12 de jul. de 2010

Neruda, Guineto, Bon Jovi, Eric Carr, Pearl Jam, Agostinho, Robbie Williams, João Saldanha, Zidane, Waters+Gilmour, Interpol, Ferry, Muse, Walkmen

Essa aí é a capa de "Flamingo", o primeiro álbum solo do Brandon Flowers, do The Killers, e que será lançado na primeira quinzena de setembro. Acho que ficou com um estilo meio Luis Miguel...

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Se o The Walkmen for por esse caminho em seu novo álbum, "Lisbon" (lançamento previsato para setembro), podemos esperar um discaço.



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Adoreis as AOL Sessions do Gorillaz...

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Durante apresentação no festival T In The Park, na Escócia, nesse fim de semana, o baixista do Muse, Chris Wolstenholme, disse que a sua banda vai começar a trabalhar em um novo álbum já em 2011. Ele afirmou que, tão logo termine a turnê de "The resistance", disco lançado em 2009, eles tirarão rápidas férias, para começar o trabalho de composição do novo material. "Acho que as maiores férias que tivemos nos últimos doze anos foram de seis semanas", disse depois do show ao NME.

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Quem quiser baixar o EP novo do Owen Pallett, "Lewis takes off his shirt", é só seguir aqui.

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O cantor Bryan Ferry abriu o seu caderninho de telefone e convidou um bando de gente para participar de seu novo álbum, "Olympia", a ser lançado no dia 25 de outubro. Sente só: tem gente do Radiohead (Jonny Greenwood), do Scissor Sisters, David Gilmour, Mani (Primal Scream), Phil Manzanera, Andy Mackay, Brian Eno (esses três eram integrantes do Roxy Music, e não gravavam com Ferry desde o álbum "For your pleasure", de 1973), Flea (Red Hot Chili Peppers) e Nile Rogers (Chic). O último trabalho de Ferry foi "Dylanesque" (2007), e a relação de faixas de "Olympia" é a seguinte: "You can dance", "Alphaville", "Heartache by numbers", "Me oh my", "Shameless", "Song to the siren", "No face, no name, no number", "BF bass (Ode to Olympia)", "Reason or rhyme", "Tender is the night".

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"Foi-se o tempo em que se podia fazer dinheiro com a música." (Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, conformado com a crise da indústria do disco)

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E que tal a nova música do Interpol, "Barricade"? A canção estará no próximo álbum da banda, "Lights", que sai em setembro.



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Engraçado, ontem mesmo estava vendo o DVD "Live 8", em especial as apresentações do Robbie Williams e do Pink Floyd, e hoje pipocam notícias sobre os dois. A volta de Williams ao Take That, pelo menos para mim, não é uma boa notícia. Mas o reencontro de David Gilmour e de Roger Waters em um palco, cinco anos após o "Live 8", é uma bela notícia. Os dois se juntaram para uma rápida apresentação beneficente para a HOPING Foundation (Hope and Optimism for Palestinians In the Next Generation). Duzentos convidados ouviram quatro músicas: "To know him is to love him", "Wish you were here", "Comfortably numb" e "Another brick in the wall (Part two)". A foto acima está no blog do David Gilmour. E, não, não encontrei nenhum vídeo no Youtube...

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Olha, já falei que estou com uma ressaca desgraçada da Copa, mas só quero lembrar que hoje faz 12 anos que a seleção brasileira foi detonada pela França do Zidane na final da Copa da França. Sobre aquela seleção da França, acho que foi o último grande time que vi jogar em uma Copa. A Itália de 2006 e a Espanha de 2010, definitivamente, não entraram para a história. O Brasil de 2002 pode ser pau a pau com essa França de 98.



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O Brasil estava triste por conta da eliminação precoce na Copa da Itália, em 1990. Mas ficou ainda mais triste quando soube da notícia da morte de João Saldanha, exatos 20 anos atrás. Ele morreu em Roma após comentar a Copa do Mundo pela extinta TV Manchete. Antes de fazer os seus comentários mordazes na televisão (o seu apelido era "João sem medo"), João Saldanha foi técnico da seleção brasileira, tendo montado, inclusive, a seleção de 1970. Comunista, acabou dispensado do posto de técnico da futura seleção tricampeã. Para quem quiser conhecer um pouco mais da história (e que história...) de João Saldanha, recomendo o livro "João Saldanha, uma vida em jogo", de André Iki Siqueira.



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EXTRA 3: O site Contact Music informou que o cantor Robbie Williams vai gravar um álbum e fazer uma turnê com a sua antiga banda, o Take That, no ano que vem. Antes do retorno, provavelmente em setembro, Williams lançará a coletânea "In and out of consciousness: The greatest hits 1990-2010". Segundo o mesmo site, o anúncio da volta de Williams à banda (que ele abandonou em 1995) acontecerá nos próximos dias. Por sua vez, o The Sun informou que a coletânea contará com uma canção inédita ("Shame") que terá a participação de Gary Barlow, do Take That.

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O dia 12 de julho representa um capítulo triste para a Música Popular Brasileira. Nesse mesmo dia, no ano de 1973, Agostinho dos Santos morreu em um acidente de avião perto do aeroporto de Orly, em Paris, no voo 820 da Varig. O acidente, até hoje, é relembrado como um dos mais trágicos da história da aviação brasileira. Durante os seus 41 anos, Agostinho participou de momentos importantes da MPB, especialmente do concerto que apresentou a Bossa Nova aos norte-americanos, no Carnegie Hall, em 1962. Antes, ele havia sido intérprete no filme "Orfeu do Carnaval", de Marcel Camus, das músicas "Manhã de carnaval" e "A Felicidade", esta última, uma das primeiras composições da dupla Tom Jobim / Vinicius de Moraes.



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EXTRA 2: O Pearl Jam anunciou um hi-a-to por tempo indefinido durante a apresentação ontem no festival Optimus Alive!10, em Lisboa. "Obrigado por virem ao nosso último show por muito tempo", disse Eddie Vedder no decorrer da apresentação. Ele ainda falou que não é o último show da história do Pearl Jam, mas que será o último por um tempo indefinido. Pelo jeito, vai demorar um bom tempo para os brasileiros curtirem a banda de Seattle novamente ao vivo. Quem foi a algum dos shows do Pearl Jam no final de 2005, sabe muito bem do que estou falando.



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Hoje também é aniversário de um grande e saudoso baterista. Eric Carr, o melhor baterista que o Kiss teve, nasceu a 12 de julho de 1950. Infelizmente, um câncer no coração o tirou de cena em 24 de novembro de 1991. Morreu jovem. Mas deixou grandes álbuns com o Kiss, como "Creatures of the night" (1982) e "Lick it up" (1983). Saudades.



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EXTRA 1: A quem interessar possa, acabo de receber e-mail da produtora Time For Fun confirmando o show do Bon Jovi em São Paulo (Estádio do Morumbi), no dia 06 de outubro. A apresentação, que será a única no país, cairá numa quarta-feira, dois dias antes do show do Rush, no mesmo estádio. A apresentação faz parte da "The Circle Tour", uma das turnês que mais tem lucrado nesse ano. Os ingressos serão vendidos em pré-venda exclusiva para clientes Credicard, Citibank e Diners, pelo site www.ticketsforfun.com.br, telefone, bilheterias oficiais do show e demais pontos de vendas espalhados pelo Brasil. Informações sobre preços e datas de pré-venda e venda serão divulgadas em breve. Nesse último fim de semana, a banda de Bon Jovi fez show em Nova Jersey, e o cantor saiu carregado do palco.

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E aí pessoal? Como vamos? Vou dizer que estou com uma ressaca dessa Copa do Mundo. Caraca, parece que bebi uma garrafa de vodka todo dia nesse último mês. Eu não sei se queria muito que ainda tivesse um mês de Copa ou que ela acabasse logo. Enfim, acabou... E hoje, dia 12 de julho de 2010, o que temos, hein? Bom, comecei com Pablo Neruda, que faria 106 anos de idade hoje. Um dos meus livros de cabeceira é a sua "Antologia poética" (versão bilíngue), e foi dele que tirei esse soneto abaixo. Além de Neruda, quem faz aniversário hoje é um sambista que eu gosto muito. Almir Guineto nasceu a 12 de julho de 1946, no Rio de Janeiro. Zeca Pagodinho sempre dá uma força pra ele - inclusive gravando algumas canções suas, como "Lama nas ruas". Mas Almir pode ser considareado uma espécie de padrinho de Zeca, mesmo que não tenha alcançado o mesmo sucesso. Muito do que a gente vê no Zeca Pagodinho, já podia ser visto em Almir Guineto muitos anos antes: a malandragem, o jeito de cantar... Por isso que Almir Guineto merece muito respeito.



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"Tal vez no ser es ser sin que tú seas,
sin que vayas cortando el mediodía
como una flor azul, sin que camines
más tarde por la niebla y los ladrillos,

sin esa luz que llevas en la mano
que tal vez otros no verán dorada,
que tal vez nadie supo que crecía
como el origen rojo de la rosa,

sin que seas, en fin, sin que vinieras
brusca, incitante, a conocer mi vida,
ráfaga de rosal, trigo del viento,

y desde entonces soy porque tú eres,
y desde entonces eres, soy y somos,
y por amor seré, serás, seremos."

("Soneto LXIX" - Pablo Neruda - Antologia Poética)