26 de jul. de 2008

CD E DVD: “REVOLUÇÃO!” (RPM) – UMA PARTE DA HISTÓRIA DO ROCK BRASIL

Adiada por mais de um ano, finalmente chegou às lojas a tão esperada caixa “Revolução!”, que comemora os 25 anos do surgimento do RPM, uma das bandas mais importantes do Rock Brasil. Isso porque, além de ter lançado o histórico “Rádio Pirata Ao Vivo”, que vendeu mais de 2,5 milhões de cópias e se transformou em um dos álbuns mais vendidos da história da indústria fonográfica brasileira, o RPM foi o maior exemplo da profissionalização que o rock brasileiro alcançou após o Rock in Rio.

Em abril de 85, o RPM colocou nas lojas o álbum “Revoluções Por Minuto”, com pelo menos cinco clássicos – “Rádio Pirata”, “Olhar 43”, “Louras Geladas”, “A Cruz e a Espada” e a faixa-título – que entraram instantaneamente para a história do BRock. Com tantos sucessos na bagagem, a banda liderada por Paulo Ricardo saiu em uma turnê que seguia os padrões do show business internacional. Com direção de Ney Matogrosso, muito raio-laser, gelo seco e um sistema de som de primeiro mundo, o RPM realizou uma turnê vitoriosa, arrecadando muito dinheiro. Para se ter uma idéia da proporção que o negócio atingiu, a banda chegou a lotar, por dois finais de semana seguidos, o ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

O grupo era mais do que um fenômeno nacional e acabou fazendo uma coisa que hoje é muito comum, mas àquela época, não era: a gravação de um disco ao vivo. “Rádio Pirata Ao Vivo”, registrado durante uma apresentação da banda no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo, fez imenso sucesso. Apesar de conter praticamente o mesmo repertório do disco anterior de estúdio, o RPM conseguiu emplacar uma versão de “London, London” (de Caetano Veloso) que se transformou em febre nacional. Mesmo quem já tinha o álbum de estúdio, se viu obrigado a comprar o ao vivo. O bom momento econômico que o Brasil atravessava naquele período – o estelionato eleitoral de José Sarney com a edição do Plano Cruzado – também ajudou bastante na venda do disco.

Só que o sucesso do álbum ao vivo foi tanto que a banda precisava gravar algo realmente magistral em seguida para não decepcionar o seu público. Se não chega a ser magistral, o disco “Os Quatro Coiotes” é um ótimo trabalho. Através dele, a banda liderada por Paulo Ricardo mostrou o seu lado mais adulto, com grandes canções como “Partners” (regravada mais tarde por Cássia Eller) e “Sete Mares”. Mas não era exatamente o que os seus fãs esperavam. Faltava um novo “Olhar 43”, uma nova “Rádio Pirata”, e o seu público, formado em sua maioria por adolescentes mais interessadas no ombro de Paulo Ricardo, não entendeu a nova mensagem da banda. Assim, o RPM acabou não conseguindo suportar a falta do sucesso que, à primeira vista, parecia ter chegado muito rápido. E isso misturado a muitas drogas e ao dinheiro que começava a rarear, foi a fórmula explosiva para a separação da banda.

Quem quiser comprar a caixa “Revolução”, terá essa história completa em quatro CDs e um DVD. Com exceção do álbum ao vivo que a banda lançou em 2002, tudo o que o RPM fez, está lá: os discos “Revolução Por Minuto”, “Rádio Pirata Ao Vivo”, “Quatro Coiotes” e mais um de raridades, com muitas versões remix dos sucessos (e que tocavam bastante nas rádios) e outros petiscos como as duas raras faixas que o RPM gravou em um raro compacto com Milton Nascimento (“Feito Nós” e “Homo Sapiens”).

Mas o ponto alto do box acaba sendo o vídeo com o registro de uma das apresentações da banda no Anhembi. A síntese do RPM está nos 70 minutos desse vídeo. Mais do que um bom show, “Rádio Pirata” – perdoem-me o clichê – é o retrato de uma época. Qualquer pessoa que queira entender a história da Música Popular Brasileira nos anos 80 deve assistir a esse vídeo.

Pena que as imagens não tenham passado por nenhum trabalho de restauração. Ou seja, o DVD nada mais é do que uma cópia de um antigo VHS, com todas as suas falhas de imagem que 22 anos são capazes de proporcionar. O show dá para ser visto perfeitamente, mas é uma pena que a banda e os produtores da caixa não tenham tomado esse cuidado. (A minha velha fita VHS desse show está mais bem conservada do que a que foi digitalizada para o DVD...) Pelo menos o som foi remasterizado e está bem nítido.

Completando a caixa, imagens da banda no programa do Chacrinha e três músicas gravadas no extinto programa Mixto Quente da Rede Globo, no verão de 1986. E para fechar com chave de ouro, um extra muito especial: a íntegra do programa Globo Repórter (com reportagens de Pedro Bial) que a mesma Rede Globo exibiu no auge do sucesso da banda. Ter um Globo Repórter exibindo um programa exclusivamente sobre o grupo é o maior sinal do nível de popularidade que o mesmo alcançou entre 1985 e 1986.

E essa é a história de um dos maiores fenômenos da música brasileira. Para quem viveu a época, “Revolução!” é uma grande viagem no tempo. Quem não viveu, agora tem a oportunidade de testemunhar que não foram só os Mamonas Assassinas que fizeram tanto sucesso assim.

Segue abaixo um vídeo de “Olhar 43”, presente no DVD “Rádio Pirata Ao Vivo”.

Cotação: ****

CHEMICAL BROTHERS LANÇAM COLETÂNEA DE HITS

Sai no dia 01º de setembro, na Europa, a coletânea “Brotherhood” (capa acima), com os maiores sucessos da dupla formada por Tom Rowlands e Ed Simons. Haverá uma edição dupla do álbum que vai vir com dois CDs. O primeiro é a compilação de sucessos propriamente dita, acrescida da inédita “Keep My Composure”, com a participação do Spank Rock.

Já o segundo disco vai trazer as raras dez primeiras “Electronic Battle Weapons”. Este será o primeiro lançamento oficial das “Electronic Battle Weapons”.

No dia 04 de agosto, será lançado o single digital de “Midnight Madness", que é um trecho da “Electronic Battle Weapons 10”. Dois dias antes, a dupla se apresenta na cidade de Vigo, na Espanha.

As faixas de “Brotherhood” serão as seguintes:
01) “Galvanize”
02) “Hey Boy Hey Girl”
03) “Block Rockin’ Beats”
04) “Do It Again”
05) “Believe”
06) “Star Guitar”
07) “Let Forever Be” [com Noel Gallagher]
08) “Leave Home”
09) “Keep My Composure” [com Spank Rock]
10) “Saturate”
11) “Out of Control”
12) “The Golden Path” [com The Flaming Lips]
13) “Setting Sun” [com Noel Gallagher]
14) “Chemical Beats”


Abaixo, o videoclipe do sucesso “Do It Again”.

NE-YO QUER TRABALHAR COM MARILYN MANSON E COM COLDPLAY

O cantor Ne-Yo anunciou que gostaria de gravar um dueto com Marilyn Manson. Em entrevista ao Daily Star, Ne-Yo disse: “Estou tentando falar com Marilyn Manson sobre uma idéia que tive”.

Além de Manson, Ne-Yo também disse que quer trabalhar com Chris Martin, líder do Coldplay. “Quando ‘Closer’ bateu o Coldplay no primeiro lugar da parada inglesa, eu não acreditei. Eu sou O FÃ do Coldplay, então foi muito legal. Eu adoraria fazer alguma coisa com eles. Com o Chris Martin seria ótimo”, afirmou.

Ne-Yo aproveitou a entrevista para falar o que ele está ouvindo em seu iPod. “Eu gosto de algumas coisas da Duffy, mas não de tudo. Se ela conseguir se livrar do rótulo de Amy Winehouse loira, será ok. Nos Estados Unidos, as pessoas têm falado muito sobre isso, por conta do estilo de música parecido e pelo fato de ambas serem do Reino Unido”.

Ne-Yo alcançou o topo da parada inglesa em junho com o single “Closer”.