30 de jul. de 2011

Uma música para o sábado; os 70 anos de Rosinha de Valença e os 75 de Buddy Guy; Antonioni e Renato Russo; o novo do Chico; e Dylan & Knopfler juntos.



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Hoje acordei com uma baita vontade de ouvir Dave Matthews Band. Para mim, pode ser, sempre, qualquer música. A DMB é uma banda tipicamente americana. Uma jam band. Fico feliz que, de uns anos para cá, ela tenha pegado aqui no Brasil. Mas acho que ainda rola um certo preconceito. O que eu mais admiro na DMB são os seus shows. Em média, duram três horas e o repertório varia de apresentação a apresentação. Às vezes rola de eles tocarem três dias seguidos em uma mesma cidade, com três set lists absolutamente diferentes, sem repetir uma única canção. Só as grandes bandas são capazes disso.

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Continuando no mesmo ritmo, ou seja, música boa, hoje é dia de lembrar Buddy Guy, que completa 75 anos. Ah, o que escrever sobre Buddy Guy?? Melhor ficar com isso aqui:



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Rosinha de Valença, a sensacional violonista brasileira também nasceu em um dia 30 de julho. Se viva fosse, hoje ela estaria completando 70 anos de idade.



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Tocava pouco, né??

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O dia 30 de julho de 1966 foi histórico para os ingleses. Foi quando – tadinhos – eles ganharam a sua primeira e única Copa do Mundo. O resultado é debatido até hoje. O jogo terminou quatro a dois para a Inglaterra contra a Alemanha Ocidental , no estádio de Wembley. Afinal, aquela bola chutada por Geoff Hurst, quando o placar marcava dois a dois, na prorrogação, entrou não entrou??



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Partindo para o cinema, hoje já faz quatro anos que Michelangelo Antonioni partiu para o andar de cima. Quem gosta um pouquinho de cinema já se apaixonou por “Blow up”. E quem gosta muito vibrou com “L’avventura”. Vamos relembrar?



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Vocês se lembram que a Legião Urbana tem uma música com esse mesmo título?? Renato Russo era um grande fã do cinema italiano, especialmente de Michelangelo Antonioni.



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“Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais”

Grande Renato!!

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Um álbum que saiu quando eu estava viajando foi “Chico”, o novo do Chico Buarque. Gostei da maioria das faixas do disco. “Querido diário” é uma toada quase caipira (destaque para a viola caipira de Jaime Alem e para o Quarteto Radamés Gnattali), com o polêmico verso “Amar uma mulher sem orifício”. Já “Rubato”, parceria com o super baixista Jorge Helder, é uma das melhores do álbum. Um sambinha, quase marcha-rancho. Desce gostoso, tipo uma “A banda” atualizada. Outra faixa que desce bem é o samba-salsa “Barafunda”. O dueto com a sua namorada Thais Gulin, na valsinha “Se eu soubesse”, é adorável. Já a melhor letra é a de “Sem você 2”, espécie de “continuação” de “Sem você”, de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes – parte da melodia dessa canção de 1959 é citada pelo violonista Luiz Cláudio Ramos na introdução. Outro dueto valoroso é o de “Sou eu”, samba escrito a quatro mãos com Ivan Lins, e que conta com a voz do grande Wilson das Neves. Já o blues “Essa pequena”, se rolar turnê desse novo álbum, poderia casar perfeitamente com “Ela é dançarina”. As letras são irmãs gêmeas – “Meu dia voa e ela não acorda / Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida”. “Sinhá”, a última do disco, parceria com João Bosco, de coloração afro, certamente é a melhor faixa que Chico Buarque produziu nos últimos 18 anos. Nessa primeira audição, “Chico” caiu melhor do que “As cidades” (1998) e “Carioca” (2006). Acho que temos um novo clássico.



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No dia 27 de setembro chega às lojas o box “Sting: 25 years”. O título já denuncia que se trata de (mais) uma coletânea com os sucessos do ex-The Police. São três CDs com 45 faixas dos álbuns solo de Sting. Um pouco gorduroso, diga-se, eis que, em sua carreira solo, Sting lançou nove álbuns de estúdio. Um CD simples bastaria. E o fã que já tem todos os discos de Sting será obrigado a comprar essa nova coletânea por causa do DVD bônus, que traz um show gravado em Nova York, em 2005. As dez músicas do DVD são as seguintes: “Message in a bottle”, “Demolition man”, “Synchronicity II”, “Driven to tears”, “Heavy cloud, no rain”, “A day in the life”, “Voices inside my head” / “When the world is running down”, “Roxanne”, “Next to you” e “Lithium sunset”.

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Quem também vem com novidades por aí é o The Who. “Quadrophenia: The director’s cut” será lançado no dia 14 de novembro. A caixa terá uma porção de mimos para os fãs da ópera-rock originalmente gravada em 1973, como CD duplo remasterizado, um DVD com mixagem 5.1, livro de capa dura, fotografias e memorabilia relativa ao “Quadrophenia”, que também sairá em vinil duplo.

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Aliás, e ao que tudo indica, no ano que vem, o The Who sairá em turnê para tocar a íntegra do "Quadrophenia". No momento, o vocalista Roger Daltrey está em turnê solo, apresentando a íntegra de “Tommy”. “A razão pela qual não estou na Estrada com Roger, é que a turnê se trata de uma aventura pessoal dele, que está se divertindo bastante. Eu não pertenço a essa turnê. Desejo o melhor a ele, sinceramente, e espero voltar a tocar com ele o ‘Quadrophenia’ no ano que vem”, escreveu o guitarrista Pete Townshend em seu site oficial.

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Encontro histórico vai ser o de Bob Dylan com Mark Knopfler. Os dois agendaram uma turnê de sete shows pelo Reino Unido em outubro. Os dois músicos trabalharam juntos em 1979, quando o ex-guitarrista do Dire Straits tocou no álbum “Slow train coming”, de Dylan. Quatro anos depois, ambos voltaram a se reunir, quando Knopfler produziu o álbum “Infidels”, de Bob Dylan. “Estou ansioso para cair na estrada com Bob em um ano tão especial”, escreveu Knopfler em seu site.

29 de jul. de 2011

“Let ‘em in” e as novidades dos últimos dias... É MUITA coisa, gente!!



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É isso aí, pessoal. “Let ‘em in”... Hoje estou de volta, firme e forte. Perdoem-me a ausência nos últimos dias, mas é que acabou rolando uma viagem de última hora. Muitas coisas aconteceram nos últimos dias, e quando deu, eu apareci por aqui. Para quem anda desatualizado, tem a crítica da nova turnê do Paul McCartney que estreou em Nova York, a despedida da “360º tour” do U2, em Nova Jersey, a morte da Amy Winehouse...

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Vamos ver o que dá para fazer nessa sexta-feira de sol... Vinte e nove de julho de 2011. Foi nesse dia, só que no ano de 1983, que o Metallica, o grande Metallica, colocou nas lojas o seu álbum de estreia, “Kill ‘em all”. Uma estreia e tanto. A quantidade de clássicos é assombrosa: “Seek & destroy”, “Whiplash”, “No remorse”, “Motorbreath”, “The four horsemen”, “Hit the lights”... Pelo jeito, os hoje mestres do metal aprenderam a lição direitinho com o Black Sabbath e com o Motörhead... Olha só a versão ao vivo de “Hit the lights”, gravada no México, em 2009, e que foi lançada no DVD e BD “Orgulo pasion y gloria”:



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E Metallica me remete diretamente ao Rock in Rio. Hora do meu jabaculê... Ok?? Na semana que vem chega às livrarias o livro “Rock in Rio – A história do maior festival de música do mundo”, de autoria deste que vos escreve.


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Comprem, hein!! Eu recomendo... Sério!

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Agora vou falar de outro disco, esse fundamental para o rock brasileiro. Há 25 anos chegava às lojas “Rádio pirata – Ao vivo”, o álbum que marcou a ascensão e a queda do RPM. O disco vendeu mais do que água no deserto. Qualquer casa tinha o bolachão ao vivo do RPM, que contava com músicas do álbum de estreia da banda, “Revoluções por minuto” (1985), além de versões ao vivo para “Flores astrais” (do segundo disco dos Secos & Molhados) e “London, London” (do álbum branco de Caetano Veloso, gravado no exílio). Ney Matogrosso foi o diretor do show, que contava até mesmo com raio laser. À época, aqui no Brasil, raio laser só mesmo no show do Yes no Rock in Rio... Três anos atrás, o show “Rádio pirata” saiu em DVD também. Como está difícil encontrar trechos desse DVD no YouTube, vamos de “Mixto Quente” mesmo...



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No dia 29 de julho de 1977, nascia, em Nova York, Danger Mouse, o gênio por trás de projetos como o Gnarls Barkley (ao lado do Cee Lo Green) e o Broken Bells (com James Mercer, do The Shins). Ele também produziu álbuns espetaculares de gente como Beck (“Modern guilt”, de 2008), Black Keys (“Brothers”, de 2010) e Gorillaz (“Demon days”, de 2005). Se você nunca ouviu falar, ouça isso urgentemente...



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Sabia que você conhecia...

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E por falar em Danger Mouse, ando meio viciado em seu último álbum, “Rome”, gravado em parceria com o compositor italiano Daniele Luppi, e com participações especiais de Jack White (que ainda escreveu as letras de três faixas) e Norah Jones. O disco saiu lá fora em meados de maio (aqui no Brasil, nem Deus sabe). A inspiração veio dos spaghetti westerns. Tipo, imagina qualquer filme da trilogia do "Homem Sem Nome", estrelado por Clint Eastwood e dirigido por Sergio Leone. “Rome” caberia como a trilha sonora perfeita. Mais do que um álbum de canções, “Rome” é um álbum de climas. Parece uma trilha sonora para um filme inexistente – Quentin Tarantino poderia filmar um e a trilha já estaria pronta. Algumas faixas funcionam como interlúdios, outras são instrumentais, e outras são cantadas pelo conjunto vocal Cantori Moderni di Alessandro Alessandroni (o mesmo da trilha de “Três homens em conflito”). Mais do que um tributo ao cinema italiano (em especial à figura do compositor Ennio Morricone), “Rome” é uma bela homenagem à cultura pop daquele país.



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E no dia 29 de julho de 1994, quem partia dessa para melhor era o comediante, compositor e cantor Mussum. Ninguém com mais de 30 anos passou impune ao Mussum. A sua presença nos “Trapalhões”, a cada início de noite de domingo era uma dádiva. Ajudava muito a aliviar aquele frio na barriga que dava na hora de arrumar o material da escola para a semana que se iniciava. Eu me lembro de um churrasco de confraternização da turma do colégio (salvo engano em 1989), que o Mussum estava presente na churrascaria Porcão. Os 120 moleques da nossa mesa começaram a berrar o nome do Mussum. Ele se levantou e cumprimentou um a um. Eu disse: UM A UM.



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Esse é o Mussum...



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Já vai fazer uma semana da morte de Amy Winehouse, mas, pelo jeito, ela ainda será assunto por muito, muito tempo. A causa da morte não me interessa. Morreu, morreu. Que descanse em paz. O importante mesmo é o que ainda será lançado da cantora. Um pouco cedo para especulações. Mas hoje saiu uma notícia que pode dar alguma luz sobre essa questão. Uma pessoa próxima a cantora, e que se diz ligada à gravadora Universal, disse que existem 12 faixas novas, não finalizadas. Entretanto, parece que elas teriam condições de serem lançadas em um disco. Segundo o Guardian, qualquer material que venha a ser lançado deverá passar pelo crivo dos parentes de Amy Winehouse, de seu empresário e da gravadora. Acho que não deve demorar muito. Afinal, o Natal já está quase chegando...

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Vou tentar colocar algumas coisas em dia que aconteceram nesse período em que o blog ficou meia bomba. Tem muito vídeo legal que saiu nesses últimos dias. E vamos começar pela homenagem que o produtor Mark Ronson fez para Amy Winehouse, na noite de quarta-feira, durante um show em Londres. Ele mandou “Valerie” (originalmente gravada pelos Zutons, e que fez sucesso na voz de Amy), juntamente com Dave McCabe (compositor da música) e os cantores que faziam parte da banda da cantora inglesa.



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Já o Kasabian lançou uma música lindona chamada “Days are forgotten”, que fará parte do álbum “Velociraptor!”, que chegará às lojas no dia 19 de setembro. Vê aí o que você acha...



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Na seara de relançamentos, good news também. Eu já tinha escrito aqui sobre a versão de luxo dos vinte anos do “Nevermind”, do Nirvana. Nessa semana, foram divulgados os detalhes. E, olha, vem coisa muito boa por aí. A caixa sai no dia 27 de setembro, e será composta por quatro CDs e um DVD (ou BD). Além do álbum original remasterizado, haverá uma penca de lados B de singles, sessões de estúdio e na BBC, ensaios para a turnê do disco, um show ao vivo gravado na noite de Halloween de 1991, em Seattle, e um livro de 90 páginas. O DVD (ou blu-ray) terá esse mesmo show na íntegra e os videoclipes de quatro faixas de “Nevermind”. A relação completa de faixas está aqui. Preparem os bolsos!!

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E já que tem os vinte anos de “Nevermind”, os 20 anos do Pearl Jam também merecem ser comemorados. Saca só o trailer de “Pearl Jam Twenty”, documentário que estreia no festival de cinema de Toronto, em setembro.



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Os Smiths também preparam um lançamento bacana para setembro. Na verdade, mais de um. Trata-se da discografia completa do grupo de Manchester remasterizada por ninguém menos que o guitarrista Johnny Marr. Tudo virá embalado numa caixa intitulada “The Smiths complete – Deluxe collector’s box set”, que trará oito discos lançados pela banda (em CD e em vinil), além de 25 singles de 7 polegadas, DVD com os videoclipes e mais algumas coisinhas como cartões postais, pôsteres etc. A edição será numerada e limitada a apenas três mil cópias. Mais detalhes aqui.

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A edição especial de “The suburbs”, último álbum do Arcade Fire, só sai no dia 02 de agosto. Para quem já comprou a primeira edição do CD e não quer gastar dinheiro novamente (eu!! eu!!), a banda canadense disponibilizou essa nova edição completa, incluindo as duas faixas inéditas, “Speaking in tongues” e “Culture war”, para audição em streaming. Aqui!

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E o Radiohead, hein? Parece que aquele showzinho surpresa em Glastonbury, no mês de junho, animou a banda a realizar uma turnê de divulgação do “The king of limbs”. Note bem: “parece”... À BBC Music, o baterista Phil Selway admitiu que o conjunto pode fazer mais shows. “Sem dúvida, estamos discutindo essa questão. Foi muito entusiasmante [se apresentar em Glastonbury]. Sentimos que havia algo a oferecer, musicalmente. Pareceu-nos uma nova lufada no que fazemos, e gostaríamos de ver aonde isso pode nos levar”, afirmou o músico.

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Fofíssimo o LCD Soundsystem em forma de Lego...



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Né???

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E vocês já viram o trailer do filme do ano??

23 de jul. de 2011

Vinte e sete













Robert Johnson, Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Brian Jones, Jim Morrison, Janis Joplin... Todos morreram aos 27…

Amy Winehouse se junta ao grupo…



Que descanse em paz!

21 de jul. de 2011

U2 se despedindo da 360° Tour em Nova Jersey

Terminou há pouco aqui em Nova Jersey, no sensacional New Meadowlands Stadium, o show do U2. Bom, para começar, vale dizer que a apresentação não foi muito diferente da que passou por São Paulo três meses atrás.

O palco todo mundo já está cansado de conhecer. Realmente ele é impressionante. Mesmo quando a gente revê aquilo pela terceira vez, não tem como passar desapercebido. Lindo ou cafona. Depende do ponto de vista. Mas indiferente o cliente não fica.

Os shows em São Paulo eu vi um do gramado e outro da Red Zone. Achei o gramado bem melhor, porque você tem uma visão mais global. Hoje, fiquei nas cadeiras logo acima (na lateral) do palco. E tive uma outra experiência. Não sei se no início da turnê era assim, mas Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. (dentro das suas possibilidades de baterista) usaram e abusaram do nababesco palco.

Independentemente do lugar no estádio, não tem como o público se sentir desprestigiado. Os quatro integrantes da banda irlandesa usam cada milímetro quadrado do palco. Até a bateria, em alguns momentos, vira de costas, para prestigiar a galera atrás do palco. Bono e The Edge, por sua vez, não param um segundo. As passarelas que ligam o palco principal ao tablado redondo que circunda a pista VIP (para os que chegam mais cedo, e não para quem paga mais, diga-se) também são usadas a torto e a direito.

O show de abertura coube à banda Interpol. A apresentação foi curtinha, 45 minutos, e pareceu não agradar muito ao público. O Muse, que abriu em São Paulo, se saiu muito melhor. O seu repertório está mais de acordo com a “sonoridade U2”. Já com relação ao Interpol, o som “indie-pós-punk” do conjunto de Nova York não empolgou o reduzido público.

Quando o U2 subiu ao palco, havia 95 mil pessoas no estádio. A plateia não parou. Parecia querer compensar o atraso de um ano - a turnê norte-americana do ano passado teve que ser cancelada por causa de uma cirurgia de emergência na coluna do cantor. Da entrada, com “Space oddity”, na voz de David Bowie, ao encerramento, com a inesperada “Out of control”, o U2 desfiou um repertório que privilegiou todas as fases de sua carreira, especialmente o álbum “Achtung baby” (1991). Não foi à toa que logo após a primeira faixa do set list, “Even better than the real thing”, Bono disse: “Welcome to 1991!”.

E seguiram-se mais três faixas de “Achtung baby”: “The fly”, “Mysterious ways” e “Until the end of the world”. Mais no final da apresentação, foi a vez de outra do mesmo disco: “One”. E “Zooropa” (1993), gravado na mesma época de “Achtung baby”, também foi lembrado com a sua faixa-título e a balada voz & violão “Stay (Faraway, so close!)”. Ainda nesse ano, O U2 vai lançar uma edição especial, repleta de bônus, desses dois álbuns. Daí talvez a preferência por essa fase do início dos anos 1990 no repertório. Do último álbum da banda, “No line on the horizon” (2009), apenas quatro músicas foram lembradas, incluindo a versão dance de “I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight” e “Moment of surrender”, faixa de encerramento de todos os shows da turnê, com exceção desse em Nova Jersey, que acabou com uma versão turbinada de “Out of control”, faixa do álbum de estreia da banda, “Boy” (1980), que ainda foi lembrado com “I will follow”, a quinta canção do roteiro.

Bono fez menção ao início da carreira da banda, e disse que o primeiro show do U2 em Nova Jersey aconteceu trinta anos atrás. Ele leu o repertório daquela apresentação. E destacou o bis, que contava com quase todo o show repetido. “Muita coisa mudou, mas outras permanecem iguais”, disse antes de apresentar os membros do conjunto, juntos desde o primeiro álbum.

Um ícone da cidade de Nova Jersey também foi lembrado por Bono. Bruce Springsteen (chamado de “Father Springsteen” pelo vocalista) teve a sua “The promise land” lembrada durante “I still haven’t found what I’m looking for”.



E no final, antes de “Moment of surrender”, houve o momento de maior emoção da noite, quando Bono pediu um cartaz que um fã segurava na parte de trás do gramado. O cartaz foi de mão em mão, até chegar a Bono. Quando ele o abriu, lá estava escrito: “For Clarence”. Tratava-se do lendário saxofonista Clarence Clemons, da E Street Band (que acompanha “Father Springsteen”), e que morreu no mês passado. Durante “Beautiful day” (certamente a música que teve a maior recepção da plateia), Bono ainda lembrou David Bowie, cantando um trecho de “Space oddity”.

Agora, a “360 Tour” segue para Minneapolis, Pittsburgh e, finalmente, Moncton (Canadá), onde acontecerá o derradeiro show da turnê, no dia 30 de julho. Deixará saudade. Sorte de quem pôde assistir a algum show.

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Set list completo do show do U2 no New Meadowlands Stadium:

“Even better than the real thing”
“The fly”
“Mysterious ways”
“Until the end of the world”
“I will follow”
“Get on your boots”
“Magnificent”
“I still haven’t found what I’m looking for”
“Stay (faraway, so close!)
“Beautiful day”
“Elevation”
“Pride (In the name of love)”
“Miss Sarajevo”
“Zooropa”
“City of blinding lights”
“Vertigo”
“I’ll go crazy if I don’t go crazy tonight”
“Sunday bloody sunday”
“Scarlet”
“Walk on”
“One”
“Hallelujah”
“Where the streets have no name”
“Hold me, thrill me, kiss me, kill me”
“With or without you”
“Moment of surrender”
“Out of control”

20 de jul. de 2011

Feliz Dia do Amigo!!

18 de jul. de 2011

Uma trilha sonora para a semana

1) "Miami 2017 (Seen the lights go out on Broadway)" (Billy Joel)



2) "59th Street Bridge song (Feelin' groovy)" (Simon & Garfunkel)



3) "Broadway" (The Clash)



4) "Walk on the wild side" (Lou Reed)



5) "New York" (U2)



6) "Fairytale of New York" (The Pogues & Kirsty MacColl)



7) "My city of ruins" (Bruce Springsteen)



8) "New York, I love you but you're bringing me down" (LCD Soundsystem)



9) "New York City" (John Lennon)



10) "Who are you, New York?" (Rufus Wainwright)

16 de jul. de 2011

Paul "On The Run" em Nova York

Hoje matei saudade do Paul McCartney aqui em Nova York. Depois de uma overdose de Sir Paul McCartney - foram seis shows nos últimos oito meses -, fica difícil escrever alguma coisa diferente.

Bom, começamos pela primeira diferença: o show foi em Nova York. E isso significa muita coisa. A energia de John Lennon parece estar impregnada em cada tijolo dessa cidade. É sério. E Paul McCartney sabe disso. Tanto sabe que o DJ que antecipa o show abriu uma exceção no meio de umas 15 músicas do Paul. Do nada, ele mandou “Power to the people”. Foi a única música do set que o estádio parou de conversar. E cantou.
A outra diferença, pelo menos para quem está acostumado a ver o DVD “Good evening New York City”, foi o fato de o show ter sido no estádio dos Yankees. Explica-se: em 2009, o ex-Beatle apresentou três shows emblemáticos no Citi Field (antigo Shea), estádio do New York Mets, rival dos Yankees. Os shows se transformaram no DVD “Good evening New York City”. Os fãs dos Yankees (conversei com alguns) não engoliram essa. Hoje esses fãs foram à forra, embora nenhum DVD tenha sido gravado. Mas no programa da turnê, Paul declara, em entrevista, preferir o Yankees ao Mets.

(Aliás, impressionante, o programa está lotado de fotos dos shows no Brasil. Deve ter umas dez, inclusive uma foto de página dupla do Túnel Novo, em Copacabana, com os dizeres “Welcome back to Rio”, e outras duas com o público carioca segurando os cartazes “Na na na”, durante “Hey Jude”.)
Mais uma diferença? O show de hoje foi o primeiro da nova turnê de Paul McCartney, a “On the run”, que, depois de mais um show amanhã aqui em Nova York, segue para Detroit, Montreal e Chicago. Para quem viu alguma apresentação da “Up and coming tour” que rolou em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, houve poucas diferenças. Mas isso não é uma crítica.

O palco é o mesmo, com algumas mudanças nos vídeos que passam no telão. No repertório, a primeira surpresa veio na segunda música do show, uma versão pesada de “Junior’s farm”, single obscuro que Paul McCartney lançou em 1975. No primeiro set de piano, Paul mandou o seu primeiro single solo, “Maybe I’m amazed”. Só que essas duas canções já haviam sido apresentadas no último show da “Up and coming tour”, em Las Vegas, no mês passado. Então, a surpresa nem foi tão grande assim.

Mas a sétima música do roteiro não poderia ser mais surpreendente: uma puta versão para “The night before”, música do filme “Help!”, que Paul nunca havia tocado ao vivo antes. No momento acústico, outra surpresa agradável: uma versão lindíssima, voz e violão, de “I will”. E lá no finalzinho, depois de “Helter skelter”, quando todo mundo esperava “Sgt. Peppers lonely heart’s club band”, eis que Sir Paul ataca com “Golden slumbers”! Lógico que não ficou só nisso... Ele teve que complementar com “Carry that weight” e “The end”.



O resto do repertório não mudou. E foi ótimo assim. O show começou com “Hello goodbye”, seguiu com “All my loving”, “Jet”, “Dance tonight” (com direito àquela dancinha linda do baterista Abe Laboriel Jr), “Band on the run”, “A day in the life” (com direito a uma citação de “Give peace a chance”, que ganhou um contorno mais emocionante em Nova York), “Live and let die” (com os fogos fantásticos que varreram o céu do Bronx), “Hey Jude”, “Yesterday”... Enfim, uma overdose pop!

Após “Let me roll it”, que teve uma citação de “Foxy lady”, de Jimi Hendrix, Paul contou que ficou impressionando quando foi a um show do guitarrista, em 1966. Os Beatles haviam lançado o álbum “Sgt. Pepper’s” em uma sexta, e no show que Hendrix fez no domingo seguinte, ele começou com a faixa título do álbum. Outros homenageados, como de costume, foram George Harrison (com aquela versão arrepiante de “Something”) e John Lennon. Durante “Here today”(segundo Paul, uma conversa imaginária que ele nunca teve com Lennon), deu para ver que o ex-Beatle estava muito emocionado. Os seus olhos chegaram a ficar marejados.

Quando Paul McCartney passou pelo Brasil, a comoção foi geral. Ele não se apresentava no país fazia muitos anos. Aqui em Nova York, ele não tocava fazia dois anos. Mas quer saber? A comoção foi a mesma. Coroas de setenta, oitenta anos dividiram a plateia com crianças de cinco. Durante “Hey Jude” foi difícil alguém não chorar. Os ingressos se esgotaram em poucas horas. O público também arriscou gritinhos ensaiados. Metade do estádio estava vestido com camisetas dos Beatles. Muita gente carregava cartazes com frases espirituosas. Em um estava escrito: “Sign my butt!”. Paul agradeceu, mas respondeu: “better not”.

Tudo exatamente igual ao Brasil. De diferente mesmo só a facilidade de locomoção. (Aqui existem dezenas de estacionamentos legalizados e transporte público decente.)
Isso só prova que a linguagem de Paul McCartney é universal.
Não é à toa que é o maior gênio da música pop em todos os tempos.
Ele faz com que nós sejamos mais felizes.


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Set list compelto do show de abertura da “On the run tour”:

1) “Hello goodbye”
2) “Junior’s farm”
3) “All my loving”
4) “Jet”
5) “Drive my car”
6) “Sing the changes”
7) “The night before”
8) “Let me roll it” / “Foxy lady”
9) “Paperback writer”
10) “The long and winding road”
11) “Nineteen hundred and eighty-five”
12) “Let ‘em in”
13) “Maybe I’m amazed”
14) “I’ve just seen a face”
15) “I will”
16) “Blackbird”
17) “Here today”
18) “Dance tonight”
19) “Mrs Vandebilt”
20) “Eleanor rigby”
21) “Something”
22) “Band on the run”
23) “Ob-la-di, ob-la-da”
24) “Back in the USSR”
25) “I’ve got a feeling”
26) “A day in the life” / “Give peace a chance”
27) “Let it be”
28) “Live and let die”
29) “Hey Jude”
30) “Lady Madonna”
31) “Day tripper”
32) “Get back”
33) “Yesterday”
34) “Helter skelter”
35) “Golden slumbers”
36) “Carry that weight”
37) “The end”

14 de jul. de 2011

Pessoal, estou viajando hoje e esse blog pode ficar meio desatualizado. Vou fazer o máximo para sempre aparecer por aqui, inclusive trazendo as novidades de onde eu estiver. Mas caso eu demore um pouco...



Valeu??

13 de jul. de 2011

O dia do rock (e do sertanejo!); INXS em Wembley; os 15 anos de “Rappa Mundi”; Moz e Grohl colocam fãs para correr; o Weezer dá uma de Roberto Carlos.



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Por favor, não estranhe. Hoje eu quis começar esse blog com música sertaneja. Mas música sertaneja de verdade. E ela tem o seu valor. O melhor exemplo é o vídeo acima, dos dois mestres do estilo, Pena Branca & Xavantinho. Hoje, 13 de julho, é o dia nacional dos cantores e compositores sertanejos. E eles merecem a nossa homenagem. Os sertanejos de verdade, repito. Não estou falando aqui de Luan Santana, Daniel e outras atrocidades, por favor.

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E, olha só, além do dia dos compositores sertanejos, hoje também é o dia mundial do rock. Isso porque foi no dia 13 de julho de 1985 que aconteceu o Live Aid, concerto beneficente organizado por Bob Geldof, em Londres e na Filadélfia, e que reuniu gente como Paul McCartney, Bob Dylan, Mick Jagger, U2, Queen e até mesmo uma reunião do Led Zeppelin.



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O show do Led Zeppelin foi tão tosco, que acabou ficando de fora da edição em DVD do Live Aid lançado uns vinte anos depois. Na falta de John Bonham, Phil Collins (?!?) tocou bateria com a banda. Não foi por culpa do Phil, mas, definitivamente, não ficou legal...



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Não é??

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Seis anos após o Live Aid, em 1991, o mesmo estádio de Wembley onde aconteceu o evento, viu uma das apresentações mais impactantes de sua história. O INXS estava lançando o álbum “X” (1990), e, àquela época, era considerada uma das bandas mais importantes do planeta, batendo de frente até mesmo com o todo-poderoso U2. A apresentação em Wembley foi lançada em VHS, LD e, depois, em DVD. Já o CD ao vivo “Live baby live” traz músicas gravadas em vários shows da turnê, inclusive o antológico que aconteceu no Rock in Rio II, em janeiro de 1991, no estádio do Maracanã.



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Voltando um pouco mais no tempo, hoje é dia de João Bosco soprar 65 velinhas. Ontem, entrou no ar a série “O astro”. E a música de abertura da novela original era interpretada por João Bosco. Lembra? Ou você nem era nascido??



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Cá pra nós, o João Bosco tem músicas melhores, não? Essa aqui, por exemplo...



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“Linha de passe” até me lembrou o meu programa predileto, que a ESPN Brasil transmite todas as noites de segunda. Eu não perco um. Tudo pode acontecer nessa mesa redonda... Quer ver??



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Há 15 anos, O Rappa lançava o seu álbum mais importante. “Rappa Mundi” vendeu que nem água (eu ganhei no amigo oculto do mesmo ano!). Não era para menos. Acho que umas cinco, seis músicas fizeram muito sucesso. Ou você não se lembra de “Miséria S/A”??



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E o nosso Morrissey, hein?? Ele tá sempre por aqui, né? Se lembra, faz umas duas semanas, quando ele fez um show com uma camisa que mandava um site de fãs para aquele lugar? Pois é... O dono do site, David Tseng, foi expulso pelos seguranças de Morrissey, durante um show em Copenhagen, Dinamarca, na segunda passada. Segundo Tseng, os seguranças não deram maiores explicações. O fã reclamou o dinheiro do ingresso perante à Live Nation, empresa organizadora da turnê do ex-Smith, mas ela teria informado que Tseng deveria reclamar com o próprio Morrissey.

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Coisa feia né, Moz??

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Coisa feia foi também o que um fã fez anteontem em um show do Foo Fighters em Londres. Eu escrevi ontem que Dave Grohl não fez por menos, xingou o cara e o expulsou da casa de shows. Consegui encontrar o vídeo hoje...



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(Esse é o típico caso de vergonha alheia...)

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Um cruzeiro com o Weezer??



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Sabe o que isso me lembra???



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E saiu uma musiquinha nova do The Drums! Eu sei lá... Às vezes curto, às vezes não... Vamos ver até onde vai chegar esse conjunto. O primeiro disco até que é bom. Mas não é tudo isso que andaram dizendo não... “Portamento”, o segundo álbum, sai no dia 12 de setembro.



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Ah, a capa do disco tá aqui:


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Não poderia encerrar o dia de forma melhor:

12 de jul. de 2011

Um ano sem Paulo Moura, e 25 do “Live at Wembley”, do Queen; o Moz e o dog; promessas do Van Halen e do Judas; e Dave Grohl botando o fã pra correr.



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Devolva o Neruda que você tomou
E nunca leu

Essa é nossa lembrança para o grande poeta chileno Pablo Neruda, que, hoje, estaria completando 107 anos.

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Um viva também para o sambista Almir Guineto, que faz 65 anos hoje. Pena que Almir Guineto precise da mãozinha de Zeca Pagodinho para ser mais conhecido hoje em dia. Quem compõe algo como “Lama nas ruas” merece a eternidade.



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E hoje faz um ano que Paulo Moura, o grande Paulo Moura, foi tocar o seu saxofone para os anjos lá no andar de cima. Saudades!



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Um dos vídeos de rock mais conhecidos e mais importantes de todos os tempos, “Live at Wembley”, do Queen, foi filmado no dia 12 de julho de 1986. Foram dois shows, um no dia 11 e outro no dia 12. Mas só o segundo foi filmado na íntegra para lançamento em VHS (e, depois, CD e DVD). Antes de o Queen subir ao palco, se apresentaram INXS, The Alarm e Status Quo.



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E essa jaqueta amarela do Freddie Mercury, hein?? Alguém sabe onde tem pra vender??

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Também foi em um dia 12 de julho, mas de 1998, que o Brasil deu adeus ao pentacampeonato na Copa da França. Todo mundo sabe o que aconteceu naquele dia. Ou não... O problema do Ronaldo até hoje não foi explicado. Mas o resultado... Três a zero para a seleção francesa, com um show de Zidane. No frigir dos ovos, foi merecido.



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E por falar em futebol, hoje também é dia de lembrar de João Saldanha, que morreu 21 anos atrás. Jornalista e técnico de futebol, João Saldanha era chamado de “João Sem Medo”. Sabe o motivo??



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Entendeu agora?

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Tem coisas que só acontecem com o Moz...


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Sem comentários...

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Calma, não é nada oficial, mas o produtor Ross Hogarth, em entrevista à Ultimate Guitar, disse que o novo álbum do Van Halen está muito próximo de ser finalizado. “Todo o álbum já foi gravado, e nós estamos muito animados. Já começamos a mixagem, inclusive.” O Van Halen contou com a sua formação clássica (Eddie e Alex Van Halen, além de David Lee Roth), com exceção do baixista Michael Anthony, trocado por Wolfgang Van Halen. Entre setembro e outubro, a banda se apresenta na Austrália. É esperar pra ver...

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O Judas Priest, que toca no Brasil em setembro, também deve lançar disco de inéditas em breve. Segundo o baixista Ian Hill, a quantidade de canções já escritas preenchem um álbum inteiro. Em entrevista ao Rockpages, o músico revelou, inclusive, que as gravações já começaram. A banda tem aproveitado as folgas na turnê para se trancar no estúdio. “Três faixas já estão gravadas e mixadas, e eu acredito que a gravadora já disponibilize algo em breve”, disse.

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Essa é a melhor de todas... Dave Grohl não se conformou com um fã que estava criando confusão durante um show do Foo Fighters em Londres, ontem, e expulsou o sujeito da casa de shows. “Você não vai brigar no meu show, seu bundão. Deixa eu te ver, quem está brigando agora? É o cara com camiseta listrada. Hey motherfucker, olhe para mim, get the fuck out of my show right now”.

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Esse é o Dave!

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E esse é o Foo Fighters tocando Queen (com participação do Brian May e do Roger Taylor) no bis da apresentação:



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Amanhã, Erasmo Carlos vai liberar o download gratuito do primeiro single de seu próximo álbum, “Sexo”, que será lançado no mês que vem. “Kama Sutra” é a primeira parceria de Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes. O novo álbum foi produzido por Liminha. Parece que vem coisa boa por aí...



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Agora sim!

11 de jul. de 2011

Paul e Bowie para animar; Stones para relembrar “Voodoo lounge”; o Radiohead estranho e ao vivo; novidades do Kiss e do AC/DC; e a volta de Prince.

Desanimado com a segunda-feira?? Então toma...


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“Junior’s farm” não é das canções mais conhecidas do Paul McCartney. Ela foi lançada somente em single, logo após o álbum “Band on the run” (1973). É uma das músicas do Paul que eu mais gosto. Ele a apresentou ao vivo no último show da “Up and coming tour”, em junho, em Las Vegas. Foi logo a segunda do set list (no lugar de “Jet”, realocada para logo depois de “All my loving”), e quando ele começou a tocar, a plateia meio que se olhava e perguntava: “WTF??” “Junior’s farm” não era apresentada ao vivo por Paul McCartney desde 1975.

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Quem fez aniversário ontem, no domingão, foi Neil Tennant, a voz do Pet Shop Boys. Chuta a idade dele! Duvido que você acerte. Eu fiquei meio chocado quando vi que ele está fazendo 57 anos... O tempo tá passando rápido demais, né?? Como sou legal, um vídeo com o Neil novinho novinho...



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Foi no dia 11 de julho de 1969 que David Bowie lançou o single que o transformou em David Bowie. Quarenta e dois anos depois, “Space oddity” é mais do que um clássico. O U2, em sua turnê “360º” entra no palco ao som de “Space oddity”. Bowie foi o cara que uniu o rock n’ roll ao espaço.



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E já que eu falei, saca só o U2 entrando no palco ao som de “Space oddity”:



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Wanda Sá, uma das melhores cantoras de Bossa Nova, também sopra velinhas hoje. Ela nasceu em 11 de julho de 1944. E a nossa homenagem está aí abaixo, em um vídeo com a participação de Roberto Menescal.



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Em 11 de julho de 1994, os Rolling Stones lançaram um de seus álbuns mais bacanas (minha opinião, tá?). Bom, “Voodoo lounge” foi a minha trilha sonora das férias de inverno de 1994. Entre um show e outro no Canecão e no Imperator, “Voodoo lounge” rolava aqui direto. O álbum gerou ao menos um grande clássico: “You got me rocking”. E a “Voodoo lounge tour” passou pelo Brasil em fevereiro de 1995. Foi o meu primeiro show dos Stones. E eu nunca vou me esquecer do calorão que fez quando a cobra gigante que fazia parte do cenário soprou fogo antes de a banda entrar no palco. Eu estava bem embaixo dela...



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Ah, e eu posso garantir que se o Maracanã não caiu durante “(I can’t get no) Satisfaction”, ele não cai nunca mais...



Concorda??

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Quer uma prova de que o tempo está passando rápido demais? Então segura: hoje faz um ano que a Espanha bateu a Holanda na final da Copa do Mundo da África do Sul. Torci a Copa inteira pela Argentina e Espanha. Mas, na final, virei a casaca e vesti a camisa laranja da Holanda. No final, deu Espanha. Merecido. O futebol saiu ganhando.



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Nesse fim de semana, o Radiohead tocou ao vivo, na íntegra, o seu álbum “King of limbs” (2011), para o programa “Live from the basement”. Além das faixas do disco, o Radiohead ainda apresentou duas inéditas: “The daily mail” e “Staircase”. Os vídeos rodaram a internet ontem, mas a maioria já foi retirada do ar. Foi difícil arrumar alguma coisa, viu? Mas, abaixo, segue o vídeo de “Staircase”. (Se é que ele ainda vai estar no ar quando você ler isso aqui...)



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O Radiohead está a cada dia mais estranho, né??

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Quem anunciou que está trabalhando duro no estúdio foi o Kiss. O último álbum da banda, “Sonic boom”, saiu em 2009. Oito músicas já estão gravadas, e a previsão de lançamento é somente no ano que vem. O guitarrista Tommy Thayer, em entrevista ao Express-Times, jornal da Pensilvânia, disse que o novo disco é uma “continuação natural, um passo adiante” de “Sonic boom”. “Estamos no estúdio faz muitas semanas. Definitivamente, é uma das melhores coisas que o Kiss já gravou”, afirmou.

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Aliás, eles sempre dizem isso, não é verdade?

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Para os fãs do AC/DC, a grande notícia: o ex-baixista Mark Evans está terminando de escrever a história da banda australiana no período em que fazia parte de sua formação (1975 a 1977). “My Life Inside/Outside of AC/DC” será lançado lá fora em outubro.

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Hoje foram anunciados dois grandes shows no Brasil. O primeiro é do gênio Prince, que se apresenta no dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro, dentro do festival Back2Black. Bom, quem viu Prince no Rock in Rio II tem a certeza que viu um dos melhores shows de sua vida. Quem não viu... É só adiantar o vídeo abaixo até 48 minutos, e assistir até o final.



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E o Pearl Jam também vem aí em novembro para quatro shows. As cidades visitadas serão São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Imperdível também. A apresentação na Praça da Apoteose em dezembro de 2005 foi sensacional. Eddie Vedder e companhia tocaram tudo que o público pediu. Garrafas de vinho foram esvaziadas no palco. E o show acabou com “Baba O’ riley”, do The Who. Tomara que esse agora, o Pearl Jam termine com essa música aqui:



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E a ansiedade, hein?? Como é que fica?

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RIP, Würzel!

9 de jul. de 2011

São São Paulo; Bon Scott e o “Let there be rock”; os gênios Tom Hanks e Jack White; 31 anos sem Vinicius; o novo do R.E.M.; e o “13” do Megadeth.



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Hoje é bom começar o dia com Tom Zé, e esse clássico da cidade de São Paulo. No dia 09 de julho de 1932 houve a Revolução Constitucionalista do Estado de São Paulo, o maior confronto militar do Brasil no século XX.

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Se vivo fosse, Bon Scott, ex-vocalista do AC/DC, estaria completando 65 anos hoje. Um dos maiores vocalistas da história do rock, Scott gravou alguns dos principais discos da banda australiana. Sorte que o AC/DC conseguiu encontrar um vocalista a altura. Hoje, fica difícil afirmar quem é melhor, se é Bon Scott ou Brian Johnson. Eu fico com os dois.



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E já saiu lá fora (em breve no Brasil), o DVD/BD “Let there be rock”, que traz o show histórico do AC/DC em Paris, e que originou, em 1979, um dos vídeos mais importantes do rock. Aqui no Brasil, o filme foi lançado sob o título “Deixa o rock rolar”. A galera lotava o Circo Voador só para ver esse vídeo. As pessoas dizem que a comoção era tão grande que parecia que Bon Scott e Angus Young estavam no palco do Circo. O BD, que eu vi na semana passada, apresenta o show em Paris na íntegra, com imagem cristalina e som remixado em DTS, além de mais quase duas horas de extras. A latinha (que saiu em edição limitada) ainda traz alguns mimos para os fãs, como um livreto de 32 páginas escrito pelo jornalista Anthony Bozza, palhetas de guitarra e cartões postais.

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Jack White, o gênio do White Stripes, Raconteurs e The Dead Weather, também faz aniversário hoje. Trinta e seis anos do último guitar hero surgido no rock.



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Tom Hanks, o grande ator, também faz aniversário nesse sábado. Cinquenta e cinco anos. Sou suspeito para escrever sobre Tom Hanks. Qualquer filme no qual ele atue, até mesmo aquelas comédias românticas chatérrimas, eu gosto. A sua interpretação em “Forrest Gump” (1994) foi magnífica, mas nada se compara a sua atuação em “Philadelphia” (1993). A cena abaixo, a da ópera, certamente é uma das coisas mais fortes que já vi. Não tinha como não ganhar o Oscar de melhor ator. O que a Academia não esperava é que, no ano seguinte, ele viria de "Forrest Gump". Resultado: faturou o Oscar de melhor ator por dois anos consecutivos. Não tinha como ser diferente...



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Há 31 anos, e também no dia 09 de julho, o poeta Vinicius de Moraes morria. E sabe o que ele está fazendo lá em cima? Transformando o céu em seu bar particular. Assim como ele fazia em cima do palco. Saca só:



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Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas
(“Pátria minha” - Vinicius de Moraes)

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Dia curto hoje, com poucas novidades… Mas essa aqui é boa: Michael Stipe, vocalista do R.E.M., anunciou que a banda já está em estúdio gravando o sucessor de “Collapse into now” (2011). Como a banda não saiu em turnê para divulgar o seu último trabalho, nada melhor do que o estúdio. “Collapse into now” era o último disco que o grupo devia à gravadora Warner. Stipe disse que ainda não sabe como será o lançamento do novo trabalho. Ao que tudo indica, será algo independente, no estilo do Radiohead e do Nine Inch Nails. Aguardemos.

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Boas novas também para os fãs do Megadeth. A banda de Dave Mustaine anunciou que o título do seu próximo álbum será “13”. “Eu comecei a tocar guitarra aos 13, esse é nosso 13º disco, e eu nasci no dia 13”, explicou Mustaine. Recentemente, o Megadeth executou uma das faixas do novo álbum, durante um show em Hamburgo. O vídeo de “Public enemy No. 1” está logo abaixo: