Muita gente foi pega de surpresa quando “Konk”, álbum do The Kooks alcançou o primeiro lugar na parada inglesa. Mas a banda, que à época podia ser considerada ‘indie’ já está na estrada desde 2005, e em 2006, lançou o seu primeiro álbum, “Inside In / Inside Out”, que chegou ao segundo posto da mesma parada inglesa.
Desse primeiro disco até “Konk”, lançado recentemente no Brasil, muita coisa mudou. E, infelizmente, para pior. De “Inside In / Inside Out”, pouca coisa sobrou. A banda ‘indie’ com um som mais cru se transformou em uma banda com a sonoridade pop mais descartável possível. De quebra, as letras falando sempre de garotas, amor e sexo ficaram bem piores.
Tudo bem que isso até ajude a banda a fazer mais sucesso – como, de fato, está ajudando –, mas é inegável que o nível caiu. Com esse som, provavelmente a banda vai continuar lotando os seus shows, participando de festivais (como o de Glastonbury, no ano passado, quando se apresentou no palco principal) e abrindo para grandes bandas, como já o fizeram recentemente para os Rolling Stones.
Até que com um pouco de boa vontade, ainda dá para encontrar coisas boas em “Konk”. O disco, que foi gravado em seis semanas, tem lá os seus bons momentos, como a introdução lenta de “See The Sun” e a faixa “Down To The Market”, que lembra um pouco mais a sonoridade de “Inside In / Inside Out”. “Mr. Maker”, com a sua levada folk ao violão é uma outra boa canção do quarteto de Brighton. A balada “Shine On”, segundo single do álbum, também desce bem.
Mas o que predomina mesmo são as canções pop juvenis descartáveis, como “Always Where I Need To Be”, primeiro single de “Konk” e a boba “Do You Wanna”. Lá pelo final, ainda tem a lenta “Tick Of Time” e a faixa escondida “All Over Town”, levadas apenas ao violão. Dá a impressão que, neste momento, o The Kooks está pedindo para ser levado a sério. Tarde demais...
Abaixo, um vídeo do primeiro single de “Konk”, “Always Where I Need To Be”, durante apresentação no festival de Glastonbury, no ano passado.
Cotação: **
Um comentário:
Realmente o nível caiu, mas não achei Konk tão ruim assim não.
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