Anteontem fui ver aqui em Tampa o show da Dave Matthews Band. Além de ser uma das bandas que mais admiro, sempre tive curiosidade de assistir um show dela nos Estados Unidos, onde é idolatrada. E vê-la ao vivo aqui ainda me dá mais certeza disso. Tive a oportunidade de assistir ao show do Oasis na Inglaterra – a gravação do DVD/CD “Familiar to millions”, no estádio de Wembley, em 2000 – e a adoração da DMB aqui nos EUA pode ser comparada a dos irmãos Gallagher na terra da rainha.
O show aconteceu no 1-800-ASK-GARY Amphitheatre (antigo Ford Amphitheatre), que fica dentro de um complexo bacana com lojas, bares e cinemas. Cheguei umas duas horas antes do início da apresentação, marcada para as 19h. Os portões ainda estavam fechados, mas a fila já se formava. Na hora em que liberaram as roletas, um bando de maluco saiu correndo para ficar bem na frente na pista.
O show aconteceu no 1-800-ASK-GARY Amphitheatre (antigo Ford Amphitheatre), que fica dentro de um complexo bacana com lojas, bares e cinemas. Cheguei umas duas horas antes do início da apresentação, marcada para as 19h. Os portões ainda estavam fechados, mas a fila já se formava. Na hora em que liberaram as roletas, um bando de maluco saiu correndo para ficar bem na frente na pista.
O anfiteatro é bem parecido com o Susquehanna Bank Center, onde vi o show do Rush na semana passada, em Nova Jersey. Ele é aberto no fundo, cheio de cadeiras numeradas (cobertas por uma imensa tenda), com uma pequena pista na frente do palco. No fundão, em um gramado verde, muita gente estendeu as suas cangas ou alugou cadeiras de praia, para ver o show pegando sol – é estranho, mas os americanos adoram fazer isso, podem acreditar. A banda de abertura, Gov’t Mule (formada em 1994 pelo guitarrista Warren Haynes, da The Allman Brothers Band, o baixista Allen Woody, e o baterista Matt Abts), mostrou um rock arrojado, mas um pouco cansativo. Ela tocou por 45 minutos, e, às 20h30, a Dave Matthews Band entrou no palco, ainda com o sol se pondo, o que criou um visual lindo.
A turnê de verão da DMB é uma instituição nos Estados Unidos. E o fato de a banda ter anunciado que a tour não vai rolar em 2011 fez com que os ingressos para quase todas as apresentações se esgotassem em poucos dias. Como acontece show quase todo dia nesse mês de julho, a banda não se preocupa muito com cenários, efeitos, enfim, esses detalhes que muita gente que não se garante na música usa e abusa. Nos shows da DMB, o “único” suspense é o setlist, que varia sempre. Ou seja, não há a mínima garantia que eles vão mandar “Two step” ou “Jimi thing” na mesma apresentação. Resta torcer para que as suas músicas prediletas façam parte do roteiro. Apesar de ter faltado “Ants marching”, acho que dei sorte aqui em Tampa. Até mesmo porque não é todo dia que a DMB inicia um show com a dobradinha “Proudest monkey” / “Satellite”.
No palco, além da banda, apenas cinco telões, não muito grandes, de alta definição – dois quadrados na mesma altura da banda, e mais três retangulares, acima, e que juntos formavam uma boa imagem do conjunto ou então transmitiam imagens psicodélicas. No roteiro, a DMB privilegiou músicas antigas e mais novas. Os saudosistas devem ter ficado satisfeitos com coisas como a longuíssima versão (como de costume) de “Warehouse”, ou então “Crush”, “Crash into me” e “Jimi thing”. E o legal também é que as músicas de “Big Whiskey and the GrooGrux King” não ficaram de fora, como “You and me”, “Why I am” e “Seven”. A última música do show (“Shake me like a monkey”), inclusive, também era do último álbum da banda.
Quando me programei para ver essa tour de verão da Dave Matthews Band, eu esperava um “show do disco novo”. Nos três shows que vi no Brasil, tive a oportunidade de ouvir os grandes sucessos da banda. Aqui foi diferente, pelo fato de todo verão rolar a tal turnê. Fiquei satisfeito. Até mesmo porque nos shows que acontecerão em outubro no Brasil, certamente, não vão faltar “Two step”, Ants marching”...
Eu sempre digo que a melhor coisa da vida é ser surpreendido. E acho que a minha empatia com a DMB vem daí. Ela sempre me surpreende. E faz valer cada centavo que você paga em um show. Aqui em Tampa foram duas horas e meia de apresentação. Espero que no Rio de Janeiro sejam três horas e quarenta minutos, como aconteceu em 2008.
Setlist:
1) “Proudest monkey”
2) “Satellite”
3) “Big eyed fish”
4) “Bartender”
5) “Stay or leave”
6) “Seven”
7) “Funny the way it is”
8) “So damn lucky”
9) “You and me”
10) “Dancing nancies”
11) “Warehouse”
12) “Crush”
13) “Black Jack”
14) “Still water”
15) “Don’t drink the water”
16) “Crash into me”
17) “Why I am”
18) “Jimi thing”
19) “Sister”
20) “Shake me like a monkey”