3 de out. de 2010

Resenhando: Robert Plant, Simone, The Drums, “É com esse que eu vou”, Joyce

“Band of joy”– Robert Plant
Nos tempos atuais, em que uma reunião do Led Zeppelin é, volta e meia, cogitada, é digno de registro o fato de Robert Plant colocar nas lojas um álbum chamado “Band of joy”, nome de sua banda pré-Led Zeppelin. Desde o lançamento do essencial “Raising sand” (gravado em parceria com a cantora Alison Krauss, em 2007), Robert Plant demonstra uma alegria que nunca havia demonstrado com a sua (extremamente irregular) carreira solo. Com “Raising sand”, ele papou algumas estatuetas do Grammy, e se sentiu à vontade para esnobar Jimmy Page, que não para de mendigar o retorno do vocalista louro à banda que lhes trouxe fama e grana. Com o álbum “Band of joy”, Robert Plant dá mais um passo pra frente (ou pra trás, dependendo do seu grau de saudosismo) em sua carreira. Ok, seria muito legal ver os dois reunidos a John Paul Jones novamente. Mas é muito mais legal concluir que um dos maiores vocalistas da história do rock ainda consegue ser relevante, mais de 30 anos após a dissolução do Led Zeppelin. Em “Band of joy”, Robert Plant resgata o bluegrass de “Raising sand”, incorporando-lhe elementos do folk e do blues. E olha que a mistura deu muito certo. Com o apoio de uma banda competente (formada por gente como o guitarrista Buddy Miller e a cantora Patty Griffin), Plant registrou 12 faixas, sendo uma, “Central two-o-nine”, de sua autoria (ao lado de Miller). Mas a grande faixa do álbum é “House of cards” (não, não é a do Radiohead), com vocais fabulosos de Patty Griffin. Ao mesmo tempo, a quase-pop “Harm’s swift way” também merece destaque. Enfim, não é Led Zeppelin. Mas é a Band Of Joy. E para Robert Plant isso deve fazer muito mais sentido.

*****

“Em boa companhia” – Simone
Depois do CD de estúdio, vem o ao vivo, diz o mercado. E Simone não fez diferente. Após o lançamento do irregular “Na veia” (2009), a cantora ressurge com o CD duplo/DVD “Em boa companhia”. Gravado no Teatro Guararapes, em Recife, o novo trabalho de Simone traz todas as 12 faixas de “Na veia”, além de alguns sucessos de sua carreira. Se é louvável, por um lado, Simone apresentar, no palco, a íntegra do álbum originário do show, por outro, a apresentação perde muito do seu pique, até mesmo porque, “Na veia” não é lá um grande álbum. E, de quebra, as versões ao vivo são idênticas as de estúdio, sem tirar nem pôr. Daí vem a pergunta: por que um CD duplo e não apenas um simples privilegiando as músicas que não estão no álbum de estúdio? Além das “novas” versões de “Ame” (belíssimo samba de Paulinho da Viola e Elton Medeiros), “Na minha veia” (de Martinho da Vila e Zé Catimba) e “Hóstia” (parceria de Erasmo Carlos e Marcos Valle), Simone apresenta algumas coisas antigas que os fãs sempre gostam de recordar. São os casos de “Tô que tô” (da dupla Kleiton & Kledir, e faixa de abertura do espetáculo), “Face a face” (obra prima de Cacaso e Sueli Costa) e “Ive Brussel” (clássico de Jorge Ben, que ganhou uma versão bem interessante). Destaque também para as releituras de “Perigosa” (de Rita Lee, Roberto de Carvalho e Nelson Motta, e que fez sucesso com as Frenéticas), “Lá vem a baiana” (de Dorival Caymmi) e “Ai ai ai” (da dupla Ivan Lins / Vitor Martins, e que caiu muito bem na voz de Simone, como, aliás, caem todas as músicas da dupla). O final, com “Ex amor”, de Martinho da Vila, é a prova de que nem sempre é necessário apelar para “O amanhã”.

*****

“The Drums” – The Drums
Uma mistura de pós-punk com rock dos anos 60. Dessa forma (um tanto grosseira, é verdade) pode ser definido o som do The Drums, banda formada por Jonathan Pierce (vocais), Jacob Graham (guitarra), Connor Hanwick (bateria) e o dissidente Adam Kessler (guitarra). Embebidos em The Smiths, Joy Division e The Zombies, o quarteto lançou, no mês retrasado, um bom álbum de estreia, que leva o seu nome. Os primeiros acordes da faixa de abertura, “Best friend”, podem dar a entender que “The Drums” é um álbum que poderia ter sido gravado lá no iniciozinho dos anos 80, do outro lado do Pacífico, em alguma cidade acinzentada. Mas talvez o diferencial seja exatamente esse: a sonoridade do The Drums não é tão cinza quanto a de suas influências. “Me and the moon”, por exemplo, está mais para uma new wave de um Duran Duran. Já “Let’s go surfing” promove um inusitado encontro entre o Joy Division e o Beach Boys, enquanto que “Skippin’ town” é The Zombies puro. Bem diferente é a deprimidinha “Down by the water”, primeiro single do álbum, e que não passa muito uma ideia geral do disco. Até mesmo porque, apesar da atmosfera meio deprê e daquele baixão no estilo Peter Hook, o som do The Drums está muito mais para uma Califórnia quente e ensolarada do que para uma Manchester fria e nublada.

*****

“É com esse que eu vou” – Vários Artistas
Repetindo a fórmula usada em “Sassaricando”, Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral lançaram um novo musical, já em cartaz no Rio de Janeiro. “É com esse que eu vou” agrupa 82 sambas compostos por gente como Herivelto Martins, Ataulfo Alves, Haroldo Lobo, Noel Rosa, Ary Barroso, Roberto Roberti, Wilson Baptista, Roberto Martins, entre outros. Na voz do mesmo elenco de “Sassaricando” (com exceção de Eduardo Dusek), não tinha muito como o resultado dar errado. E também não tinha como dar errado com a excelente banda, liderada pelo arranjador Luís Filipe de Lima, e formada por ótimos músicos como Jorge Helder (baixo), Oscar Bolão (bateria), Henrique Cazes (cavaquinho) e Dirceu Leite (sopros). Realmente não deu. Mas a verdade é que “É com esse que eu vou” dá pistas de um certo esgotamento dessa fórmula. Se em “Sassaricando”, as marchinhas surgiam revigoradas e frescas, em “É com esse que eu vou”, os sambas soam um pouco repetitivos. Ou seja, ficou tudo igual demais a “Sassaricando”. Aliás, até a fórmula de agrupar os sambas em medleys é igual a do musical anterior. Os 82 sambas foram divididos em blocos como “Rico x Pobre” (com sambas como “Com que roupa?”, de Noel Rosa), “Orgia x Trabalho” (“Abre a janela”, de Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.), “Cidade x Morro” (“Praça Onze”, de Herivelto Martins e Grande Otelo), “Tristeza x Alegria” (“Atire a primeira pedra”, de Mário Lago e Ataulfo Alves), “Solteiro x Casado” (“Nega maluca”, de Evaldo Ruy e Fernando Lobo), “Feminismo x Machismo” (“Não me diga adeus”, de Paquito, Luiz Soberano e João Correa da Silva) “Briga x Paz” (“Mora na filosofia”, de Monsueto e Arnaldo Passos) e “Apologia do samba” (com “Alegria”, de Assis Valente e a faixa-título do musical, composta por Pedro Caetano, em 1947). Apesar de um gostinho de déjà vu, ninguém pode negar que é uma bela aula de samba.

*****

“Feminina” – Joyce
“Em 1980 minha vida estava mudando. Depois de um período de parada quase total das atividades musicais, por conta do nascimento de minhas filhas, voltei a compor direto, vi minhas músicas serem gravadas pelas mais importantes vozes do Brasil e finalmente fui convidada a gravar um disco meu pela EMI-Odeon. Esse disco se chamaria ‘Feminina’, e seria um marco em meu trabalho e em minha vida.” É dessa forma que Joyce inicia o texto que consta no encarte da edição de 30 anos de “Feminina”, o seu álbum mais importante, e que a EMI agora recoloca nas lojas. Joyce ficou meio que parada durante quase toda a década de 80, mas o seu nome continuava em alta. Artistas como Elis Regina, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Nana Caymmi e Quarteto em Cy haviam gravado as suas canções – muitas, inclusive, presentes em “Feminina” –, e boas ideias ainda brotavam, especialmente a música “Clareana”, classificada no Festival MPB-80, e um dos maiores sucessos daquele ano. “Clareana” é uma das dez faixas de “Feminina”, que ainda trazia canções já bem conhecidas, como “Essa mulher” (que havia sido um estrondoso sucesso como faixa-título do álbum lançado por Elis Regina em 1979) e “Da cor brasileira” (gravada por Maria Bethânia em seu disco “Mel”, também de 79, e um dos mais vendidos de sua carreira). Já a faixa-título, “Feminina”, é um daqueles momentos da MPB que pode ser chamado de mágico. A música acabou sendo um dos temas da série “Malu mulher”, que fazia enorme sucesso na Rede Globo. E tudo isso respaldado por um timaço de músicos como Tuti Moreno (bateria e percussão), Mauro Senise (flauta), Fernando Leporace (baixo) e Hélio Delmiro (violão). Com todos esses predicados, “Feminina” foi um marco na carreira de Joyce – e (por que não?) da MPB.

*****

Em seguida, um preview de “Band of joy”, e uma pequena entrevista com Robert Plant:

2 de out. de 2010

Mike Rutherford, Sting, Radiohead, Morumbi, Rock Hudson, Orlando Silva, Calcanhotto, Elis, Emilinha, Tired Pony, Roger Waters, Muse, Lulu, Peanuts 60

Peanuts 60! A primeira tirinha, de 02 de outubro de 1950:


*****

UMA MÚSICA PRO FIM DE SEMANA: "Papo cabeça", do Lulu Santos. A minha música predileta do Lulu, e que está presente agora em seu "Acústico MTV II". Mas a versão original do "Honolulu" (1990) é melhor...



*****

Leitores da revista Total Guitar elegeram o riff de guitarra de "Plug in baby", do Muse, o melhor da década. O Muse também aparece na quinta posição da enquete, com "Knights of Cydonia". O top 10 foi o seguinte:
1. "Plug in baby" (Muse)
2. "Slither" (Velvet Revolver)
3. "Afterlife" (Avenged Sevenfold)
4. "The dark eternal night" (Dream Theater)
5. "Knights of Cydonia" (Muse)
6. "No one knows" (Queens Of The Stone Age)
7. "Seven nation army" (The White Stripes)
8. "Halo" (Machine Head)
9. "Mr. Brightside" (The Killers)
10. "Beast and the harlot" (Avenged Sevenfold)



*****

Roger Waters está sendo criticado por grupos semitas, por conta de um vídeo em seu novo show. Na atual turnê, Waters interpreta o álbum "The wall" (1980) na íntegra. E durante "Goodbye blue sky", um vídeo mostra um avião despejando dólares e Estrelas de Davi como se fossem bombas. Você pode tirar as suas conclusões com o vídeo abaixo.



*****

Fazia uns dois dias que estava procurando o vídeo do Tired Pony no programa do David Letterman. Finalmente encontrei. Vale a pena. Gostei muito dessa banda.



*****

Emilinha Borba ou Marlene? Essa era a "guerra" no programa César de Alencar. Aqui, eu fico com a Emilinha Borba. Pelo menos hoje. Já são cinco anos de saudade. Emilinha morreu no dia 03 de outubro de 2005.



*****

Acredite se quiser, mas houve um tempo em que as emissoras de TV transmitiam programas dedicados à Música Popular Brasileira. E eu estou falando de emissoras abertas, hein?? Bom, amanhã vai fazer 30 anos que um dos grandes momentos da história da televisão brasileira foi ao ar. Estou falando do especial "Elis Regina Carvalho Costa", dentro da série "Grandes Nomes", dirigida por Daniel Filho. Ontem eu revi esse DVD da Elis Regina. Queria destacar algo aqui no blog hoje. Mas ficou difícil. Qual foi o grande momento? O sorriso de Elis enquanto canta "O bêbado e a equilibrista" naquele período de "quase" reabertura? As lágrimas escorrendo em seu rosto durante a interpretação de "Atrás da porta", que vale como uma facada no estômago? A brincadeira de roda com músicos, bailarinos e plateia na emocionante "Redescobrir"? O beijo carinhoso no ombro de César Camargo Mariano durante "Modinha"? Elis se despedindo cantando "Fascinação"? Poderia realçar qualquer desses momentos aqui no blog. Mas, para mim, nada supera esse aqui...



*****

Amanhã é dia de dar os parabéns a Adriana Calcanhotto, uma das grandes cabeças da Música Popular Brasileira. Eu digo "cabeça" porque Adriana Calcanhotto não é só uma boa cantora. Aliás, eu a considero mais uma produtora do que uma cantora, da mesma forma que Nara Leão. Os seus álbuns são sempre muito bem pensados, com conceitos definidos. E é isso que eu mais admiro nos artistas. Adriana Calcanhotto completa 45 anos amanhã, ao mesmo tempo que coloca nas lojas o CD/DVD "Dois é show!". Mas eu ainda espero o DVD do "Maré". Será que algum dia sai??



*****

Vamos partir agora para os fatos importantes do dia 03 de outubro? Siiiiiim, responde o auditório. Bom, então vamos começar por Orlando Silva, que estaria comemorando 95 anos nesse domingo. Orlando Silva, com o seu estilo de cantar, plantou a primeira semente da Bossa Nova. E não sou eu quem disse isso não, mas João Gilberto. O "cantor das multidões", como era conhecido, cantou macio grandes clássicos da Música Popular Brasileira, como "Carinhoso" (de João de Barro e Pixinguinha), "Curare" (Bororó), "Rosa" (de Otávio de Sousa e Pixinguinha) e, a minha predileta, "Lábios que beijei" (de J. Cascata e Leonel Azevedo). Orlando Silva fez a transição perfeita entre os cantores de "dó de peito" e o canto suave da Bossa Nova. Ele morreu aos 62 anos, no dia 07 de agosto de 1978, por conta de um acidente cárdio-vascular.



*****

Muitos dos meus ídolos morreram de Aids, a praga que devastou parte da cultura na década de 80. Há 25 anos, as pessoas não sabiam direito do que se tratava a tal doença. A ignorância era tanta que alguns a chamavam de "câncer gay", ou seja, uma doença exclusiva dos homossexuais. A coisa ficou mais preocupante ainda no dia 02 de outubro de 1985, quando o ator norte-americano Rock Hudson morreu vitimado pela Aids. Ator famoso, ao morrer, Hudson acendeu a luz vermelha para as pessoas que ainda não tomavam cuidado, e achavam que a doença era brincadeira. Mas já era tarde. Muita gente já estava infectada. E, naquela época, a Aids era um atestado de óbito mesmo. Os meus heróis não morreram de overdose. Morreram de Aids.



*****

Agora vou falar só um pouquinho de futebol, porque um dos templos sagrados do esporte bretão (sempre tive vontade de escrever "esporte bretão") faz 50 anos hoje. Estou falando do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, ou Morumbi, para os íntimos. Eu não sou íntimo do Morumbi (então não posso nem chamá-lo de Morumba), nunca vi nenhum jogo de futebol lá. Mas já vi alguns shows: U2, AC/DC, Madonna... E em novembro estarei lá de novo para ver o Paul McCartney. O Morumbi, que hoje é o quarto maior estádio do país, tem capacidade para 68 mil pessoas. E o primeiro jogo lá realizado (exatamente no dia 02/10/1960) foi São Paulo contra Sporting, de Portugal. Os donos da casa venceram por um a zero, gol de Peixinho.



*****

Eu me lembro bem do dia em que comprei "Kid A", do Radiohead. Coloquei para rodar imediatamente no CD-player do carro. À época, fui um dos poucos que gostei. E gostei muito. Confesso que tenho uma queda por coisas muito estranhas. E "Kid A", pelo menos quando foi lançado, era considerado muito "estranho". Tive que defender com unhas e dentes o disco do Radiohead em um grupo que tinha para ouvir discos. Ninguém gostou. Muitos não conseguiram nem passar de "Everything in its right place" - para mim, a melhor música do Radiohead. Enfim, hoje é engraçado que muitas dessas pessoas acham o "Kid A" genial. Um período de dez anos pode mudar muita coisa mesmo. E "Kid A" chegou às lojas no dia 02 de outubro de 2000.



*****

E hoje também é dia de dar os parabéns ao Sting, que faz 59 anos, com carinha de 29. Bom, o que é que eu vou falar do Sting aqui, gente? Bom, os últimos discos dele estão beeeem chatinhos. Esse negócio de gravar música inglesa medieval e também os seus sucessos em arranjos sinfônicos... Sei não, mas acho que o último grande álbum do Sting foi "Brand new day", láááá de 1999. Inclusive, quando ele veio aqui no Rock in Rio 3, ele estava divulgando esse álbum. Foi um bom show, embora muita gente tenha reclamado da ausência de "Every breath you take". Depois disso, teve a reativação do The Police. Mais uma vez, não faltou crítica. Eu achei animal. Vi quatro shows da turnê, todos sensacionais. E, volta e meia, o BD "Certifiable" rola aqui pelas madrugadas. Hum, boa ideia para hoje...



*****

Ah, chegou o sabadão, hein? Nossa, vocês não imaginam a quantidade de coisa legal que tenho pra escrever aqui no blog hoje. É aquele tipo de dia que dá até gosto trabalhar. Então vamos começar logo. E vamos começar pelo grande guitarrista do Genesis, Mike Rutheford, que hoje completa 60 anos. Aliás, ele não é só o guitarrista, mas um dos fundadores de uma das bandas mais importantes do rock progressivo. Rutherford também gravou dois álbuns solo no início da década de 80 e outros oito com a banda Mike + The Mechanics.

1 de out. de 2010

Albert Collins, U2, Julie Andrews, Ali x Frazier, Ibrahim Sued, The Who, Bryan Adams, Bon Jovi, Sade, Marcos Valle

"E ademã, que eu vou em frente."

*****

Outro dia fui surpreendido em uma loja de CDs (sim, algumas ainda existem) com esse disquinho acima. Trata-se de nova coleção da EMI, no estilo "dois em um". A maior parte dos títulos é dispensável, eis que os CDs ainda se encontram em catálogo, em edições muito mais bem acabadas, caso dos essenciais "Minas" e ""Geraes", de Milton Nascimento. Mas esse de Marcos Valle (foto acima) vale muito a pena. O CD duplo apresenta os álbuns "Marcos Valle" (1970) e "Garra" (1971) na íntegra. O primeiro nunca havia sido lançado em CD. O segundo estava fora de catálogo fazia um bom tempo. São dois dos melhores álbuns da discografia impecável de Marcos Valle. E atenção que a tiragem é limitada.

E olha que delícia essa música aqui...



*****

DE VOLTA II: Sade anunciou a sua primeira turnê em dez anos. A cantora marcou dez datas para divulgar o álbum "Soldier of love", que, segundo a Nielsen Soundscan, vendeu 1,3 milhão de cópias somente nos Estados Unidos. A primeira apresentação acontece no dia 16 de junho do ano que vem, em Baltimore, e a última, a 30 de agosto, em Anaheim, na Califórnia.

*****

A quem interessar possa, o videoclipe da nova música do Bon Jovi, "What do you got?".



*****

Sai no dia 01º de novembro, o novo álbum de Bryan Adams. "Bare bones" (capa acima) foi gravado durante a turnê acústica do cantor canadense, que aconteceu nesse ano. O disco conta com 20 músicas, incluindo alguns dos principais sucessos de Adams, como "Heaven" e "(Everything I do) I do it for you". As faixas de "Bare bones" são as seguintes: "You've Been A Friend To Me", "Here I Am", "I'm Ready", "Night To Remember", "It Ain't A Party (If You Can't Come 'Round)", "(Everything I Do) I Do It For You", "Cuts Like A Knife", "Please Forgive Me", "Summer Of '69", "Walk On By", "Cloud Number 9", "It's Only Love", "Heaven", "Right Place", "The Way You Make Me", "The Only Thing That Looks Good On Me Is You", "You're Still Beautiful To Me", "Straight From The Heart", "I Still Miss You...A Little Bit" e "All For Love".

*****

DE VOLTA: A banda The Who anunciou que vai retornar às suas atividades no ano que vem. No site oficial da banda, o vocalista Roger Daltrey disse que o guitarrista Pete Townshend está escrevendo novas músicas. Daltrey também afirmou que a banda deve cair na estrada no ano que vem. A ideia é apresentar alguns álbuns clássicos na íntegra, como "Quadrophenia" e "Tommy". "Estamos ainda planejando como será o nosso próximo ano. Mas vamos fazer algo", disse o vocalista. Seria lindo um show do The Who no Rock in Rio, não?

*****

E para finalizar as efemérides de hoje, lembro aqui do grande Ibrahim Sued, o mais importante colunista social do jornalismo brasileiro. Diziam que ele era capaz de errar ortografia até mesmo quando falava. Mas se o português não era muito o seu forte, as suas colunas eram deliciosas. Assim como as matérias que ele fez para o Fantástico nos anos 70, e que estão por aí espalhadas pelo YouTube. Sued morreu há 15 anos. "Olho vivo, que cavalo não desce escada". Ah, só uma observação: esse vídeo abaixo é IM-PER-DÍ-VEL!



"Sorry, periferia!"

*****

Fãs de boxe, atenção! No dia 01º de outubro de 1975, aconteceu a que é considerada a maior luta de boxe de todos os tempos. Na época, a maior rivalidade (tipo um Rocky Balboa contra Apollo Creed) era entre Muhammad Ali e Joe Frazier. E a rivalidade ia além dos limites do ringue, com Ali, inclusive, fazendo vários comentários racistas com relação a Frazier em entrevistas. Era uma guerra de nervos mesmo. Pois bem, em 1971, houve o primeiro combate entre eles. Frazier levou a melhor. Três anos depois, foi a vez de Ali derrubar o seu oponente. A grande revanche aconteceu há 35 anos, nas Filipinas ("The thrilla in Manila"). Estavam previstos 15 rounds, mas no intervalo entre o 14º e o 15º, Frazier jogou a toalha. Fantástico!



*****

E, olha só, hoje é dia de uma pessoa muito importante comemorar 75 anos. Nome? Julie Andrews. Essa sim merece aquele título de diva. Grande atriz, excelente cantora, linda... O que mais, hein? Ajudem, ajudem... Filmes marcantes? "Mary Poppins", "The sound of music" (também conhecido como "A noviça rebelde"), "Victor/Victoria", "Positivamente Millie"... Sua lista de prêmios é imensa, incluindo vários Emmy Awards, Laurel Awards, Globos de Ouro, e o Oscar de melhor atriz, em 1965, por "Mary Poppins". Há uns 15 anos, mais ou menos, tive a oportunidade de assitir "Victor/Victoria", na Broadway, com a própria Julie Andrews. Esse é o tipo de coisa que a gente tem que colocar no currículo.



*****

Os boatos dando conta de um show do U2 em São Paulo no primeiro semestre do ano que vem estão cada vez mais fortes. Mas enquanto nada é confirmado, lembro aqui que uma das obras-primas da banda irlandesa faz aniversário hoje. "The unforgettable fire", quarto disco de estúdio da banda, chegou às lojas no dia 01º de outubro de 1984. Um dos álbuns mais adorados pelos fãs da banda, ele traz clássicos que, até hoje, são lembrados em vários shows do U2, como "Pride (In the name of love)" e "Bad". Na atual turnê, um dos momentos de maior impacto é a canção "The unforgettable fire", que estava fora do roteiro das apresentações da banda irlandesa havia anos. No ano passado, saiu lá fora, um box especial do álbum, com um CD bônus de faixas raras e um DVD com um documentário da gravação do álbum. Prato cheio para os fãs.





*****

E vamos começar falando de música, claro. Hoje, comemoramos os 78 anos do nascimento de um grandes mestres do blues: Albert Collins. Nascido no Texas, Collins - também conhecido como "The ice man" ("O homem de gelo") - teve John Lee Hooker como a sua principal influência, e depois foi o mestre de gente como Robert Cray, Stevie Ray Vaughan e Jonny Lang. Collins morreu no dia 24 de novembro de 1993, aos 61 anos, em decorrência de um câncer no pulmão. Caso você não conheça nada de sua obra, eu recomendo o DVD "Albert Collins: Live At Montreux 1992", que saiu uns dois anos atrás no Brasil, ou seja, molinho de encontrar.



*****

Bom dia, pessoal. Opa, mais um fim de semana chegando, hein... Será que o tempo abre? Hoje é dia de todo mundo voltar do trabalho feliz pra casa, né? Como diz um amigo meu, com o "camarão" no bolso. Hehehe... Bom, mas voltando à vaca fria, o que temos de bacana nesse dia 01º de outubro, hein? Vamos começar dando os parabéns às pessoas idosas. Sim, hoje é o Dia Internacional das Pessoas Idosas. A data foi aprovada pela ONU em 1990. E até hoje eu não sabia disso. Então, gente, especialmente hoje (e sempre, claro), vamos respeitar os velhinhos. Vamos ajudá-los a atravessar a rua. Vamos ajudá-los a subir no ônibus. E, principalmente, não vamos perder a paciência. Não se esqueçam: um dia também seremos que nem eles.