Iron Maiden nunca é demais. Ou quase nunca... “Somewhere Back In Time”, CD da banda inglesa que chegou às lojas brasileiras na semana passada é inexplicável. Nem o fã mais radical – e o Iron Maiden, com todo merecimento, tem aos montes – consegue explicar como a banda consegue lançar tantas coletâneas no mercado. Antes dessa, já saíram “Best Of The Beast” (1996), “Ed Hunter” (1999), “Edward The Great” (2002) e “The Essential” (2005). Aí, fica a pergunta irrespondível: Por que mais uma? Se algum fã puder explicar, o comentário será muito bem-vindo...
Em “Somewhere Back In Time”, o Iron Maiden apresenta os seus maiores sucessos dos anos 80, ou seja, quase tudo o que já foi lançado nas outras compilações. Clássicos não faltam, e está quase tudo aqui: “The Number Of The Beast”, “Iron Maiden”, “The Trooper”, “2 Minutes To Midnight”, “Can I Play With Madness”, “Hallowed Be Thy Name” etc. etc. etc. A lista de canções é realmente imbatível, e a banda ainda aproveitou para relembrar algumas coisas menos conhecidas (ou um pouco esquecidas), como “Children Of The Damned” e “The Phantom Of The Opera”, ambas extraídas do “Live After Death”, já com Bruce Dickinson nos vocais.
Aliás, esse aspecto também merece algumas considerações. Se a coletânea cobre a década de 80, qual a finalidade de não incluir nenhuma canção dos dois primeiros discos, em suas versões originais nela? “Wrathchild” é outro exemplo que saiu do “Live After Death”, ou seja, com Dickinson nos vocais, em detrimento de Paul Di’Anno, o primeiro vocalista da banda britânica. Se a idéia de Steve Harris e companhia era limar a fundamental importância de Di’Anno, seria melhor lançar logo o CD ao vivo da atual turnê.
É um clichê dizer que a principal função de uma coletânea é apresentar ao ouvinte o som de um artista. Geralmente, a pessoa que quer conhecer os principais sucessos de uma banda, compra primeiro uma coletânea, para depois, se gostar, partir para a obra completa. Mas “Somewhere Back In Time” não cumpre a sua função. Pelo contrário, presta um desserviço à pessoa que não conhece direito a monumental obra do Iron Maiden.
Se você se enquadra nesse perfil, o melhor a ser feito é fugir de “Somewhere Back In Time”. Mas fugir mesmo. Não se deixe encantar pela maravilhosa capa que mistura o Egito antigo de “Powerslave” com o futurismo à la “Exterminador do Futuro” de “Somewhere In Time”. A melhor pedida para o iniciante em Iron Maiden é – e sempre será – “Live After Death”, um dos melhores discos ao vivo de todos os tempos. Se preferir uma coletânea em seu formato mais tradicional, vá de “Best Of The Beast”, que traz canções de todos os discos da banda (até “The X Factor”, de 1995), inclusive com faixas cantadas por Paul Di’Anno e Blaze Bayley. Depois desses dois, o DVD do Rock In Rio não seria nada mau...
Abaixo, o vídeo de “Aces High”, na mesma versão ao vivo que está em “Somewhere Back In Time”, extraída do DVD também recém-lançado, “Live After Death”.
Cotação: ***
9 de jun. de 2008
MAIS UMA COLETÂNEA, E DESSA VEZ, DISPENSÁVEL
Marcadores:
Iron Maiden
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3 comentários:
Aeeee Muito bom muito bom!!!
Cara, acho que uma explicação rápida do "por que" sai tantas coletâneas, seria dizer que cada vez que eles tocam as musicas, elas saem cada vez melhor e mais empolgante!!!
Ótimo texto!!
um motivo do iron lançar tantos albuns eh pq eles fazem mtos shows o.O e as vezes eles conseguem uma performance melhor da musica no show do que no estudio...
Iron Maiden foi a primeira banda de heavy metal que eu escutel, e a primeira musica foi Fear of the Dark!
Não me arrependo nem um poco! os caras são unicos!! A voz do Bruce humilha! Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers são guitarras incriveis, podem entrar em qualquer banda como guitarristas solos! Nicko eh um baterista exepcional!! e o Steve Harris não tem comparação, ele fundou e compos a maioria das musicas do iron!!
UP THE IRONSSS
Janick Gers um guitarrista incrivel? Tá de sacanagem né? Ele é pifio. Graças a Deus ele não fez parte dos anos 80. Esse cara é uma vergonha para o metal!! Alias, na turnê do Somewhere back in time, sua única participação efetiva foi tocar Fear of the dark, que nem dos anos 80 é. Curioso né...
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