10 de mai. de 2008

OVERDOSE AO VIVO DE MATANZA

O disco ao vivo do Matanza foi gravado no Hangar 110, em São Paulo, mas bem que poderia ter sido em algum “saloon” daqueles de velho oeste. Aliás, o Hangar 110, espaço alternativo de São Paulo, foi uma ótima escolha para a gravação do CD e DVD ao vivo. As letras, que falam invariavelmente de bebedeiras, brigas, carros e mulheres têm tudo a ver com o clima que se pode ouvir no disco.

Para os fãs, “Matanza Ao Vivo no Hangar 110” é um prato cheio, com as suas 24 faixas cobrindo os três últimos discos de estúdio lançados pela banda. Canções de “Música Para Beber e Brigar” (como “O Último Bar” e “Interceptor V-6”), “Santa Madre Cassino” (a faixa-título e “Ela Roubou Meu Caminhão”) e “A Arte do Insulto” (“Whisky Para Um Condenado” e “Estamos Todos Bêbados”) estão presentes. Por sua vez, do disco “To Hell With Johnny Cash”, de versões para as canções de Johnny Cash, nada entrou. Uma boa opção da banda de apresentar um trabalho essencialmente autoral.

O que mais agrada aos fãs do Matanza, ou seja, as músicas repetitivas e letras idem, no entanto, é a grande frustração para os ouvintes que não conhecem muito bem a obra da banda. Impossível esse ouvinte não ficar um pouco enjoado após 24 canções de mistura de (muito) hardcore e (pouco) country, com letras que falam sobre as mesmas coisas.

Já para o grande fã,vai ser bom ouvir as boas versões ao vivo de clássicos do underground, como “Pé Na Porta, Soco Na Cara” e “O Chamado do Bar”. “Mesa de Saloon”, com a letra que fala de um casal “Bonnie & Clyde” moderno (“Foi numa mesa de bar que a conheci / Bem no meio do saloon me apaixonei / E logo na manhã seguinte eu descobri / Com ela eu não consigo mais viver dentro da lei”), é outro bom momento da banda no palco.

Embora um pouco cansativo, a proposta musical de Jimmy London, Donida, China e Jonas está latente neste trabalho ao vivo. Goste-se ou não, é inegável que a banda tem o seu estilo próprio.

Cotação: ***

2 comentários:

Anônimo disse...

na moral, perda de tempo falar dessa banda.
As músicas são todas iguais!

Fabio disse...

Na moral.

O autor e o responsável pelo comentário não gostam de mulher nem de cerveja. Fazer o que, a passeata gay serve pra isso.