix), dão a certeza de que “Couldn’t stand the weather” ainda deve ser apreciado 26 anos após o seu lançamento. Daí que essa “Legacy edition” é indispensável para os fãs do guitarrista. Além do álbum original remasterizado, o pacote de dois CDs traz 11 faixas gravadas na época de “Couldn’t stand the weather”, entre faixas já lançadas anteriormente, como “Little wing” (presente no álbum póstumo “The Sky is crying”, de 1991), e outras inéditas, como “Boot hill” e um take alternativo de “Stang’s swang”. Como se não bastasse, o segundo CD do pacote é dedicado a um show de SRV & Double Trouble, no dia 17 de agosto de 1984 (três meses após o lançamento do álbum de estúdio), no Spectrum de Montreal. Aí que o bicho pega. As 13 gravações são absolutamente inéditas. E é sempre possível encontrar coisas diferentes em regravações de clássicos como “Love struck baby”, “Pride and joy”, “Lenny” e “Testify”. Pelo jeito, o baú de Stevie Ray Vaughan é maior do que se podia imaginar. Carreira curta. Obra grande. Grandiosa, aliás.

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“Retirante” – Gilberto Gil
Lá fora é comum o lançamento de gravações inéditas de grandes artistas, quando estavam no início de carreira. Aqui no Brasil, o negócio é mais raro. E seria inexistente se não fosse o trabalho de pesquisadores obcecados por arquivos de gravadoras. Um desses pesquisadores é Marcelo Fróes, que, não bastasse ter lançado dois caixotes com a obra completa de Gilberto Gil (e mais uma tonelada de raridades), tira agora da manga o CD duplo “Retirante”, com as gravações de Gil antes da fama. Algumas dessas gravações já haviam sido lançadas na caixa “Palco” (2002), mas, em “Retirante” é possível enxergar um panorama mais organizado da obra de Gilberto Gil. E a conclusão é simples: a voz mudou, mas Gil sempre foi um excelente compositor. Mesmo quando quase ninguém o conhecia. A pré-história de Gilberto Gil começou a ser traçada em 1962, nas gravações registradas para compactos de 78rpm pela JS Discos, de propriedade de Jorge Santos, locutor da Rádio Excelsior de Salvador. Dessas gravações, destaca-se “Serenata do Teleco-Teco”, tentativa de Gil (sem cerimônia alguma) de soar parecido com (ou igual a) João Gilberto. Além das gravações feitas para a JS, o primeiro CD traz raridades que só haviam sido lançadas em compactos ou álbuns coletivos, como “Felicidade vem depois” (considerada pelo próprio Gil a sua primeira composição), gravada para um disco idealizado pela antiga revista O Bondinho. Mas o recheio do bolo de “Retirante” está mesmo no segundo CD, que traz a íntegra de sua primeira fita demo, gravada apenas com voz & violão, no escritório da editora musical Arlequim, no início de 1966. Dentre as 18 canções (com qualidade de áudio bem razoável), vale destacar coisas que depois ficariam conhecidas (como “Ensaio geral”, “Beira-mar” e “Minha senhora”), além das inéditas (sim inéditas até hoje!) “Rancho da boa vinda”, “A última coisa bonita”, “Me diga moço” e “Retirante”. De lambuja, o disco ainda traz as primeiras gravações autorais de Gilberto Gil para “Vento de maio”, “Meu choro pra você”, “Zabelê” e “Ninguém dá o que não tem”. Obrigatório!

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“Greatest hits live” – The Who
Sempre pelos palcos, mas sem muita ideia para gravar músicas novas, o The Who lançou o CD duplo “Greatest hits live”, que faz um apanhado de sua carreira, de 1965 a 2009. O CD 1 é dedicado a fase áurea da banda inglesa, com a sua formação original (Roger Daltrey nos vocais, Keith Moon na bateria, Pete Townshend na guitarra, e John Entwistle no baixo), com clássicos como “Substitute” (gravado em dezembro de 1971, no San Francisco Civic Auditorium), “Won’t get fooled again” (em Largo, no mês de dezembro de 73) e um medley fantástico que abarca “Naked eye”, “Let’s see action” e “My generation” (em 1974, no estádio do Charlton, em Londres). Todas essas gravações, apesar de raras, podem ser encontradas em bootlegs da banda que têm a rodo por aí. Outras chegaram a fazer parte de lançamentos oficiais do conjunto, como “Magic bus” (do “Live at Leeds”, de 1970) e “My generation” (do “BBC Sessions”, com gravações de 1965, lançado em 2000). O segundo CD começa em 1989, com cinco faixas gravadas durante a turnê de 1989, em show realizado em Los Angeles, e lançado em CD duplo à época (“Join together”, de 1990). Quatro gravações, já dos anos 00, fecham o CD, incluindo uma versão poderosa de “Eminence front”, no Brisbane Entertainment Centre, em 2009, durante a última turnê da banda. Para quem não tiver nada ao vivo do The Who, “Greatest hits live” pode ser uma boa pedida. Mas nada supera o essencial “Live at Leeds”, de 1970.

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Abaixo, a faixa “Fly me to the moon”, de Bart Howard, na voz de Djavan:

26 de ago. de 2010

Seal, Dori Caymmi, Branford Marsalis, The Cure, Macaulay, QOTSA, Robbie Williams, Eric Clapton, U2, Bruce Springsteen, Linkin Park

Estreou hoje o videoclipe de "The Catalyst", nova música do Linkin Park, que já saiu como single no início desse mês, e estará presente no álbum "A thousand suns", que chega às lojas no dia 14 de setembro. Achei o vídeo (dirigido por Joseph Hahn) mais legal do que a música.



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Ontem mesmo, escrevendo aqui sobre os 35 anos de "Born to run", disse que o meu álbum predileto do Bruce Springsteen era "Darkness on the edge of town". Pois bem, foi confirmado hoje que o box "The promise: The darkness on the edge of town story" (capa acima) sai no dia 16 de novembro. O pacote terá três CDs e mais três DVDs, com o álbum original remasterizado, mais 21 faixas inéditas, um documentário sobre a gravação do álbum dirigido por Thom Zimny, e um show inédito, filmado na época do lançamento do álbum, em Houston. Uma edição econômica, com dois CDs somente com as 21 faixas inéditas das sessões de gravação também será disponibilizada. A relação de faixas é a seguinte:

CD 1: REMASTERED ‘DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN’
1. Badlands
2. Adam Raised a Cain
3. Something In The Night
4. Candy’s Room
5. Racing In The Street
6. The Promised Land
7. Factory
8. Streets Of Fire
9. Prove It All Night
10. Darkness On The Edge Of Town

CD 2: THE PROMISE (DISC 1)
1. Racing In The Street (‘78)
2. Gotta Get That Feeling
3. Outside Looking In
4. Someday (We’ll Be Together)
5. One Way Street
6. Because The Night
7. Wrong Side Of The Street
8. The Brokenhearted
9. Rendezvous
10. Candy’s Boy

CD 3: THE PROMISE (DISC 2)
1. Save My Love
2. Ain’t Good Enough For You
3. Fire
4. Spanish Eyes
5. It’s A Shame
6. Come On (Let’s Go Tonight)
7. Talk To Me
8. The Little Things (My Baby Does)
9. Breakaway
10. The Promise
11. City Of Night

DVD 1: “THE PROMISE: THE MAKING OF ‘DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN’”

DVD 2: DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN (PARAMOUNT THEATER, ASBURY PARK, NJ, 2009) 1. Badlands 2. Adam Raised A Cain 3. Something In The Night 4. Candy’s Room 5. Racing In The Street 6. The Promised Land 7. Factory 8. Streets Of Fire 9. Prove It All Night 10. Darkness On The Edge Of Town

THRILL HILL VAULT (1976-1978)
1. Save My Love (Holmdel, NJ 76)
2. Candy’s Boy (Holmdel, NJ 76)
3. Something In The Night (Red Bank, NJ 76) 4. Don’t Look Back (NYC 78) 5. Ain’t Good Enough For You (NYC 78) 6. The Promise (NYC 78) 7. Candy’s Room Demo (NYC 78) 8. Badlands (Phoenix 78) 9. The Promised Land (Phoenix 78) 10. Prove It All Night (Phoenix 78) 11. Born To Run (Phoenix 78) 12. Rosalita (Come Out Tonight) (Phoenix 78)

DVD 3: HOUSTON ‘78 BOOTLEG: HOUSE CUT
1. Badlands
2. Streets Of Fire
3. It’s Hard To Be A Saint In The City
4. Darkness On The Edge Of Town
5. Spirit In The Night
6. Independence Day
7. The Promised Land
8. Prove It All Night
9. Racing In The Street
10. Thunder Road
11. Jungleland
12. The Ties That Bind
13. Santa Claus Is Coming To Town
14. The Fever
15. Fire
16. Candy’s Room
17. Because The Night
18. Point Blank
19. She’s The One
20. Backstreets
21. Rosalita (Come Out Tonight)
22. Born To Run
23. Detroit Medley
24. Tenth Avenue Freeze-Out
25. You Can’t Sit Down
26. Quarter To Three

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Só quero ver o que o Bono vai falar disso.

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Uma entrevista com Eric Clapton sobre o seu novo álbum. No site da Mojo. Em inglês.

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Robbie Williams disponibilizou hoje o videoclipe de seu novo single. "Shame" fará parte da coletânea "In and out of consciousness: The greatest hits 1990 - 2010", que Williams vai lançar no dia 11 de outubro. A gravação conta com a participação especial de Gary Barlow, do Take That. A música eu achei fraca (está mais para Take That do que para Robbie Williams), mas o clipe, que parodia o filme "O segredo de Brokeback Mountain", é bem legal.



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Todo mundo já sabia, mas os organizadores do SWU estavam fazendo doce, sabe-se lá o porquê. Foi oficialmente divulgado que o Queens Of The Stone Age vai tocar na noite de encerramento do evento, no dia 11 de outubro, ao lado de Linkin Park, Cavalera Conspiracy e Pixies.

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Para fechar os aniversários de hoje, vamos partir para o cinema. Aliás, o nosso homenageado até que chegou a participar de um videoclipe do Michael Jackson também. Acredite se quiser, mas Macaulay Culkin, o pirralhinho lá do "Esqueceram de mim", faz 30 anos hoje. O moleque, quando surgiu, prometia. Mas acabou se envolvendo em algumas besteiras por aí, e eu nem sei o que esse doido anda fazendo hoje em dia. Mas que o "Esqueceram de mim" era divertido, ah, isso era...



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Eu já disse abaixo que estou ficando velho. Eu me lembro do dia em que fui ver "Batman Forever", quando ele estreou nos cinemas, em 1995. E pior: eu me lembro do dia em que comprei "The head on the door", álbum que o The Cure lançou em 1985. Aliás, para ser mais exato, no dia 26 de agosto de 1985. Comprei poucos dias após o lançamento, em alguma Gabriela da vida. Ouvi até gastar. E tive que comprar o CD. Em 2006, saiu uma versão dupla fantástica, com o álbum original remasterizado e mais um bando de demos e versões ao vivo. A relação original de faixas de "The head on the door" é a seguinte: "Inbetween days", "Kyoto song", "The blood", "Six different ways", "Push", "The baby screams", "Close to me", "A night like this", "Screw" e "Sinking". Difícil dizer qual é a minha predileta. Acho que fico com "Kyoto song". Mas a que fez mais sucesso foi essa aqui...



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Eu adoro quando escrevo sobre jazz aqui. E hoje tenho um ótimo motivo para fazê-lo. O saxofonista Branford Marsalis, irmão de Wynton Marsalis, faz 50 anos. Nascido na Louisiana, já lançou 25 álbuns, dentre os quais eu destaco "Random Abstract" (1988), "Contemporary Jazz" (que ganhou um Grammy em 2000) e "A Love Supreme Live", pacote de CD/DVD que saiu em 2004, e traz Branford e seu quarteto interpretando a obra maior de John Coltrane com precisão cirúrgica. Olha um aperitivo...



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Pelo jeito, um assunto vai puxar o outro hoje mesmo... E, ao que tudo indica, esse mar lindo de hoje (da foto abaixo) é em homenagem a alguém. E eu já descobri quem é esse alguém: Dori Caymmi, filho de Dorival, o que melhor conseguiu traduzir o mar em poesia e música (apesar de nunca ter aprendido a nadar). Dori faz 67 anos hoje em grande forma, com o lançamento de mais um excelente álbum, "Mundo de dentro", poucos meses atrás. Mas como hoje tudo diz respeito ao mar, acho que essa música abaixo seria mais apropriada...



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Faz muito tempo que não via o mar tão bonito... Será que um mergulho ia me fazer bem??

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Ah, por que o vídeo abaixo, hein? Olha só que loucura... Já disse que tô todo ferrado aqui de gripe, febre, hoje acordei sem voz, parará parará... Não sei porque, mas o remédio que estou tomando me faz sonhar a noite toda. E tive dois sonhos bem loucos essa noite. Um era que eu estava em um show do Cazuza. Dessa vez, ele não estava com o Lobão. Era Cazuza sozinho no palco do Canecão. Ele cantou uma música que eu nunca tinha ouvido antes. Acordei para anotar os versos, mas estava muito chapado de paracetamol. O outro sonho era que o Batman estava invadindo a minha casa. Bom, até aí, nada demais. Mas, quando eu acordei, me deu vontade de ouvir "Kiss from a rose", que o Seal fez para o "Batman Forever". E o que mais me chamou a atenção foi que, exatamente no dia 26 de agosto de 1995, essa música chegava ao primeiro posto da parada de singles da Billboard. E parece que foi ontem que fui ver esse filme no cinema. Estou ficando velho...

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10 de jul. de 2010

Neil Tennant, Coldplay, Dancin' Days, Fred Zero Quatro, Paolo Rossi, DMB, Paulo Moura, R.E.M., Queens Of The Stone Age, Kasabian, Milton, Torres

UMA MÚSICA PRO FINAL DE SEMANA: Bom, amanhã é a final da Copa do Mundo 2010. E a única música que poderia colocar aqui hoje é "Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco", parceria de Milton Nascimento e Leila Diniz. "Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar..." Amanhã, os dois países brigarão pela Copa do Mundo. Acho que se a Espanha ganhar, será feita a justiça nessa Copa, porque ela mostrou o futebol mais bonito (junto com a Alemanha) nesse último mês. Se a Holanda vencer, acho que será reparada uma injustiça histórica. Os laranjas já deveriam ter ganho uma Copa do Mundo há muito tempo, não? Pena que, em 1974, a Alemanha tinha um time tão bom quanto o da Holanda. E em 1978, ninguém ganharia mesmo da ditadura argentina do general Jorge Rafael Videla. Enfim, que vença o melhor amanhã. Mas eu sou Espanha e não abro. E ainda tenho esperança que Fernando Torres marque o gol do título.



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"O Kasabian levou a Espanha a final da Copa do Mundo". Quem disse essa frase foi Fernando Torres, o craque-artilheiro(devedor) do Liverpool e da seleção espanhola. Torres disse ao The Sun que a música "Club foot", da banda britânica tem inspirado o time antes de cada jogo da Copa. E tem mais: ele já garantiu que a seleção vai escutar a música antes da final amanhã contra a Holanda. "Se a gente ganhar a Copa, gostaria de presentear a banda com uma camisa autografada por todos nós, porque a música serviu de inspiração para nós, antes dos jogos, no vestiário", afirmou. Então, essa aqui vai para o Fernando Torres se inspirar amanhã...



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A banda Queens Of The Stone Age está pensando em fazer uma série de shows para apresentar todos os seus cinco álbuns na íntegra. "Outro dia, nós conversamos sobre o quanto gostamos de ver o Cheap Trick apresentar os seus três primeiros álbuns, e pensamos em fazer cinco shows, um para cada disco que a gente gravou", disse Josh Homme à Rolling Stone. O QOTSA será um dos headliners dos festivais de Reading e de Leeds, na Inglaterra.

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Na terça-feira sai lá fora a super-ultra-mega edição de 25 anos do super-ultra-mega disco "Fables of the reconstruction", do R.E.M. E, para já preparar os ouvidos dos fãs, a banda de Michael Stipe liberou, em seu site oficial, a faixa "Throw those trolls away", que fará parte do CD bônus, "The Athens demos". Quer ouvir? Clica aqui.

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Força Paulo Moura!

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A notícia já é meio velha, mas não posso deixar de compartilhar a minha alegria com vocês ao saber que a Dave Matthews Band fará uma show no Rio de Janeiro, antes do Itustock. A apresentação acontecerá na HSBC Arena (quem foi ao show deles em 2008 sabe que o Vivo Rio ficou pequeno para a banda), no dia 08 de outubro. E olha que beleza: o show cai numa sexta-feira! Com show da DMB no dia 08, e do Rush no dia 10, quero que se dane o Itustock, com o seu line-up meia-bomba, os preços extorsivos e a palhaçada da pista VIP. Só fico com pena por causa dos Pixies, mas... quem sabe eles não resolvem tocar no Rio... ou em Buenos Aires... A data de início das vendas e os preços do show da DMB no Rio ainda não foram divulgados. Então, só para ir esquentando, a música deles que eu mais gosto...



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Posso falar de Copa do Mundo mais uma vez?? Ah, deixa... Eu prometo que está acabando, tá? Olha, outro dia lembrei aqui da "tragédia do Sarriá", quando o Paolo Rossi despachou o Brasil pra casa. Bom, e amanhã, dia da final da Copa de 2010, fará 28 anos que a Itália venceu a Copa da Espanha. Na final, a seleção italiana derrotou a Alemanha Ocidental por três a um. E pelo menos uma pessoa ficou feliz com a eliminação do Brasil: o juiz Arnaldo Cezar Coelho, que, assim, pôde apitar a final - e dar o seu showzinho levantando a bola ao apito final. Dizem que o Brasil foi o "campeão moral" dessa Copa. Tinha sim um grande time à época, mas a Itália também não era de se jogar fora. Olha só a escalação da final: Zoff, Graziani, Bergomi, Scirea, Collovati, Gentile, Conti, Paolo Rossi, Oriali, Cabrini e Tardelli. Altobelli entrou no lugar de Graziani, e marcou o derradeiro gol italiano.



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Agora chega de falar do dia 10 de julho, e vamos ver o que tem de bom no dia 11 de julho. Até mesmo porque, amanhã é dia de descansar essa lombar podre com quatro hérnias de disco... Quem faz 45 anos amanhã é o compositor e cantor Fred Zero Quatro, do Mundo Livre S/A, banda que foi, ao lado de Chico Science & Nação Zumbi, a principal expoente do mangue beat. E se você tiver a fim de ouvir uma obra-prima, experimente "Samba esquema noise", álbum que o Mundo Livre S/A lançou em 1994.



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Olha, eu nem era nascido, mas todo mundo fala tanto dessa novela, que fiquei com vontade de lembrar aqui da sua estreia. O primeiro capítulo de "Dancin' days", do grande Gilberto Braga, foi ao ar no dia 10 de julho de 1978. A novela contava a história de Júlia de Souza Matos, uma ex-presidiária, que matou o seu marido de forma acidental, e, após 11 anos, tenta se reaproximar da filha, que foi morar com uma tia ricaça. Uma trama, aliás, parecida demais com a de "A favorita", de João Emmanuel Carneiro. No elenco, só fera, veja: Sônia Braga, Joana Fomm, Antônio Fagundes, Glória Pires, Reginaldo Faria, José Lewgoy, Cláudio Corrêa e Castro, Milton Moraes, Ary Fontoura, Beatriz Segall, Yara Amaral, Mário Lago, Mauro Mendonça... Ufa! Saudades do tempo em que atores de verdade atuavam em novelas, e não esses modelinhos bestas que só sabem aparecem nas revistas de celebridades... Ah, se você quiser relembrar a abertura da novela, ela está aqui.



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Eu não sei se estou ficando velho rápido demais, ou se o tempo não passa mais como antigamente. Mas fiquei impressionado ao abrir a minha agenda de efemérides e me deparar com a lembrança de que hoje faz 10 anos que o Coldplay lançou o seu primeiro álbum, "Parachutes". Logo que ele saiu, passou meio batido por aqui. Um tio meu estava nos Estados Unidos na semana de lançamento de "Parachutes" e o trouxe para mim. Quando ouvi, nenhuma música fazia sucesso no Brasil. Mas, pouco tempo depois, as rádios (sim, na época, as pessoas ainda ouviam rádio) começaram a tocar "Shiver", "Sparks", "Yellow", "Trouble" e "Everything's not lost". Analisando dez anos depois, dá pra chegar à conclusão de que foi uma bela estreia. Se você quiser relembrar um bom momento de "Parachutes", clique aqui.

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Tá bom, já falei de pizza, e agora quero falar sobre um dos caras mais elegantes da música. Tem gente que adora falar mal do Pet Shop Boys. "Ultrapassados, chatos, velhos, e sei lá mais o quê..." Mas essa mesma gente que fala mal adora ouvir "Go west", "Being boring", "Always on my mind", "It's a sin", "Rent", "West End girls"... E vou te dizer uma coisa: pegue qualquer DVD do Pet Shop Boys e repare na classe e elegância de Neil Tennant. É um artista sensacional em todos os sentidos. Por isso que fica aqui a minha lembrança pelos seus 56 anos comemorados hoje.



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Hum, já ficou com fome é? Bom, essa pizza aí em cima não é para deixar ninguém com água na boca não, mas, tão somente, para lembrar que hoje é o Dia da Pizza! Não, não foi em algum 10 de julho da vida que alguma CPI foi engavetada. Até mesmo porque, nesse caso, todo dia seria dia da pizza no Brasil. Na verdade, há duas explicações para hoje ser o dia da pizza. A primeira é que foi no dia 10 de julho de 1889, que teria sido criada uma pizza com as cores da bandeira da Itália (vermelho do tomate, branco do queijo e verde do manjericão) para ser servida à rainha Margherita. A segunda explicação está relacionada à cidade de São Paulo, pois no dia 10 de julho de 1985, 5.500 restaurantes serviram pizza em seus cardápios. O então secretário de turismo da cidade, Caio Luís de Carvalho, nesse dia, fez um concurso na cidade para eleger a melhor receita que levasse mussarela e margherita. A data então foi escolhida para festejar a pizza. Simples assim.

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Ôpa! Muitíssimo bom dia pessoal. Como andam as coisas, hein? :)) Nossa, os dias estão tão bonitos. Que vontade de correr. Mas falta tempo. E ontem ainda arrebentei o meu pé brincando com o Jimi Hendrix. Nada de corrida, então... Aliás, já vou avisando que viajo no dia 15 e vou passar 20 dias fora. Prometo levar o laptop para, dentro do possível, atualizar esse blog. Mas não esperem essa assiduidade toda. Quando voltar de viagem, aí sim tudo fica como antes. Mas enquanto estiver por lá, será bem light...

24 de jun. de 2010

São João, Vadico, Jeff Beck, Roque Santeiro, Fangio, Riquelme & Messi, Caniggia, Lulu, Brandon, Ozzy, Moska, Paul, Green Day, Björk, Megadeth, QOTSA

O Mario Bros fica muito mais divertido assim...



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Falei aqui já deve ter um mês ou mais sobre a edição especial do "Rated R", do Queens Of The Stone Age. Pois agora foram divulgados os detalhes dessa edição de luxo. Para comemorar os dez anos do lançamento, a banda praparou um CD duplo recheado de coisas boas. Além do álbum original remasterizado, o CD duplo, que sai no dia 03 de agosto, trará seis lados B ("Ode to Clarissa", "You're so vague", uma versão ao vivo de "Monsters in the Parasol", uma nova versão de "Born to Hula", e covers "Never say never", do Romer Void, e "Who'll be the next in line", do Kinks), além de nove músicas gravadas ao vivo no Reading Festival, em 2000, época de lançamento do álbum. Esse é para encomendar!

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DESESPERO: Já que ninguém vende mais disco, o Arcade Fire resolveu apelar. "The suburbs", novo álbum da banda canadense, que sai lá fora na primeira semana de agosto, terá oito (isso mesmo, OITO!) capas diferentes. Será que vai ter fanático comprando oitos CDs iguais?

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Será lançado no dia 07 de setembro, o DVD/BD/CD "Rust in peace live" (capa acima), com o registro da última apresentação da turnê comemorativa dos 20 anos do lançamento de "Rust in peace", do Megadeth. O pacote está previsto para ser lançado no dia 07 de setembro. O show foi gravado no Palladium, em Hollywood, no dia 31 de março. O tempo total do vídeo, que ainda traz cenas de bastidores, é de 80 minutos. No repertório, as nove faixas de "Rust in peace" e mais sete sucessos. Veja a relação completa: "Holy wars... The punishment due", "Hangar 18", "Take no prisoners", "Five magics", "Poison was the cure", "Lucretia", "Tornado of souls", "Dawn patrol", "Rust in peace... Polaris", "Skin O' my teeth", "In my darkest hour", "She-wolf", "Trust", "Symphony of destruction", "Peace sells" e "Holy wars (Reprise)".

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Depois de três anos de "Volta", Björk prepara o lançamento de mais um álbum. Um EP na verdade. A cantora islandesa se reuniu com o Dirty Projects para gravar "Mount Wittenberg Orca", que tem sete faixas. Parte dos lucros com a venda do EP será doada para uma campanha de preservação das espécies marítimas. As faixas do álbum, que estará disponível aqui a partir do dia 30, são as seguintes: "Ocean", "On and ever onward", "When the world comes to an end", "Beautiful mother", "Sharing orb", "No embrace" e "All we are".

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Durante soundcheck em Dublin, ontem, o Green Day tocou uma música inédita. A gravação está meio tosca, mas dá pra ter uma ideia de "Stay the night", logo abaixo.



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O show que Paul McCartney fará no festival Hard Rock Calling, em Londres, no próximo domingo (dia 27/06) será transmitido ao vivo pelo YouTube. O show começa às 20h30 no horário de Londres, 16h30 no horário de Brasília. A apresentação pode ser conferida nesse canal aqui.

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Essa é a capa do novo CD do Moska, que chega às lojas na semana que vem, via Biscoito Fino. O álbum é duplo e tem 18 faixas, incluindo "Soneto do teu corpo", "Nuvem", "Sinto encanto" e "Pêndulo".

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E o videoclipe do novo single do Ozzy Osbourne, "Let me hear you scream", hein? Mais Ozzy impossível, não?



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Brandon Flowers anunciou hoje que o seu primeiro álbum solo, "Flamingo", sai no dia 06 de setembro no Reino Unido, e no dia 14, nos Estados Unidos. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil. Ele ainda disse que "Flamingo" terá 10 faixas, incluindo o primeiro single, "Crossfire" (que será lançado a 23 de agosto), além de "Jilted lovers and broken hearts", "Welcome to fabulous Las Vegas" e "Playing with fire". Gravado em Las Vegas, o álbum contou com a produção de Stuart Price, Daniel Lanois e Brendan O'Brien.

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DE NOVO?: Lulu Santos gravou ontem, aqui no Rio, o seu "Acústico MTV 2". O primeiro é de 2000. Considero o "Acústico" de Lulu muito bom. Foi lançado em DVD e CD duplo com a apresentação completa. Não consegui descobrir o que Lulu gravou nesse segundo volume. Espero que tenha sido algo diferente do que já tem no primeiro. Repertório não falta... Senão, vamos ter a mais uma versão de "Toda forma de amor", "O último romântico", "Tudo bem"... Que tal "Tudo azul", "Papo cabeça", "Brumário", "Manhas e mumunhas"...?

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No dia 24 de junho de 1990, Messi estava fazendo três anos, e a seleção argentina lhe deu um presente - será que ele se lembra? Foi nesse dia que a Argentina derrotou o Brasil com aquele célebre gol do Caniggia. Foi injusto, é verdade. O Brasil tinha a fama de retranqueiro por conta da tática adotada pelo técnico Sebastião Lazaroni, e que era seguida a risca por Dunga dentro de campo. Mas, naquela partida, o Brasil jogou bem, atacou muito, e perdeu, pelo menos, uns quatro gols. Como quem não faz leva (meu pai falou isso exatamente cinco minutos antes de Caniggia marcar o gol), o Brasil foi embora pra casa logo nas oitavas de final. E a Argentina chegou à final. Mas perdeu para a Alemanha. Ainda bem. A seleção de Maradona, em 1990 (e bem diferente de 1986), não merecia ganhar aquele título.



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E se tem craque no automobilismo argentino, tem craque no futebol também. Aliás, dois craques: Juan Román Riquelme e Lionel Messi. Na verdade, quero falar do segundo. Depois que Zidane se aposentou, eu achava que uma Copa do Mundo não teria mais graça tão cedo. Ainda bem que me enganei. Que delícia ver o Messi em campo. Parece que a bola tá grudadinha no pé dele. E ele faz o que quer. Como dizia Armando Nogueira, um lenço para ele é um latifúndio. Messi ainda não marcou gol nessa Copa. E está merecendo. Mas alguma coisa me diz que a Copa do Mundo reserva algo muito mais especial para ele. E eu estou torcendo como nunca. Messi completa 23 anos, e Riquelme, 32.



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Olha só, hoje é um dia para argentino nenhum botar defeito. Sugiro que caso você tenha algo contra nuestros hermanos, nem leia os posts seguintes... Hehe... Pra começar, vamos falar de automobilismo. Hoje celebramos os 99 anos de Juan Manuel Fangio, um dos maiores automobilistas de todos os tempos. O argentino participou de 51 grandes prêmios, com 24 vitórias, 29 pole positions e 5 títulos mundiais (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957). Fangio morreu no dia 17 de julho de 1995, em Buenos Aires.



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Sinhozinho Malta, Viúva Porcina, Padre Hipólito, Mocinha Abelha, Dona Pombinha, Dona Matilde, Cego Jeremias, Prefeito Florindo Abelha, Zé das Medalhas, o Lobisomem e... Roque Santeiro! Bom, se você tem pelo menos 30 anos de idade, deve se lembrar de alguns desses personagens. Eu me lembro muito. Eu me lembro que, durante boa parte de "Roque Santeiro", meus pais viajaram e eu dormi na casa da minha avó. Tinha cinco anos. Mas só ia pra cama depois que a novela acabasse. Não consigo ouvir a música-tema de Sá & Guarabyra sem ficar (muito) arrepiado. Bons tempos. E hoje, dia 24 de junho de 2010, faz 25 anos que "Roque Santeiro" estreou na Rede Globo. Logo abaixo, você pode ver exatamente o início do primeiro capítulo de Roque Santeiro.



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Da música brasileira para internacional, hoje é dia de dar os parabéns para o grande, magnífico e sensacional guitarrista Jeff Beck, que faz 66 anos hoje. Já escrevi algumas coisas sobre ele aqui. O seu último álbum ("Emotion & Commotion") não me agradou. Beck poderia ter passado sem "Nessun dorma"... Mas se eu for falar aqui da história dele, vou ficar o dia todo escrevendo sobre as suas qualidades. O que falar de álbuns como "Blow by blow", "There and back" e "Wired"? Nada, né? Melhor ouvi-los... E o antológico show no Free Jazz de 1998 (acho!)? Até guitarra ele quebrou no final, no melhor estilo Pete Townshend! Por essas e por outras que ainda estão por vir, muitas felicidades, Jeff Beck!



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Quando estava preparando a pré-pauta do blog ontem, fiquei louco com esse aniversário. A gente fala muito de Noel Rosa, mas acaba se esquecendo do seu principal parceiro. Vadico compôs com Noel algumas das pérolas do cancioneiro nacional, como "Conversa de botequim", "Feitio de oração", "Feitiço da Vila", "Pra que mentir", "Tarzã, o filho do alfaiate", entre outras. Pois bem, se vivo fosse, Vadico estaria completando hoje 100 anos. Uma pena que pouca gente vá se lembrar dessa data hoje. Mas fica aqui a minha singela homenagem.



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Alguém aqui já leu "A moreninha" (a tia já dizia que esse foi o "primeiro romance escrito no Brasil") ou "O forasteiro"? Haha... Eu já li os dois. Nessas horas, a gente agradece ao Santo Agostinho (ao colégio mesmo). Bom, ambos os livros (além de outros, como "O moço loiro" e "A luneta mágica") foram escritos por Joaquim Manuel de Macedo. E, hoje, dia 24 de junho de 2010, celebramos os 190 anos desse grande escritor, que também foi professor dos filhos da princesa Isabel! Manuel de Macedo é o patrono da cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras.

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Bom dia, pessoal. E pode acender a fogueira, preparar a canjica, comprar estalinho, pintar o bigodinho, que hoje é dia de São João! Tudo bem, para mim, uma das muitas coisas desagradáveis que existem é festa de São João. Mas do santo eu gosto. Minha avó também gostava dele. Então, fica aqui a minha homenagem com uma música sugerida pelo colega Leonardo Guedes.

5 de jun. de 2010

Erasmo, Wanderléa, João Nogueira, TV Pirata, Edinho, Stones, Steve Vai, QOTSA, Morengueira, Harry Potter, Lou Reed, R.E.M., Beatles + OutKast, Copas

LIVRO DA SEMANA: O livro dessa semana, na verdade não é apenas um livro e nem da semana. Escolhi uma dobradinha de livros que li faz uns dois meses para falar um pouquinho hoje: "As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos" (Mauro Beting) e "As melhores seleções brasileiras de todos os tempos" (Milton Leite), ambos lançados pela editora Contexto. Começando pelo livro das seleções brasileiras, ele apresenta os escretes de 1958, 62, 70, 82, 94 e 02. O texto é leve e bom de ler, mas, no entanto, peca um pouco pela ausência de muitos detalhes, bem diferente do livro das seleções estrangeiras, no qual Mauro Beting destrincha todos os jogos (desde as eliminatórias) das seleções analisadas, desenha os esquemas táticos e ainda apresenta um longo perfil do craque de cada time - as seleções escolhidas por ele foram Hungria-54, Inglaterra-66, Holanda-74, Alemanha-74, Itália-82, Argentina-86 e França-98.Já Milton Leite optou por traçar perfis dos jogadores que ficaram ausentes das Copas, como Careca em 1982 e Ricardo Gomes em 1994. Para cada um dos jogadores que participaram, ele dedicou pequenas biografias (burocráticas). Não deu para entender. Ah, e para ficar legal no clima da Copa, também recomendo "Os 55 maiores jogos das Copas do mundo", do mestre Paulo Vinicius Coelho, o PVC, editado agora pela Panda Books. Essa é a segunda edição. A primeira, lançada antes da Copa de 2006 tinha 50 jogos. Ele incluiu mais cinco de 2006. Tomara que se anime a lançar uma super edição com 100 jogos após a Copa da África.

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Fãs dos Beatles e do OutKast: o que acharam dessa versão de "All together now", cantada por Andre 3000?



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UMA MÚSICA PRO FINAL DE SEMANA: Para um sábado cinza, frio e chuvoso, "Find the river", do R.E.M., cai bem demais.



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Ontem, Lou Reed e Laurie Anderson fizeram um show para cachorros em Sydney, na Austrália. Quer saber o que eles - os cachorros - acharam?



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Fãs de Harry Potter, já viram o trailer do game "Harry Potter and the deathly hallows - Part 1"? A EA Games promete lançá-lo até o final do ano (provavelmente novembro, quando estreia a primeira parte das "Relíquias da morte"), para as plataformas PlayStation 3, Xbox 360, Wii, Nintendo DS, Windows PC e celulares. Haverá também um game para a parte 2 do filme, que chega aos cinemas em julho do ano que vem. Pela primeira vez, Harry Potter terá um game ambientado fora de Hogwarts.



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Ladeira abaixo.

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E finalizando as efemérides desse fim de semana, vamos relembrar o grande Moreira da Silva, que morreu no dia 06 de junho de 2000, ou seja, um dia depois de João Nogueira. E não é que o malandro, que fumava e bebia, viveu 98 anos?? O carioca do Morro do Salgueiro, também conhecido como Kid Moringueira, foi o criador do samba-de-breque, e compôs "Implorar", "Acertei no milhar" e "O rei do gatilho". Mas o disco dele que eu mais gosto, foi gravado ao lado de Dicró e Bezerra da Silva. "Os 3 malandros in concert" saiu em 1995 e era uma paródia aos álbuns gravados por Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras, "The 3 tenors in concert".



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E amanhã um dos meus álbuns prediletos de rock faz 10 anos. "Rated R", do Queens Of The Stone Age chegou às lojas dos Estados Unidos no dia 06 de junho 2000. Logo no ano seguinte, eles vieram para tocar aqui no Brasil, no Rock in Rio. O show deles acabou ficando mais marcado pela nudez do baixista Nick Olivieri, que teve que ir direto para a delegacia após a apresentação da banda. Foi uma pena. Mas quem prestou atenção, pôde ouvir boa parte das ótimas canções de "Rated R", como "Feel good hit of the summer", "The lost art of keeping a secret" e "Monsters in the Parasol". O QOTSA prometeu uma edição especial, com bônus, de "Rated R", até o final do ano.

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Cinco anos antes de "(I can't get no) Satisfaction" ser lançado, com o seu clássico riff de guitarra, um dos grandes guitarristas nascia. Steve Vai é doutor em música, e um dos grandes guitarristas virtuosos da história. Steve Vai tocou com meio mundo (Ozzy Osbourne, Frank Zappa, John Lydon, David Coverdale, Dave Lee Roth), mas, para mim, o seu grande trabalho ainda é o G3, ao lado de Joe Satriani e de Eric Johnson.



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Agora vamos partir para as comemorações de amanhã? E o que temos para o dia 06 de junho? Hum, vamos voltar para a música. Sabe qual clássico completa 45 anos de vida amanhã? Simplesmente o maior sucesso dos Rolling Stones. Aquele que Keith Richards sonhou com o riff inicial. Aquele que fez tremer as arquibancadas de concreto do Maracanã em dois shows em 1995. Aquele que os coroas e as crianças dançam... Enfim...



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Agora o assunto é futebol. Sabe quem faz 55 anos hoje? Se você torce para o Fluminense, tem obrigação de saber. Edino Nazareth Filho, ou simplesmente Edinho, nasceu no Rio de Janeiro, a 05 de junho de 1955. Jogou no Udinese, no Grêmio e no Flamengo, mas foi no Fluminense onde fez mais história. E no Flamengo, ele também foi campeão brasileiro em 1987. Além disso tudo, Edinho jogou na seleção brasileira. Na Copa de 1986, inclusive, foi capitão do time - ele também participou das Copas de 1978 e de 1982. No momento, Edinho é treinador do Joinville, de Santa Catarina. Abaixo, o gol de Edinho em cima do Vasco da Gama, e que deu o título carioca ao tricolor em 1980.



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Agora, vamos partir para a televisão. No dia 05 de junho de 1988, estreava um dos programas mais emblemáticos da história da televisão brasileira. "Fogo no rabo", "TV Macho", "As presidiárias", "Morro do Macaco Molhado", "Piada em debate", "O segredo de Darcy"... Nossa, é muito difícil escolher o melhor quadro do TV Pirata. E olha só o timaço de atores que fazia o programa: Luiz Fernando Guimarães, Marco Nanini, Marisa Orth, Denise Fraga, Débora Bloch, Ney Latorraca, Louise Cardoso, Cláudia Raia, Regina Casé, Guilherme Karan, Diogo Vilela, entre outros. Entre 1988 e 1992, era obrigatório: aqui em casa, todo mundo parava de fazer o que estivesse fazendo para ver TV Pirata. E não tem muito tempo, estava revendo o DVD duplo com os melhores momentos do programa. De quebra, ainda tinha a íntegra de "Fogo no rabo". Lógico que fiquei uma noite sem dormir.



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Dia feliz para a Jovem Guarda, mas triste para o samba. Em 05 de junho de 2000, morria João Nogueira. Hoje muita gente o conhece como o pai de Diogo Nogueira. Mas seria bem melhor se o conhecesse por conta de clássicos como "O poder da criação", "Batendo a porta", "Espelho", "Mineira", "Súplica", "Eu hein, Rosa!", "As forças da natureza"... Ao invés de um minuto de silêncio, logo abaixo você encontra três minutos e quarenta e dois segundos do melhor samba.



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E vamos continuar no clima Jovem Guarda? Hein? Então também vamos dar os parabéns para a nossa Ternurinha. Wanderléa Charlup Boere Salim nasceu em Governador Valadares, no dia 05 de junho de 1946. "Pare o casamento", "Ternura", "Prova de fogo", "Acho que vou lhe esquecer" e "Exército do surf" são alguns dos sucessos interpretados por Wandeca. No programa "Jovem Guarda", ela era peça central, ao lado Erasmo e de Roberto Carlos. Certamente a Jovem Guarda não teria a mesma graça sem ela.



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E vamos começar por onde nesse dia da ecologia? Hein? Hum, tem artistas que a gente não precisa esperar uma data redonda de aniversário para lembrar aqui. Se está fazendo 69 anos hoje, por que esperar os 70 em 2011? E esse é o caso no nosso amigo, nosso amigo de fé, nosso irmão camarada Erasmo Carlos. O nosso querido Tremendão completa 69 anos em plena forma, rodando o país com a turnê do bom disco "Rock' n' roll" (2009). Minha mãe um dia me disse que quando eu era bem pequeno (tipo uns três anos), e a Barra da Tijuca ainda era deserta, a gente sempre encontrava o Erasmo no supermercado. Um dia, ele veio brincar comigo. E eu comecei a chorar... Hahaha... Babacão, né?



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Oba! Boa tarde, pessoal! Como vamos? Muita música nesse fim de semana frio?