Jornalista, autor do livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), ex-trainee e colaborador da Folha de S.Paulo, ex-colunista e redator da International Magazine, e colaborador do site SRZD.
Bom dia, pessoal... Bom início de semana também... E bom Dia Mundial do Folclore. Apesar desse tempinho meia-bomba, pelo menos aqui no Rio de Janeiro... O fim de semana foi bom, coloquei alguns livros em dia, e também ouvi umas coisas que não escutava havia séculos. Na noite de sexta, o Depeche Mode rolou nervoso. No dia seguinte, embaixo da porta da cozinha, uma cartinha carinhosa assinada pelo síndico, pedindo que eu escutasse música mais baixo, “ainda mais se o som ficar ligado até às sete da manhã...” Assinado: Gerson. Aí eu cheguei a uma certeza irremediável: quem nasce Gerson, das duas uma: ou vai ser síndico de prédio ou gênio do futebol.
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Então vamos falar de coisas sérias. E o primeiro assunto de hoje é John Lee Hooker, que nasceu no dia 22 de agosto de 1917. Pesquisei no YouTube um vídeo magnífico dele:
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Quem faz 50 anos cravados hoje é o Roland Orzabal, metade do Tears For Fears, que, em breve, reaparece aqui no Brasil. O “Seeds of Love” (1989) faz parte do primeiro pacote que ganhei de CDs. Foi em 1990, e meu pai me trouxe do Japão um daqueles disc-mans da Sony – que na época era o máximo – e alguns CDs, acho que uns 10, 12. Por isso que eu nunca vou saber dizer qual foi, de fato, o meu primeiro CD. Meu pai até que soube escolher... Além do disco do Tears For Fears, tinha o “Flowers in the dirt” (1989), do Paul McCartney, o “Greatest hits” (1981), do Queen… Ah, também tinha o “Step by step” (1990), do New Kids On The Block...
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Hoje também é dia de relembrar Luis Carlos Vinhas, o magnífico pianista do Bossa Três, e que, depois, tocou em discos antológicos, como o “Gemini 5” (de 1966, ao lado de Pery Ribeiro e Leny Andrade). Vinhas ainda merece um box daqueles bonitões com a sua obra. Hoje faz 10 anos que ele partiu dessa para melhor. E olha só o que eu descobri no YouTube...
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E faz 30 anos que o Brasil perdeu Glauber Rocha, segundo muitos, “o maior gênio do cinema brasileiro”. Eu já escrevi aqui que não entendo nada de nada. Muito menos de cinema. Mas eu posso dizer que se você quiser ver um filme bem bacana, não perca “Terra em transe”. Facinho de achar em DVD...
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O selo Discobertas ataca com mais um lançamento bem bacana. Trata-se de “Anos 2000”, uma compilação com músicas interpretadas por Milton Nascimento, e que fizeram parte de álbuns de terceiros. Não há grandes raridades, mas muitos dos fonogramas são bem difíceis de encontrar – alguns estão em discos fora de catálogo, inclusive. O maior mérito de “Anos 2000” é agrupar e organizar a obra de Milton Nascimento. Até mesmo porque ele é tido como um dos artistas mais gentis, quando convidado para participar de um projeto conjunto ou de outro artista. Como em qualquer coletânea desse gênero, “Anos 2000”, em alguns momentos soa instável. Mas nada que comprometa o valor do álbum, que conta com faixas bem interessantes, como “Trem do horizonte” (ao lado do super-músico e compositor Christiaan Oyens), “Discovery” (na qual Milton coloca a sua voz ao lado da de Marina Machado, pupila do cantor, que participou do álbum e da turnê “Pietá”, de 2002) e “Sino, claro sino”, ao lado do violão mágico de Raphael Rabello. Que venham os “Anos 1960”, “Anos 1970”, “Anos 1980” e “Anos 1990”...
Para começar mais uma semana, só com música boa mesmo. E hoje eu escolhi “Layla”, do Eric Clapton, que, em outubro, volta ao Brasil para alguns shows. Eu estava dando uma olhada no set list dessa nova turnê e fiquei decepcionado, porque “Layla” aparece naquela versão acústica que ele gravou no “Unplugged MTV”. Ela é bacana, mas nada supera a original. Até mesmo porque aquele coda sensacional no piano ficou de fora da versão acústica.
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Taí, acho que “Layla” tem o coda mais bonito da história do rock. Né??
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Com a missão cumprida da “360º tour”, hoje, The Edge deve estar comemorando tranquilamente o seu aniversário de 50 anos. No último sábado, escrevi aqui no blog sobre o CD e o musical “Spider-Man – Turn off the dark”. Disse que é um musical tipicamente U2, por conta dos riffs de guitarra que são tão característicos a The Edge. O difícil é citar qual a minha música predileta do U2. Mas se eu tiver que citar qual é a participação mais importante do The Edge em uma música do U2, não teria dúvidas em arriscar essa aqui:
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No dia 08 de agosto de 1975, o gigante do jazz Cannonball Adderley passava dessa pra melhor. O saxofonista tocou com os mais importantes músicos de jazz (Milt Jackson, Miles Davis, Sarah Vaughan, Jon Hendricks, Oscar Peterson...) e manteve por vinte anos o seu próprio grupo.
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Abro um parêntese aqui para homenagear o melhor ator do mundo: Dustin Hoffman. Hoje ele faz 74 anos. Volta e meia eu cito aqui no blog o filme “A primeira noite de um homem”, uma das minhas obsessões cinematográficas. (Eu também sou uma flor de obsessão, vocês já devem ter sacado...) Mas hoje, eu vou dar uma variada...
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“Plastics”??
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Do cinema para o esporte. E hoje não vou falar de futebol, mas de tênis. Isso porque o tenista Roger Federer completa 30 anos. Bom, na briga Federer x Nadal, eu fico com o espanhol. Mas vamos admitir que o Federer, se não chega a ser um Ivan Lendl (the best), é um puta tenista.
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Quando o Ben Harper se desligou da banda Innocent Criminals para gravar o álbum “White lies for dark times”, ao lado da Relentless7, muita gente torceu o nariz. A sonoridade de Ben Harper estava absolutamente ligada ao de sua antiga banda. Então, ficou aquela pergunta: “O que é que vem?” Veio um excelente disco, que ainda originou uma boa turnê, registrada no combo CD/DVD “Live from the Montreal International Jazz Festival”. De minha parte, comecei a achar o trabalho do Ben Harper com a Relentless7 superior aos discos gravados com a Innocent Criminals. Por isso, estava bem curioso com relação à “Give till it’s gone”, segundo álbum de estúdio que a Relentless7 acompanha o cantor. E eu vou dizer que a decepção não foi pequena não. “Give till it’s gone” é, de longe, o pior disco da carreira de Ben Harper. As músicas são fracas, a sonoridade é anêmica, e o álbum é sem pé nem cabeça. Juro que chega a doer no coração escrever isso. Mas é a verdade. Antes de ouvir o CD, li muitas críticas negativas sobre o álbum, tanto no Brasil, quanto na Inglaterra e nos Estados Unidos. Achei que pudesse ser uma “perseguição” ou algo do tipo. Mas não. “Give till it’s gone” é ruim mesmo. Nem mesmo algumas faixas melhorzinhas, como “Don’t give up on me now” e “Feel love” conseguem salvar alguma coisa. Fica para a próxima, Ben.
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A BBC Radio realizou uma enquete no sentido “qual gravação você levaria para uma ilha deserta”. A campeã foi “The lark ascending”, do compositor classic Ralph Vaughan Williams. Aliás, a música clássica imperou na lista. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, Edward Elgar (“Enigma variations”) e Ludwig van Beethoven (a sua nona sinfonia). Mas você imagina quem chegou na quarta colocação??
A quem interessar possa, a Björk liberou mais uma faixa de seu novo álbum. “Virus” estará no álbum “Biophilia”, que chegará às lojas no dia 27 de setembro.
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Quem também liberou novidades na rede foi o compositor Kassin. “Sonhando devagar”, o seu novo álbum, que será lançado no dia 24 de agosto, em show no Centro Cultural Solar Botafogo, no Rio de Janeiro, já pode ser ouvido em streamingaqui. Está descendo muito bem.
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A grande notícia do dia foi o anúncio do lançamento do álbum solo de Brett Anderson, o gênio do Suede. “Black rainbows” (capa acima) sairá no dia 26 de setembro. De acordo com o compositor, o disco é “agitado, barulhento e dinâmico. Guitarras elétricas, baixo, bateria e vocais – sem tocadores de flauta, sem cordas, sem truques, apenas paixão.” O primeiro single, “Brittle heart”, está previsto para ser lançado em 15 de agosto.
Acho que quase todo mundo já leu algum livro do Jorge Amado. Nem que tenha sido “Capitães de areia” no colégio. Os seus romances foram traduzidos em trocentos idiomas. Mas o que nem todo mundo sabe é que Jorge Amado também foi letrista. Bissexto, é verdade. Mas quem escreve uma letra como a de “É doce morrer no mar” (música de Dorival Caymmi), precisa escrever mais alguma coisa? Hoje faz dez anos que Jorge Amado partiu para o andar de cima. E é muito bom relembrá-lo.
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Um dos grandes músicos do Brasil também merece espaço aqui hoje. Há cinco anos, Moacir Santos morreu. Como aconteceu com muitos músicos brasileiros, ele acabou fazendo mais sucesso no exterior. Ainda bem que, pelo menos, o seu álbum “Coisas” (1965) volta e meia é lembrado aqui no país. Talvez a maior obra-prima instrumental da história da Música Popular Brasileira.
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Se o Brasil tem Moacir Santos, Cuba tem Ibrahim Ferrer. Por coincidência (ou não), o cantor cubano faleceu exatamente um ano após o músico brasileiro. Fica a lembrança.
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No dia 06 de agosto de 1984, o Iron Maiden lançava um de seus singles de maior sucesso. “2 minutes to midnight” é presença garantida em qualquer apresentação da Donzela de Ferro já faz muitos anos. É sempre uma das favoritas dos fãs. Por isso, ela está aqui hoje.
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Iron Maiden nunca é demais, né??
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Ontem eu fui ver o show “... E a gente sonhando”, de Milton Nascimento, no Citibank Hall, aqui no Rio de Janeiro. Milton estava devendo um show novo já fazia alguns anos. O último, com o Jobim Trio, teve a sua última apresentação no Rio em junho de 2008. Se levarmos em conta que o projeto com o Jobim Trio não tinha músicas inéditas, aí a dívida de Milton fica maior ainda.
Mas essa dívida foi paga ontem. “... E a gente sonhando” é um show que beira as duas horas de duração, repleto de surpresas, com músicas de várias fases da carreira do compositor, e com a participação de diversos artistas da cidade mineira de Três Pontas. Em determinados momentos, chega a ter 28 artistas em cima do palco.
O show segue o mesmo clima do álbum. Sabe aquela coisa de mineiro recebendo os convidados na cozinha de casa? Então, é mais ou menos por aí. Gentil, Milton Nascimento abriu espaço para muitos desses artistas trespontanos. E alguns destaques da apresentação vêm exatamente dessas intervenções. A bonita “Eu pescador” contou com o compositor da música, Cleyton Prósperi, no piano. Bruno Cabral fez um dueto com Milton na deliciosa “Espelho de nós”, e Paulo Francisco (ou Tutuca) mandou bem também dividindo o microfone com o anfitrião na emocionante “Amor do céu, amor do mar”, a quinta música do roteiro. Aliás, foi nesse momento, que o coro completo surgiu no palco, mudando toda a estrutura do show, que começou, convencional, com Milton e sua banda interpretando quatro clássicos: “Encontros e despedidas”, “Caxangá”, “Caçador de mim” e “Nos bailes da vida”.
No meio das músicas novas, rolou uma versão sensacional de “Ânima”, faixa-título do álbum que Milton lançou em 1982. No bis, mais três clássicos. “Essa canção eu sempre canto nos meus shows. Mas hoje quero que vocês cantem para mim”. E assim o público que praticamente lotou o frio Citibank Hall cantou “Canção da América” para Milton e seus pupilos no palco. Foi bonito, apesar de a plateia ter se enrolado com a letra – ninguém sabia quando o amigo ficava do lado esquerdo do peito ou debaixo de sete chaves. Em seguida, uma versão turbinada de “Para Lennon e McCartney. E Milton não precisou pedir. O público cantou ainda mais alto. Para finalizar, e não poderia ser diferente, “Maria Maria”. Não precisava de mais nada. Passado, presente e futuro unidos no palco. A resposta ao tempo de Milton.
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Chegou recentemente ao mercado brasileiro a trilha sonora do musical “Spider-Man – Turn off the dark”, de autoria de Bono e The Edge (U2). A montagem da peça, em cartaz na Broadway, passou por diversos problemas, inclusive um sério acidente envolvendo o personagem que fazia o papel do Homem-Aranha. Tenho sérias restrições a esses musicais da Broadway, mas gostei muito de ter assistido esse “Spider-Man”. Ele foge do lugar comum. É um espetáculo absolutamente rock n’ roll. Bono e The Edge criaram músicas interessantes, algumas delas poderiam estar em algum álbum do U2. Outras canções são curiosas, especialmente “A freak like me needs company”, que não tem nada a ver com a sonoridade da banda irlandesa. Mas os riffs de guitarra, característicos de The Edge, e músicas como “Rise above” (as duas versões) e “Picture this”, não deixam dúvidas que “Spider-Man – Turn off the dark” é absolutamente U2. Até mesmo a voz do ator principal Reeve Carney é bem parecida com a de Bono em alguns momentos. Seria interessante se, um dia, o U2 apresentasse a trilha completa desse musical no palco. E eu acho que isso certamente um dia vai acontecer.
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Já viram o show inteirinho do Coldplay que rolou no Lollapalooza ontem, em Chicago? Vou te dizer que se o show do Rock in Rio for igual, será bom demais...
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Lady Gaga está sendo processada pela cantora Rebecca Francescatti, que jura que “Judas” é um plágio de uma canção de sua autoria. Rebecca alega que o ex-baixista de sua banda, Brian Gaynor, trabalha para uma produtora musical, responsável pela composição das faixas de “Born this way”, último álbum de Lady Gaga. Você pode tirar a sua própria conclusão:
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A próxima edição da revista norte-americana Spin vai trazer uma matéria sobre os vinte anos de “Nevermind”, do Nirvana. E ainda trará um CD bônus com as faixas do álbum interpretadas por diversos artistas. Dei uma escutada em algumas das canções, e tenho certeza que Kurt Cobain ficaria muito feliz com essa interpretação dos Vaselines para “Lithium”.
É isso aí rapaziada. Pauleira para começar o dia de vocês. Quinta-feira... Fim de semana quase chegando... Mas a pauleira do Judas Priest vai em homenagem ao dia de hoje, o Dia do Padre. É uma homenagem a São João Maria Vianney, santo padroeiro dos sacerdotes, que nasceu na França, no ano de 1786. Espero que ninguém venha reclamar da brincadeira no twitter. Afinal, eu poderia ter colocado aquela musiquinha dos Titãs, hein...
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E o que a gente tem nesse Dia do Padre? Vamos começar pelos 110 anos de nascimento de um dos mostros do jazz, Louis Armstrong. Noventa e nove por cento das pessoas o conhecem como o intérprete de “What a wonderful world”, mas eu devo dizer que ele fez coisas muito mais interessantes. Tipo isso aqui:
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De um extremo a outro, hoje também é dia de homenagear Max Cavalera pelos seus 42 anos. Essa discussão nunca vai acabar... O Sepultura é mais bacana com Max Cavalera ou com Derrick Green nos vocais?? Eu acho que é pau a pau. Mas eu aprendi a apreciar o trash metal com a voz de Max. Se teve um álbum que ouvi bastante nos meus 11 anos de idade foi “Arise”. Bati muita cabeça com ele. No Rock in Rio II, em 1991, tive a chance de conhecer Max Cavalera no backstage. Estava um pouco assustado. Ele tinha acabado de sair do palco, mas parou para falar comigo. Pena que o autógrafo que ele me deu não exista mais.
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Há 61 anos estreava nos cinemas um dos filmes mais conhecidos de Billy Wilder. "Sunset boulevard" (ou, no Brasil, “O crepúsculo dos ídolos”) conta a história de uma famosa atriz do cinema mudo de Hollywood, que enfrenta o ostracismo com o advento do cinema falado. A parceria entre os atores William Holden e Gloria Swanson é digna dos anais de Hollywood. Eu gosto muito de filmes cujo o tema principal seja o cinema, em uma espécie de metalinguagem. “A rosa púrpura do Cairo”, de Woody Allen, também é assim. Mas “Sunset boulevard” talvez seja o filme que melhor tenha incorporado esse estilo.
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Depois dos lançamentos dos shows antológicos do Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso e Cássia Eller no Rock in Rio, a gravadora MZA coloca nas lojas agora o CD e o DVD com o show conjunto do Ira! + Ultraje a Rigor no Rock in Rio de 2001. A apresentação das bandas paulistas no Palco Mundo aconteceu meio que por acaso. Ambos estavam escalados para a Tenda Brasil, mas com a desistência de bandas como O Rappa e Skank, elas acabaram promovidas ao palco principal do evento. Os dois conjuntos não desperdiçaram munição, mandando clássico atrás de clássico. Um orgasmo para os saudosos do rock oitentista brasileiro. Enquanto o Ira! interpretava “Gritos na multidão” e “Envelheço na cidade”, o Ultraje não ficava atrás, com “Ciúme” e “Nada a declarar”. As duas bandas se juntaram para uma versão nervosa de “Shoul I stay or shoul I go?”, o clássico do The Clash. O CD e o DVD resgatam essa apresentação. Bom para relembrar e para aquecer o novo Rock in Rio que se aproxima. Só pena que a apresentação esteja incompleta. A música “Telefone” (homenagem do Ira! ao Gang 90, com participação de Fernanda Takai, do Pato Fu, nos vocais) foi limada, assim como a dobradinha “Inútil” / “Nós vamos invadir sua praia”, do Ultraje a Rigor.
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O U2 só estava esperando finalizar a sua “360º tour” para anunciar mais um lançamento. No dia 31 de outubro a banda irlandesa vai despejar o mega box comemorativo dos 20 anos de lançamento de “Achtung baby”, para muitos (inclusive para esse que vos escreve) o melhor álbum da banda. O relançamento ocorrerá em cinco formatos. O mais e$$$pecial será a caixa com dez discos e mais um bando de quinquilharia que vai fazer o fã do conjunto gozar. Serão seis CDs, incluindo o “Achtung baby” e o seu sucessor “Zooropa” (1993) remasterizados e mais quatro discos de raridades nunca lançadas oficialmente e lados B; quatro DVDs, como o documentário “From the Sky down” (que retrata as sessões de gravação do disco), o show da turnê gravado em Sidney (já lançado oficialmente), todos os videoclipes que a banda gravou à época e outras raridades; cinco discos em vinil de sete polegadas, com os singles de “Achting baby”; um livro de 84 páginas de capa dura; e o principal: uma réplica dos óculos de “mosca” que Bono usou na turnê. Outro formato será em LP quádruplo (dois deles em vinil azul!!) com o álbum original, lados B e remixes.
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Enquanto a caixa não sai…
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O Queen também ressurge com um relançamento que vai dar uma força no caixa de Brian May, Roger Taylor, John Deacon e dos herdeiros de Freddie Mercury. O DVD “Queen live at Wembley Stadium” ganhará uma versão comemorativa de 25 anos, que chegará às lojas no dia 05 de setembro, quando Freddie Mercury faria 65 anos de idade. Para quem já tem a edição de DVD que saiu uns oito anos trás, a novidade é a inclusão do show integral de sexta-feira, dia 11 de junho de 1986. O vídeo original conta com a íntegra do show de sábado, dia 12. Somente algumas poucas músicas do show de sexta, quando choveu bastante, foram lançadas anteriormente. O áudio dos dois shows passou por um avançado processo de remasterização em 5.1. Pode parecer preciosismo, mas esse DVD será uma oportunidade de comparar dois shows da mesma turnê da banda que fazia do palco a sala de estar de sua casa. Além das duas apresentações, o DVD traz o documentário inédito “The magic tour”, com entrevistas recentes de Brian May e Roger Taylor.
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Eis um trecho do show de sexta-feira:
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Também em setembro, só que no dia 27, será lançado o CD/DVD/BD “Raw Power live – In the hands of the fans”. O vídeo retrata um show de Iggy Pop ao lado da banda The Stooges, realizado no festival All tomorrow’s parties, em 03 de setembro do ano passado. A ideia é sensacional (embora o resultado ainda seja uma incógnita): seis fãs que estavam na plateia filmaram o show. O vídeo também traz entrevistas com esses mesmos fãs. Dá uma olhada como é que ficou:
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Olha só quem esteve ontem no programa do Jimmy Kimmel...
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Hank Williams será merecidamente celebrado. Artistas como Bob Dylan, Jack White, Norah Jones e Sheryl Crow gravaram músicas inéditas do compositor country, a serem lançadas no álbum “The lost notebooks of Hank Williams”, no dia 4 de outubro. Os manuscritos das canções que serão lançadas foram encontrados em uma pasta de couro de Williams, que morreu e, 1953, aos 29 anos de idade.
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Só escutei hoje a música da nova banda de Mick Jagger, a Super Heavy. “Miracle worker” é bacana, mas um poquinho ragga demais para o meu gosto. E vocês? O que acharam??
Bom dia! Início do mês significa dinheiro no bolso, né? Pelo menos para vocês... Segundona começando, e hoje comemoramos o Dia do Selo. Isso mesmo. Duvido que você sabia que existia um Dia do Selo... Em 01º de agosto de 1843, foram emitidos os primeiros selos brasileiros. Agora você nunca mais se esquece, né?? A não ser que, um dia (será??) a gente não precise mais de cartas...
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Como eu não apareci por aqui ontem – um dia de descanso eu mereço –, vou falar de uma grande atriz, uma das mais engraçadas que eu já vi atuar, que teria feito 110 anos de idade. Henriqueta Brieba nasceu em Barcelona, no dia 31 de julho de 1901. Viveu bem, e morreu aos 94 anos, no Rio de Janeiro. Olha só ela fazendo papel de “mãe” do Jô Soares, com o engraçadíssimo quadro da Bô Francineide... Antológico!
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E o que tem pra hoje, gente? Bom, foi no dia 01º de agosto de 1981 que a MTV foi ao ar pela primeira vez nos Estados Unidos. Época boa, em que a MTV ainda tocava música. “Video killed the radio star”, da banda The Buggles, foi o primeiro videoclipe a ir ao ar na emissora.
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E atenção!! Hoje, o maior cantor do Brasil sopra 70 velinhas. Quem é? Lógico que é o Ney Matogrosso. Caramba, 70 anos chega a ser inacreditável... Setenta anos com um corpinho de 25, é verdade. Ney Matogrosso é o cara. Ele consegue transitar em qualquer estilo musical. Canta de tudo: Cartola, Ângela Maria, Cazuza, Eduardo Dussek, Antonio Carlos Jobim... Os seus shows são sempre deslumbrantes. Não sei quais são os melhores. Se aqueles nos quais ele se fantasia, e faz o diabo a quatro no palco, ou aqueles em que se apresenta com figurinos sóbrios, apresentando um repertório mais, hum, antigo... Eu gosto de qualquer jeito. Já devo ter assistido a uns 30 shows do Ney. E nunca, nunca, nunca me decepcionei.
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Ah, mais uma do Ney... Ele merece!
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Os torcedores do Vasco da Gama também têm os seus motivos para comemorar hoje. Há 37 anos, o clube da cruz de malta sagrou-se campeão brasileiro, ao vencer o Cruzeiro por dois a um, no estádio do Maracanã. Ademir e Jorginho Cavoeiro marcaram pelo Vasco, Nelinho, do Cruzeiro, descontou.
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Ah, e que bom que o Vasco da Gama voltou a ser um clube de conquistas. Como nunca deveria deixar de ser.
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Eu tive o grande prazer de receber, recentemente, o CD da banda The Cleaners, formada por Rodrigo “Milk” (vocais e guitarra), José Filho (guitarra), Rodrigo Lima (baixo) e Duca Olimazzi (bateria). “Behind the truth” é uma prova de que pode haver vida inteligente no rock brasileiro – ainda que cantado em inglês. São 12 faixas que nos remetem diretamente a bandas que ainda carregam o rótulo de “indie”, como os Strokes, uma das influências mais visíveis da banda de Mauá. Os destaques de “Behind the truth” são “The daily round” e “Let music be music”. Mais informações da banda no site oficial e no perfil no Myspace.
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E quais são as novidades de hoje, hein?? Vamos começar pela superbanda Chickenfoot – aquela que tem Sammy Hagar, Joe Satriani, Michael Anthony e Chad Smith. O novo álbum do grupo, “Chickenfoot III”, só está agendado para o dia 27 de setembro. Enquanto isso, o primeiro single do disco, “Big foot”, foi liberado ontem. A relação de faixas de “Chickenfoot III” é a seguinte: “Last temptation”, “Alright, alright”, “Different devil”, “Up next”, “Lighten up”, “Come closer”, “Three and a half letters”, “Big foot”, “Dubai blues” e “Something going wrong”.
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Quem também vai lançar algo em breve é o onipresente Damon Albarn. No momento, ele se encontra na República Democrática do Congo, gravando um novo disco, com uma série de participações especiais de músicos locais. A ideia é gravar o álbum em apenas uma semana. A faixa, “Halo”, já finalizada, foi disponibilizada por Albarn. Um pouquinho estranha, verdade. Mas, a julgar pelos últimos trabalhos do Gorillaz, é melhor não chegar a um veredicto precipitadamente.
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O guitarrista Slash é outro que deve surgir com novidades em breve. Um DVD foi gravado na semana passada durante um show no Victoria Hall, em Stoke, na sua cidade-natal de Hampstead, na Inglaterra. Após o show, o guitarrista tuitou: “Stoke foi um fuckin’ blast!! Muita vibração e energia. Será um puta DVD.” O set list do show foi o seguinte: “Been there lately”, “Nightrain”, “Ghost”, “Mean bone”, “Back from Cali”, “Rocket queen”, “Civil war”, “Nothing to say”, “Promise”, “Starlight”, “Doctor Alibi”, “Speed parade”, “Watch this”, “Beggars & hangers-on”, “Patience”, “Godfather Theme”, “Sweet child o’ mine”, “Slither”, “By the sword”, “Mr. Brownstone” e “Paradise city”.
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Nesse fim de semana, o U2 finalmente encerrou a sua “360º tour”. O ultimo dos 110 shows aconteceu no ultimo sábado, em Moncton, Canadá. Foi a maior turnê de todos os tempos. O faturamento chegou a 736 milhões de dólares, e mais de sete milhões e duzentas mil pessoas presenciaram os shows. O U2 quebrou o recorde que pertencia aos Rolling Stones, no dia 10 de abril, na segunda apresentação que a banda irlandesa realizou em São Paulo, quando o faturamento da turnê alcançou 558 milhões de dólares.
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E sabe como o U2 se despediu da “360º tour”?? Assim:
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Depois da polêmica gerada por algumas declarações, segundo as quais, os ataques na Noruega “não foram nada”, comparados com o abate de animais pelas redes de fast food, Morrissey emitiu um comunicado em seu site oficial. Não, ele não se desculpou. Pelo contrário, manteve firme a sua posição. Olha só o que ele escreveu: “As mortes recentes na Noruega foram horríveis. Como é habitual nestes casos, a imprensa dá ao assassino exatamente aquilo que ele quer: fama mundial. Ninguém cita os nomes das vítimas, como se não fossem importantes. Não deviam dizer o nome dele [do assassino], nem fotografá-lo, e levá-lo para longe. O comentário que fiz em Varsóvia pode ser explicado assim: todos os dias, milhões são assassinados de forma rotineira para gerar lucros para a McDonalds e a KFCruelty, mas como estes assassinatos são protegidos por leis, pedem-nos que lhes sejamos indiferentes e não os questionemos. Se, com toda a razão, se sentem horrorizados pelas mortes na Noruega, é natural que também se sintam horrorizados pelo assassinato de qualquer ser inocente. Não podem ignorar o sofrimento animal só porque os animais ‘não somos nós’”.
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Pelo menos ninguém pode acusar Morrissey de incoerência...
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O Radiohead lançou virtualmente três faixas remixadas do álbum “The king of limbs”. São elas: “Feral” (Lone RMX), “Morning Mr. Magpie” (Pearson Sound Scavenger RMX) e “Seperator” (Four Tet RMX). É só clicar aí embaixo…
A versão física do EP (em vinil, inclusive) será lançada hoje, com mais três faixas remixadas: “Give up the ghost”, “Little by little” e “Codex”.
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A versão de “While my guitar gently weeps”, composta por George Harrison, e gravada por Zé Ramalho, estreou no YouTube ontem. O álbum “Zé Ramalho canta Beatles” (capa acima) chega às lojas na semana que vem. O cantor paraibano já homenageou Raul Seixas, Bob Dylan, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, em trabalhos anteriores.
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Gilberto Gil também reaparece com um novo álbum. “Gil+10” foi gravado no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico, em 13 de outubro do ano passado, para comemorar os 10 anos de uma emissora de rádio. O baiano recebeu 10 convidados de peso, como Os Paralamas do Sucesso, Lenine e Milton Nascimento. As faixas do CD “Gil+10” são: “Palco”, “A linha e o linho” (com Lenine), “Aquele abraço” (com Zeca Pagodinho), “Extra II, O rock do segurança” (com Erasmo Carlos), “Torpedo” (com Ana Carolina), “Andar com fé” / “Vida” (com Preta Gil), “Cálice” (com Milton Nascimento), “Lamento sertanejo” (com Milton Nascimento e Maria Gadú), “Acreditar”, “Alguém me avisou” (ambas com Dona Ivone Lara), “Deixar você” (com Mart’nália), “A novidade” (com Os Paralamas do Sucesso) e “Essa é pra tocar no rádio”.
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Também chegou ao mercado nacional, o CD+DVD “The Best of The BBC Vaults”, de Ella Fitzgerald. Sã mais de duas horas de imagens e vídeos da cantora, resgatadas dos arquivos da BBC, em quatro apresentações distribuídas no DVD. O CD traz algumas músicas do DVD, que se divide em quatro partes: “Show of the week: Ella Fitzgerald swings” (gravado para um programa de televisão de 1965), “Ella Fitzgerald sings” (um dos shows mais conhecidos pelos fãs da cantora por já ter sido exibido na programação da BBC diversas vezes), “Ella Fitzgerald at Ronnie Scott’s” (de 1974, exibido pela BBC em 1996, após a morte da cantora) e “Jazz From Montreux” (filmado em 1977). O show no Ronnie Scott’s está logo aí abaixo.
Vamos ver o que dá para fazer nessa sexta-feira de sol... Vinte e nove de julho de 2011. Foi nesse dia, só que no ano de 1983, que o Metallica, o grande Metallica, colocou nas lojas o seu álbum de estreia, “Kill ‘em all”. Uma estreia e tanto. A quantidade de clássicos é assombrosa: “Seek & destroy”, “Whiplash”, “No remorse”, “Motorbreath”, “The four horsemen”, “Hit the lights”... Pelo jeito, os hoje mestres do metal aprenderam a lição direitinho com o Black Sabbath e com o Motörhead... Olha só a versão ao vivo de “Hit the lights”, gravada no México, em 2009, e que foi lançada no DVD e BD “Orgulo pasion y gloria”:
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E Metallica me remete diretamente ao Rock in Rio. Hora do meu jabaculê... Ok?? Na semana que vem chega às livrarias o livro “Rock in Rio – A história do maior festival de música do mundo”, de autoria deste que vos escreve.
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Comprem, hein!! Eu recomendo... Sério!
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Agora vou falar de outro disco, esse fundamental para o rock brasileiro. Há 25 anos chegava às lojas “Rádio pirata – Ao vivo”, o álbum que marcou a ascensão e a queda do RPM. O disco vendeu mais do que água no deserto. Qualquer casa tinha o bolachão ao vivo do RPM, que contava com músicas do álbum de estreia da banda, “Revoluções por minuto” (1985), além de versões ao vivo para “Flores astrais” (do segundo disco dos Secos & Molhados) e “London, London” (do álbum branco de Caetano Veloso, gravado no exílio). Ney Matogrosso foi o diretor do show, que contava até mesmo com raio laser. À época, aqui no Brasil, raio laser só mesmo no show do Yes no Rock in Rio... Três anos atrás, o show “Rádio pirata” saiu em DVD também. Como está difícil encontrar trechos desse DVD no YouTube, vamos de “Mixto Quente” mesmo...
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No dia 29 de julho de 1977, nascia, em Nova York, Danger Mouse, o gênio por trás de projetos como o Gnarls Barkley (ao lado do Cee Lo Green) e o Broken Bells (com James Mercer, do The Shins). Ele também produziu álbuns espetaculares de gente como Beck (“Modern guilt”, de 2008), Black Keys (“Brothers”, de 2010) e Gorillaz (“Demon days”, de 2005). Se você nunca ouviu falar, ouça isso urgentemente...
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Sabia que você conhecia...
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E por falar em Danger Mouse, ando meio viciado em seu último álbum, “Rome”, gravado em parceria com o compositor italiano Daniele Luppi, e com participações especiais de Jack White (que ainda escreveu as letras de três faixas) e Norah Jones. O disco saiu lá fora em meados de maio (aqui no Brasil, nem Deus sabe). A inspiração veio dos spaghetti westerns. Tipo, imagina qualquer filme da trilogia do "Homem Sem Nome", estrelado por Clint Eastwood e dirigido por Sergio Leone. “Rome” caberia como a trilha sonora perfeita. Mais do que um álbum de canções, “Rome” é um álbum de climas. Parece uma trilha sonora para um filme inexistente – Quentin Tarantino poderia filmar um e a trilha já estaria pronta. Algumas faixas funcionam como interlúdios, outras são instrumentais, e outras são cantadas pelo conjunto vocal Cantori Moderni di Alessandro Alessandroni (o mesmo da trilha de “Três homens em conflito”). Mais do que um tributo ao cinema italiano (em especial à figura do compositor Ennio Morricone), “Rome” é uma bela homenagem à cultura pop daquele país.
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E no dia 29 de julho de 1994, quem partia dessa para melhor era o comediante, compositor e cantor Mussum. Ninguém com mais de 30 anos passou impune ao Mussum. A sua presença nos “Trapalhões”, a cada início de noite de domingo era uma dádiva. Ajudava muito a aliviar aquele frio na barriga que dava na hora de arrumar o material da escola para a semana que se iniciava. Eu me lembro de um churrasco de confraternização da turma do colégio (salvo engano em 1989), que o Mussum estava presente na churrascaria Porcão. Os 120 moleques da nossa mesa começaram a berrar o nome do Mussum. Ele se levantou e cumprimentou um a um. Eu disse: UM A UM.
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Esse é o Mussum...
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Já vai fazer uma semana da morte de Amy Winehouse, mas, pelo jeito, ela ainda será assunto por muito, muito tempo. A causa da morte não me interessa. Morreu, morreu. Que descanse em paz. O importante mesmo é o que ainda será lançado da cantora. Um pouco cedo para especulações. Mas hoje saiu uma notícia que pode dar alguma luz sobre essa questão. Uma pessoa próxima a cantora, e que se diz ligada à gravadora Universal, disse que existem 12 faixas novas, não finalizadas. Entretanto, parece que elas teriam condições de serem lançadas em um disco. Segundo o Guardian, qualquer material que venha a ser lançado deverá passar pelo crivo dos parentes de Amy Winehouse, de seu empresário e da gravadora. Acho que não deve demorar muito. Afinal, o Natal já está quase chegando...
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Vou tentar colocar algumas coisas em dia que aconteceram nesse período em que o blog ficou meia bomba. Tem muito vídeo legal que saiu nesses últimos dias. E vamos começar pela homenagem que o produtor Mark Ronson fez para Amy Winehouse, na noite de quarta-feira, durante um show em Londres. Ele mandou “Valerie” (originalmente gravada pelos Zutons, e que fez sucesso na voz de Amy), juntamente com Dave McCabe (compositor da música) e os cantores que faziam parte da banda da cantora inglesa.
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Já o Kasabian lançou uma música lindona chamada “Days are forgotten”, que fará parte do álbum “Velociraptor!”, que chegará às lojas no dia 19 de setembro. Vê aí o que você acha...
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Na seara de relançamentos, good news também. Eu já tinha escrito aqui sobre a versão de luxo dos vinte anos do “Nevermind”, do Nirvana. Nessa semana, foram divulgados os detalhes. E, olha, vem coisa muito boa por aí. A caixa sai no dia 27 de setembro, e será composta por quatro CDs e um DVD (ou BD). Além do álbum original remasterizado, haverá uma penca de lados B de singles, sessões de estúdio e na BBC, ensaios para a turnê do disco, um show ao vivo gravado na noite de Halloween de 1991, em Seattle, e um livro de 90 páginas. O DVD (ou blu-ray) terá esse mesmo show na íntegra e os videoclipes de quatro faixas de “Nevermind”. A relação completa de faixas está aqui. Preparem os bolsos!!
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E já que tem os vinte anos de “Nevermind”, os 20 anos do Pearl Jam também merecem ser comemorados. Saca só o trailer de “Pearl Jam Twenty”, documentário que estreia no festival de cinema de Toronto, em setembro.
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Os Smiths também preparam um lançamento bacana para setembro. Na verdade, mais de um. Trata-se da discografia completa do grupo de Manchester remasterizada por ninguém menos que o guitarrista Johnny Marr. Tudo virá embalado numa caixa intitulada “The Smiths complete – Deluxe collector’s box set”, que trará oito discos lançados pela banda (em CD e em vinil), além de 25 singles de 7 polegadas, DVD com os videoclipes e mais algumas coisinhas como cartões postais, pôsteres etc. A edição será numerada e limitada a apenas três mil cópias. Mais detalhes aqui.
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A edição especial de “The suburbs”, último álbum do Arcade Fire, só sai no dia 02 de agosto. Para quem já comprou a primeira edição do CD e não quer gastar dinheiro novamente (eu!! eu!!), a banda canadense disponibilizou essa nova edição completa, incluindo as duas faixas inéditas, “Speaking in tongues” e “Culture war”, para audição em streaming. Aqui!
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E o Radiohead, hein? Parece que aquele showzinho surpresa em Glastonbury, no mês de junho, animou a banda a realizar uma turnê de divulgação do “The king of limbs”. Note bem: “parece”... À BBC Music, o baterista Phil Selway admitiu que o conjunto pode fazer mais shows. “Sem dúvida, estamos discutindo essa questão. Foi muito entusiasmante [se apresentar em Glastonbury]. Sentimos que havia algo a oferecer, musicalmente. Pareceu-nos uma nova lufada no que fazemos, e gostaríamos de ver aonde isso pode nos levar”, afirmou o músico.
Terminou há pouco aqui em Nova Jersey, no sensacional New Meadowlands Stadium, o show do U2. Bom, para começar, vale dizer que a apresentação não foi muito diferente da que passou por São Paulo três meses atrás.
O palco todo mundo já está cansado de conhecer. Realmente ele é impressionante. Mesmo quando a gente revê aquilo pela terceira vez, não tem como passar desapercebido. Lindo ou cafona. Depende do ponto de vista. Mas indiferente o cliente não fica.
Os shows em São Paulo eu vi um do gramado e outro da Red Zone. Achei o gramado bem melhor, porque você tem uma visão mais global. Hoje, fiquei nas cadeiras logo acima (na lateral) do palco. E tive uma outra experiência. Não sei se no início da turnê era assim, mas Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. (dentro das suas possibilidades de baterista) usaram e abusaram do nababesco palco.
Independentemente do lugar no estádio, não tem como o público se sentir desprestigiado. Os quatro integrantes da banda irlandesa usam cada milímetro quadrado do palco. Até a bateria, em alguns momentos, vira de costas, para prestigiar a galera atrás do palco. Bono e The Edge, por sua vez, não param um segundo. As passarelas que ligam o palco principal ao tablado redondo que circunda a pista VIP (para os que chegam mais cedo, e não para quem paga mais, diga-se) também são usadas a torto e a direito.
O show de abertura coube à banda Interpol. A apresentação foi curtinha, 45 minutos, e pareceu não agradar muito ao público. O Muse, que abriu em São Paulo, se saiu muito melhor. O seu repertório está mais de acordo com a “sonoridade U2”. Já com relação ao Interpol, o som “indie-pós-punk” do conjunto de Nova York não empolgou o reduzido público.
Quando o U2 subiu ao palco, havia 95 mil pessoas no estádio. A plateia não parou. Parecia querer compensar o atraso de um ano - a turnê norte-americana do ano passado teve que ser cancelada por causa de uma cirurgia de emergência na coluna do cantor. Da entrada, com “Space oddity”, na voz de David Bowie, ao encerramento, com a inesperada “Out of control”, o U2 desfiou um repertório que privilegiou todas as fases de sua carreira, especialmente o álbum “Achtung baby” (1991). Não foi à toa que logo após a primeira faixa do set list, “Even better than the real thing”, Bono disse: “Welcome to 1991!”.
E seguiram-se mais três faixas de “Achtung baby”: “The fly”, “Mysterious ways” e “Until the end of the world”. Mais no final da apresentação, foi a vez de outra do mesmo disco: “One”. E “Zooropa” (1993), gravado na mesma época de “Achtung baby”, também foi lembrado com a sua faixa-título e a balada voz & violão “Stay (Faraway, so close!)”. Ainda nesse ano, O U2 vai lançar uma edição especial, repleta de bônus, desses dois álbuns. Daí talvez a preferência por essa fase do início dos anos 1990 no repertório. Do último álbum da banda, “No line on the horizon” (2009), apenas quatro músicas foram lembradas, incluindo a versão dance de “I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight” e “Moment of surrender”, faixa de encerramento de todos os shows da turnê, com exceção desse em Nova Jersey, que acabou com uma versão turbinada de “Out of control”, faixa do álbum de estreia da banda, “Boy” (1980), que ainda foi lembrado com “I will follow”, a quinta canção do roteiro.
Bono fez menção ao início da carreira da banda, e disse que o primeiro show do U2 em Nova Jersey aconteceu trinta anos atrás. Ele leu o repertório daquela apresentação. E destacou o bis, que contava com quase todo o show repetido. “Muita coisa mudou, mas outras permanecem iguais”, disse antes de apresentar os membros do conjunto, juntos desde o primeiro álbum.
Um ícone da cidade de Nova Jersey também foi lembrado por Bono. Bruce Springsteen (chamado de “Father Springsteen” pelo vocalista) teve a sua “The promise land” lembrada durante “I still haven’t found what I’m looking for”.
E no final, antes de “Moment of surrender”, houve o momento de maior emoção da noite, quando Bono pediu um cartaz que um fã segurava na parte de trás do gramado. O cartaz foi de mão em mão, até chegar a Bono. Quando ele o abriu, lá estava escrito: “For Clarence”. Tratava-se do lendário saxofonista Clarence Clemons, da E Street Band (que acompanha “Father Springsteen”), e que morreu no mês passado. Durante “Beautiful day” (certamente a música que teve a maior recepção da plateia), Bono ainda lembrou David Bowie, cantando um trecho de “Space oddity”.
Agora, a “360 Tour” segue para Minneapolis, Pittsburgh e, finalmente, Moncton (Canadá), onde acontecerá o derradeiro show da turnê, no dia 30 de julho. Deixará saudade. Sorte de quem pôde assistir a algum show.
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Set list completo do show do U2 no New Meadowlands Stadium:
“Even better than the real thing” “The fly” “Mysterious ways” “Until the end of the world” “I will follow” “Get on your boots” “Magnificent” “I still haven’t found what I’m looking for” “Stay (faraway, so close!) “Beautiful day” “Elevation” “Pride (In the name of love)” “Miss Sarajevo” “Zooropa” “City of blinding lights” “Vertigo” “I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight” “Sunday bloody sunday” “Scarlet” “Walk on” “One” “Hallelujah” “Where the streets have no name” “Hold me, thrill me, kiss me, kill me” “With or without you” “Moment of surrender” “Out of control”
Por favor, não estranhe. Hoje eu quis começar esse blog com música sertaneja. Mas música sertaneja de verdade. E ela tem o seu valor. O melhor exemplo é o vídeo acima, dos dois mestres do estilo, Pena Branca & Xavantinho. Hoje, 13 de julho, é o dia nacional dos cantores e compositores sertanejos. E eles merecem a nossa homenagem. Os sertanejos de verdade, repito. Não estou falando aqui de Luan Santana, Daniel e outras atrocidades, por favor.
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E, olha só, além do dia dos compositores sertanejos, hoje também é o dia mundial do rock. Isso porque foi no dia 13 de julho de 1985 que aconteceu o Live Aid, concerto beneficente organizado por Bob Geldof, em Londres e na Filadélfia, e que reuniu gente como Paul McCartney, Bob Dylan, Mick Jagger, U2, Queen e até mesmo uma reunião do Led Zeppelin.
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O show do Led Zeppelin foi tão tosco, que acabou ficando de fora da edição em DVD do Live Aid lançado uns vinte anos depois. Na falta de John Bonham, Phil Collins (?!?) tocou bateria com a banda. Não foi por culpa do Phil, mas, definitivamente, não ficou legal...
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Não é??
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Seis anos após o Live Aid, em 1991, o mesmo estádio de Wembley onde aconteceu o evento, viu uma das apresentações mais impactantes de sua história. O INXS estava lançando o álbum “X” (1990), e, àquela época, era considerada uma das bandas mais importantes do planeta, batendo de frente até mesmo com o todo-poderoso U2. A apresentação em Wembley foi lançada em VHS, LD e, depois, em DVD. Já o CD ao vivo “Live baby live” traz músicas gravadas em vários shows da turnê, inclusive o antológico que aconteceu no Rock in Rio II, em janeiro de 1991, no estádio do Maracanã.
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Voltando um pouco mais no tempo, hoje é dia de João Bosco soprar 65 velinhas. Ontem, entrou no ar a série “O astro”. E a música de abertura da novela original era interpretada por João Bosco. Lembra? Ou você nem era nascido??
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Cá pra nós, o João Bosco tem músicas melhores, não? Essa aqui, por exemplo...
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“Linha de passe” até me lembrou o meu programa predileto, que a ESPN Brasil transmite todas as noites de segunda. Eu não perco um. Tudo pode acontecer nessa mesa redonda... Quer ver??
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Há 15 anos, O Rappa lançava o seu álbum mais importante. “Rappa Mundi” vendeu que nem água (eu ganhei no amigo oculto do mesmo ano!). Não era para menos. Acho que umas cinco, seis músicas fizeram muito sucesso. Ou você não se lembra de “Miséria S/A”??
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E o nosso Morrissey, hein?? Ele tá sempre por aqui, né? Se lembra, faz umas duas semanas, quando ele fez um show com uma camisa que mandava um site de fãs para aquele lugar? Pois é... O dono do site, David Tseng, foi expulso pelos seguranças de Morrissey, durante um show em Copenhagen, Dinamarca, na segunda passada. Segundo Tseng, os seguranças não deram maiores explicações. O fã reclamou o dinheiro do ingresso perante à Live Nation, empresa organizadora da turnê do ex-Smith, mas ela teria informado que Tseng deveria reclamar com o próprio Morrissey.
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Coisa feia né, Moz??
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Coisa feia foi também o que um fã fez anteontem em um show do Foo Fighters em Londres. Eu escrevi ontem que Dave Grohl não fez por menos, xingou o cara e o expulsou da casa de shows. Consegui encontrar o vídeo hoje...
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(Esse é o típico caso de vergonha alheia...)
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Um cruzeiro com o Weezer??
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Sabe o que isso me lembra???
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E saiu uma musiquinha nova do The Drums! Eu sei lá... Às vezes curto, às vezes não... Vamos ver até onde vai chegar esse conjunto. O primeiro disco até que é bom. Mas não é tudo isso que andaram dizendo não... “Portamento”, o segundo álbum, sai no dia 12 de setembro.