O LIVRO DA SEMANA: Bom, essa semana eu encontrei um tempo para ler "Eu sou Ozzy", autobiografia de Ozzy Osbourne. Vou dizer que fiquei bem surpreso. Pensava que fosse um livro meia-bomba, sem muito nexo, mas, na verdade, até que Ozzy se lembrou de muita coisa interessante. Assim, ele detalha os bastidores de cada álbum e de cada turnê do Black Sabbath e de sua carreira solo. Lógico que também há bastante espaço para as loucuras desse inglês de Birmingham. Quer saber com detalhes como foi o episódio da mordida no morcego? Tá tudo no livro. Mas, atenção: o estômago deve ser forte pra encara essa história e outras, como o emprego pré-fama de Ozzy, em um abatedouro de bois, ou então o episódio em que arrancou a cabeça de uma singela pombinha, no meio de uma reunião, para impressionar os executivos de sua gravadora. Ozzy fala também sobre o caso do suicídio de um adolescente que escutava a sua música enquanto estourou os miolos. A morte estúpida e surreal do amigo e guitarrista Randy Rhoads é lembrada no capítulo mais comovente da autobiografia. O Rock in Rio ganhou pouco destaque. E, pelo jeito, as lembranças de Ozzy do festival não são tão boas: "Tinha esperado ver a Garota de Ipanema em cada esquina, mas não vi nenhuma. Havia só um monte de crianças pobres correndo pelo lugar como ratos. As pessoas eram ou absurdamente ricas ou viviam nas ruas - parecia não haver nada no meio", escreveu. O livro é recheado de histórias hilárias (o encontro com Brian Wilson, por exemplo), mas Ozzy também não deixou de lado os problemas com álcool, drogas, polícia... Em alguns momentos, Ozzy parece estar na frente de seu psicanalista, principalmente quando se diz arrependido de algumas besteiras feitas no passado. Enfim, "Eu sou Ozzy" é obrigatório para quem se interessa pela figura. Mas também pode ser muito bem-vindo para quem queira apenas ler uma história bem, digamos... (existe alguma palavra que seja mais do que "surreal"??).
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Mais um vídeoclipe bem legal estreou por esses dias. É o novo do Interpol, "Barricade". Com o vídeo, a música ficou ainda mais interessante...
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Eu já tinha falado, algumas semanas atrás, sobre o lançamento do DVD/BD "Big Four", projeto que juntou Metallica, Megadeth, Anthrax e Slayer. Hoje temos algumas novidades. Em primeiro lugar, a capa, que está logo aí acima. O legal é que o DVD duplo (ou BD simples) trará os quatro shows na íntegra. Os repertórios podem ser lidos aqui. Haverá também uma edição especial com o DVD duplo, mais cinco CDs (com o áudio de todos os quatro shows), poster, palhetas, fotos e outras frescuras mais.
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"FÉ NA FESTA": Já que falei em Gilberto Gil, uma boa notícia para os seus fãs. "Fé na festa" vai ser gravado para DVD no mês que vem. A gravação acontecerá no Rio de Janeiro, em uma vila no Jardim Botânico.
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UMA MÚSICA PRO FINAL DE SEMANA: "2001", de Rita Lee e Tom Zé, com Gilberto Gil. Repare na guitarra de Lanny Gordin. Monstro!
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Olha só a diferença entre um país sério e o Brasil... Quando a banda do Axl Rose tocou por aqui no primeiro semestre, atrasou umas três horas em cada show. Um bando de mané achou maneiraça a atitude rockstar dele. Pois bem, ontem, no festival de Reading, na Inglaterra, Axl atrasou uma hora. Como existe um acordo entre os organizadores e a prefeitura para o show terminar em uma determinada hora, o som foi cortado do palco. E a banda saiu vaiada. Duvido que, no ano que vem, Axl seja convidado para se apresentar em algum festival europeu. Enquanto isso, por aqui, já estão cogitando no nome do Guns n' Roses para o Rock in Rio 2011...
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Vou finalizar as efemérides desse fim de semana falando de futebol. Na verdade, vou falar sobre um dos maiores crimes da história do futebol. Amanhã vai fazer 25 anos que um animal chamado Márcio Nunes arrebentou o joelho esquerdo do Zico. O crime aconteceu numa partida entre Flamengo e Bangu, pelo Campeonato Carioca de 85, e terminou zero a zero. Com a entrada, Zico rompeu os ligamentos do joelho, e teve que se submeter a diversas cirurgias. Ele nunca mais foi o mesmo. Mas ainda deu o Brasileirão de 1987 para o Flamengo. E, graças a Deus, pude ainda gritar muito o seu nome nas arquibancadas do Maracanã.
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Amanhã também é um dia importante para os beatlemaníacos. Foi no dia 29 de agosto de 1966 que os Beatles se apresentaram pela última vez na frente de um público - excluo aqui o show no telhado da Apple, em 1969, porque aquilo não foi lá um show, digamos, convencional. Tive muita dificuldade em encontrar imagens do show de 29/08/66, que aconteceu no Candlestick Park, em San Francisco. Acho que existe isso em vídeo, mas a gravação não é legal. De qualquer forma, o repertório eu consegui recuperar. E foi esse aqui: "Rock and roll music", "She's a woman", "If I needed someone", "Day tripper", "Baby's in black", "I feel fine", "Yesterday", "I wanna be your man", "Nowhere man", "Paperback writer" e "Long tall Sally".
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De um monstro sagrado do jazz para um monstro sagrado da MPB. Amanhã, o grande Edu Lobo sopra 67 velinhas. Quando penso em Edu Lobo, a primeira coisa que me vem a cabeça é "Ponteio", uma das músicas mais geniais ever. Acompanhado pelo Quarteto Novo, Momento Quatro e Marília Medalha, Edu Lobo apresentou "Ponteio" no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, e foi o grande campeão. Não era para menos, com a sua letra vibrante, e a melodia que passa pelo baião e pelo rock (sim, aquele solo de viola do Heraldo do Monte é puro rock n' roll), "Ponteio" deixou para trás "Domingo no parque" (de Gilberto Gil) e "Alegria alegria" (Caetano Veloso). O mais curioso é que as três canções seguem moderníssimas até hoje. Coisa de gênio mesmo.
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Amanhã também é dia de comemorar o aniversário de outro gênio. Charlie Parker nasceu no dia 29 de agosto de 1920. Um dos maiores saxofonistas da história do jazz, o Bird gravou alguns álbuns que não podem faltar numa boa discoteca do gênero. Ele também compôs preciosidades que são gravadas e regravadas volta e meia por aí, como "Ornithology", "Billie's bounce", "Anthropology" e "Moose the mooche". E se você quiser ouvir um álbum muito bom (mas muito bom mesmo) hoje, recomendo "The Cole Porter songbook" no sax de Charlie Parker. É sublime.
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Vamos passar agora para o dia 29 de agosto? Bora... Vou dar um pulinho no cinema agora, ok? Quero lembrar aqui de uma grande atriz bem marcada por esse dia. Ingrid Bergman nasceu a 29 de agosto de 1915, e morreu a 29 de agosto de 1982. Curioso, não? No dia em que completava 67 anos, a atriz sueca passou dessa pra melhor, vítima de um câncer de mama. E o melhor jeito de lembrá-la é com uma cena que, talvez, seja a mais importante da história do cinema. Aqui!
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Quer uma prova de que o tempo anda passando rápido demais? Então segura essa: hoje faz um ano (um ano!!) que o Noel Gallagher anunciou o fim do Oasis. Na época, eu até pensei que ele poderia mudar de ideia. Mas, pelo jeito, acho que o Oasis não volta nos próximos dez anos - a não ser que a Argentina ganhe alguma Copa antes disso, e o Messi convença os irmãos briguentos. Aí abaixo, uma boa recordação da última passagem do Oasis por essas terras.
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Vou começar o sabadão falando do Robbie Williams. Ele disse outro dia que estaria voltando ao Take That. Achei uma pena. Take That é uma boyband chata pra caramba, com aquelas musiquinhas melosas. Já Robbie Williams, em sua carreira solo, compôs algumas pérolas do pop nos últimos dez anos. Tipo um George Michael. No Wham!, era uma porcaria. Na carreira solo, arrebentou. Mas, voltando ao RW, hoje faz dez anos que ele lançou o seu principal álbum (minha opinião, tá?), "Sing when you're winning". Algumas das suas músicas mais bacanas: "Better man", "Rock DJ", "Kids"...
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Bom dia, pessoal. Sabadão chegou, hein? Sim, antes que me perguntem, eu caí da cama. Estava acordado desde às sete. Cansei de ficar rolando na cama e vim pra cá escrever um pouco. Ah, antes que eu me esqueça, parabéns aos bancários pelo dia de hoje. E também tem mais um bando de coisa que a gente tem que lembrar. Vou começar logo, tá?