11 de abr. de 2010

Alguns álbuns bacanas lançados em 2010

Já que eu falei que domingo vou variar um pouco o tipo de postagem, para esse primeiro, escolhi cinco CDs interessantes que já saíram em 2010. No SRZD, eu fiz resenhas mais detalhadas. Aqui, vou dar umas pinceladas rápidas. Até mesmo porque eu sei que ninguém tem saco para ler mais de dez linhas. E eu também estou sem saco de escrever muito. Se quiser ler mais, procura lá no site.

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“Live in London” – George Michael
Esse DVD (também em BD) saiu lá fora no Natal. Por aqui, chegou com uns três meses de atraso – normal. No vídeo, George Michael faz um apanhado de seus 25 anos de carreira, Destaque para as versões animalescas de “Freedom ‘90”, “Spinning the wheel” e “Jesus to a child” (essa somente nos extras). A produção é absurda, com um telão que “escorre” do alto do palco até o chão. George Michael gravou muita baboseira nos anos 80, se envolveu com drogas e tinha tudo para dar errado. Mas esse DVD prova que ele é um dos maiores cantores que têm por aí. Pena que esse show tenha marcado a sua despedida. Ele disse que não vai mais lançar disco e nem fazer show.

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“Contra” – Vampire Weekend
O Vampire Weekend já tinha mandado bem em seu hypado álbum de estreia. Esse “Contra” não é muito diferente. As suas músicas seguem o mesmo estilo, misturando rock com música africana. Canções que Paul Simon e Peter Gabriel (dois dos inspiradores do conjunto de Nova York) devem ter ficado orgulhosos. “White Sky”, por exemplo, parece ter saído diretamente de “Graceland”. “Run”, um pouco eletrônica, é outra canção que vale o álbum, assim como o primeiro single “Horchata”. O Vampire Weekend não precisou renegar as suas origens para surpreender.

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“Scratch my back” – Peter Gabriel
Em seu primeiro trabalho em oito anos, o ex-vocalista do Genesis dispensou guitarra e bateria, e gravou um álbum só com versões de músicas de outros artistas. O resultado ficou muito bom. A versão para “Listening Wind”, dos Talking Heads se transformou quase que em uma sinfonia de um Stravinsky moderno, com o ótimo arranjo de cordas, puxado por insistentes violinos. “Heroes”, de David Bowie, a surpreendente “Boy in the bubble”, de Paul Simon, “Street spirit (Fade out)”, do Radiohead, e “Mirrorball”, do Elbow, também valem o disco. Essa última só não ficou melhor do que a versão original do Elbow porque pouca coisa consegue ser melhor do que o Elbow.

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“No distance left to run” – Blur
Nessa semana, o Blur anunciou que vai lançar uma música inédita até o final do mês. Enquanto a tal inédita não vem, o DVD duplo “No distance left to run” é uma ótima pedida. O primeiro DVD traz um documentário (meio chapa-branca, é verdade) que conta a história da banda, chegando a mostrar o processo de composição da genial dupla Damon Albarn / Graham Coxon. Mas o melhor mesmo é o outro DVD, que traz a íntegra da apresentação do grupo inglês no Hyde Park, em Londres, no ano passado. Sucessos como “Song 2”, “Beetlebum”, “She’s so high”, “End of a century” e “Girls and boys” mostram porque o Blur brigava, de igual para igual, com o Oasis.

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“Amanhã” – Sá, Rodrix & Guarabyra

"Outra noite fui acordado por um sonho triste em Copacabana / ... / Os dragões voando no espaço pelo trânsito de Copacabana / Quanto amor vendido aos pedaços numa lanchonete em Copacabana”. Esses versos não poderiam ser cantados senão por Sá, Rodrix & Guarabyra. E eles estão presentes no novo álbum do trio, gravado poucos meses antes de Zé Rodrix partir dessa para melhor. Produzido por Tavito, "Amanhã" traz o trio na velha e boa forma, com as suas letras viajantes, as melodias pegajosas e os belos arranjos vocais. Destaque para "Logo eu, saudade", a viajante "Sonho triste em Copacabana" e "Cidades meninas", que lembra a sonoridade anos 80 da dupla Sá & Guarabyra.

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Ah, quer ver um trecho de "Live in London", de George Michael?

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