Jornalista, autor do livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), ex-trainee e colaborador da Folha de S.Paulo, ex-colunista e redator da International Magazine, e colaborador do site SRZD.
Bom dia, pessoal! E essa sexta, hein?? Qual vai ser? Alguém já sabe me dizer quem matou a Norma?? Enquanto o mistério não é revelado, vamos comemorar aqui o Dia Mundial da Fotografia. Eu tinha um professor de Fotografia na faculdade, que eu não vou citar o nome. Mas ele era tão querido, mas tão querido, que um colega me disse que a faculdade se dividia em dois grupos: “os alunos que odeiam o tal professor e os alunos que não o conhecem.” Genial, né??
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E vocês sabem qual música estava no primeiro lugar da parada da Billboard exatos 55 anos atrás??
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Grande Elvis Presley!!
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Enquanto eu estiver vivo, todo dia 19 de agosto eu vou homenagear Aracy de Almeida, a maior sambista que esse país já teve. Aracy nasceu no dia 19 de agosto de 1914. A maioria das pessoas a conhecem como a “jurada rabugenta do Show de Calouros”. Mas a tal “caloura rabugenta” era capaz de gravar coisas assim, olha:
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E também capaz de dizer coisas fantásticas como isso aqui:
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Eu juro que queria ser amigo do John Deacon, o ex-baixista do Queen. Ele compôs duas das músicas mais bonitas que falam de amizade. No dia do amigo, injetei aqui no blog o vídeo de “You’re my best friend”. Hoje é a vez de “Friends will be friends”. Então, parabéns pelos seus 60 anos, John! Espero que você receba as boas vibrações...
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Hoje também é dia de homenagear LeRoi Moore, o finado saxofonista da Dave Matthews Band. Foi em 19 de agosto de 2008, que o grande LeRoi foi embora, vítima de um acidente de quadriciclo.
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Eu sei que estou atrasado, mas a indicação de hoje é o álbum “Suck it and see”, do Arctic Monkeys. Quando a banda de Sheffield surgiu, eu me apaixonei de cara. E olha que isso é muito difícil de acontecer comigo, especialmente com “bandas da moda”. Vi um show deles em algum Tim Festival em São Paulo, que foi absurdo. Nem esperei para encarar o The Killers, que tocaria em seguida. Quando a banda anunciou o lançamento de “Humbug” (2009), com produção de Josh Homme, do Queens Of The Stone Age, cravei logo que seria um dos melhores álbuns do ano. Mas aí veio a decepção. Não curti muito a sonoridade; achei que o Arctic Monkeys deu uma envelhecida. Mas, agora, com o lançamento desse “Suck it and see”, cheguei à conclusão do quanto “Humbug” foi necessário para o crescimento do conjunto. Nesse novo disco, o Arctic Monkeys conseguiu juntar o frescor de seus dois primeiros álbuns com a maturidade de “Humbug”. Os melhores exemplos estão nas ótimas faixas “She’s thunderstorms” (uma ótima abertura) e “The hellcat spangled shalalala”, com um toque retrô, mas que não deixa de ser moderna. Recomendadíssimo!!
O LIVRO DA SEMANA: Bom, hoje eu não vou falar de livro de Copa do Mundo... Hehe... Nessa semana, eu li um livro bem bacana: "Anos rebeldes: Os bastidores da criação de uma minissérie", de Gilberto Braga. Lógico, para quem viu a série (ou tem o DVD), ler o roteiro pode ser um pouco maçante. Mas o livro não se limita simplesmente ao roteiro. Para começar, tem um texto no qual Gilberto Braga fala um pouco sobre a sua carreira, incluindo as suas influências e a entrada na Rede Globo. Depois, um texto sobre a concepção da minissérie. Aí, ele começa a apresentar o trabalho de pré-produção da minissérie, descrevendo os personagens e as locações, e, enfim, a sinopse, ou seja, o esqueleto da trama. Em seguida, o autor fala um pouco sobre os bastidores da série, chegando a discutir o desempenho dos atores. Lá na página 91, começa o roteiro propriamente dito. Completo, dos 20 capítulos que foram ao ar. Já fiz alguns cursos de roteiro. O tema me interessa muito. Mas posso dizer que nunca tive uma aula prática tão interessante quanto essa do Gilberto Braga. Bem que ele poderia também transformar "Anos dourados" em livro. E além: escrever mais uma minissérie sobre os anos 80, da reabertura política do Brasil.
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Depois do Abba e do Queen, mais uma banda terá as suas músicas usadas em um musical. Um musical bem inusitado, diga-se. E, levando-se em conta que a banda escolhida foi o Depeche Mode, não poderia ser muito diferente mesmo. O musical "Playing The angel" estreará em Malta (isso, Malta!), e, segundo o escritor e roteirista Adrian Buckle, "a história não poderia ser feliz. O musical fala de dois garotos que, com o passar dos anos, vão descobrindo o amor. Eles são abusados [sexualmente], usados, e descobrem a vida dessa maneira triste". O roteirista ainda disse ao Times que não vai convidar os seus pais para o musical. Ele já teve problemas em Malta por conta de censura em seus trabalhos.
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UMA MÚSICA PRO FINAL DE SEMANA: Nesse 19 de junho, uma das músicas que mais me deixa feliz, "Imitation of life", do R.E.M.
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PROMOÇÃO U2: Conforme prometido, vou anunciar o vencedor da promoção que fiz, valendo o DVD duplo importado "U2360º at the Rose Bowl", do U2. Em primeiro lugar, obrigado pela participação. O número de e-mails me impressionou, para ser sincero. Outra coisa que me impressionou foi o número de "votos" para "Sunday bloody sunday". Acho que a música ultrapassou os 50% da preferência, sendo seguida, mas bem de longe, por "Where the streets have no name" e "One". A minha predileta não levou nenhum voto. Hehe... Então, para simplificar, o nome do vencedor é JÔNATAS FREITAS DA SILVA, que também escolheu a música "Sunday bloody sunday", e respondeu corretamente as duas perguntas (Peter Rowen na foto, e as cinco últimas músicas foram, respectivamente, "Wake up dead man", "Unchained melody", "40", "40" e "All I want is you", com um trecho de "Love rescue me" na apresentação final - nesse último caso, aceitei qualquer uma das duas). Pretendo fazer nova promoção nessa sexta. E sugestões do que sortearei serão bem-vindas, via twitter.
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EM VINIL: Para a geração do MP3, um recado: nada como ouvir um álbum no formato vinil. Da capa ao som, tudo é infinitamente melhor. O problema do vinil é o preço. Tanto aqui no Brasil, quanto lá fora, está muito caro comprar discos novos em vinil. Tudo bem, tem os sebos, que sempre têm as suas preciosidades, mas estou falando aqui de discos novos. A Polysom anunciou que vai relançar alguns álbuns históricos em vinil. Por enquanto, estão confirmados esses aqui: "África Brasil", "A tábua de esmeralda" (ambos de Jorge Ben), "Todos os olhos", "Estudando o samba", "Correio da Estação do Brás" (os três de Tom Zé), "Cabeça dinossauro", "Jesus não tem dentes no país dos banguelas", "Õ blésq blom" (os três dos Titãs), "Nós vamos invadir sua praia", "Sexo" (ambos do Ultraje a Rigor), além dos dois álbuns do Secos & Molhados, lançados originalmente em 1973 e 1974. Adorei mesmo. Pretendo comprar todos. Só resta saber se a Warner vai cobrar 80 paus por cada disco.
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Acho que se alguém fizesse um ranking com os filmes que mais vezes passaram na "Sessão da Tarde", "A lagoa azul" ia ganhar molinho. Só por conta da "Sessão da Tarde", já devo ter visto esse filme estrelado por Brooke Shields e Christopher Atkins, umas 15 vezes. E amanhã, dia 20 de junho de 2010, "A lagoa azul" faz 30 anos!
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E como o cinema também faz parte da nossa história aqui no blog, vamos lembrar que, amanhã, dia 20 de junho, faz 35 anos (isso mesmo, 35 anos!!) da estreia de "Tubarão", dirigido por Steven Spielberg, e baseado no romance homónimo de Peter Benchley. O filme é legalzinho, embora, hoje em dia, beire à tosquice em alguns momentos. Mas qual criança nunca se apavorou com o filme? Já levantei o dedo aqui... Haha... E uma coisa que não envelhece de jeito nenhum nesse filme é a sensacional trilha sonora de John Williams.
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E no dia 20 de junho de 1988 quem partia dessa pra melhor era Aracy de Almeida, a cantora que melhor interpretou a obra de Noel Rosa. Nos seus últimos anos, ela se transformou na célebre jurada do "Show de calouros" do Silvio Santos, que mandava pau em todo mundo, e assustava criancinhas indefesas como eu. Bobagem! Era só um personagem. O triste é que pouca gente conheça a grande cantora que Aracy foi.
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Agora vamos partir para as comemorações de amanhã?? Bom, então, nesse 20 de junho de 2010, quem faz 50 anos é o baixista (e cérebro) do Duran Duran, John Taylor. Ele foi um dos fundadores e é o principal compositor dessa banda, que tem canções tão bacanas como "Rio", "Notorious", "Ordinary world", "The chauffeur", "Save a prayer", "New religion" etc. etc.
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Agora vamos à sessão Copa do Mundo, que já está virando uma obrigação aqui no blog. No dia 19 de junho de 1958, durante o jogo Brasil x País de Gales, Pelé marcou o seu primeiro gol em Copas do Mundo. O jogo aconteceu pelas quartas de final da Copa da Suécia, e terminou um a zero para o Brasil. E, aos 17 anos e 239 dias, Pelé se tornou um dos jogadores mais novos - talvez o mais novo, não tenho certeza - a marcar um gol em Copas do Mundo.
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Agora vamos deixar a música um pouco de lado e partir para a televisão. Se bem que a música nem fica tanto de lado... Quem faz 33 anos hoje é o ator Daniel de Oliveira, aquele mesmo que fez um Cazuza sensacional no filme "O tempo não para". No momento, ele está no ar interpretando o papel de um italiano simpático (não sei o nome) em "Passione". Outros trabalhos bacanas seus foram: "Um só coração", "Hoje é dia de Maria", "Decamerão" e "Som & fúria". Tenho pouco interesse em televisão, mas confesso que quando vejo o nome de Daniel de Oliveira, procuro pelo menos saber do que se trata. Para mim, é um ótimo ator.
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E o ótimo blog do Paulo Marchetti me lembra que hoje faz 25 anos que os Titãs lançaram o álbum "Televisão". A sua gravação envolveu algumas polêmicas com o produtor Lulu Santos, de quem a banda discordava com relação à algumas posições. Vinte e cinco anos após o seu lançamento, de fato, não dá pra dizer que "Televisão" seja um dos momentos mais inspirados dos Titãs, mas a quantidade de clássicos que saíram dele é inegável, veja só: "Televisão", "Insensível", "Pavimentação", "Pra Dizer Adeus", "Não Vou Me Adaptar"... E isso sem contar com a deliciosamente tosca "Dona Nenê"...
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E hoje sabe quem faz aniversário? Taram... O grande, magnífico e sensacional Chico Buarque de Hollanda. Poxa, acho que já escrevi tanto, mas tanto, sobre o Chico que nem sei o que vou falar aqui. Como não vou ficar repetindo as coisas, se você tiver interesse em ler algo sobre o Chico, clique aqui. Fiz esse texto faz pouco mais de um ano, e contei algums histórias curiosas que tive o prazer de compartilhar com o Chico. E aqui fica o meu mais profundo respeito e um abraço pelos 66 anos de Chico Buarque.
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Bom dia, pessoal! Como é que vai essa força, hein? Sabadão, sol brilhando, Copa do Mundo... Não dá pra reclamar muito não, né? Então, vamos começar esse dia 19 de junho homenageando o cinema, mais especificamente o cinema brasileiro. No dia 19 de junho de 1898, o cinegrafista italiano Afonso Segreto filmou cenas na Baía de Guanabara para o seu segundo filme, e por isso, o dia 19 de junho é considerado o dia do Cinema Brasileiro. Muita gente ainda vira a cara para os filmes produzidos no país. Reconheço que as coisas ultimamente andam muito chatas e repetitivas. Ou o filme fala sobre o Nordeste ou sobre a violência no Rio. Mas antes disso, poderia citar algumas boas dezenas de filmes brasileiros muito bons. Os meus prediletos: "Rio 40 graus", "Terra em transe", "Central do Brasil", "O quatrilho", "Limite", "Carnaval no fogo", "Deus e o diabo na terra do sol", "O bandido da luz vermelha", "Dona Flor e seus dois maridos", "Bye Bye Brasil"... Tem muita coisa boa...
OS LIVROS DA SEMANA: Nesses últimos dias, li dois livros bem bons. Cada um na sua área: História e Música. "O guia politicamente incorreto da História do Brasil", do jornalista Leandro Narloch, descontrói alguns mitos sempre ensinados nas escolas. Por exemplo, o livro revela, sempre com base em ampla bibliografia, que os índios foram os maiores exterminadores dos próprios índios; que Zumbi dos Palmares tinha escravos; que Santos Dumont não inventou o avião (e nem o relógio de pulso); que a feijoada não foi criada no Brasil; que o fascismo de Vargas originou os desfiles de escolas de samba, tal qual conhecemos hoje, etc. etc. etc. Mas o capítulo mais divertido é o que fala dos escritores, revelando que Machado de Assis foi um mordaz censor de peças a serviço do governo imperial, e que José de Alencar não era a favor da abolição da escravatura. É o tipo do livro que você pode até discordar de algumas coisas. Mas nunca poderá negar que é divertidíssimo. Tomara que venha algum volume 2 mais a frente.
A outra leitura da semana foi o genial "O pequeno livro do rock", de Herve Bourhis. São mais de 200 páginas de quadrinhos fazendo a cronologia da história do rock. No entanto, vale o aviso: o livro é recomendado somente para iniciados. Isso porque, cada quadrinho está repleto de referências, com algumas ironias que apenas os conhecedores de determinada banda serão capazes de entender. Não pense que o livro é didático. Pelo contrário. E é exatamente esse detalhe que faz de "O pequeno livro do rock" algo realmente muito especial. Vale abrir uma cerveja, colocar o som no máximo e saborear esse livro.
"THE GREAT ESCAPE ARTIST": Esse é o provável título do novo álbum do Jane's Addiction. Quem disse foi Perry Farrell, em entrevista ao blog "Spinner". Conforme já anunciado, o baixista do Jane's, nesse álbum, será o ex-Guns Duff McKagan.
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Adorei a música nova do Dead Weather. "Gasoline" estará em "Sea of cowards", a ser lançado daqui a duas semanas.
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UMA MÚSICA PRO FIM DE SEMANA: "Tender", do Blur.
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AL PACINO, 70: Finalizando as comemorações desse final de semana, amanhã o ator Al Pacino comemora 70 anos. Falar sobre um dos melhores atores de todos os tempos é chover no molhado. Então, fiquemos com os seus filmes: "O poderoso chefão", "Scarface", "Perfume de mulher", "Fogo contra fogo", "O advogado do diabo"... E o que dizer dessa cena abaixo?
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Amanhã, Janete Clair, a grande dramaturga, comemoraria 85 anos de idade. Janete escreveu dezenas de novelas de sucesso, como "O astro", "Pecado capital", "Irmãos coragem", "Pai herói" e "Véu de noiva". Em um capítulo da novela "Selva de pedra", Janete Clair conseguiu um feito inédito: 100 pontos de audiência. Essa comoção toda aconteceu por causa da cena logo abaixo:
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PARA A NAÇÃO RUBRO-NEGRA: No dia 25 de abril de 1982, o Flamengo foi bicampeão brasileiro em cima do Grêmio, no estádio Olímpico, com gol de Nunes. Aliás, saca só a escalação do Mengão nesse jogo: Raul; Leandro, Marinho, Figueiredo e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. O técnico era Paulo César Carpeggiani. Os Loves e Adrianos da vida bem que poderiam se inspirar nesses craques.
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Agora vamos partir para os aniversários de amanhã, começando pelo centenário do compositor Custódio Mesquita, responsável por clássicos de nosso cancioneiro, como "Mulher", "Saia do caminho" e "Nada além". Custódio foi gravado e regravado por meio mundo da MPB. Pena que hoje seja tão pouco lembrado. Mas aqui a gente lembra.
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"SELVAGEM?", 24: O blog de Paulo Marchetti lembra que hoje faz 24 anos que o disco "Selvagem?", dos Paralamas do Sucesso, chegou às lojas. Para mim, "Selvagem?" forma a Santíssima Trindade do Rock Brasil, ao lado de "Cabeça dinossauro" (Titãs) e "Dois" (Legião Urbana). Coincidentemente, os três álbuns foram lançados em 1986. Há quatro anos, quando estava na "Folha de S.Paulo", fiz uma matéria comemorando os 20 anos de lançamento desses discos. Foi um imenso prazer reviver as histórias dessas três grandes bandas. Se você tiver paciência, pode ler a matéria aqui. (É a última matéria da página.)
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E vamos começar rindo nesse sábado chuvoso? O humorista Agildo Ribeiro comemora 78 anos hoje. Adoro os seus personagens, e aqui vai a nossa singela homenagem.
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E ae pessoal. Que tempinho, hein? Ontem fui ao show do Simply Red, no Citibank Hall, aqui no Rio. Apesar do feriado, a casa estava bem cheia (80% da lotação, mais ou menos). O show foi interessante, mas muito inferior ao do ano passado. Mick Hucknall mudou boa parte do repertório da primeira metade do espetáculo, e o resultado foi um dos inícios de show mais broxantes dos últimos tempos. A plateia só veio mesmo a dar uma animada em "Stars", depois de uns 50 minutos de apresentação. E, a partir dela, o show foi bem bacana, cheio de sucessos como "Come to my aid", "The right thing", "Something got me started", "Money's too tight (To mention)" e o encerramento com a mela-cueca "If you don't know me by now". Enfim, o show valeu, mas ficou aquele gostinho de "já deu". E o próprio Hucknall deve saber disso, já que garantiu que o Simply Red acaba de vez até o final do ano.