15 de jul. de 2008

CD: “BRING YA TO THE BRINK” (CYNDI LAUPER) – A PROVA DE FOGO PARA CYNDI LAUPER

Depois de tanto tempo no ostracismo, com vários trabalhos equivocados, Cyndi Lauper resolveu seguir os passos de Madonna e lançar um álbum essencialmente de dance music. Apesar de a idéia não ter sido das mais originais, a cantora ameniza um pouco os estragos causados em sua carreira e faz um disco que, se não lembra os melhores momentos de seus primeiros álbuns, pelo é bem melhor do que os anteriores “Merry Christmas... Have A Nice Life” (1998), “At Last” (2003) e “The Body Acoustic”, lançado em 2005.

Em seu início de carreira, Cyndi Lauper podia ser considerada uma artista tão boa (ou, para muitos, até mesmo melhor do que Madonna). Hits como “The Goonies’ r' Good Enough”, “Girls Just Want To Have Fun”, “Time After Time “ e “Change Of Heart” não ficavam nada a dever aos sucessos que Madonna colocava nas paradas durante o mesmo período. Mas o tempo passou e, enquanto Cyndi Lauper estacionou com discos de gosto bem duvidoso, Madonna sempre soube se renovar de acordo com os ditames musicais vigentes da época em que resolvia gravar um novo álbum.

Em “Bring Ya To The Brink”, a cantora norte-americana corre atrás do tempo perdido e, apesar de fazer um bom trabalho, com uma música bem longe de parecer datada, acaba repetindo um pouco o que Madonna fez no recente “Hard Candy”.

Talvez pelo fato de ter permanecido parada no tempo, Cyndi Lauper acabou por se transformar em um símbolo típico dos anos 80. E como quem foi rei – ou, no caso, rainha – nunca perde a majestade, Cyndi Lauper faz várias remissões ao seu estilo oitentista em “Bring Ya To The Brink”. E isso não é uma crítica. Pelo contrário, eis que os melhores momentos do novo disco são exatamente os que a cantora consegue misturar algo daquele período à sonoridade moderna do final dos anos 00.

“Into The Nightlife”, “Same Ol’ Story” e “Grab a Hold” são três bons exemplos dessa renovação, de certa forma controlada. E não à toa, tais canções são os melhores momentos do CD. Nelas, a sonoridade mais lúdica dos anos 80 é acoplada as batidas mais modernas e que são ouvidas nas melhores pistas de dança de Londres e Nova York. Méritos para Peer Astrom, Johan Bobeck, Richard Morel e Dragonette, os quatro produtores, além de Cyndi Lauper, responsáveis pelas três faixas.

Quando Cyndi tenta se situar exclusivamente na modernidade, o resultado acaba não sendo dos melhores. “High And Mighty”, a primeira do álbum, soa um pouco dura demais para a voz de Cyndi. Outra que é muito industrializada é “Rocking Chair”, na qual a voz de cantora norte-americana soa ‘over’ ao extremo. “Lyfe”, apesar de puxada para o hip-hop também não é um dos melhores momentos do álbum.

Mas faixas como “Rangin Storm”, a bacana “Give It Up” e “Set Your Heart” colocam o trilho nos eixos e mostram que, se Cyndi Lauper não estacionar novamente nos discos acústicos, natalinos ou de ‘standards’, ela pode voltar a ter futuro no mercado da música. Ou seja, “Bring Ya To The Brink” vai provar se o tempo de Cyndi Lauper passou.

Abaixo, uma prévia do novo CD, com trechos de várias canções.

Cotação: ***

9 comentários:

Unknown disse...

É necessário aprender a fazer a crítica sem comparações. Analisar o trabalho por ele, em si mesmo. Existe algo duro para a voz de Lauper? Trabalhos duvidosos? Mais atenção aos trabalhos da cantora ao inves de pensar na Madonna, seria minha avertência para esta resenha. Com isso, ela teria mais credibilidade.

Luiz Felipe Carneiro disse...

Oi Paulo!
Não se preocupe, pq eu sei sim fazer crítica sem comparar...
Mas, no caso de Cyndi Lauper, fica impossível não comparar, já que tudo o que ela fez foi imitar Madonna...
Quanto aos trabalhos duvisosos, não tenho dúvidas disso. Um disco com canções natalinas, outro acústico, e outro de standars norte-americanos que nem Rod Stewart fez... Aliás, só usei "gosto duvidoso" para ser educado mesmo...
Mas se vc achou bom, respeito.
Sou fã da Cyndi Lauper desde 1985. Mas aqui não misturo a minha posição de fã com a de cronista.
Abs,

~Lívia disse...

Pois é Luiz se vc diz em seu comentário acima que tudo o que ela fez "foi imitar a Madonna", não merece respeito algum como "crítico".

Anônimo disse...

O clichê do cLichê: comparar Cyndi Lauper e Madonna. Mas tudo bem, vamos lá; o cd de Cyndi é realmente coeso, Cyndi canta, os arranjos soam precisos e as canções gostosas... Quanto ao ostracismo vale ressaltar que o termo "reinvenção" a que tanto atribuem a Madonna não passa de especulações idiotas como - está musculosa, adotou filho, vai a cabala, separou-se, lançou um livro mostrando a genitália, tem namorada e bla bla bla... Se isso se chama reinvenção continue Cyndi quadradona... Os fãs da música pop verdadeira agradecem.

Március Moreall

http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=16304332182900922218

Unknown disse...

acho que primeiramente focinho de porco não é tomada,se referindo as comparações entre a cyndi e a outra cantora.
nosso amigo não deve conhecer os cds hat full of stars,sisters of avalon e shine.
foram cds elogiados pelos criticos,mas como sempre mau divulgados.o cd de natal foi considerado um dos melhores no gênero.já at last e the body acoustcs foram pedidos pela gravadora própria cyndi disse que por ela não os faria.
hat full of star de 93 foi chamado de gorgeous(uma gíria americana pra algo mais que maravilhoso)sisters of avalon foi elogiado tmbém por ser um disco totalmente diferente do que cyndi tinha feito foi chamado de disco mais opulentoda carreira dela.at last foi muito bem aceito,mostrou uma cyndi sexy,glamurosa e capaz de dizer : eu não canto somente agudo.com uma vóz espetacular arregaçou.
enfim,nosso amigo confundiu má divulgação da gravadora com mau gosto.alias cyndi deverá por em pokas semanas mais uma do cd novo no 1 lugar da billboard usa dance club(into night life )
e quando ela por os pés em solo brasileiro e ela soltar a vóz aí vamos ver quem é a rainha do pop realmente.quem canta faz ao vivo.
fan club hat full of stars
msn: headingwestsun@hotmail.com

rodrigo moretti disse...

ao luiz felipe vc nao sabe de nada se cyndi imatasse madonna ela teria feito queles monte de lixos q madonna fez no fimal do anos 80 e começo dos 90 uma mestura de clip com pornografia nao compare cyndi com madonna e pecado...cyndi lauper sabe cantar madonna sabe aparecer faz de tudo tudo mesmo menos cantar.

Anônimo disse...

Oi pesquisador, me desculpe, mas os últimos discos "de gosto duvidoso" provam, não só que ela não seguiu a linha da outra loira, como evidenciam uma caminhada para outros rumos... eu, inclusive, incluiria os discos SHINE (2001), Sisters Of Avalon (1996) e Hat full of Stars (1993) como prova concreta da opção por outra sonoridade... E além disso, não é muito difícil encontrar numa pesquisa simples pelo blog da cantora, a informação de que os discos de "gosto duvidoso" foram lançados para finalizar contratos antigos... Enfim, honestamente, acho um pouco equivocada a comparação sim... mas td bem, a coluna é sua e eu a leio. T+

Unknown disse...

Lamentável.
Nem preciso comentar já que a galera que respondeu a essa tolice já disse tudo.

Até breve!

GilmarJunior disse...

Caro Luís, Cyndi jamais imitou Madonna, foi justamente o contrário. Enquanto Cyndi compunha clássicos presentes no estupendo CD de estreia dela, SHE´S SO UNUSUAL, desde o começo dos 80's, Madonna nem sabia o que era escrever uma música.
Mas a resenha tem bons momentos.