30 de jun. de 2010

Bellotto, Queen, Chacrinha, Apollo 13, Tyson, Phelps, Portishead, Led, Springsteen, Rush, Johnny Marr, CSS, Klaxons, Selway, Björk, Brian Wilson

BEACH BOYS + GERSHWIN: No ano passado, Brian Wilson mencionou a possibilidade de trabalhar em cima de canções que o compositor George Gershwin deixou inacabadas. Pois bem, o álbum já está pronto. "Reimagines Gershwin" chegará às lojas no dia 17 de agosto. Além das músicas inacabadas ( "The like in I love you" e "Nothing but love"), o álbum traz clássicos do cancioneiro de Gershwin, como "Summertime" e "They can't take that away from me". Uma versão a capella de "Rhapsody in blue" fecha o álbum. As faixas de "Reimagines Gershwin" são as seguintes: "Rhapsody in blue", "The like in I love you" (abaixo), "Summertime", "I loves you Porgy", "I got plenty of nothin'", "It ain't necessarily so", "'S wonderful", "They can't take that away from me", "Our love is here to stay", "I've got a crush on you", "I've got rhythm", "Someone to watch over me", "Nothing but love" e "Rhapsody in blue (reprise)".



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O projeto "Mount Wittenberg Orca", que junta Björk e o Dirty Projectors, teve a sua primeira música divulgada hoje também. A faixa "All we are" pode ser ouvida logo abaixo. E, bem, eu achei bem estranha. No estilo Björk mesmo...



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Quem também lançou oficialmente a sua nova música hoje foi Phil Selway, baterista do Radiohead. "By some miracle" é a primeira faixa de "Familial", primeiro álbum solo de Selway, que chega às lojas no dia 30 de agosto. A sonoridade pode ser bem diferente da do Raiohead, mas é interessante do mesmo jeito.



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E que tal a música nova do Klaxons, "Echoes", primeiro single de "Surfing the void", que será lançado no dia 23 de agosto, hein? Eu gostei mais do que "Flashover". O Klaxons está mudado mesmo...



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O Cansei de Ser Sexy está prestes a lançar novo álbum. Pelo menos foi o que disse Adriano Cintra ao CSS Fan News. Segundo o músico, o disco terá 11 faixas, e ficará pronto em setembro. A banda está trabalhando nesse novo disco desde o final do ano passado. Será que o hype continuará? Ou já deu?

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O guitarrista Johnny Marr confirmou que participará da trilha sonora do novo filme de Christopher Nolan (o mesmo diretor de "Batman begins"), "Inception". O integrante do Cribs (e ex-The Smiths) tocará guitarra em faixas compostas por Hans Zimmer, responsável por trilhas de filmes como "Gladiador" e "O código Da Vinci". "Inception", que terá o ator Leonardo DiCaprio em seu elenco, estreará, lá fora, no dia 16 de julho. A trilha sonora será lançada em CD, três dias antes.

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O Rush iniciou a sua turnê "Time Machine" ontem em Albuquerque, nos Estados Unidos. A ideia é apresentar, na íntegra, o álbum de maior sucesso comercial do trio canadense, "Moving pictures" (1981). Mas, além de todas as faixas do álbum (como "Tom Sawyer" e "Limelight"), a banda mostrou clássicos como "The spirit of radio" (a primeira da apresentação), "Free Will", "Closer to the heart" e "Working man" (a última). Canções novas, e que farão parte do próximo disco do Rush ("BU2B", "Caravan") também fizeram parte do roteiro: "The spirit of radio", "Time stand still", "Presto", "Stick it out", "Workin' them angels", "Leave that thing alone", "Faithless", "BU2B", Free Will", "Marathon", "Subdivisions", "Tom Sawyer", "Red barchetta", "YYZ", "Limelight", "Camera eye", "Witch hunt", "Vital signs", "Caravan", "Love 4 sale", "Closer to the heart", "2112 Overture", "Temples", "Far cry", "La Villa Strangiato" e "Working man". Abaixo, o vídeo com a abertura do segundo set, e "Tom Sawyer".



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Finalmente alguém com bom senso... Os organizadores do festival T in the Park, que acontece na Escócia, proibiram que as pessoas entrem com vuvuzelas. Se aquele barulho de enxame de abelhas assassinas já incomoda no jogo de futebol pela televisão, imagina em um show de música? O festival acontecerá entre os dias 09 e 11 de julho. Muse e Eminem são algumas das atrações.

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Como ainda não lançou nada inédito nesse ano, Bruce Springsteen promete um presente de Natal para os seu fãs. Trata-se da edição comemorativa dos 30 anos (na verdade, 32 agora) do clássico "Darkness on the edge of town". Prometida para o ano passado, a edição atrasou porque Springsteen estava procurando coisas inéditas gravadas no período, segundo o guitarrista da E Street Band, Steven Van Zandt. "Encontramos mais dez outtakes além dos que estão no box 'Tracks'", disse o guitarrista a Rolling Stone. Ele ainda afirmou que Springsteen e a banda vão fazer alguns overdubs em estúdio. Fico na torcida para que o tal box ainda venha com o registro de algum show da época de lançamento do álbum, assim como aconteceu na fantástica caixa comemorativa do "Born to run", em 2005.

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Quem já leu algumas poucas linhas sobre a história do Led Zeppelin sabe muito bem que Jimmy Page gostava de, hum..., como dizer?, copiar algumas coisinhas de seus colegas. Mas essas mesmas coisinhas que Page copiou (e não fizeram sucesso com os artistas, digamos, originais), acabaram estourando com o Led Zeppelin, o que nos leva à conclusão de que até para plagiar tem que ter talento. A última novidade é que o cantor folk Jake Holmes está processando Page por suposto plágio na música "Dazed & confused". Holmes gravou a música, com o mesmo nome, em 1967, enquanto o Led a registrou dois anos depois. Em 67, Holmes abriu uma apresentação do Yardbirds (banda de Page à época). Em 68, os Yardbirds começaram a tocar "I'm confused" nos shows, muito parecida com a música de Holmes. Só não se sabe o motivo pelo qual Holmes demorou 43 anos para processar Page. Mesmo que tenha ganho de causa, de acordo com a legislação norte-americana, ele só receberá royalties pelos com relação a "Dazed & confused" pelos últimos três anos. Ah, minha opinião: a causa está ganha! Veja abaixo.



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Se o Portishead demorou 11 anos para gravar o seu terceiro álbum, certamente o mesmo não acontecerá com o quarto. Geoff Barrow disse ao Guardian que o próximo álbum da banda chegará às lojas em breve. O processo de composição das canções, segundo o músico, acontecerá entre julho e agosto. Quando do lançamento de "Third" (2008), o Portishead disse que o próximo álbum seria lançado por um selo independente. Mas parece que agora a banda mudou de ideia. Segundo o jornal britânico, o novo trabalho deverá ser lançado pela gravadora Universal.

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E para vocês não falarem que eu não disse nada de Copa do Mundo hoje, vou lembrar que no dia 30 de junho de 2002, o Brasil foi campeão mundial pela última vez, naquele dois a zero em cima da seleção alemã, em Yokohama. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari (na época da Copa, não aguentava mais as pessoas me chamarem de Scolari ou de Felipão), a seleção venceu todas as sete partidas que disputou na Copa. Além de vencer, jogou bonito. Tanto que muitos consideram essa a melhor seleção brasileira desde 1970 - eu ainda acho a de 1982 melhor do que a de 2002. A escalação da final da Copa foi a seguinte: Marcos, Lúcio, Roque Júnior, Edmílson, Cafu, Gilberto Silva, Kleberson, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldo, que marcou os dois gols.



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O segundo grande esportista que faz aniversário hoje é Michael Phelps. O nadador norte-americano, que nasceu em 1985, levou oito medalahas de ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Só isso já seria o suficiente para ser considerado um dos maiores atletas de todos os tempos. Mas some-se a isso a quebra de 37 recordes mundiais, as suas outras seis medalahas de ouro (e duas de bronze) nas Olimpíadas de Atenas (2004) e as 22 medalhas de ouro em campeonatos mundiais de natação. Torço muito para que César Cielo alcance essas marcas, mas que vai ser difícil, ah, isso vai.



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Hoje dois grandes esportistas fazem aniversário. O primeiro é Mike Tyson, que nasceu no dia 30 de junho de 1966. Um dos grandes lutadores de boxe de todos os tempos, Tyson lutou 58 vezes, e ganhou 50, sendo 44 por nocaute. Eu me lembro de um dia, devia ter uns sete anos de idade, que ia ter uma luta do Tyson na madrugada de sábado para domingo (na época do Tyson, uma luta de boxe era algo que pouca gente perdia, me acredite). Meu irmão tinha guardado um chocolate para comer na hora da luta. Quando começou, ele se levantou e foi apanhar o chocolate no quarto dele. Tadinho, quando voltou, tipo 50 segundos depois, Tyson já tinha nocauteado o seu adversário, e a luta, terminado. Tem coisas que a gente não faz em uma luta do Tyson...



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Ah, agora eu vou contar uma das histórias mais bizarras que já presenciei na minha vida. Eu era muito fã do Tom Hanks (ainda sou, mas hoje bem menos), a ponto de assistir as estreias de seus filmes no primeiro horário do primeiro dia. Isso aconteceu com "Apollo 13". O filme fica uns 90 minutos meio em marcha lenta, até que nos últimos 20 minutos, você não consegue nem respirar de tanta ansiedade. Será que aquela nave vai conseguir voltar ao planeta Terra? No fundo, a gente sabe que vai, mas sempre rola aquele nervoso no filme. Pois bem, quando fui assistir "Apollo 13", devia ter uma meia dúzia de gatos pingados no cinema. Quando o filme estava pegando fogo no final, uma criança com os seus cinco anos, na mesma fileira que eu, fala para a mãe: "Quero mijar". A mãe responde: "Ah, agora não. Faz aí se você quiser". Trinta segundos depois, quando vejo, meu sapato está em cima de um rio de xixi, que escorria exatamente na minha direção. A mãe ainda completou: "Nossa, você fez mesmo!". Bom, essa história é só para lembrar que hoje faz 15 anos da estreia de "Apollo 13".



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Quem foi criança na década de 80 não se esquece do "Cassino do Chacrinha". Ainda mais quem gostava de música. Em tempos sem internet, o programa do Chacrinha era uma boa pedida para a gente ficar um pouco por dentro do que acontecia na música brasileira. Tanto que ele foi, de certa forma, muito responsável pelo estouro do rock brasileiro na década de 80, seja com apresentações no seu programa ou na controvertida "Caravana do Chacrinha". Mas, enfim, hoje eu lembro aqui do Velho Guerreiro José Abelardo Barbosa de Medeiros, porque há 22 anos ele partia lá para o andar de cima. Eu me lembro bem do dia em que ele morreu. Eu senti um vazio muito grande. E esse vazio ficou ainda maior quando não tinha mais nada de interessante na televisão nas tardes de sábado. E hoje então, as coisas estão bem piores nas tardes de sábado...



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Alô, fãs do Queen, esse disco logo aí acima faz 30 anos hoje. "The game" chegou às lojas no dia 30 de junho de 1980, e contém alguns dos maiores clássicos da banda inglesa, como "Another one bites the dust" e "Crazy little thing called love". Duas das grandes baladas do Queen também estão nesse álbum: "Play the game" e "Save me". Muitos fãs do Queen dizem que "The game" foi o último grande álbum da banda. Discordo. "The works" (1984) e "A kind of magic" (1986), apesar de serem essencialmente pop, trazem boas músicas como "I want to break free" e "Who wants to live forever". E isso sem contar com o canto do cisne "Innuendo" (1991), uma verdadeira obra-prima. "The game" já está rolando aqui a todo volume. E acho que depois vou partir para o "Innuendo".

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Ontem, falei aqui dos 45 anos do Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana. E, hoje, é dia de outro grande guitarrista do Rock Brasil soprar velinhas. Cinquenta velinhas, na verdade. Tony Bellotto nasceu no dia 30 de junho de 1960, em São Paulo, e é guitarrista dos Titãs desde a sua fundação, no início dos anos 80. Além de bom guitarrista, Bellotto é escritor, e já lançou três romances: "Bellini e a esfinge" (1995), "Bellini e o demônio" (1997) e "Bellini e os espíritos" (2005). Ah, e eu também posso garantir que ele é muito gente boa. Valeu, Bellotto!



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Ih, pessoal! Boa tarde. Nossa, hoje acabei perdendo a hora mesmo. E ainda tive uns problemas para resolver... Acho que foi uma espécie de ressaca porque hoje não tem jogo da Copa. É bom mesmo que tenha esse intervalo, porque acho que a coisa vai pegar fogo a partir de sexta-feira. E prefiro também não fazer apostas. Mas, bom, vamos ao que interessa. E, olha que curioso: hoje, dia 30 de junho, é o Dia do Caminhoneiro. Tal profissão, há muito, deixou de ser "romântica". Hoje, os caminhoneiros estão organizados em fortes sindicatos, e também não podem dar tanto mole por conta do aumento da violência e das estradas cada dia piores. Mas eu acho que deve ser algo fascinante viajar Brasil afora com um caminhão, por dias e dias. Então, vai aqui a minha homenagem a todos os caminhoneiros:

29 de jun. de 2010

Caymmi, Dado, Júnior, Brasil & Argentina, Slipknot, Of Montreal, Harry Potter, Slash, Prince, Hagar, Bon Jovi, Guitar Hero, Frampton, Interpol, Lennon

SÓ LENNON: O site da Rolling Stone norte-americana informa que um grande lançamento está previsto para comemorar os 70 anos que John Lennon faria no dia 09 de outubro. Com a supervisão de Yoko Ono, o projeto chegará às lojas no dia 04 de outubro em vários formatos. Todos os oito discos gravados pelo ex-Beatle foram remasterizados e estarão disponíveis em edições avulsas. Quem não quiser os originais, poderá optar pela coletânea simples "Power to the people: The hits", com 15 sucessos, ou então pelo box "Gimme some truth", com quatro CDs. Mas o melhor mesmo do projeto é a caixa "John Lennon signature box", que contém 11 CDs, incluindo os oito originais ("John Lennon/Plastic Ono Band", "Imagine", "Some time in New York City", "Mind games", "Walls and bridges", "Rock n' roll", "Double fantasy" e "Milk and honey"), além de uma nova mixagem de "Double fantasy", "Stripped down", e raridades.

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Com lançamento previsto para o dia 07 de setembro, o novo álbum do Interpol (que leva o mesmo nome da banda) teve a sua capa (acima) e a relação de faixas divulgadas. Os nomes das músicas de "Interpol" são esses aqui: "Success", "Memory serves", "Summer well", " Lights", "Barricade", "Always malaise (The man I am)", "Safe without", "Try it on", "All of the ways" e "The undoing".

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Foi anunciado hoje que Peter Frampton fará cinco apresentações no Brasil agora em setembro. Os shows serão em Brasília (dia 09, Centro de Convenções), Rio de Janeiro (11, HSBC Arena), Porto Alegre (14, Pepsi On Stage), São Paulo (17, Via Funchal) e Belo Horizonte (18, Chevrolet Hall). Não foram anuciados os preços dos ingressos.

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Saiu a lista completa de músicas que farão parte do "Guitar Hero: Warriors Of Rock". Veja se você se anima a pegar a guitarrinha de plástico...
AFI – 'Dancing Through Sunday'
Anthrax – 'Indians'
Avenged Sevenfold – 'Bat Country'
Black Sabbath – 'Children Of The Grave'
Buzzcocks – 'What Do I Get?'
Children Of Bodom – 'If You Want Peace… Prepare For War'
The Cure – 'Fascination Street'
Def Leppard – 'Pour Some Sugar On Me (Live)'
Dethklok – 'Bloodlines'
Dire Straits – 'Money For Nothing'
DragonForce – 'Fury Of The Storm'
Drowning Pool – 'Bodies'
Fall Out Boy – 'Dance, Dance'
Foo Fighters – 'No Way Back'
Foreigner – 'Feels Like The First Time'
The Hives – 'Tick Tick Boom'
Jane's Addiction – 'Been Caught Stealing'
Jethro Tull – 'Aqualung'
KISS – 'Love Gun'
Linkin Park – 'Bleed It Out'
Megadeth – 'Sudden Death'
Metallica & Ozzy Osbourne – 'Paranoid (Live)'
Muse – 'Uprising'
My Chemical Romance – 'I'm Not Okay (I Promise)'
Night Ranger – '(You Can Still) Rock In America'
Nine Inch Nails – 'Wish'
The Offspring – 'Self Esteem'
Queen – 'Bohemian Rhapsody'
Rammstein – 'Waidmanns Heil'
The Rolling Stones – 'Stray Cat Blues'
Silversun Pickups – 'There's No Secrets This Year'
Slayer – 'Chemical Warfare'
Slipknot – 'Psychosocial'
Stone Temple Pilots – 'Interstate Love Song'
ZZ Top – 'Sharp Dressed Man (Live)'

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Não sei se é verdade, mas o jornal chileno La Tercera diz que o Bon Jovi vem tocar na América do Sul no mês de outubro. Segundo o jornal, o show de Bon Jovi no Chile seria no dia 01º de outubro, na festa de reabertura do Estádio Nacional.

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Na onda das autobiografias, agora é a vez de Sammy Hagar anunciar que está escrevendo a sua. Se tudo der certo, ele diz que lança no ano que vem. Segundo o cantor, o livro englobará toda a sua carreira, do Montrose ao Chickenfoot, passando, claro, pelo Van Halen e pela sua carreira solo. "Estou escrevendo esse livro durante toda a minha vida. Está na hora de colocfá-lo entre duas capas", disse Hagar ao Blabbermout.

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Pela segunda vez, Prince recorre aos jornais para distribuir o seu novo álbum. "20Ten" chegará às lojas, ops..., bancas inglesas, no dia 10 de julho, juntamente como o Daily Mirror. Em 2007, Prince recorreu ao Mail on Sunday para distribuir o CD "Planet Earth". Um porta-voz do cantor disse que o novo trabalho de Prince é uma "obra-prima". Eis as faixas de "20Ten": "Compassion", "Endlessly beginning", "Future soul song", "Sticky like glue", "Lavaux", "Act of God", "Walk in sand", "Sea of everything", "Everybody loves me" e uma 'untitled bonus track'.

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O guitarrista Slash vai lançar uma edição limitadíssima de um álbum ao vivo gravado em Manchester (capa acima). Serão apenas 1.200 cópias com o registro da apresentação que acontecerá no dia 03 de julho, na cidade inglesa. O preço será 20 libras (cerca de 54 reais), e o CD estará à venda no site oficial de Slash. Não há mais informações do CD, mas é bom o fã ficar atento.

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Já viram o trailer de "Harry Potter e as relíquias da morte"? O que acharam, hein? Aqui no Brasil, o filme estreia no dia 19 de novembro.



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A banda Of Montreal anunciou hoje detalhes de seu próximo álbum. O título será "False priest" e a previsão de lançamento é para o dia 14 de setembro. Produzido por Jon Brion (que trabalhou com Fiona Apple e Kanye West), o sucessor de "Skeletal lamping" (2008) conta com as participações especiais de Solange Knowles e Janelle Monáe. O primeiro single do álbum, "Coquet coquette", pode ser baixado gratuitamente no site oficial da banda, e também pode ser ouvido logo abaixo. A relação de faixas de "False priest" é a seguinte: "I feel ya' strutter", "Our riotous defects", "Coquet coquette", "Godly intersex", "Enemy Gene", "Hydra fancies", "Like a tourist", "Sex karma", "Girl named Hello", "Famine affair", "Casualty of you", "Around the way" e "You do mutilate?".



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Com a morte do baixista Paul Gray, o guitarrista Jim Root, em entrevista ao site do festival Sonisphere, disse que não sabe qual será o futuro do Slipknot. Root disse que ele e o vocalista Corey Taylor pretendem encarar a estrada pelos próximos dois anos, com o projeto paralelo de ambos, o Stone Sour. Após, eles decidirão junto com os outros membros se o Slipknot vai continuar. "Será um processo longo de cicatrização, que deverá acontecer antes de a gente pensar se o Slipknot vai continuar", disse Jim Root. O novo álbum do Stone Sour, "Audio secrecy", será lançado, no Reino Unido, no dia 06 de setembro.

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"Yellow submarine" em 3D?? Essa eu quero ver...

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E também no dia 29 de junho, só que em 1986, a Argentina sagrou-se bicampeã mundial de futebol. Vou dizer que essa foi a primeira final de Copa que vi na minha vida. Tinha seis anos, e me lembro que fui ver em um restaurante, que nem existe mais. Estava torcendo fervorosamente para a Alemanha, porque era fã do Rummenigge (um dos meus principais botões). Mas, analisando hoje, não tinha como o Maradona não ser campeão mundial. Ia ser uma grande injustiça...com a Copa do Mundo. Ela merece Maradona. E, na verdade, merecia todo aquele time da Argentina: Pumpido, Cuciuffo, Orlaticoechea, Ruggeri, Brown, Giusti, Batista, Maradona, Burruchaga, Enrique e Valdano. O técnico era Carlos Bilardo.



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Bom, agora vou falar de Copa do Mundo - que nem acabou, mas já estou com saudades. Hoje, dia 29 de junho, comemoramos o aniversário de dois títulos muito importantes. O primeiro é o do Brasil, em 1958. Na Copa da Suécia, o Brasil foi campeão mundial pela primeira vez. Na final, a nossa seleção bateu os donos da casa em um jogaço que terminou cinco a dois, com direito a um golaço de Pelé (aquele que ele dá um chapéu no zagueiro e chuta de primeira para o gol), que é considerado pela FIFA o segundo mais bonito da história das Copas - só perde para o de Maradona, em 1986, contra a Inglaterra. E só para dar água na boca, anota aí a escalação do Brasil no dia da final: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Pelé, Vavá e Zagallo. O técnico era Vicente Feola, que ficou famoso por dormir no banco de reservas, durante os jogos do Brasil.



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Leovegildo Lins da Gama Júnior. O nome não é muito, hum..., comum. Mas a torcida do Flamengo conhece muito bem. Mas o melhor mesmo é chamá-lo de Júnior, o nosso maestro. Até hoje, Júnior foi o jogador de futebol que mais vezes vestiu a camisa rubro-negra. E a sua lita de títulos no Mengão é respeitável: campeão mundial Interclubes (1981), Libertadores da América (também em 1981), Brasileiro (1980, 1982, 1983 e 1992), Copa do Brasil (1990), entre outros. Desses títulos, tive a chance de ver, ao vivo, as duas finais do Brasileirão, contra o Botafogo, em 1992, no Maracanã. E que show o maestro deu. Golaço de falta, drible histórico em cima de Renato Gaúcho, passes milimétricos... Para mim, ao lado de Zico e de Leandro, Júnior foi o cara que mais honrou o manto sagrado rubro-negro. E hoje, como comentarista da Rede Globo (aliás, ele é um dos poucos motivos para ver algum jogo da Copa na Globo), ele completa 56 anos. Parabéns.



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Um dos caras que mais deu força à geração 80 do Rock Brasil foi o Serginho Groisman. E hoje também, uma das grandes figuras do BRock completa 45 anos. Dado Villa-Lobos compôs, ao lado de Renato Russo e de Marcelo Bonfá, alguns dos principais hinos do nosso rock. Guitarrista da banda brasileira de maior sucesso dos anos 80, Dado anda meio sumidão. No ano passado, tive a oportunidade de assistir a um show dele no Canecão, todo instrumental. E foi excelente, especialmente a sua ótima versão para "Soldados". Tomara que ele apareça mais, de vez em quando.



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Olha, se tem um cara que eu acompanho, esteja onde estiver, esse cara é o Serginho Groisman. Desde os tempos do "Matéria prima", lá por 1988, 1989, eu admiro esse jornalista que sempre deu espaço ao melhor da música na televisão. Até mesmo na Globo, que sempre vai preferir o que dá audiência, Serginho arruma um jeito de encaixar coisa boa no seu ótimo programa, "Altas horas", que, infelizmente, passa no pior dia e no pior horário possíveis. Antes de ir para a Globo, Serginho Groisman comandava o "Programa livre", toda tarde, no SBT. Você não imagina o quanto era bom ligar a TV por volta de 17h e esbarrar com um Milton Nascimento, com uma Legião Urbana ou com um Caetano Veloso, assim, de bobeira. Por isso que hoje, não poderia me esquecer de homenagear essa grande pessoa pelos seus 60 anos.

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"Minha jangada vai sair pro mar..." Ô peixe bom! Bom, você deve estar perguntando porque comecei o post com o vídeo abaixo, que mostra um encontro fantástico das famílias Caymmi e Jobim. É o seguinte: hoje, dia 29 de junho, é dia de São Pedro, exatamente o padroeiro dos pescadores. Por isso, 29 de junho também é o Dia dos Pescadores. E me diga uma coisa: quem melhor cantou a vida do pescador? Dorival Caymmi, claro. E um detalhe curioso: Dorival não sabia nadar. Acredite se quiser.

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28 de jun. de 2010

Raul Seixas, Otto, Barthez, Wonder & Jackson, Muse & U2, Lady Gaga, Kanye West, Gorillaz + Lou Reed

MAIS GLASTONBURY: Finalmente achei um vídeo decente (muito decente, aliás) do encontro do Lou Reed com o Gorillaz, no festival de Glastonbury, na sexta passada. A canção é "Some kind of nature", a mesma que eles mandam juntos no CD.



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A quem interessar possa, Kanye West anunciou que o seu novo álbum, "Good ass job", chegará às lojas no dia 14 de setembro. Esse será o quinto álbum de sua carreira, e o primeiro desde "808s & hearthaches", que saiu em 2008. O primeiro single do álbum, "Power" já vazou na internet no mês passado. A música sugere que West está "retornando" ao rap, e deixando de lado o pop de seu último disco, o que, aliás, desagradou os fãs mais puristas.

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Já ouviram a música inédita que a Lady Gaga apresentou no "White Tie and Tiara Ball" organizado por Elton John, na semana passada? O nome da canção é "You and I" e está logo abaixo.



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FATURANDO: Adivinha por quanto foi vendida a luvinha acima, usada por Michael Jackson, em um leilão em Las Vegas nesse último fim de semana? Pela bagatela de 190 mil dólares, ou seja, 338 mil reais. Os organizadores disseram que a expectativa foi tão grande, que os valores dos itens leiloados foram dez vezes maiores do que o esperado. No total, o leilão rendeu cerca de um milhão de dólares, ou 1,7 mi de reais. Tá bom?

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AINDA GLASTONBURY: Já que o U2 teve que cancelar a sua apresentação em Glastonbury por causa do acidente com Bono, o guitarrista The Edge não perdeu a oportunidade de sentir o clima do festival. Resultado: subiu ao palco durante o show do Muse em uma versão de "Where the streets have no name".



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Arrepiante a homenagem de Stevie Wonder a Michael Jackson ontem em Glastonbury...



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Muitos filmes clássicos foram produzidos na década de 80. Aliás, para quem cresceu nos anos 80, qualquer porcaria podia ser chamada de clássico. Mas esse não é o caso de "O primeiro dia do resto de nossas vidas", filme que estreou no dia 28 de junho de 1985. O filme conta a história de um grupo de universitários recém-formados, que não querem perder o contato depois de formados. Mas a vida acaba sendo bem mais dura do que eles imaginam. Dirigido por Joel Schumacher, o elenco do filme conta com Rob Lowe, Emilio Estevez e Demmi Moore. Clássico de verdade.



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Olha, agora vou falar um pouco de futebol. Tem uns goleiros por aí que são muito bons. A lista é imensa: Taffarel, Schumacher, Preud'Homme, Júlio César, Casillas, Maier, Banks... Mas existem outros que nem agarram tanto, mas têm carisma. E, por isso, acabam fazendo tanto (ou mais sucesso) do que esses que eu citei acima. E, nessa lista, o primeiro nome que me vem à cabeça é o de Fabien Barthez, o goleiro francês campeão do mundo em 1998, e vice em 2006. Bom, eu me lembro que ele fazia umas presepadas, mas no fim sempre se safava. E acho que ainda dava sorte para a seleção francesa, algo que, aliás, faltou muito agora em 2010. Barthez nasceu no dia 28 de junho de 1971. Talvez já esteja um pouco velho para jogar uma Copa. Mas, do jeito que tem carisma, não duvido nada que, um dia, ele apareça no banco de reservas, como técnico da França.



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Ah, mas não é só o Raul de gente boa que está fazendo aniversário hoje não. Sabe quem também sopra velinhas hoje? Hein? Otto faz 42 anos. Ele começou a sua carreira na Nação Zumbi e no Mundo Livre S/A, e foi um dos expoentes daquilo que veio a ser chamado de mangue beat, no início dos anos 90. No Mundo Livre S/A, gravou os álbuns "Samba esquema noise" (1994) e "Guentando a ôia" (1996). A partir de 1998, passou a gravar discos solo. Começou com "Samba pra burro", mas o seu grande álbum veio no ano passado. "Certa manhã acordei de sonhos intranquilos" traz um Otto triste, mas maduro.



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Bom, então, vamos começar logo, porque com esse jogo do Brasil, o dia será curto. Sabe o que tem de legal nesse 28 de junho? Bom, pra começar, vamos celebrar os 65 anos do nascimento de Raul Seixas. Bom, Raul foi um dos meus primeiros contatos com a música, por conta do "Plunct, Plact, Zuuum", aquele especial infantil no qual interpretava o tal "Carimbador maluco". Mas eu comecei a ouvir mesmo Raul, por volta de 1991. Tinha uma fita K7 aqui com "sucessos da Jovem Guarda". E não sei por qual motivo, tinha a música "Al Capone" no meio. Comprei a coletânea do Raul, em vinil, daquela velha coleção "Personalidade". Aí, foi só correr para o abraço, com "Eu nasci há dez mil anos atrás", "Mosca na sopa", "Metamorfose ambulante", "Sociedade alternativa", "Tente outra vez", "Gita"... Mas a música do Raul que mais me marcou, eu conheci alguns anos depois. Foi na época da faculdade de Direito. E vocês não podem imaginar quantas vezes essa música foi tocada nas rodinhas de violão dos churrascos, dos Jogos Jurídicos, das festas... É essa aqui ó...



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Opa! Boa tarde, pessoal. Como está essa força, hein? Esse solzão, hein? Nem parece segunda. Daqui a pouco tem jogo do Brasil. E eu acho que a Copa do Mundo engrenou mesmo. Muito bacana o Inglaterra x Alemanha de ontem. A história de 1966 (quase) se repetiu. Nem quero imaginar o que vai acontecer em Argentina x Alemanha agora nas quartas. Tem tudo para ser o jogo dessa Copa.

27 de jun. de 2010

Resenhando: U2, The Cure, “O Bem Amado”, Dire Straits, Paul Weller

“360º at the Rose Bowl” – U2
Se o U2 está perdendo milhões e milhões com o cancelamento da perna norte-americana da turnê “360º”, um pouco do prejuízo – tanto por parte dos fãs como por parte da banda – pode ser compensado com o DVD/BD “U2 360º at the Rose Bowl”. O vídeo traz o registro completo do show que aconteceu em outubro do ano passado no estádio em Pasadena. O que impressiona mesmo é o tamanho do palco. Certamente ninguém nunca fará algo parecido. Já o repertório é aquele que o U2 apresenta em seus shows turnê atrás de turnê, ou seja, muitos sucessos (“Beautiful Day”, “Vertigo”, “Sunday bloody Sunday”, “One”, “Where the streets have no name”) e canções do mediano último álbum (“No line on the horizon”, “Magnificent” e “Moment of surrender”). Não tem como o fã reclamar. A edição do vídeo, em alguns momentos, peca um pouco por seus excessos. Não precisava de tanto. O palco e a iluminação já dariam conta do recado. O áudio é a verdadeira bola fora. Pelo menos no blu-ray, o som fica estourando nas frequências mais graves. Uma falha realmente grave no primeiro BD do U2. Tanto o BD quanto o DVD duplo apresentam mais umas duas horas de extras (além das mais de duas horas de show), incluindo a primeira música do show (“Breathe”), inexplicavelmente cortada da edição final, um documentário razoável sobre a criação da turnê, bem como videoclipes das músicas novas e os respectivos making ofs. Apesar dos deslizes e das repetições no repertório, “U2 360º at the Rose Bowl” é diversão garantida.

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“Disintegration” – The Cure
Outro dia me perguntaram quais eram os meus cinco álbuns prediletos. Eu respondi: “os cinco eu tenho que pensar, mas tenho certeza que ‘Disintegration’, do The Cure, está entre eles.” Na tristeza ou na alegria, não abro mão dessa obra-prima que Robert Smith e companhia lançaram em 1989, e que tem em “Plainsong” uma das melhores aberturas de um disco de rock em todos os tempos. E a edição de luxo que saiu agora lá fora está a altura do álbum. Para comemorar (atrasado) os 20 anos de “Disintegration”, o Cure colocou nas lojas uma edição tripla para fã nenhum reclamar. O primeiro CD traz o álbum original remasterizado. O som ganhou mais corpo e ficou melhor. Já o CD 2 traz sobras de estúdio do álbum, como versões instrumentais das faixas do CD original (gravadas na casa de Robert Smith ou no estúdio) e a voz-guia de Smith em músicas como “Plainsong” e “Lullaby”. Além de novas versões para faixas que estão no álbum, este CD ainda traz raridades que não entraram no disco, como “Fear of ghosts” e “Delirious night”. O terceiro disco do pacote foi o que mais gostei. Trata-se de uma apresentação ao vivo na Wembley Arena, em 1989, com a íntegra do álbum. Não é melhor do que o de estúdio (e empata pau a pau com a apresentação em Berlim, presente no DVD/BD “Trilogy”), mas é ótimo para ver como eles transpuseram o álbum para o palco na época do lançamento. Essa edição de luxo de “Disintegration” certamente não sairá no Brasil. Por isso, os fãs devem guardar algum para encomendar a edição importada. Vale a pena.

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“O Bem Amado” – Vários
Metade dos filmes brasileiros (pelo menos os que não se repetem na mesmice drogas / polícia) deve ter música interpretada por Caetano Veloso em sua trilha sonora. Essa parece ser a regra. E em “O Bem Amado”, a situação não é diferente. O filme estrelado por Marco Nanini ganhou um CD com dez faixas incluindo “Esta Terra”, composta por José Almino e Caetano Veloso, e cantada pelo segundo. A faixa é interessante, e não esbarra no populacho de “Você não me ensinou a te esquecer”. Zélia Duncan também engrossa o caldo da trilha, com “A vida é ruim”, composta por Caetano. A canção (de estética propositadamente brega) ficou um pouco over com o excesso de cordas. Já Zé Ramalho tenta atualizar “Carcará” com aquele seu jeitão típico, e acaba não acrescentando nada à música de João do Valle e José Cândido. Mallu Magalhães deixa “Nossa canção” (Luiz Ayrão) agradável, cheia de ukuleles, violões havaianos e escaletas. Mas a grande sacada de “O Bem Amado” acaba sendo “A bandeira do meu partido”, composta e interpretada por um debochado Jorge Mautner. As vinhetas “Jingle de Odorico” (com Thalma de Freitas, Nina Becker e Cecília Spyer) e “Boogie sem nome” (com Leo Jaime, Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Leandro Verdeal) devem cair bem dentro do filme, mas, no CD acabam perdendo o propósito. Melhor ficar com “O Bem Amado” original, com canções compostas por Toquinho e Vinicius de Moraes, e arranjos de Rogério Duprat. Esse sim é obrigatório.

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“Alchemy” – Dire Straits
Na hora de citar aqueles discos clássicos ao vivo da história do rock, “Alchemy”, do Dire Straits, constantemente aparece nas listas. Não é para menos. Eu mesmo, na época, em que nem sabia o que era rock, já tinha o K7 duplo. Gravado em 1983 (e lançado no ano seguinte), “Alchemy” traz uma apresentação da banda britânica no Hammersmith Odeon, em Londres. Na época, Mark Knopfler e seus colegas estavam divulgando o álbum “Love over gold”. A banda já tinha quatro discos na bagagem, e acumulava sucessos como “Sultans of swing”, “Tunnel of love”, “Romeo and Juliet” e “Private investigations”. Todas essas canções estão presentes, em versões longas e turbinadíssimas, nesse “Alchemy”, que, agora, ganha a sua primeira versão em DVD e em BD. O som estronda nos alto-falantes, e a imagem também foi restaurada. Lógico que não dá para esperar aquela imagem cristalina no BD, mas posso garantir que está bem melhor do que no velho VHS ou LD. Além do show completo, o vídeo traz um documentário produzido pela BBC, quando do lançamento do segundo álbum da banda (“Communiqué”, de 1979), além de versões alternativas de “Sultans of swing” e “Tunnel of Love”, gravadas no The Old Grey Whistle Test. A única coisa que não deu para entender foi a omissão de “Love over gold”, já que a gravação da música nesse mesmo show no Hammersmith Odeon existe em outros DVDs da banda.

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“Wake up the nation” – Paul Weller
Sempre que sai um novo álbum do Paul Weller, aquelas revistas britânicas saem correndo para decretar que é o melhor álbum solo do ex-líder do The Jam. Mas, dessa vez, eu tive que concordar. “Wake up the nation”, na minha opinião, é mesmo o melhor álbum de Paul Weller. Talvez até melhor do que os gravados com o The Jam. Diferentemente do gordurosíssimo (e bastante elogiado pelos britânicos, à época do lançamento) “22 dreams”, em “Wake up the nation”, Weller apresenta 16 canções coesas, curtas e secas. O início, com “Moonshine” já dá uma boa amostra que o cantor e compositor está em grande forma. Em “Fast car / Slow traffic”, Paul Weller tem um de seus grandes momentos, para qualquer fã do The Jam delirar. Ainda mais quando tomar conhecimento que Bruce Foxton (ex-The Jam) toca baixo nessa faixa. Outras músicas que merecem destaque são as lentas “No tears to cry” e “Andromeda”, bem como a épica “Find the torch, burn the plans”, e a instrumental viajante “Whatever next”. “Wake up the nation” nos deixa com mais vontade de assistir um show de Paul Weller, depois do cancelamento de sua apresentação no Tim Festival de 2008. Quem sabe agora, já que temos tantos festivais em São Paulo no final do ano...

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Logo abaixo, a faixa “Fast car / Slow traffic”, do álbum “Wake up the nation”, do Paul Weller.

26 de jun. de 2010

Gil, Mick Jones, Sonic Youth, O'Donnell, Maldini, Dias de Trovão, Entwistle, Lauryn Hill, Springsteen, Ozzy, Radiohead

Essa é muito boa... Música + quadrinhos!

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Agora eu achei um vídeo rapidinho da apresentação surpresa de Thom Yorke em Glastonbury. Dá pra ter uma ideia do que foi...



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UMA MÚSICA PRO FIM DE SEMANA: "Badlands", do Bruce Springsteen.



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LIVRO DA SEMANA: Essa semana não teve livro. Esse aqui que vos escreve esteve muito ocupado com esse blog e com a Copa do Mundo. Só deu tempo mesmo de ler os cadernos de esporte dos jornais...

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Lauryn Hill confirmou hoje que fará quatro shows no Brasil em setembro. Ela vai se apresentar em Florianópolis (dia 03/09, Stage Music Park), Rio de Janeiro (dia 06, Cibank Hall), São Paulo (dia 07, Credicard Hall) e Brasília (dia 12, Prainha da ASBAC). A pré-venda para clientes Credicard começa no dia 12/07, e a venda normal, no dia 19. Lauryn Hill já esteve no Brasil em 2007.

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E para fechar as efemérides desse fim de semana, lembro que amanhã faz oito anos que John Entwistle, super-baixista do The Who passou dessa pra melhor. Acho que já escrevi isso aqui, mas vou repetir... O The Who é uma das minhas bandas de rock prediletas, mas, tipo, não é A predileta. Mas uma coisa eu tenho que reconhecer: nunca existiu, na história do rock, uma cozinha tão poderosa quanto a do The Who. O maior baixista (John Entwistle) e o maior baterista (Keith Moon) de rock faziam parte da banda. Não precisa dizer mais nada, né? Ah, precisa sim, que o The Who ainda tem o guitarrista Pete Townshend e o vocalista Roger Daltrey...



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Voltando ao cinema, amanhã, dia 27 de junho de 2010, fará 20 anos que um filme que marcou a minha infância estreou. Dirigido por Tony Scott, e estrelado por Tom Cruise, Nicole Kidman e Robert Duvall, "Dias de trovão" conta a história de um montador de carros que decide apostar em um piloto jovem no campeonato de stock car. Mas acontece que aí, existe um adversário que faz uso de manobras, uhm..., não muito corretas. E o início desse filme, para mim, é genial. Não me esqueço do dia em que vi pela primeira vez no cinema. Por sorte, achei esse início no YouTube, com legenda. Divirta-se!



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E por falar em fiasco na Copa, eu não sei qual foi o maior, se o da Itália ou o da França. Enfim, no meio dessa crise da seleção francesa, amanhã, ela certamente nem vai se lembrar dos 26 anos da conquista da Eurocopa. A edição de 1984 aconteceu na própria França, e a seleção anfitriã ganhou a final contra a Espanha por dois a zero, gols de Platini (um frango histórico do glorioso Arconada) e Bellone. A seleção francesa em 1984 contava com gente como Bats, Battiston, Bossis, Tigana, Fernández, Platini, Giresse, Amoros, entre outros. Que falta que eles fazem, não? Pelo menos para os franceses...



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Do cinema para o futebol. Olha, se tem alguém que a seleção italiana deve ter sentido falta, depois do papelão nessa Copa, esse alguém é Paolo Maldini, que jogou quatro Copas do Mundo (1990, 94, 98 e 2002). Infelizmente, não levantou ganhou nenhuma Copa (azar da Copa, aliás), mas colecionou títulos no único clube que defendeu, o Milan (apesar de torcer pela Juventus na infância). No Milan, foi sete vezes campeão italiano, faturou cinco vezes a Supercopa Italiana, a Supercopa Europeia e a Liga dos Campeões da UEFA - cinco vezes cada um! Ganhou ainda o Mundial Interclubes em 1989 e 1990, além da Copa da Itália (2003) e o Mundial de Clubes da FIFA, em 2007. Campeão mesmo. E Maldini completa 42 anos hoje.



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E agora vou falar um pouco sobre cinema. E sabe quem faz 40 anos hoje? O ator Chris O'Donnell. Olha, acho que o primeiro filme que assisti com ele (e nem sabia de sua existência) foi o genial "Tomates verdes fritos". Depois, ele ainda foi indicado ao Globo de Ouro pelo genial "Perfume de mulher", em 1992. No ano seguinte, foi a vez do Framboesa de Ouro homenageá-lo por conta do filme "Os três mosqueteiros". Depois desses filmes, me lembro de Chris O'Donnell em alguns filmes do Batman e numa porcaria chamada "Limite vertical".



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Vou te dizer que parece que foi ontem que comprei esse vinil aí acima. Mas, veja só, hoje faz 20 anos que "Goo", para mim, o grande álbul do Sonic Youth, foi lançado. Esse foi o primeiro trabalho lançado pela banda através do selo Geffen, ou seja, houve (para o bem ou para o mal) uma guinada do Sonic Youth em direção a um som um pouco mais comercial. Mas a banda não deixou de lado a sua marca, como fica comprovado em faixas como "Dirty boots", "Mary-Christ", "Kool thing", "My friend Goo" e "Disappearer". Estou escutando agora. Essencial!

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Fãs do The Clash atenção! Eu disse que ontem mesmo estava vendo o BD novo do Bruce Springsteen, "London calling". E não é que a primeira música é exatamente uma versão raivosa de "London calling"? Pois bem, hoje, Mick Jones completa 55 anos de idade. Depois de fazer história no Clash, Jones formou a banda Big Audio Dynamite, ao lado de Don Letts. Atualmente, Jones está no Carbon Silicon.



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Mas vamos que vamos, porque tenho muita coisa bacana pra falar sobre esse fim de semana. Pra começar, gostaria de lembrar que hoje, dia 26 de junho, é o aniversário do Gilberto Gil (68 anos). Poxa, acho que poderia escrever um livro sobre toda a minha experiência com a música de Gil... Discos prediletos? Uns dez, pelo menos... Do primeirão até o último "Fé na festa", no qual Gil mostra que está em plena forma. Eu tenho uma historinha legal com o Gilberto Gil... Naquela turnê que ele estava fazendo com o Milton Nascimento, fui visitar o Bituca no camarim depois do show. Só que o camarim estava vazio, e Gil veio me receber (?!?). Olha, poucas vezes fui tão bem tratado quanto naquele dia. Uma simpatia, uma delicadeza... Depois de autografar o meu CD com um pilot, ele ficou soprando a capa e disse: "isso é para secar logo e você não sujar a mão".



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Bom dia, ops, boa tarde, pessoal! Olha, confesso que ontem não foi fácil. Eu comecei a beber uma cervejinha, duas, três, quatro... Estava na ótima companhia do novo BD do Bruce Springsteen, "London calling", e, quando fui ver, já estava quase de manhã. Resultado: dormi que nem um anjo bêbado, e nem vi o jogo do Uruguai hoje. E nem vou poder ver o dos Estados Unidos. Paciência...

25 de jun. de 2010

Michael Jackson, Farrah, Simonal, JC Martins, Carly Simon, George Michael, Barriga, National, Courtney, Neil Young, Radiohead, Dead Weather, O Rappa

Vou sortear um DVD novo do Rappa, "Ao vivo", que saiu nessa semana. Para concorrer, bastar dizer porque você quer ganhar o DVD, no e-mail carneiro.luizfelipem@gmail.com . Só uma resposta por pessoa, ok? Dou o resultado no próximo sábado (dia 03/07), por volta das 17h, aqui no blog, e entro em contato com o ganhador por e-mail. Nem adianta ficar me perguntando pelo twitter, porque não tenho tempo de responder um a um.

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Lindíssimo o videoclipe de "Blue blood blues", do The Dead Weather, hein?



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Thom Yorke e seu colega de Radiohead, Johnny Greenwood, fizeram um show surpresa, tipo assim, de bobeira, no primeiro dia dessa edição de Glastonbury, que aconteceu hoje, na Inglaterra. O Gigwise deu que o pequeno set misturou canções do álbum solo de Yorke, "The eraser", além de algumas coisas do Radiohead, como a último música do show, "Street spirit (Fade out)". Ainda não achei vídeo nenhum na internet. Por que a gente não tem chance de ser feliz em um festival assim aqui no Brasil? Atualizando, encontrei o set-list completo: "The eraser", "Harrowdown hill", "Black swan", "Cymbal rush", "Weird fishes/Arpeggi", "Pyramid song", "Idioteque", "Karma police" e "Street spirit (Fade out)". Ainda fico devendo os vídeos.

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Se lembra daquela história que o João Gilberto estava no Facebook, que ainda teve um bando de boboca que acreditou? Pois é, quem está causando comoção com o Facebook nos Estados Unidos é Neil Young. A sua página sempre foi controlada por alguma outra pessoa, provavelmente alguém ligado à sua gravadora. Mas eis que na tarde de ontem, o próprio Neil mandou um recado para os seus fãs: "I have been thinking about adding vampire blues to my show but I would rather do it with a band. This is my first posting. Thanks for being there". Cinco horas depois, mais de seis mil pessoas já tinham "curtido" o comentário de Neil Young.

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Lady Gaga tem 9.124.095 seguidores no Facebook. Já Barack Obama está com 9.103.097 seguidores. Quem bate a marca dos dez milhões primeiro?

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Você compraria 250 cópias de um mesmo CD só para ajudar o seu ídolo? Christina Aguilera tem um fã assim.

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Axl Rose atrasa três horas os shows e não dá satisfação para os seus fãs. Courtney Love atrasou três horas um show em Boston, pediu desculpas e ainda explicou o motivo: "Fui visitar um ex-namorado em Harvard, onde ele é professor. Acabei de ser comida". A cantora retirou o que disse, minutos depois.

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O festival de Glastonbury começa hoje, e há um forte boato dando conta de que o guitarrista The Edge (U2) participará do show do Muse. O U2 teve que cancelar a sua apresentação no festival por causa do acidente com o vocalista Bono. O Gorillaz substituirá a banda nessa primeira noite.

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AINDA MICHAEL: Não teve para Beatles nem para Oasis. Michael Jackson foi o artista que mais vendeu disco no Reino Unido nos últimos 365 dias. Segundo a Official Charts Company, o cantor vendeu quatro milhões de álbuns e singles desde o dia 25 de junho de 2009, data de sua morte. O top 10 dos singles é o seguinte: 1) "Man in the mirror", 2) "Billie Jean", 3) "Thriller", 4) "Smooth criminal", 5) "Beat it", 6) "Dirty Diana", 7) "Black or white", "They don't care about us", 9) "You are not alone" e 10) "The way you make me feel".

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PARANOIA: Matt Berninger, vocalista do The National, tem uma cara meio de maluco, mas nem tanto... Mas olha só o que aconteceu: ele estava saindo de Tóquio para passar férias com a família no Hawaii. Mas a sua mala foi confiscada porque a polícia achou que tinha uma bomba dentro dela. "Eu comprei um relógio em Tóquio, no estilo 'MacGyver', um relógio com uma alarme, mas que parecia realmente com uma bomba", afirmou Berninger ao Spinner. No momento da confusão, ele estava sentado em uma cadeira especial de massagem. Até que o seu nome, além de ter sido chamado pelos alto-falantes, começou a ser piscado nos monitores do aeroporto de Honolulu. Resultado: o aeroporto foi evacuado e fechado por 45 minutos. Suspeito que nenhum outro artista tenha alcançado tamanha façanha.

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Quem é flamenguista não se esquece. E quem é tricolor carioca, muito menos. No dia 25 de junho de 1995, o Fluminense sagrou-se campeão carioca. Tudo bem, isso não diz muita coisa. Campeonato Carioca tem todo ano... Mas foi nesse dia que Renato Gaúcho fez aquele célebre gol de barriga, que deu a vitória ao Flu (3 x 2) aos 43 minutos do segundo tempo, e tirou o título que o Flamengo esperava comemorar em seu centenário. Nesse caso, o gol se tornou muito mais importante que o título.



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Olha, hoje não tenho nada para falar de Copa do Mundo. Mas tem algo parecido. No dia 25 de junho de 1988, a Holanda reeditava os seus tempos de "Laranja mecânica" de 1974, e faturava a Eurocopa. O jogo final foi contra a União Soviética, e a Holanda ganhou por dois a zero, gols de Ruud Gullit e Marco Van Basten. Se lembra deles? E esse time ainda tinha Ronald Koeman, Frank Rijkaard, Jan Wouters, Gerald Vanenburg... Ah, e o técnico era um tal de Rinus Michels. Não costumo torcer para a Holanda (apesar da linda camisa laranja), mas que está na hora de ela ganhar uma Copa do Mundo, ah, isso tá...



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Peço licença agora para falar um pouquinho de um dos meus cantores prediletos, e que faz 47 anos hoje. George Michael é um caso curioso. Tinha tudo para dar errado e ser esquecido. Surgiu nos anos 80, cantou baboseiras no Wham!, usava roupas e penteados pra lá de duvidosos, teve problemas com drogas e com a polícia, e ainda assumiu sua homossexualidade em tempos bem mais esquisitos do que hoje. No entanto, George Michael, depois do Wham!, só gravou álbuns de muito bom gosto, com canções sensacionais como "Father figure", "Freedom'90", "Spinning the wheel", "One more try", "Amazing", "Fantasy", entre outras dezenas. O seu último DVD/BD, "Live in London", foi um dos grandes lançamentos do ano passado. Pena que ele tenha anunciado a sua aposentadoria. Em um mundo infestado de futilidades descartáveis, um George Michael faz muita falta.



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Hoje também é dia de lembrar o aniversário de uma grande cantora norte-americana. Carly Simon completa 65 anos. Os seus grandes sucessos são: "That's the way I've always heard it should be", "Nobody does it better" (que foi canção-tema do filme "007 - O espião que me amava"), "Hurt", "Coming around again" e, principalmente, "You're so vain", gravada em 1972 e que, veja só, em sua versão original, contava com o backing vocal de ninguém menos que Mick Jagger.



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Também nesse dia 25 de junho, comemoramos o aniversário de um dos artistas brasileiros que mais traz orgulho ao país: João Carlos Martins. Pianista e maestro, ele é considerado um dos grandes intérpretes de Bach de todos os tempos. Um assalto violento na Bulgária fez com que ele perdesse os movimentos da mão direita. Por conta disso, teve que abandonar o piano, passando a se dedicar exclusivamente à regência. Mas, para nossa felicidade, de vez em quando, ele ainda acaricia as teclas de um piano, como no vídeo abaixo. João Carlos Martins completa 70 anos hoje. E merece aplausos de pé. (Por favor, não deixe de ver o vídeo abaixo. É o tipo de coisa que faz valer o nosso dia.)



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E no aniversário de um ano da morte de Michael Jackson, temos também os dez anos da morte de Wilson Simonal. Os dois têm muita coisa em comum. Vieram de baixo, eram negros, alcançaram uma fama sem limites e depois foram desprezados. Desprezados por motivos distintos: Michael porque se transformou em uma pessoa absolutamente estranha, e Simonal por conta de uma história até hoje não explicada. Mas, em comum, algo muito importante: o talento. Muito talento, aliás. Pode se preparar, porque, hoje, os sites de música vão falar a rodo de Michael Jackson. Tomara que abram o mesmo espaço para Simonal.



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Agora eu gostaria de tentar reparar uma injustiça. Imagina um artista que morre no mesmo dia que Michael Jackson? Pois é, foi o que aconteceu com a "pantera" Farrah Fawcett. Com a morte de Michael, Farrah ficou lá num cantinho de pé de página dos jornais. Paciência... Então, um ano depois, fica aqui a minha homenagem à gatíssima Farrah Fawcett, um dos grandes símbolos sexuais da década de 70.



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Esse texto logo abaixo eu escrevi há exatamente um ano. Pode parecer brincadeira, mas já tem um ano que Michael Jackson morreu. Acho que fiquei uns três dias seguidos sem parar de trabalhar, nem para dormir. Curioso pensar se Michael não tivesse morrido. Será que aquela temporada de shows em Londres aconteceria sem problemas? Será que ele agendaria uma turnê mundial como muito se especulava? Será que ele estaria com datas marcadas no Brasil? Pois é... Um ano depois, muitas questões permanecem. Por isso que ele faz toda essa falta que escrevi no texto abaixo.



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Eu e Michael, Michael e eu

Quando nem pensava em trabalhar com jornalismo musical, e um ídolo meu morria, eu pegava todos os CDs dele, ligava o som no máximo, abria uma caixa de cerveja e me trancava no quarto. Agora, as coisas mudaram um pouco. Michael Jackson morreu? Comece a apurar e escrever tudo o que encontrar pela frente. Se vira!
E foi mais ou menos isso o que aconteceu. Tirando a trilha sonora com "Thriller" e "Off The Wall" ao mesmo tempo em que rolava a CNN, não houve tempo para lamúrias. Mas houve tempo para que eu parasse dez minutos para pensar um pouco em Michael Jackson. A ideia era mandar "energias positivas" para um dos meus ídolos. Mas tudo o que consegui fazer foi lembrar as coisas que aconteceram em minha vida com Michael Jackson ao fundo. Por isso mesmo o (pretensioso) título desse texto! Perdoem-me.

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Nasci em 1979. "Thriller" saiu em 1982. Pois bem. Ganhei "Thriller" com três anos de idade. Eu me lembro bem do dia em que minha mãe chegou do Carrefour e disse que tinha uma surpresa para mim e para o meu irmão. Ela nos disse que deveríamos subir para a cobertura em que morávamos e que ela já ia chegar com a tal surpresa...
Esperamos uns 20 minutos e nada. "Acho que a mamãe está enrolando a gente", disse meu irmão com a sabedoria que somente os cinco anos de idade são capazes de proporcionar. Mas não estava não... Pouco tempo depois, lá estava a minha mãe com um bolachão embrulhadinho no papel do Carrefour. Abrimos e... "Thriller "! Só aquele encarte maravilhoso, que tinha uma foto linda de Michael Jackson enrolado em uma peçonhenta cobra já era o suficiente para impressionar dois moleques de 3 e 5 anos de idade.
Mas não foi somente a tal foto que nos impressionou. O disco de Jackson rodou, rodou , rodou até dizer chega. E quando vimos, eu e meu irmão já estávamos tentando dançar igual ao Michael Jackson!
Depois que descobrimos o disco, foi a vez de ficarmos viciados nos videoclipes. Confesso que morria de medo daquela risada sinistra ao final de "Thriller". E o vídeo? Nossa, ver Michael Jackson se transformar em lobisomem resultou em algumas noites de pesadelo. Mas tudo bem... Faz parte...

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Voltei a ouvir Michael Jackson com mais carinho em 1987. Nesse ano, ele lançou "Bad". E eu mesmo comprei o disco. Dessa vez foi no Freeway! "Bad" não se compara a "Thriller", mas provavelmente gastei mais horas com esse disco. Havia uma música que não conseguia parar de ouvir. Não entendia o inglês, mas a melodia me cativava. "Man In The Mirror" é a minha música predileta de Michael Jackson até hoje. A canção nem é das melhores do repertório de Michael Jackson, mas é aquela velha história: "o coração tem razões que a própria razão desconhece..."
Depois de "Bad", foi a vez de "Dangerous", que saiu em 1991. Não me esqueço que um querido amigo conseguiu importar o CD dos Estados Unidos antes de todo mundo. A galera se reuniu na casa dele e ficou a tarde inteira ouvindo o álbum. Gostei de cabo a rabo. Na época, a crítica já estava falando mal do disco. E eu não conseguia entender, pois, pelo menos na humilde opinião de um garoto de 12 anos de idade, o álbum era ótimo, com grandes canções como "Black Or White", "Remember The Time", "Will You Be There", "Give In To Me", "In The Closet", e, principalmente, "Heal The World".
E no dia em que o videoclipe de "Black Or White" estreou no Fantástico? Todo mundo parou para ver o tão prometido efeito especial. E, pelo menos para os padrões da época, era algo impressionante aqueles rostos mudando a cada segundo. Hoje, qualquer um faz isso no computador. Mas, naquela época, só uma pessoa no mundo fazia aquilo. E o nome dessa pessoa era Michael Jackson.
E aqui fica a lacuna crítica: não, não fui ao show de Michael Jackson em São Paulo.
E a "relação" com Michael Jackson seguiu com o lançamento dos álbuns "HIStory" - que meu pai comprou para mim em um passeio pela Gávea - e "Invincible". Discos menores, é verdade. Mas dignos.

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Depois que um grande artista morre, os jornalistas têm mania de escrever textos exaltando a sua vida e a sua obra. Quanto a sua vida pessoal, as suas manias, as suas cirurgias, prefiro não emitir opinião pessoal. Não tenho nada com a vida de Michael Jackson, e odeio que se intrometam na minha. Mas quanto a sua obra, acho que posso falar um pouquinho.
E a sua obra foi magnífica.
Muitos anos depois de ter o meu contato com "Thriller", fiz um curso de engenharia de áudio. Na primeira aula, o professor colocou uma música que, segundo ele, era um exemplo de como uma faixa deveria ser mixada. A canção era "Don't Stop 'Til You Get Enough", do álbum "Off The Wall". Não era nascido quando esse disco saiu, mas quase 30 anos depois, ele ainda era usado como exemplo. Poucos artistas são capazes de fazer algo desse tipo.
E um deles foi - e é, para sempre - Michael Jackson.
Tive três dias muito tristes na minha vida com perdas relacionadas à música. Freddie Mercury, Antonio Carlos Jobim e Renato Russo. Michael Jackson se junta a esse grupo.
Dia 25 de junho de 2009. Anotem bem essa data. Ela é tão importante quanto os dias 16 de agosto de 1977 e 08 de dezembro de 1980, datas em que Elvis Presley e John Lennon morreram, respectivamente. De repente, ela é até mais importante. O tempo dirá.
RIP MJ!