18 de jun. de 2008

UMA ESTRÉIA MUITO PROMISSORA

Ainda bem que de vez em quando aparece alguma grande cantora para o público descobrir que existe vida inteligente além de Mariah Carey e Leona Lewis. Amy Winehouse, apesar de todos os seus problemas pessoais que a cada dia que passa fulmina a sua carreira, foi uma grata revelação. Agora, é a vez de Duffy que, se tem um estilo diferente de Winehouse, na competência, ambas competem pau a pau.

A loira nascida no País de Gales, tem uma voz poderosa e que, musicalmente, bebe na fonte da soul-music dos anos 60. Visivelmente influenciada por cantoras como Dusty Springfield, Dionne Warwick e Aretha Franklin, Duffy não deixa a desejar a nenhuma delas. Pelo contrário, com um estilo mais econômico no modo de cantar, não soa ‘over’ jamais. A sorte é que Duffy, de modo inteligente, optou por uma produção mais simples do disco, ao lado de seus parceiros de composição, especialmente o ótimo guitarrista Bernard Butler. Se, desgraçadamente, Duffy tivesse caído nas mãos de um Clive Davis (produtor de Whitney Houston) da vida, “Rockferry”, seu primeiro álbum solo poderia se transformar em algo terrível...

Mas terrível está muito, muito distante de belas canções como a faixa-título (minimalista com um bonito arranjo de cordas ao fundo), “Warwick Avenue” (a melhor do álbum, apesar do baixo muito semelhante ao clássico “My Girl”, dos Temptations) e a jazzistíca “Syrup & Honey”. Outros bons momentos do disco são “I’m Scared” e “Mercy”, que, segundo Duffy, fala sobre liberdade sexual, e é mais puxada para a eletrônica, numa espécie de soul do novo milênio. “Stepping Stone” é mais sombria e, apesar de estar bem distante de se transformar em um grande hit de “Rockferry”, é um outro ótimo momento do CD. Talvez a única escorregada de Duffy seja na última faixa “Distant Dreamer”, na qual tenta soar, com um arranjo mais grandioso, parecida com Alanis Morissette. Fato é que Duffy se sai bem no minimalismo das outras faixas. E ainda bem que essa sua faceta foi muito bem explorada em “Rockferry”.

O requinte de suas canções, inclusive, fez com que a cantora galesa conseguisse se sair bem em grandes festivais, como o Coachella ou abrindo os shows da banda Magic Numbers. A sua voz, aos poucos, conquista o planeta.

Uma vez, quando lhe perguntaram de onde vem a sua voz, Duffy, com muita humildade, disse que não sabe responder, mas rebateu com uma pergunta que mostra de onde vem a sua sensibilidade: “Por que nascemos com olhos de uma determinada cor? Não existe resposta, mas é a única cor que eles têm”.

“Rockferry” fez imenso sucesso nas paradas britânica e norte-americana. E, de mansinho, vai chegando ao Brasil. Esse seu trabalho pode ser considerado, até agora, o melhor álbum de estréia de um artista em 2008. Tendo em vista a qualidade desse álbum de Duffy, Amy Winehouse, com as besteiras que anda fazendo, corre, infelizmente, o risco de ser esquecida muito em breve.

Abaixo, o videoclipe da faixa-título do álbum.

Cotação: ****



3 comentários:

thaise disse...

gente, continuam achando q soh pq eh estrangeiro eh bom ai no brasil? duffy eh tao pop quanto mariah carey, mas, obvio, nao eh dos eua, eh do pais de gales, dai que pensam q eh algo q preste. e a voz dela irrita dpois de 10 minutos ouvindo.
cruzes, que mal gosto!!!

+desculpa, apenas minha opinião, mas nao tenta transformar gente pop e ruim em algo como amy winehouse.

cheers.
o/

Filhote disse...

Olha thaise, vai me desculpar mas o álbum da Duffy na minha opinião tem sido a melhor pedida até agora. é um álbum sensível, interessante... e não é só porque ela é do país de gales, que também é uma novidade, que quer dizer que ela quer ser a melhor. eu sou um viciado em músicas, e com certeza Duffy entrou para o meu Playlist de cabeça!
*nada contra Amy, mas sinceramente, prefiro 1.000 vezes Duffy, huahuahua*

Anônimo disse...

Linda!! Perfeita!!!
Adoro esse cd.
Uma das mais gratas surpresas da música nos últimos tempos!!!