2 de ago. de 2011

Ópera para começar o dia; saudades do Gonzagão; o álbum ao vivo da Zélia Duncan; a dancinha do B.Springsteen; e o Clash fazendo propaganda de Londres.



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Hoje decidi começar o dia ouvindo Marina Lima. E acho que vocês não vão reclamar. “Acontecimentos” é uma das músicas que mais gosto, e ela pertence ao álbum “Marina Lima”, lançado em 1991. Ninguém canta com mais charme do que Marina Lima. Fato.

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Vamos de ópera agora? Eu gostaria de ter um espaço maior para escrever sobre ópera, um dos gêneros que mais gosto. Hoje eu tenho um bom motivo. Foi no dia 02 de agosto de 1921, portanto há 90 anos, que Enrico Caruso, tido por muitos o maior tenor de todos os tempos, partiu dessa pra melhor. Caruso viveu apenas 48 anos, mas o suficiente para entrar para a história. A gravação abaixo é a de “Vesti la giuba”, a ária mais famosa da ópera “Pagliaci”, de Ruggiero Leoncavallo, cujo libreto mistura a encenação de um espetáculo de circo e a vida real dos seus personagens. Na ária, presente no encerramento do primeiro ato, o tenor começa a delirar por causa da desconfiança de que sua mulher está o traindo. Enquanto ele se maquia tal qual um palhaço, ele se pergunta: “Você pensa que é um homem?” E conclui: “Você não é nada além de um palhaço!” Na encenação do circo, o povo ri quando o Arlequim rouba a Colombina do palhaço. Mas aquilo é encenação? Não para o palhaço. A sua vida real é mera repetição do espetáculo. “Ria, palhaço, de seu amor arruinado! Ria da dor que envenena o seu coração!”



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Outro que também merece ser lembrado hoje é Luiz Gonzaga. No dia 02 de agosto de 1989, o compositor pernambucano, o Rei do Baião, faleceu em consequência de uma parada cariorrespiratória.



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Exatos dez anos após a morte de Luiz Gonzaga, estreva nos cinemas dos Estados Unidos o longa “O sexto sentido”. Foi o único filme de M. Night Shyamalan que prestou, é verdade. Os que vieram em seguida foram umas grandes bombas. Mas esse “O sexto sentido” é bom demais. Certamente, o filme mais assustador que já vi. Confesso que fiquei alguns bons meses depois de ver o filme com medo de ir ao banheiro de madrugada. É sério... Vamos relembrar o trailer??



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Tenho escutado bastante nas últimas semanas o novo álbum da Zélia Duncan, “Pelo sabor do gesto – Em cena”. O álbum de estúdio, “Pelo sabor do gesto”, foi um dos melhores de 2009. Ele acabou originando um belo show, no qual Zélia Duncan teve a coragem suficiente para mostrar todas (eu disse: TODAS) as músicas do novo álbum. Ninguém reclamou. O show também foi um dos melhores de 2009. No último mês de março, Zélia Duncan subiu ao palco do Teatro Municipal de Niterói, a sua cidade-natal, para registrar o espetáculo em áudio e vídeo. O CD já saiu – o DVD e o BD chegam em breve. O CD traz nove faixas gravadas ao vivo, todas originárias do álbum de estúdio (a versão ao vivo de “Telhados de Paris” ficou mais deliciosa do que a de estúdio), com exceção de “Felicidade”, de Luiz Tatit. Quatro faixas bônus (que faziam parte do repertório do show) foram registradas em estúdio. Destaque especial para a regravação de “Por isso eu corro demais” (Roberto Carlos) e “Defeito 10:Cedotardar”, de Moacyr de Albuquerque e Tom Zé). Aguardemos o DVD e o BD, que, esperamos, venha com o show na íntegra.



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Ninguém passa imune a internet mesmo… Não bastassem os fãs que filmam os micos que alguns artistas pagam em cima do palco, agora alguns vídeos bem estranhos têm surgido por aí. O último é o que mostra os ensaios de Bruce Springsteen para um videoclipe. E o mais curioso: o tal videoclipe nunca foi ao ar. Trata-se de uma versão para “Dancing in the dark”, que acabou sendo reprovada pelo cantor, em 1984. Ele não gostou do “conceito” do diretor Jeff Stein, que teria sido “literal demais”. O que vocês acham disso??



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Em seguida, Springsteen convocou o diretor Brian de Palma para filmar um novo videoclipe para a mesma canção. Ele registrou uma apresentação do cantor, na cidade de St. Paul, e não levou a letra ao pé da... letra. Achei essa segunda versão bem melhor. Mas, cá entre nós, algumas das dancinhas do vídeo reprovado foram bem usadas por Springsteen em cima do palco, não??



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E já que estamos falando do Boss, vocês se lembram daquela história do Ronald Reagan, então candidato a presidência dos Estados Unidos, ter usado a música “Born in the USA” em sua campanha eleitoral? Regan, muito mal assessorado pelo jeito, achou que a letra “elogiava” o país, quando na verdade, baixava o sarrafo na Guerra do Vietnã. Olha esse trecho, por exemplo (em tradução livre): “Então eles colocaram um fuzil na minha mão / Me enviaram para uma terra estrangeira / Para ir e matar o homem amarelo...” Pois bem, a Inglaterra está caindo na mesma esparrela. Sabe qual música os gênios estão usando para divulgar, em propagandas institucionais, os Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem?? “London calling”. Isso mesmo: “LONDON CALLING”, do The Clash. Imagina a galera dos outros países vendo aquelas imagens da cidade, com o fundo musical: “The ice age is coming, the sun is zooming in / Meltdown expected and the wheat is growing thin / Engines stop running but I have no fear / London is drowning and I live by the river”?? Pelo menos é divertido, né?

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Ah, ficou com vontade de escutar a música? Vamos então na versão de Bruce Springsteen??



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O Foo Fighters realizou uma turnê faz pouco tempo. Até aí, nada demais. Isso se os shows não tivessem sido feitos em garagens de casas de fãs. Essa turnê foi registrada pela banda em um documentário de 40 minutos, que eu não consegui desgrudar os olhos do monitor. Dá uma olhada:



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Para finalizar por hoje, um vídeo engraçadinho do Slash transformado em desenho animado da Disney. Ah, ficou legal, né??