19 de jul. de 2010

De partir o coração

Boa tarde, pessoal! Bom, disse que ia viajar, mas não ia deixar de dar as minhas postadas. Partilho aqui com vocês uma dor no coração.

Desde pequeno, nunca quis saber de loja de brinquedos. Meu negócio sempre foi loja de discos. Modern Sound, Gabriela, Kaele, Breno Rossi, Gramophone, Hi-Fi (com os seus letreiros em neon vermelho), Aky Discos... Fora do Brasil, tinha a HMV (uma a praticamente cada esquina de Londres e de NY), a Tower Records (símbolo de NY), a Virgin (em várias cidades dos Estados Unidos), a sensacional Fame (em Amsterdã, não sei se ainda existe), a Ricordi (em Roma e Milão, que era cheia de bootlegs maravilho$o$), e por aí vai...

Um dia, deve ter um ano, li uma coluna do Ruy Castro na Folha, na qual ele dizia que já devia ter deixado um apartamento na Modern Sound, mas não se arrependia. Não sei se cheguei a deixar um apartamento nas lojas de disco que citei acima. Mas alguma boa grana eu deixei. E uma das principais foi a Virgin Megastore, especialmente a da Times Square, em Nova York. Meu primeiro CD do Oasis (quando "Rock n'roll star" nem tocava no Brasil) foi comprado lá. A coleção completa dos Rolling Stones também. O "Pop" (U2) e o "Pulse" (Pink Floyd) foram comprados no dia do lançamento, quando a loja ficava aberta até depois da meia-noite, e as filas dobravam a esquina. Descobri "Goodbye yellow brick road", do Elton John, também em alguma prateleira da Virgin. Johnny Cash, Horace Silver, Bob Dylan, Beach Boys, The Byrds, Genesis... E acho que poderia ficar o dia inteiro citando outros artistas e discos que comprei lá.

Voltei a Nova York essa semana pela primeira vez depois que a Virgin fechou. E a cena partiu o meu coração.

O que era assim:



Ficou assim:


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