18 de jun. de 2010

Saramago, Paul McCartney, Celly Campello, Bethânia, Lucio Mauro Filho, Legião, Ozzy, Iron Maiden, Oasis, Elton John, MJ, Arcade Fire, Local Natives

Mais um clássico da literatura vem aí... Liam Gallagher disse que vai escrever um livro com as suas memórias sobre o Oasis. Se depender da vontade do cantor, pode ser que o livro se transforme em filme. Ele disse que quer colocar as tais memórias em livro "antes que as esqueça". Faz sentido.

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UMA BANDA NOVA QUE EU CURTI: Essa aqui eu conheci na última edição da revista Q. O Local Natives é uma banda de Los Angeles, que lançou o seu álbum de estreia, "Gorilla manor" no finalzinho do ano passado, na Inglaterra. O som é gostoso, e a banda o classifica de "afro-pop". Veja o que você acha.



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Aos pouquinhos, o Arcade Fire vai dando mais dicas do seu novo álbum "The suburbs", que chegará às lojas no início de agosto. Depois de liberar quatro músicas para audição, a banda canadense anunciou a relação das faixas do álbum. Olha só: "The suburbs", "Ready to start", "Modern man", "Rococo", "Empty room", "City with no children", "Half light I", "Half light II (No celebration)", "Suburban war", "Month of may", "Wasted hours", "Deep blue", "We used to wait", "Sprawl I (Flatland)", "Sprawl II (Mountains beyond mountains)" e "The suburbs (continued)".

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A Billboard fez um levantamento para descobrir, com base em sua parada de singles, qual foi o maior hit de Michael Jackson. E o resultado é, no mínimo, surpreendente. O vencedor foi "Say say say", faixa escrita em parceria com Paul McCartney, e que está presente no álbum "Pipes of peace", lançado em 1983 pelo ex-Beatle. A partir de dezembro de 1983, a canção ficou durante seis semanas na primeira posição da parada de singles. "Billie Jean", "I'll be there", "Thriller" e "Rock with you" completam o top 5.



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"Elton John faz show em Israel após outros artistas cancelarem sua apresentações." E daí? Se tem uma coisa chata pra cacete é patrulha ideológica.

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O cara poderia vender essa camisa por uma boa grana no e-Bay. Mas preferiu doá-la para o Museu de Woodstock. Bacana, né?

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O New Musical Express fez uma pesquisa junto aos torcedores da seleção inglesa, para que indicassem músicas de apoio para o time de Lampard, Gerrard, Rooney e GREEN! Algumas das escolhidas foram as seguintes: "Faith" (George Michael), "Back in black" (AC/DC), "Mr Brightside" (The Killers), "The best" (Tina Turner, essa eu não entendi) e "Help!" (Beatles, essa é bem apropriada). Engraçado que, na pesquisa, não houve nenhuma menção ao frango do Green. Tendo em vista, a paixão dos torcedores ingleses, fiquei surpreso.



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Alan McGee, o cara que descobriu o Oasis, disse ao Daily Record que acha que a banda dos Gallagher volta em, no máximo, cinco anos, porque a grana vai falar mais alto. Tomara que fale mesmo. Até mesmo porque, hoje em dia, todo mundo volta algum dia mesmo.

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Que tal o Eddie da nova turnê do Iron Maiden, hein? Eu achei muito bacana. Aliás, um dos mais bacanas que já vi. E ele ainda toca guitarra. Hehehe...



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Está ansioso para ouvir o novo álbum de Ozzy Osbourne? "Scream" já está todinho no perfil do cantor no MySpace. O álbum mesmo, edição física, chega às lojas no dia 22 de junho.

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Curiosamente, dez anos após a batalha campal de Rosário, aconteceu a batalha campal do estádio Mané Garrincha. Durante um show da Legião Urbana em Brasília, houve uma grande confusão entre parte do público e a polícia. Os nervos já estavam a flor da pele. Renato Russo atrasara o show. Um doente mental invadiu o palco e atacou o vocalista da banda por trás. Loucos jogavam bombas no palco. Não tinha como dar certo, e o episódio talvez seja a grande mancha da história da Legião Urbana (embora a banda não seja a principal culpada do episódio). Por volta de 500 fãs se feriram na apresentação, que acabou sendo a última da Legião no Distrito Federal.



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Agora a sessão Copa do Mundo!! No dia 18 de junho de 1978 aconteceu uma das maiores batalhas campais da história das Copas. Não à toa, a partida ficou conhecida como "A batalha de Rosário". Na ocasião, Brasil e Argentina empataram em zero a zero, e a pancadaria rolou solta. Todo jogador abria a sua caixa de ferramentas. Recentemente, a ESPN reprisou o jogo, e realmente foi bem interessante. A Argentina acabou se sagrando campeã mundial em 1978, com uma ajudinha do Peru (sem trocadilho, por favor).



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Nossa, muita gente boa nasceu no dia 18 de junho, hein? Agora, vamos partir para a televisão. Trinta e seis anos atrás nascia Lucio Mauro Filho. Quando eu era pequeno, tipo uns 7 anos, eu frequentava um hotel-fazenda em Teresópolis chamado São Moritz. E ele sempre estava lá, assim como o seu pai, o grande Lucio Mauro. Como ele era uns seis anos mais velho do que a minha galerinha, a gente sempre servia de cobaia para as peças de teatro que ele queria montar, bancando o diretor. Bom, na época, o Lucio Mauro Filho devia ter uns 12 anos de idade. E posso dizer que já tinha muito talento. Uns três anos atrás, vi a peça "Lucio 80-30", escrita por ele próprio, em homenagem ao pai. É de arrepiar. Se ela voltar, assisto novamente. "Paaapiiiiiiiiii!"



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E no dia 18 de junho de 1946 nasceu outra diva da Música Popular Brasileira. Certamente a nossa diva-mor: Maria Bethânia. Assim como Paul McCartney, a cantora baiana também tem trabalhado bastante ultimamente, emendando álbum, turnê, DVD, novo álbum, nova turnê... E cada ano com mais gás. É impressionante. Faz uns 20 anos que não perco uma turnê de Bethânia. E parece que ela está melhor hoje do que, por exemplo, quando fez a turnê do "As canções que você fez pra mim" (1993). O seu último show, "Amor, festa, devoção", para mim, nem é dos melhores da "Abelha-Rainha". Mas talvez tenha sido o grande show da MPB no ano passado. Talvez eu esteja ficando um pouco rigoroso demais com a Bethânia. Mas isso é ótimo. Porque ela só me surpreende. Tenho orgulho de ser geminiano que nem ela. (Ah, a Biscoito Fino me informou, via Twitter, que o DVD de "Amor, festa, devoção" sai agora no início do segundo semestre. Aguardemos.)



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E se o dia 18 de junho de 1942 foi generoso com o rock inglês, também o foi com o rock brasuca. No mesmo dia em que a cegonha trouxe Paul McCartney, nascia em Taubaté Célia Benelli Campello, ou Celly Campello. A cantora foi uma das pioneiras do rock brasileiro, estourando antes mesmo da Jovem Guarda, em 1959, com o hit "Estúpido cupido". Outros sucessos vieram, como "Lacinhos cor-de-rosa" e "Banho de lua". Em 1962, logo após o seu casamento, Celly abandonou a carreira. Ela, que morreu aos 60 anos, tinha, à época do casamento, 20 anos de idade. Os tempos não eram tão modernos...



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No dia 18 de junho de 1942 nascia Paul McCartney. Bom, acho absolutamente inútil gastar palavras com o ex-Beatle, que continua na ativa produzindo bons álbuns, com o seu último de estúdio, "Memory almost full" (2007). Chegaram a cogitar uma visita de Paul ao Brasil no primeiro semestre desse ano. Não aconteceu. E será que vai acontecer algum dia?



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Juro que gostaria de começar o dia de hoje, 18 de junho de 2010, de forma mais alegre. Mas, no nosso mundinho cada dia mais pobre de espírito e de cultura, uma perda como a de José Saramago deve ser chorada por alguns dias. Pensei em escrever várias coisas sobre o escritor português: minhas impressões sobre "Caim", o seu último livro, ou então uma minibiografia dele... Mas acho que o último post de seu blog (abaixo) já diz muita coisa. Ele deixou um recado bem claro para nós: sem ideias, não vamos a lugar nenhum. Nossos heróis estão morrendo. Quem vai sobrar?

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"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma." ("Pensar, pensar", último post do blog de José Saramago)