Jornalista, autor do livro "Rock in Rio - A história do maior festival de música do mundo" (Editora Globo), ex-trainee e colaborador da Folha de S.Paulo, ex-colunista e redator da International Magazine, e colaborador do site SRZD.
Eu vou confessar que uma das coisas mais divertidas nesse blog é escolher a música do dia. E eu fico muito feliz quando posso relembrar algumas coisas que estavam meio esquecidas aqui nessa cachola tão maltratada. E hoje eu acordei com umas músicas dos Mutantes na cabeça (será que é porque estou indo a São Paulo??), especialmente “A hora e vez do cabelo crescer (Cabeludo patriota)”. Já sei qual vai ser a trilha sonora do dia...
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Quem completa 68 anos hoje é o grande Roger Waters. Estou impressionado com o sucesso de venda de ingressos da sua turnê “The wall”, em Buenos Aires. O Cara já está marcando o oitavo show no Estádio do River Plate. Acho que nem Madonna ou Paul McCartney teriam tanto público assim. Eu fico imaginando se a turnê ainda contasse com os sobreviventes do Pink Floyd. Acho que vinte shows não seriam o suficiente. Tomara que esse sucesso se repita aqui no Brasil. E só para dar uma palhinha do que a gente vai ver nessa nova turnê de Roger Waters, segue “Mother”, uma de suas muitas obras-primas:
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O guitarrista do a-ha, Pal Waaktaar-Savoy, também comemora aniversário hoje. Nada menos do que 50 anos. O a-ha é um daqueles típicos casos de “ame-o ou deixe-o”. Aqui no Brasil, a banda norueguesa encontrou um de seus públicos mais fiéis. Tanto que, volta e meia, ela aparece (aparecia) por aqui. Agora, ao que tudo indica, a banda acabou de vez. Saiu até o DVD/BD/CD com o (bom) show de despedida em Oslo. Eu não amo e nem odeio o a-ha, mas acho que a banda foi uma das que melhor representou o som dos anos 80. Para o bem e para o mal.
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Rodrigo Amarante, guitarrista e compositor do Los Hermanos, da Orquestra Imperial e do Little Joy também faz aniversário hoje. Amarante nasceu há 35 anos, e a gente comemora aqui com uma das músicas prediletas dos fãs do Los Hermanos...
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Foi no dia 06 de setembro de 1991, que Lobão colocou nas lojas “O inferno é fogo”, um de seus álbuns mais incompreendidos e, na minha opinião, um dos melhores de sua discografia. À época, Lobão estava cuspindo fogo (nenhuma novidade) em pedradas como “Presidente Mauricinho” (homenagem a quem??), “Bangu 1 x 0 Polícia”, “Jesus não tem drogas no país dos caretas” e a faixa-título. Uma pena que esse álbum esteja fora de catálogo. Lobão ainda deve uma reedição decente de sua obra completa.
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Um dos álbuns que mais tenho escutado ultimamente é “Woody Allen & la musique – De Manhattan à Midnight in Paris”. Se você quiser participar de uma discussão interminável, basta sentar numa mesa de bar e mandar a seguinte pergunta: “Qual é o melhor filme de Woody Allen”? Eu não sei ao certo. Talvez fique com “Manhattan” ou “A rosa púrpura do Cairo”. Com relação às trilhas sonoras, aí a coisa já fica mais complicada. Woody Allen sempre tem muito cuidado ao selecionar as músicas que compõem os seus filmes. Essa coletânea dupla, que chega agora às lojas brasileira, seleciona 36 faixas de 21 filmes diferentes, de “Manhattan” (1979) ao último, “Meia-noite em Paris” (2011). A trilha transita entre o jazz de Duke Ellington, Benny Goodman e Errol Garner, e o clássico do tenor Enrico Caruso e do maestro Arturo Toscanini. Ainda há espaço para Billie Holiday, Fred Astaire e Louis Armstrong. Até mesmo Carmen Miranda comparece com “South american way”, da trilha do filme “A era do rádio”, de 1987. O único “problema” desse CD é que, após escutá-lo, você vai ficar com vontade de rever vários filmes do Woody Allen. Pode reservar um bom tempo na sua agenda...
Eu sei que esse blog andou meio largado nos últimos dias. Mas, acredite, ando sem tempo até de respirar. Muita coisa acontecendo, livro nas lojas, entrevistas de divulgação... Mas hoje arrumei um tempo para tentar colocar alguma ordem nisso aqui. Nesse fim de semana, aproveitei para ver uns DVDs que já estavam cobertos de poeira. Relembrei muita coisa. E o DVD mais marcante que vi foi o “Familiar to millions”, do Oasis. Não colocava esse vídeo para rodar fazia uns, sei lá, quatro, cinco anos... E como ele é bom, viu? Deu até para sentir o cheiro da cerveja naquele estádio de Wembley...
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E hoje eu tenho um motivo mais do que especial para não deixar de atualizar o blog. Isso porque nesse dia 05 de setembro, comemoramos os 65 anos do nascimento do Freddie Mercury. Sessenta e cinco! Já parou para pensar se ele estivesse vivo? Será que ainda teria pique para fazer aqueles shows antológicos?? Eu não tenho dúvida que sim. Em um exercício mais louco de imaginação, eu até pensei em um show do Queen nesse novo Rock in Rio, que começa daqui a poucos dias... A impressão que eu tenho é a de que o Freddie Mercury estaria com a mesma cara hoje em dia, cantando do mesmo jeito, e levantando os estádios mundo afora... Ah, que saudade!!
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Ah, agora eu vou ter que relembrar o Queen no Rock in Rio... Alguém estava lá??
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No dia 05 de setembro de 1991, o R.E.M. atravessava a fronteira entre o indie e o mainstream. Hoje, essa classificação de indie e maistream é praticamente inexistente. Mas em 1991, essa fronteira era imensa. E o R.E.M. alcançou um sucesso sem precedentes com a música “Losing my religion”, presente no álbum “Out of time” (1991). O videoclipe rodou alucinadamente na MTV, e, há exatos 20 anos, o conjunto de Michael Stipe, Mike Mills, Peter Buck e Bill Berry papava seis estatuetas do Video Music Awards, da MTV, incluindo o de melhor vídeo do ano. Bons tempos em que valia a pena ficar na frente da televisão vendo um VMA...
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E hoje faz 15 anos que o Jota Quest colocou nas lojas o seu primeiro álbum – excluindo um independente, lançado em 1995. À época, a banda se chamava J. Quest, e o álbum, auto-intitulado, vendeu bastante (hoje acumula 200 mil cópias vendidas), a reboque de sucessos como “As dores do mundo”, “Encontrar alguém” e “Vou pra aí”. Por conta de sua sonoridade, menos pop do que a atual, e mais puxada para o soul, muitos fãs consideram esse álbum o melhor do Jota Quest. Eu estou nesse grupo.
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Com um certo atraso, estou ouvindo o ultimo álbum do Red Hot Chili Peppers. A capa de “I’m with you”, certamente, é a mais bacana do ano. Mas e o disco? Bom, em resumo, eu acho que está abaixo da média da banda, mas acima de muita coisa que tem sido lançada nesses últimos anos. Eu fiquei com uma impressão, pelo menos nessa primeira ouvida, que a banda perdeu um pouco da “alegria” que está bem latente em álbuns como “Californication”(1999) e “By the way” (2002). Parece que o grupo ficou mais sério, mais adulto, não sei se por conta da saída do guitarrista John Frusciante. Aliás, que falta ele faz. Para quem pensa que só um vocalista é insubstituível em uma banda, é bom dar uma escutada em “I’m with you”. A sensação é de que está faltando alguma coisa. E está mesmo. “I’m with you” ainda assim é superior ao gorduroso “Stadium arcadium” (2006). O novo álbum segue uma receita comum nos últimos trabalhos do RHCP, com algumas músicas esculpidas para o sucesso, casos de “Police station”, “Happiness loves company” e o primeiro single, “The adventures of rain dance Maggie”. Mas a melhor faixa mesmo é “Goodbye Hooray”, mais pesada, e com um super trabalho do baixista Flea. Acredito que “I’m with you” ainda pode crescer muito no palco, ainda mais ao lado dos sucessos antigos do Red Hot Chili Peppers. Sorte de quem conseguiu comprar ingresso para o próximo dia 24.
Vamos ver as novidades de vídeos que temos por hoje:
O novo videoclipe do Foo Fighters, “Hot buns”:
Eu estava me lembrando da história, que conto no livro do Rock in Rio, que Dave Grohl, quando tocou aqui no Rio de Janeiro em 2001, se hospedou no hotel sob o pseudônimo de Freddie Mercury...
A nova música do Justice, “Audio, vídeo, disco”, em sua versão oficial: