O U2 deve lançar um novo álbum já no ínicio do ano que vem, antes de iniciar a segunda perna norte-americana da "360º tour", que foi cancelada por conta dos problemas de coluna do vocalista Bono. "Eu espero um novo álbum do U2 antes do que qualquer um pensa. Acho que no início de 2011, antes da turnê norte-americana, que começa em maio", disse o empresário da banda, Paul McGuinness, ao Irish Times. O U2 já apresentou diversas músicas inéditas (como "Mercy", "Every breaking wave" e "Boys fall from the sky") na turnê europeia, que finalizou na semana passada. O U2 agendou datas da turnê na África do Sul em fevereiro. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo ("Folha de S.Paulo"), o U2 se apresentará em São Paulo no mês de março.
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Lindíssimo o videoclipe de "Ain't no grave", de Johnny Cash, feito somente com ilustrações enviadas pelos fãs. Olha só:
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O Daily Mail deu a notícia mais importante do dia. Michael Eavis, organizador do festival de Glastonbury já havia anunciado que, em 2012, fará uma pausa no evento. E o jornal britânico anunciou hoje o verdadeiro motivo: falta de banheiros químicos. Como as Olimpíadas acontecerão entre junho e julho de 2012 (mesmo época do Glastonbury), a quantidade de banheiros químicos disponíveis na Inglaterra não daria conta dos dois eventos. "A demanda por eles será muito grande. Os preços ficarão mais altos e o custo, muito elevado", disse Eavis.
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Bacana essa animação do novo single do Flying Lotus, "Kill your co-workers", não é não?
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Foi censurada nos Estados Unidos a capa do novo álbum de Kanye West, "My beautiful dark twisted fantasy" (acima), desenhada pelo artista plástico George Condo. As honradas famílias norte-americanas ficaram impressionadas com o desenho. Através do Twitter, o rapper desabafou: "Honestamente, não estou preocupado com o que pensa a Wal-Mart quando estou fazendo minha música ou escolhendo a capa dos meus álbuns. Quero vender discos, mas não a custo da minha verdadeira criatividade". "My beautiful dark twisted fantasy", quinto álbum de Kanye West, será lançado no dia 22 de novembro.
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BAÚ SEM FUNDO: A banda The Doors prepara para o dia 22 de novembro o lançamento de mais um álbum ao vivo inédito: "Live in Vancouver 1970" (capa acima). Gravado em 06 de junho de 1970, no Pacific Coliseum de Vancouver, o álbum duplo traz 14 faixas, sendo que "Little red rooster", "Money" e "Rock me" têm a participação especial do guitarrista Albert King. As faixas do CD são as seguintes: "Roadhouse blues", "Alabama song (Whiskey bar)", "Back door man", "Five to one", "When the music's over", "Love me two times", "Little red rooster", "Money", "Rock Me", "Who do you love", "Petition the Lord with prayer", "Light my fire", "The end" e "Thank you & goodnight".
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Quem tem os seus 30 anos de idade, e não delirou no cinema com o filme "O grande dragão branco", que atire a primeira pedra. O ator belga Jean-Claude Van Damme estourou com esse filme (veja a sensacional luta final logo abaixo), mas depois só fez porcaria. Hoje, ele completa 50 anos. E sabe o que eu vou ver hoje a noite, antes de dormir? Isso, "O grande dragão branco".
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"Julie is her name". Pergunte a qualquer um que viveu a época da Bossa Nova sobre esse álbum. Considerado uma espécie de songbook da Bossa Nova - dizem que João Gilberto teria "roubado" todos os acordes desse álbum -, ele marcou a estreia estreia de Julie London, em 1955 (capa acima). Julie foi uma das maiores vozes da canção norte-americana, gravando clássicos de Cole Porter, Jerome Kern, Irving Berlin, Richard Rodgers, Lorenz Hart, George & Ira Gershwin, entre outros. E hoje faz dez anos que ela nos deixou.
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Hoje tá na moda essa história de "supergrupos", como Them Crooked Vultures e Chickenfoot. São bandas legais sim. Mas me desculpem. Em termos de "supergrupo" nada pode ser comparado ao Traveling Wilburys. Saca só a formação: Bob Dylan, George Harrison, Jeff Lynne, Tom Petty e Roy Orbison. Tá bom? A banda durou apenas dois álbuns ("Vol. 1", de 1988, e "Vol. 3", de 1990). E o volume 2? Bom, "Full moon fever", álbum que Tom Petty lançou em 1989, e que conta com a participação dos integrantes do Traveling Wilburys, é considerado o volume 2 da trilogia. Os integrantes mudavam de codinome a cada álbum lançado. No primeiro disco, que chegou às lojas no dia 18 de outubro de 1988, George Harrison era "Nelson Wilbury", Jeff Lynne, "Otis Wilbury", Roy Orbison, "Lefty Wilbury", Tom Petty, "Charlie T. Wilbury, Jr.", e Bob Dylan era "Lucky Wilbury". Para quem não conhece, esse álbum é altamente recomendável. Gastei quase um salário inteiro de estagiário de Direito há uns 13 anos para comprar o bootleg. O lançamento oficial em CD só aconteceu em 2007, com o box "The Traveling Wilburys collection", com os dois CDs e um DVD bônus.
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Gênio da guitarra faz aniversário hoje. E do piano também. Um dos grandes orgulhos do Brasil, Nelson Freire sopra 66 velinhas nessa segunda-feira. Difícil dizer quais são as maiores delícias que saem dos dedos desse pianista fantástico. Os prelúdios de Chopin? As sonatas de Beethoven? Os concertos para piano de Brahms? O" Carnaval" de Schumann? Os prelúdios de Rachmaninoff? Difícil, né? Recentemente, ouvi o álbum gravado em parceria com Martha Argerich, "Live from Salzburg" (2010). A interpretação de "La valse", de Ravel, é, no mínimo, comovente. Gênios.
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Os astros do rock n' roll morrem cedo que nem os poetas românticos? Chuck Berry está aí para provar que não. Um dos inventores do rock completa 84 anos hoje, firme e forte, dando show toda hora. Para Chuck Berry, só tenho uma coisa a dizer: "a benção".
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Parabéns a todos os médicos pelo dia de hoje. Fiquei pensando a melhor maneira de homenageá-los nesse Dia do Médico. Achei a resposta em uma música do Black Sabbath: "Rock 'n' roll doctor". "He makes me happy when I'm feeling down / Take away my worry takes away my frow / Gotta see my rock 'n' roll doctor"... Genial!
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"Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!"
("Meus oito anos" - Casimiro de Abreu - 04/01/1839 / 18/10/1860)
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!"
("Meus oito anos" - Casimiro de Abreu - 04/01/1839 / 18/10/1860)