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16 de mai. de 2010

Resenhando: U2, MGMT, Nana Caymmi, Jeff Beck, Barbra Streisand

“Artificial horizon” – U2
Todo ano, o U2 dá de presente um CD para os assinantes de seu site. O da vez é “Artificial horizon”, um álbum de remixes de 11 canções da banda produzidos por gente bem bacana como Jacknife Lee, Trent Reznor, Justice e Hot Chip. A maior parte das músicas é do álbum “No line on the horizon”, lançado no ano passado, incluindo uma ótima versão de “I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight”, gravada ao vivo em Dublin, e o Falke Radio Mix de “Magnificent”. Dos álbuns mais antigos do U2, “Beautiful day” foi a que ganhou a melhor versão. O remix instrumental de David Holmes deixou a música com um pé no U2 dos anos 80 misturado com Joy Division. O remix do Hot Chip para “City of blinding lights” também ficou bem diferente, assim como o de Monster Truck para “Staring at the sun”. O site oficial do U2 também disponibilizou uma edição tripla em vinil desse mesmo álbum. O número de cópias foi limitadíssimo, e o U2 já avisou que não vai mais prensar nenhuma unidade. A ideia é que o item se transforme em uma “super-mega raridade”. Espero que a minha cópia chegue direitinho.

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“Congratulations” – MGMT
Esse novo álbum do MGMT dividiu opiniões. Quem gostou do primeiro trabalho de Ben Goldwasser e Andrew Wyngarden não necessariamente vai curtir “Congratulations”. Esqueça a sonoridade pop das faixas de “Oracular Spetacular” (2007). Nesse novo álbum, o MGMT comente um suicídio comercial, usando e abusando de uma sonoridade psicodélica, difícil e... bem mais interessante. Não que algo mais pop e comercial tenha ficado de fora. “Brian Eno” é um exemplo de que quem fez “Kids” e “Time to pretend” não vai perder a mão de uma hora para outra. Por outro lado, temos uma “Siberian breaks”, com longos 12 minutos de duração (na contracapa, ela é classificada como uma “pop surf opera”), cheia de climas e mudanças de ritmo. A instrumental “Lady Dada’s nightmare” também causa estranhamento. Mas o que fica mesmo em “Congratulations” é a constatação de que o MGMT é uma banda que quer ir para frente e fazer coisas diferentes. Para comprovar, basta ouvir as duas primeiras faixas do álbum: “It’s working” e “Song for Dan Treacy”.

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“Ensaio” – Nana Caymmi
Nana Caymmi estava devendo um DVD solo há muitos anos. E finalmente chega às lojas “Ensaio”, que traz o registro da apresentação da cantora no programa de televisão de mesmo nome, veiculado pela TV Cultura em 1993. Acompanhada pelo pianista Luizão Paiva e pelo guitarrista Cláudio Guimarães, Nana canta sucessos de Tom Jobim (“Se todos fossem iguais a você” e “Esperança perdida”), Milton Nascimento (“Cais”), Custódio Mesquita (“Saia do caminho”, em interpretação especialmente magistral), Gonzaguinha (“Palavras”) e, claro, seu pai Dorival Caymmi (“Só louco”, “Lenda do Abaeté”, “Acalanto”, entre outras). Nana também relembra um de seus primeiros sucessos (“Bom dia”), composto em parceria com Gilberto Gil. Além da ótima voz (em completa forma) e do excelente repertório, Nana Caymmi conta histórias de sua família, intimidades, as suas influências, a adoração por Isaura Garcia e como conheceu Vinícius de Moraes. Belo DVD. Mas o público ainda aguarda o registro de um show de verdade de Nana Caymmi.

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“Emotion & commotion” – Jeff Beck
Clichê: Jeff Beck é um mostro da guitarra. Quem viu o show dele no Free Jazz de 1998 (acho) não se esquece. “Blow by blow” e “Wired” devem constar em qualquer discoteca básica. Mas, ultimamente (e põe ultimamente nisso), Jeff Beck tem se enrolado no estúdio. Desde que começou a flertar excessivamente com outros gêneros musicais que não o rock (o eletrônico em “Jeff Beck’s guitar shop”, de 1989, por exemplo), a guitarra de Beck não tem dado muita liga. “Who else!” (1999), “You had it coming” (2001) e “Jeff” (2003) foram álbuns equivocados. E o mesmo acontece com “Emotion & commotion” - só pelo título, a gente já vê que há algo errado. A impressão que fica é que Jeff Beck está meio perdido. O repertório que mistura “Over the rainbow” (do “Mágico de Oz”) a “Nessun Dorma” (da ópera “Turandot”, de Giacomo Puccini), e que ainda passa por coisas como “Serene” (um lounge muito chato com participação de Olivia Safe) e o rock meio sem graça “There’s no other me” (que em nada combina com a voz de Joss Stone, diga-se) é completamente irregular. Para dizer que não há acertos, Beck mandou bem na versão de “I put a spell on you”, também com Joss Stone. Vale destacar também os ótimos músicos que acompanharam Jeff Beck nas gravações: Tal Wilkenfeld, Jason Rebello, Vinnie Colaiuta, Pino Palladino... Pois é, não deu para entender nada.

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“One night only” – Barbra Streisand
Barbra Streisand não se apresentava em uma boate havia 48 anos. Para zerar a marca, no dia 26 de setembro de 2009, a cantora norte-americana resolveu trocar os grandes palcos do Madison Square Garden e da Arena O2 pelo minúsculo Village Vanguard, tradicional “club” de jazz em Greenwich Village (Nova York). O show serviu para divulgar o último álbum de Barbra, “Love is the answer”, no qual recriava alguns standards do cancioneiro dos Estados Unidos. Em “One night only”, DVD/BD que traz o registro da apresentação no Village Vanguard, Barbra vai além. Acompanhada apenas por um quarteto de jazz, a cantora relembra clássicos como “My funny valentine” e “Nobody’s heart (Belongs to me)”. As canções mais conhecidas na voz da cantora, como “Evergreen” e “The way we were”, ganharam versões mais puxadas para o jazz, e também não ficaram de fora. “One night only”, em última instância, traz aos fãs a oportunidade de assistir a um show de Barbra Streisand despido daquela pompa que já ficou cansativa nas apresentações da cantora.

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Logo abaixo, o trailer do DVD “One night only”, de Barbra Streisand.

29 de abr. de 2010

Duke, Nana, Ogerman, Uma Thurman, Agassi, Hitchcock, Eminem, Bad Religion, Interpol, Who, Julian Casablancas, Wilco, Foo Fighters, Kele, Cure, Ozzy

Acima, a capa do novo disco de Ozzy Osbourne, "Scream", a ser lançado em meados de junho. Este será o décimo álbum da carreira de Ozzy, e marca a estreia do guitarrista Gus G, que substitui o quase insubstituível Zakk Wylde. O último álbum de inéditas de Ozzy Osbourne foi "Black Rain", de 2007. A relação de faixas é a seguinte: "Let it die", "Let me hear you scream", "Life won't wait", "Diggin' me down", "Crucify", "Fearless", "Time", "I want it more", "Latimer's mercy" e "I love you all".

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A edição especial (e aguardadíssima por mim) de "Disintegration", do The Cure, só sai no final de maio, mas a banda já liberou alguma coisa das faixas bônus que farão parte do CD triplo (um bando de lados B, gravações ao vivo...). "Delirious night" é uma delas.



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Então tá combinado. Amanhã todo mundo na frente do site da MTV UK para ver o show do Gorillaz.

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SOLO: O vocal do Bloc Party, Kele Okereke, lançou hoje o seu novo single solo, "Tenderoni". A música é dançante, e Okereke usou aquela tática que os Pet Shop Boys adoram de soletrar o título da música. "Tenderoni" é o primeiro single do álbum de estreia solo de Okereke, "The boxer" - ops, já conheço um discaço com esse mesmo título.



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NA ÁFRICA DO SUL: Os organizadores da Copa do Mundo só querem saber de lixo nos shows de abertura e de encerramento. Depois do anúncio dos nomes de Shakira e Alicia Keys para a abertura, agora teremos que engolir Andrea Bocelli e Bryan Adams no espetáculo (espetáculo?) de encerramento. Melhor engolir o Dunga mesmo. Haja estômago.

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E O FOO FIGHTERS TAMBÉM PROMETE: A Spinner informa que o Foo Fighters já tem 15 músicas escritas para o seu próximo álbum. Entretanto, ele não sairá em 2010. Com alguma sorte, pode ser que ele veja a luz do dia em 2011. "Definitivamente, esse trabalho ainda se encontra nos estágios iniciais", afirmou o baterista Taylor Hawkins. No momento, Dave Grohl está em turnê com o Them Crooked Vultures, e Hawkins acabou de lançar o segundo álbum ("Red Light Fever") de seu projeto paralelo, Taylor Hawkins and the Coattail Riders.

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O WILCO PROMETE: O baixista John Stirratt disse que o Wilco já está trabalhando em um novo álbum. O último trabalho da banda, "Wilco (The Album)", foi lançado no ano passado. No momento, o conjunto está em turnê. "Ainda estamos no processo de composição das canções e vamos começar a gravar as demos em breve", disse o músico ao FasterLouder. Aguardemos.

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Adorei o cover de Julian Casablancas para "Dancing in the dark", do Bruce Springsteen. Ele bem que podia gravar isso oficialmente.



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E a música nova do Interpol, hein? Posso dizer que ainda não tenho opinião formada a respeito.



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Caso alguém ainda se interesse pelo Bad Religion, fique sabendo que a banda agendou uma pequena turnê pela Inglaterra, em Agosto, para comemorar os seus 30 anos de carreira.

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E a artista mais influente do mundo segundo a Time é a... a... a... Isso... Lady Gaga! Quem mais poderia ser? Essa "eleição" me lembrou até aquelas que o Faustão faz todo ano. "Ô loco, quem é a mulher mais bonita da televisão?" E tome Juliana Paes. Será que esse pessoal não se cansa de sempre idolatrar as mesmas pessoas não? Aliás, quem será a Lady Gaga do próximo verão? Ah, e se você quiser ler o texto sobre Lady Gaga, escrito por Cyndi Lauper, basta clicar aqui.

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E quer saber o que eu achei da nova música do Eminem? Sinceramente? A mesma chatice de sempre.



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No dia 29 de abril de 1980, o cinema perdia o seu maior mestre do terror e do suspense. Vítima de insuficiência renal, Alfred Hitchcock partiu dessa para melhor deixando obras-primas como "Psicose", "Um corpo que cai", "Janela indiscreta", "Festim diabólico", "Disque M para matar", e, claro, "Os pássaros", do qual foi extraído a antológica cena abaixo.



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CULTURA INÚTIL DO DIA: Todo mundo sabe que agora em 2010 teremos a primeira Copa do Mundo no continente africano. Pois bem, hoje faz 50 anos que a seleção brasileira de futebol jogou uma partida naquele continente. Foi um amistoso na cidade do Cairo. E o resultado: Brasil 5 x 0 Egito.

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Quem nasceu no mesmo dia que Uma Thurman foi Andre Agassi, um dos maiores campeões do tênis. O maior rival de Pete Sampras ganhou oito títulos do Grand Slam. Aliás, Agassi venceu todos os quatro torneios do Grand Slam (apenas seis conseguiram tal feito). O tenista se aposentou logo após o US Open de 2006. A sua última partida oficial aconteceu em 02 de setembro de 2006. Na ocasião, ele perdeu para o alemão Benjamin Becker. Mas isso pouco importou. Veja logo abaixo:



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Quentin Tarantino vai ter que pegar o telefone hoje para desejar feliz aniversário a uma de suas divas. Uma Thurman completa, nesse 29 de abril, 40 anos. A atriz despontou mesmo em 1994, quando atuou no filmaço "Pulp fiction - Tempo de violência", de Tarantino. A partir daí, ela participou de vários outros longas, como "Batman & Robin" (1997) e a versão de "Os Miseráveis", filmada por Bille August, em 1998. Mas talvez nada se compare ao trabalho de Turman em "Kill Bill" (2003/04), esse sim, um dos melhores filmes de todos os tempos.



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Hoje também o arranjador Claus Ogerman faz aniversário. O compositor alemão emprestou o seu talento a obras de importantes artistas como Diana Krall, George Benson e Bill Evans. Mas foi ao lado de Antonio Carlos Jobim que Claus Ogerman fez história, ao arranjar e produzir os discos "The composer of 'Desafinado' plays Jobim" (1963), "A certain Mr. Jobim" (1965), "Wave" (1967), "Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim" (1967), "Jobim" (1972), "Urubu" (1976) e "Terra Brasilis" (1980). Ogerman completa 80 anos.



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Agora no Brasil, hoje também é dia de o clã Caymmi comemora e soprar 69 velinhas junto com Nana Caymmi, uma das maiores vozes do país. Mestre Dorival já não está mais aqui, mas Nana é a artista que melhor o representa. Sua voz, seu jeitão e, principalmente, a sua interpretação para os clássicos que o seu pai deixou... Tomara que Nana volte aos palcos logo para fazer o show de divulgação de seu último álbum, "Sem poupar coração", lançado no ano passado. A gente espera.



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Então vamos fazer nossa viagem ao que aconteceu de importante no dia 29 de abril? Para começar, hoje é aniversário de Duke Ellington. Se vivo fosse, o grande pianista e maestro da principal big band de todos os tempos, estaria completando 111 anos! Vamos relembrar? Vem comigo...



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Bom dia, pessoal. Quase boa tarde, aliás. E ontem, hein? Que natação foi aquela entre Flamengo x Corinthians. O importante é que o Mengão já ganhou essa. Quarta que vem, a parada vai ser mais dura em São Paulo, nesse "clássico da balada", como bem definiu o José Simão. E o Barcelona? Que pena. Aquele gol anulado no final... Sei não... O jogo duro de resultado venceu o jogo leve, alegre e bonito. Dunga deve estar rindo de orelha a orelha.